Apremavi realiza levantamento turístico no Parque Nacional das Araucárias

No período de 26 a 29 de janeiro de 2009, técnicos da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), estiveram a campo realizando o levantamento turístico e de uso público para compor o Plano de Manejo do Parque Nacional das Araucárias (PARNA das Araucárias), localizado na região oeste de Santa Catarina abrangendo os municípios de Ponte Serrada e Passos Maia. Estas atividades integram o projeto de “Elaboração dos Planos de Manejo do PARNA das Araucárias e da ESEC da Mata Preta”, que em julho de 2008 completou o seu primeiro ano de execução.

O PARNA das Araucárias é uma Unidade de Conservação criada no ano de 2005 por decreto federal, e segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) uma de suas finalidades é o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, recreação e turismo ecológico.

Durante o trabalho de campo foram visitadas áreas localizadas na Zona de Amortecimento do parque. A participação da comunidade local foi imprescindível para a realização dos estudos nas áreas, uma vez que foram os moradores da região que informaram e acompanharam os técnicos até os atrativos potenciais para o uso turístico.

Nas saídas de campo foram catalogados alguns atrativos que já recebem visitantes como a Ponte Baixa e a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, localizadas no município de Passos Maia e a Cachoeira do Vicensi, no município de Ponte Serrada, que conta com aproximadamente 74m de altura. Também foram localizadas potencialidades naturais e culturais que até o presente momento não estão sendo utilizadas para fins turísticos, como a cascata localizada no assentamento Sapateiro I; a formação de uma bela cachoeira no Rio Quebrado com aproximadamente 40m de altura; diversas quedas d’água no rio Chapecó; o trabalho artesanal produzido pelas moradoras dos assentamentos e das comunidades de Passos Maia e Ponte Serrada; o vinho e a cachaça produzidos no alambique no município de Passos Maia, dentre outros locais que futuramente vão diversificar e complementar a oferta turística oferecida no Parque Nacional das Araucárias.

As atividades compreenderam ainda a realização de entrevistas e conversas informais com moradores das comunidades próximas ao PARNA, bem como com representantes de órgãos governamentais e da sociedade civil, com o objetivo de avaliar o nível de conhecimento dos entrevistados sobre o que é turismo e as perspectivas dos mesmos com relação ao Parque Nacional das Araucárias. Os resultados das entrevistas serão publicados juntamente com o Plano de Manejo da área.

Assim que consolidado, o Parque Nacional das Araucárias será propulsor do desenvolvimento turístico da região onde está inserido. Nesse sentido, a participação da população no processo é de fundamental importância, uma vez que o turismo pode ser uma possibilidade de geração de renda para as famílias.

As atividades foram conduzidas por Jaqueline Pesenti, graduada em turismo e que atua como funcionária da Apremavi junto à gestão do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, no município de Atalanta. Contou ainda com a colaboração de Marcos Alexandre Danieli, técnico ambiental da Apremavi.

A atividade turística e a criação de unidades de conservação podem ser aliadas para garantir a proteção e conservação de remanescentes naturais, gerando benefícios para a localidade em que está inserida.

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Lançados editais para Conselhos Consultivos de UCs

Os Conselhos Consultivos das Unidades de Conservação (UCs) de Proteção Integral, tem como objetivo garantir a gestão participativa das mesmas, através das seguintes atividades: acompanhar a elaboração, implementação e revisão dos planos de manejo; buscar a integração da unidade de conservação com outras unidades e espaços territoriais protegidos e com o seu entorno; e propor diretrizes e ações para compatibilizar, integrar e otimizar a relação com a população do entorno ou do interior, conforme for o caso.

Através do projeto “Elaboração dos Planos de Manejo da Estação Ecológica (ESEC) da Mata Preta e do Parque Nacional (Parna) das Araucárias” a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) está desde julho de 2007, trabalhando na formação dos conselhos consultivos dessas UCs.

O projeto prevê três etapas para formação dos conselhos: identificação dos atores governamentais e da sociedade civil, mobilização dos atores e formação dos conselhos consultivos.

A primeira etapa, que teve como objetivo identificar entidades potenciais para participar do referido conselho e verificar como a sociedade encontra-se organizada, foi realizada entre o período de agosto/2007 a agosto/2008. Para isso, foram realizadas reuniões com os prefeitos dos municípios onde as UCs estão localizadas e também com organizações da sociedade civil. Além disso, também são realizadas reuniões com moradores das comunidades da zona de amortecimento das UCs e coletados dados através das entrevistas realizadas para a composição dos diagnósticos socioeconômicos das UCs.

A segunda etapa, que se refere à mobilização dos diversos atores sociais, acontecerá de 06 a 25 de outubro, através do lançamento de editais específicos para cada Unidade de Conservação.

Os critérios de cadastramento, o cronograma do processo e as informações adicionais ao presente documento, encontram-se disponíveis nos anexos abaixo.

Projeto nas UCs da Floresta com Araucárias completa um ano

O projeto que prevê a “Elaboração dos Planos de Manejo da Estação Ecológica da Mata Preta e do Parque Nacional das Araucárias” completou no mês de julho de 2008, o seu primeiro ano de execução.

O projeto é uma iniciativa da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), apoiada pelo PDA Mata Atlântica, e realizado com a colaboração da The Nature Conservancy (TNC), Grupo Condor, Universidade Federal de Santa Catarina, Prefeitura Municipal de Ponte Serrada, Câmara de Vereadores de Ponte Serrada, Câmara de Vereadores de Abelardo Luz, ICMBio

Recentemente conta com a colaboração da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc – Xanxêre), Universidade Comunitária de Chapecó (UNOChapecó), Adami S.A e Associação de Preservação da Natureza (Acaprena).

As ações do projeto estão voltadas para o estímulo da gestão participativa das Unidades de Conservação (UCs), através da formação dos conselhos consultivos das mesmas e no envolvimento da população na elaboração dos respectivos planos de manejo.

Um dos principais resultados alcançados nesse primeiro ano, foi a criação de espaços de diálogo com as comunidades do entorno das UCs, entidades governamentais e da sociedade civil possibilitando desta maneira a discussão e o levantamento de informações relevantes para subsidiar ações do projeto.

Outro ponto importante está sendo a sensibilização da população quanto à importância das Unidades para a região, bem como o entendimento de que o Parque Nacional (PARNA) das Araucárias e a Estação Ecológica (ESEC) da Mata Preta estão sendo fundamentais para a manutenção da floresta com araucárias na região.

Neste primeiro ano foram mobilizadas mais de 400 pessoas, através de reuniões realizadas com lideranças de entidades governamentais e da sociedade civil com atuação na região de abrangência do projeto, e através de 12 reuniões abertas realizadas com as comunidades, localizadas nas zonas de amortecimento do Parna das Araucárias e da ESEC da Mata Preta.

A realização de parcerias com entidades do terceiro setor, empresas privadas e instituições de ensino da região e de outras regiões do estado, também foi um ponto alto das atividades desenvolvidas.

Através das saídas de campo foi possível observar de perto a realidade do Parna das Araucárias, onde se constatou a existência de uma exuberante floresta primária, além de diferentes estágios de regeneração da floresta.

A Parna das Araucárias e a Esec da Mata Preta, além de terem belíssimos e representativos remanescentes de floresta Ombrófila Mista, constituem-se em importantes fragmentos para reprodução e manutenção das espécies animais nativas, além de estarem localizados em regiões com forte vocação para o desenvolvimento de atividades turísticas, com enfoque para o desenvolvimento de esporte de aventura, como rapel, canoagem, rafting, trekking entre outros.

Em anexo, é possível acessar o Relatório de Avaliação Semestral (Rais) referente ao 2º semestre de execução do projeto.

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