Apremavi realiza excursão para visitar Unidades de Conservação

Com um dia de sol radiante e muita animação. Foi assim que começou a movimentação da equipe de colaboradores da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e seus familiares para a visitação ao Parque Nacional (PARNA) das Araucárias, Parque Estadual (PE) das Araucárias e Quedas do Rio Chapecó.

As visitas foram realizadas nos dias 21 e 22 de novembro de 2015 e contaram com os colaboradores dos escritórios da instituição em Chapecó, Rio do Sul e Atalanta, em Santa Catarina, e Curiúva e Imbaú, no Paraná.

Após o almoço colonial na Coperfaps, em Ponte Serrada, a tarde do dia 21 foi destinada a visitação do PARNA das Araucárias, localizado em Passos Maia e Ponte Serrada. A visita iniciou com uma conversa sobre aspectos gerais do parque, seguida da visita a primeira área indenizada e aberta para visitação pública. Esta trilha está aberta desde o dia 25 de outubro de 2015, sendo que as visitas ocorrem de forma agendada.

A visita foi coordenada pelo gestor da UC, Juliano Rodrigues de Oliveira, do ICMBio, e contou com a colaboração de Diandra Dequigiovani, da Prefeitura de Passos Maia, Ivandre Bocalon, prefeito deste município e do grupo de Protetores Ambientais de Ponte Serrada.

Roda de conversa sobre o Parque Nacional das Araucárias. Foto: Edegold Schaffer.

Na oportunidade, Wigold Schaffer, conselheiro da Apremavi, relatou o histórico da criação do Parque, sua relevância para a conservação da floresta com araucárias e a importância do envolvimento dos jovens na continuidade dos trabalhos. Edilaine Dick, coordenadora de projetos na instituição, ressaltou a influencia positiva das atividades realizadas pela Apremavi desde o processo de criação do PARNA e atualmente da realização do Projeto Araucária, no contexto regional para a conectividade do parque com as propriedades vizinhas. Também foi realizado um plantio de mudas nativas na trilha do Parque, para simbolizar a visita.

Após o descanso na Vila Milani, no dia seguinte, muito cedo, todos já estavam animados para a visitar o PE das Araucárias, em São Domingos, unidade estadual, administrada pela Fatma, que conta com apoio do Grimpeiro na sua gestão.

Toda a visita foi conduzida pela equipe do Grimpeiro. Marcos Alexandre Danieli, coordenador de projetos na Apremavi, também aproveitou o momento para falar dos trabalhos desenvolvidos no entorno, do processo de revisão do plano de manejo e também do Projeto Araucária desenvolvido nos municípios da região.

Para finalizar, nada como se deliciar com a paisagem das quedas do Rio Chapecó em Abelardo Luz e ter a certeza de que a contribuição da Apremavi no suporte a essas UCs e desenvolvimento de projetos na região, contribuem para essa importante bacia hidrográfica do estado de Santa Catarina.


Quedas do Rio Chapecó, em Abelardo Luz. Foto: Edegold Schaffer.

Para Mauricio Reis, coordenador regional do Projeto Matas Legais no Paraná, foi um momento único: "conhecer de perto as ações que são desenvolvidas nessa região, além de contemplar a riqueza das belezas naturais das áreas visitadas foi gratificante. Valeu a pena percorrer mais de 600 km de estrada”, destaca.

Toda a família Apremavi deseja sucesso e vida longa a essas Unidades de Conservação, que cada vez mais tenham condições de contribuir com o seu papel na natureza, e contem com pessoas empenhadas na sua gestão.

Outras fotos da excursão podem ser acessadas na página do Facebook da Apremavi.

Matas Legais debate Planos Municipais da Mata Atlântica

Nos dias 04 e 05 de novembro de 2015 foi realizado em Atalanta, no Centro Ambiental Jardim das Florestas da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), mais uma edição do seminário anual do Programa Matas Legais.

Na pauta a elaboração de Planos Municipais da Mata Atlântica e temas relacionados às mudanças climáticas. Os assuntos não poderiam ser mais apropriados, uma vez que as recentes chuvas novamente causaram enchentes no sul do Brasil.  Aliás, enchentes, enxurradas, granizos e tempestades tem sido cada vez mais frequentes.  A frequência e a intensidade desses fenômenos estão diretamente ligadas com a forma como temos tratado os recursos naturais.

Mário Mantovani, da Fundação SOS Mata Atlântica, falou da importância da elaboração do plano Municipal da Mata Atlântica (PMMA), uma ferramenta de planejamento que tem como objetivo proteger e recuperar os remanescentes vegetais, mas que pode contribuir diretamente na minimização dos impactos causados pelas mudanças climáticas. Mário destacou que a sociedade precisa participar e construir de forma coletiva o plano para o seu município.

Se cada município criar ao menos uma Unidade de Conservação, isso aumentará significativamente a área total protegida da Mata Atlântica, melhorando assim as condições dos ecossistemas naturais em benefício das gerações atuais e futuras.

A elaboração do plano municipal traz inúmeras vantagens para o município, entre elas podemos destacar:

– Estruturação do planejamento integrado no município.

– Mapeamento de áreas para fins de regularização fundiária, licenciamento e conservação de mananciais.

– Segurança jurídica com o cumprimento da Lei da Mata Atlântica e colaboração ao cumprimento do Código Florestal com apoio aos munícipes na inscrição no Cadastro Ambiental Rural e nos programas de regularização.

– implementação de um instrumento norteador e balizador para os Municípios que estão licenciando atividades e empreendimentos em seu território, em virtude da descentralização do licenciamento ambiental pelo órgão ambiental, assegurando igualmente maior segurança jurídica.

– planejamento do município para o enfrentamento dos efeitos adversos da mudança do clima utilizando os próprios ecossistemas da Mata Atlântica para ajudar as pessoas a se adaptarem às mudanças previstas.

– Mitigação de impactos à sociedade de eventos climáticos extremos (por exemplo: deslizamentos, enchentes etc.), na prevenção de ocupações.

– Valorização do Conselho de Meio Ambiente Municipal e operacionalização dos Fundos Municipais de Meio Ambiente.

Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi, apresentou os passos para a elaboração dos Planos Municipais da Mata Atlântica, observando que o plano deve apontar ações prioritárias e áreas para a conservação e recuperação da vegetação nativa e da biodiversidade da Mata Atlântica no município. Dentre as áreas e ações que o Plano deverá apontar, estão:

1 – Criação de Unidades de Conservação públicas e privadas (RPPNs).

2 – Adequação ambiental dos imóveis rurais: Averbação e recuperação de Reservas Legais e recuperação de APPs.

3 – Formação de Corredores Ecológicos.

4 – Proteção de áreas frágeis e de risco de enchentes e deslizamentos ou desbarrancamentos.

5 – Proteção e valorização das belezas cênicas e paisagísticas (serras, montanhas, cachoeiras, lagos, praias, cânions etc.).

6 – Proteção e recuperação de mananciais e de áreas de recarga de aquíferos.

7 – Indicação de áreas propícias para a implantação de projetos (proteção de remanescentes, regeneração assistida, reflorestamento) de pagamento por serviços ambientais (produção de água, fixação e prevenção de emissão de carbono, conservação da biodiversidade, manutenção do clima/microclima etc.).

8 – Implantação de projetos de uso sustentável dos recursos naturais (sistemas agroflorestais, entre outros).

9 – Implantação de atividades de ecoturismo.

10 – Ações de fiscalização.

11 – Realização de inventários e pesquisas da biodiversidade de fauna e flora.

Wigold Schaffer, Conselheiro da Apremavi, falou sobre legislação ambiental, em especial a aplicação da Lei da Mata Atlântica e como a sua implementação pode contribuir com a conservação e recuperação da natureza e do incremento da qualidade de vida das pessoas.

Por fim, Juliana Ribeiro, da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, falou sobre Adaptação às Mudanças Climáticas, cujo foco foi a forma de como as sociedades deverão se adaptar frente a eventos climáticos cada vez mais frequentes e intensos. Uma das estratégias abordadas em sua palestra foi a Adaptação baseada em Ecossistemas, conhecida como AbE, que pode ser utilizada combinada com outras estratégias, considerando a avaliação custo benefício, custo-efetividade e os co-benefícios, ou seja, a implantação de medidas de adaptação às mudanças climáticas associada à manutenção dos serviços ambientais e à conservação da biodiversidade.

O Programa Matas legais é uma parceria da Apremavi e da Klabin, em execução desde 2005.

Apremavi participa de Seminário Estadual de Agroecologia

Nos dias 15 e 16 de outubro de 2015, os técnicos da Apremavi Daiana Tania Barth, Edilaine Dick e Leandro Casanova participaram do 7º Seminário Estadual de Agroecologia realizado no município de Porto União (SC).

O Seminário contou com aproximadamente 1.200 agricultores familiares, principalmente dos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Fez parte da programação a realização de 21 oficinas entre práticas e teóricas nos mais diversos assuntos de interesse do público.

Leandro Casanova, engenheiro florestal da Apremavi ministrou a oficina sobre produção de mudas de árvores nativas, que contou com a participação de agricultores, estudantes de cursos técnicos, universitários e também professores.

Leandro salientou que em pleno momento em que os agricultores precisam realizar o Cadastro Ambiental Rural, há também a necessidade de recuperarem principalmente áreas de preservação permanente, beira de rios e nascentes. Por outro lado, em função do déficit de mudas para tal trabalho, empreendimentos que venham a ofertar mudas nativas poderão ter um bom potencial de mercado.

Durante a feira de Saberes e Sabores Agroecológicos foi possível acompanhar vários trabalhos voltados a agricultura sustentável desde sementes crioulas das mais variadas espécies, produtos da agroindústria artesanal como licores, sucos e sorvetes de espécies florestais nativas, até implementos agrícolas voltados ao agricultor agroecológico.

A Apremavi participou ainda de uma mesa redonda sobre “Experiências locais de Sistemas Agroflorestais desenvolvidos por agricultores familiares”, juntamente com entidades como Centro Vianei de Educação Popular, Cooperafloresta, CEMEAR e CETAP.

Edilaine Dick, coordenadora de projetos da Apremavi, destaca que a participação no evento foi de extrema relevância, pois além do aprendizado adquirido foi possível compartilhar experiências e apresentar os projetos em andamento da Apremavi, como o projeto Araucária e o projeto Corredores Ecológicos.

Mata Atlântica em perigo em Santa Catarina

Parecer da associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), assinado por pesquisadores e especialistas na área ambiental e jurídica, aponta que a proposta de política florestal em discussão no Grupo de Trabalho de Política Florestal de Santa Catarina (GT-PEFSC), instituído pela Portaria CONSEMA/SDS 60/2012, abre caminho para a destruição dos remanescentes de Mata Atlântica no estado. A proposta consta do documento DIRETRIZES PARA A POLÍTICA FLORESTAL CATARINENSE e prevê a possibilidade de abrir os remanescentes de florestas de Santa Catarina para o desmatamento, manejo florestal ou corte seletivo de árvores com finalidade comercial (Acesse aqui o parecer).

Um dos equívocos do documento DIRETRIZES PARA A POLÍTICA FLORESTAL CATARINENSE é que ele parte do pressuposto de que a Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/2006) ao invés de coibir o desmatamento, gerou efeito inverso. Diz textualmente o documento: “este efeito é contrário ao desejado por uma legislação ambiental equivocada. Curiosamente Santa Catarina foi o Estado em que ocorreram mais desmatamentos na Mata Atlântica entre 2000 e 2007: cerca de 45,5 mil hectares foram perdidos neste período (Fundação SOS Mata Atlântica e Inpe, 2008)”. Segundo Wigold B. Schaffer, conselheiro da Apremavi, essa informação é incorreta pois os dados da Fundação SOS Mata Atlântica mostram que o desmatamento anual em Santa Catarina caiu aproximadamente 90% após a aprovação e regulamentação da lei.

A Apremavi demonstra que o diagnóstico apresentado no documento DIRETRIZES PARA A POLÍTICA FLORESTAL CATARINENSE, a partir do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC) indica com clareza a preocupante situação em que se encontram os remanescentes florestais do estado, resumidos a 29% da sua cobertura original, dos quais apenas 5% (destes 29%) são florestas em bom estado de conservação. O IFFSC também apontou a pobreza dos remanescentes florestais de Santa Catarina, mostrando que um quinto das espécies arbóreas registradas há 50 anos não foram mais observadas, que 32% de todas as espécies arbóreo-arbustivas foram encontrados com menos de 10 indivíduos no estado todo, e que entre as dez espécies dominantes na floresta ombrófila mista encontram-se oito espécies pioneiras e secundárias, na floresta ombrófila densa sete destas categorias, enquanto que na floresta estacional decidual todas são tidas como pioneiras (três) e secundárias (sete). E os dados do IFFSC vão além, apontando que mais de 95% dos remanescentes florestais do estado são florestas secundárias, formadas por árvores jovens de espécies pioneiras e secundárias, com troncos finos e altura de até 15 metros e baixo potencial de uso.

Para os especialistas que assinam o parecer, os dados do IFFSC mostram que não há qualquer possibilidade de abrir os remanescentes de florestas de Santa Catarina para desmatamento,  manejo florestal ou corte seletivo de árvores com finalidade comercial, como propõe a proposta em discussão no GT-PEFSC. 

Outro aspecto que chama atenção no documento em discussão é a desconsideração da obrigação de implementar o Código Florestal (Lei 12.651/2012).

Ao invés de se pautar pelo respeito e implementação imediata da atual legislação Federal, especialmente a Lei 11.428/2006 (Lei da Mata Atlântica) e o Decreto 6.660/2008, bem como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), e o Programa de Recuperação Ambiental (PRA), preconizados pela Lei 12.651/2012, o GT-PEFSC gasta esforços e recursos públicos para discutir propostas que afrontam a legislação exaustivamente discutida e aprovada no Congresso Nacional. O parecer foi encaminhado, em ofício da Apremavi, a Carlos Alberto Chiodini, Presidente do Consema e Secretário de Desenvolvimento Sustentável.

Cópia do Parecer também foi encaminhado ao Ministério Público Estadual e para a Rede de ONGs da Mata Atlântica.

Assinam o Parecer da Apremavi: João de Deus Medeiros (Biólogo, Professor Associado, Chefe do Departamento de Botânica-UFSC, Presidente do Grupo Pau-Campeche e Conselheiro da Apremavi), Leandro Casanova (Engenheiro Florestal – Técnico da Apremavi), Miriam Prochnow (Pedagoga, Especialista em Ecologia e Conselheira da Apremavi), Milton Pukall (Engenheiro Agrônomo – Diretor da Apremavi), Noêmia Bohn (Advogada, Doutora e Direito Ambiental, Professora da Furb e Conselheira da Apremavi),Lauro Eduardo Bacca (Naturalista e Mestre em Ecologia), Wigold Bertoldo Schaffer (Ambientalista, Especialista em Políticas Públicas e Conselheiro da Apremavi) e Edegold Schaffer (Presidente da Apremavi).

Parque Nacional das Araucárias iniciará visitação pública

Parque Nacional das Araucárias iniciará visitação pública

Parque Nacional das Araucárias iniciará visitação pública

O Conselho Consultivo do Parque Nacional das Araucárias tem a enorme satisfação em convidar a população em geral para comemorar o aniversário de 10 anos de criação do Parque e o início da visitação pública, a partir das 13h do dia 25 de outubro de 2015, domingo, na Comunidade Rio do Poço, município de Passos Maia (SC).

Haverá trilhas e atividades ecológicas para você e sua família e sinalização nas estradas de Ponte Serrada e Passos Maia, indicando como chegar ao local. Se houver chuva, o encontro será na Associação Amigos do Cavalo, na Comunidade Bela Planície, Passos Maia.

A programação de abertura também conta com:

Sessões solenes de abertura do Parque
Dia 19/10/2015 (segunda-feira), às 15h, na Câmara de Vereadores de Passos Maia.
Dia 23/10/2015 (sexta-feira), às 18h30, na Câmara de Vereadores de Ponte Serrada.

Feira de Saberes e Sabores

Pesquisadores, conselheiros do Parque, parceiros e apoiadores! Tragam seus banners, cartazes, folders, livros, fotografias, filmes, artesanato e demais materiais! Teremos tendas e montaremos uma exposição relacionada ao Parque! Será um momento para compartilhar experiências!

Aproveite para chegar antes, conhecer os atrativos da região e almoçar perto do Parque.

Para Juliano Rodrigues Oliveira, gestor do Parque, o ICMBio fica feliz em colocar à disposição da comunidade mais um Parque Nacional. “Estamos iniciando as atividades de uso público no Parque Nacional das Araucárias, em um momento muito especial, pois comemoramos o aniversário de 10 anos de criação da unidade. E foi justamente a sociedade local que se manifestou, através do conselho consultivo do parque, pedindo que déssemos início a essas atividades”, destaca Oliveira.

Ele complementa que a comemoração no dia 25 estará aberta a todos, sem a necessidade de agendamentos, e que após o evento, as visitas às áreas do Parque acontecerão de forma agendada, para pequenos grupos. Depois de algum tempo, a atividade será reavaliada para fazer as correções necessárias. “Certamente, com o apoio das instituições e pessoas envolvidas, será um grande sucesso e vai contribuir muito para a unidade de conservação cumprir os objetivos para os quais foi criada. Pessoalmente, agradeço a todos pelo empenho e também pela oportunidade de aprender tanto”, ressalta Oliveira.

“Hoje o município está entendendo que o Parque é uma grande oportunidade para Passos Maia e Ponte Serrada fazerem diferença e serem reconhecidos internacionalmente por ser sede do Parque”, frisou Ivandre Bocalon, Prefeito de Passos Maia, durante a Sessão Solene em homenagem aos 10 anos de criação do Parque, realizada na Câmara de Vereadores deste município.

Bocalon comenta que a abertura será simples e simbólica para a grandiosidade do Parque, mas decisiva para avançar na gestão e uso público: “Temos muito orgulho viver este momento histórico, de comemoração dos 10 anos de criação do Parque Nacional das Araucárias e o início da visitação pública. Lá na frente vejo os frutos sendo colhidos pelos moradores do município”, aponta.

Marcos Alexandre Danieli, representante da Apremavi e segundo secretário executivo no conselho, relembra que a criação e planejamento do Parque representaram um grande esforço empreendido, de instituições e pessoas dedicadas a ver o Parque funcionando: “Para a Apremavi, é uma enorme satistação poder olhar a trajetória do Parque Nacional das Araucárias e perceber que as ações e projetos geraram resultados importantes, que hoje contrinuem efetivamente com a gestão da Unidade, a exemplo dos projetos voltados à elaboração do plano de manejo, formação e fortalecimento do conselho, realizados pela Apremavi, em parceria com o ICMBio e diversas instituições. A abertura à visitação é um retorno mais que merecido à comunidade local”, conclui.

Quedas do Rio Chapecó no Parque Nacional das Araucárias. Foto: Marcos Alexandre Danieli.

Parque Nacional das Araucárias

O PARNA das Araucárias foi criado no ano de 2005, em Passos Maia e Ponte Serrada, com 12.841 hectares e é gerenciado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Além da proteção ambiental, pesquisas científicas e atividades de educação ambiental, sua grande vocação é receber a visitação de pessoas interessadas em turismo ecológico e recreação em contato com a Natureza.

Para mais informações entre em contato com Juliano Oliveira no telefone (46) 3262-5099 ou pelo e-mail juliano.oliveira@icmbio.gov.br.

Para acompanhar tudo que acontece no Parque, acesse a página do Parque no Facebook e dê o seu like!

Vídeo do Projeto Araucária é apresentado ao público

No dia 06 de outubro de 2015 aconteceu, no Centro Ambiental Jardim das Florestas da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), o Seminário de encerramento do projeto Araucária. O evento contou com a participação de 67 pessoas, entre agricultores, lideranças comunitárias, instituições parceiras, alunos, professores, técnicos e colaboradores da entidade. O seminário contou também com a presença da representante da Petrobras, que é a responsável pelo acompanhamento do projeto junto ao órgão patrocinador.

A programação teve como objetivo apresentar os resultados alcançados durante os dois anos de execução do projeto, a apresentação para o público do vídeo “Projeto Araucária – Conservando e Recuperando a Mata Atlântica” e a oportunidade de ter um momento de integração, discussão e troca de experiências entre agricultores, parceiros e executores.

O vídeo conta toda a história do projeto e é uma importante ferramenta de conscientização, pois traz informações sobre a importância da Floresta com Araucárias, os principais problemas ambientais e mostra ainda como é importante plantar árvores para garantir o futuro do planeta e das novas gerações.

O material foi produzido com apoio do público participante do projeto, que contam as suas histórias e formas de participação no projeto através de entrevistas e ainda sobre porque plantam árvores.

O pré-lançamento do vídeo ocorreu no dia 29 de julho de 2015, com uma exibição para funcionários, colaboradores e também para os participantes da Rede Gestora do Corredor das Araucárias, que estavam no Centro Ambiental participando de uma oficina.

O vídeo está disponível no canal Youtube da Apremavi.

O Projeto Araucária é executado pela Apremavi, e conta com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental do Governo Federal. Durante a execução do projeto, importantes parcerias foram consolidadas com a Amavi, Fatma, SPVS, Unochapecó, Grimpeiro, ICMBio, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Terezinha, Mater Natura, Cooptrasc, Epagri e prefeituras dos municípios envolvidos.

Ao longo dos dois anos, o projeto proporcionou a doação de 231.730 mudas para agricultores, 59.040 para plantios em UCs e 31.375 mudas doadas para ações de educação ambiental e outras finalidades.

Rosana Samp Pomarolli, agricultora participante do projeto, ao se despedir, parabenizou a equipe da Apremavi pelo empenho e dedicação nos trabalhos desenvolvidos e sente-se feliz por fazer parte do projeto.

Alunos e professores das escolas municipais de Atalanta, a E.M.E.F. Vila Groop e a E.M.E.F. Ribeirão Matilde também contribuíram com o evento expondo os seguintes projetos: Conhecer para cuidar melhor e Adotando um córrego – memórias do nosso ribeirão. Os trabalhos demonstram a importância da preservação dos recursos naturais para manutenção da vida e para melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Encerrando o evento os participantes tiveram um momento de confraternização com um delicioso almoço colonial.

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Projeto Araucária recupera entorno de UCs

Unidades de conservação (UCs) são espaços territoriais que recebem um regime especial de proteção e administração, com o objetivo de garantir a sobrevivência de espécies de animais e plantas e também proteger locais de grande beleza cênica. A existência das UCs é extremamente importante. Porém, além de conservar e proteger a biodiversidade dentro dos limites de parques e reservas é necessário incentivar e garantir a manutenção dos serviços ambientais, proteção da biodiversidade e recuperação de áreas degradadas no seu entorno.

Para cada unidade de conservação, existe em seu entorno, uma zona de amortecimento (ZA), onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a UC.

O Projeto Araucária tem como uma das áreas prioritárias de atuação o entorno de quatro unidades de conservação de proteção integral (Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, Parque Nacional das Araucárias, Parque Estadual das Araucárias e Estação Ecológica da Mata Preta) e duas de uso sustentável (Área de Relevante Interesse Ecológico Serra da Abelha e Floresta Nacional de Chapecó).

Foram atendidas 39 propriedades situadas em zonas de amortecimento ou interior de cinco dessas unidades de conservação, sendo 08 famílias de agricultores na ARIE Serra da Abelha e seu entorno; 07 na ZA da Estação Ecológica Mata Preta; 02 na ZA da Floresta Nacional de Chapecó; 04 na ZA do Parque Estadual das Araucárias e 18 na ZA do Parque Nacional das Araucárias.

A participação dos agricultores permitiu que eles se tornassem importantes na recuperação de áreas degradadas e conservação das florestas e áreas naturais próximas a essas UCs. Além disso, puderam reconverter áreas que antes eram utilizadas pela agricultura e pecuária para sistemas agroflorestais, com espécies nativas, como por exemplo, a erva-mate e a araucária. Essas áreas trabalhadas são importantes para a composição do mosaico de paisagens, auxiliando na formação de corredores ecológicos.

Para Antonio de Almeida Correia Junior, analista ambiental da Estação Ecológica Mata Preta/ICMBio,  o Projeto Araucária conseguiu sensibilizar várias famílias que vivem e produzem em pequenas propriedades rurais no entorno da ESEC, para a importância de proteger suas nascentes e áreas de proteção permanente: “ficou claro que também que é possível e necessário planejar melhor o uso dos recursos e áreas disponíveis das propriedades para buscar a sustentabilidade. Os participantes se engajaram em selecionar as áreas, cercá-las e plantar as mudas de espécies nativas da região com muito gosto pelo trabalho. Assim, estão também mobilizados para ajudar na conservação da biodiversidade no entorno da Estação Ecológica, melhorando a conectividade entre fragmentos florestais e criando novos abrigos para fauna”, complementa Antônio. 

O Projeto Araucária é executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), patrocinado pela Petrobrás, por meio do Programa Petrobrás Socioambiental, Governo Federal.

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Por que você planta árvores?

No Dia da Árvore, entre para o time dos plantadores de florestas. Assita ao clip do vídeo do Projeto Araucária e entenda porque é tão importante recuperar áreas degradadas.

Este é um clip do vídeo "Projeto Araucária – conservando e recuperando a Mata Atlântica", produzido pela Apremavi, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. É uma chamada para que todas as pessoas plantem árvores, como forma de ajudar a combater as principais crises ambientais do Planeta Terra.

O lançamento do vídeo será no dia 06 de outubro, em Atalanta (SC). Aguarde a programação.

Saiba mais sobre o Projeto Araucária.

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Coalizão Brasil defende contribuição ambiciosa do Brasil para a Conferência do Clima

Coalizão Brasil defende contribuição ambiciosa do Brasil para a Conferência do Clima

Coalizão Brasil defende contribuição ambiciosa do Brasil para a Conferência do Clima

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, iniciativa da qual a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) é integrante, reafirma que o país pode ter um nível alto de ambição em sua contribuição (INDC) para o acordo mundial relativo a mudanças climáticas, que será firmado em Paris, em dezembro. Um dos principais eventos que antecede o acordo histórico acontece em Nova York, na próxima semana, quando a presidente Dilma Rousseff prometeu lançar a INDC brasileira.

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura — movimento que reúne empresas, organizações da sociedade civil, centros de pesquisa e entidades setoriais — entende que o Brasil pode estabelecer uma INDC ambiciosa, com metas palpáveis, inspiradoras e mobilizadoras para a Conferência da ONU para a Mudança do Clima, a COP-21, que acontece em dezembro, em Paris. A INDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas) é um documento que contém o que cada país pretende fazer para reduzir e remover as emissões de GEE (Gases do Efeito Estufa). A expectativa é que a presidente Dilma Rousseff anuncie a INDC brasileira na próxima semana, em Nova York, durante a Climate Week, que reunirá lideranças políticas, empresariais e civis do mundo todo.

Para a Coalizão, o Brasil pode e deve se comprometer a zerar suas emissões líquidas de carbono o mais cedo possível, dentro de um esforço global onde as economias desenvolvidas zerem até meados do século. Isso se torna viável à medida que o país trilhe caminhos ao alcance dos diferentes setores da economia. A agropecuária brasileira, por exemplo, tem o potencial de reduzir de forma contínua as emissões de GEE.

A medida-chave está no investimento em recuperação de áreas degradadas e de baixa produtividade para expandir a produção“, afirma Luiz Carlos Carvalho, presidente da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio). “Com a ampla adoção de tecnologias já disponíveis (como a integração lavoura-pecuária-floresta e da lavoura-pecuária), a agropecuária brasileira teria o potencial de reduzir em 50% a emissão projetada para 2030 em relação ao ano de 2013, considerando um aumento de 30% na produção do setor“, reforça Mauricio Voivodic, secretário executivo do Imaflora.

O Plano ABC (Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixo Carbono na Agricultura) sugere patamares mais modestos, mas, sem dúvida, ele é um recurso fundamental para tornar essa aspiração uma realidade. “O Plano ABC tem de ser priorizado como principal política agrícola nacional”, explica Gustavo Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira, outra entidade participante da Coalizão. Segundo Junqueira, “para que o produtor migre para o plano e possa apoiar o avanço de sua adoção, é necessário tornar clara a divulgação dos resultados para mitigação de emissões de GEE e seus benefícios econômicos na gestão da atividade rural“.

Contribuições do setor de florestas e agropecuária

O setor relacionado ao uso da terra é responsável por dois terços das emissões brutas de GEE do Brasil e tem, portanto, muito potencial para realizar ações efetivas de mitigação“, diz Tasso Azevedo, coordenador do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa). Assim, a Coalizão vem analisando e endossando iniciativas capazes de colocar o Brasil no caminho de zerar suas emissões líquidas e contribuir para o enfrentamento das questões climáticas. Mais que isso, o setor de uso da terra ajudará a estabelecer e disseminar modelos reais de economia agrícola e floresta sustentável, inclusive para outros países.

Nesse sentido, a efetiva execução do Código Florestal integra os avanços na agenda climática. “A implementação integral do Planaveg (Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa), em consonância com a aplicação do restante da legislação florestal, é fundamental para a recomposição de até 20 milhões de hectares de florestas, que poderão gerar sequestro superior a 1 bilhão de toneladas de carbono e outros serviços ambientais relevantes, impulsionando uma nova economia florestal“, indica Rachel Biderman, diretora do WRI Brasil (World Resources Institute). A finalização do Cadastro Ambiental Rural (CAR), previsto no Código, é urgente e permitirá gerar os números exatos a serem recuperados.

“É fundamental que propriedades e paisagens sejam planejadas de forma integrada, com a participação dos vários setores. O Brasil pode ser exemplo para o mundo na proteção e restauração de Áreas de Preservação Permanente, como nascentes e matas ciliares”, assinala Miriam Prochnow, secretária executiva do Diálogo Florestal. O ordenamento da atividade florestal traz outros impactos positivos. “E não se pode perder de vista que o cumprimento do Código Florestal também significa eliminar das cadeias produtivas brasileiras o produto oriundo de desmatamento ilegal e de exploração ilegal de recursos florestais madeireiros, e a médio prazo, voluntariamente, de quaisquer desmatamentos, o que representaria outro enorme ganho“, enfatiza Mauro Armelin, superintendente de Conservação do WWF-Brasil.

Outro ponto de destaque: a elaboração de níveis de referência para incremento de estoques florestais para múltiplos usos, no âmbito das estratégias nacionais de REDD+, incentivaria a preservação e a economia florestal. A sigla, em inglês, refere-se a um mecanismo financeiro e significa redução de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e degradação florestal, manejo florestal, manutenção e incremento de estoque de carbono. “Além de combater o desmatamento, o sistema REDD+ poderia apoiar efetivamente a restauração de áreas degradadas e a expansão de oferta de madeira por meio do manejo sustentável de florestas nativas ou plantadas, removendo os GEE presentes na atmosfera“, diz Roberto Waack, presidente do Conselho da empresa Amata.

Mecanismos de precificação

A Coalizão preconiza que o Brasil apoie as discussões internacionais para a precificação do carbono durante a COP-21. “Os mecanismos já existentes podem ser aprimorados, e novos mecanismos regulatórios, ou de mercado, podem ser criados para acelerar a transição para soluções econômicas de baixo carbono“, diz José Penido, presidente do Conselho de Administração da Fibria Celulose. Os créditos de carbono provenientes do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), gerados nos períodos pré e pós-2020, por exemplo, poderiam integrar o cumprimento de metas dentro do acordo da COP21. “Insistimos que o Brasil, na INDC, garanta mecanismos de mercado. Principalmente agora, com o novo acordo mundial, em que não haverá mais divisão entre países do Anexo 1 e os demais, todos seriam elegíveis para usarem a mesma metodologia“, avalia Elizabeth Carvalhaes, presidente executiva da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores).

“Estamos diante de uma grande mudança”, pondera Marina Grossi, presidente do Cebds (Conselho Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável) e representante do We Mean Business. “A Coalizão tem expectativa de que se estabeleça no Brasil — e globalmente — novos mecanismos capazes de valorizar nossas florestas e agricultura rumo a uma economia de baixo carbono, incentivando a geração energética renovável e desestimulando a produção de emissores primários de carbono. Esta seria uma grande solução de negócio”, completa.

Uma outra medida para incentivar o manejo legal e sustentável das florestas é a criação de um sistema eficaz de remuneração por serviços ambientais. “Seriam feitos pagamentos diretos aos responsáveis pela manutenção e restauração de florestas e demais ecossistemas, com base em novas fontes de recursos e que não estivessem sujeitos a mecanismos compensatórios“, afirma Beto Mesquita, diretor de Estratégia Terrestre da Conservação Internacional.

Vale ressaltar que dentro da Coalizão também há especialistas dedicados a analisar a matriz energética brasileira. “Afinal, é preciso promover uma política nacional que valorize a produção de biocombustíveis e bioenergia, bem como ações para incentivar o seu contínuo crescimento aqui e em todo o mundo”, pontua Elizabeth Farina, diretora-presidente da Unica. “A COP-21 é um momento oportuno para retomarmos uma adequada política pública e tributária no nosso país, que reconheça as externalidades positivas das energias renováveis e sirva de referência para outras economias.”

Nível de ambição para a INDC

As contribuições da Coalizão para a INDC brasileira foram elaboradas a partir da convergência e aspirações em comum entre lideranças de diferentes tendências. Quatro princípios nortearam esse trabalho: a visão de longo prazo para a redução de emissões de GEE; a definição de uma porção justa de contribuição do Brasil nesse esforço global; a proposição de uma base lógica para o nível de ambição de redução de emissões do país; e indicação de mecanismos, elementos e incentivos que viabilizem os compromissos a serem assumidos na COP 21.

A partir desses princípios, a Coalizão propõe que o Brasil inclua em sua INDC:

• redução efetiva de emissões de GEE para toda a economia (já no primeiro período de compromisso do novo acordo);

• aumento real das remoções de CO2, nos diferentes segmentos;

• zerar as emissões líquidas nacionais, conforme requerido pela ciência (mantendo a concentração de CO2 na atmosfera em 450 ppm);

• manter as emissões per capita brasileiras abaixo da média global.

O cumprimento dessas iniciativas está vinculado a: acesso a políticas públicas e incentivos reais; iniciativas para precificação de carbono; que as economias emergentes assumam compromissos similares aos do Brasil no longo prazo; que os países desenvolvidos zerem emissões líquidas até 2050.

Sobre a Coalizão Brasil

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento multissetorial que se formou como o objetivo de propor ações e influenciar políticas públicas que levem ao desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, com a criação de empregos de qualidade, o estímulo à inovação, à competitividade global do Brasil e a geração e distribuição de riqueza a toda a sociedade. Mais de 100 empresas, associações empresariais, centros de pesquisa e organizações da sociedade civil já aderiram à Coalizão Brasil.

(11) 9 8294-8794 Karen Tada
karen@pbcomunica.com.br

(11) 9 8108-7272 Solange A. Barreira
solange@pbcomunica.com.br

Fonte: Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

Seminário discute Corredores Ecológicos, Pesquisa e Uso Público em UCs

­A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), em parceria com a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e o Grupo de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias (Grimpeiro), promoveu nos dias 02 e 03 de setembro de 2015, no auditório do Parque Estadual das Araucárias, em São Domingos (SC), o Seminário Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação (UCs).

O evento discutiu a temática dos Corredores Ecológicos, Pesquisa e Uso Público em UCs e teve como objetivo a integração, discussão e troca de experiências entre os diversos participantes envolvidos no desenvolvimento do projeto. Participaram os gestores e conselheiros das UCs envolvidas (PARNA das Araucárias, REVIS Campos de Palmas, ARIE Serra da Abelha, PE Araucárias, PE Rio Canoas), além de outras UCs (ESEC Mata Preta, FLONA Chapecó e Três Barras, PE Tabuleiro, REBIO Aguaí), representantes da Rede Gestora (REGE) do Corredor das Araucárias, estudantes e demais interessados nos temas abordados, num público de 75 pessoas.

Mesa 1: Pesquisa para a gestão de Unidade de Conservação ou gestão para a pesquisa? Foto: Arquivo Apremavi.

O primeiro dia foi dedicado a conhecer os Corredores Ecológicos de Santa Catarina, na fala de Pedro de Sá (Fatma), e para debater a relação entre a pesquisa e a gestão de UCs, em uma mesa integrada por Carlos Ribeiro (FLONA Três Barras); Joel Casagrande (REBIO Aguaí); Carlos Eduardo Conte (UFPR); Alexandre Siminski (UFSC/Curitibanos); Angélica Cassol (Unochapecó); Ronei Baldissera (Unochapecó) e Manuela Gazzoni dos Passos (Unoesc Chapecó). 

No segundo dia, a discussão foi sobre o Uso Público em Unidades de Conservação, em uma mesa composta por Carlos Ribeiro (FLONA Três Barras); Juliano Rodrigues Oliveira (PARNA das Araucárias) e Alexandre Sachs (Grimpeiro).

Neste dia os participantes também conheceram o Programa Desmatamento Evitado, na fala de Romulo Cícero da Silva (SPVS), e assistiram aos vídeos “Aguaí – Floresta Atlântica: uma viagem pelo interior da Reserva Biológica do Aguaí” e “Projeto Araucária – Conservando e Recuperando a Mata Atlântica”. Em função da chuva no dia, a trilha no Parque não pôde ser realizada, mas todos os participantes foram convidados para uma nova visita à UC após sua abertura oficial, que deve ocorrer em breve.

A troca de experiências também ocorreu durante a exposição de banners, cartazes, folders, livros, artesanatos e demais materiais relacionados às UCs e temas afins, realizada junto ao café colonial produzido por integrantes do Grimpeiro, e também durante a hospedagem e alimentação, realizada na Vila Milani, comunidade vizinha ao Parque.

Divulgação de materiais relacionados às UCs e temas discutidos. Foto: Eloisa Donna.

Para o analista ambiental do ICMBio, Carlos Ribeiro, gestor da FLONA de Três Barras, o desenvolvimento das pesquisas, o incremento do uso público nas unidades de conservação e os benefícios socioambientais decorrentes estão ligados diretamente à capacidade dos gestores e suas equipes de dialogarem e desenvolverem projetos em parceria com outras instituições, sejam elas públicas e/ou da sociedade civil e ao envolvimento direto das populações do entorno nestes projetos.

“O seminário foi importante pela troca de experiências realizadas. Acreditamos que o diálogo permanente através da gestão participativa, os Conselhos Gestores atuantes, a aproximação e o apoio aos pesquisadores e as parcerias institucionais são instrumentos essenciais para que as unidades de conservação federais, estaduais e municipais, sejam viabilizadas, atinjam seus objetivos e cumpram seu importante papel na construção do desenvolvimento sustentável e na conservação da nossa biodiversidade”, frisa Ribeiro.

Angelo Milani, presidente do Grimpeiro, cita que foi uma grande satisfação poder receber os participantes do Seminário no Parque, Vila Milani e município de São Domingos. Ele comenta que as unidades de conservação constituem peça-chave para promover a conservação e a provisão dos serviços ambientais, além do seu potencial econômico, desde que haja a devida gestão, por meio do plano de manejo e das pessoas que as administram. “Não há receitas prontas, mas esperamos que o seminário realizado venha a trazer benefícios a todas as unidades de conservação, principalmente o Parque Estadual das Araucárias”, pontua Milani, que representa a instituição que deverá ser responsável pela cogestão do Parque.

Gilberto João Morsch, Gerente de Unidades de Conservação e Estudos Ambientais da Fatma, ressalta que as discussões do Seminário contribuem para a valorização e qualificação da gestão das Unidades, a exemplo do Parque Estadual das Araucárias, que logo vai inaugurar uma nova fase com sua abertura à visitação. “É com prazer que informamos que todas as demandas necessárias já estão adiantadas e que a abertura do Parque se dará no máximo em 90 dias”, destaca Morsch.

Para Edegold Schaffer, presidente da Apremavi, o seminário foi um grande sucesso, pois conseguiu reunir gestores, chefes e conselheiros das UCs que estão inseridas no projeto, além de representantes dos órgãos ambientais e universidades. “A Apremavi, ao longo dos anos, vem apoiando a criação de unidades de conservação em Santa Catariana e esse projeto foi muito importante, tanto para nossa instituição, quanto para as UCs, pois permitiu o apoio às principais ferramentas de gestão das Unidades, como os conselhos e planos de manejo. A Apremavi espera poder continuar apoiando e capacitando os conselhos para que eles possam desenvolver cada vez melhor suas funções dentro das UCs”, conclui Schaffer.

O seminário integra o projeto “Planejamento e Capacitação em UCs”, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO). 

Articulação de projetos beneficia agricultura familiar catarinense

Santa Catarina é composta basicamente pela agricultura familiar, 89,5% dos estabelecimentos tem menos de 4 módulos fiscais. Eles são responsáveis por 70% da produção agropecuária do Estado. Isso corresponde a 20% do PIB do Estado e 6,4% do País. São mais de 240 mil pessoas trabalhando no setor.  

Apesar dos números expressivos, o pequeno agricultor enfrenta diferentes desafios no dia-a-dia. Para auxiliá-los, várias políticas públicas e projetos são desenvolvidas ao longo dos anos. E a sinergia entre esses projetos é que faz a diferença.

Foi assim que aconteceu por 02 anos a parceria entre o Projeto Araucária, desenvolvido pela Apremavi e o Programa SC Rural, desenvolvido por diversas instâncias do governo do Estado de Santa Catarina.

Na região oeste, o envolvimento aconteceu através da linha de apoio ao Corredor Ecológico Chapecó, onde é previsto o pagamento por serviços ambientais (PSA) pela proteção e conservação de remanescentes florestais desta região.

A partir de inúmeras reuniões entre servidores da Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA), Cooperativa de Trabalho e Extensão Rural Terra Viva (Cooptrasc), e Apremavi, identificou-se a possibilidade de agricultores atendidos pelo Projeto Araucária serem beneficiários na linha de PSA.

No dia 31 de Março de 2015, os 03 primeiros contratos para o pagamento por serviços ambientais foram assinados por agricultores de Passos Maia, que juntos conservam aproximadamente 07 hectares de mata nativa. Outros contratos devem ser assinados no decorrer deste ano.

Dezesseis agricultores do município de Galvão e um agricultor de Ponte Serrada também foram beneficiados por esta parceria com apoio para realização de ações de recuperação de áreas degradadas. Onde, o Projeto Araucária doou as mudas e o Programa SC Rural recursos para a construção das cercas.

O agricultor Adão de Sá agradece ao Projeto Araucária, pois segundo ele “só estou recebendo este pagamento por causa de vocês – Apremavi”.

O mesmo envolvimento entre os projetos aconteceu na região do Alto Vale do Itajaí, onde agricultores de associações e cooperativas beneficiárias do Programa SC Rural dos municípios de Vitor Meireles e Salete foram atendidos pelo projeto Araucária, visando a adequação ambiental das propriedades rurais, através da recuperação de áreas degradadas e conservação de remanescentes florestais.

Em Santa Terezinha a atuação foi em conjunto, visando o fortalecimento da Cooperativa de Agricultores Familiares Produtores de Mate e Ervas Medicinais (Coopamater) através da realização de palestras, dias de campo, capacitações e envolvimento com grupo de mulheres.
O apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) foi fundamental em todo esse processo.

Para Shigueko T. Ishy, servidora da FATMA “A atuação do Projeto Araucária foi de extrema importância para a divulgação e efetivação dos Corredores Ecológicos de SC. A partir de dados coletados no Projeto foi possível aprimorar os critérios de identificação e seleção de agricultores para participação no PSA Corredores Ecológicos SC, Capital Semente e assim iniciar o pagamento por Serviços ambientais em Santa Catarina, no âmbito do Programa SC Rural”.

O Projeto Araucária é executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), patrocinado pela Petrobrás, por meio do Programa Petrobrás Socioambiental, Governo Federal.

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Apremavi promoverá Seminário sobre Planejamento e Capacitação em UCs

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), em parceria com a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e o Grupo de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias (Grimpeiro), vai promover nos dias 02 e 03 de setembro de 2015, no auditório do Parque Estadual das Araucárias, em São Domingos (SC), o Seminário Planejamento e Capacitação em UCs.

O evento integra o projeto “Planejamento e Capacitação em UCs”, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO).
O objetivo do encontro é integração, discussão e troca de experiências entre os diversos participantes envolvidos no desenvolvimento do projeto, especialmente os gestores e conselheiros das cinco UCs envolvidas, além de estudantes e demais interessados no tema.

Confira a programação:

Dia 02/09/2015 (quarta-feira)
09h30 – Chegada, café e credenciamento dos participantes.
10h00 – Boas vindas, objetivos da oficina e apresentação dos participantes.
10h30 – O projeto “Planejamento e Capacitação em UCs” – Marcos A. Danieli/Apremavi.
11h00 – Corredores Ecológicos de Santa Catarina – Shigueko Ishiy/Coordenadora do Subcomponente Gestão de Ecossistemas/SC Rural – Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina – FATMA.
12h00 – Almoço

Tarde

13h30 – Mesa 1: Pesquisa para a gestão de Unidade de Conservação ou gestão para a pesquisa?
Palestrantes:
Carlos Ribeiro – Gestor da Floresta Nacional de Três Barras – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio/MMA.
Micheli Ribeiro Luiz – Coordenadora e educadora do Projeto Felinos do Aguaí/Instituto Felinos do Aguaí.
Carlos Eduardo Conte – Vice-presidente do Instituto Neotropical: Pesquisa e Conservação e Professor no Dep. de Zoologia/Universidade Federal do Paraná – UFPR.
Alexandre Siminski – Professor Adjunto na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC/Curitibanos e pesquisador no Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais (NPFT).
Ronei Baldissera – Professor na Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó.
Angélica Cassol – Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Unochapecó.
Manuela Gazzoni dos Passos – Professora na Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc Chapecó.
15h30 – Intervalo e exposição de banners e outros materiais relacionados às UCs e temas discutidos.
16h00 – Debate e encaminhamentos.
17h00 – Exposição de banners e outros materiais relacionados às UCs e temas discutidos.
19h30 – Jantar

Dia 03/09/2015 (quinta-feira)
08h30 – Mesa 2: Uso Público em Unidades de Conservação.
Palestrantes:
Micheli Ribeiro Luiz – Coordenadora e educadora do Projeto Felinos do Aguaí/Instituto Felinos do Aguaí.
Carlos Ribeiro – Gestor da Floresta Nacional de Três Barras – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio/MMA.
Juliano Rodrigues Oliveira – Gestor do Parque Nacional das Araucárias – ICMBio/MMA.
Representante do Grupo de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias (Grimpeiro).
10h00 – Intervalo
10h30 – Debate e encaminhamentos
11h30 – Apresentação do vídeo “Projeto Araucária – Conservando e Recuperando a Mata Atlântica” – Edilaine Dick/Apremavi.
12h00 – Almoço

Tarde
13h30 – Visita técnica ao Parque Estadual das Araucárias – Grimpeiro.
16h00 – Encaminhamentos e avaliação.
16h30 – Encerramento e café.

Mais informações: marcos@apremavi.org.br

Apremavi promove capacitação do conselho da Arie Serra da Abelha

O centro comunitário da comunidade da Serra da Abelha 2, em Vitor Meireles (SC), recebeu o Conselho Consultivo da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Serra da Abelha nos últimos dias 18 e 19 de agosto para a oficina de capacitação do conselho e elaboração do seu plano de ação.

O evento, promovido pela Apremavi, em parceria com o ICMBio, contou com a presença de 25 pessoas e teve como objetivo  discutir o papel do conselho e conselheiro na gestão da ARIE Serra da Abelha e definir as prioridades de ação do conselho.

No primeiro dia de trabalho, os conselheiros foram recepcionados e puderam conhecer melhor sobre a formação e formalização do conselho consultivo, bem como entender melhor sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e a ARIE Serra da Abelha, na fala de José Guilherme Dias de Oliveira, gestor da ARIE. O gestor destaca que o conselho consultivo, juntamente com o plano de manejo, constituem-se nos pilares da gestão de uma Unidade de Conservação, UC. Assim sendo, a construção dessas duas ferramentas são prioritárias na implementação de uma UC.

Além disso, os participantes debateram sobre o papel do conselho e do conselheiro e as ferramentas do conselho gestor, na fala de Marcos Alexandre Danieli.

O segundo dia de atividades teve a exposição dos vídeos ‘Floresta Nacional de Chapecó – um olhar sobre a sua história’ e ‘Projeto Araucária – recuperando e conservando a Mata Atlântica’. Ademais, Edilaine Dick e Wigold Schaffer apresentaram o Plano de Manejo da ARIE Serra da Abelha, que está em processo de finalização, inteirando e dialogando com o conselho sobre esse importante documento norteador da gestão da unidade de conservação.

Para encerrar o evento, os participantes destacaram os principais desafios/problemas e as oportunidades que o Conselho Consultivo da ARIE precisa lidar ao longo do ano ou do mandato dos conselheiros, seguindo com a definição do plano de ação do conselho.

Para José Guilherme Dias de Oliveira, "a recepção ao plano de manejo apresentado foi muito boa, tendo sido destacado nas falas dos conselheiros, seu caráter inclusivo, o que não poderia deixar de ser, já que o plano de manejo e o conselho consultivo foram construídos concomitantemente. Outro avanço interessante da oficina foi o início da elaboração do plano de ação, onde surgiram como diretrizes de atuação do conselho consultivo, o apoio a iniciativas de diversificação das atividades econômicas e maior representação da ARIE junto aos moradores e municipalidade".

A capacitação foi conduzida por Marcos Alexandre Danieli e Edilaine Dick, técnicos da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida, e integra o Projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).

Edilaine Dick, também conselheira da ARIE destaca "é uma imensa satisfação contribuir para esse processo de aprendizado e capacitação, onde todos aprendemos juntos e assim com certeza teremos um conselho forte e atuante".

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Projeto Araucária produziu 320 mil mudas nativas

Durante o Projeto Araucária foram produzidas e doadas aproximadamente 320 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica para o desenvolvimento das atividades previstas no projeto em 13 municípios de Santa Catarina.

A relação de 60 espécies produzidas é bastante diversa, entre elas estão espécies ameaçadas de extinção como a araucária e o palmito; ornamentais como os ipês; as frutíferas como os araçás, ingás, guabirobas, pitanga, goiaba da serra; entre outras como as canelas e erva-mate.

Todas essas mudas foram utilizadas nos processos de recuperação de áreas degradadas; conservação de florestas e áreas naturais e reconversão produtiva de áreas. Além de atender atividades de educação ambiental, divulgação do projeto e agricultores de outros municípios das regiões Oeste e Alto Vale do Itajaí.

270.000 mil mudas foram produzidas no Viveiro Jardim das Florestas, localizado em Atalanta e de propriedade da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), por uma equipe experiente e qualificada.

Em abril de 2014, o Grupo de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias (Grimpeiro) e a Cooperativa dos Produtores de Mate e Ervas Medicinais (Coopamater) localizadas nos municípios de São Domingos (SC) e Santa Terezinha respectivamente, receberam através do Projeto Araucária a doação de dois viveiros florestais com capacidade instalada para produzir 25.000 mudas/cada.

Através de troca de experiências, a equipe de viveiristas e técnicos da Apremavi capacitaram em março de 2014, membros do Grimpeiro e Coopamater que foram então responsáveis pela produção de 50.000 mudas para o projeto.

Ambos os viveiros contam com um galpão, uma estufa, canteiros e sistema de irrigação. E foram doados para que as entidades continuem com os seus trabalhos de mobilização, conscientização e novas alternativas de renda com espécies nativas como é a finalidade da Coopamater em Santa Terezinha.

Motivado, Osvaldo Havrelhuk, presidente da cooperativa e responsável pelo viveiro diz: “esse é um tipo de trabalho que não pode parar, através da cooperativa já até ampliamos o trabalho de produção de mudas. Aqui além de produzir várias espécies de nativas, estamos dando prioridade para erva-mate, que trás retorno para o agricultor”.

Os viveiros florestais são também um importante local para o desenvolvimento de ações de educação ambiental com a comunidade e escolas localizadas especialmente na zona rural onde o projeto tem atuação.  Nesses espaços são realizadas palestras, dinâmicas relacionadas à preservação do meio ambiente e visitas guiadas.

O maior objetivo é tentar criar assim novo modelo de comportamento, buscando um equilíbrio entre o homem e o ambiente e fazendo isso um exercício de cidadania e respeito com todas as formas de vida.

Elcio Zavadniak, tesoureiro da Coopamater, explica que a iniciativa do viveiro é importante para as comunidades do município: “o viveiro surgiu em um momento oportuno, hoje com a história do CAR (Cadastro Ambiental Rural) e o necessidade de replantar as beiras d’água, temos um importante papel na contribuição ambiental de Santa Terezinha”.

O Projeto Araucária é executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), patrocinado pela Petrobrás, por meio do Programa Petrobrás Socioambiental, e apoio do Governo Federal.

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Matas Legais está na Plataforma de Boas Práticas da FAO-ONU

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Klabin, comemoram mais uma conquista, o Programa Matas Legais, uma iniciativa da parceria, acaba de integrar a Plataforma de Boas Práticas para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

A ideia da plataforma é disseminar iniciativas e atitudes que possam ser replicáveis em outras regiões.

O reconhecimento do programa vem exatamente no ano em que o Matas Legais comemora 10 anos de existência.

Clique aqui para acessar a plataforma!

Sobre o Matas Legais:

O Programa Matas Legais tem o objetivo de desenvolver ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal que ajudem a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, melhorar a qualidade de vida da população e aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

Dentre os principais resultados alcançados pelo programa estão a restauração de aproximadamente 295 hectares de matas ciliares nos estados do Paraná e Santa Catarina, envolvimento direto de 875 famílias, participação de aproximadamente 1.200 técnicos, agricultores e estudantes em seminários, além da certificação de produtores florestais (41 proprietários e 72 propriedades rurais) com obtenção do selo internacional do FSC

Uma geração que aposta na conservação

O entusiasmo e a consciência ambiental que o jovem personagem desta história traz consigo são animadores. Ele, que mora em São Paulo traz em suas raízes vivências da infância e da juventude em uma cidade do interior de Santa Catarina: Pouso Redondo.

Preocupado com o meio ambiente, Eduardo Steil, adquiriu um terreno rural no município catarinense onde o antigo proprietário mantinha um reflorestamento de eucaliptos em parceria com a Klabin.

Uma vez assumindo o contrato de parceria, Eduardo ficou sabendo do apoio ambiental do programa Matas Legais aos produtores de madeira ligados a Klabin. Deu-se início aí um sinergismo entre o proprietário e projeto.

Eduardo conta que sempre que vinha à Santa Catarina, seu hobby preferido era plantar árvores no terreno de seus pais: “Eu comprava mudas nas floriculturas para plantar no sítio de meus pais, chegava a pagar até R$ 5,00 por muda. Assim que conheci o programa Matas Legais e a disponibilidade de ter as mudas, não tive dúvida, era a oportunidade e o incentivo que precisava”. Animado, continua o trabalho até os dias de hoje.

Sempre que vem a Pouso Redondo, Eduardo entra em contato com o pessoal da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) para que as mudas sejam levadas até o seu sítio.  Ele pessoalmente planta algumas das mudas.
Seu Antônio, braço direito de Eduardo no sítio, relata que ele tem um zelo muito grande com as pequenas plantas e sempre alerta para que se tenha o máximo de cuidado nos momentos das capinas e roçadas para não quebrarem nenhuma muda de árvore. “Não posso machucar nenhuma plantinha, o Eduardo até briga caso isso aconteça por algum descuido”, comenta Seu Antônio dando uma gargalhada.

Até o momento foram plantadas 3.060 mudas nativas na propriedade, entre espécies frutíferas, ornamentais, nobres e palmitos.

E a consciência ambiental de Eduardo não fica restrita ao plantio de árvores. Ele é um apaixonado pela agricultura orgânica e tem planos para, futuramente, realizar o comércio de orgânicos em São Paulo com os produtos agrícolas produzidos em seu sítio.

O exemplo de Eduardo nos faz refletir, pois, embora não sobrevivendo da terra, morando em uma metrópole distante, sabe da importância de se produzir com sustentabilidade. Para uma grande cidade sobreviver é preciso de um meio rural bem cuidado e conservado. É o respeito que todos devem ter com as propriedades rurais destacada em um cenário que pode parecer tão diferente.

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Observatório do Clima faz 24 recomendações para governança climática do Brasil

 O Observatório do Clima, do qual a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) é integrante, apresentou na terça-feira (11) uma lista com 24 recomendações para políticas de clima no Brasil. Além de traçar um caminho para o que deve ser a participação brasileira na COP 21 (Conferência do Clima das Nações Unidas, em Paris), o OC indica temas importantes para a agenda estratégica do país, em especial nos setores de energia e uso da terra.

Entre as recomendações estão o aumento da participação de fontes renováveis na matriz energética brasileira, ampliação dos planos de agricultura de baixo carbono e investimentos em planos de mobilidade urbana que privilegiem o transporte público e não-motorizado.

O Observatório também pede uma meta ambiciosa para o acordo de Paris, a retomada de planos setoriais de redução de emissões e a transparência de dados de políticas energéticas e de combate ao desmatamento. A lista faz parte do relatório de emissões de gases de efeito estufa no Brasil, que analisa os dados de emissões entre 1970 e 2013 e faz projeções para os próximos anos.

Para o secretário-executivo do OC, Carlos Rittl, o Brasil precisa transformar vantagens comparativas que tem em relação a outros países em vantagens competitivas. Para ele, a vulnerabilidade do país aos efeitos das mudanças climáticas é desconsiderada na formulação de políticas públicas e na agenda de desenvolvimento.

“No momento em que precisamos firmar compromissos para uma economia de baixo carbono e transformá-la em vantagem competitiva, ainda discutimos desenvolvimento sob a lógica do direito de poluir”, afirma. “O governo não vê nessa agenda uma oportunidade de melhorar a economia e a qualidade de vida da população.”

Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), diz que o Brasil precisa apresentar novidades em sua política de clima e desenvolvimento. “Precisamos ser mais ambiciosos. Não é uma grande vantagem ter reduzido consideravelmente o desmatamento mas continuar entre os países que mais desmatam.”

A lista completa de recomendações está disponível no anexo abaixo.

Rede Gestora Corredor das Araucárias se reúne em Atalanta.

A Rede Gestora (REGE) do Corredor das Araucárias realizou a sua 5ª oficina nos dias 28 e 29 de Julho. O evento teve como sede o Centro Ambiental Jardim das Florestas, em Atalanta (SC). A oficina contou com a participação de 17 pessoas e sete instituições.

O Corredor das Araucárias objetiva viabilizar a conservação da Floresta Ombrófila Mista (FOM) por meio de ações em rede para o seu planejamento e implantação e abrange boa parte da Floresta com Araucárias existente nos estados do Paraná e de Santa Catarina.

No primeiro dia de oficina, foi realizada uma análise do impacto do Corredor das Araucárias como ferramenta de planejamento e articulação regional, além disso foram abordados dois temas pertinentes à rede. A primeira apresentação foi sobre “Práticas e aprendizados edificados pelo congênere no corredor do Rio Paraná”, feita por Marcelo Limont (Mater Natura). Em seguida, o professor Ronei Baldissera (UNOCHAPECO) falou sobre potencialidades para o futuro do Corredor das Araucárias, onde foram discutidas ideias de pesquisa e projetos para as áreas prioritárias do corredor.

O segundo dia de atividades iniciou com o pré-lançamento do vídeo “Projeto Araucária – Conservando e Recuperando a Mata Atlântica”.

O vídeo é considerado uma experiência de sucesso no Corredor das Araucárias e foi exibida com exclusividade para os participantes da rede. Após o vídeo, o grupo foi convidado a participar das visitas técnicas.

O material será exibido nos municípios de abrangência do projeto em diferentes momentos, escolas e universidades.

As visitas técnicas iniciaram pela propriedade da família Sieves, a qual de participa do projeto “Acolhida na Colônia” e da “Associação Agroecológica Sementes do Futuro”. Em seguida, o grupo conheceu uma área recuperada via Projeto Araucária na propriedade da família Pesenti. Para encerrar a oficina, o grupo realizou a trilha da Lontra e conheceu o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica.

A 5ª oficina da REGE Corredor das Araucárias marca o fim de mais uma fase da rede, esta que foi apoiada pelo Projeto Araucária no período de agosto de 2013 a agosto de 2015.

O Projeto Araucária é executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), patrocinado pela Petrobrás, por meio do Programa Petrobrás Socioambiental, e apoio do Governo Federal.

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Apremavi lança vídeo que conta a trajetória do “Projeto Araucária”.

Foram dois anos de trabalhos intensos com um só objetivo: A preservação do meio ambiente. O Projeto Araucária chega ao fim depois de passar por propriedades rurais de trezes municípios do Oeste e Alto Vale de Santa Catarina promovendo a recuperação e conservação de florestas com espécies da Mata Atlântica e a educação ambiental. Foram pessoas, histórias, lugares e emoções diferentes que fizeram parte do projeto e que foram documentadas na peça audiovisual: “Projeto Araucária – Conservando e Recuperando a Mata Atlântica”.

O vídeo conta toda a história do projeto e é uma importante ferramenta de conscientização, pois traz informações sobre e importância da Floresta com Araucárias, os principais problemas ambientais e mostra ainda como é importante plantar árvores para garantir o futuro do planeta e das novas gerações.

O material foi produzido com apoio do público participante do projeto, que contam as suas histórias e formas de participação no projeto através de entrevistas, e ainda sobre porque plantam árvores.

O pré-lançamento ocorreu no dia 29 de julho, no Centro Ambiental Jardim das Florestas, sede da Apremavi em Atalanta (SC). A exibição foi para funcionários, colaboradores e também para os participantes da Rede Gestora do Corredor das Araucárias, que estavam no Centro Ambiental participando de uma oficina.

Para Edilaine Dick coordenadora do Projeto Araucária, o vídeo relata o sucesso do trabalho realizado nos dois anos de execução: “Acredito que as ações desenvolvidas e metodologias utilizadas no projeto com certeza tem grande potencial de replicabilidade para outras regiões da Floresta com Araucárias”.

O conselheiro da Apremavi, Wigold Schaffer, destaca que “este material sintetiza os três grandes desafios ambientais da humanidade: a perda da biodiversidade causada pela ação humana, que está mil vezes mais rápida do que a perda por causas naturais; a escassez de água que já atinge mais de 1,2 bilhão de pessoas e; as mudanças climáticas em curso, que colocam em risco inclusive a sobrevivência humana no planeta. O filme aponta o que cada um de nós pode e deve fazer para ajudar a resolver ou minimizar esses problemas e mostra quem já está fazendo a sua parte e quais são as motivações que levam as pessoas a colocar a mão na massa”.

A produção do filme ficou por conta do fotógrafo e produtor Vitor Sá. Para ele, o trabalho na produção foi compensador: “O trabalho foi muito bacana, primeiro por ser uma causa que eu acho muito bacana e acredito bastante. Acho fantástico o trabalho que a Apremavi vem desenvolvendo ao longo desses 28 anos e essa parceria com a Petrobrás serviu para dar um gás ainda maior para os trabalhos realizados por ela. Foram quase dois meses de trabalho intenso, onde eu viajei 2 semanas para Santa Catarina e tive a oportunidade de passar pelas lindas paisagens do interior do estado e ter contato com pessoas simples e de bom coração, e depois mais 1 mês e meio para organizar os arquivos e editar todo material gravado em 2 semanas mais horas de material de arquivo do Wigold. Durante todo projeto eu senti uma energia muito positiva, de pessoas que realmente lutam pela preservação da natureza e pelo futuro do planeta, desde ambientalistas, técnicos, professores, agricultores e crianças. A Apremavi fez um trabalho muito importante no sentido de educar os agricultores, que já sofrem com os efeitos das mudanças climáticas, e também as crianças, que crescerão sabendo como preservar o meio ambiente. Eu pessoalmente gostei muito de fazer o projeto, eu tive oportunidade de conhecer mais o estado de Santa Catarina, conhecer mais o trabalho da Apremavi e aprender muito com o Wigold durante todo o processo”.

Em breve o material será disponibilizado para o público em geral, através inclusive, da internet e será exibido nos municípios de abrangência do projeto em diferentes momentos, escolas e universidades.

Esta é mais uma ação que reforça o compromisso da Apremavi com o meio ambiente. São 28 anos de história que, com ações deste tipo, ganham ainda mais força e valor.

O Projeto Araucária é executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), patrocinado pela Petrobrás, por meio do Programa Petrobrás Socioambiental, e apoio do Governo Federal.

Monitorias comprovam sucesso do Projeto Araucária na região Oeste

No último quadrimestre foram realizadas 50 visitas de monitoria em propriedades atendidas pelo Projeto Araucária na região Oeste de Santa Catarina. Com estas visitas, foi verificada a recuperação, conservação e/ou reconversão produtiva de importantes fragmentos florestais da Mata Atlântica, a partir do isolamento de áreas e plantio de aproximadamente 45.000 mudas de árvores nativas.

O Projeto Araucária é desenvolvido pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), patrocinado pela Petrobras, Governo Federal, por meio do programa Petrobras Socioambiental.

Até chegar ao momento das monitorias, diversas atividades foram realizadas durante 02 anos de execução do projeto, entre elas reuniões de mobilização e inscrição dos agricultores interessados dos municípios envolvidos nesta região, planejamento ambiental da propriedade com identificação das áreas a serem trabalhadas e metodologia adotada, entrega de arames e mudas.

Nesta região o projeto Araucária foi desenvolvido em 7 municípios onde existem unidades de conservação procurando quando possível atender agricultores localizadas na zona de amortecimento ou próximo dessas áreas já conservadas, com o objetivo de contribuir em curto e médio prazo com a conexão de fragmentos florestais.  

Atuou também em sinergia com o programa SC Rural, buscando contribuir na efetivação de ações planejadas para o Corredor Ecológico Chapecó.

Entre as mudas utilizadas na recuperação das áreas, está a jaboticaba, araçá, canela, bracatinga, açoita-cavalo, aroeira, canafístula, canjerana, ipê, peroba, guabiroba, pau-andrade, louro-pardo, louro-cravo, comboatá, cereja, pitanga, goiaba, entre outras. Destaca-se também o plantio de erva mate, espécie nativa de grande importância econômica para a região.

Para Marluci Pozzan, técnica do Projeto Araucária “a visita de monitoria é um momento gratificante de ambas as partes: a equipe verifica o trabalho planejado em fase de concretização e o agricultor pode exibir com orgulho o trabalho realizado”.

Alceo Negri, extencionista da Epagri de Galvão, complementa “as visitas de monitoria, foram e são muito importantes, pois, mostra o caráter de seriedade e de compromisso do projeto, em ver realmente a aplicação do planejamento e do zelo pelos recursos públicos”. Destaca ainda que é possível perceber com a realização do projeto as mudanças que vem ocorrendo no município, e o despertar do interesse das pessoas em participar de ações de conservação e recuperação ambiental.

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