Apremavi participa de evento mundial de Clima com Al Gore

Entre os dias 4 e 6 de novembro de 2014 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) participou do 26º Treinamento de Lideranças em Mudanças Climáticas no Rio de Janeiro, uma iniciativa do Climate Reality Project (Projeto Realidade do Clima) em parceria com a organização Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.

Ministrado por Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, o evento reuniu cerca de 750 potenciais líderes globais, representando mais de 50 países, com o objetivo de formar redes que influenciem as decisões dos países para solucionar a crise do clima e alertar cada vez mais pessoas sobre os efeitos das mudanças climáticas em todo o mundo.

Desde que foi lançado, em 2007, o programa já treinou aproximadamente seis mil lideranças em mudanças climáticas em mais de 100 países. Para saber mais sobre o programa, acesse o site da iniciativa

Além de Al Gore, o evento ainda contou com a participação de líderanças indígenas que comentaram sobre a importância da demarcação das Terras Indígenas (TIs) na mitigação dos efeitos da crise do clima; de cientistas que corroboraram os resultados lançados no IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas); e, de representantes de organizaçãoes não governamentais e do governo federal e estadual do Rio de Janeiro.

Há menos de um mês para a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 20) a ser realizada em dezembro em Lima, no Peru, o vencedor do prêmio Nobel, Al Gore, compara a crise hídrica vivida por São Paulo com a da Califórnia e diz que a situação é um alerta para os políticos. Segundo ele, cientistas relacionam a condição de seca com a destruição de partes da Amazônia: “Durante alguns anos o Brasil teve êxito em reduzir a taxa de desmatamento, mas nos últimos dois anos ele voltou a subir. Com mais gente relacionando o corte e a queimada na Amazônia à redução nos volumes de água em São Paulo, isso resultará em pressão política para parar com o desmatamento e a escassez de água no Estado”.

Para Mario Molina, diretor do Climate Reality Porject, a mensagem deixada por Gore é que ainda é possível ter esperança, pois as soluções estão à mão. É importante mostrar os impactos das mudanças climáticas pois essa é a realidade que estamos vivendo. Não é exagero, é o que acontece! Por isso, é preciso mobilizar as pessoas para serem capazes de expressar seu desejo por mudança.

Concluído o treinamento, os participantes se tornam membros do Climate Reality Leadership Corps, integrando a rede global de Líderes da Realidade do Clima e terão a incumbência de capacitar mais pessoas sobre a importância das ações de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, afinal, a crise climática é não é só mais um evento pontual, ela atinge toda a humanidade.

Para Carolina Schaffer, representante da Apremavi no evento, Al Gore assumiu um dos mais importantes compromissos dos dias atuais: "o compromisso dele é com o futuro do planeta, e a estratégia dele é mostrar para mais e mais pessoas que a realidade é uma só para todos e que uma mudança de atitude é urgente para evitar a extinção da espécie humana". Carolina afirma que agora o papel dos ouvintes é disseminar os fatos e implementar estratégias de mudança: "precisamos mostrar que todos os setores da sociedade são igualmente responsáveis pelos eventos causados pelas mudanças climáticas e que cada um deve, e pode, fazer a sua parte, afinal, se trabalharmos em conjunto a mudança será atingida de maneira mais rápida e eficiente".

Fotos: Carolina Schaffer.

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Espécies exóticas: quem são e que problemas podem causar

Espécies exóticas: quem são e que problemas podem causar

Espécies exóticas: quem são e que problemas podem causar

As espécies exóticas são qualquer ser vivo (plantas, animais, microorganismos) que são introduzidas de forma intencional (quando o homem introduz uma espécie geralmente para fins econômicos) ou não intencional (quando a espécie é transportada junto com outros materiais) em um ambiente onde antes, ela não ocorria naturalmente. A introdução de plantas e animais além de sua área natural tem sido cada vez maior como resultado de oportunidades de transporte, comércio, viagens e turismo entre diferentes régios, países e continentes. As espécies exóticas são um problema principalmente quando se tornam invasoras. Possuem facilidade para deslocamento e ocupação do ambiente, ameaçando ecossistemas, habitats ou outras espécies.

As espécies exóticas são consideradas a segunda maior ameaça à biodiversidade, ficando atrás apenas da fragmentação dos habitats. Atualmente é difícil encontrar locais onde as espécies exóticos não estejam introduzidas. O processo de introdução de espécies exótica vem ocorrendo desde os tempos remotos, quando o homem começou a se deslocar nos ambientes para conquistar novas terras.

Uma espécie de conhecimento por parte da população pela sua atividade econômica é a rã-touro (Lithobates catesbeianus). Ela foi introduzida inicialmente em vários países para a produção alimentícia, porém o preço da carne desse animal não era muito acessível para a população, fazendo com que criadores não tendo lucro com a atividade, soltassem as rãs em açudes ou até mesmo em riachos. Essa liberação no ambiente fez com que ela se adaptasse ao ambiente e passou a disputar território e alimento com as espécies nativas. Outro exemplo é o Pinus sp.,conhecido como pinheiro-americano que é amplamente utilizado para a produção de madeira e celulose.  Suas folhas quando caem no chão, liberam substâncias no solo que inibem o desenvolvimento de outras espécies de plantas, por isso é comum vermos bosques de pinheiros sem sub-bosque. Além disso, pode se dispersar facilmente ocupando o ambiente das espécies nativas.

A uva-japão é outra espécie exótica que se tornou invasora. Foi trazida principalmente para sombrear chiqueiros e aviários. Hoje ainda é muito utilizada para este fim, porém por apresentar um fruto adocicado, se tornou atrativo para as aves que contribuíram para a dispersão da espécie que também se tornou invasora ocupando muitos ambientes. O javali também se tornou um problema ambiental em muitas regiões do país. Ele foi levado à Argentina para ser usado na caça esportiva, o javali passou para o Uruguai e, a partir do Rio Grande do Sul, a espécie invadiu o Brasil. Atualmente ataca plantações de milho e animais de criação.

Tem-se uma grande dificuldade em controlar a introdução de espécies exóticas. Um dos motivos é o fato de grande parte das pessoas não ter conhecimento sobre quais espécies são nativas e quais são exóticas, além de desconhecerem o impacto que estas podem causar no ambiente no momento em que se tornam invasoras. Por isso, é necessário o conhecimento da espécie antes do seu uso ou comercialização.

Esta matéria foi publicada no Jornal Diário do Alto Vale no dia 04 de novembro de 2014. O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente.

Mais mudas no campo, mais vida crescendo

O trabalho iniciado pelo Projeto Araucária em Agosto de 2013 com agricultores familiares da região oeste de Santa Catarina segue a todo vapor em Passos Maia, Ponte Serrada e Guatambu.

Nos dias 09 e 10 de setembro de 2014 foram entregues 13.000 mudas de espécies nativas para 20 famílias dos Assentamentos Taborda, Quiguay, Maria Rosa, Conquista dos Palmares, Chê Guevara e 13 de Junho.

Já no período de 21 a 23 de outubro foi a vez dos atendidos do projeto em Ponte Serrada e Guatambu receberem suas mudas.  Foram entregues aproximadamente 10.000 mudas nos dois municípios, beneficiando 24 famílias em Ponte Serrada e 2 famílias em Guatambu.

As espécies entregues foram de araucária, açoita-cavalo, aguaí da serra, angico, araçá vermelho e amarelo, aroeira vermelha, bracatinga, cabriuna, camboatá branco e vermelho, canafístula, canela amarela e sassafrás, canjerana, capororoca, carobinha, cataia, cereja, chal-chal, coqueiro, goiaba da serra, guabiroba lisa, guaçatunga, guamirim, ingá-feijão, ipê amarelo, jabuticaba, louro pardo, pau andrade, pinheiro bravo, pitanga, tarumã e uvaia.

Estas mudas serão plantadas em áreas de preservação permanente (APP) como, por exemplo, margem de sanga, riacho, rio ou nascente, visando evitar a erosão e assoreamento das margens e leito dos córregos, além de proteger e conservar a água de nascentes.

Com o plantio de frutíferas nativas também será possível disponibilizar alimento aos animais e proporcionar uma alternativa sustentável para auxiliar na renda familiar, por meio da comercialização das frutas ou produção de doces e geleias a base de frutas nativas.

Silvana Paglia, moradora da Linha Alegre em Ponte Serrada, comentou que ela e sua família entraram no projeto “com a intenção de recuperar uma área que está degradada próximo a nascentes e açudes, pois além de ficar bonito, quando as árvores derem frutas, vão servir de alimento para os peixes e para quem vim pescar”.

O Projeto Araucária é uma iniciativa da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

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Projeto Araucária realiza plantios educativos no Alto Vale

Preocupados com a conservação do meio ambiente e consequente a qualidade de vida, quatro turmas de alunos de escolas de Santa Terezinha e Dona Emma (SC) participaram nos dias 23 e 24 de outubro de 2014 de ações de educação ambiental.   

As atividades foram realizadas através do Projeto Araucária, o qual é executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) com patrocínio da Petrobras por meio do programa Petrobras Socioambiental.

As primeiras turmas contempladas no dia 23 foram alunos de 7º e 8º ano da Escola de Educação Básica Padre João Kominek do município de Santa Terezinha. Durante este dia as atividades iniciaram com uma conversa com a equipe do projeto e professores sobre a importância do plantio de espécies nativas da Mata Atlântica. Em seguida, foram plantadas 520 mudas com o objetivo de promover a arborização do Parque de Exposições Mata Nativa e sensibilizar os estudantes da importância da proteção na beira de rios e nascentes para preservar os remanescentes hídricos. Além de promover o enriquecimento de áreas presentes no parque com o plantio de espécies nobres como araucária, sassafrás, imbuia entre outras. Destaca-se que no Parque Mata Nativa, encontra-se uma das maiores araucárias do estado, a árvore é tão alta e exuberante que se faz necessário cinco pessoas para conseguir abraçá-la, uma verdadeira relíquia.

No dia seguinte, 24 de outubro, foram envolvidos os alunos de 5ª séries da Escola de Ensino Básico Lino Sardagna. Recepcionados pela equipe da Apremavi e pelo senhor Nelcio Lindner em sua propriedade, os alunos puderam ouvir um breve e interessante relato sobre a história do município de Dona Emma. Além de curiosidades, dicas e sugestões em como melhorar a paisagem e a qualidade de vida nas propriedades rurais. A equipe do Projeto Araucária contribuiu também com esclarecimentos acerca de programas e projetos para recuperação de áreas degradadas e adequação ambiental. Depois da conversa, caminharam em meio à mata e realizaram o plantio de 120 mudas nativas diversas em uma área que anteriormente era utilizada para pastagem. Os alunos estavam animados, especialmente porque cada um confeccionou uma estaca com seu nome para identificar as mudas que plantaram.

A intenção da equipe do Projeto Araucária e dos professores responsáveis pelas atividades com os alunos é que se faça um acompanhamento periódico dos plantios, com o acompanhamento do desenvolvimento das áreas e as devidas manutenções que o plantio necessita, afinal, as mudas não marcam apenas um momento, a intenção é se plantar e expandir a ideia de preservação, de cuidado, de zelo e respeito para com a natureza.

A aluna Luana Pereira Kniazevski da Escola de Educação Básica Padre João Kominek, conta o que acha da iniciativa: "Acredito que o Projeto Araucária é ótimo, uma visão de futuro para Santa Terezinha. Uma iniciativa nota dez da Apremavi que colaborará muito com o Meio Ambiente e com o paisagismo da nossa região, principalmente do Parque Mata Nativa. É na minha opinião um dos melhores e mais produtivos que ocorreram na cidade. Adorei mesmo, afinal nos trará muitas vantagens”.

Durante as atividades os alunos receberam camisetas do Projeto Araucária como um incentivo a mais pela dedicação e esforço de cada um no processo. Fica o desejo de que possamos alimentar e espalhar essas ideias, para pouco a pouco mudarmos a realidade do nosso clima.

Fotos: Daiana Tania Barth.

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Use produtos certificados e ajude o meio ambiente

Embalagens, objetos de decoração e até móveis… Você vai se surpreender com a quantidade de produtos certificados pela FSC. As empresas e produtos que recebem esta certificação são comprometidas com o manejo correto dos recursos naturais para a fabricação do mesmo. FSC é uma sigla em inglês para a palavra Forest Stewardship  Council, ou Conselho de Manejo Florestal, em português. Este é o “selo verde” mais conhecido e respeitado no mundo.

Para se ter uma ideia, atualmente encontra-se no mercado uma gama enorme de produtos que podem ser adquiridos com esta garantia de respeito ao meio ambiente. Por exemplo, ao fazer suas compras no supermercado, procure pelas marcas que trazem o selo FSC nas embalagens. Pode ser na caixinha do leite e do suco, na embalagem de congelados, no pacote de doces e muito mais. Com isso você levará para sua casa um produto com a certeza de que ele não fez mal, nem degradou à natureza e ao mesmo tempo ajuda o desenvolvimento social e econômico das comunidades florestais.

Em papelarias você pode encontrar lápis, cadernos, livros, agendas, cartões, envelopes e outros materiais com o selo FSC. Móveis como mesas, cadeiras e bancos também podem ser adquiridos com esta garantia. Sem falar de embalagens de cosméticos e medicamentos. Existem até marcas de luvas de borracha com a certificação. O importante é informar-se e ficar atento ao rótulo do produto que se está comprando. Procure atentamente pela marca FSC.

Como surgiu o FSC?

Este conselho foi criado com o resultado de uma iniciativa para a conservação ambiental e desenvolvimento sustentável das florestas do mundo inteiro. O objetivo é difundir o uso racional da floresta, garantindo sua existência ao longo prazo. Para atingir este objetivo, o FSC criou um conjunto de regras reconhecidas internacionalmente, chamadas Princípios e Critérios, que conciliam as questões ecológicas com os benefícios sociais e também com a viabilidade econômica do produto. Desde sua criação, o sistema se tornou o de maior credibilidade internacional e conseguiu incorporar da mesma forma os interesses de grupos sociais, ambientais e econômicos.

Você pode estar se perguntando: “Como posso contribuir com a causa?”. A resposta é simples: Ao fazer suas compras, leve os produtos com o selo FSC. Agora que você já sabe que existem vários produtos e também existem muitas marcas que valorizam o produto “verde”, faça sua parte. Desta maneira, você está premiando as empresas que aderem á esta causa.

E sabe também o que é muito bom? O número de consumidores conscientes e que estão procurando por produtos certificados é crescente. São pessoas que estão mostrando comprometimento com a causa ambiental e na hora de escolher um produto na prateleira de uma loja ou supermercado pensam no bem do planeta.

Para as empresas ou marcas que aderem ao selo os benefícios também são grandes, pois elas recebem a preferência de uma grande parcela de consumidores, reconhecimento no mercado e para empresas exportadoras, o selo pode aumentar a acessibilidade ao mercado externo. O selo FSC traduz a responsabilidade socioambiental com o manejo da floresta de determinada marca.

Atualmente, o Brasil possui 6,411 milhões de hectares certificados na modalidade de manejo florestal. São envoltas 103 operações de manejo, entre áreas de florestas nativas e plantadas. Nosso país está no 6º lugar no ranking mundial do sistema FSC.

Você pode conhecer as empresas que estão com esta causa, saber mais detalhes e todas as informações acessando o site: www.br.fsc.org. Acesse e fique informado. A página do Facebook também pode ser consultada para saber mais: facebook.com/euusoprodutofsc.

Esta matéria foi publicada no Jornal Diário do Alto Vale no dia 21 de outubro de 2014. O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente.

Parque Nacional das Araucárias define logomarca

No dia 09 de outubro de 2014, foi realizada a 12ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo do Parque Nacional das Araucárias, no auditório da Secretaria de Educação do município de Passos Maia (SC). O evento contou com a participação dos conselheiros do Parque, como a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), que atua no conselho desde 2010.

O destaque da reunião foi a definição da logomarca do Parque, como resultado do trabalho emprendido pelo Conselho Consultivo, por meio do seu Grupo de Trabalho (GT) de Uso Público. A escolha foi permeada por um amplo e participativo processo de construção, que ocorreu mediante votação popular para seleção dos elementos que comporiam o desenho da logomarca. Diversas instituições foram envolvidas, como as escolas de Passos Maia, Ponte Serrada, comunidade da Celulose Irani, Consulta do Espaço Silvestre pela Internet e votação dos integrantes do Conselho. Após a seleção dos elementos, o ICMBio apresentou opções de logomarca, que foram discutidas e refinadas pelo GT, para posterior apresentação e deliberação do conselho.

Outros aspectos relacionados ao Uso Público estão sendo discutidos pelo conselho, como visitas de intercâmbio à Floresta Nacional de Chapecó e ao Parque Nacional Iguaçu. O objetivo é conhecer as práticas de gestão do Uso Público adotadas nestas áreas e que possam ser replicadas no Parque, uma vez que ele já está planejando trilhas e centro de visitantes nas áreas indenizadas.

Na reunião do Parque também foram entregues certificados aos conselheiros que participaram do Workshop Turismo de observação de aves para gestores de UCs, pousadas e empreendimentos turísticos, realizado pelo Conselho Consultivo do Parque Nacional das Araucárias, com apoio do Sebrae e Prefeitura de Passos Maia. Para Cleusa Gabiatti, conselheira representante do Clube de Mães da Bela Planície, de Passos Maia, a experiência de ter participado deste evento foi muito enriquecedora. “O Parque representa um grande potencial para o desenvolvimento da região e o turismo de observação de aves é uma atividade que pode contribuir com este objetivo”, enfatiza Cleusa.

Um dos desafios do Parque continua sendo sua regularização fundiária, pois a maior parte dos imóveis declarados como de utilidade pública ainda não foram indenizados. Entretanto, este processo está em andamento, e outras 04 ou 05 áreas podem ser compradas ainda este ano. Também há negociação para receber outras áreas por compensação de reserva legal.

Esta situação tem sido cobrada pelo conselho, que já demandou um incremento financeiro e humano na estrutura de gestão do Parque para efetivar sua implantação. A demanda ocorreu a partir das Moções que o conselho enviou ao ICMBio de Brasília. Elas destacam que o Parque já conta com plano de manejo e conselho em funcionamento, mas carece de mais servidores para dar conta da implementação das ações previstas, como regularização fundiária, educação ambiental, pesquisa, turismo, fiscalização. Este tema continuará sendo cobrado pelo conselho.

Também houve aprovação da versão revisada do regimento interno do conselho, discussão sobre a qualificação da comunicação entre conselheiros e a divulgação da Rede Gestora (REGE) do Corredor das Araucárias, iniciativa de planejamento que abrange a região do Parque, envolve alguns conselheiros e busca fortalecer parcerias para ações de conservação.

Aniversário

O aniversário de nove anos de criação do Parque Nacional das Araucárias foi comemorado no dia 19 de outubro, domingo, em Passos Maia, junto à festa da Paróquia São Jorge. Estiveram presentes conselheiros e apoiadores para divulgar informações e materiais relacionados ao PNA, assim como as atividades em andamento na região da unidade. O destaque foi o concurso de desenhos sobre o Parque, que animou as crianças presentes da festa. Houve ainda a exposição e venda de camisetas e aventais produzidos pelas “Amigas dos Roxinhos” e distribuição de mudas de plantas nativas doadas pelo Projeto Araucária, desenvolvido pela Apremavi com patrocínio da Petrobrás, por meio do programa Petrobras Socioambiental.

Fotos: Marcos Alexandre Danieli.

 

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Cerca de 11.000 mudas são entregues no mês de setembro

Setembro é um mês marcado pelo início da primavera, a estação das flores. Para comemorar esse mês e também auxiliar para o aumento de nossa área de florestas nativas na região do Alto Vale do Itajaí, foram entregues aproximadamente 11.000 mudas de árvores. A ação ocorreu através do Projeto Araucária, que também objetiva deixar as propriedades rurais mais belas.

O Projeto Araucária é realizado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), com patrocínio dla Petrobras por meio do programa Petrobras Socioambiental.

As famílias que foram contempladas nesta etapa estão inscritas no Projeto e residem nos municípios de Salete, Dona Emma e Vitor Meireles. Com o plantio dessas mudas serão recuperadas, principalmente, áreas de preservação permanente (APPs) localizadas no entorno de rios e nascentes, melhorando assim a disponibilidade de água nas propriedades rurais.

O trabalho não pára por aí, no mês de outubro serão entregues mudas em Atalanta e Braço do Trombudo. Serão realizadas também, atividades de educação ambiental em Santa Terezinha e Dona Emma.

A grande motivação para a realização do Projeto Araucária parte da necessidade de ações efetivas de recuperação e conservação de ambientes naturais, para tanto, o apoio e a parceria dos proprietários rurais é de extrema importância.

As mudas entregues são produzidas no Viveiro de Mudas Nativas Jardim das Florestas da Apremavi – em Atalanta, e no viveiro florestal instalado pelo projeto no município de Santa Terezinha.

Dia das Crianças é comemorado em meio à natureza

A sexta-feira, dia 10, foi de alegria, brincadeiras e de muita comemoração em Atalanta. A equipe da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida, (Apremavi) realizou uma programação especial para cerca de 100 crianças. Foram os alunos da Escola Municipal de Educação Fundamental Vila Gropp, que fica próxima ao parque, que participaram das atividades alusivas ao Dia da Criança.

Tanto no período da manhã, quanto no da tarde, estudantes das turmas do 1º ao 5º ano assistiram um filme no auditório do Parque, com direito a pipoca. Logo depois participaram de uma gincana de “caça ao tesouro” e tiveram que percorrer por todo o local para conseguirem desempenhar a tarefa. Eles participaram ainda de brincadeiras que continham conteúdo de educação ambiental e trabalhos em equipe.

Todos se integraram e tiveram que desenvolver as atividades em grupo, o que despertou a união entre todos. Para a diretora da escola, Marileia Zanelato Bagio ações como esta são muito importantes para as crianças: “Eu considero este tipo de atividade muito importante, pois é nesta idade que a semente da conscientização e do respeito ao meio ambiente deve ser plantada nos alunos. Esse contato que se tem com a natureza no Parque faz com que eles sintam-se mais felizes”. A escola Vila Gropp realiza durante todo o ano vários projetos ligados ao meio ambiente. Recentemente a instituição ganhou uma viagem para Florianópolis e todos os alunos foram conhecer o Projeto Tamar na capital catarinense. Segundo a diretora, todos os professores sabem que é importante despertar o interesse dos estudantes sobre este assunto: “Nós trabalhamos muito com a natureza e o meio ambiente na nossa escola. Plantamos várias árvores no nosso pátio e as crianças nos ajudam a cuidar. Além disso, contamos com uma horta que usamos na merenda escolar”.  

A escola presenteia a cada início de ano letivo todo aluno com uma muda de árvore frutífera doada pela Apremavi. O estudante deve plantá-la e cuidar da mudinha durante todo o ano e fazer relatórios sobre o desenvolvimento da árvore. “Eles adoram plantar a mudinha no começo do ano. A cada mês eles escrevem, fazem desenhos e nos relatam sobre o crescimento dela. É bom ver que eles cuidam de verdade”, destaca a diretora.

No final da maratona de brincadeiras e atividades, a equipe campeã recebeu uma premiação especial, mas todos os alunos que participaram ganharam doces e guloseimas. A ação foi coordenada pela estagiária da Apremavi Taís Fontanive que trabalha no Parque.

Se você deseja conhecer o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica ou levar os alunos da sua escola para conhecer o local entre em contato através do e-mail parquema@apremavi.org.br e agende sua visita.

 Fotos: Lino Inácio, Grasiela Hoffmann e Taís Fontanive.

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Atalantenses comparecem em jogo de homenagem do Avaí Futebol Clube

No sábado, dia 11, a torcida atalantense marcou presença e viu o Avaí Futebol Clube fazer bonito na partida em que a cidade de Atalanta e também a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) foram homenageados. No jogo contra o Icasa do Ceará, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro, a equipe catarinense marcou 1 a 0 e com isso, já garantiu 5 mudas de árvores para plantio, através do programa “Avaí Sustentável”. Esta ação prevê para 2014 que a cada gol marcado, sejam plantadas 5 árvores.

Foram aproximadamente 90 pessoas do município que lotaram dois ônibus para assistir de perto a homenagem. Na abertura da partida, que foi realizada no estádio Dr. Aderbal Ramos da Silva, em Florianópolis, cada jogador do Avaí entrou com uma criança de Atalanta. A alegria de fazer parte deste momento ficou estampada nos rostos dos 12 pequenos que entraram em campo no ato inicial.

O prefeito de Atalanta, Tarcísio Polastri e o presidente da Apremavi, Edegold Schäffer também participaram da abertura do jogo e receberam a homenagem do time.

O goleiro da equipe além de não deixar a rede do Avaí do balançar nenhuma vez, vestiu a camisa que mostrava a planta que é um símbolo de Atalanta, a bromélia. A camisa ainda está à venda na Loja da Bia no município e ainda pode ser adquirida.

A Apremavi sente-se orgulhosa e honrada em receber tal homenagem e continua a parceria com o Avaí Futebol Clube através do programa “Avaí Sustentável”. E desta união a beneficiada é a natureza que ganhará, a cada gol, uma nova árvore. A cada grito de comemoração, gera-se uma nova vida.

Veja as fotos na página da Apremavi no FaceBook.

Oficina capacita conselho do Parque Estadual Rio Canoas

No dia 02 de outubro de 2014 foi realizada a 1ª Etapa da Oficina de Capacitação do Conselho Consultivo do Parque Estadual Rio Canoas, no Salão da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Campos Novos (SC). O evento foi promovido pela Associação de Preservação do Meio Ambiente (Apremavi) em parceria com a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) e dá continuidade ao processo de formação deste conselho.

O objetivo principal da oficina foi aprofundar o conhecimento sobre o papel do conselho e conselheiro, sobre funcionamento, ferramentas de trabalho e também sobre a biodiversidade do Parque.

Participaram 25 conselheiros representantes de prefeituras, comunidades da zona de amortecimento, empresas de papel, celulose e energia, cooperativas, secretarias de desenvolvimento, órgão de segurança, assistência e fiscalização, associação de municípios, comitê de bacia e academia científica. Além de Leila Alberti, chefe do Parque Estadual Rio Canoas, da Fatma também participaram Carlos Soares, Aurélio José de Aguiar e Morgana Eltz Henrich, representando a Gerência de Unidades de Conservação (GERUC). O evento contou com a moderação e facilitação de Marcos Alexandre Danieli e Edilaine Dick, coordenadores de projetos da Apremavi.

Após situar o processo de formação e formalização do conselho, foi abordado o contexto do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), com destaque à inserção da participação social nos processos de criação, planejamento e gestão de UCs. O papel do conselho e conselheiro foi definido pelos próprios conselheiros, a partir de grupos de trabalho, socialização e discussão em plenária, que permeou também a discussão sobre as ferramentas para o bom funcionamento do conselho gestor.

O momento de interação e troca de experiências entre os conselheiros também buscou aprofundar o conhecimento sobre o Parque e sua biodiversidade. Para isso, pesquisadores da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) socializaram os resultados parciais das pesquisas que vem desenvolvento no Parque, com destaque nos levantamentos macroinvertebrados aquáticos, peixes, anfíbios e aves; e sucessão ecológica, insetos, peixes e parasitos e mamíferos (felinos, roedores e quirópteros), respectivamente.

Estas pesquisas integram projetos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), em parceria com a Fundação do Meio Ambiente (Fatma).

Djalma Santos Niles, que no conselho do Parque representa o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Canoas, mencionou que o Parque será forte se o conselho também for. “Não podemos esperar que o conselho faça tudo, mas ele é importante para o empoderamento dos conselheiros e da própria sociedade”, enfatiza Niles.

Leila Alberti, chefe do Parque Estadual Rio Canoas, ressalta que o conselho é o espaço para dar sugestões e soluções aos assuntos pertinentes à Unidade de Conservação, no sentido auxiliar na resolução de problemas identificados. “O conselho representa um dos passos mais importantes em direção a gestão participativa no Parque Estadual Rio Canoas”, conclui Leila.

A próxima etapa da oficina de capacitação será realizada dia 30 de outubro, em Campos Novos. O objetivo será a discussão teórica sobre o Plano de Manejo e Zona de Amortecimento do Parque Estadual Rio Canoas, aliada ao conhecimento prático, a partir de visita técnica a este Parque.

O processo de formação e capacitação do Conselho Consultivo do Parque Estadual Rio Canoas integra o Projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

 

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Seminário discute Criação e Gestão de Unidades de Conservação

Nos dias 25 e 26 de setembro de 2014 foi realizado o 2º Seminário sobre Criação e Gestão de Unidades de Conservação (UCs). O evento foi promovido pelo Núcleo de Educação Ambiental (NEAmb UFSC) em parceria com o Instituto Çarakura, em Florianópolis (SC).

O objetivo do encontro foi a continuidade das discussões iniciadas no 1º Seminário, em 2012, por meio de um espaço de aprendizado e troca de experiências entre profissionais das diferentes áreas que lidam no seu cotidiano com questões relativas às dificuldades e os avanços na criação e gestão de UCs. O seminário também foi o momento de preparação das demandas do Sul do Brasil para o Congresso Mundial de Parques – que será realizado em Sidney, em novembro de 2014 – e para celebrar o ingresso da UFSC como membro da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

No primeiro dia do evento, realizado no Centro Socioeconômico (CSE) da UFSC, o Professor Orlando Ferretti (UFSC) e o Gerente de UCs da Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), Carlos Soares, apresentaram um panorama das UC estaduais e municipais (Florianópolis) de SC. Ricardo Castelli e Maria Elizabete, analistas ambientais do ICMBio, abordaram sobre a gestão de UCs marinhas em SC, a partir dos casos da REBIO do Arvoredo e da APA da Baleia Franca, respectivamente.

Foi ressaltada a importância das universidades como fontes catalizadoras do diálogo entre os diferentes usos onde as Unidades de Conservação estão inseridas. Os conselhos de UCs também foram vistos como fundamentais para fomentar parcerias, como caminho para a gestão compartilhada do território e das próprias Unidades.

Outras temáticas foram trazidas por representantes do terceiro setor e universidades na criação e gestão de UCs. O advogado Mauro Figueiredo, da Aprender entidade ecológica, apresentou o contexto do Novo Marco Regulatório do Terceiro Setor (Lei 13.019/2014). Entenda este Marco Regulatório e participe da consulta pública para sua regulamentação, que se encerra dia 13 de outubro.

Já os pesquisadores da UFSC, Richard Smith (Inst. Çarakura e NEAmb) e Rodrigo Bicudo Merege (Inst. Çarakura e NEAmb) socializaram suas experiências na criação participativa de UCs, citando o exemplo do REVIS de Itapema, do Parque Municipal da Lagoinha do Leste e do Grupo de Trabalho em Educação Ambiental da REBIO Arvoredo.

Luiz F. Krieger Merico, da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) Brasil, falou sobre a atuação desta instituição e fechou o primeiro dia do evento com o lançamento do livro “Transição Para Sustentabilidade”, de sua autoria.

O segundo dia, realizado no Hotel Engenho Eco Park, contou com a apresentação de Claudio Maretti, ponto focal da Comissão Mundial de Áreas Protegidas (CMAP) no Brasil, que a abordou sobre o contexto de realização do próximo Congresso Mundial de Parques. O papel das áreas protegidas na manutenção dos serviços ambientais e como este papel ajuda e dialoga com outros setores será o foco do evento, destaca. A ênfase do Congresso será o “diálogo pró-ativo para se inteirar com outros setores, aliado à discussão sobre a qualificação e alcance das Metas de Aichi”, que representam compromissos voltados à conservação da biodiversidade assumidos por diversos países, pontua Maretti.

Representantes do ICMBio, Fatma e IAP apresentaram o contexto das Unidades de Conservação do Sul do Brasil. O momento seguinte foi a apresentação de experiências empreendidas por instituições do Terceiro Setor, com relatos da coalização; Fundação Grupo Boticario; Instituto Çarakura; Aprender; Apremavi; Caipora e Ecopef.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) esteve representada no evento por Marcos Alexandre Danieli, coordenador de projetos, que compartilhou algumas experiências desta instituição no apoio à criação, planejamento e gestão de UCs, como a atuação na gestão compartilhada do Parque Natural Municipal Mata Atlântica, em Atalanta (SC) e os projetos “Gestão Participativa em UCs” (2011-2012) e “Planejamento e Capacitação em UCs” (2013-2015), realizados nas regiões Oeste e Alto Vale do Estado de Santa Catarina.

Nos grupos, o Parque Nacional das Araucárias foi definido como uma das UCs prioritárias para estruturar para a visitação em curto prazo, o que reflete as discussões sobre o uso público que vem sendo realizadas no âmbito do seu conselho consultivo. Também foi levantada a necessidade de criação de novas UCs, a exemplo dos Refúgios de Vida Silvestre do Rio da Prata;do "Corredor do Pelotas”, e do Parque Nacional dos Campos dos Padres.

Também houve a discussão dos subsídios para o documento da Promessa de Sydney da Comissão Mundial de Áreas Protegidas (CMAP) do Brasil e, a partir de grupos de trabalho, das estratégias regionais de médio e longo prazos a serem adotadas nas Unidades de Conservação.

Segundo Richard Smith, um dos organizadores do Seminário, os resultados do evento serão agora encaminhados para a próxima reunião da CMAP/UICN com ICMBio, MMA e ONGs que atuam na área. “Este encontro está agendado para o dia 16 de outubro em Brasília e terá o objetivo de organizar a participação brasileira e concluir o processo de contribuições ao documento brasileiro, o qual irá integrar o documento sul americano, que por sua vez irá influenciar a Promessa de Sydney no Congresso Mundial da UICN”, destaca Smith.

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Avaí Futebol Clube homenageará Apremavi e Atalanta

No sábado, dia 11 de outubro, A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida, (Apremavi) e o município de Atalanta serão homenageados pelo Avaí Futebol Clube. O jogo será às 21h no Estádio Dr. Aderbal Ramos da Silva, conhecido como Estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC).

Em todas as partidas o Avaí homenageia um município de Santa Catarina vestindo uma camisa alusiva a cada cidade. Desta vez, Atalanta foi a escolhida e o prefeito Tarcísio Polastri e o presidente da Apremavi, Edegold Schäffer entrarão em campo juntamente com os jogadores na abertura oficial do jogo.

Na camisa especial, a estampa de um dos símbolos do município de Atalanta: a bromélia.

O Avaí enfrenta o Icasa do Ceará em partida válida pela Série B do Campeonato Brasileiro. Dois ônibus do município de Atalanta levarão os munícipes para torcer com a equipe e assistir a homenagem de perto. Quem tiver interesse em acompanhar a partida pode garantir a sua vaga entrando em contato com a Apremavi em Rio do Sul, através do telefone 3521-0326.

O custo do transporte e o ingresso somam 50 reais e 10 vagas ainda estão disponíveis. O ônibus sairá de Atalanta às 13h e passará por Ituporanga por volta das 13h30, o ponto de embarque na capital da cebola será no Supermercado Sebold, próximo à ponte de acesso à Atalanta.

Avaí Sustentável

No mês de setembro a Apremavi realizou com o Avaí Futebol Clube o plantio de 150 mudas de árvores nativas. O plantio foi realizado através do programa Avaí Sustentável que estabelece que a cada gol marcado pela equipe, o time plantaria três mudas. No ano passado, o Avaí marcou 49 gols no Campeonato Brasileiro, gerando assim, o plantio de 150 mudas.

A atividade ocorreu dentro da programação alusiva aos 91 anos de existência do clube e contou com a parceria da Apremavi.O presidente da Apremavi, Edegold Schäffer destaca a importância de parcerias como esta: “O Projeto Avaí sustentável alia esporte, cultura e meio ambiente e é uma iniciativa pioneira no futebol brasileiro. Para a Apremavi essa parceria é muito importante, pois com isso, conseguimos atingir outros públicos e divulgar o nosso trabalho a nível nacional”.

O Avaí é atualmente o vice-líder na Série B do chamado “Brasileirão”. A equipe da Apremavi sente-se honrada com esta homenagem e se alegra em estar com o município de Atalanta neste importante momento.­

Projeto Araucária discute políticas públicas

No período de 22 a 24 de setembro a equipe técnica do Projeto Araucária – o qual é patrocinado pela Petrobras por meio do programa Petrobras Socioambiental e executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) – participou do Seminário Nacional para Implantação da Nova Lei Florestal.

O evento ocorreu no município de Antonina (PR) e reuniu representantes dos diversos projetos patrocinados pela Petrobras, representantes do patrocinador, governo e outros interessados. O evento foi organizado pela Associação de Defesa do Meio Ambiente e Desenvolvimento de Antonina (Ademadan).

Na oportunidade, foram discutidas políticas públicas voltadas a implantação do Código Florestal (Lei nº 12651/12) e contribuições para a mesma, por meio de palestras e debates.

Além disso, foi realizada troca de experiências entre as equipes técnicas dos projetos por meio de amostra de painéis e vídeos, onde houve apresentação de painel com os resultados de um ano do “Projeto Araucária”.

Para finalizar a semana, no dia 25 de setembro a equipe realizou reunião com a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) e Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS) em Florianópolis (SC).

O assunto discutido na reunião foi a implantação de programas de pagamento por serviços ambientais a agricultores familiares com propriedades adequadas ambientalmente e a forma como os agricultores atendidos pelo Projeto Araucária que estão inseridos no Corredor Ecológico Chapecó podem ser contemplados.

Agricultores do Projeto Araucária realizam visita de intercâmbio

Na terça-feira, dia 16, e quarta-feira, dia 17 do mês de setembro, agricultores do município de Passos Maia realizaram visita de intercâmbio ao município de Atalanta e Otacílio Costa. A visita teve como objetivo conhecer iniciativas e formas de condução de sistemas agroflorestais e produção orgânica, ações práticas de recuperação de áreas degradadas e conservação de áreas de floresta nativa.

Esses agricultores são participantes do Projeto Araucária, que é executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), patrocinado pela Petrobras, através do programa Petrobras Socioambiental. Para organização da visita a Apremavi contou com apoio da Cooperativa de Trabalho e Extensão Rural Terra Viva (Cooptrasc).

No primeiro dia de intercâmbio, desembarcaram direto no Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, que fica em Atalanta e é administrado pela Apremavi. No local, a equipe técnica apresentou os resultados do Projeto Araucária e fez também um link com a importância de unidades de conservação para o município e para o desenvolvimento de atividades relacionadas ao ecoturismo, além da possibilidade de formação de corredores ecológicos com essas UCs, potencial também verificado para o caso do Parque Nacional das Araucárias, localizado em Passos Maia.

Ainda no parque os agricultores tiveram contato direto com a natureza e desfrutaram de uma paisagem que conta com diversas espécies nativas. No final da trilha, ficaram encantados com a beleza da Cachoeira Perau do Gropp com 41 metros de altura. O agricultor José Alves de Lima encantado com a beleza declarou “em todos os anos da minha vida, eu nunca tinha visto tanta coisa bonita”.


Participantes do intercâmbio realizado pelo Projeto Araucária.Foto: Eloisa Donna.

Logo depois, os agricultores foram recebidos na Reserva Particular de Patrimônio Natural, (RPPN) onde conheceram um pouco mais sobre esta categoria de unidade de conservação. Visitaram também o viveiro de mudas nativas da Apremavi e entenderam o processo de produção das mudas utilizadas no projeto.

O segundo dia foi dedicado à visita nas áreas demonstrativas de recuperação florestal que a Apremavi tem instalada em Atalanta, onde puderam ver todo o processo de recomposição da floresta ao longo dos anos, e visitar uma área de plantio com araucárias e palmito. Em seguida visitaram a propriedade agroecológica da Dona Norma e Marcelo Sieves, onde é realizada a exploração comercial de frutas nativas da Mata Atlântica, através da produção de geleias e venda em feiras regionais.

No período da tarde os intercambistas visitaram a propriedade da senhora Fátima, integrante da AFAOC – Associação das Famílias Agricultoras de Otacílio Costa. Inicialmente Fátima falou sobre a importância da implantação dos sistemas agroflorestais para diversificação da propriedade. Também salientou a produção orgânica e o comércio solidário como potenciais para agregar valor aos produtos comercializados.

A atividade de intercâmbio foi de extrema importância para os agricultores perceberem e visualizarem os benefícios da implantação de Sistemas Agroflorestais. Também foi um momento importante para troca de experiências entre regiões diferentes. O senhor Ademir Pereira salientou “a gente vendo como as coisas funcionam, podemos aplicar e melhorar nossa propriedade

Ao final da visita foi servido um delicioso lanche a base de produtos orgânicos e nativos da região. Também foi realizada a avaliação do intercambio onde todos se mostraram muito satisfeitos com a visita e entusiasmados para a aplicação dos conhecimentos adquiridos.

Para Eloisa Donna, coordenadora regional do projeto, “atividades como essa são fundamentais para o desenvolvimento do projeto Araucária, pois os agricultores vendo na prática como funcionam os processos de recuperação de áreas e sistemas agroflorestais, saem entusiasmados em realizar os trabalhos nas suas propriedades”


Participantes do intercâmbio visitando RPPN. Foto: Eloisa Donna.

Ações de proteção à fauna na ESEC Mata Preta

Quem transita pela PRC 280 entre Palmas e Clevelândia se depara com sinalização diferenciada na pista da rodovia nas proximidades da Erva Mate Pagliosa e Trevo do Rincão. Numa extensão de 600 metros foram aplicadas faixas sonorizadoras e instaladas placas chamando atenção dos motoristas para a necessidade de redução da velocidade no local. O objetivo é proteger os animais silvestres oriundos da Estação Ecológica Mata Preta, no município de Abelardo Luz (SC) de atropelamento por veículos.

Conforme o Analista Ambiental, Antonio de Almeida Correia Júnior, a ação foi desenvolvida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), unidade de Palmas, DER – Departamento de Estradas de Rodagem e Ministério Publico Federal que há dois anos buscam reduzir o número de mortes de animais nas rodovias e estradas localizadas no entorno da Unidade de Conservação Federal (UC). O projeto prevê, além da  sinalização nas áreas mais críticas, a promoção de campanhas educativas através do meios de comunicação, centros de formação de condutores e escolas.

Conforme Correia Junior, o monitoramento vem sendo feito desde 2009, quando foram selecionados três trechos das rodovias PRC-280 e SC-155 e dois trechos de estradas rurais, totalizando 78 quilômetros de extensão entre Palmas, Clevelândia e Abelardo Luz.  “Ainda estamos aguardando um posicionamento do Deinfra – Departamento de Infraestrutura para implantação de sistemas também na rodovia que liga o trevo do Rincão ao município de Abelardo Luz”, disse ele. Durante o período já foram registrados aproximadamente 600 atropelamentos de animais.


Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) atropelado na região da ESEC (forma melanística). Foto: Antonio de Almeida Correia Junior.

Explicou que os trechos são percorridos com o veículo da unidade de conservação uma vez por dia semanalmente e havendo possibilidade, mais de uma vez por semana. Os atropelamentos são localizados e georreferenciados e os animais são identificados. Com estas e outras informações é montado um banco de dados sobre fauna que inclui fotografias dos atropelamentos, dos avistamentos e de rastros.

As espécies mais afetadas são o graxaim, o gambá, o tamanduá-mirim, o tatu galinha, tatu peludo e gato do mato pequeno. Foram também registradas cinco espécies ameaçadas de extinção, como a jaguatirica, gato do mato pequeno, gato palheiro, onça parda e papagaio do peito roxo.

Conforme ele o redutor instalado está em fase experimental e será feito monitoramento dos veículos para verificar a velocidade e o impacto na redução dos atropelamentos da fauna e em breve serão instalados de pelo menos mais três trechos de sinalizadores na PRC 280, sendo mais um entre Palmas e Trevo do Rincão e outros dois até Clevelândia. Também será revitalizada uma passagem subterrânea de fauna que está localizada na rodovia na altura do município de Clevelândia. “A passagem já existe, mas está alagada e agora o DER deve promover a reabertura”, salientou Correia Junior.

O atropelamento de fauna nativa nas estradas da região da ESEC Mata Preta é uma das ameaças diagnosticadas em seu Plano de Ação para Conservação (PCA), que indica como ação estratégica a sinalização da existência e limites da ESEC nas estradas e área do entorno, bem como, o alerta sobre a presença de fauna nativa. Este documento foi elaborado pela Apremavi e Cinco Reinos Pesquisas e Serviços Ambientais, com anuência e parceria do ICMBio e pode ser acessado aqui: PCA ESEC Mata Preta.

Link da matéria original, aqui.

Observatório do Código Florestal cobra posição de presidenciáveis

Quinze instituições da sociedade civil que integram o Observatório do Código Florestal (OCF), entre elas a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), enviaram carta aos principais candidatos à Presidência da República pedindo que se manifestem sobre os principais aspectos de implementação do novo Código.

A implementação da nova lei vem sofrendo atrasos em todas as esferas do Executivo e suscitando dúvidas sobre a transparência do processo de cadastramento ambiental de todas as propriedades rurais do país, previsto para acontecer em um ano, prorrogável por apenas mais um – cujo prazo começou apenas em maio de 2014. Outras três organizações que não fazem parte do OCF, também são signatárias da carta.

Entre os esclarecimentos solicitados pelas 18 organizações, estão o compromisso com a disponibilização pública dos dados inseridos no SICAR (Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural), o apoio técnico e financeiro aos estados para a efetiva implementação do SICAR (ou seu similar estadual) e a criação de politicas públicas de incentivos para proprietários que cumprem o Código Florestal ou para os que queiram cumprir e não tenham condições para tanto, como prevê o artigo 41 da Lei n.º 12.651/2012, que prevê incentivos para o cumprimento do Código.

Os candidatos com chances de chegar ao Palácio do Planalto também são convidados a explicar como e se pretendem instituir o Pagamento por Serviços Ambientais, o estabelecimento de uma política diferenciada de crédito e incentivos fiscais, comerciais e o seguro agrícola, entre outras. As organizações também querem saber se os candidatos estão comprometidos em estabelecer uma ampla política de recuperação de áreas degradadas ou desmatadas, em regulamentar o mecanismo de compensação, que prevê a criação de Cotas de Reserva Ambiental (CRAs). Com as CRAs, proprietários que tenham mais Reserva Legal (percentual mínimo de vegetação nativa estipulada pelo Código) do que exigido por lei, podem transformar cada hectare de excesso em uma cota e vende-la aos proprietários com déficit de Reserva Legal que não queiram regenerar ou restaurar áreas desmatadas além do permitido.

Na carta, as entidades fazem uma série de recomendações, incluindo o cumprimento do prazo para o Cadastro Ambiental Rural até maio de 2016, consulta pública para a regulamentação das CRAs e uma política efetiva e imediata que promova a recuperação das florestas e da vegetação nativa de todos os biomas.

Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra, uma das organizações signatárias e integrantes do OCF, explica que “com uma tacada só o próximo presidente pode aliviar futuras crises da água em São Paulo, mitigar a crise da energia que levou o MW de R$130 para R$800, prevenir os desastres que assolam o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina no verão, aumentar a produtividade da pecuária e da agricultura que sustentam a economia nacional”. E esta tacada além de não ser “uma mágica”, ainda é barata: “a implementação do código florestal custa menos de um décimo do socorro às distribuidoras elétricas”.

Leia aqui a íntegra da carta aos presidenciáveis: Carta Observatório do Código Florestal aos Presidenciáveis

Pesquisadores apresentam estudos sobre a Serra da Abelha

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) deu mais um importante passo no processo de elaboração do plano de manejo da Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Serra da Abelha, no dia 12 de setembro de 2014.

Neste dia foi realizada em Blumenau (SC) a reunião técnica de pesquisadores, aonde 09 pesquisadores da Apremavi e da Bio Teia Estudos Ambientais, realizaram a apresentação e socialização dos resultados das pesquisas realizadas na Arie e que contribuirão na elaboração do plano de manejo da unidade de conservação (UC).

A reunião contou com a presença de Célia Lontra e José Guilherme Dias de Oliveira do Instituto de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

As pesquisas realizadas, mesmo num curto espaço de tempo, revelaram que a floresta encontra-se em geral em bom estado de conservação e com a ocorrência de espécies importantes de fauna e flora, inclusive espécies ameaçadas de extinção. Os grupos da fauna pesquisados foram: mamíferos, anfíbios, répteis, aves, insetos de serapilheira, invertebrados aquáticos e ictiofauna. Também foram identificados potenciais problemas e ameaças a essas espécies e áreas que necessitam ser recuperadas.

Os dados das pesquisas de fauna e flora foram complementados com os resultados do diagnóstico socioambiental realizado através de entrevistas aos moradores da UC. O plano de manejo deve levar em consideração o objetivo principal de existência da Arie que é a compatibilização entre os processos ambientais, sociais e econômicos envolvidos neste território.

Os pesquisadores sugeriram áreas, que do ponto de vista científico, merecem maior atenção para a preservação, áreas que necessitam ser recuperadas, áreas para a realização de pesquisas que visem o desenvolvimento sustentável e também propuseram programas para ser realizados visando garantir e/ou melhorar o status de conservação da área.

Na oportunidade também foi apresentado um histórico de atividades que a Apremavi vem desenvolvendo na área desde 1987. A Apremavi e a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena) trabalharam desde o início para a criação da Arie. Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi, disse estar muito satisfeita com os resultados das pesquisas: "os resultados mostram que a área continua sendo muito importante para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica e que a Arie continua mantendo as características especiais e únicas que motivaram a criação da UC". Miriam também ressaltou que a Apremavi continuará trabalhando para a implantação plena da Arie Serra da Abelha.

A próxima etapa do plano de manejo será a realização da oficina de planejamento participativo em que será consultada a comunidade através dos seus representantes no conselho consultivo da Arie, que está em processo de formação, a ser realizada no mês de novembro.

A elaboração do plano de manejo da Arie Serrra da Abelha, faz parte do projeto  “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, executado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Funbio.

Aspecto geral da floresta na Arie Serra da Abelha. Foto: Wigold B. Schaffer.

Centro Ambiental Jardim das Florestas comemora 1 ano

Há 1 ano, o Alto Vale conta com um local que proporciona um contato direto com a natureza e o meio ambiente, trata-se do Centro Ambiental Jardim das Florestas, situado em Alto Dona Luiza, município de Atalanta (SC). O espaço é a sede da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), que completou em 14 de setembro o primeiro aniversário com um balanço bastante positivo.

Neste tempo, 32 escolas e universidades passaram pelo local e ao todo 11 cursos e seminários foram oferecidos, atendendo principalmente agricultores, autoridades, estudantes e técnicos da região e do estado de Santa Catarina. Mais de 2.500 pessoas já visitaram a o local. O centro também já recebeu 3 novas estagiárias.

Visita do Grupo de Mulheres de Santa Terezinha. Foto: Edilaine Dick.

O Centro Ambiental conta com uma estrutura completa, sendo equipado com auditório, hospedaria, cozinha, refeitório, recepção e escritório. O local conta ainda com um elevador panorâmico que garante a acessibilidade de pessoas com deficiência e um mirante do qual pode ser avistada a bela paisagem do entorno.

A expectativa da Apremavi é realizar e sediar ainda mais cursos, seminários e reuniões que tratem de agricultura orgânica, meio ambiente e equilíbrio ambiental, como explica o presidente Edegold Schäffer: “O Centro Ambiental Jardim das Florestas é hoje uma referância, não só para a Apremavi, mas para toda região do Alto Vale do Itajaí. Nesse primeiro ano de atividades, o Centro ajudou a projetar o nome da instituição através dos inúmeros cursos e seminários nele realizados. Espero que nos próximos anos a Apremavi consiga novas parcerias para poder continuar prestando um trabalho ainda melhor em prol da natureza”.

Uma das sócias-fundadoras e conselheira da Apremavi, a professora e pesquisadora da FURB Lucia Sevegnani, destaca como as atividades desenvolvidas no local contribuíram para a sua vida: “A melhor vivência, dentre outras quatro que tive, no Centro Ambiental da Apremavi foi o curso de Agricultura Orgânica, no qual pude tocar a possibilidade de viver, se alimentar e ter vida digna com o cultivo de alimentos sem agrotóxicos e agroquímicos. A localização do Centro permite a imersão dos participantes  de um curso na temática proposta, favorece interações, as quais resultam em laços de amizade, trabalho e pensar criativo. Propicia vivências junto à natureza, independente do tema, da idade e do grau de profundidade que se deseja trabalhar, especialmente agora que somos 80% residentes em contextos urbanos”.

Seminário sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Foto: Wigold B. Schaffer.

O sonho da construção do Centro Ambiental só pôde ser realizado graças à ajuda e colaboração de empresas e pessoas, que contribuíram com doações e acreditaram no trabalho desenvolvido há 27 anos pela Apremavi.

O Centro Ambiental Jardim das Florestas está de portas abertas para receber turistas, visitantes e pessoas que queiram usufruir de um ambiente agradável e que proporciona um intenso contato com a natureza. O visitante também tem a oportunidade de conhecer o viveiro de mudas da instituição. Atualmente o viveiro tem capacidade para produzir 1 milhão de mudas por ano, de cerca de 120 espécies diferentes da Mata Atlântica.

Se você ainda não conhece o local, agende sua visita pelo telefone (47) 3535-019 ou através do email viveiro@apremavi.org.br. A equipe da Apremavi terá um imenso prazer em recebê-lo.

Curso sobre produção de mudas de árvores nativas. Foto: Miriam Prochnow.

O papel de um conselheiro de Unidade de Conservação

Na matéria passada abordamos a questão dos conselhos gestores de políticas públicas e como exemplo destacamos os conselhos consultivos de Unidades de Conservação (UCs), como dos Parques Nacionais. Estes conselhos constituem a instância principal de participação e influência da sociedade na gestão das UCs.

Para Juliano Rodrigues Oliveira, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e chefe do Parque Nacional das Araucárias, o conselho “é onde os diversos segmentos relacionados a uma área protegida se encontram, debatem, divergem, convergem e medem forças. Se isso é feito com vontade, seriedade e compromisso, a gestão da unidade avança bastante”.  Ele complementa que o conselho não é local de encontro dos “amigos do parque” e, sim, de discussão dos temas relevantes para todos: “O Conselho será tão forte quanto seus conselheiros forem comprometidos com a sua missão. Vai errar e acertar, e somente assim crescerá e marcará o seu espaço”, conclui.

O destaque à força dos conselheiros remete ao papel do conselheiro, uma vez que a participação qualificada contribui para a boa atuação do conselho e para o efetivo apoio à gestão da UC. Mas o que é ser conselheiro de uma Unidade de Conservação e como exercer esse papel?

Um conselheiro deve ser participativo e comunicativo. Ter vontade de participar e facilidade para se comunicar. Deve conhecer a fundo o contexto da Unidade de Conservação e contribuir para que ela possa atingir os objetivos para qual foi criada. Deve também ser legítimo e representativo perante sua instituição ou grupo de interesse.   Além disso é importante considerar o previsto no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), que menciona que um conselheiro de UC tem o direito e o dever de:

  1. Demandar e ter acesso às informações referentes às ações/atividades quem envolvem a gestão da UC e conselho.
  2. Sugerir temas para discutir no conselho.
  3. Fazer parte de grupos de trabalho e câmaras técnicas.
  4. Participar da elaboração e/ou reformulação do regimento interno do conselho.
  5. Participar e poder votar nas durante as decisões do conselho.
  6. Contribuir na elaboração e/ou execução de projetos para a unidade de conservação.
  7. Participar da elaboração e/ou revisão do plano de manejo e similares.
  8. Solicitar a presença do chefe da UC em sua instituição para esclarecimentos.

Para Amaury Maciel, conselheiro do Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas como representante dos proprietários de imóveis da área do entorno, a experiência de trabalhar como membro do conselho consultivo foi ímpar, pois a troca de experiência realizada e a possibilidade de poder opinar e tentar colocar em práticas suas ideias faz toda a diferença. “A heterogeneidade do grupo é muito interessante, pois sempre se pode aprender coisas novas. Espero ter conseguido ser útil como um dos membros e ter contribuído de forma positiva para as nossas futuras gerações”, pontua Maciel.

Ademar Luis Francescon, representante da Associação dos Vizinhos do Parque Estadual Fritz Plaumann no conselho desta UC, menciona que as pessoas da comunidade conhecem os problemas e anseios locais e que estas opiniões podem contribuir com o desenvolvimento das UCs. Ele complementa que quanto mais pessoas da comunidade estiverem envolvidas no conselho, maiores serão os resultados positivos. “As pessoas que vivem no entorno de uma UC podem participar das decisões relacionadas à unidade e ao seu entorno, facilitando o processo de gestão e conservação. Todos comprometidos, tudo pode dar certo”, conclui Francescon.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) tem contribuído com os conselhos consultivos de Unidades de Conservação através da execução de projetos nessa área.

Esta matéria foi publicada no Jornal Diário do Alto Vale no dia 09 de setembro de 2014. O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente.

A Apremavi e o Avaí realizam parceria inédita

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e o Avaí Futebol Clube realizaram uma pareceria inédita no esporte e meio ambiente catarinenses. O time, vice-líder da segunda divisão do Campeonato Brasileiro, realizou o plantio de 150 mudas de árvores nativas. A ação também contou com a parceria da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram).

O plantio foi realizado através do programa “Avaí Sustentável”, que estabelece que a cada gol marcado pela equipe, sejam plantadas três mudas de árvores nativas. No ano passado, o Avaí marcou 49 gols no Campeonato Brasileiro, gerando assim, o plantio de 150 mudas. A atividade ocorreu dentro da programação alusiva aos 91 anos de existência do clube.

Integrantes do time, representantes da Apremavi e da Floram realizaram o plantio na quinta-feira, dia 04 de setembro de 2014, no Parque Municipal Morro da Cruz, na cidade de Florianópolis. os atletas Elivelton, Marrone e Jean representaram os jogadores do Avaí no plantio.

Para o presidente da Apremavi, Edegold Schäffer, iniciativas como essa são louváveis e confirmam que a prática do esporte pode ser aliada do meio ambiente: “com esta ação vamos colaborar com a neutralização de emissões de gases do efeito estufa resultantes das atividades do Avaí Futebol Clube. Se todos os clubes, empresas, organizações e corporações pensassem assim, com certeza teríamos um ambiente muito mais equilibrado e preservado”.

A secretária executiva Grasiela Hoffmann destaca que essa iniciativa foi uma grande ideia do Avaí: "nós estamos otimistas para que este projeto seja ampliado dentro do time e sirva de exemplo para que outros clubes tenham a mesma preocupação com a natureza”.

Outra importante iniciativa do Avaí Futebol Clube é homenagear em cada partida no campeonato brasileiro da série B, uma cidade do interior de Santa Catarina. No dia 10 de outubro no jogo contra o Icasa do Ceará, será a vez da cidade de Atalanta receber esta homenagem. Uma caravana de torcedores do município deverá prestigiar esta partida.

O Avaí Futebol Clube já foi 16 vezes campeão Catarinense e é um dos principais times representantes de Santa Catarina no futebol nacional. Vamos torcer para que o Avaí marque ainda mais gols, porque com isso quem ganha é a natureza!

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