Oficinas atualizam cenário do Parque Estadual das Araucárias

Visando a revisão do Plano de Manejo do Parque Estadual das Araucárias (PEA), foram realizadas várias oficinas, com diversos públicos, nos municípios de São Domingos e Chapecó.

Em junho de 2014 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) realizou a Oficina de Planejamento Participativo e a Oficina de Pesquisadores do Parque, localizado nos município de São Domingos e Galvão.

A Oficina de Planejamento Participativo foi realizada dia 10, na Câmara Municipal de Vereadores de São Domingos, com o objetivo de revisar aspectos do  Plano de Manejo do PEA, especialmente de diagnóstico do ambiente interno (pontos fortes e pontos fracos) e externo (ameaças e oportunidades) do Parque. O evento reuniu lideranças comunitárias e conselheiros do parque.

Grupo de trabalho na Oficina de Planejamento Participativo. Foto: Marculi Pozzan.

Já no período de 24 a 26 aconteceu a Oficina de Pesquisadores do PEA, em Chapecó. O evento foi promovido em parceria com o Projeto “Qual o status de conservação da biodiversidade em Unidades de Conservação na região Oeste do Estado de Santa Catarina?”, desenvolvido pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), em parceria com a Fundação do Meio Ambiente (Fatma).

Essa oficina teve como objetivo socializar as pesquisas realizadas no PEA pela Unochapecó (Macroinvertebrados aquáticos; peixes; aves; anfíbios, educação e comunicação ambiental e percepção ambiental) e pela Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc – (Vegetação) e revisar aspectos do seu Plano de Manejo com embasamento nos dados apresentados no evento.

Os três dias do evento reuniram 55 participantes, principalmente conselheiros do parque, pesquisadores que realizam trabalhos na Unidade de Conservação, comunidade acadêmica e representantes do Grimpeiro (Grupo de Gestão de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias).

Grupo de trabalho na Oficina dos Pesquisadores. Foto: Marcos Alexandre Danieli.

Segundo Marcos Alexandre Danieli, coordenador de Projetos da Apremavi, a oficina de planejamento participativo e a oficina de pesquisadores constituíram momentos fundamentais para subsidiar o processo de revisão do plano de manejo: "as discussões foram especialmente importantes pela valorização do Parque Estadual das Araucárias e a atualização dos cenários”, complementa Marcos.

Para Elaine M. Lucas Gonsales, vinculada ao curso de Ciências Biológicas e mestrado em Ciências Ambientais da Unochapecó, a oficina de pesquisadores foi bastante positiva: "foi um momento de discussão e de socialização sobre um assunto de interesse comum: a conservação da biodiversidade. Nesses momentos, percebemos a importância dos estudos que realizamos e como eles podem contribuir com a definição de políticas públicas e estratégias de conservação. Por outro lado, percebemos a complexidade envolvida na criação e implementação de unidades de conservação, e o quanto precisamos avançar para que esta seja uma estratégia realmente efetiva para a conservação da biodiversidade no Brasil

A oficina de pesquisadores também foi marcada pela visita de monitoria da gestora de Programas no Fundo Brasileiro de Biodiversidade (Funbio), Maria Rita Olyntho Machado.
Para Maria Rita, a oficina foi muito importante: "serviu para embasar as decisões referentes à gestão do PEA. A troca de informações entre os pesquisadores contribui para a otimização dos esforços voltados à conservação dessa área. Parabéns a toda equipe da Apremavi e a seus parceiros na construção do evento”.

As oficinas integram o processo de revisão do Plano de Manejo do PEA, realizado no âmbito do Projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Funbio.

Alto Vale do Itajaí realizará Seminário Técnico sobre o CAR

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e o Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina convidam para o Seminário Técnico sobre a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Alto Vale do Itajaí, a ser realizado no próximo dia 08 de julho de 2014 das 08:30 às 13:00 horas nas dependências do Centro Ambiental Jardim das Florestas da Apremavi, localizado em Alto Dona Luiza – Atalanta-SC. 

O seminário tem como objetivo discutir a integração do Sistema de Cadastro Ambiental Rural – CAR desenvolvido pela Amavi e o Sistema de Cadastro Ambientel Federal (Sicar) e definir formas de apoio técnico aos proprietários rurais na implementação do CAR e dos Planos de Recuperação Ambiental (PRAs).

Segundo Wigold Schaffer, Coordenador do Conselho Consultivo da Apremavi, o seminário vai proporcionar informações técnicas e jurídicas e discutir a integração do sistema da Amavi com o sistema nacional: "é uma oportunidade única para os Prefeitos, Secretários municipais, Ministério Público, Governo do Estado, técnicos das prefeituras e dirigentes dos sindicatos rurais, além de outros órgãos interessados, unirem esforços no sentido de proporcionar o necessário apoio técnico e jurídico aos proprietários de imóveis rurais, principalmente os pequenos produtores rurais, conforme determina a Lei 12.651/2012", afirma Schaffer.

Programação

08:30  – Abertura (Amavi, Apremavi, MMA, Ucavi, SDS, Prefeitura Atalanta, MPE)

09:00 – O papel da sociedade civil na implementação do CAR – Wigold B. Schaffer – Coordenador do Conselho Consultivo da Apremavi

09:20 – A regularização ambiental e a conservação da biodiversidade – a função ambiental da Reserva Legal e das APPS na formação de corredores ecológicos – Prof. João de Deus Medeiros – UFSC

10:05 – O papel do MP-SC na implementação do CAR – Representante do MP-SC (convidado)

10:30 – Intervalo

10:45 – O SICAR – Federal – situação atual e integração com sistemas estaduais ou regionais/municipais – Raimundo Deusdará Filho – Ministério do Meio Ambiente

11:15 –  O Sistema de Cadastro Ambiental Rural da Amavi  – como funciona e onde será feito o cadastramento – Agostinho Senen (Secretário Executivo da Amavi) e técnicos responsáveis pelo sistema CAR da Amavi

11:45 –  O papel das prefeituras na implementação do Sistema de Cadastro Ambiental Rural – Representante da Prefeitura Municipal de Atalanta

12:00 – O papel do Governo do Estado na implementação do CAR – Representante do Governo do Estado (convidado)

12:30 – Encaminhamentos

13:15 – Almoço de encerramento – no local do evento

14:30 – Visita de campo a áreas de recuperação ambiental da Apremavi (opcional)

Destacamos que em virtude da limitação de espaço (60 vagas) e logística de almoço, solicitamos que seja confirmada a presença até as 12 horas do dia 07.07.2014, pelo fone: 047-3535-0119 ou pelo email: viveiro@apremavi.org.br

A opção saudável da Agricultura Orgânica

A busca por uma alimentação mais saudável tem sido a principal causa do crescimento na procura por produtos orgânicos. A agricultura orgânica tem conquistado cada vez mais espaço no mercado e na vida das pessoas.

Tanto o consumidor quanto o produtor têm visto a agricultura orgânica com bons olhos, pois esse modelo de agricultura não visa apenas a produção de alimentos sem agrotóxicos, mas tem como base o comprometimento em oferecer alimentos saudáveis, manejando de forma equilibrada o solo e demais recursos naturais. A agricultura cumpre assim, a tarefa de proporcionar segurança alimentar e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Entre os impactos ambientais causados pelo uso indiscriminado de agrotóxicos estão: a degradação do solo, a contaminação das águas, a perturbação dos processos ecológicos e a perda da biodiversidade. Em relação à saúde humana, a ingestão de alimentos com agrotóxicos pode causar problemas hormonais, vulnerabilidade do sistema imunológico, além de outros distúrbios associados a possíveis substâncias cancerígenas existentes nos defensivos agrícolas.

Para ser considerado orgânico, o produto deve ser produzido sem a utilização de fertilizantes químicos, agrotóxicos ou pesticidas em geral. Na agricultura orgânica são utilizados fertilizantes naturais como, esterco animal, adubação verde e pós de rochas. Também são adotadas práticas como rotação de culturas,  implantação de sistemas agroflorestais, compostagem e controle biológico de pragas, sempre visando o desenvolvimento sustentável da propriedade.

Outra vantagem é que o agricultor consegue produzir um alimento com maior qualidade, mais nutritivo e mais saboroso. A organização dos agricultores para esse novo modelo de agricultura, no entanto, ainda é um empecilho para o sucesso.
Em Atalanta, a Associação de Produtores Agroecológicos Semente do Futuro, fundada em 1999, destaca-se por ser uma das primeiras associações de agricultura orgânica da região do Alto Vale do Itajaí.

Algumas famílias das comunidades de Alto Dona Luiza e Santo Antônio foram as pioneiras nesta área. Apesar dos medos e incertezas, resolveram apostar na agricultura orgânica e hoje colhem os frutos do seu trabalho. Produzem legumes, frutas, verduras, grãos, sucos e geleias, e semanalmente participam de feiras livres nas cidades de Rio do Sul e Blumenau.

Dentre as incertezas da época estavam as dificuldades e dúvidas em relação à transição do sistema tradicional para o agroecológico, a questão da comercialização e a falta de informação e orientação. A Associação de Preservação do Meio Ambiente (Apremavi) foi uma das estimuladoras da iniciativa.

Para o casal Emil e Ursula Berschinock, participantes da associação, ter mudado do sistema tradicional para o agroecológico foi muito bom: “foi uma opção para se ter uma renda melhor, a alternativa para abolir o uso de agrotóxicos da produção e assim melhorar e zelar pela qualidade de vida de nossos familiares. Temos um bom relacionamento com todas as pessoas de todos os locais que frequentamos e a troca de ideias e experiências faz com que tenhamos sempre mais vontade de inovar e buscar novas possibilidades”, afirma Ursula.

Segundo Ana Barth, uma das produtoras, ainda há muito trabalho a ser feito: “o desafio é ampliar e multiplicar nosso leque de produção, bem como influenciar mais agricultores e receptores para este tipo de mercado” conclui Ana.

A Semente do Futuro possui selo de certificação da Rede Ecovida de Agroecologia. A Rede Ecovida atua em mais de 170 municípios, articulando a promoção da agroecologia, o estímulo ao trabalho associativo, a geração de um processo de certificação participativa e a valorização dos mercados locais e da venda direta.

Esta matéria foi publicada no Jornal Diário do Alto Vale no dia 01 de julho de 2014. O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente.

Seminário discutiu uso do fogo nos campos de Palmas

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promoveram no dia 13 de junho o Seminário sobre Uso do Fogo no Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas (RVS-CP). O Seminário, realizado no auditório da Câmara dos Vereadores no município de Palmas, no estado do Paraná, teve como objetivo promover uma reflexão sobre a importância dos campos nativos, legislação ambiental vigente e alternativas existentes atualmente ao uso do fogo. Participaram do evento principalmente conselheiros da Unidade, entre proprietários e representantes de instituições governamentais e não governamentais.

Durante o evento foram realizadas 4 apresentações, onde Joaquim Osório Ribas, proprietário de áreas do RVS-CP fez um breve histórico do uso do fogo no RVS dos Campos de Palmas;  Marcia Barbosa Abraão, analista ambiental do ICMBio e chefe do RVS-CP abordou o que está sendo proposto com relação ao uso do fogo no plano de manejo da Unidade; João de Deus Medeiros, professor do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC discorreu sobre a Lei  12.651 aprovada em 2012 e o que esta especifica para as áreas de campo nas Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal, Cadastro Ambiental Rural e uso do fogo; e José Antônio Ribas Ribeiro professor aposentado da UFSC, atualmente produtor rural e proprietário  da Fazenda Santa Rita, no município de Lages (SC), mostrou as experiências que ele aplica em sua propriedade como alternativas ao uso do fogo.

Participação do Professor João de Deus Medeiros da UFSC. Foto: Marcos Alexandre Danieli.

Após as apresentações foi feito um debate onde os participantes contribuíram com reflexões e delinearam encaminhamentos para seguir com as ações:
1 -criação de um grupo de estudo para aprofundar as ideias apresentadas durante o seminário;
2 – contato com o conselho para debater a continuidade da câmara técnica sobre uso do fogo, como contribuição para a criação de critérios de compatibilização entre conservação da biodiversidade e uso do fogo, em conformidade com o plano de manejo;
3 – seminário para apresentação das pesquisas realizadas no RVS-CP e identificação de lacunas de conhecimento, buscando o envolvimento das universidades;
4 – envolvimento do Parque Estadual de Palmas nas discussões relacionadas ao RVS;
5 – captação de recursos e desenvolvimento de projetos sobre formas de produção agropecuária sustentáveis e compatíveis com o RVS dos Campos de Palmas;
6 – aproximação com iniciativas de turismo da Serra Catarinense, para troca de experiências com o conselho do RVS; e
7 – o convite para que conselheiros do Refúgio acompanhem as discussões do conselho do Parque Nacional das Araucárias, com relação ao uso público e turismo.

O evento faz parte do projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, executado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA) por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO).

Do bola ao galinha, o tatu é o bicho da vez

Do bola ao galinha, o tatu é o bicho da vez

Do bola ao galinha, o tatu é o bicho da vez

Você já deve ter ouvido falar no tatu-bola, não?

O tatu-bola já foi até mascote da Copa do Mundo e é exclusivo do país. Além dele, pesquisadores afirmam que há cerca de 11 espécies de tatu encontradas no Brasil. Em Santa Catarina, pesquisadores registraram o Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), o Tatu-peba (Euphractus sexcinctus) e o Tatu-de-rabo-mole (Cabassous tatouay) no Parque Nacional das Araucárias. Aqui em Atalanta, por entre as matas preservadas do sopé da Serra do Pitoco, quem tem dado o ar da graça é o tatu-galinha-pequeno ou tatu-mulita (Dasypus septemcinctus L.).

O tatu-galinha-pequeno é um animal de distribuição restrita à América do Sul, sendo encontrado nas áreas centrais a sul do Brasil, no leste da Bolívia e Paraguai e extremo norte da Argentina. Com hábitos noturnos, transita em áreas abertas naturais, pastos e pradarias e também ocorre em áreas bem preservadas, matas secundárias e bordas de mata, geralmente ambientes associados a cursos d’água.

Sua alimentação consiste, principalmente, em pequenos insetos (formigas, cupins e besouros) e suas larvas. Também comem pequenos invertebrados como minhocas e lesmas e algumas raízes. Com seu faro e audição excelentes, podem identificar sua presa a 20 centímetros de profundidade. Os tatus tem grande importância ecológica, pois chegam a comer mais de 8 mil insetos por noite contribuindo para um equilíbrio de populações de formigas e cupins.

São facilmente identificados porque possuem uma pequena carapaça dorsal ovalada formada por seis ou sete cintas de placas móveis bem desenvolvidas. Esta estrutura, semelhante a uma armadura, envolve e protege as partes vulneráveis do seu corpo e explica a origem do seu nome: a palavra “tatu”, etimologicamente, deriva do tupi e significa “animal de couro duro”.

Os adultos chegam a pesar 3 kg e medem de 50 a 60 cm de comprimento, sendo que a cauda pode medir de 15 a 30 cm. Suas pequenas patas possuem uma membrana com 5 garras bem afiadas, que o ajuda a se locomover com rapidez, buscar alimentos, bem como escavar buracos no solo que são usados como moradia e para se proteger do frio prolongado. Um ou mais tatus habitam uma mesma toca.

A maturidade sexual de um tatu chega entre o primeiro e segundo ano de vida. A gestação da fêmea vai de 58 a 65 dias. Por ninhada, as fêmeas de tatu-galinha-pequeno dão a luz 4 filhotes idênticos geneticamente e do mesmo sexo.

Entre a lista de predadores naturais, estão os cachorros do mato, alguns felinos de pequeno porte e os lobos guará. Contudo, algumas espécies de tatu figuram entre a lista de animais ameaçados de extinção devido à caça ilegal e descontrolada dos homens, e também em decorrência da destruição do ambiente em que vivem.

Tatu

Tatu-galinha-pequeno registrado pela equipe da Apremavi. Foto: Arquivo Apremavi

Tatu-galinha-pequeno

Nome popular: tatu, tatu-mulita, tatu-galinha-pequeno
Nome científico: Dasypus septemcinctus
Ordem: Cingulata
Família: Dasypodidae
Habitat: áreas abertas naturais, fragmentos preservadas, matas secundárias e bordas da mata.
Alimentação: insetos, pequenos invertebrados e raízes.
Tamanho: de 50 a 60 cm de comprimento.
Peso: em média, 3 kilos.
Predadores naturais: cachorros do mato e alguns felinos.
Status de conservação: pouco preocupante – LC (não ameaçado).
Fatores de ameaça:
caça ilegal e destruição do habitat.

Fontes consultadas

ANACLETO, T.C.S., SMITH, P., ABBA, A.M. & SUPERINA, M. Dasypus septemcinctus. In: IUCN 2014. IUCN Red List of Threatened Species, 2014.

MIRANDA, J.R. & MIRANDA E.E. Biodiversidade e Sistemas de Produção Orgânica: Recomendações no Caso da Cana-de-Açúcar, Embrapa Monitoramento por Satélite, 94 p., 2004. SANTOS, Eurico. “Zoologia Brasílica – Entre o Gambá e o Macaco”, 1984.

Guia Ilustrado – O Mundo dos Animais – Mamíferos III, 1990.

MOREIRA DA SILVA, K. F. Ecologia de uma população de tatu-galinha (Dasypus septemcinctus) no Cerrado do Brasil central. Dissertação de Mestrado, Unb, 2006.

Tatu. Disponível em: http://www.todabiologia.com/zoologia/tatu.htm. Acessado em: 12 de maio de 2014.

Tatu. Disponível em: http://www.itaecoaventura.com.br/arquivos_internos/ ?abrir=zoobotanico&acao=mais_detalhes&categoria=2&id=74. Acessado em 05 de abril de 2014.

Tatu. Disponível em: http://www.infoescola.com/mamiferos/tatu/. Acessado em: 12 de maio de 2014.

Tatu-mulita. Disponível em: http://www.biodiversidade.cnpm.embrapa.br/ambiental /mamiferos/tatu_mulita.html. Acessado em 05 de abril de 2014.

Propriedades ficam mais bonitas com Paisagismo Rural

Quando se fala em paisagismo geralmente as pessoas se lembram de belos jardins e praças de cidades. Entretanto, os ensinamentos da arte paisagística podem e devem ser aplicados também nas áreas rurais, onde já existem vários elementos naturais como ar puro, terra fofa e presença de árvores, que trazem uma noção de ordem e beleza.

Como a propriedade rural, principalmente para o agricultor familiar, é um espaço de trabalho, moradia e lazer, o paisagismo adquire uma importância ainda maior. É o local onde a maioria dos agricultores passa o maior tempo da vida, um local considerado “sagrado” e que expressa o amor pela terra e pela forma de produzir a sua própria existência e a da família.

O paisagismo no ambiente rural possibilita tornar a propriedade um local agradável de viver, transformando-a em uma bela paisagem a ser admirada, além de oferecer sombra para tomar o chimarrão da tarde na varanda, sombra para as crianças brincarem e colocar o balanço, a rede, espaço para as reuniões com os amigos, entre outros benefícios.

Uma bela paisagem também é um grande atrativo para o turismo rural e ecológico, que atualmente é uma alternativa muito procurada por pessoas que querem fugir da poluição e do estresse das grandes cidades. Representa um potencial de renda para os proprietários rurais e de desenvolvimento para as pequenas cidades.

Com o paisagismo os outros elementos de uma propriedade rural também ganham destaque. Foto: Miriam Prochnow.

Por essa razão o paisagismo na propriedade rural deve ser planejado para trazer beleza cênica e funcionalidade para a área. O projeto deve ser executado levando em consideração a cultura local, o clima predominante, as características do solo, a topografia, a disponibilidade de água, a beleza das plantas e a presença de crianças, adultos e as espécies de animais existentes no local.

O plantio de árvores, arbustos e flores em alguns pontos das propriedades como por exemplo nas margens das estradas e nos quintais, somado às florestas naturais situadas nas áreas de preservação permanente e reservas legais, permite criar uma paisagem harmônica e melhorar a qualidade de vida. Isto aplicado ao conjunto das propriedades cria um ambiente comunitário harmonioso e bonito, ajudando a desenvolver ou resgatar a cultura de amor à terra. O gosto e o amor pela terra natal, tantas vezes cultivado pelos mais idosos, pode ser resgatado e apreciado pelos jovens.

É importante a utilização de espécies de árvores e flores nativas e com diferentes épocas de floração e frutificação, que disponibilizarão alimento para os pássaros durante a maior parte do ano, constituindo-se em mais um atrativo para a propriedade.

Bons exemplos são as pousadas que fazem parte do Projeto Acolhida na Colônia na região do Alto Vale do Itajaí, que recebem centenas de visitantes todos os anos. Proporcionam aos hospedes momentos de tranquilidade e grande integração com a natureza e com o meio rural. Nessas propriedades a hospedagem é na própria casa da família e o turista participa das atividades do dia-a-dia, como tirar leite e dar comida aos animais.

Outras atividades desenvolvidas são: pescaria, passeios a cavalo, bicicleta, charrete, pedalinho, trilhas, visitas a cachoeiras, jogos  e brincadeiras dirigidas ao turismo pedagógico, além da gastronomia típica que atrai muitos visitantes.

Saiba mais sobre o Projeto Acolhida na Colônia.

Quem quiser mudas para embelezar a propriedade por entrar em contato com a Apremavi.

Esta matéria foi publicada no Jornal Diário do Alto Vale no dia 17 de junho de 2014. O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente.

Unimed realiza ações no Clima Legal

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), firmou parceria com a empresa Unimed Alto Vale, para o desenvolvimento de ações dentro do Programa Clima Legal.

A primeira ação da parceria foi o plantio de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica para neutralização das emissões de carbono, geradas pelas atividades da empresa durante o ano de 2013.

O plantio foi realizado no dia 11 de junho, em comemoração à Semana do Meio Ambiente, em uma área do loteamento Arnoldo Verner, nos fundos da Rua Eufrásio Tomio, Bairro Santana, no município de Rio do Sul. Participaram do plantio colaboradores da empresa, estudantes do Instituto Federal Catarinense (IFC) de Rio do Sul e representantes da Apremavi.

Além da neutralização das emissões de CO2, o bosque ainda terá outras funções para os moradores do entorno, como o melhoramento paisagístico do local e ainda, servirá como uma área de lazer e recreação para os mesmos no futuro.

Entre as mudas plantadas, destacamos as espécies ornamentais e frutíferas nativas como os ipês, pitangas, cerejas, sibipirunas e uvaias. Estas espécies foram escolhidas para atrair a fauna e embelezar o local através das flores e frutos.

Para Priscila Rachadel, Coordenadora de Marketing da Unimed Alto Vale, este foi o primeiro de muitos plantios que a empresa fará: “há muito tempo se falava em neutralizar as emissões de C02 das atividades da Unimed e neste ano, graças ao empenho de todos os colaboradores do escritório de Rio do Sul, o plantio foi possível”.

Dentro desta parceria está previsto mais um plantio de mudas, que acontecerá no Parque Harry Hobus, em Rio do Sul, ainda no mês de junho.

Sobre a Unimed
A Unimed é o maior sistema cooperativista de trabalho médico do mundo e também a maior rede de assistência médica do Brasil, presente em 83% do território nacional. O Sistema nasceu com a fundação da Unimed Santos (SP) pelo Dr. Edmundo Castilho, em 1967, e hoje é composto por 354 cooperativas médicas, que prestam assistência para mais de 19 milhões de clientes em todo País.

Sobre o Programa Clima Legal
O Clima Legal visa promover a implantação de plantios para seqüestro de carbono ajudando a amenizar os efeitos do aquecimento global tanto no planeta, como em Santa Catarina. É também uma estratégia para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica e o fortalecimento da Apremavi.

Agricultura Orgânica ganha importância no Alto Vale

Numa demonstração de que a Agricultura Orgânica está ganhando cada vez mais importância na região do Alto Vale do Itajaí, Prefeitos municipais de Atalanta e Ituporanga, Secretários de agricultura de diversos municípios, técnicos da Epagri, do Banco do Brasil, da Cresol, da Cooperfavi e do IFC-Instituto Federal Catarinense, representantes da Amavi e da Apremavi e agricultores orgânicos da região foram até Pirabeiraba/Joinville conhecer de perto os trabalhos da empresa de produtos orgânicos ViaPaxBio e o sitio agroecológico Rio do Braço da Sra. Nilza Gramkow.  

Foi uma iniciativa conjunta dessas instituições, que também estão trabalhando para organizar um curso sobre a Agricultura Orgânica no próximo mês de agosto na sede da Apremavi em Atalanta com o engenheiro agrônomo colombiano Jairo Restrepo Rivera.

Restrepo é mundialmente conhecido pelas técnicas e teorias que aplica na agricultura orgânica. O objetivo do curso será capacitar técnicos e lideranças que possam posteriormente difundir as metodologias para os agricultores  do Alto Vale.

Durante as visitas foi possível observar que com empenho é possível produzir de forma orgânica e também recuperar as áreas de preservação permanente e reserva legal dos imóveis rurais. Os representantes da empresa ViaPaxBio destacaram que atualmente não falta mercado para os produtos orgânicos. O que falta é produção e apoio a organização dos produtores para que consigam fazer a produção chegar até a indústria ou até os consumidores.

Visita ao Sítio Agroecológico Rio do Braço. Foto: Wigold B. Schaffer

A visita foi acompanhada pela RBA TV de Rio do Sul, através da apresentadora Aline Leonhardt e do cinegrafista Eduardo Piazzera do Programa “Agricultura Alto Vale”.

Além da visita técnica realizada na empresa e do curso de agroecologia que acontecerá em agosto na Apremavi, as instituições parceiras neste projeto, pretendem ainda implementar um programa ou politica pública na região do Alto Vale do Itajaí, voltado a produção de alimentos mais saudáveis, sem uso de agroquímicos.

Também é importante ressaltar o apoio que esta comissão vem recebendo da Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), através do secretário executivo Agostinho Senem e do presidente José Constante.

Pela primeira vez na região do Alto Vale do Itajaí, importantes instituições dos mais diversos segmentos resolveram se unir em prol de uma agricultura mais sustentável.

Esperamos que os municípios possam implantar programas e oferecer apoio técnico aos agricultores que pretendem adotar a agricultura orgânica em suas propriedades.

A comissão que está envolvida neste projeto é formada pelas seguintes pessoas e respectivas instituições.

Edson Luis Fronza – Coordenador do programa agrícola da Amavi
Carlos Eduardo Petry – Assessor de Agronegócios do Banco do Brasil – Agência de Rio do Sul
Diomir Alberton – Secretário de Agricultura de Atalanta
Edegold  Schaffer – Presidente da Apremavi
Wigold Bertoldo Schaffer – Conselheiro da Apremavi
Grasiela Hoffmann – Secretária Executiva da Apremavi
Marcos Cezar Franzão –  Coordenador do Programa de Estágio do Instituto Federal Catarinense de Rio do Sul
Cesar Augusto Lodi – Gerente Regional Epagri
Cleiton Loch – Gerente Regional da Cresol
Martinho Tramontin – Coordenador do Consagri
Hernandes Werner – Agrônomo da Estação Experimental de Ituporanga
Oscar Harthmann – Diretor Geral do Instituto Federal Catarinense de Rio do Sul

Semana do Meio Ambiente também é comemorada no Oeste

A importância de celebrar o dia Mundial do Meio Ambiente está relacionada ao trabalho de conscientização da população em relação a preservação da biodiversidade, a necessidade de discutir e realizar ações para diminuição da poluição do ar, água, solo e a extinção de espécies.

Precisamos compreender que todos devem contribuir de forma direta ou indireta para a sustentabilidade, encontrando a harmonia entre o desenvolvimento socioeconômico e a conservação ambiental. Para alcançar esse equilíbrio, atitudes individuais e coletivas como o consumo consciente, são fundamentais.

Para celebrar a data, através do Projeto Araucária foram desenvolvidas atividades de Educação Ambiental em escolas da Região Oeste: dia 02/06/2014 na Escola Nossa Senhora Aparecida do Assentamento Zumbi dos Palmares de Passos Maia –SC; no dia 04/06/2014 na Escola Municipal Bento Munhoz da Rocha de Clevelândia – PR e dia 06/06/2014 a atividade ocorreu na E.E.B. Professora Gênova Palma Nunes de São Domingos – SC.

A escolha das escolas teve como critério a proximidade com importantes unidades de conservação da região, sendo elas o Parque Nacional das Araucárias, Parque Estadual das Araucárias e a Estação Ecológica da Mata Preta.

Antonio de Almeida Correia Junior, analista ambiental de ESEC Mata Preta – ICMBIO que participou das atividades em Clevelândia destaca que foi muito bom ver as crianças aprendendo e se divertindo com as atividades educativas: "a maior parte das crianças que participaram mora no entorno da ESEC Mata Preta e é muito importante que possam aprender e refletir sobre a preservação das áreas de proteção permanente e da floresta numa unidade de conservação". "A equipe do projeto conseguiu envolver os alunos com jogos e brincadeiras e levaram as crianças a pensar sobre a responsabilidade ambiental que todos temos", complementa Antônio.

Prática sobre a importância da Mata Ciliar. Foto: Francieli Delazeri.

A programação incluiu uma conversa sobre a importância da preservação ambiental, dinâmica e demonstração da função da mata ciliar, além de jogos relacionados ao meio ambiente e ao final foi realizado plantio de árvores nativas no entorno das escolas de Passos Maia e Clevelândia. Em São Domingos em virtude do mau tempo as crianças levaram as mudas para serem plantadas em suas residências.

Segundo Larissa Paes, aluna da E.E.B. Professora Gênova Palma Nunes de São Domingos, o projeto é muito legal: "aprendemos a cuidar do meio ambiente, não jogar o lixo na rua,  sempre no lixeiro”.

Confira mais foto na página do Face.

Projeto Araucária comemora Semana do Meio Ambiente

Na semana de 02 a 06 de junho, em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente – dia 05 de junho, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), através do Projeto Araucária, realizou diversas atividades com o objetivo de chamar atenção da comunidade local para a necessidade da conservação ambiental.

O Projeto Araucária é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, e apoio do Governo Federal.

A semana iniciou com atividades em Braço do Trombudo, com a realização de mobilização no centro da cidade no dia 02 de junho, aonde a comunidade local foi convidada pelo grupo de jovens  Eco Patrulha a participar de um plantio de árvores nativas em um bosque localizado atrás da prefeitura, com o objetivo de recuperar e enriquecer a área e permitir o desenvolvimento de atividades pedagógicas e recreativas. Na oportunidade foram distribuídas 300 mudas de árvores nativas para quem passava no local.

Palestra em Braço do Trombudo. Foto: Equipe Apremavi.

Neste mesmo dia alunos do 3° ano da E.M.E.F. Vila Gropp acompanharam e auxiliaram na realização de um plantio de 200 mudas de árvores nativas em uma área de Mata Ciliar localizada no centro do município de Atalanta.

No dia 04 de junho, na escola da comunidade Ribeirão Matilde em Atalanta, foram  realizadas, para todos os estudantes, palestras sobre as “características das espécies de árvores existentes no bosque da escola” e aplicação de jogo da memória com espécies nativas. Ao final da manhã e tarde foram realizados plantio de 260 mudas visando recuperação de mata ciliar na propriedade do senhor Luiz Pesenti.

Em Santa Terezinha, no dia 05 de junho, com ajuda de moradores locais, aconteceu repasse de informações ambientais para alunos da escola da comunidade do Rio da Anta e do centro do município e distribuição de 300 mudas de árvores nativas para quem estava passando pelo local. A equipe do projeto Araucária também realizou palestra sobre “mudanças climáticas” durante o seminário de “Educação em Meio Ambiente” organizado pela Prefeitura Municipal de Braço do Trombudo.

Atividades em Santa Terezinha. Foto: Equipe Apremavi.

Para finalizar, no dia 06 de junho, a Prefeitura Municipal de Atalanta promoveu um ciclo de palestras sobre Reciclagem e Meio Ambiente, onde foram envolvidos todos os alunos das escolas municipais e estaduais, e ao final do evento aconteceu a distribuição de mudas de árvores nativas e divulgação do Projeto Araucária.

Jaqueline Pesenti secretária de Turismo e Meio Ambiente de Atalanta declara que “Ações como essas são extremamente importantes para chamar atenção e despertar o interesse dos jovens e da comunidade no envolvimento com a conservação ambiental e aumento das áreas verdes no município, proporcionando assim melhor qualidade de vida”.

Atividade na Escola Riberão Matilde em Atalanta. Foto: Equipe Apremavi.

Confira o álbum de fotos na página do Face.

Formado Conselho do Parque Estadual Rio Canoas

Estou aqui para representar quem? Qual é o papel dessa representação? Como eu posso contribuir com o futuro conselho do Parque? Estas foram as perguntas respondidas pelos participantes da Oficina de Formação do Conselho Consultivo do Parque Estadual Rio Canoas (PERC), realizada dia 03 de junho, no auditório da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Campos Novos (SC).

Diversas instituições estão dispostas a contribuir com a gestão do Parque Estadual Rio Canoas. “Nosso grupo pode estimular a educação ambiental, o uso sustentável e práticas esportivas, como o ciclismo, além de atuar na divulgação do Parque e no estímulo ao ecoturismo regional e estadual”, frisou Jean Carlo de Mattos, representando a Associação de Ciclistas de Campos Novos (ACICAN).

Participantes da reunião de formação do Conselho do Parque Estadual Rio Canoas. Foto: Marcos Alexandre Danieli.

Para Marcelo Luiz Capelari, da Copercampos, a sensibilização da comunidade é importante: “podemos contribuir na sensibilização e acreditação junto a produtores e comunidade sobre a importância do Parque, tendo em vista que contamos com 1189 sócios e muitos deles estão no entorno desta unidade”. Bruno Sgorila Brehm, da Enercan – Campos Novos Energia S.A, afirmou o interesse em participar: “participar de forma ativa nas ações preservacionistas e de gestão da unidade, em sintonia com as atividades desenvolvidas pela empresa no entorno do Parque”.

O evento foi promovido pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) em parceria com a Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma). Reuniu 30 representantes do Poder Público e Sociedade Civil atuantes na região do Parque, entre prefeituras, comunidades da zona de amortecimento, empresas de papel, celulose e energia, cooperativas, secretarias de desenvolvimento, órgão de segurança, assistência e fiscalização, associação de municípios, comitê de bacia e academia científica. A moderação do evento foi realizada por Marcos Alexandre Danieli, Coordenador de Projetos da Apremavi, que abordou os objetivos e estrutura do conselho, além do papel do conselheiro na gestão do Parque.

Para Eduardo Mussatto, da Fatma, a formação do conselho inaugura uma nova estrutura de gestão. “Não se trata somente de um conselho consultivo, mas de uma instância de gestão territorial do município de Campos Novos e região”. Ele ressaltou que o conselho já tem diversos objetivos, mas um é essencial. “O conselho terá o papel principal de acompanhar a implementação do Parque, que já tem seu plano de manejo elaborado desde 2007”, citou Mussatto.

Segundo Leila Alberti, chefe do Parque Estadual Rio Canoas, a formação do conselho é muito importante: “o conselho acompanhará as atividades que vem sendo realizadas no Parque, como as pesquisas e ações de proteção e manejo. Além disso, contribuirá na discussão de temas conflitantes, como a caça e o pastoreio de gado, que representam ameaças à conservação da biodiversidade da unidade”.

O processo de formação do conselho do PERC iniciou em 2013, nas primeiras reuniões do projeto, seguido da identificação de instituições interessadas durante as reuniões de mobilização com moradores, proprietários do entorno do Parque e instituições do Poder Público e Sociedade Civil. Já em 2014 foi lançado o edital para cadastro das instituições interessadas, culminando com a efetiva formação do conselho.

A composição do conselho ocorreu de forma democrática, por meio da construção conjunta entre os participantes da oficina. Foram definidas 10 cadeiras para o Poder Público e 11 para a Sociedade Civil, num total de 22 instituições.  Para os participantes do evento, os futuros conselheiros do Parque devem reunir qualidades, como pró-atividade, disponibilidade, comprometimento, rede de contatos e representatividade.

Segundo Edilaine Dick, Coordenadora de Projetos da Apremavi, o conselho passa a representar um espaço privilegiado para discussão ambiental na região: “a oficina de formação do conselho demostrou que a articulação entre as diversas instituições da região é essencial e necessária para debater e esclarecer alguns temas, como legislação e gestão ambiental, que representaram alguns dos principais questionamentos dos participantes”.

As próximas etapas envolvem a formalização e a oficialização do conselho por Portaria da Fatma, quando então será divulgada a composição oficial. Além disso, no segundo semestre de 2014 será realizada oficina de capacitação com o conselho e visita ao Parque, para aprofundar a discussão sobre os temas sugeridos pelos participantes da oficina de formação do conselho.

A meta de formação e capacitação do conselho consultivo do Parque Estadual Rio Canoas integra o Projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

Seminário discutirá uso do fogo no RVS dos Campos de Palmas

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promovem no dia 13 de junho o Seminário sobre Uso do Fogo no Refúgio de Vida Silvestre (RVS) dos Campos de Palmas, Unidade de Conservação Federal criada em 2006.

O Seminário será realizado no município de Palmas (PR) e tem como objetivo promover uma reflexão sobre a importância dos campos nativos, legislação ambiental vigente e alternativas ao uso do fogo. É direcionado principalmente aos conselheiros, proprietários e funcionários relacionados ao RVS e sua zona de amortecimento, além de outros interessados pelo tema.

O evento faz parte do projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, executado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA) por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO).

Seminário sobre Uso do Fogo no RVS dos Campos de Palmas
Data: 13 de junho de 2014.
Local:  Câmara de Vereadores de Palmas, Avenida Clevelândia, 491, Centro, Palmas (PR)
Horário: das 9h às 16h.

Programação
09h00min: Chegada e boas vindas. ICMBio e Apremavi.

09h10min: Breve histórico do uso do fogo no RVS dos Campos de Palmas. Joaquim Osório Ribas/proprietário de áreas do RVS/Palmas (PR).

09h40min: O que diz o plano de manejo do RVS dos Campos de Palmas e quais as diretrizes atuais do ICMBio. Marcia Barbosa Abraaão/Analista ambiental do ICMBio/chefe do RVS.

10h20min: Importância dos campos para conservação da biodiversidade e os impactos do uso do fogo. Leonardo Von Linsingen/Faculdade Jaguariaíva (PR).

11h10min: Intervalo

11h25min: Legislação ambiental atual sobre as áreas de campo, APP, Reserva Legal e CAR. João de Deus Medeiros/Departamento de Botânica/UFSC.

12h30min: Almoço.

14h00min: Alternativas ao uso do fogo em propriedade rural em Lages – José Antonio Ribas Ribeiro/Fazenda Santa Rita/Lages (SC).

14h50min: Troca de experiências, momento de discussão sobre alternativas e encaminhamentos.

16h00min: Encerramento.

Obs: Interessados devem entrar em contato até dia 09/06/2014 com Marcos pelo e-mail marcos@apremavi.org.br

Parque Nacional da Serra do Itajaí 10 anos no coração do Vale

Parque Nacional da Serra do Itajaí 10 anos no coração do Vale

Parque Nacional da Serra do Itajaí 10 anos no coração do Vale

Poucos moradores do Vale do Itajaí sabem que em junho de 2004, há 10 anos, foi criado na região, o Parque Nacional da Serra do Itajaí. Abrangendo parte de nove municípios: Presidente Nereu, Vidal Ramos, Botuverá, Guabiruba, Gaspar, Blumenau, Indaial, Apiúna e Ascurra, o parque tem 57.374 hectares, ou seja, 570 km2, ocupando 0,59% do estado de Santa Catarina.

Trata-se de uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.

O Parque Nacional da Serra do Itajaí abriga mais de 500 espécies de árvores e arbustos, 350 espécies de aves e mamíferos, algumas delas ameaçadas de extinção, que necessitam de proteção contra exploradores e caçadores, e que ali encontram local propício para sua reprodução e vivência, podendo aumentar suas populações e recolonizar áreas degradadas e pobres em vida silvestre. A floresta do parque representa a melhor mancha de Mata Atlântica do estado de Santa Catarina.

Apesar da grande área que abarca, segundo o seu Plano de Manejo, residiam no interior do parque 14 famílias, cinco das quais já tiveram suas terras indenizadas e, portanto ali não mais habitam. Outras nove, bem como os demais proprietários de terras serão ao longo do tempo também indenizados.

Na criação deste parque estiveram à frente entidades como a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena), a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), a Universidade Regional de Blumenau (FURB), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Parque das Nascentes (Ipan), dentre outras muitas instituições e pessoas que não mediram esforços, por décadas,  para dotar o Vale do Itajaí  com a  valiosa Pérola Verde.

O parque apresenta muitos locais de visitação, com possibilidade de caminhada e pedaladas em trilhas e estradas, banhos de rio e cachoeiras, piqueniques, favorecendo o contato saudável dos visitantes com a natureza. Pesquisas científicas mostram que 30 minutos no interior de uma floresta diminuem as taxas de colesterol, diabetes, estresse, depressão e seus efeitos permanecem ao longo de quase um mês. Visite áreas florestais do seu município e as proteja, visite o Parque Nacional da Serra do Itajaí.

O Parque é o lugar ideal para pesquisas científicas sobre a vegetação, os animais e os micro-organismos, bem como para o entendimento dos ecossistemas e seus serviços e funções ambientais.

Local também privilegiado para levar estudantes de todas as idades, do ensino fundamental até à universidade, para ali fazer educação ambiental e lazer.

As visitas devem ser agendadas com antecedência via e-mail: parnaserradoitajai.sc@icmbio.gov.br ou pelo fone: 47 33261527 (em Blumenau). Os outros municípios também têm entradas para o parque, o ideal é buscar informações nas respectivas prefeituras.

Para os municípios que abrigam o parque, e também para os demais, os serviços ambientais providos pelo parque são de alta relevância:

  • proteção dos mananciais de água que abastecem mais de 800 mil habitantes da Bacia do Itajaí, especialmente de Blumenau, Indaial, Brusque e Itajaí;
  • proteção contra extremos climáticos (secas, chuvas excessivas, calor e frio extremos, vendavais);
  • abrigo de rica biodiversidade (de animais, de plantas, de micro-organismos);
  • local de lazer e turismo ecológico;
  • fonte de bem estar e saúde;
  • abrigo de plantas e de animais de grande importância econômica (banco de sementes no presente e para o futuro);
  • local de pesquisa científica e educação ambiental.

Esta matéria foi publicada no Jornal Diário do Alto Vale no dia 03 de junho de 2014. O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente.

Semanas intensas para a Educação Ambiental

As semana da Mata Atlântica (última de maio) e a semana do Meio Ambiente (primeira de junho, sendo o dia 5 de junho o Dia Mundial do Meio Ambiente) normalmente são bastante agitadas para quem trabalha com Educação Ambiental. Para a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) tem sido assim todos os anos. Desde 2012 também se tem como referência o dia 03 de junho, instituído como Dia Nacional da Educação Ambiental.

Em 2104, o Dia da Mata Atlântica (27 de maio) foi comemorado com o plantio de um canteiro de Dyckias (espécie de bromélia), no jardim do Centro Ambiental Jardim das Florestas, da Apremavi. O plantio tem como objetivo resgatar algumas espécies de Dyckias ameaçadas de extinção, em especial a Dyckia Ibiramensis, a  Dyckia distachya e a Dyckia Brevifolia. O grau de ameaça de algumas é muito grande. Da Dyckia Ibiramensis existem apenas cerca de 15 exemplares na natureza. Ela é restrita a uma pequena parte do Rio Hercílio, no município de Ibirama (SC), exatamente num local onde está prevista a construção de uma PCH (Central hidrelétrica). A Dyckia distachya e a brevifolia também são ameaçadas por hidrelétricas, desta vez no Rio Pelotas/Uruguai, sendo que a distachya inclusive foi considerada extinta da natureza pela construção da hidrelétrica de Barra Grande. Outras espécies da flora ameaçada de extinção devem ser plantas no jardim do Centro Ambiental, contribuindo assim para a conservação “ex-situ” (fora do local de origem) das espécies. A atividade foi destaque na Rede Bela Aliança de TV a RBA.

Ainda no dia da Mata Atlântica acompanhamos de perto a divulgação dos novos dados do desmatamento do Bioma, um trabalho conjunto da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Infelizmente as notícias falam em retomada do desmatamento e o estado de SC é o quinto na lista dos que mais desmataram (Os dados completos podem ser acessados aqui). É muito triste constatar que a Mata Atlântica continua sendo ameaçada. A Apremavi sempre trabalhou denunciando desmatamentos e continuará fazendo isso. Ao mesmo tempo tem desenvolvido cada vez mais, atividades de restauração da Mata Atlântica e espera-se que isso seja intensificado com a aplicação na prática do novo Código Florestal, que prevê que todos as propriedades rurais que tenham áreas para restaurar executem Planos de Recuperação Ambiental (PRAs).

No dia 29 de maio palestras agitaram o Planalto Serrano. Em Lages, na Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), Miriam Prochnow falou no Seminário Regional de Meio Ambiente. O tema abordado foi “Planejamento e Embelezamento de Propriedades e Paisagens”. As mais de 120 pessoas estavam muito interessadas em saber mais sobre como tornar a paisagem do Planalto Serrano mais sustentável. Já em Otacílio Costa e Correia Pinto, cerca de 120 colaboradores da Klabin, assistiram a apresentação de Leandro da Rosa Casanova sobre meio ambiente e o Programa Matas Legais. As palestras na Klabin fazem parte da Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho (Sipat).

Atividade do Programa Matas Legais. Foto: Divulgação.

No dia 3 de junho Leandro estará novamente em Otacílio Costa, falando sobre o Matas Legais para os colaboradores da Blumeterra. Ao final de cada palestra são distribuídas mudas nativas e cartilhas educativas. No dia 05 de junho será a vez de Edilaine Dick participar da Semana Ambiental de Lages, falando sobre a importância das Unidades de Conservação. No Paraná, o Mata Legais estará desenvolvendo atividades de vistoria de propriedades rurais, visando a certificação das mesmas.

Na cidade de Rio do Sul também serão desenvolvidas atividades. Já no dia 02, Edegold Schaffer concedeu entrevistas aos meios de comunicação local. No dia 05 a Apremavi participa do plantio de mudas para a recuperação de área verde no bairro Taboão,  no loteamento Jardim D’Itália, ação que será realizada em conjunto com as instituições integrantes do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema). No dia 8 (domingo) serão distribuídas mudas de árvores nativas no Parque Harry Hobus. A Apremavi também estará no município de Vidal Ramos proferindo palestra na Votorantim. As atividades em Rio do Sul estão sendo coordenadas por Grasiela Hoffmann e Maria Luiza S. Francisco.

O Projeto Araucária também estará na estrada na semana do meio ambiente. Palestras, plantios educativos, distribuição de mudas e dinâmicas de integração serão algumas das atividades desenvolvidas, com o objetivo de chamar atenção da comunidade local para a necessidade da conservação ambiental.

A semana iniciou com atividades em Braço do Trombudo, com a realização de mobilização no centro da cidade no dia 02 de junho, aonde a comunidade local foi convidada pelo grupo de jovens Eco Patrulha a participar de um plantio de árvores nativas em um bosque localizado atrás da prefeitura, com o objetivo de recuperar e enriquecer a área e permitir o desenvolvimento de atividades pedagógicas e recreativas.

Atividade do Projeto Araucária em Braço do Trombudo. Foto: Edilaine Dick.

No dia 02 o Projeto Araucária também já iniciou atividades no Oeste de Santa Catarina, com ações na Escola Zumbi dos Palmares, em Passos Maia, próximo ao Parque Nacional das Araucárias. As próximas atividades no Oeste serão dia 04, com a Escola Municipal Bento Munhoz da Rocha Neto, da Comunidade Rincão Torcido, em Clevelândia (PR), perto da Estação Ecológica Mata Preta e dia 06, com a Escola de Educação Básica Professora Gênova Palma Nunes, de São Domingos, próxima ao Parque Estadual das Araucárias. As atividades, conduzidas por Eloisa Donna, Marluci Pozzan e Francieli Delazeri, incluem uma conversa sobre a importância da preservação, jogos educativos relacionados a temática e um plantio de espécies nativas no entorno de cada escola. Ainda no Oeste, no dia 05 Marcos Alexandre Danieli será guia em atividades no Parque Nacional das Araucárias, com estudantes de Ponte Serrada.

No dia 04 de junho, na escola da comunidade Ribeirão Matilde em Atalanta, serão realizadas, para todos os estudantes, palestras sobre as “características das espécies de árvores existentes no bosque da escola” e aplicação de jogo da memória com espécies nativas. Será também realizado plantio educativo com a participação dos grupos ambientais Patrulha das Sementes e RM Ambiental, formados por alunos desta escola.

Em Santa Terezinha, no dia 05 de junho, com ajuda de moradores locais, acontece distribuição de mudas nativas e repasse de informações ambientais em frente à escola da comunidade do Rio da Anta, para quem estiver passando pelo local. A equipe do projeto Araucária também realizará palestra sobre “mudanças climáticas” durante o seminário de “Educação em Meio Ambiente” organizado pela Prefeitura Municipal de Braço do Trombudo.

Para finalizar, no dia 06 de junho, a Prefeitura Municipal de Atalanta estará promovendo um ciclo de palestras sobre Reciclagem e Meio Ambiente, onde serão envolvidos todos os alunos das escolas municipais e estaduais, e ao final do evento acontecerá a distribuição de mudas de árvores nativas.

As atividades do Projeto Araucária no Alto Vale do Itajaí estão sendo conduzidas por Edilaine Dick, Morgana da Silva de Freitas, Daiana Tânia Barth e Ariana Hammes.

O Projeto Araucária é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, e apoio do Governo Federal.

Mais informações sobre as atividades podem ser obtidas na Apremavi: Email: info@apremavi.org.br ou fone: (47) 3521-0326.

Atividades do Projeto Araucária no Oeste. Foto: Marluci Pozzan.

Rede Gestora Corredor das Araucárias retoma as atividades

Aconteceu nos últimos dias 21 e 22 de maio de 2014 a reunião de retomada de atividades da Rede Gestora (REGE) do Corredor das Araucárias. O evento aconteceu em Curitiba e teve como objetivo o resgate dos encontros e o planejamento de estratégias da REGE que possam contribuir na conservação da Floresta com Araucária.

A retomada é subsidiada pelo Projeto Araucária, o qual é executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (APREMAVI) e patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e apoio do Governo Federal.

Os dois dias de reunião contaram com a presença de representantes de onze instituições com ações na Floresta com Araucárias nos Estados de Santa Catarina e Paraná, entre elas universidades, organizações da sociedade civil e governamentais.

No primeiro dia do evento os participantes assistiram palestras sobre “O histórico do projeto Corredor das Araucárias e a REGE Corredor das Araucárias” com Dailey Fischer e Marlon Prestes (Mater Natura e SPVS); “O Projeto Araucária” com Marcos Alexandre Danieli (Apremavi) e a Apresentação do Edital de Conservação na Floresta com Araucárias e Campos Sulinos com Robson Capretz (Fundação Grupo Boticário), que será lançado em julho.

Dailey apresentando a história da Rede para os presentes. Foto: Marcos Alexandre Danieli.

No segundo dia de reunião, houve a avaliação e complementação das estratégias de continuidade do Corredor das Araucárias, da REGE e dos Minicorredores que compõe o corredor, os quais são: Rios São João e Rio dos Patos, Campos Gerais e Santa Catarina.

Estes minicorredores foram desenhados para delimitar áreas e ações prioritárias a serem desenvolvidas pelas entidades envolvidas na REGE e parceiros. O de Santa Catarina, por exemplo, abrange Unidades de Conservação muito próximas, como o Parque Estadual das Araucárias, Estação Ecológica Mata Preta e Parque Nacional das Araucárias, que se complementam em seus objetivos de conservação.


Mapa do Corredor das Araucárias. Fonte: LabSig/ SPVS.

O Corredor das Araucárias envolve 139 municípios nos Estados de Santa Catarina e Paraná. Dentre os municípios de Santa Catarina, estão: Ponte Serrada, Passos Maia, São Domingos, Galvão e Abelardo Luz, os quais estão envolvidos no Projeto Araucária.

Para Marcos Alexandre Danieli, a retomada dos encontros foi um dos principais resultados alcançados. “São diversas instituições com atuação num mesmo território, que encontram nestas reuniões um espaço para trocar experiências e definir agendas em comum". Além disso, outro resultado importante foi a decisão da REGE em buscar a institucionalização do Corredor. “O reconhecimento doCorredor das Araucárias pelo Poder Público é importante e dará maior respaldo às ações que estão sendo realizadas. Enquanto isso não ocorre, já estamos considerando o planejamento realizado como uma ferramenta estratégica para ações de conservação na Floresta com Araucárias”, conclui Danieli.

A próxima reunião da Rede Gestora será realizada no mês de agosto no Centro Ambiental Jardim das Florestas, sede da Apremavi em Atalanta (SC). Para mais informações, entre em contato com Dailey Ficher pelo e-mail corredor.araucarias@gmail.com.  

Sobre a REGE Corredor das Araucárias 

A Rede Gestora (REGE) Corredor das Araucárias existe desde 2011 e sua principal função e objetivo é a articulação intra e interinstitucional de ações para a conservação da biodiversidade e o uso adequado dos recursos que ela disponibiliza, dentro dos limites do Corredor das Araucárias.

A REGE foi criada no âmbito do “Projeto Corredor das Araucárias”, executado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) em parceria com 11 instituições, diversos apoiadores e financiamento do Ministério do Meio Ambiente, por meio do Subprograma Projetos Demostrativos – PDA Mata Atlântica.

Viva a Mata Atlântica

A Mata Atlântica é uma das regiões ecológicas mais ricas em biodiversidade do planeta. Originalmente estava presente em 17 estados, ocupando 15% do território brasileiro.

Atualmente, restam aproximadamente 8% da área original em fragmentos florestais acima de 100 hectares e bem conservados. Quando considerados os fragmentos de floresta natural acima de três hectares, em todos os estágios de conservação, este índice chega a 14%.??Cerca de 70% dos brasileiros moram em região de ocorrência da Mata Atlântica e dependem da sua conservação para a manutenção de diversos serviços ambientais, como a regulação do clima, da temperatura, das chuvas e a fertilidade dos solos, além de auxiliarem na proteção de escarpas e morros e na manutenção de nascentes e mananciais de água.

Santa Catarina encontra-se 100% em área pertencente à Mata Atlântica, compreendendo as diferentes regiões, desde a floresta do litoral até a floresta com araucárias e as florestas semideciduais do oeste, incluindo ainda manguezais, restingas e campos de altitude.

De acordo com levantamentos realizados pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Santa Catarina possui 23% de remanescentes da Mata Atlântica. Os novos dados do desmatamento, que mostram que SC continua entre os estados que mais desmatam, podem ser acessados aqui.

Conheça também a Carta da Mata Atlântica 2014, que aponta as medidas emergenciais para o Bioma.

O intenso histórico de desmatamento provocou a fragmentação das florestas e a acentuada perda qualitativa nas florestas catarinenses. Muitas espécies tornaram-se raras e várias já não são mais encontradas em áreas que estão em regeneração. Destaca-se também um acentuado processo de erosão genética, de espécies como canela-preta (Ocotea catharinensis), canela-sassafrás (Ocotea odorifera), imbuia (Ocotea porosa), araucária (Araucaria angustifolia) e palmito (Euterpe edulis), as quais encontram-se na lista de espécies ameaçadas de extinção.

No Alto Vale do Itajaí, colonizado a partir do século XX, em menos de 100 anos de “crescimento econômico” foram destruídas aproximadamente 80% das florestas da região, reduzindo também várias espécies de animais e extinguindo outras localmente, como a onça-pintada e a anta.

As enchentes, fenômeno secular na região, passaram a ocorrer cada vez com mais freqüência. Isso pode ser explicado pela diminuição da infiltração da água no solo e o assoreamento dos rios, resultado direto da falta de cobertura florestal – especialmente matas ciliares, do não controle de erosão e da construção sem o planejamento adequado de estradas e cidades.

A conservação da Mata Atlântica na nossa região depende da ampliação de áreas protegidas, através de ações para evitar o desmatamento, a recomposição da Reserva Legal, a restauração de Áreas de Preservação Permanente, além da criação de novas Unidades de Conservação. Estas ações são essenciais para a conservação dos remanescentes da Mata Atlântica e a formação de mosaicos e corredores ecológicos.

É fundamental que se dê uma chance para que a Mata Atlântica retome seu lugar e assim possa desempenhar seu papel maior que é o de prover os serviços ambientais que garantem o bem-estar das populações e a conservação da biodiversidade.

Neste dia 27 de maio, dê uma atenção especial à floresta em que vivemos e ajude a preservar este precioso bem comum.

A biodiversidade da Mata Atlântica
20.000 espécies vegetais.
8 mil espécies de plantas endêmicas (aquelas que não ocorrem em nenhum outro lugar do planeta).
1,6 milhões de espécies de animais, incluindo os insetos e demais invertebrados.
120 milhões de brasileiros dependem da água que nascem em seu interior.

O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente no Jornal Diário do Alto Vale.

Aniversário do novo Código Florestal é marcado por debates

Anunciada há dois anos como a precursora do maior programa de reflorestamento do mundo, a reforma do Código Florestal – que resultou na lei federal 12.651, de 25 de maio de 2012 – completa dois anos de vigência sem ter iniciado a regularização ambiental no campo.

O decreto da Presidente regulamentando aspectos do Código e a Instrução Normativa do Ministério do Meio Ambiente que deu a largada para cadastrar a situação ambiental de mais de 5,4 milhões de propriedades rurais no país só foram publicados na primeira semana de maio, depois de vários adiamentos.

Para debater estes assuntos, as organizações que compõe o Observatório do Código Florestal estão ajudando a promover varios eventos, com destaque para uma Audiência Pública a ser realizada no dia 22 de maio na Câmara dos Deputados, em Brasília, e um Seminário em São Paulo, no dia 23 de maio.

Criado para acompanhar e incentivar o melhor cumprimento possível da lei que flexibilizou o antigo Código Florestal, cobrar incentivos concretos à recuperação e conservação florestal e impedir novos retrocessos legais, o Observatório do Código Florestal completa um ano de existência. E vai à audiência pleiteando mais transparência e qualidade técnica no processo do Cadastro Ambiental Rural, questionando a  segurança jurídica do Código em si e divulgando estudos que avaliam  o preparo dos estados em criar e implementar seus Planos de Regularização Ambiental (PRAs), que serão responsáveis por monitorar a recuperação, regeneração e compensação de áreas desmatadas ilegalmente.

Estudo inédito do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) sobre a influência do Cadastro Ambiental Rural (CAR) na dinâmica do desmatamento na Amazônia será apresentado durante audiência pública em Brasília, da qual também participam representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

O seminário do dia 23 está voltado para a situação da regularização ambiental no país e a viabilização dos instrumentos econômicos previstos pelo Código. O seminário faz parte da programação do Viva Mata da Fundação SOS Mata Atlântica.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) é integrante do Observatório do Código Florestal e participará da Mesa Redonda do seminário, falando também sobre a experiência do Diálogo Florestal.

No Alto Vale do Itajaí a Apremavi é parceira da Prefeitura Municipal de Atalanta, do Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Atalanta, da Amavi e do Banco do Brasil na realização de três Audiências Publicas para tratar do Cadastro Ambiental Rural.

As audiências estão sendo organizadas com o objetivo de informar e tirar as dúvidas do produtor rural atalantense, com relação aos procedimentos e prazos que as propriedades rurais tem para se cadastrar. Serão realizadas nos dias 21, 22 e 23 de maio.

Saiba mais sobre os eventos nacionais:

Audiência Pública sobre os resultados da Lei Florestal (12.651/12)
Brasília – DF – 22 de maio de 2014
Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
LOCAL: Anexo II, Plenário 08 – Câmara dos Deputados
HORÁRIO: 10h  

Seminário Dois Anos do Código Florestal
São Paulo (SP) – 23 de maio de 2014
LOCAL: Escola de Astrofísica do Parque Ibirapuera (acesso pelos portões 3 e 10 – Av. Pedro Álvares Cabral)
Programação
Manh㠖 a partir das 9h
Abertura
Frente Parlamentar Ambientalista e Fundação SOS Mata Atlântica
Deputado Marcelino Galo – Assembleia Legislativa da Bahia
Mário Mantovani – Diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica

Painel sobre a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR):
Apresentação 1 – Cenário nacional de implantação do CAR
Amazônia – Patrícia Baião (Conservação Internacional – CI Brasil)
Outros Estados –  Jean Timmers (WWF-Brasil)
Apresentação 2 – Situação do CAR no Sudeste:
São Paulo: Roberto Rezende (Iniciativa Verde)
Rio de Janeiro: Roberta Rubim del Giudice (Bolsa de Valores do Rio de Janeiro – BV Rio)
Minas Gerais: Dalce Ricas (Associação Mineira de Defesa do Ambiente- AMDA)
Espírito Santo: Alessandro Chacal, assessor do Dep. Cláudio Vereza
Moderador:  Heródoto Barbeiro

Tarde – a partir das 14h
14h – Roda de conversa entre o setor privado e membros do Observatório do Código Florestal:
Convidados do setor privado
Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE)– Bernardo Pires
Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) – Fernando Sampaio
Associação Brasileira de Celulose e Papel (BRACELPA) – Marcílio Caron
Membros do Observatório:
Pedro Burnier (Amigos da Terra)
Luis Fernando Guedes Pinto (Imaflora – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola)
Andrea Azevedo (IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia)
Miriam Prochnow (Apremavi – Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida/Diálogo Florestal)

17h – Lançamentos
Documentário sobre o Código Florestal
O2 Filmes, Cinedelia, Fundação Boticário, Instituto Socioambiental, Instituto de Desenvolvimento Sustentável, WWF-Brasil e SOS Mata Atlântica

Segunda edição do Guia para aplicação do Código Florestal
Imaflora

18h – Coquetel de encerramento

Informações para imprensa:
Quartzo Comunicações
Cassuça Benevides – 8188-2973 / cassuca@quartzocomunicacoes.com.br
Neri Accioly – 8158-9815 / neri.accioly@quartzocomunicacoes.com.br

Sobre o OCF
Criado em maio de 2013 por sete instituições da sociedade civil – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), WWF-Brasil, SOS Mata Atlântica, Instituto Centro de Vida (ICV), The Nature Conservancy (TNC), Conservação Internacional (CI) e Instituto Sociambiental (ISA) –  que compartilham do objetivo geral de monitorar a implementação da nova lei florestal (Lei Federal 12651/12) em todo o país, sobretudo o desempenho dos Programas de Regularização Ambiental (PRAs) e de seu principal instrumento, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), de forma a gerar dados e massa crítica que colaborem com a potencialização dos aspectos positivos da nova lei e a mitigação de seus aspectos negativos.

RPPN Serra do Lucindo é cenário para reunião do Projeto Araucária

RPPN Serra do Lucindo é cenário para reunião do Projeto Araucária

RPPN Serra do Lucindo é cenário para reunião do Projeto Araucária

Caminhar pela trilha “Das Onze Voltas”, desfrutando das belezas cênicas que a RPPN Serra do Lucindo oferece, foi uma das dinâmicas de integração, do evento para técnicos da Apremavi, realizado de 07 a 09 de maio de 2014, em Bela Vista do Toldo (SC).

O  animado grupo percorreu oito, dos catorze km de percurso da trilha. O caminho tem um importante enfoque cultural, histórico e religioso na comunidade. Relatos indicam que o mesmo foi utilizado pelo Monge João Maria durante a Guerra do Contestado. Todos os anos no dia 01 de maio, romeiros sobem até o topo da serra, para celebrar aos pés da cruz de cedro e beber água da fonte. Em 2014, 87 pessoas fizeram o percurso.

O evento realizado na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Serra do Lucindo teve como objetivo a integração entre os técnicos da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), para a socialização de resultados, avaliação e planejamento das atividades previstas no Projeto Araucária. Técnicos do Programa Matas Legais do Paraná também participaram do evento, proporcionando  também a troca de experiências entre projetos.

Durante o encontro, os técnicos tiveram como tarefa apresentar dinâmicas de grupo que podem ser realizadas nas atividades previstas no projeto, especialmente nas atividades de educação ambiental, cursos e seminários.

Uma das dinâmicas apresentadas foi uma espécie de “Amigo Secreto ambiental” chamada de “Ambiente de Presente”, onde o presente não tinha nada de tradicional,. Durante a trilha, cada participante teve que observar uma paisagem ou detalhe, que foi entregue sob a forma de um desenho, ao respectivo amigo ao final do encontro.

Outra atividade do evento foi a apresentação de resultados do Projeto Araucária pelas equipes de trabalho das regiões Oeste e Alto Vale do Itajaí. Ficou constatado que o projeto está tendo resultado positivo, realizando com sucesso as suas atividades. Existe uma grande demanda de agricultores das duas regiões em fazer parte do projeto, assim  houve a necessidade de se discutir as metas e o planejamento de trabalho para os próximos meses.

Para finalizar as atividades, num momento de confraternização, houve o sorteio de livros e produtos artesanais oriundos de alguns dos 13 municípios que o projeto atende.  Os vizinhos da RPPN, Dona Iraci e Seu João, participaram da confraternização.

O Projeto Araucária iniciado em 2013 é executado pela Apremavi e tem o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e apoio do Governo Federal.

O Programa Matas Legais é realizado em parceria com a Klabin nos estados de Santa Catarina e Paraná desde o ano de 2005.

A RPPN Serra do Lucindo é de propriedade da Apremavi, tem 316 hectares, tendo sido criada no ano de 2010.

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Autoras: Edilaine Dick, Marluci Pozzan e Miriam Prochnow.

Feijoa, a nossa goiaba-da-serra

Feijoa, a nossa goiaba-da-serra

Feijoa, a nossa goiaba-da-serra

A goiaba-da-serra, também conhecida como feijoa, goiaba-serrana, goiaba-crioula ou araçá-do-rio-grande é uma frutífera nativa da Mata Atlântica do Sul do Brasil, encontrada na floresta com araucárias. Suporta bem o frio, sendo uma espécie importante para plantios de restauração.

A goiaba-da-serra tem formato arbustivo, com altura variando de 2 a 5 metros de altura, o que facilita a colheita dos frutos. Seu fruto verde possui casca bastante espessa e em geral é consumido in natura e de “colherinha” como se diz na região meio oeste de Santa Catarina. O fruto doce-acidulado e com excelente aroma também serve para a produção de sucos, geleias e sorvetes.

As flores da goiaba-da-serra são muito vistosas, com pétalas
carnudas e estames vermelhos.  As pétalas das flores podem ser utilizadas em saladas. Como são muito saborosas são bastante apreciadas pelas aves, que funcionam como polinizadores da planta. Ao se “sujarem” de pólem acabam levando o pólem de uma planta para outra. Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), chegaram a observar nove espécies de pássaros se alimentando em um único pé de goiaba-da-serra, em Gramado (RS), entre eles o sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca) e a saíra-preciosa (Tangara preciosa). O sanhaço foi avistado alimentando os filhotes no ninho com os pedacinhos de pétalas.

As flores vistosas fazem com que a espécie seja muito usada para ornamentação. A goiaba-da-serra também tem sido apontada como uma espécie de grande potencial ecológico, exatamente por ser muito atrativa à avifauna.

Apesar de ser nativa do Brasil, as raras frutas que podem ser encontradas nos mercados, são normalmente provenientes de plantações feitas na Colômbia. Mesmo tendo um enorme potencial econômico, os plantios para fins comercias no Brasil ainda são raros, por conta da fragilidade do fruto, cuja armazenagem não pode ultrapassar de 2 a 3 semanas, e pelo fato da espécie ainda não estar completamente domesticada.

O viveiro Jardim das Florestas da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) produz mudas de goiaba-da-serra para serem utilizadas em projetos de recuperação de áreas e paisagismo. Um dos projetos executados pela Apremavi que utiliza essa espécie é o Projeto Araucária, patrocinado pela Petrobras.

Sanhaçu de encontro azul (Thrapis cyaniptera)​, um dos apreciadores da goiaba-da-serra. Foto: Acervo Apremavi.

Goiaba-da-serra

Nome científico: Acca sellowiana (O. Berg.) Burret.
Família: Myrtaceae.
Utilização: Madeira utilizada para lenha e obras em geral. Seus frutos são comestíveis e podem ser transformados em geleias, sucos, doces, etc. Muitos animais se alimentam desta espécie que pode também ser utilizada para o paisagismo urbano.
Coleta de sementes: Diretamente da árvore quando começa a queda espontânea dos frutos.
Fruto: O fruto é classificado como um pseudofruto do tipo pomo, casca verde, baga com formato oblongo, polpa cor gelo, tem diâmetro de 3 a 5 cm.
Frutificação: Fevereiro a Maio.
Flor: Vermelha com branco
Crescimento da muda: Médio.
Germinação: Normal.
Plantio: Mata ciliar, área aberta.

Autora: Marluci Pozzan.
Colaboração: Edilaine Dick e Miriam Prochnow.
Fontes Consultadas:

AMARANTE, C .V. T.; SANTOS, K. L. Goiabeira-serrana (Acca sellowiana). Rev. Bras. Frutic. vol.33 no.1 Jaboticabal Mar. 2011.

BARNI, E.J.; DUCROQUET, J.P.; SILVA, M.C.; NETO, R.B.; PRESSER, R.F.Potencial de mercado para goiabeira-serrana catarinense. Florianópolis: Epagri, 2004. 48p. (Documento, 212).

DEGENHARDT, J. et al. Morfologia floral da goiabeira serrana (feijoa sellowiana) e suas implicações na polinização. Rev. Bras. Frutic. vol.23 no.3 Jaboticabal Dec. 2001.

LORENZI, H. Eugenia uniflora L. In: LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. p. 254.

MONDIN, C. A., EGGERS, L. FERREIRA, P. M. A. (Org). Catálogo ilustrado de plantas – espécies ornamentais da PUCRS. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.

PROCHNOW, M. (Org.). No Jardim das Florestas. Rio do Sul. Apremavi: 2007.

QUADROS, K. E. et al. Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowianaBerg. Rev. Bras. Frutic. vol.30 no.2 Jaboticabal June 2008.

http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/biodiversa/feijoa-guardem-bem-este-nome/

Publicado Decreto que regulamenta o CAR

Neste mês de maio o novo Código Florestal completa dois anos. A sua aplicação pode promover a regularização de 5,2 milhões de imóveis rurais por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e efetivar a recuperação de áreas degradadas. Porém, a falta de implementação da nova Lei Florestal está prejudicando as empresas, os agricultores, a sociedade e o país.

Só no dia 5 de maio o governo publicou o Decreto que regulamenta o CAR e no dia 6 de maio a respectiva Instrução Normativa (textos em anexo). Resta saber se os textos estão adequados para a aplicação imediata e efetiva da nova Lei Florestal.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e a Associação das Indústrias de Óleo Vegetal (Abiove), não há como garantir a origem dos produtos do campo sem a regularização ambiental e isso faz com que o Brasil perca competitividade e mercado. O Diálogo Florestal também emitiu nota (vide box) pedindo urgência na implantação do Código Florestal e destacou que prazos e formas para regularização ambiental das propriedades rurais dependem da edição e implantação de instruções normativas federais, que podem também ser editadas por estados e municípios.

O maior problema dessa indefinição é que ela mantém vários setores em situação de irregularidade e insegurança jurídica. No Alto Vale do Itajaí podemos dizer que estamos numa situação privilegiada, por termos em andamento a iniciativa da Associação do Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi) que já possui em funcionamento um sistema que permite que o CAR seja implementando. O sistema está apenas à espera do apoio das Câmaras de Vereadores da região, para operar com força total. É um exemplo de como o agronegócio, proprietários rurais, governos municipais e ambientalistas podem trabalhar em conjunto pelo bem comum.

Diálogo Florestal pede urgência na regulamentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR)

À semelhança de nota publicada em 31 de julho de 2013, o Diálogo Florestal, iniciativa que integra empresas do setor de base florestal e organizações socioambientalistas, manifesta novamente preocupação com o atraso na regulamentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e pede urgência na sua implementação.

Entendemos que o CAR é o instrumento básico para implantação da nova lei florestal e das políticas a ela relacionadas e sua implantação deve ser tratada como prioritária, por ser uma ferramenta fundamental para a regularização ambiental das propriedades rurais e à integração das informações ambientais das propriedades e posses rurais. Por meio dele será possível planejar e regularizar os imóveis rurais para que produzam e ao mesmo tempo conservem a natureza, cumprindo sua função social/ambiental, prevista na Constituição. Além disso, será a base para o controle, monitoramento e planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

O conhecimento público da forma atual de ocupação do solo brasileiro é uma informação que beneficia diversos setores. Trata-se de uma informação necessária à orientação de políticas públicas, ao desenvolvimento das diversas regiões do país, além de ser estratégica para o setor privado, uma vez que garante o controle de sua cadeia de produção e fornecimento. É preocupante o fato de que passados quase dois anos da aprovação da nova lei florestal, o processo de implementação ainda não esteja concluído. Neste sentido, ao mesmo tempo em que o Diálogo Florestal vem a público externar novamente o seu compromisso em apoiar a implantação da nova lei florestal, em especial o CAR, através de ações a serem executadas por parte de suas organizações, solicitamos a implantação urgente e imediata da nova legislação e cumprimento dos prazos estabelecidos na lei 12.651/2012.

28 de abril de 2014.

Conselho de Coordenação do Diálogo Florestal
Cenibra, CMPC (RS), Fibria, Klabin, Suzano Papel e Celulose, Amda, Apremavi, Conservação Internacional, Instituto BioAtlântica, The Nature Conservancy

O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente no Jornal Diário do Alto Vale.

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