O MMA e o IBAMA realizaram nas duas últimas semanas seis consultas públicas para criação de UCs na floresta com araucárias, nos seguintes municípios, Imbituva(PR), Ponta Grossa(PR), Tuneiras do Oeste(PR), Ponte Serrada(SC), Abelardo Luz(SC) e Palmas(PR).

As audiências tiveram grande participação popular com uma média de 500 pessoas por audiência e nenhuma delas foi apresentada qualquer contestação consistente sobre o mérito técnico e ambiental dos estudos realizados e sobre a importância de criar as Unidades de Conservação. Diversas foram as sugestões de ajustes e aprimoramento das propostas que serão analisadas pela equipe técnica responsável.

A RMA que acompanhou de perto todo o processo, reconhece o trabalho do MMA e do IBAMA que de forma inédita e exemplar prepararou os estudos e o material para informação da comunidade durante as consultas públicas. Pela primeira vez em que se tem notícia, as informações claras e detalhadas foram repassadas também de forma escrita o que facilitou a compreensão das propostas por parte da comunidade.

O fato lamentável foi a tentativa de tumulto provocado por autoridades locais, inclusive prefeitos da região e alguns deputados estaduais e federais de SC, nas consultas de Abelardo Luz, Ponte Serrada e Palmas. Estas mesmas autoridades espalharam um clima de terror na região, divulgando informações equivocadas e incorretas com relação à criação das UCs.

Na avaliação da presidente da Apremavi e também coordenadora geral da RMA, Miriam Prochnow, que participou da consulta em Ponte Serrada, o comportamento das autoridades presentes foi vergonhoso e prejudica a imagem da Santa Catarina. Estas autoridades deveriam ser as primeiras interessadas em possibilitar que a comunidade fosse devidamente informada, objetivo este da consulta. Não há dúvidas de que os responsáveis pelo tentativa de tumulto não estão preocupados com a qualidade de vida da população e muito menos com a conservação deste ecossistema da Mata Atlântica que se encontra à beira da extinção.

A Rede de ONGs da Mata Atlântica e as entidades filiadas apoiam o prosseguimento do processo de criação destas UCs e entende este ato como urgente e emergencial. Do mesmo modo se colocam à disposição para auxiliar na implementação de projetos ambientais na região.

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