O Ibama inaugurou no dia 23 de setembro sua nova sede em Curitiba, situada na rua Rua Brigadeiro Franco, nº 1.733, em frente à Universidade Federal do Paraná. Estavam presentes no cerimonial a Ministra Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima, o secretário de biodiversidade e florestas João Paulo Ribeiro Capobianco, o presidente do Ibama, Marcus Luiz Barroso Barros, o gerente executivo do Ibama do Paraná Marino Elígio Gonçalves dentre outras autoridades.

Na entrada do novo prédio do Ibama, esperando pela chegada da ministra, estavam vários estudantes e ambientalistas protestando a favor da criação das Unidades de Conservação nas áreas dos últimos remanescentes de araucárias. Os estudantes cobraram uma postura mais enérgica e imediata da ministra, que ao chegar, cumprimentou a todos e ouviu com paciência as lideranças do manifesto. Os manifestantes estavam com tarjas pretas no braço, simbolizando o luto pela destruição acelerada da ameaçada floresta ombrófila mista (Floresta com Araucárias), da qual restam apenas 0,8% da sua área original.

Após a solenidade de inauguração, iniciaram-se os trabalhos do GT araucária com a apresentação de forças tarefas realizadas no período de 05 a 09 de julho.

Esta apresentação foi feita pelos biólogos João de Deus Medeiros e Maurício Savi e a jornalista Teresa Urban, e mostrou imagens bem como dados a respeito dos últimos fragmentos florestais de araucária ainda existentes, bem como a velocidade absurda com que estes estão sendo desmatados. Propostas estão sendo estudadas e a FEEC e a RMA cobraram de forma explícita um posicionamento urgente por parte do Ministério do Meio Ambiente, para frear este processo e recuperar as áreas que já foram degradadas. Os presentes também puderam fazer uso da palavra, expondo suas impressões e opiniões, não só cobrando medidas urgentes de preservação das florestas de araucária, como também propondo ações para solucionar este grave problema.

Esperamos que o Ministério do Meio Ambiente tome atitudes tão coerentes quanto o discurso feito pela sua ministra nessa reunião do GT. Se as medidas práticas para a preservação desse ameaçado bioma continuarem sendo tomadas no atual ritmo, demasiados discursos forem proferidos e poucas ações realizadas, nenhuma araucária estará de pé. Poucos madeireiros irão se benificar a custos da biodivervisade, que é um patrimônio nacional e de todos.

Da mesma forma, acreditamos que o Ibama com "casa nova" no estado do Paraná, seja exemplo não só na luta pela preservação da floresta de araucária, como também controle o desmatamento de nativas tanto para o setor madeireiro, como para a fabricação de carvão, como mostrado na apresentação feita, e nas experiências vividas pela nossa instituição.

Sempre ouvimos desculpas por parte do Ibama que constantemente alegava falta de equipamento e pessoal qualificado para as falhas que ocorriam. Portanto, agora com uma sede ampla, computadores novos, GPS, notebooks e carros traçados, como afirmado pelo seu coordenador regional, esperamos que o Ibama também cumpra com suas obrigações, poupando-nos de episódios absurdos como o da Barragem de Barra Grande, episódio trágico do Ibama de Brasília.

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