REVIS dos Campos de Palmas elabora seu Plano de Manejo

O Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) dos Campos de Palmas é uma Unidade de Conservação (UC) de proteção integral, situada nos municípios de Palmas e General Carneiro (PR), criada em 2006, abrangendo uma área de 16.582 hectares.

A elaboração do seu Plano de Manejo (PM) iniciou em abril de 2012, com previsão de finalização em julho de 2013. Este será o primeiro Plano de Manejo de um Refúgio de Vida Silvestre federal, demonstrando o empenho de toda a equipe envolvida para o efetivo planejamento e implementação desta UC.

Como parte das atividades de elaboração do PM, nos dias 09 a 13 de abril de 2012, foi realizada a Primeira Reunião Técnica entre a equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de Palmas e Brasília (DF), empresa de consultoria contratada e representante dos proprietários de áreas, com o objetivo de organizar o planejamento para a elaboração do PM.

Os trabalhos de campo referentes aos dados socioeconômicos foram realizados de 11 a 21 de junho de 2012, envolvendo o diagnóstico da área e reuniões abertas com as comunidades dos assentamentos Colina Verde e Recanto Bonito, e proprietários do entorno e interior da UC.

Outro importante evento foi a Oficina de Planejamento Participativo (OPP), realizada em Palmas nos dias 26 e 27 de junho de 2012. O evento reuniu representantes do conselho, proprietários e demais representantes de entidades governamentais e da sociedade civil interessadas em contribuir com o planejamento da UC.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) participa do conselho consultivo do REVIS e esteve representada na OPP pelo técnico ambiental Marcos Alexandre Danieli. Além da participação no conselho, outras ações vem sendo desenvolvidas pela Apremavi no apoio à implementação desta UC, como as atividades do projeto de Gestão Participativa em UCs, focadas no fortalecimento de seu conselho e apoio à elaboração do Plano de Manejo.

No âmbito do conselho consultivo do REVIS, a Apremavi também participa da Câmara Técnica (CT) sobre o Uso do Fogo em Campos, que tem por objetivo discutir e propor ações a esta atividade adotada nas propriedades inseridas na UC, considerando a categoria de manejo. A primeira reunião desta CT será realizada no dia 11 de julho de 2012, na sede do ICMBio em Palmas, e além dos conselheiros que a integram, contará com a apoio técnico e científico de pesquisadores externos com amplo conhecimento no tema.

Segundo a equipe do REVIS, o “Refúgio de Vida Silvestre” é uma categoria complexa de Unidade de Conservação. Ela tem, basicamente, a missão de conciliar a proteção integral do ambiente no interior de propriedades privadas que possuem atividades econômicas diversas – sendo este o grande desafio da gestão do REVIS dos Campos de Palmas.

Veja outras informações no blog do REVIS

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FLONA de Chapecó resgata sua história

Vamos fazer um Fogo de Chão,
com mateada e pinhão…
Pra ouvir dos mais antigos
as histórias da FLONA de Chapecó,
a intenção de seu começo
e desenvolvimento na região
Prá fechar, um carreteiro…
Contamos com sua participação!

O convite acima resume o sentimento do encontro promovido pela gestão da Floresta Nacional (FLONA) de Chapecó, neste dia 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.

O encontro foi realizado na sede desta Unidade de
Conservação (UC), em Guatambu (SC), e teve como objetivo reunir seu conselho consultivo, moradores da comunidade e funcionários mais antigos, proporcionando um momento de integração e aproximação com a história da FLONA, contada por quem ajudou a construí-la.

Entre conversas e contação de histórias, em volta de um Fogo de Chão acompanhado de pinhão e chimarrão, em referência à cultura local e para amenizar o frio, os participantes puderam “viver e reviver” a história da FLONA em seus momentos iniciais, a partir de “causos” contados pelos Srs. Oscar Ribeiro de Melo, José Celias Vaz, e Alcides Machado da Silva, primeiros funcionários da FLONA, e Sr. Onório Heuko e João Chaves que trabalham na área desde a criação da FLONA, em 1968, e tem profundo conhecimento desta.

Dentre as histórias, contaram sobre o período em que parte da mata nativa existente na área foi cortada para dar lugar aos plantios experimentais de pinus, eucalipto e araucária, por motivação governamental em testá-los sob diferentes condições de cultivo, pois na época (década de 1960), quando a área passou pela administração do Instituto Nacional do Pinho (INP) e Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), havia a intenção e preocupação com o abastecimento florestal do país.

Relataram que nesta época, o desenvolvimento e instalação das serrarias na região intensificou significativamente a exploração da madeira disponível na mata nativa, com destaque para o pinheiro brasileiro (araucária), que então poderia ser processada, gerando a necessidade de desenvolver espécies de rápido crescimento, num contexto de crescente demanda por madeira, identificando um vínculo com a questão ambiental para FLONA à época.

Partilharam que a produção desenvolvida na FLONA não foi só dos plantios para produção de madeira, mas também a produção de mudas que abastecia a própria FLONA e o mercado da região, e, em alguns períodos a produção de erva mate.

Os plantios de pinus ainda podem ser vistos na FLONA, como os localizados às margens da rodovia SC 283, em sua entrada principal. É importante, contudo, o entendimento de que a existência dessas espécies exóticas na UC está relacionada ao seu contexto histórico, e que atualmente, a FLONA possui outros objetivos, pautados no uso múltiplo dos recursos florestais, na pesquisa científica, com ênfase em métodos de manejo florestal sustentável, além do fomento à educação ambiental e ao uso público.

Esses relatos em roda de conversas, além de outras entrevistas realizadas no dia, foram registrados e farão parte do vídeo que está sendo produzido para contar um pouco da história desta UC, de suas características gerais e importância para a região. O vídeo está sendo produzido pela Sombrero Filmes, no âmbito do projeto de Gestão Participativa em UCs, conduzido pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), tendo como objetivo a divulgação da FLONA para a sociedade em geral, especialmente aos moradores das comunidades vizinhas, escolas e demais pessoas que possuem relação com a UC.

O encontro promovido entrou para a história da FLONA e certamente para as pessoas que participaram do evento, representando a intenção da gestão desta UC em valorizar a história desta área, das pessoas que fizeram parte de sua história e da disponibilidade em ser parceira dos moradores da região onde se insere.

Para Fabiana Bertoncini, gestora da FLONA de Chapecó, a ideia da realização do evento se fundou na oportunidade imperdível que representa a disposição de servidores que acompanharam a FLONA desde o seu início, para socializar suas experiências e vivências, diante dos mais de 50 anos da UC. O Conselho Gestor da FLONA, na busca do entendimento do legado existente na UC e das perspectivas de sua gestão, demandou este entendimento do histórico.

Destaca ainda que o evento possibilitou de maneira fácil e agradável esta apropriação da história, o entendimento de sua missão/vocação desenvolvida ao longo do tempo, frente a diversos contextos políticos e mesmo históricos. O resgate e a valorização da história oral da FLONA nos dá este sentido de realidade dinâmica, não a partir da renegação do passado, mas de sua incorporação num processo de desenvolvimento contínuo de adaptação e aprimoramento diante das mudanças da sociedade e do ambiente.  Esta história partilhada se constitui em bagagem que não representa um fardo, mas sim experiência que nos habilita ao presente e futuro.   

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Parque Nacional das Araucárias renovará seu conselho

Parque Nacional das Araucárias renovará seu conselho

Parque Nacional das Araucárias renovará seu conselho

O Parque Nacional (PARNA) das Araucárias, situado nos municípios de Passos Maia e Ponte Serrada (SC), é uma Unidade de Conservação (UC) criada através do Decreto Federal de 19 de outubro de 2005, abrangendo uma área aproximada de 12.841 hectares.

Esta UC tem como principal objetivo a preservação de importantes remanescentes de Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucárias) e toda a biodiversidade que nela existe, bem como de seus recursos hídricos, que formam a Bacia Hidrográfica do Rio Chapecó, proporcionando assim, espaço para o desenvolvimento de pesquisas científicas, atividades de educação ambiental, turismo ecológico e o contato direto com a natureza.

O PARNA das Araucárias conta com um conselho consultivo, criado com o objetivo de auxiliá-lo no alcance de seus objetivos. Este conselho é formado por entidades governamentais e da sociedade civil, sendo realizadas três reuniões ordinárias por ano, e extraordinárias sempre que solicitadas, de acordo com seu regimento interno.

Atualmente, encontra-se aberto o processo de renovação do conselho do Parque, no período de 01/05/2012 a 13/07/2012.

Como parte deste processo de renovação, nos dias 09 e 10 de maio de 2012, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promoveram reuniões com as comunidades vizinhas ao Parque Nacional das Araucárias, para falar sobre este processo de renovação do conselho, bem como, socializar informações sobre a gestão do Parque e esclarecer as dúvidas dos proprietários.

Participaram das reuniões proprietários e moradores das comunidades Santo Antonio, Rio do Poço e assentamentos Conquista dos Palmares, Sapateiro, Zumbi dos Palmares e 29 de Junho, de Passos Maia, e comunidade Granja Berté e Linha Caratuva, de Ponte Serrada.

No convite para participar do processo de renovação do conselho, alguns moradores demonstraram interesse em representar as comunidades, assumindo uma importante responsabilidade, de servir de elo de ligação entre a UC e seu grupo ou entidade de representação.

Desta forma, a Apremavi e o ICMBio convidam as instituições já integrantes do conselho a manifestarem continuidade ou desligamento deste espaço, assim como, convidam demais instituições da sociedade civil, representantes comunitários, dos proprietários de imóveis inseridos na UC e entidades governamentais interessadas e que tenham relação com o Parque a se manifestarem formalmente até o dia 13 de julho de 2012, com Ricardo Castelli Vieira (ICMBio), ricardo.vieira@icmbio.gov.br / (48) 3282-9002; ou Marcos Alexandre Danieli (Apremavi), marcos@apremavi.org.br / (49) 8834-8397.

Os representantes das entidades interessadas em integrar o conselho serão convidados a participar da oficina de renovação do conselho, em data e local a serem comunicados, sendo necessário o comprometimento e participação destes nas diversas atividades relacionadas ao conselho e Parque.

Autor: Marcos Alexandre Danieli.
Contribuição: Edilaine Dick e Alanza Mara Zanini.

Conselheiros do PE das Araucárias participam de capacitação

No dia 15 de maio de 2012, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) promoveu Oficina de Capacitação do Conselho Consultivo do Parque Estadual (PE) das Araucárias, na Câmara de Vereadores de São Domingos (SC).

O evento reuniu 31 pessoas, entre eles, conselheiros e gestores do Parque, equipe da Apremavi e outros convidados. A oficina teve como objetivo nivelar o conhecimento dos conselheiros sobre o papel do conselho e do conselheiro na gestão dessa Unidade de Conservação (UC).

Inicialmente, Marcos A. Danieli, Técnico Ambiental da Apremavi, apresentou o contexto do projeto de Gestão Participativa que está sendo conduzido pela Apremavi, falando sobre as atividades que envolveram o PE das Araucárias até o momento, tais como o processo de renovação do conselho consultivo.

Na sequência da manhã, foram esclarecidas dúvidas dos conselheiros sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e o PE das Araucárias. Marcelo Limont, moderador do evento, falou sobre o conceito de UC, Plano de Manejo, Zona de Amortecimento, dentre outros aspectos do SNUC. Em seguida, a chefe do PE das Araucárias, Patrícia M. Soliani, apresentou o contexto do Parque, esclarecendo dúvidas dos conselheiros, relacionadas principalmente ao funcionamento e estrutura da UC. Em seguida foram realizados trabalhos em grupo sobre o conselho gestor e o papel do conselheiro, visando propiciar um momento de reflexão sobre o espaço em que atuam e perceber o que pode ser melhorado no conselho.

À tarde houve a socialização dos trabalhos em grupo e foram apresentadas as principais ferramentas do conselho, como regimento interno, secretaria executiva, plano de manejo, câmaras técnicas, grupos de trabalho, entre outros. Logo depois, a apresentação ficou por conta de Rafael Goidanich Costa e Angelo Milani, envolvidos no grupo de apoio à gestão do PE das Araucárias, o GRIMPEIRO. Rafael falou sobre o processo de criação e formação do grupo, enquanto Angelo, presidente do GRIMPEIRO, apresentou a equipe, missão, objetivos, projetos previstos e atuação desta entidade.  

Segundo a gestora do Parque, Patrícia M. Soliani, a renovação do conselho consultivo do PE das Araucárias fortalece, e muito, a gestão desta UC. A consolidação deste conselho, através da participação das instituições envolvidas, cria condições para a real democratização dos processos decisórios na gestão deste patrimônio natural. Acrescenta ainda, que tudo isto acontece num momento bastante importante para a continuidade das ações de implantação do Parque, renovando também as perspectivas e esperanças de que esta Unidade de Conservação, muito brevemente estará cumprindo com grande parte de seus objetivos de criação.

Fotos de Marcos A. Danieli

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Apremavi promove visita à região do Parque Nacional das Araucárias

No dia 11 de maio de 2011, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) promoveu a visita do conselho consultivo do Parque Estadual (PE) Fritz Plaumann à região do Parque Nacional (PARNA) das Araucárias, situado nos municípios de Passos Maia e Ponte Serrada.

A visita teve como objetivo promover a aproximação entre Unidades de Conservação (UCs), a partir do conhecimento das características gerais do Parque Nacional das Araucárias e sua zona de amortecimento, ação prevista no projeto de Gestão Participativa que está sendo desenvolvido pela Apremavi.

O Parque Nacional das Araucárias foi criado em outubro de 2005 e seu Plano de Manejo e Conselho Consultivo oficializados em 2010. Contudo, o parque ainda não está aberto à visitação, pois ainda não foi realizada a devida indenização da área. A visita em questão, de caráter educacional, foi realizada a partir de contatos aos proprietários de áreas situadas no interior do parque e lideranças locais.

O evento contou com a participação de conselheiros do PE Fritz Plaumann, equipe da Apremavi, representantes do Projeto Filó e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela gestão da UC. Outra convidada inesperada foi a chuva, que acompanhou todo o trajeto e não permitiu a visita ao interior do Parque.

Os visitantes foram recepcionados em Ponte Serrada com um café colonial. Na sequência, Edilaine Dick, da Apremavi, e Antonio de Almeida Correia Jr, do ICMBio, deram as boas vindas e apresentaram os objetivos da visita e o contexto da UC, numa fala enriquecida com o vídeo “O Parque Nacional das Araucárias e a Estação Ecológica Mata Preta”, passado aos participantes contando um pouco da história da UC.

A visita iniciou na comunidade Linha Caratuva, em Ponte Serrada, área que integra a Zona de Amortecimento do Parque. Neste local pode-se ter uma vista do Parque, e discutiu-se principalmente os impactos que os javalis estão causando na área a UC e aos cultivos agrícolas dos moradores das comunidades vizinhas.

Em seguida, o grupo foi recepcionado pelo Sr. Amarildo Zanchett e sua esposa Neuza C. Zanchett, agricultores de Passos Maia que compartilharam suas histórias de vida, relação com a região e sobre a diversidade de produtos de sua propriedade, que abastecem a merenda escolar, moradores da região e a Casa Colonial deste município, a partir da Associação de Agricultores e Produtores Familiares de Passos Maia.

O almoço foi servido pela Associação Amigos do Cavalo, de Passos Maia. O Sr. José Arcari, representando a associação, contou a história de formação da entidade e ressaltou a importância da amizade e companheirismo entre os associados para a garantia de sua existência e continuidade.

À tarde, a visita prosseguiu com a visita ao centro de Passos Maia, especialmente a Praça Municipal e a Igreja São Jorge, toda construída em madeira, finalizando com a visita à Casa Colonial de Passos Maia, que comercializa diversos produtos dos agricultores do município.

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Apremavi promove reuniões comunitárias sobre UCs

Em abril de 2012 várias reuniões comunitárias e eventos com os conselhos de Unidades de Conservação foram promovidos pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação de Meio Ambiente (FATMA). São atividades previstas no projeto de Gestão Participativa conduzido pela Apremavi, bem como, ações demandadas pelos conselheiros nos planos de trabalho construídos durante as oficinas de capacitação dos conselhos envolvidos. Tais atividades fazem parte da etapa de enriquecimento prático do projeto, onde algumas ações previstas nos planos voltados ao fortalecimento dos conselhos serão implementadas com apoio da Apremavi.

As reuniões tiveram por objetivo discutir questões gerais relacionadas à Estação Ecológica da Mata Preta, Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas, Parque Estadual das Araucárias e Parque Estadual Fritz Plaumann. Especialmente, focaram na aproximação das UCs com as comunidades vizinhas, na socialização de informações, no aprofundamento do conhecimento sobre Plano de Manejo e no destaque à importância dos conselhos de UCs.

Estação Ecológica (ESEC) da Mata Preta
No dia 17 de abril, na Câmara de Vereadores de Abelardo Luz, foi realizada Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo da ESEC da Mata Preta, tendo como objetivo a apresentação dos resultados finais do Plano de Ação para Conservação (PCA) da ESEC. O PCA foi elaborado pela Apremavi em parceria com a empresa de consultoria ambiental Cinco Reinos – Pesquisa e Serviços Ambientais, visando indicar as prioridades de conservação, as ameaças e estratégias para a conservação. O documento foi construído em conjunto com diversos atores de Abelardo Luz (SC) e Clevelândia (PR), a partir de reuniões abertas junto às comunidades vizinhas à ESEC e conversas com instituições atuantes na região.

Além da apresentação do PCA da ESEC da Mata Preta ao conselho, foram realizadas reuniões para apresentação dos resultados às comunitárias ouvidas durante a elaboração do documento, localizadas na zona de amortecimento da UC. No dia 23 de abril a reunião foi no Pavilhão da Comunidade Barro Preto, em Abelardo Luz, reunindo 14 participantes, e no dia 24 no Pavilhão da Comunidade Rincão Torcido, em Clevelândia, PR, com a presença de 35 pessoas.

Desta forma, a partir destes eventos, foram socializados os resultados do PCA da ESEC da Mata Preta às pessoas que contribuíram com a elaboração deste documento, as quais podem ser importantes parceiras na implementação das estratégias de conservação elencadas.

Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) dos Campos de Palmas
No dia 19 de abril foram realizadas reuniões comunitárias com o assentamento Colina Verde e Recanto Bonito, situados no município de General Carneiro (PR), próximos do REVIS, reunindo 28 e 42 moradores, respectivamente.

Estas reuniões foram demandadas durante a oficina de capacitação do conselho do REVIS, realizada em dezembro de 2011, com o objetivo de aproximar estes assentamentos da unidade e do conselho, visando o fortalecimento deste espaço.

Foi criado um importante momento de diálogo, socializando informações sobre o REVIS e esclarecendo as dúvidas dos moradores. Ao final das reuniões, os moradores indicaram algumas pessoas para representar os assentamentos no conselho do REVIS, em cadeiras já existentes, as quais participaram da 3º reunião ordinária deste conselho, realizada no dia 24 de abril, em Palmas (PR).

Nesta reunião foram atendidas outras demandas das oficinas de capacitação, pautadas no nivelamento de informações sobre o REVIS (importância e legislação associada) e construção da missão do conselho, sobre a coordenação do ICMBio e Apremavi, representada por Edilaine Dick.

Parque Estadual das Araucárias
O conselho consultivo do PE das Araucárias foi renovado em março de 2012.  Como encaminhamento desta reunião foram demandadas reuniões com outras comunidades próximas da UC, visando abranger as diferentes representações comunitárias da região e qualificar a estrutura do conselho.

Desta forma, no dia 25 de abril foi realizada reunião na comunidade Nova Limeira, em São Domingos (SC) e na Comunidade Linha Divino, em Galvão (SC), reunindo 12 e 15 moradores, respectivamente. As reuniões propiciaram a aproximação dos moradores com a gestão do Parque, onde puderam ser esclarecidas dúvidas em relação a esta área. Ao final da reunião fez-se o convite às duas comunidades para participarem do conselho, o qual foi aceito, e seguiu-se com a indicação das pessoas que vão representar tais comunidades no conselho.

Com o conselho renovado, será realizada a oficina de capacitação do conselho consultivo do PE das Araucárias, onde serão aprofundados temas gerais relacionados ao papel do conselho e do conselheiro na gestão da UC, enquanto espaço de diálogo e formação continuada.

Parque Estadual Fritz Plaumann
No dia 26 de abril a Apremavi promoveu oficina com o conselho consultivo do PE Fritz Plaumann, na sede desta UC em Concórdia. Esta oficina foi demandada em dezembro de 2011, durante a capacitação do conselho do PE Fritz Plaumann, e teve como objetivo principal nivelar conceitualmente o que é um Plano de Manejo (PM) e demonstrar as possibilidades de envolvimento do conselho no processo de revisão do PM do PE Fritz Plaumann.

Marcos Alexandre Danieli, da Apremavi, apresentou o que é um plano de manejo, qual o papel do conselho em sua elaboração e implementação, mencionando também como foi o a elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional das Araucárias, processo conduzido pela Apremavi.

Na sequência, Eduardo Hermes Silva, da Caipora – Cooperativa para Conservação da Natureza, apresentou informações sobre o projeto aprovado junto ao Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO, que focará na revisão do Plano de Manejo do PE Fritz Plaumann e no fortalecimento de seus mecanismos de gestão.

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Apremavi realiza curso de Educação Ambiental em Chapecó

Nos dias 03 e 04 de abril de 2012, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), através do projeto “Integração e Capacitação de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de Unidades de Conservação (UCs) Federais e Estaduais – Oeste de Santa Catarina e Centro Sul do Paraná”, promoveu um Curso de Educação Ambiental, com a condução de Deusdedet Alle Son (Detinha), especialista em Gestão e Educação Ambiental. Detinha desenvolve projetos de Educação Ambiental junto ao Instituto de Pesquisas da Mata Atlântica (Ipema), ONG sediada em Vitória (ES).

O curso foi realizado na Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó, e teve como objetivo capacitar os educadores com atuação nas escolas da região das UCs envolvidas no projeto, em temas e práticas relacionados à questão ambiental, visando ampliar suas capacidades e habilidades e instrumentalizá-los para suas práticas profissionais e pessoais.

Estiveram presentes 55 pessoas, entre educadores de 10 municípios da região Oeste de SC e Centro Sul do PR, equipe do projeto, gestores das UCs envolvidas no projeto e outros convidados.

A programação do encontro foi pensada com base nas respostas dos educadores à seguinte pergunta orientadora: “Qual minha necessidade enquanto educador para trabalhar a educação ambiental no ambiente formal e não formal?”

No primeiro dia foram distribuídos aos educadores kits e materiais para subsidiar ações de educação ambiental. Detinha trabalhou os marcos históricos e teóricos da Educação Ambiental e Edilaine Dick, técnica da Apremavi, falou sobre os principais conceitos e objetivos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), especialmente sobre as características das UCs e dos conselhos gestores.

Patrícia Maria Soliani, da Fundação do Meio Ambiente de SC (FATMA), falou dos projetos e de como esta instituição vem trabalhando com a Educação Ambiental no Estado. Também foi realizada uma atividade para conhecer a percepção dos educadores sobre as UCs da região em que atuam, através de trabalhos em grupo. Logo em seguida, os gestores apresentaram o contexto de cada UC, como forma de aproximá-las das escolas da região e pensar em possibilidades de atuação conjunta.

Na manhã do segundo dia foi realizada uma trilha com os participantes na Floresta Nacional (FLONA) de Chapecó, orientada pelos gestores da UC, Fabiana Bertoncini e Juares Andreiv, e pelo Técnico Ambiental Onório Heuko. Na oportunidade, Fabiana apresentou o contexto geral e principais características da FLONA. No período da tarde, as educadoras Maritânia Rodi Schimitt (Escola Estadual de Ensino Fundamental Francisco Bagatini) e Alexandra Dallagnol (Escola de Educação Básica José Pierezan), de Concórdia (SC), apresentaram relatos de experiências de projetos de educação ambiental desenvolvidos nas escolas em que atuam, sendo respectivamente: Projeto Guias Mirins (parceria da escola com a Equipe Co-Gestora do Parque Estadual Fritz Plaumann – Ecopef) e Projeto Implantação do Bosque Vida Verde.

A atividade final envolveu trabalhos em grupo para a construção de um plano de ação entre os educadores e gestores de cada UC, sendo planejadas ações de Educação Ambiental que serão realizadas de forma conjunta.

Fotos: Marcos Alexandre Danieli.

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Conselho do Parque Estadual das Araucárias é renovado

No dia 28 de março de 2012, através do projeto “Integração e Capacitação de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de Unidades de Conservação (UCs) Federais e Estaduais”, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) realizaram a oficina para renovação do conselho consultivo desta Unidade de Conservação (UC).

A oficina foi realizada na Câmara de Vereadores de São Domingos e contou com a presença de representantes de entidades governamentais e da sociedade civil, interessados em contribuir com a gestão do PE das Araucárias através da participação no conselho consultivo.

A metodologia para renovação deste conselho foi construída em conjunto entre Apremavi, FATMA e GRIMPEIRO (OSCIP local), os quais foram responsáveis pela execução das atividades propostas, como visitas e reuniões de mobilização, até a efetiva oficina de renovação. Este processo também foi divulgado em mídias gerais, como jornais de circulação local e regional, rádios e sites da Apremavi e FATMA.

A oficina de renovação foi conduzida pelos técnicos da Apremavi Edilaine Dick e Marcos Alexandre Danieli, contando com o apoio da gestora do Parque, Patricia Maria Soliani e do geógrafo da FATMA, João Luiz Godinho. Inicialmente, cada participante se apresentou e destacou a contribuição de sua representação para a gestão do Parque. Na sequência, Patrícia contextualizou o Parque e o conselho, ressaltando a importância do trabalho conjunto para a consolidação do PE das Araucárias.

Em seguida, o Sr. Angelo Milani apresentou o “GRIMPEIRO”, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) criada com o objetivo de auxiliar a gestão da UC, realizando ações de educação ambiental, apoio a pesquisa científica, integração da comunidade local com a UC, entre outras ações, por meio da gestão compartilhada com a FATMA.

Marcos Alexandre Danieli abordou sobre o conselho consultivo e o papel do conselheiro, destacando os princípios e orientações previstos na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e os direitos e deveres dos conselheiros. Destacou que o conselho é composto por diversas representações, e que cabe a este grupo o acompanhamento e monitoramento das diversas atividades que são realizadas na UC, para sua boa implementação.

Em plenária, definiu-se a nova estrutura do conselho, que não sofreu muitas alterações em relação à composição anterior, formado por 17 instituições, sendo que a maioria destas reafirmou o compromisso de conselheiro do PE das Araucárias. Outros contatos serão feitos com cooperativas locais e comunidades vizinhas do Parque, citados em plenária enquanto representações importantes para serem integradas ao conselho.

Após atendimento aos encaminhamentos gerais demandados, a Apremavi reunirá esse novo conselho para a uma oficina de capacitação em gestão participativa, que será realizada no dia 15 de maio de 2012.

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Parque Estadual das Araucárias vai renovar seu conselho

O Parque Estadual (PE) das Araucárias é uma Unidade de Conservação (UC) estadual criada pelo Decreto nº 293 de 30 de maio de 2003 e localiza-se nos municípios de São Domingos e Galvão (SC), abrangendo uma área de 625,11 hectares.  

Tem como objetivo conservar uma amostra de Floresta com Araucárias, bem como, promover atividades de educação ambiental com a comunidade do entorno, pesquisas científicas e extensão e contribuir para a proteção dos recursos hídricos da bacia do Rio Jacutinga. O parque também objetiva contribuir para o desenvolvimento do potencial turístico da região, apesar de oficialmente ainda não estar aberto para visitação.

O conselho consultivo do PE Araucárias foi formado em 2008, sendo composto por diversas instituições governamentais e da sociedade civil com atuação na região do Parque. O conselho é principalmente um espaço de participação da sociedade na gestão da UC, tendo como objetivo principal auxiliar o Parque no cumprimento de seus objetivos de criação.

Atualmente, encontra-se aberto o processo de renovação do conselho do Parque, no período de 01/03/2012 a 20/03/2012.  Dessa maneira, convidamos as instituições já integrantes do conselho a manifestar continuidade ou desligamento deste espaço, assim como, convidamos demais instituições da sociedade civil, representantes comunitários, dos proprietários de imóveis inseridos na UC e governamentais interessadas e que tenham relação com o Parque a se manifestarem formalmente até o dia 20 de março de 2012, entrando em contato diretamente com a representante da FATMA e chefe do PE Araucárias, Patrícia Maria Soliani, através do telefone (48) 3216-1755 ou e-mail: patricia@fatma.sc.gov.br ou Marcos Alexandre Danieli (Apremavi) marcos@apremavi.org.br (49) 8834-8397.

Ressaltamos que as entidades interessadas em integrar o conselho deverão indicar dois representantes, sendo necessário o comprometimento e participação destes nas diversas atividades relacionadas ao conselho e Parque, bem como, da oficina de renovação do conselho, a ser realizada no dia 28 de março de 2012, em local a ser informado.

Esse processo de renovação do conselho está sendo conduzido pela Fundação do Meio Ambiente de SC (FATMA) em parceria com a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), por meio do projeto “Integração de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de UCs ”, que tem como objetivo principal o fortalecimento dos conselhos consultivos envolvidos.

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Pesquisas aumentam conhecimento sobre o PARNA das Araucárias

De 06 a 10 de fevereiro de 2012, pesquisadores da Unochapecó e analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estiveram no Parque Nacional das Araucárias para mais uma etapa de pesquisas.

Dentre as pesquisas, destaca-se o inédito inventário da comunidade de peixes dos corpos d’água do PARNA e o estudo de composição, abundância e diversidade de macroinvertebrados aquáticos, com ênfase em odonatofauna, as conhecidas libélulas, conduzidos, respectivamente, pelos mestrandos Jerri Andre Berto e Bruna Laís Turra, ambos orientados da Profª Dra. Gilza Maria de Souza Franco, do programa de Mestrado em Ciências Ambientais da Unochapecó.

Segundo Jerri Andre Berto, as pesquisas com peixes são importantes, pois poucos são os estudos para a região, onde em grande parte, o conhecimento se deve a inventários superficiais realizado por empreendimentos hidrelétricos. Conhecer a diversidade de peixes, sua distribuição e sua abundância é importante, pois se podem sugerir ações para preservação e recuperação da fauna íctica.

De acordo com Bruna Laís Turra, pesquisas com macroinvertebrados aquáticos são de extrema importância por serem bioindicadores de qualidade ambiental, ou seja, através deles podemos avaliar a saúde biológica dos corpos d’água. Concomitante às análises biológicas, estão sendo medidas as variáveis físicas e químicas, assim será possível um levantamento detalhado da situação dos ambientes aquáticos do Parque. Devido à carência de estudo no local, esperam-se ótimas contribuições quanto ao conhecimento de diversidade da Odonatofauna (libélulas) e demais macroinvertebrados aquáticos, tanto para o Parque, como para Santa Catarina.

Além destas, destacam-se as pesquisas realizadas durante o projeto de elaboração do Plano de Manejo do PARNA das Araucárias, realizado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) no período de julho de 2007 a março de 2010, com apoio do Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA Mata Atlântica. O plano de manejo do Parque foi aprovado em outubro de 2010, sendo uma importante ferramenta de planejamento da Unidade de Conservação (UC), pois traz, inclusive, uma lista de pesquisas prioritárias para o Parque.

Durante a elaboração do plano de manejo foram estudados diversos grupos da fauna e flora (invertebrados aquáticos, anfíbios, aves e mamíferos), contexto socioeconômico da região e potencial turístico, além de informações sobre clima, geologia, geomorfologia, solos e hidrografia.  Estes estudos permitiram verificar a importância do Parque para a conservação da biodiversidade, e da necessidade de novos estudos que aprofundem o conhecimento desta área e auxiliem no planejamento e implementação de estratégias de conservação. Acesse aqui os relatórios destas pesquisas

Em continuidade às prioridades apontadas pelos estudos do plano de manejo, outras pesquisas estão em andamento, como o projeto de reintrodução do papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea). Este papagaio não possui registros recentes no Parque, e está ameaçado de extinção.

Segundo Adrian Eisen Rupp, biólogo responsável pelo levantamento de aves para o plano de manejo, a ausência desta espécie no PARNA é atribuída aos impactos causados pela atividade humana, relacionados principalmente à caça, captura, coleta desordenada de pinhões e desmatamentos, fatores que comprometem a viabilidade da manutenção de sua população.

O projeto de reintrodução iniciado em 2010 na R3 Animal, é executado pelo Espaço Silvestre- Instituto Carijós desde 2011 em parceria com ICMBio, IBAMA, Policia Militar Ambiental de Santa Catarina, UFSC e Fundação O Boticário

Destaca-se também a pesquisa relacionada aos javalis (Sus scrofa), que objetiva fornecer subsídios para o manejo destas populações em Santa Catarina, e outra relacionada à identificação de espécies exóticas aquáticas presentes no PARNA.

Segundo Juliano Rodrigues Oliveira, analista ambiental do ICMBio e chefe do PARNA das Araucárias, a expectativa é que mais pesquisas sejam realizadas na área, pois é por meio delas que se aprofundará o conhecimento que se tem desta UC, de sua biodiversidade, da sua importância no contexto da conservação da biodiversidade, de seus potenciais e de estratégias que podem ser implementadas para possibilitar sua conservação a longo prazo.

Contato para interessados em fazer pesquisas no PARNA das Araucárias, através do e-mail juliano.oliveira@icmbio.gov.br, ou pelo fone (46) 3262-5099, em Palmas (PR).

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Projeto de Gestão Participativa completa um ano

Em fevereiro de 2011 iniciaram as atividades do projeto “Integração e Capacitação de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de Unidades de Conservação (UCs) Federais e Estaduais – Oeste de SC e Centro Sul do PR”, coordenado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), com apoio do Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA Mata Atlântica.

O projeto abrange 04 UCs federais e 02 estaduais, localizadas próximas geograficamente: Floresta Nacional de Chapecó, situada nos municípios de Chapecó e Guatambu (SC), Estação Ecológica Mata Preta em Abelardo Luz (SC), Parque Nacional das Araucárias em Passos Maia e Ponte Serrada (SC), Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas localizado em Palmas e General Carneiro (PR), Parque Estadual das Araucárias em Galvão e São Domingos (SC) e Parque Estadual Fritz Plaumann, Concórdia (SC).

Como forma de incrementar e potencializar a gestão participativa nestas UCs, o projeto tem como público alvo, os gestores das UCs, os integrantes dos conselhos consultivos e pessoas das comunidades localizadas na zona de amortecimento, além de professores com atuação nesta área.

Em março e maio de 2011 foram realizadas, respectivamente, a oficina de integração entre UCs e a oficina de trabalho da equipe do projeto e gestores das UCs. Nos meses posteriores, foram desenvolvidas oficinas de capacitação com cada conselho consultivo das UCs envolvidas no projeto, as quais foram divididas em três etapas: Modulo I, Modulo II e Enriquecimento Prático. No total, participaram das oficinas 286 pessoas, entre conselheiros, gestores, equipe do projeto e convidados.

Nos dois primeiros módulos de capacitação, participaram os representantes do conselho consultivo de cada UC, considerando titulares e suplentes. Destaca-se que os temas trabalhados nas oficinas foram demandados pelos conselheiros e gestores das UCs, a partir de seus anseios e necessidades de aprofundar o conhecimento sobre determinada área e mediante análise da situação atual do conselho. As principais temáticas sugeridas para as oficinas estiveram voltadas, principalmente, ao funcionamento do conselho gestor, papel do conselheiro e ferramentas de um conselho; histórico e aspectos gerais da UC; legislação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC); plano de manejo; e experiências de sucesso em zonas de amortecimento e conselhos de UCs.

A análise das demandas revelou que as principais dificuldades dos conselhos envolvem a participação, sendo esta relacionada à pouca motivação das instituições em participar das atividades do conselho; seguida de comunicação e informação, principalmente, pela falta de integração e comunicação entre os conselheiros e destes com pessoas externas ao conselho. Destacam-se ainda, dificuldades na representatividade dos conselheiros, em relação a sua atuação de elo entre o conselho e os membros de sua instituição ou grupo de interesse; e institucionalização, envolvendo dificuldades do conselho, como por exemplo, de conciliar as atividades profissionais com a função de conselheiro, e dos órgãos gestores das UCs (quadro funcional reduzido, entraves burocráticos e dificuldades financeiras).

A partir dos módulos realizados, os conselheiros construíram planos de trabalho e/ou ação, destinados ao fortalecimento dos conselhos, com previsão de implementação ainda no primeiro semestre de 2012, com auxílio e acompanhamento do projeto. Dentre as ações demandadas, a Apremavi vai contribuir, especialmente, na produção de materiais informativos, realização de visitas de integração entre UCs, organização de reuniões comunitárias para a aproximação com a UC, dentre outras ações. 

Em julho de 2012 será realizado um seminário para a socialização e avaliação das atividades realizadas, em que serão convidados os conselheiros e gestores das 06 UCs, além de parceiros do projeto, professores e acadêmicos interessados.

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Capacitação em gestão participativa em UCs Federais

No mês de novembro de 2011, importantes eventos de capacitação em gestão participativa de Unidades de Conservação (UCs) foram promovidos pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), destacando-se as oficinas de capacitação dos conselhos consultivos da Estação Ecológica Mata Preta, Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas e Floresta Nacional de Chapecó, que reuniram, respectivamente, 24, 28 e 30 participantes, entre conselheiros, gestores das UCs, equipe do projeto e convidados. A moderação das oficinas foi realizada por Marcelo Limont.

Estação Ecológica (ESEC) Mata Preta

A oficina da ESEC ocorreu em dois momentos, sendo o Módulo I e o Módulo II no dias 07 e 23 de novembro de 2011, respectivamente. Ambos os eventos tiveram como objetivo principal o nivelamento do conhecimento dos conselheiros sobre participação e a ação dos conselheiros e do conselho consultivo, por meio de palestras expositivas dialogadas e trabalhos em grupos.

Outros temas também foram trabalhados, focados no Sistema Nacional de Unidades de Conservação, histórico e contexto da ESEC, na abordagem de Fábio Moreira Corrêa, chefe da UC, ferramentas de gestão participativa e experiências de outros conselhos como momento para reflexão.

Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) dos Campos de Palmas

Realizada nos dias 09 e 10 de novembro, o Módulo I da oficina do conselho do REVIS teve como objetivo entender o papel do conselho e conselheiro na gestão da UC. Inicialmente, Rodrigo Filipak Torres, ex-gestor desta UC, apresentou o contexto de criação do REVIS e do conselho, tendo em seguida, a abordagem de Márcia Casarin Strapazzon, sobre a situação atual desta Unidade.

Posteriormente, em grupos, foi discutido o papel do conselho e do conselheiro na gestão da UC, com a socialização das informações em plenária pelos conselheiros.

O segundo dia esteve voltado à exposição dialogada sobre as ferramentas do conselho e às apresentações sobre o plano de manejo (PM), em relação aos conceitos envolvidos, na fala de Marcelo Limont, experiência da elaboração do plano de manejo do Parque Nacional das Araucárias, na abordagem de Marcos Alexandre Danieli, e situação atual do processo de elaboração do PM do REVIS, em apresentação realizada por Márcia Casarin Strapazzon. Tais apresentações visaram subsidiar a discussão sobre as formas de envolvimento do conselho na elaboração deste importante instrumento de planejamento.

Floresta Nacional (FLONA) de Chapecó

Em continuidade a primeira capacitação realizada na FLONA de Chapecó, o segundo momento (Módulo II) teve como objetivo a elaboração de um plano de trabalho visando fortalecer o conselho desta UC. Neste sentido, inicialmente os conselheiros identificaram as dificuldades que o conselho enfrenta, seguido de sua tematização e priorização. Para auxiliar no levantamento das ações necessárias para o fortalecimento do conselho, foram apresentados os resultados da aplicação da ferramenta “Mapeamento de Mudanças na Gestão Participativa”,  adequada ao contexto do projeto e preenchida pelos conselheiros no Módulo I, realizado anteriormente.

Após a definição das metas do trabalho, foi realizado o planejamento pelos conselheiros, com a descrição das atividades que devem ser realizadas para fortalecer o conselho da FLONA. Em seguida, tais informações foram apresentadas em plenária.

Posteriormente, este plano de trabalho será refinado, dando continuidade à fase de enriquecimento prático, onde as atividades planejadas devem ser implementadas pelos conselheiros, com o acompanhamento e auxílio da equipe do projeto da Apremavi.

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