Pagamento por serviços ambientais beneficia agricultores em SC

Pagamento por serviços ambientais beneficia agricultores em SC

Pagamento por serviços ambientais beneficia agricultores em SC

21 agricultores familiares dos municípios de Irineópolis, Matos Costa, Novo Horizonte, Porto União e São Domingos, já começaram a receber os benefícos por Pagamento de Serviços Ambientais (PSA), por preservarem áreas nativas em suas propriedades. As ações fazem parte da parceria entre a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Fundação de Meio Ambiente (Fatma), assinada em 2015.

As atividades estão sendo desenvolvidas no âmbito do Projeto Corredores Ecológicos, implementado pela Fatma, em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), dentro do programa SC Rural.

A Apremavi auxilia a identificar e mapear propriedades aptas a receber o benefício previsto pelo programa.

Além dos 21 agricultores ja beneficiados, mais 109 propriedades rurais foram identificadas pela equipe da Apremavi como potenciais para receber por PSA. O trabalho é feito em parceria com os extencionistas municipais da Epagri e parceiros locais, como a Cooptrasc e ICMBio.

Propriedade visitada em Galvão. Foto: Marluci Pozzan

O senhor Valdomiro Kalichak, agricultor familiar de Porto União, destaca: “Com este programa além de estarmos preservando os remanescentes florestais da nossa propriedade, tivemos uma recompensa financeira. Sentimo-nos orgulhosos de ter preservado e certamente é um bom exemplo que deixamos para nossos filhos”.

Ana Maria Lessenko Kalichak complementa: “fomos atendidos por excelentes profissionais que nos deram toda a atenção necessária esclarecendo todas e quaisquer dúvidas. Achamos tudo ótimo.”

Luis Kostulski, agricultor de Irineópolis, cometou que quando tiveram conhecimento desta ação através da Epagri, não tiveram dúvidas, aceitaram participar: “Para nós pequenos agricultores foi muito incentivador e bem idealista. O recurso veio em boa hora e foi bem aproveitado. A reserva de mata nativa que foi contratada é muito importante não só para os animais, mas para nós e demais vizinhos aqui da comunidade, afinal de contas a nascente presente naquela área abastece os moradores das redondezas” destaca o agricultor.

Desde 2015, quando firmado o contrato de parceria entre Apremavi e FATMA, o papel da Apremavi vem sendo identificar propriedades e analisar os aspectos qualitativos e quantitativos de propriedades rurais com aptidão para participação no programa, ou seja, observar a qualidade do serviço ambiental, conservação da área natural e uso agropecuário, e gestão da propriedade. As áreas naturais visitadas e contratadas pelo projeto comprovam a preocupação das pessoas com a manutenção e conservação das florestas e dos recursos naturais.

Sobre Serviços Ambientais e PSA

Serviços ambientais são aqueles prestados pela natureza, trazendo uma série de benefícios às pessoas e sustentando a vida no planeta. Quando as pessoas ajudam a natureza a manter esses serviços, elas podem se beneficiar do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).

Existem várias modalidades de pagamento por serviços ambientais, entre eles, os relacionados ao sequestro de carbono, à proteção da água e também da biodibersidade. Em Santa Catarina, um dos programas existentes é o que remunera proprietários pela manutenção de florestas nativas.

PSA em Santa Catarina conta com o apoio da Apremavi

PSA em Santa Catarina conta com o apoio da Apremavi

PSA em Santa Catarina conta com o apoio da Apremavi

O bem-estar da sociedade depende dos serviços ambientais, os quais são prestados pela natureza continuamente e incluem a regulação do clima, manutenção do ciclo hidrológico, produção de oxigênio, manutenção dos processos ecológicos, prevenção da erosão do solo, polinização, entre outros. Atualmente, o pagamento por serviços ambientais (PSA) vêm se tornando um importante instrumento para que os remanescentes florestais sejam preservados.

Em Santa Catarina, desde 2014 agricultores familiares catarinenses começaram a receber por suas áreas preservadas por meio do Projeto Corredores Ecológicos, implementado pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), no âmbito do programa SC Rural. O projeto conta ainda com o apoio técnico da Secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) e Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que fornece a metodologia de valoração ambiental e monitoramento do projeto Oasis.

Os Corredores Ecológicos Chapecó e Timbó somam juntos cerca de 10% de todo o território catarinense e envolvem 34 municípios, sendo 23 municípios no Corredor Chapecó e 11 no Corredor Timbó.

Em cada um dos corredores, as equipes de campo (consultoras da Fatma e extensionistas da Epagri) vêm identificando propriedades que possuam potencial para acessar o recurso.

Área identificada no Corredor Ecológico Chapecó. Foto: Marcos A. Danieli

A partir de setembro de 2015 firmou-se uma parceria entre Fatma e a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), para que a equipe de campo do projeto fosse ampliada e mais famílias possam ser beneficiadas. E a Apremavi desde então se comprometeu a atender 160 agricultores familiares localizados nos municípios abrangidos pelo corredor.

A instituição iniciou seus trabalhos com reuniões de mobilização e apresentação do projeto em Lebon Régis, Timbó Grande, Irienópolis, Passos Maia, Abelardo Luz e Água Doce.

Atualmente os esforços têm sido concentrados em visitar e mapear propriedades identificadas nas reuniões com potencial para acessar o recurso. A partir dos dados colhidos nesta fase, serão encaminhados os processos para aprovação e posterior pagamento.

 

Apremavi comemora a Semana do Meio Ambiente!

Dia 05 de junho é dia de comemorar uma data muito importante: O Dia do Meio Ambiente! Infelizmente chegamos mais uma vez nesta data com o Planeta inquieto e se manifestando através de mudanças climáticas, enchentes, vendavais, deslizamentos… Este é o preço que pagamos por não cuidarmos do Meio Ambiente ou não refletirmos sobre a importância da água, das florestas e da conservação na nossa vida.

Para marcar esta data, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) realiza uma série de atividades em comemoração a Semana do Meio Ambiente. São ações de educação ambiental que ocorrem em municípios da região do Alto Vale do Itajaí e do Oeste de Santa Catarina.

Abrindo as atividades, no último fim de semana de maio, houve um grande mutirão de plantios de árvores na comunidade de Alto Ribeirão Pacas, município de Aurora. Ao todo foram, cinco famílias envolvidas e plantadas 2.500 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica. Esses plantios fazem parte de um projeto do vereador Alexandre Jensen, que visa a recuperação das nascentes e matas ciliares da comunidade. A mudas usadas nos plantios foram doadas pela Apremavi, com o apoio da Pinheiro Neto – Advogados Associados de São Paulo e da Bravo Consultoria Ambiental, também de São Paulo.

Já a equipe do Projeto Araucária trabalha nesta data desde o primeiro dia do mês de junho com palestras na escola E.E.F. Professor Paul Richard Eltermann em Dona Emma. Ainda na região, no dia 02 de junho, alunos da E.M.E.F. Ribeirão Matilde passarão o dia no Parque Natural Municipal Mata Atlântica, em Atalanta, onde serão realizadas atividades de educação ambiental e palestras durante todo o dia.

As atividades não param! No dia 03 pela manhã os alunos da E.M.E.F. Vila Gropp farão um pedágio ecológico com distribuição de panfletos e mudas nativas no centro de Atalanta, visando a conscientização da população no tema “lixo eletrônico” e no período da tarde, alunos da E.M.E.F. Ribeirão Matilde farão um plantio de recuperação de mata ciliar na propriedade de Veroni Cascais.

Além de todas estas mobilizações, a Apremavi doará mudas para Secretaria de Meio Ambiente de Braço do Trombudo que serão distribuídas no Seminário de Agricultores do município.

Na região Oeste (onde há trabalhos do Projeto Araucária em sete municípios), as atividades já iniciaram no final do mês de maio com palestras em escolas, ministradas pela própria equipe do projeto. No dia 03 de junho os alunos das seguintes instituições: Escola Estadual Básica Dom Vital, Escola Municipal Urbana Antonio Paglia e Escola Educação Básica Belermino Victor Dalla Vecchia, em parceria com os Protetores Ambientais de Ponte Serrada, realizarão um plantio em uma Área de Preservação Permanente (APP) que fica próxima ao rio que abastece o município. A Epagri local também colabora com este plantio, além da Prefeitura Municipal.

No dia 02, será realizado um plantio de mudas na Floresta Nacional de Chapecó. Também foram doadas mudas para a Escola Veronica Sehnem de Galvão, Escola Agrotécnica Irineu Bornhausen de Abelardo Luz e a Escola de Ensino Fundamental Agilberto Zandavalli de Guatambu. Essas escolas distribuirão as mudas aos alunos, que realizarão o plantio de embelezamento na escola. Nas atividades serão distribuídas as cartilhas e o jogo da memória do Projeto Araucária.

O Projeto Araucária é uma iniciativa da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), patrocinado pela Petrobras, Governo Federal, por meio do programa Petrobras Socioambiental.

Nós da Apremavi, apesar da preocupação com o futuro do nosso planeta e com a degradação que a natureza é submetida atualmente, comemoramos o Dia do Meio Ambiente, pois depositamos em atividades de educação ambiental, como as que são desenvolvidas, a esperança de uma geração mais consciente com o nosso grande lar.

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Apremavi apresenta projeto em Congresso sobre PSA

­­De 26 a 29 de novembro de 2012, aconteceu em São Paulo (SP) o IV Congresso Internacional de Pagamento por Serviços Ambientais – Avaliação de Impacto e Monitoramento Socioeconômico Ambiental, com o foco em resultados diretos e indiretos nos incentivos aos serviços ambientais. O congresso foi uma realização da RediPasa, Vitae Civilies, TNC, Florest Trends e Governo do Estado de SP.

Com a participação de mais de 300 pessoas de 12 países, o congresso contou com uma intensa agenda de palestras, que trouxeram aos participantes modelos de PSA implantados pelo mundo e pelo Brasil. Contou com a presença de Oscar Sanchez da FONAFIFO, Costa Rica, que falou sobre o tema “A evolução do modelo de arranjo institucional" no programa de PSA na Costa Rica, um dos primeiros programas de PSA no mundo. O evento também abordou temas como: mecanismo de financiamento, metodologias de PSA, monitoramento e aspectos legais.

A organização do congresso também oportunizou aos participantes, saídas de campo para conhecerem duas iniciativas de PSA, uma delas, o projeto Conservador das Águas, em Extrema (MG), que é originário de Lei Municipal onde regulamenta o Pagamento pelo serviço ambiental e o Projeto Oásis em São Paulo executado pela Fundação Boticário desde 2006, com o pagamento  de serviço ambiental a proprietários rurais com área natural conservada.

Paralelamente ao congresso aconteceu à primeira assembléia da comunidade de Aprendizagem em PSA, que contou com a presença de 80 participantes. Nessa assembléia foi apresentada à comunidade de aprendizagem, sua estrutura administrativa e os próximos passos da comunidade. A comunidade de PSA tem o objetivo de aproximar e provocar a troca de experiências entre pessoas e projetos de PSA pelo Brasil e também no mundo.

A Apremavi participou do congresso expondo em forma de pôster o seu projeto de PSA com o tema “Alto Vale do Itajaí – um mecanismo inédito baseado na parceria público-privado para a sustentabilidade”. O pôster foi apresentado por Edinho Pedro Schaffer, um dos técnicos do projeto. Mais de 20 projetos apresentaram seus trabalhos em diferentes temas ligados ao PSA.

Restauração de matas ciliares é tema da Bacia do Rio das Antas

De 23 a 25 de outubro, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) realizou palestras no I Seminário de Sustentabilidade Ambiental, ocorrido itinerariamente nos municípios de Dionísio Cerqueira, Itapiranga e Maravilha, no extremo Oeste Catarinense. O seminário contou com a participação de aproximadamente 250 pessoas. Leandro da Rosa Casanova, Engenheiro Florestal da Apremavi, falou sobre "Experiências em recuperação de Matas Ciliares", com base nos trabalhos realizados pela associação nos últimos 25 anos. Outro tema do seminário foi "Pagamento por Serviços Ambientais", que faz parte do Programa Produtor de Água do Rio Vermelho, ministrado pelo biólogo de São Bento do Sul (SC), Marcelo Hübel.

A iniciativa do evento foi do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio das Antas e Bacias Contíguas e teve como objetivo apresentar informações, instrumentos, estratégias e metodologias para efetuar a conservação e restauração das matas ciliares e áreas sensíveis, para promover qualidade, quantidade e regulação do fluxo de água no âmbito dessas bacias. Tudo isso para estimular os atores das bacias (poder público, sociedade civil e usuários de água) a criar mecanismos de incentivo financeiro aos proprietários rurais que aderirem ao Pagamento por Serviços Ambientais – PSA, a fim de proteger os mananciais e adequar as propriedades rurais à legislação ambiental.

O seminário teve como público alvo, técnicos e representantes de prefeituras municipais e associações de municípios, técnicos e acadêmicos da área ambiental, representantes de sindicatos dos trabalhadores, produtores rurais da região, outros representantes da sociedade e usuários de água.

Fotos: Leandro Casanova e Marcelo Hübel

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