Observatório do Clima completa 14 anos

Observatório do Clima completa 14 anos

Observatório do Clima completa hoje 14 anos! Mas a ideia surgiu um pouco antes: o primeiro esboço da rede foi feito em dois guardanapos de papel, em uma conversa informal na praia. Conheça a história da qual a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) tem orgulho em participar.Temos um desafio enorme pela frente.

A ideia de formar uma coalizão de organizações da sociedade civil brasileira para discutir mudanças climáticas surgiu em 2001 em Salinópolis, no litoral do Pará, durante um jantar. Era um intervalo de uma reunião anual da Usaid (agência de cooperação do governo americano) e quatro ambientalistas que participavam do encontro aproveitaram a noite livre para dar uma escapada até um bar na beira da praia e – acredite – falar de trabalho.

Miguel Calmon (The Nature Conservacy), Mario Monzoni (Amigos da Terra Amazônia Brasileira), Paulo Moutinho (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e Fernando Veiga (ProNatura) se encontraram para continuar uma conversa que começara naquela manhã no aeroporto de Belém, sobre o rumo que o debate em torno de florestas e clima estava tomando no Brasil. Havia uma insatisfação grande entre várias organizações quanto à forma como a questão do desmatamento era tratada pelo governo no contexto do Protocolo de Kyoto, o primeiro acordo do clima, assinado em 1997.

Hoje é óbvio para todo mundo que o desmatamento tem um peso enorme nas emissões mundiais e que ele precisa ser contido, com algum tipo de compensação para os países tropicais que reduzirem suas taxas de perda de florestas. O mecanismo REDD+ foi criado para isso, e foi o primeiro componente do novo acordo do clima a ter sua negociação concluída.

No começo do século não era bem assim: o único lugar onde florestas poderiam entrar no Protocolo de Kyoto era o chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, pelo qual emissões evitadas em países em desenvolvimento poderiam gerar créditos de carbono para países desenvolvidos. Algumas pessoas defendiam que o desmatamento evitado e a recuperação de florestas nativas nos países tropicais entrassem no MDL e pudessem gerar créditos, como meio de dar valor à floresta em pé. O governo brasileiro não queria nem ouvir falar nisso, alegando questões de soberania nacional – 70% das nossas emissões vinham do desmatamento da Amazônia. E várias ONGs, representadas no Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais, o FBOMS, também eram contra, porque não queriam que a conservação aqui servisse de desculpa para os países ricos não cortarem emissões lá.

“Era um debate muito hostil”, recorda-se Monzoni, hoje diretor do GVCES (Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas), em São Paulo.

No ano anterior, na Conferência do Clima de Haia, na Holanda, algumas organizações tentaram fazer um acordo entre ONGs para pressionar os governos pela inclusão das florestas no MDL, mas não deu certo. “Havia ONG roubando material de ONG sobre o assunto e jogando no lixo”, conta Calmon.

Era preciso tentar construir um consenso sobre o assunto de baixo para cima. E o melhor lugar a começar era o país com o maior ativo de florestas tropicais do planeta, o Brasil. Sem espaço para isso dentro do governo e no FBOMS, seria preciso criar um novo fórum. Naquela noite, em Salinópolis, surgiram as primeiras ideias sobre como esse fórum deveria ser constituído e quem deveria ser chamado para constituí-lo. “O primeiro esboço do Observatório do Clima foi desenhado ali, em dois guardanapos de papel”, relembra Calmon.

Várias trocas de e-mail depois, uma reunião inicial foi convocada e realizada num hotel na Rua Teixeira da Silva, em São Paulo. Compareceram representantes de 33 organizações, uma presença significativa, que dava uma ideia da demanda pelo debate sobre clima e florestas no país.

Em 22 e 23 de março de 2002, uma reunião numa sala de aula da Fundação Getúlio Vargas com 26 organizações*, o OC foi oficialmente fundado, com o lançamento de sua carta de princípios no dia 23, que marca o lançamento da rede. Quatro grupos de trabalho foram criados: mudanças climáticas, mudanças do uso do solo (que inclui florestas e biodiversidade), desenvolvimento sustentável e informação e comunicação.

“Entre as tarefas principais estava capacitar as pessoas das ONGs sobre clima. Queríamos contaminar as grandes redes com essas informações”, conta André Ferretti, da Fundação Grupo Boticário, que participou do encontro de fundação.

Entre 2002 e 2005, período anterior à implementação e entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, o OC viveu sua estruturação, com muita euforia em torno do debate sobre projetos florestais. O conceito de “desmatamento evitado” passou a dar lugar ao de “incentivos positivos”, ou seja, em vez de gerar crédito por deixar a floresta em pé, o país seria compensado pela taxa de desmatamento que ele comprovadamente reduzisse em relação ao passado. Um serviço voluntário de cobertura alternativa das COPs foi iniciado pelos membros.

Foi também nesse período que o sistema de funcionamento da rede foi estabelecido: a coordenação seria colegiada, com seis organizações representando biomas e áreas de conhecimento diferentes. Uma assembleia geral ocorreria uma vez por ano. E a rede não teria personalidade jurídica. “Definiu-se que o OC não teria institucionalidade, para não perder a característica de movimento, nem entrar na disputa por recursos com as organizações”, diz Rachel Biderman, do WRI Brasil, primeira secretária-executiva do Observatório.

Após 2005, com a entrada em vigor de Kyoto (sem florestas no MDL), o OC entra num período de funcionamento regular, com reuniões anuais e os quatro grupos de trabalho conduzindo as atividades. “Incluía-se aí discussões sobre a política nacional de clima o MDL, os mecanismos de verificação, inventários de emissões, comunicação e educação”, diz Rachel Biderman. O OC ficou hospedado no GVCES, com a secretária-executiva mapeando novos possíveis membros e o jornalista Ricardo Barretto cuidando da comunicação, inclusive a cobertura das COPs, que tornou-se mais sistemática

A partir de 2007, um grupo dentro do OC começou a discutir aquilo que seria uma das principais contribuições da rede: um conjunto de diretrizes para a formulação de políticas públicas de clima no Brasil. O país começava a sinalizar uma mudança de posição no debate sobre clima e florestas, calcado na redução da taxa de desmatamento na Amazônia. Um Plano Nacional sobre Mudança do Clima começava a ser discutido, e foi finalmente apresentado em 2008. Projetos de lei de uma política de clima começavam a pipocar no Congresso. Em 2009, o OC produziu um documento com um conjunto de propostas. Algumas delas foram incorporadas à Lei 12.187/2009, que define a Política Nacional sobre Mudança do Clima. “Foi uma das maiores vitórias do OC”, lembra Rachel Biderman.

O processo de confecção do documento durou quase um ano, com consultas públicas no Rio, em São Paulo, em Brasília e em Curitiba, com participação de diversos especialistas. A Frente Parlamentar Ambientalista viabilizou um encontro com deputados que, ao tomarem conhecimento do “PL alternativo das ONGs”, quiseram incorporar grande parte dele à lei federal então em discussão. No mesmo ano, na COP15, em Copenhague, o Observatório levou suas propostas aos três principais candidatos à Presidência da República (Dilma Rousseff, Marina Silva e José Serra). De 2009 a 2012, a atuação do Observatório do Clima esteve focada em políticas públicas, com brigas compradas com o governo especialmente no Código Florestal e o acompanhamento da implementação da política nacional de clima e das metas de Copenhague.

Em 2013 o OC entrou numa nova fase: a de geração de dados. Em março, uma estimativa anual de emissões feita pela primeira vez por Tasso Azevedo no ano anterior foi incorporada ao Observatório: estava criado o SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa), a primeira iniciativa não-governamental no mundo de cálculo anual de emissões em todos os setores da economia. O SEEG tornou-se um instrumento fundamental de transparência do cumprimento da lei da política nacional de clima e uma forma mais dinâmica de monitorar as mudanças no perfil da economia do país – os inventários nacionais saem apenas de cinco em cinco anos, e têm atraso de dez anos em suas contas.

Em setembro de 2013, o OC criou a figura do secretário-executivo com dedicação exclusiva. Carlos Rittl, um ecólogo com doutorado no Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), foi escolhido para a função. Em 2014 a rede participou da COP20, em Lima, cobrando mais ambição do governo brasileiro e levando a metodologia do SEEG.

O secretariado fixo e o SEEG ajudaram a trazer recursos regulares para a rede, por meio de fundações como a Oak, a Avina, a Larci (hoje Instituto Clima e Sociedade) e a Clua (Climate and Land Use Alliance). A Fundação Grupo Boticário, a SOS Mata Atlântica, o Ipam, a TNC, o Ipsus, a Conservação Internacional, o ISA, o WWF e o GVCES estão entre as organizações que também têm aportado recursos à rede ao longo de sua história.

Em 2015, o OC criou um departamento de comunicação também com dedicação exclusiva. O SEEG foi expandido para o Peru e ganhou dois subprodutos: o Monitor Elétrico, que permite acompanhar diariamente as emissões do setor, e o MapBiomas, uma plataforma digital de monitoramento de mudanças de uso da terra que permitirá, pela primeira vez, acompanhar todos os anos o desmatamento em todos os biomas do país. A atuação política da rede foi marcada pela elaboração de uma proposta de INDC (Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida), que estabeleceu uma barra mínima para a ambição da proposta oficial do país e foi determinante para que o governo apresentasse uma INDC com metas absolutas para toda a economia.

“Montar uma rede dessas é fácil, difícil é mantê-las funcionando”, diz Paulo Moutinho, do Ipam. “O OC é um dos poucos grupos na sociedade civil brasileira que têm representatividade, pluralidade e longevidade na discussão de mudanças climáticas.”

* Veja a lista de organizações originalmente integrantes do OC e seus representantes:

Aliança para a Conservação da Mata Atlântica    Maria Cecília Wey de Brito
Amigos da Terra – Amazônia Brasileira    Mario Monzoni e Gladis Ribeiro
APREMAVI    Wigold Bertoldo Schäffer
Associação de Proteção a Ecossistemas Costeiros (APREC)    Sérgio de Mattos Fonseca
Comissão Pastoral da Terra, Amazonas – CPT-AM    Adenilza Mesquita
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB    Genival de Oliveira dos Santos
Grupo de Trabalho Amazônico – GTA    José Adilson Vieira de Jesus
Associação Civil Greenpeace – GREENPEACE    Marijane Lisboa
Instituto Centro de Vida – ICV    Carlos Teodoro José Irigaray
Instituto de Estudos Sócio-Ambientais do Sul da Bahia – IESB    Carlos Alberto Mesquita
Instituto Ecológica    Divaldo Rezende
Instituto Internacional de Educação do Brasil – IIEB    Maria José Gontijo
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia- IMAZON    Paulo Amaral
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM    Paulo Moutinho, Márcio Santilli e Luciano Mattos
Instituto de Pesquisas Ecológicas – IPÊ    Eduardo H. Ditt
Instituto Ecoar para Cidadania – ECOAR    Miriam Dualibi
Instituto Pró-Natura – IPN    Fernando Veiga
Instituto Pró-Sustentabilidade – IPSUS    Rachel Biderman Furriela e Laura Valente de Macedo
Instituto Socioambiental – ISA    Adriana Ramos
Núcleo Amigos da Terra – Brasil    Kathia Vasconcellos Monteiro
Sociedade Brasileira de Direito Internacional do Meio Ambiente – SBDIMA    Lucila Fernandes Lima
Sociedade Nordestina de Ecologia – SNE    Tânia M. B. Ramos dos Santos
SOS AMAZÔNIA    Miguel Scarcello
Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS    Alexandra Andrade e  André Ferretti
TNC do Brasil    Miguel Calmon e Joe Keenan
WWF – Brasil    Analuce Freitas

Coalizão é contra prorrogação para inscrição no CAR

Coalizão é contra prorrogação para inscrição no CAR

Coalizão é contra prorrogação para inscrição no CAR

Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura, movimento multissetorial formado por mais de 120 instituições, organizações da sociedade civil e empresas de diferentes setores da sociedade brasileira, é contra a prorrogação do prazo para inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), que se encerra em 5 de maio próximo, pelos motivos abaixo listados. Assim sendo, o movimento também espera que posicionamento equivalente seja adotado por parte dos poderes Executivo e Legislativo brasileiros.

Considerando que o Cadastro Ambiental Rural (CAR):
  • já havia alcançado, até o final de fevereiro, 67,6% do total de área cadastrável no país, segundo o Sicar, cerca de 269 milhões de hectares, tornando-se deste modo cada vez mais uma realidade;
  • terá um avanço considerável nos próximos meses em função da aproximação da data limite, como ocorrido pouco antes de maio de 2015 — então prazo final, anterior à prorrogação realizada no ano passado;
  • é o primeiro passo do processo de regularização ambiental dos imóveis rurais, que poderá conduzir a uma melhoria significativa da governança relacionada ao uso do solo e à conservação da biodiversidade;
  • representa importante ferramenta para modernizar o setor rural brasileiro, além de potencialmente impulsionar e consolidar o valor da propriedade rural e dos negócios nela conduzidos, como, por exemplo, o de restauração e reflorestamento;
  • ajudará proprietários de terra e posseiros a manter sua capacidade de acesso ao crédito agrícola, contratação de seguro agrícola e isenção de ITR, bem como permitirá a continuidade de suas relações com o mercado com base na legalidade;
  • auxiliará os proprietários de terra e posseiros a proteger os recursos naturais, a exemplo de água, biodiversidade e estoques de carbono;
  • tem o potencial de integrar informações ambientais, gerando uma base de dados para municípios, estados e União atuar no controle, monitoramento, identificação e reversão de passivos ambientais;
  • poderá beneficiar o produtor que cumprir o prazo atual com a suspensão de multas e sanções por desmatamentos ocorridos até julho de 2008;
  • não impede cadastramento posterior ao encerramento do prazo legal, muito embora sujeite o produtor à perda de alternativas para se regularizar (como o cômputo de APPs para a área de Reserva Legal e a compensação de Reserva Legal),além de possíveis multas.
Tendo em vista também que nova prorrogação para a submissão do CAR:
  • representaria grave desrespeito aos produtores que realizaram o cadastro no prazo, vislumbrando as vantagens da regularização – e que neste cenário ficarão sem diferenciação de quem descumprir a legislação florestal, sendo que cabe o reconhecimento aos que seguiram a determinação legal, por meio de benefícios em projetos ou instrumentos financeiros;
  • poderia implicar estagnação de novos cadastramentos e possível paralisação na regulamentação dos Programas de Regularização Ambiental estaduais (PRA), bem como prejudicaria a regulamentação de mecanismos essenciais à implantação da lei, como a Cota de Reserva Ambiental (CRA), e incentivos financeiros para aqueles que cumpriram tempestivamente a determinação legal;
  • postergaria processos de restauração e compensação ambiental, que contribuem com a redução dos custos de adequação aos produtores rurais e trazem benefícios ao meio ambiente;
  • contribuiria para a perda de credibilidade do novo Código Florestal, que corre risco de não mais se sustentar, dando margem para todo tipo de questionamento jurídico e para o retorno a um quadro de insegurança jurídica e instabilidade nas negociações da produção brasileira no mercado internacional, além de um atraso na recuperação de passivos ambientais;
  • afrontaria toda sociedade brasileira, que vem acompanhando e aguarda os resultados positivos dessa nova legislação;
  • não resolveria deficiências enfrentadas por uma importante parcela dos produtores que ainda não submeteu seu CAR por falta de assistência técnica da parte de órgãos governamentais, conforme previsto no decreto de regulamentação do cadastro;
  • comprometeria a imagem do setor perante investidores e resultaria em atrasos na implementação de compromissos firmados por empresas compradoras de produtos agropecuários brasileiros para a promoção de cadeias de valor livres de desmatamento ilegal, abalando a imagem e reputação do país e resultando em impactos comerciais relevantes;
  • influiria de maneira negativa no cumprimento de acordos internacionais, em particular das metas brasileiras para redução de emissão de gases de efeito estufa
Sobre a Coalizão Brasil

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento multissetorial que se formou como o objetivo de propor ações e influenciar políticas públicas que levem ao desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, com a criação de empregos de qualidade, o estímulo à inovação, à competitividade global do Brasil e a geração e distribuição de riqueza a toda a sociedade. Mais de 120 empresas, associações empresariais, centros de pesquisa e organizações da sociedade civil já aderiram à Coalizão Brasil – coalizaobr.com.br.

CONTATOS PARA A IMPRENSA – P&B COMUNICAÇÃO
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Matas Legais tem resultados impressionantes no Paraná

Matas Legais tem resultados impressionantes no Paraná

Matas Legais tem resultados impressionantes no Paraná

O Programa Matas Legais, uma parceria entre a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Klabin, tem obtido resultados muito animadores no Paraná, região onde está atuando desde 2008.

O programa teve início em 2005 em Santa Catarina e em 2008 foi implantado no Paraná, atendendo três municípios do norte pioneiro: Curiúva, Sapopema e São Jerônimo da Serra. Sete anos se passaram desde sua implementação, e atualmente temos atividades em 30 municípios: Arapoti, Bandeirantes, Candido de Abreu, Congonhinhas, Conselheiro Mairinck, Curiúva, Figueira, Ibaiti, Imbaú, Jaboti, Jaguariaíva, Londrina, Mauá da Serra, Nova Santa Barbara, Ortigueira, Pinhalão, Piraí do Sul, Reserva, Santana do Itararé, Santo Antônio da Platina, Sapopema, Siqueira Campos, Tamarana, Telêmaco Borba, Tibagi, Tomazina, Uraí, Ventania e Wenceslau Braz, estando localizados nas regiões: Norte Pioneiro, Centro Oriental e Norte Central do Paraná.

O objetivo do programa é desenvolver ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal, que ajudam a recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e a aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

Atualmente o Matas Legais PR conta com a participação de 599 propriedades, distribuídas em quatro bacias hidrográficas: Bacia do Rio Tibagi, Ivaí, Cinzas e Itararé. Já restaurou mais de 1.500 hectares entre áreas de preservação permanente e reservas legais, destes hectares, 294 foram restaurados através do plantio de mudas nativas da Mata Atlântica, o restante está em regeneração natural. O trabalho envolveu a conservação de quase 7 mil hectares de  vegetação nativa em diversos estágios de regeneração.

O Programa tem se mostrado uma importante ferramenta para planejamento de propriedades e paisagens, levando em consideração a restauração de áreas degradadas, tornando-se referência para região e também para diversas instituições de outros setores.

Fórum Florestal PR e SC discute planejamento de propriedades e paisagens

Fórum Florestal PR e SC discute planejamento de propriedades e paisagens

Fórum Florestal PR e SC discute planejamento de propriedades e paisagens

Nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2016, o Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina se reuniu para sua XXIII reunião, na sede da Klabin, no município de Telêmaco Borba (PR). Participaram da reunião 22 representantes de organizações ambientalistas e empresas do setor de base florestal.

Foram dois dias de troca de experiências sobre o planejamento de propriedades e paisagens sustentáveis, incluindo visita técnica em uma propriedade modelo, que alia produção e conservação.

Miriam Prochnow, secretária executiva do Diálogo Florestal Nacional e conselheira da Apremavi, abordou planejamento de propriedades e paisagens sustentáveis, especialmente sobre a importância de unir recuperação, produção e conservação em um cenário de mudanças climáticas.

Durante a realização do Fórum, Miriam lançou o  volume 7, da série Cadernos do Diálogo, publicação que conta a experiência do Fórum Florestal do Sul e Extremo Sul da Bahia e também do Fórum Nacional e outros Fóruns Regionais.

Nos relatos de experiência sobre trabalhos voltados ao planejamento da propriedade rural, restauração de áreas e certificação, Ivone Namikawa, coordenadora de Sustentabilidade Florestal da Klabin, trouxe o histórico e a importância do processo de certificação do Grupo de Produtores Florestais do Médio Rio Tibagi.

Maurício Reis, coordenador do Programa Matas Legais no Paraná (parceria Apremavi e Klabin), apresentou as oportunidades e resultados do trabalho desenvolvido no período de 2008 a 2016, que já envolveu mais de 350 propriedades em ações de preservação e recuperação de remanescentes florestais nativos.

Sabrina de Freitas Bicca, coordenadora do Projeto Planejando Propriedades Sustentáveis, juntamente com Emílio André Ribas, da Apremavi e Paulo Santana, da TNC, apresentaram este projeto, que tem como objetivo a melhoria das condições econômicas, sociais e ambientais das pequenas e médias propriedades rurais nos municípios de Ortigueira, Imbaú e Telêmaco Borba.

Marcos Alexandre Danieli, secretário executivo do Fórum, apresentou um balanço das atividades realizadas no período de 2014 a 2015. Em grupos, também foram discutidas as prioridades de atuação do Fórum, um trabalho que segue em andamento.

Conhecendo o sistema silvipastoril durante a visita técnica. Foto: Marcos Alexandre Danieli.

No segundo dia de reuniões, o destaque foi a visita técnica realizada a uma propriedade do município de Reserva(PR), guiada por Vinicius Oliveira e Victor Fagundes/2Tree Consultoria, Maurício Reis/Apremavi, Ivone Namikawa/Klabin e o proprietário, Sr. Júlio Pisani F. A propriedade desenvolve um modelo silvipastoril (eucalipto consorciado com ovinos) e possui certificação FSC (Forest Stewardship Council), selo que reconhece a produção responsável de produtos florestais. Ela também integra o Programa Matas Legais e já foi beneficiada com o plantio de 20.660 mudas nativas durante as ações de restauração.

No local os participantes do Fórum tiveram a oportunidade de ver na prática os temas apresentados no primeiro dia. Somado à troca de experiências dos dois dias de reunião, saem do evento com o importante papel de levar a experiência às suas empresas e instituições, sabendo que a demanda por projetos que aliem conservação e produção dentro de uma visão de planejamento de propriedades e paisagens sustentáveis é crescente e estratégica dentro dos objetivos do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina.

As reuniões do Fórum acontecem em importantes momentos para a troca de experiências entre os participantes, de maneira que experiências bem sucedidas possam servir de exemplos e replicadas para o setor florestal e organizações ambientalistas.

Para mais informações, entre em contato com a secretaria executiva: Marcos A. Danieli – marcos@apremavi.org.br.

Globo Repórter realça belezas naturais do Vale do Itajaí

Globo Repórter realça belezas naturais do Vale do Itajaí

Globo Repórter realça belezas naturais do Vale do Itajaí

Programa Globo Repórter que foi ao ar na última sexta-feira, 19/02/2016, mostrou belezas naturais, culinárias, atividades turísticas e ações de proteção e recuperação do meio ambiente que são realizadas no chamado “Vale Europeu”, em Santa Catarina.

A reportagem destacou positivamente a região, o que ajuda a alavancar o turismo gastronômico, turismo de aventura com caminhadas em trilhas, visitas a cachoeiras e prática de rappel, o cicloturismo e o turismo ambiental, especialmente ao Centro Ambiental Jardim das Florestas da Apremavi, em Atalanta. Serviu também para aumentar a consciência ambiental dos brasileiros que o assistiram.

Repórter Ricardo Von Dorff realizando turismo ambiental no Viveiro de Mudas Jardim das Florestas. Foto: Daiana Tânia Barth

Um dos blocos mostrou o trabalho do Projeto Bugio, localizado em Indaial, que, além de proteger os animais na floresta ao lado da cidade, resgata bugios maltratados ou machucados e realiza estudos sobre a conservação da espécie. Destacou também a importância da recuperação e conservação da Mata Atlântica para essa espécie símbolo, considerada um “anjo da guarda” para os seres humanos.

Em Atalanta, mostrou um pouco do trabalho de plantio de árvores realizado pela Apremavi, que zela pela recuperação das matas com diversos projetos espalhados por Santa Catarina.
Com imagens do Viveiro de Mudas Jardim das Florestas, o programa faz um resumo da historia do viveiro, que começou com apenas 18 mudinhas e muita força de vontade dos então jovens fundadores, preocupados em fazer algo para frear o desmatamento da Mata Atlântica.

Equipes da Apremavi e do Globo Repóter, em frente ao Centro Ambiental Jardim das Florestas. Foto: Arquivo Apremavi

Hoje com mais de 8 milhões de mudas produzidas e milhares de plantadores de árvores como parceiros, a Apremavi contribui com a restauração de áreas de matas ciliares em parceria com pequenos agricultores, como o agricultor Antônio Pesenti, participante do Projeto Araucária, que já plantou mais de 1.000 mudas em sua área.

Segundo Antônio “nós temos que fazer a nossa parte. Ter consciência de que nós na natureza somos uma espécie, entre milhões que existem… Temos que cuidar!”.

O programa termina com Miriam Prochnow, Conselheira da Apremavi, dizendo que “milhares de pessoas hoje, fazem parte dessa equipe, desse time de plantadores de árvores e plantadores de florestas. E são pessoas alegres, porque isso alimenta, não só a natureza, alimenta a alma.”

Diálogo Florestal Internacional define agenda para 2016

Diálogo Florestal Internacional define agenda para 2016

Diálogo Florestal Internacional define agenda para 2016

De 01 a 04 de fevereiro de 2016  aconteceu, em New Haven (EUA), a reunião do Conselho de Coordenação do Diálogo Florestal Internacional (The Forests Dialogue – TFD). Paralelamente ocorreram vários eventos organizados pelos estudantes do curso de Engenharia Florestal e Estudos de Meio Ambiente, da Universidade de Yale. O conselho do TFD normalmente se reúne duas vezes por ano, sendo que uma das reuniões acontece em New Haven exatamente para propiciar esse intercâmbio com os estudantes de Yale.

Na reunião foi definida a agenda para 2016, que terá como prioridades as seguintes iniciativas: Diálogo do Uso do Sol (Land Use Dialogue – LUD), As Florestas Plantadas na Paisagem (Planted Trees in the Landscape – TPL), Entendendo o Desmatamento Zero (Understanding Deforestation Free – UDF) e Energia Sustentável da Biomassa (Sustainable Biomass for Energy – SBE). Cada iniciativa dessas deverá realizar reuniões em diversos países para o melhor entendimento sobre cada tema, juntamente com os desafios e oportunidades que cada um apresenta.

Miriam Prochnow, secretária executiva do Diálogo Florestal Brasileiro e representante da Apremavi no conselho do TFD, explica que o Diálogo do Uso do Solo será muito importante, uma vez que a Apremavi deverá executar um projeto vinculado à essa iniciativa, na região do Alto Vale do Itajaí. O projeto ainda está em negociação, mas o início de sua execução está previsto para os meses de março ou abril e contará com a parceria do Diálogo Florestal Brasileiro.

Café da manhã sobre possibilidades profissionais no setor ambiental e florestal. Foto: Arquivo Apremavi

Além de participar da reunião do Conselho do TFD, Miriam participou também de outros eventos apresentando a experiência da Apremavi e do Diálogo Florestal Brasileiro, bem como sua trajetória pessoal. Também foi debatedora no Painel sobre Biomassa, um primeiro debate sobre esse assunto, dentro das atividades do TFD. A questão da energia produzida através da biomassa estará em evidência e deverá ser aprofundada nos próximos anos, pela necessidade de implantarmos no mundo uma matriz livre de combustíveis fósseis.

A Apremavi mantém também uma parceria com Yale para um programa de estágio, recebendo estudantes para os chamados estágios de verão (período de inverno aqui no Brasil). Em 2015 Marco Pau, estudante de MBA de Yale, passou 2 meses em Atalanta, acompanhando os trabalhos da associação. Para o ano de 2016 já existem alguns estudantes interessados.

Apremavi conquista 23ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia

Apremavi conquista 23ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia

Apremavi conquista 23ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) acaba de conquistar, na categoria Educação Ambiental, o Prêmio Expressão de Ecologia, reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente como a maior premiação ambiental do Sul do Brasil.

É a 6ª vez que a Apremavi conquista o prêmio, e nessa edição, com o Projeto Araucária, realizado no período de agosto de 2013 a dezembro de 2015.

A premiação contou com a participação de 129 relevantes projetos ambientais em 2015 e já contabiliza, em mais de duas décadas, 2.408 cases inscritos das principais empresas, ONGs, prefeituras e entidades do Sul do Brasil.

O projeto teve como objetivo a conservação e recuperação de remanescentes florestais e espécies-chave do Bioma Mata Atlântica, por meio da implantação de sistemas agroflorestais, recuperação de áreas degradadas e enriquecimento de florestas secundárias, promovendo o uso sustentável dos recursos naturais.

Também objetivou promover a educação ambiental por meio de atividades de comunicação, capacitação, socialização e troca de experiências entre os diversos atores sociais envolvidos. O trabalho foi realizado em 13 municípios de Santa Catarina, sendo seis situados na região do Alto Vale do Itajaí: Atalanta, Vitor Meireles, Dona Emma, Braço do Trombudo, Santa Terezinha e Salete; e sete na região Oeste: Chapecó, Guatambu, Galvão, São Domingos, Abelardo Luz, Passos Maia e Ponte Serrada.

Curso de educação ambiental realizado em Chapecó. Foto: Arquivo Apremavi

Principais resultados do projeto

  • Envolvimento direto de 2.300 pessoas durante a realização do projeto, a partir da realização de reuniões de sensibilização e mobilização, seminários regionais, cursos de capacitação, palestras e visitas de intercâmbio.
  • Planejamento ambiental de 270 propriedades rurais.
  • Produção e distribuição/plantio de 320.000 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica.
  • Construção de 02 viveiros florestais.
  • 228 hectares de áreas localizadas em propriedades rurais recuperadas e/ou conservadas.
  • 29 hectares de áreas degradadas localizadas em unidades de conservação recuperadas.
  • Realização de palestras e atividades de educação ambiental em escolas dos municípios envolvidos.
  • Elaboração de materiais de educação e comunicação: Cartilha e vídeo “Projeto Araucária conservação e recuperação a Mata Atlântica”. Jogo da memória “Biodiversidade na Mata Atlântica”.

O Projeto Araucária foi uma iniciativa Apremavi, patrocinado pela Petrobras, Governo Federal, por meio do programa Petrobras Socioambiental.

A trajetória da Apremavi no Prêmio Expressão iniciou em 1998, com a premiação do Projeto Agroecoeducação, em seguida foram contemplados os projetos: Conservando a Mata Atlântica através do Enriquecimento de Florestas Secundárias (2002), Planejando Propriedades e Paisagens (2007),  Programa Matas Legais (2008) e Integração e Capacitação de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de Unidades de Conservação em 2013.

Para Miriam Prochnow, conselheira da Apremavi, a conquista de mais esse prêmio traz uma grande satisfação e o reconhecimento do empenho e seriedade do trabalho de toda equipe da instituição: “o Projeto Araucária é um marco na história da Apremavi e é resultado de um trabalho amplo de parceria”.

Conheça aqui os vencedores 23ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia.

Para saber mais sobre o projeto acesse: Projeto Araucária.

Assistia abaixo o vídeo do Projeto Araucária!

PSA em Santa Catarina conta com o apoio da Apremavi

PSA em Santa Catarina conta com o apoio da Apremavi

PSA em Santa Catarina conta com o apoio da Apremavi

O bem-estar da sociedade depende dos serviços ambientais, os quais são prestados pela natureza continuamente e incluem a regulação do clima, manutenção do ciclo hidrológico, produção de oxigênio, manutenção dos processos ecológicos, prevenção da erosão do solo, polinização, entre outros. Atualmente, o pagamento por serviços ambientais (PSA) vêm se tornando um importante instrumento para que os remanescentes florestais sejam preservados.

Em Santa Catarina, desde 2014 agricultores familiares catarinenses começaram a receber por suas áreas preservadas por meio do Projeto Corredores Ecológicos, implementado pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), no âmbito do programa SC Rural. O projeto conta ainda com o apoio técnico da Secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) e Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que fornece a metodologia de valoração ambiental e monitoramento do projeto Oasis.

Os Corredores Ecológicos Chapecó e Timbó somam juntos cerca de 10% de todo o território catarinense e envolvem 34 municípios, sendo 23 municípios no Corredor Chapecó e 11 no Corredor Timbó.

Em cada um dos corredores, as equipes de campo (consultoras da Fatma e extensionistas da Epagri) vêm identificando propriedades que possuam potencial para acessar o recurso.

Área identificada no Corredor Ecológico Chapecó. Foto: Marcos A. Danieli

A partir de setembro de 2015 firmou-se uma parceria entre Fatma e a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), para que a equipe de campo do projeto fosse ampliada e mais famílias possam ser beneficiadas. E a Apremavi desde então se comprometeu a atender 160 agricultores familiares localizados nos municípios abrangidos pelo corredor.

A instituição iniciou seus trabalhos com reuniões de mobilização e apresentação do projeto em Lebon Régis, Timbó Grande, Irienópolis, Passos Maia, Abelardo Luz e Água Doce.

Atualmente os esforços têm sido concentrados em visitar e mapear propriedades identificadas nas reuniões com potencial para acessar o recurso. A partir dos dados colhidos nesta fase, serão encaminhados os processos para aprovação e posterior pagamento.

 

Projeto Planejando Propriedades Sustentáveis inaugura Espaço do Produtor

Projeto Planejando Propriedades Sustentáveis inaugura Espaço do Produtor

Projeto Planejando Propriedades Sustentáveis inaugura Espaço do Produtor

No dia 28 de janeiro de 2016 foi inaugurado o Espaço do Produtor no município de Imbaú, como parte das ações do projeto “Planejando Propriedades Sustentáveis”, uma iniciativa da parceria entre a Klabin, Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), The Nature Conservancy (TNC), Sebrae e apoio das Prefeitura Municipais de Imbaú, Ortigueira e Telêmaco Borba, no Paraná. Este projeto integra o Plano de Ação Socioambiental do Projeto Puma, empreendimento da Klabin que contempla a nova fábrica em Ortigueira.

O objetivo principal do projeto é o fortalecimento econômico, ambiental e social de pequenas e médias propriedades rurais de Ortigueira, Imbaú e Telêmaco Borba. O programa auxilia o produtor na adequação ambiental, legal e paisagística da propriedade, no planejamento e diversificação da produção, fortalecendo iniciativas de associação e cooperativismo, e facilitando o acesso às novas oportunidades de mercado e de desenvolvimento regional. Assim, o Espaço do Produtor inaugurado representa um importante local para receber e orientar os pequenos e médios produtores da região.

Apresentação da equipe aos produtores. Foto: Weliton de Oliveira Machado

Uilson Paiva, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da Klabin, comenta que as demandas locais dos pequenos e médios produtores rurais motivaram a realização do projeto Planejamento de Propriedades Sustentáveis. “Junto com todos os parceiros, o projeto tem um olhar especial sobre a propriedade”, frisa Paiva, que indica a oportunidade que o projeto trouxe para a adequação ambiental das propriedades envolvidas, auxílio à diversificação, assistência técnica, análise de mercado e escoamento da produção. “Esse é o grande mérito do projeto, pois ele amarra tudo isso e faz um trabalho completo”, conclui.

Sabrina de Freitas Bicca, coordenadora do projeto, falou sobre os objetivos, metas, público envolvido e as ações realizadas e previstas. Sobre o Espaço do Produtor, sediado na Secretaria de Agricultura de Imbaú (PR), ressaltou a importância deste local para a troca de experiência entre os parceiros e para a geração de conhecimento, em um legado que será fundamental para a continuidade dos trabalhos na região. “O projeto vem para dentro de uma prefeitura justamente porque nós queremos deixar um legado por onde passarmos, porque a ideia é seguir adiante, em outras comunidades e quem sabe em outros municípios”, destaca.

“Para a Apremavi, é uma satisfação muito grande participar da inauguração do Espaço do Produtor”, disse Edegold Schaffer, presidente desta instituição. Ele mencionou que o projeto vem de encontro aos produtores rurais para fazer a adequação e planejamento ambiental e paisagístico da propriedade, além da parte social e econômica. Edegold falou também sobre o histórico do Programa Matas Legais, desenvolvido no Paraná e Santa Catarina há mais de 10 anos, fruto da parceria da Apremavi com a Klabin. “Certamente o Projeto Planejamento Propriedades Sustentáveis, assim como o Programa Matas Legais, também será uma referência para outras instituições e também para o Brasil”, concluiu.

Ao final do evento, foi servido um café colonial, produzido pelo Grupo de Mulheres do Assentamento Guanabara, que também participa do projeto. Foto: Arquivo Apremavi

Para Paulo Santana, da TNC, “não se chega ao passo da comercialização sem um planejamento prévio”. Para isso, está sendo construído o Portal Ambiental Municipal online, para gerenciamento das propriedades rurais, como base para o planejamento das propriedades e apoio à produção. Ele complementa que a ferramenta terá imagens de alta resolução e também será importante para a adequação das propriedades, como por exemplo, para a realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR), demanda do novo código florestal. “Será uma ferramenta essencial para o uso do projeto e da prefeitura, pois ficará como herança para o município”, concluiu.

Rosana de Oliveira Silva, gestora de projetos do Sebrae, destaca o papel desta instituição na orientação, assistência técnica, busca de mercado e capacitação, buscando o empreendedorismo das propriedades envolvidas no projeto. “A gente acredita que só através de inciativas como esta e da união de entidades como estas é que a gente consegue promover o desenvolvimento local e fomentar o empreendedorismo”, ressaltou.

Fauna amazônica presta serviço de 5 trilhões de dólares

Fauna amazônica presta serviço de 5 trilhões de dólares

Enquanto Dilma Rousseff e Nelson Barbosa se estapeiam com o Congresso por alguns bilhões de reais de CPMF, um serviço cujo valor é estimado em pelo menos US$ 5 trilhões, quase três vezes o PIB do Brasil, vai sendo literalmente abatido a tiros no norte do país: trata-se do valor do carbono mantido na Amazônia por grandes animais, como o macaco-aranha e a anta, mortos por caçadores.

A estimativa acaba de ser publicada por um grupo de cientistas do Brasil, dos EUA e do Reino Unido, liderados por um amazônida: o paraense Carlos Peres, professor da Universidade de East Anglia, na Inglaterra.

Esses animais de grande porte, afirma o grupo, guardam a chave para a fixação de parte expressiva do carbono da floresta amazônica – que, por sua vez, estoca sozinha metade do carbono das florestas tropicais do planeta. Eles são os responsáveis por dispersar as sementes das árvores de madeira de lei, que têm o maior teor de carbono.

A caça de antas, macacos-aranha e macacos-barrigudos, cuja carne é apreciada nas zonas rurais da Amazônia, pode levar a perdas de 2,5% a 5,8% da biomassa da floresta, em média, chegando a quase 38% em alguns locais onde esses bichos foram extintos pelos caçadores. Extrapolando esse valor para toda a área da Amazônia, e considerando um valor da tonelada de carbono de modestos US$ 5 no mercado internacional de emissões, Peres e colegas estimaram que esses bichões prestam um serviço de US$ 5 trilhões a US$ 13 trilhões inteiramente de graça, apenas comendo frutos dessas árvores e defecando suas sementes.

Ao fazer isso, ajudam novas árvores de madeira densa a se espalhar pela floresta, retirando carbono do ar por fotossíntese e estocando-o em caule e galhos à medida que crescem.

A conta foi publicada nesta segunda-feira no periódico PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Antes que o Ministério da Fazenda resolva bolar um esquema para se apropriar desse valor para tampar o buraco fiscal brasileiro, os autores se apressam em dizer que trata-se de uma estimativa apenas para referência – já que nem todo o carbono da Amazônia é “monetizável”, ou passível de ser transacionado em mercados como crédito. Mesmo assim, afirma Peres, há um valor bem concreto em manter os animais vivos.

“O serviço de dispersão prestado por estes vertebrados florestais vale dinheiro”, disse o brasileiro radicado no Reino Unido ao OC. “Poderíamos até pensar num programa de pagamentos por serviços ambientais para subsidiar comunidades locais a manejar melhor seus estoques de caça num regime de manejo comunitário”, afirmou.

O que é urgente, porque, ao irem para a grelha, para zoológicos particulares ou mesmo ao serem mortos por esporte, os grandes vertebrados da Amazônia causam perdas de valor e ainda ajudam a aquecer ainda mais o planeta. Como os caçadores são, em geral, populações pobres ou índios em busca da proteína de cada dia – mas usando armas cada vez mais modernas e vivendo em aldeias cada vez mais sedentárias, o que agrava seu impacto sobre as zonas de caça –, vale a pena pagar para que eles racionalizem essa caça.

REDD+ 

No estudo, Peres e colegas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e da Universidade do Estado do Oregon, nos EUA, usaram computadores e dados de campo de 166 áreas de floresta com e sem pressão de caça para modelar o impacto que a caça na Amazônia brasileira poderia ter. Depois, modelaram o impacto que a caça praticada por 1 milhão de residências rurais na Amazônia poderia ter, usando como base de dados 2.300 áreas de floresta previamente inventariadas (ou seja, cuja população de árvores era conhecida).

A conclusão dos pesquisadores foi que os grandes primatas comedores de frutas têm suas populações afetadas pela caça em 32% das áreas remanescentes de floresta na Amazônia, e podem sumir completamente de 7,5% da região.

Peres e seus colegas usaram no estudo uma abordagem relativamente nova: a discussão do mutualismo – a interdependência entre plantas e animais – na agenda climática. O reconhecimento do papel da fauna na manutenção do carbono florestal foi totalmente ignorado na construção do chamado Redd+, o mecanismo de redução de emissões por desmatamento proposto no âmbito da Convenção do Clima e reconhecido no Acordo de Paris. O Redd+, por assim dizer, enxerga as árvores, mas não a floresta.

Estudos sobre a importância da fauna para a fixação de carbono (e sobre o impacto da caça nas emissões) vêm sendo feitos na África e na Ásia, mas até agora nenhum havia sido realizado para a Amazônia, que é justamente o lugar onde o Redd+ está mais adiantado devido ao monitoramento regular que o Brasil faz do desmatamento.

Na Mata Atlântica, a primeira avaliação da chamada “defaunação” sobre o carbono foi publicada no ano passado, num estudo liderado por Mauro Galetti e Carolina Bello, da Unesp de Rio Claro, que tem Carlos Peres como coautor. A conclusão é que extinções locais de grandes vertebrados causam perdas de até 3 toneladas de carbono por hectare, ao deixar a floresta mais “rala”.

“O nosso modelo é bem mais conservador – tendendo a uma subestimativa de perda de biomassa florestal e carbono”, disse Peres. “Ele leva em consideração somente um grupo morfológico muito mais restrito de plantas que dependem quase exclusivamente de dispersão de sementes por algumas espécies de frugívoros de grande porte que são altamente sensíveis a pressão de caça.”

Publicado no site do Observatório do Clima em 25 de janeiro de 2016.

Agora é oficial: 2015 foi o ano mais quente da história

Agora é oficial: 2015 foi o ano mais quente da história

Três agências governamentais dos EUA e do Reino Unido confirmaram de forma independente nesta quarta-feira a notícia que já era aguardada desde os últimos meses do ano passado: 2015 desbancou 2014 e foi o ano mais quente desde que os registros globais de temperatura começaram, em 1880.

Segundo a Nasa (agência espacial dos EUA) e a Noaa (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, também dos EUA), o ano passado teve uma média de temperatura 0,13oC mais alta do que 2014. O Met Office, serviço de meteorologia do Reino Unido, afirmou que a temperatura do ano ficou 0,75oC mais alta do que a média de 1961 a 1990. Todas as três agências apontaram – numa coincidência rara entre entidades que usam modelos e bases de dados diferentes – que o ano passado teve temperatura 1 grau Celsius mais alta do que a média pré-industrial.

O ano que passou ficou marcado por eventos climáticos extremos em todo o mundo – seca e incêndios nos EUA, recordes de temperatura no verão de países europeus, onda de calor que deixou milhares de mortos na Índia, calor acima da média na Rússia, na China e na América do Sul, com algumas capitais brasileiras batendo recordes históricos de temperatura, ciclones extratropicais como o Patricia, inundações na Ásia, entre outros.

A combinação das mudanças climáticas globais, causadas pelo acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera, e de um forte El Niño está provavelmente por trás do tamanho do recorde – a última vez que um recorde de alta de temperatura global foi batido com tanta folga foi justamente em 1998, outro ano de El Niño forte. O El Niño é um ciclo natural de aquecimento no Oceano Pacífico, que tem um impacto sobre o clima global, elevando os termômetros.

Gavin Schmidt, diretor do Centro Goddard de Pesquisas Espaciais, diz, no entanto, que o recorde teria sido batido mesmo na ausência de um El Niño em 2015. “O ano de 2015 não começou com um El Niño”, afirmou o pesquisador. Segundo ele, o impacto do fenômeno na temperatura da superfície só é sentido seis meses mais tarde. Isso ajudaria a explicar as altíssimas temperaturas de outubro, novembro e dezembro, e permite também prever que 2016 será um ano ainda mais quente que 2015. Mas não explica o restante do ano passado.

“O recorde que tivemos é apenas um sintoma da tendência de longo prazo”, afirmou. “E não temos nenhuma evidência de que a tendência de longo prazo esteja mudando nas últimas décadas.” Este século teve 15 dos 16 anos mais quentes.

José Marengo, climatologista chefe de pesquisas do Cemaden (Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), diz que muitos dos eventos climáticos vivenciados no Brasil no último ano, como inundações nas regiões Sul e Norte, calor no Centro-Oeste e seca no Sudeste e Nordeste, refletem os dados confirmados pelas agências internacionais. Segundo ele, o El Niño ainda deve atingir seu pico nos próximos meses, e os brasileiros continuarão a sentir seus efeitos. “Porém, não foi só o El Niño”, reforça o pesquisador. “O que estamos vivendo hoje é consequência de décadas de emissões de gases de efeito estufa. Os anos anteriores, que não tiveram El Niño, também foram mais quentes, não é mais atípico.”

Acordo do Clima 

Na COP21, a conferência do clima das Nações Unidas que ocorreu em Paris no fim de 2015, os países de todo o mundo concordaram em agir para limitar o aquecimento do planeta abaixo dos 2 graus em relação à era pré-industrial, com o esforço de buscar um limite em 1,5ºC. O “teto” em 2 graus Celsius tem como base recomendações do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), que alerta para a possibilidade de graves consequências das mudanças climáticas caso o mundo aqueça mais do que isso.

Para cumprir a missão, o mundo inteiro deve adotar medidas de redução de emissões de gases de efeito estufa, a um ritmo acelerado. Análises sobre as metas voluntárias de redução de emissões apresentadas pelos governos às Nações Unidas mostram que caminhamos para um planeta de 2,7ºC a 3,5ºC mais quente do que era antes da industrialização.

Os cientistas da Nasa e da Noaa foram claros em dizer que os dados apresentados hoje não possibilitam a projeção para o futuro, apesar da já observada tendência de aquecimento nos últimos anos. Gavin Schmidt disse que “nada de especial aconteceu” com o que foi decidido na COP21 a partir dos números divulgados hoje. “Os dados servem para que os formuladores de políticas decidam o que fazer”, disse o pesquisador. “O importante para reverter a tendência de aquecimento é quão rápido vamos reduzir as emissões.”

José Marengo ressalta que, mesmo que haja redução significativa de emissões, as regiões mais vulneráveis precisam estar preparadas. “Com as medidas de Paris estamos pensando no clima futuro. Para os impactos que já estamos vivendo no presente, temos que pensar em medidas de adaptação.”

Matéria do site do Observatório do Clima.

Piquenique da Apremavi foi um sucesso

Piquenique da Apremavi foi um sucesso

Piquenique da Apremavi foi um sucesso

16 de dezembro foi uma data especial: realizamos o 1º piquenique natalino da Apremavi! Essa foi a forma escolhida para comemorar o encerramento do ano e dos trabalhos da instituição.

Normalmente todos gostam de uma programação diferente. Pode ser na primavera em meio a sombras e flores coloridas, no inverno para aquecer-se no sol, um aniversário, um reencontro de amigos ou uma tarde gostosa de brincadeiras em família. Seja qual for o motivo escolhido, vale muito a pena organizar um piquenique, em meio à natureza.

Ontem foi assim. Equipe “Apremavi” reunida e… começou a diversão!

A programação iniciou com a dinâmica “Passa o Presente”, o qual fez todos refletirem sobre os dons e talentos que cada um possui. Amor, alegria, coragem, inteligência, criatividade, carisma, solidariedade, honestidade, competência, são algumas das qualidades das pessoas que compõem a equipe da Apremavi. Nesta dinâmica, cada um pôde descobrir as virtudes que tem e valorizar as particularidades de cada um.

Mas as qualidades desta equipe não param por aí. Como o astral da Apremavi é indiscutível, que tal brincarmos de pula-saco e mímicas? Hum… é isso mesmo! Para quem compartilhou desta tarde tão divertida, poder ver a galera se revezando para pular-saco e fazer mímicas, foi muito engraçado! Houve risos por toda parte!

E a equipe dos “com fitinha” e os “sem fitinha”? Quem ganhou mesmo a competição? Bom, independente deste fato, o futebol com grandes revelações foi sem dúvida um dos momentos mais prazerosos e animados do evento.

E o ano de 2015 vem chegando ao fim. Foi um ano maravilhoso, de muito trabalho, projetos desenvolvidos, metas cumpridas e muito empenho e dedicação de toda a equipe.

Nosso desejo é que sigamos todos juntos, firmes e unidos no mesmo objetivo. Que em 2016 todos possamos ter fé e demonstrar com atitudes no nosso dia-a-dia a mesma dedicação e presteza, com um toque de carinho, amor e comprometimento para com a equipe e a natureza.

Um Feliz Natal e Ano Novo Venturoso!

O tão esperado Acordo do Clima

O tão esperado Acordo do Clima

O tão esperado Acordo do Clima

Depois de 20 anos de negociações, impasses, avanços tímidos e fracassos espetaculares, 195 países e a União Europeia produziram no dia 12 de dezembro de 2015, em Paris aquele que talvez seja o documento mais importante do século XXI: o acordo universal que define como a humanidade combaterá o aquecimento global nas próximas décadas.

O tão esperado Acordo do Clima, chamado de Acordo de Paris, foi anunciado na COP21 (vigésima primeira Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança Climática) no parque de exposições de Le Bourget, arredores de Paris, sob uma prolongada salva de palmas.

O Observatório do Clima avalia que o documento forma uma espécie de manual de reorientação da economia mundial, sinalizando, ainda que de forma muito preliminar, que a farra desbragada das emissões de gases de efeito estufa precisa chegar ao fim em algum momento deste século. Para os otimistas, o acordo toca o sino do fim da era dos combustíveis fósseis. Leia a material completa aqui.

O objetivo principal do acordo é “conter o aumento da temperatura média global em bem menos do que 2oC acima dos níveis pré-industriais e envidar esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5oC acima dos níveis pré-industriais, reconhecendo que isso reduziria de maneira significativa os riscos e os impactos da mudança climática”. A menção à meta de 1,5oC emerge como a grande vitória política da COP21. Ela foi obtida graças à ação conjunta dos países insulares, que serão condenados à extinção no longo prazo pelo aumento do nível do mar resultante de um aquecimento de 2oC.

Os Cientistas dizem que pacto adotado em Paris é melhor que nada, mas que falta de ação nos últimos 20 anos fez com que chance de evitar um mundo 1,5 grau mais quente fosse perdida. Confira a material aqui.

Frente do espaço da Sociedade Civil na COP21. Foto: Miriam Prochnow.

Em compensação, um ponto central do texto acabou ficando de fora: a menção ao objetivo de longo prazo de descarbonizar a economia em 2050, ou de atingir a neutralidade de carbono, ou de cortar no mínimo 70% das emissões mundiais de gases-estufa até a metade do século. A meta de temperatura não vem acompanhada de um roteiro dizendo como o mundo pretende chegar a menos de 2oC ou a 1,5oC, o que enfraquece a perseguição desse alvo.

O que também ainda precisa ser detalhado é a questão do financiamento climático, que até o último minuto de negociação ameaçou levar Paris a pique e foi resolvida como costuma ser em negociações desse tipo: de forma salomônica. Ficou no texto da decisão da COP, mas não no texto do acordo, que os US$ 100 bilhões por ano que os países desenvolvidos prometeram aportar para ações de combate à mudança do clima e de adaptação nos países em desenvolvimento serão um piso. Uma nova cifra, que vá além disso, só será definida em 2025.

As organizações não-governamentais destacam a necessidade de acompanhar a implementação do acordo e pressionar governos e setor privado para que o tratado seja cumprido.

Estande compartilhado entre Abag, GTPS, SRB e Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, no Global Landscape Fórum. Foto: Divulgação Apremavi.

Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura lançou uma nota logo após o anúncio do acordo, dizendo que o mesmo representa um marco histórico para um novo tempo de desenvolvimento sustentáve; com segurança climática no globo. Leia a íntegra da nota ao final desta matéria.

Miriam Prochnow participou da COP21, representando a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e o Diálogo Florestal, integrando também a equipe da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, bem como o Observatório do Clima. As emissões da viagem foram neutralizadas através do Programa Clima Legal, da Apremavi.

Além de produzir o tão esperado acordo do clima, Paris foi palco de inúmeros eventos paralelos, espalhados em diversos espaços da cidade, por onde circularam os 20 mil participantes da conferência, a exemplo do Fórum Global de Paisagens (Global Landscape Fórum). Uma oportunidade única para a troca de experiências, mobilizações e construção das mais diversas parcerias em busca do equilíbrio climático na Terra.

Um dos espaços de exposição na cidade de Paris. Foto: Miriam Prochnow

O grande desafio agora é colocar em prática todas as metas que estão no acordo e para isso será necerssário o compromisso e participação de todos os setores da sociedade.

Nota da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura

O Acordo de Paris, fechado hoje, dia 12 de dezembro de 2012, representa um marco histórico para um novo tempo de desenvolvimento sustentável com segurança climática no globo.

Entre outros, o acordo:

consolida a ambição de limitar o aumento da temperatura global bem abaixo de 2oC e com esforço de ficar abaixo de 1,5oC.

Ao mesmo tempo que reconhece que as INDCs estão longe de serem suficientes para assegurar menos de 2oC, garante um regime de ciclos de revisão e de ampliação de compromissos e financiamento a cada 5 anos (começando em 2020) que ajudam a criar as condições que se atinja o objetivo de 2oC/1,5oC no longo prazo.

Embora não aponte um ano exatamente para o pico das emissões, aponta o compromisso para atingir um balanço entre emissões e remoções antrópicas para a segunda metade deste século.

Consolida a mobilização de US$ 100 bi anuais, a partir de 2020, para apoiar o desenvolvimento com mitigação e adaptação em países em desenvolvimento, prioritariamente, e também abre a oportunidade para múltiplas modalidades de financiamento e de investimento para viabilizar a economia de baixo carbono em todo o planeta.

Vemos que, pela primeira vez, o acordo reconhece como parte decisiva o papel da sociedade civil e do setor privado na implementação das ações de mitigação e de adaptação para o sucesso do acordo.

A Coalizão, por sua vez, reconhece o papel construtivo e decisivo da delegação brasileira para a elaboração desse marco histórico.

A Coalizão acredita que o Acordo de Paris cria um ambiente fértil para a implementação das inúmeras propostas da Coalizão para promover uma economia florestal e agrícola competitiva, inclusive e de baixo carbono, em benefício do Brasil e do mundo. Cria um novo mecanismo de mercado, que toma como base experiência existente, e dá base par a continuidade e o incremento das atividades de REDD+.

Esperamos que o protagonismo da delegação brasileira na COP21 se traduza em uma forte atuação do governo em âmbito nacional para liderar a implementação dos compromissos assumidos pelo Brasil em sua INDC, o que contará com o apoio entusiasmo da Coalizão.

Agora, é o momento de virarmos a chave para o modo de concretização dos compromissos assumidos.

COALIZÃO BRASIL CLIMA, FLORESTAS E AGRICULTURA

Jovens da Apremavi em ação na Alemanha

Jovens da Apremavi em ação na Alemanha

Jovens da Apremavi em ação na Alemanha

No mês de novembro de 2015, uma dupla de jovens da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) entrou em ação na cidade de Heidelberg, Alemanha. Gabriela Schäffer, estudante e sócia da Apremavi, e Edinho Schäffer, Coordenador de Projetos e Diretor da Apremavi, realizaram, na semana de 16 a 20, atividades e palestras com alunos, de 11 a 17 anos, de escolas publicas e particulares de Heidelberg.

A ação faz parte do projeto “Der Regenwald kommt in die Klassenzimmer” (A Mata Atlântica vai às salas de aula) que acontece em parceria com a ONG ambientalista BUND (Bund Für Umwelt und Naturschutz Deutschland), a cidade de Heidelberg e a Apremavi. O intercâmbio entre as instituições acontece desde 1998 e tem como principal atividade a restauração de florestas, os chamados “Heidelberger Wäldchen in Brasilien” (Bosques de Heidelberg no Brasil), e  já  plantou mais de 100 mil árvores de espécies nativas da Mata Atlântica. Desde 2008, representantes da Apremavi realizam em Heidelberg uma semana de palestras com alunos.

Gabriela Schäffer ministrando palestra para as crianças. Foto: Edinho Schäffer

As atividades e palestras, ministradas na língua alemã, foram realizadas com o  acompanhamento de Brigitte Heinz, representante do BUND. No total foram realizadas 8 apresentações, em 7 escolas diferentes, com mais de 360 alunos. Uma das apresentações foi realizada fora de Heidelberg, na cidade de Nierswalde.

Gabriela e Edinho falaram sobre o Brasil, sobre Meio Ambiente, mais especificamente sobre a Mata Atlântica, os problemas ambientais globais e o que pode ser feito. Também mostraram os projetos desenvolvidos pela Apremavi e os resultados da parceria com o BUND.

Além das palestras foram apresentados dois vídeos, editados por Wigold Schäffer, que retratam um pouco dos biomas brasileiros, com sua imensidão de fauna e flora, e também os problemas que ainda enfrentamos no Brasil, como desmatamentos, queimadas e outros problemas enfrentados diariamente na luta ambiental.

Como novidade, em 2015, foi realizado um momento de aprendizagem diferente. Nossos jovens levaram um Jogo da Memória da Apremavi, em tamanho A4, tendo como tema a biodiversidade, para ser jogado com os alunos de forma descontraída e divertida. O jogo fez muito sucesso.

 

Crianças se divertindo com Jogo da Memória em tamanho grande. Foto: Gabriela Schäffer

Segundo Gabriela, os alunos das escolas alemãs estão muito bem informados sobre problemas ambientais atuais e o que se pode fazer para amenizá-los: “de um forma geral, todos estavam bem curiosos, com muitas perguntas sobre o Brasil, encantados com nossa fauna e flora. O jogo da memória foi um momento de muita diversão para eles. Eu não tenho nem como descrever em palavras o quão incrível essa semana foi e o crescimento pessoal e profissional que isso me trouxe. As crianças são demais e pude sentir o carinho de cada uma delas a sua maneira, nos ajudando e sempre perguntando sobre os mais diversos tópicos.”

Para Edinho, a experiência também foi ímpar: “em todas as escolas e turmas onde realizamos as palestras, o entusiasmo das crianças era grande sobre o tema meio ambiente.Quando perguntávamos a elas o que teríamos que fazer para melhorar o meio ambiente ou sobre o aquecimento global, todas queriam dar a sua contribuição e todas as respostas com um bom nível de conhecimento sobre o tema. Em uma das turmas, no final da palestra, algumas crianças chegaram ate nós dizendo: essa é nossa contribuição para os bosques de Heidelberg, para vocês plantarem as árvores lá no Brasil por nós.  Com essa ação das crianças de 8 anos de dar uma pequena contribuição para os trabalhamos de conservação e recuperação da Mata Atlântica através do projeto Bosques de Heidelberg  que a Apremavi executa aqui no Brasil mostrou o quanto é importante a conscientização sobre os temas ambientais com as crianças“.

Além da semana de intercâmbio com os alunos, os jovens da Apremavi tiveram a oportunidade de conhecer um pouco da flora alemã, com passeios nos bosques de Heidelberg, observando a beleza do outono na Alemanha e a diferença entre os dois países.
A cidade de Heidelberg e o BUND já enviaram uma mensagem à Apremavi dizendo que gostaram muito das atividades realizadas e que a parceria vai continuar.

1º Pedal no Parque Nacional das Araucárias

1º Pedal no Parque Nacional das Araucárias

1º Pedal no Parque Nacional das Araucárias

O 1º Pedal no Parque Nacional das Araucárias será realizado em comemoração ao aniversário do município de Passos Maia e à inauguração da trilha de visitação no Parque.

O encontro principal será às 08h30 da manhã do dia 12/12 (sábado), na Praça Municipal de Passos Maia.  Traga sua bicicleta e venha pedalar! O percurso será de aproximadamente 10km e podem participar todas as pessoas aptas à atividade de ciclismo. Menores de 14 anos devem vir acompanhados dos pais.

Os interessados no passeio ciclístico devem preencher a ficha de inscrição (anexo ao final da matéria) e entregar em um estabelecimento parceiro do evento, no local da largada ou enviar os dados para o e-mail: diandradechigiovanni@yahoo.com.br

A chegada será no Parque, para a inauguração e visita à trilha, às 11h. Também haverá um piquenique e venda de lanche no local pela Secretaria de Ação Social de Passos Maia, ao custo de R$5,00. Os valores serão revertidos em ações beneficentes.

Não tem bicicleta? Não tem problema! A inauguração da trilha é aberta a todos os interessados. Participe!!

O Parque e a Apremavi

A inauguração da trilha dá continuidade ao evento realizado em outubro deste ano, de abertura à visitação pública do Parque Nacional das Araucárias e à comemoração dos seus 10 anos de criação.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) tem sido grande apoiadora e parceria do Parque Nacional das Araucárias. Contribuiu com a criação da Unidade, com a formação e fortalecimento do conselho e com a elaboração do Plano de Manejo. Hoje, continua apoiando o Parque por meio da participação no conselho e pelos projetos que realiza. Destaque para o Projeto Planejamento e Capacitação em UCs, que apoiou a gestão do uso público; e o Projeto Araucária, pelo trabalho de conservação e recuperação da Floresta com Araucária em parceria com agricultores vizinhos da Unidade.

Equipe da Apremavi e familiares em visita no Parque Nacional das Araucárias. Foto: Edilaine Dick

Recentemente, a equipe da Apremavi e familiares realizou excursão no Oeste de Santa Catarina e visitou o Parque para conversar de perto sobre trabalho que está sendo realizado, de abertura ao uso público. Na oportunidade, foi realizado um plantio de mudas nativas, simbólico ao momento.

Que as plantas nativas e os projetos continuem frutificando e gerando benefícios a esta Unidade de Conservação que é fundamental para a conservação da biodiversidade e uso público na região da Floresta com Araucárias em Santa Catarina.

Confira a programação do aniversário de Passos Maia aqui.

Parabéns ao Parque Nacional das Araucárias pela inauguração da trilha de visitação e à Prefeitura de Passos Maia pelo seu 24ª aniversário!!

Os Desafios da Restauração

Os Desafios da Restauração

Os Desafios da Restauração

Restauração é um dos assuntos mais discutidos nos eventos paralelos da conferência do clima (COP21) em Paris. É uma das questões-chave para enfrentar os desafios das mudanças climáticas, porque contribui diretamente para a solução dos principais problemas da humanidade: perda da biodiversidade, proteção dos mananciais hídricos e captura de carbono amenizando o aumento da temperatura. Contribui ainda com a geração de emprego e renda e para a melhoria da paisagem e consequentemente a qualidade de vida humana. É também o link mais fácil de ser feito com a sociedade, porque plantar árvores é uma ação da qual todos podem participar.

Existem diversos conceitos sobre o que é restauração e estes tem evoluído à medida que novos conhecimentos são gerados. Numa visão ampla se fala em restauração de paisagens, o que é algo mais complexo e mais desafiador do que restauração de florestas, porque implica realmente em acordos intersectoriais, para que resultados concretos sejam alcançados. Na restauração de paisagens é muito importante considerar os ecossistemas originais e tentar, a partir da realidade atual, restaurar o máximo de atributos desses ecossistemas, suas espécies de fauna e flora e a interação dessas espécies.

Na restauração de paisagens um elemento que precisamos preservar para todos e que dinheiro nenhum vai conseguir comprar se acabarmos com ele, porque é insubstituível, é a água. E a água precisa passar pelo coração, dela devemos cuidar com amor e respeito.

Aqui em Paris, importantes acordos estão sendo firmados para tentar garantir os recursos financeiros para tudo que precisa ser feito. Essa é uma boa notícia. Entretanto, a “vertente econômica” não vai dar conta do desafio mundial de restauração, se antes não houver o compromisso. Engajamento baseado apenas em dinheiro é vulnerável e momentâneo. Para que o engajamento dure para sempre, é necessário um compromisso global. O lema do Fórum Mundial de Paisagens (Glocal Landscape Fórum) é mostrar que tudo está conectado. Sim, tudo está conectado, mas existe um lugar fundamental por onde todas as conexões precisam passar e esse lugar é o coração!

A maioria dos proprietários de terra, agricultores e pecuaristas gostam do seu sítio, chácara ou fazenda, mas ainda não tem a mesma paixão pelas florestas, os animais silvestres e os recursos hídricos, que são fundamentais para o sucesso de suas atividades. A restauração dos ecossistemas nos imóveis e na paisagem precisa virar uma paixão nacional e global.

Para isso, é necessário que as políticas públicas, a exemplo dos financiamentos agrícolas, contemplem estímulos e incentivos, como juros menores, prazos mais longos e até descontos no valor das prestações para aqueles que conservarem e restaurarem os ecossistemas no imóvel. É nescessário também destinar um percentual do crédito rural para a restauração e conservação dos recursos naturais no imóvel.

Restaurar os ecossistemas é uma necessidade global e por isso precisamos de apoio externo, com grandes fundos para apoiar principalmente os mais pobres, mas é necessário que cada país e cada região e município faça seus arranjos locais para prover apoio técnico e também financeiro às comunidades e detentores de imóveis.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) vem trabalhando com restauração e planejamento de propriedades e paisagens há mais de 28 anos, sempre buscando parcerias com os agropecuaristas, instituições de ensino e pesquisa e com as instituições públicas em todos os níveis. Os resultados alcançados, que envolvem milhões de mudas plantadas e áreas restauradas em milhares de propriedades rurais e urbanas, mostram claramente duas coisas importantes: 1) a natureza é generosa e responde positivamente a toda ação de proteção ou restauração; 2) as pessoas que plantam a primeira árvore passam a ter verdadeiro amor e paixão pelo trabalho que fizeram e não param mais de plantar e cuidar da floresta.

Enfim, para alcançar resultados na conservação e restauração é importante o engajamento e a participação direta do proprietário ou detentor do imóvel. Um programa nacional ou global de restauração deve ser feito com as pessoas e não para as pessoas, caso contrário não terá efetividade no longo prazo, pois não haverá o necessário engajamento e sem isso, não haverá amor e respeito pelas áreas restauradas.

Projeto Araucária desenvolve ações de educação ambiental

Projeto Araucária desenvolve ações de educação ambiental

Projeto Araucária desenvolve ações de educação ambiental

Durante dois anos de execução do Projeto Araucária, diversas foram as atividades de educação ambiental desenvolvidas na região Oeste e Alto Vale do Itajaí em Santa Catarina. Atividades essas que deram maior consistência as diversas outras atividades desenvolvidas pelo Projeto Araucária, junto com agricultores e seus familiares, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e aptos a tomar decisões sobre questões ambientais envolvidas na sua propriedade ou comunidade local.

Uma das alternativas para a inclusão da temática ambiental no meio escolar é a aprendizagem em forma de projetos e percebeu-se que em diversas escolas o Projeto Araucária foi incorporado ao ambiente escolar.

Exemplo disso foram os trabalhos desenvolvidos pelas escolas das comunidades Ribeirão Matilde e Vila Groop, de Atalanta. E as escolas Escola de Educação Básica Lindo Sardagna de Dona Emma e Escola de Educação Básica Padre João Kominek de Santa Terezinha.

Atividade realizada com escola de Dona Emma. Foto: Arquivo Apremavi

Essas escolas participaram ativamente de plantios educativos, visitaram o viveiro de mudas nativas Jardim das Florestas, participaram de palestras, entre outras ações que mereceram destaque na apresentação realizada nos seminários de encerramento do projeto realizados em outubro e novembro/2015.

Diretamente nas duas regiões foram envolvidas cerca de 2.300 pessoas entre reuniões de mobilizações, participações em palestras e plantios educativos, visitas de campo, cursos de capacitação, intercâmbios e seminários. E foram nesses momentos que muitos agricultores relataram ter aprimorado o seu conhecimento sobre legislação ambiental e outras temáticas ambientais.

O projeto também incentivou e apoiou a criação e reativação de grupos ambientais mirins, que auxiliaram na identificação e mobilização de agricultores interessados em participar do projeto e realizar a recuperação de áreas de APPs e nascentes.

Atividade desenvolvida na escola Ribeirão Matilde em Atalanta. Foto: Arquivo Apremavi

Materiais didáticos foram produzidos, como a cartilha e vídeo “Projeto Araucária conservação e recuperação a Mata Atlântica” e o Jogo da memória “Biodiversidade na Mata Atlântica”, certamente importantes ferramentas que podem não apenas levar conhecimento, mas entretenimento ao publico envolvido.

31.275 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica foram doadas para escolas, instituições ou empresas que promoveram alguma ação visando a conscientização e preservação do meio ambiente.

Daiana Tânia Barth, técnica do projeto destaca que “Essas e outras atividades visam demonstrar na prática que ações de recuperação ambiental são necessárias e possíveis. Que agindo de maneira consciente cada um pode fazer a diferença para se chegar ao patamar de sustentabilidade necessário”.

O projeto Araucária foi executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), patrocinado pela Petrobras, Governo Federal, por meio do programa Petrobras Socioambiental.

Para acompanhar os resultados do projeto clique aqui.

Fotos: Arquivos Projeto Araucária.

Projeto Araucária realiza seminários municipais

Projeto Araucária realiza seminários municipais

Projeto Araucária realiza seminários municipais

Durante os meses de outubro e novembro, toda a equipe técnica do Projeto Araucária se dedicou a organizar 05 seminários municipais, que tiveram como objetivo a socialização dos resultados alcançados com o Projeto, durante o período de execução deste importante trabalho (agosto/2013 a dezembro/2015). Além de ser uma grande festa de confraternização entre todos os envolvidos.

Os seminários na região do Alto Vale do Itajaí foram realizados nos dias 06 de outubro, 11 e 13 de novembro de 2015 em Atalanta, Santa Terezinha e Vitor Meireles respectivamente. Na região Oeste foram realizados no dia 24 em Galvão e 26 de novembro de 2015, em Ponte Serrada.

Aproximadamente 400 pessoas participaram do evento, entre agricultores, parceiros, gestores ambientais, prefeitos municipais, estudantes e professores que se envolveram de alguma forma com o projeto.

Comunidade participando do Seminário do projeto Araucária. Foto: Arquivo Apremavi

Para Eloisa Donna, coordenadora regional do projeto “Socializar as experiências adquiridas com os participantes é uma forma de motivá-los a continuarem atuando como agentes de recuperação e conservação de remanescentes florestais. É importante também para fortalecer os vínculos criados com parceiros e agricultores para futuros projetos e ações a serem desenvolvidas nas áreas de atuação”.

Após a apresentação dos resultados qualitativos e quantitativos e do vídeo do Projeto Araucária, abriu-se espaço para a troca de experiências entre agricultores, parceiros e executores. Foi um momento único para entender como o projeto impactou positivamente nas regiões atendidas e na vida das pessoas que participaram.

Egon Gabriel Júnior, Prefeito Municipal de Dona Emma, destacou que “o Projeto Araucária gerou um impacto muito positivo para o município de Dona Emma, pois veio de encontro com a ideia de preservação que a prefeitura tem, preservando e recuperando áreas de nascente no município. Outro fator importante foi o trabalho pedagógico realizado nas escolas com o incentivo na educação ambiental, e isso nos dá esperança de um futuro melhor para o meio ambiente”.

Participantes do Seminário. Foto: Arquivo Apremavi

O projeto Araucária foi executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), patrocinado pela Petrobras, Governo Federal, por meio do programa Petrobras Socioambiental.
Para acompanhar os resultados do projeto clique aqui.

O vídeo Projeto Araucária: Conservando e Recuperando a Mata Atlântica está disponível na íntegra no youtube.

A Apremavi agradece a todos que acreditam na conservação e recuperação das florestas para um mundo melhor e que deram a sua contribuição para o projeto acontecer. 

Fotos: Edilaine Dick, Marcos Alexandre Danieli e Francieli Delazeri.

Projeto Araucária participa de Simpósio sobre Restauração

Projeto Araucária participa de Simpósio sobre Restauração

No período de 09 a 13 de novembro, Marluci Pozzan, técnica do Projeto Araucária participou do VI Simpósio de Restauração Ecológica, organizado pelo Instituto de Botânica, em São Paulo (SP). O objetivo do encontro foi promover uma discussão sobre as tendências das políticas públicas que devem ser adotadas sempre com base na pesquisa científica e nos processos socioambientais, tendo como referencial o cumprimento da legislação ambiental e de metas estabelecidas.

A programação abordou assuntos como legislação ambiental para restauração, restauração de mananciais e valoração de ecossistemas e serviços ambientais. O evento reuniu pesquisadores, técnicos, viveiristas, alunos e profissionais envolvidos com restauração ecológica.

Além de palestras, o evento abriu espaço para apresentação de painéis, onde a técnica Marluci Pozzan apresentou painel sobre “Influência do Projeto Araucária na percepção ambiental de agricultores de Passos Maia e Ponte Serrada, SC”.

O painel abordou a atuação do Projeto Araucária nos municípios que abrangem o Parque Nacional das Araucárias (Passos Maia e Ponte Serrada/SC), especificamente sobre a percepção ambiental dos agricultores atendidos em relação ao cumprimento da legislação ambiental nas propriedades. A metodologia de trabalho foi a aplicação de um questionário, onde foram coletadas informações sobre idade e escolaridade, além de duas perguntas: “O Projeto Araucária ajudou para aumentar o conhecimento sobre legislação ambiental? Por quê?” E “É possível recuperar e conservar as florestas sem prejudicar a produção agrícola da propriedade?”.

Os resultados mostraram que os atendidos do projeto são basicamente adultos e idosos e tem baixa escolaridade, mas com a complementação de informações e auxílio dos técnicos se mantêm atualizados sobre a legislação ambiental. Além de perceberem que é possível adequar ambientalmente a propriedade sem prejudicar a produção agrícola. O trabalho apresentado está disponível nos Anais do VI Simpósio de Restauração Ecológica.

O evento foi um espaço importante para trocar experiências e divulgar o trabalho do Projeto Araucária, que é executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), e conta com o patrocínio da Petrobras, Governo Federal, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

Técnicos da Apremavi participam do Curso da Escola de Líderes

Técnicos da Apremavi participam do Curso da Escola de Líderes

No período de 03 de setembro a 03 de novembro de 2015, os técnicos da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), Emílio André Ribas e Maurício Batista dos Reis, responsáveis pelos projetos Planejando Propriedades Sustentáveis e Matas Legais, desenvolvido em parceria com a empresa Klabin SA, participaram em Telêmaco Borba (PR), do curso da Escola de Desenvolvimento de Líderes do Sebrae – Paraná, com uma carga horária de 40 horas.

O objetivo do curso foi instigar lideranças locais a pensar em qual é o seu papel e como está sendo a atuação desses líderes. Dentre os temas abordados durante o curso estão:

  • O perfil e as atitudes do líder contemporâneo na transformação da sociedade;
  • A motivação da liderança;
  • A construção de novas lideranças;
  • A comunicação eficaz e seus princípios éticos na liderança.

Durante o curso obteve-se uma visão geral de um planejamento, de gestão e soluções, para uma liderança eficaz, com propósito para o desenvolvimento de competência.

Emílio André Ribas acredita que o curso trouxe mais confiança para o trabalho que ele vem desenvolvendo. “Durante o curso tivemos a oportunidade de encontrar as respostas, desenvolver competências e entender como se tornar um líder empreendedor e transformador para que possa efetivamente tornar-se uma liderança estratégica na sua organização de trabalho ou na comunidade e a expectativa é agora poder aplicar todo esse conhecimento em campo nos projetos que atuamos””, comenta Ribas.

Autor: Emílio André Ribas.
Colaboração: Edilaine Dick.

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