04/09/2014 | Notícias
Ocorreu nos dias 02 e 03 de setembro, no Centro Ambiental Jardim das Florestas, em Atalanta, uma oficina da Rede Gestora (REGE) do Corredor das Araucárias.
A Rede Gestora do Corredor das Araucárias objetiva possibilitar integração e fortalecer parcerias entre as instituições participantes para através de projetos desenvolvidos por estas instituições, possibilitar a formação de corredores entre remanescentes florestais, sejam eles Unidades de Conservação (UCs), áreas privadas, reservas legais, áreas de preservação permanente (APPs), etc.
O trabalho fará a conexão de remanescentes, garantindo assim o desenvolvimento e a conservação da biodiversidade. A REGE atua em dois estados, dentro dos limites do Corredor das Araucárias, em uma área que está em 81% no estado do Paraná e 19% em Santa Catarina. Além disso, 139 municípios estão envolvidos, 96 deles são paranaenses e 43 catarinenses. No primeiro dia do evento, Gilson de Souza fez a apresentação geral dos trabalhos do Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Após, representantes das entidades envolvidas na chamada REGE, compartilharam informações e apresentaram projetos e ações integradas que acontecem neste corredor, com ênfase a apresentação do planejamento estratégico de algumas unidades de conservação envolvidas na região de abrangência da REGE.
Já no segundo dia, Shigueko Ishiy , representante da FATMA deu ênfase a apresentação do que é, e as atividades previstas para o Corredor Ecológico Chapecó, já instituído por decreto estadual e Luiz Antônio Freitas, apresentou o planejamento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentávelpara o desenvolvimento de projetos voltados ao pagamento por serviços ambientais no estado de Santa Catarina.
Trabalhos em grupos também foram realizados visando aproximar as entidades com atuação nos dois estados, e encaminhar ações que podem ser realizadas em conjunto. Além disso, visitas técnicas foram realizadas ao viveiro Jardim das Florestas, da Apremavi, e ao Parque Natural Municipal Mata Atlântica.
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida, (Apremavi) desenvolve há um ano o Projeto Araucária, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobrás Socioambiental, que busca a recuperação de áreas degradadas e conservação de remanescentes florestais nativos.
Além disso, este projeto atua no apoio à manutenção desta Rede Gestora. Entre os municípios atendidos pelo projeto, cinco deles também estão integrados com a REGE; são eles: Ponte Serrada, Passos Maia, São Domingos, Galvão e Abelardo Luz. A coordenadora do Projeto Edilaine Dick destaca a importância de redes como essa, pois possibilitam a aproximação entre diversas entidades que tem atuação em região comum, e que podem unir esforços para o desenvolvimento de projetos integrados, aonde cada instituição faz uma parte e a conservação ambiental acontece efetivamente.
A mobilizadora da REGE, Dailey Fischer destaca a importância de projetos que visem a conectividade de fragmentos florestais, pois As paisagens estão sendo muito modificadas pela agricultura e pecuária. Onde antes se tinha florestas e vegetação nativa, hoje se tem uma matriz onde sobram pequenos fragmentos. Com isso, os animais não conseguem transitar, já que algumas espécies tem grande receio de se expor. Como os campos ficam abertos, a exposição é ainda maior e mais fácil ocorrer o ataque de predadores. Dailey frisa ainda que quanto menor for a área, mais problemas acabam se acarretando e pela falta de mobilidade, algumas espécies tendem a ser extintas. Quanto mais áreas conectadas através dos corredores, melhor, finaliza.
Fotos: Marcos Alexandre Danieli.
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01/09/2014 | Notícias
O Refúgio de Vida Silvestre (RVS) dos Campos de Palmas é uma Unidade de Conservação (UC) de proteção integral, situado nos municípios de Palmas e General Carneiro (PR). Foi criado através de Decreto Federal, em 03 de abril de 2006, abrangendo uma área de 16.582 hectares.
O objetivo da UC é a proteção dos ambientes naturais necessários para a persistência da flora e fauna residente ou migratória, especialmente os remanescentes de campos naturais, as áreas de campos úmidos e várzeas, bem como realizar pesquisas científicas e o desenvolvimento monitorado de atividades de educação ambiental e turismo ecológico.
O RVS-CP conta com um conselho consultivo, que é o espaço de participação da sociedade na gestão da Unidade. A primeira composição deste conselho tomou posse no ano de 2011 e tem como atribuições contribuir com ações voltadas à gestão participativa, elaboração, implantação e implementação de seu plano de manejo, e ao cumprimento dos objetivos de criação.
Este conselho está em processo de renovação. Desta forma, o Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas convida as instituições já conselheiras a indicarem novos nomes para titular e suplente ou a permanência de seus representantes por mais dois anos, assim como, convida demais instituições interessadas e que tenham relação com a Unidade a se manifestarem, via ofício institucional a ser enviado a Marcia Barbosa Abraão, até o dia 30 de setembro de 2014, no seguinte endereço: Rua Doutor Beviláqua, 863; 1º andar – Caixa Postal nº 127 CEP: 85.555-000 Palmas/PR.
Acesse abaixo a carta oficial de convite à renovação do conselho.
A renovação do conselho corresponde ao mandato para o periodo de outubro de 2014 a outubro de 2016. Conforme o regimento interno aprovado pelos atuais conselheiros são realizadas duas reuniões ordinárias por ano e extraordinárias sempre que solicitadas.
O conselho é formado por representantes indicados legitimamente por uma instituição da sociedade civil, representantes comunitários, dos proprietários de imóveis inseridos na unidade, instituições governamentais da região, representativos em relação a estes, e que auxiliem na comunicação entre a instituição e o conselho.
No início de outubro as instituições interessadas serão convidadas para participar da reunião que dará efetividade à renovação do conselho, a ser realizada no dia 20 de novembro de 2014, em local a serem confirmado posteriormente. Para mais informações, entre em contato com Marcia Barbosa Abraão, chefe do RVS-CP, pelo telefone (46) 3262-5099 ou e-mail marcia.abraao@icmbio.gov.br.
30/08/2014 | Notícias
O Projeto Araucária, executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida, (Apremavi) e patrocinado pela Petrobras através do programa Petrobras Socioambiental, completou no mês de agosto 01 ano de atividades.
Na região do Alto Vale, estão integrados com o Projeto Araucária os municípios de Atalanta (Onde fica a sede da Apremavi, o Centro Ambiental Jardim das Florestas), Braço do Trombudo, Dona Emma, Salete, Santa Terezinha e Vitor Meireles. Já no Oeste do estado, as cidades atendidas são Abelardo Luz, Galvão, Guatambu, Passos Maia, Ponte Serrada, São Domingos e Chapecó.
O objetivo deste trabalho é conservar e recuperar remanescentes florestais e espécies-chave da Mata Atlântica, por meio da implantação de sistemas agroflorestais, recuperação de áreas degradadas e enriquecimento de florestas secundárias, possibilitando o uso sustentável dos recursos naturais em propriedades rurais. Além do desenvolvimento de atividade de educação ambiental, realização de cursos de capacitação e seminários.
O presidente da Apremavi, Edegold Schäffer destaca a importância de ações como esta nas propriedades rurais: O Projeto Araucária tem sido muito importante, não só para preservar os últimos remanescentes de florestas com araucárias na região oeste do estado, mas também na ajuda aos proprietários rurais que realizam o planejamento da propriedade e recuperam as áreas degradadas, através da distribuição de mudas pelo projeto.
Os trabalhos do Projeto Araucária vão desde o planejamento ambiental da propriedade, até o plantio e os cuidados com as mudas, como ressalta a coordenadora regional, Eloisa Donna: "A metodologia do projeto consiste na mobilização e divulgação, através de reuniões e palestras, por intermédio dos parceiros. Aos interessados é realizada a visita técnica para identificação e levantamento das áreas em que será realizado o trabalho de conservação, recuperação, ou reconversão. Neste momento o produtor também recebe esclarecimentos sobre a legislação ambiental vigente. Em uma segunda visita é realizada a entrega de arame nas propriedades que precisam ser cercadas em virtude da presença de gado. Na terceira visita são entregues as mudas para realização do plantio e ao final uma visita de avaliação".
Edilaine Dick, coordenadora geral do projeto destaca Até o final do projeto, em agosto de 2015, deverão ser atendidas 250 propriedades rurais, além da distribuição de 300.000 mudas de espécies nativas, das quais 50.000 serão oriundas dos viveiros construídos pelo projeto. Edilaine ainda ressalta que o principal resultado alcançado pelo projeto é o envolvimento de diferentes pessoas, parceiros e agricultores familiares.
O projeto comemora um ano de existência com vários resultados positivos nas duas regiões de atuação, confira alguns resultados a seguir.
Fotos: Acervo Apremavi.
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Resultados 01 ano de atuação Projeto Araucária
Na região oeste houve o envolvimento de 111 proprietários rurais preocupados com a conservação e recuperação da Floresta com Araucária; entrega de aproximadamente 30.000 mudas nativas e entrega de arame para execução das atividades voltadas a recuperação de áreas degradadas, reconversão produtiva de área e conservação de florestas e áreas naturais.
No Alto Vale do Itajaí, foram atendidas 85 propriedades familiares e doadas aproximadamente 25.000 mudas e arames, para o desenvolvimento das atividades previstas no projeto.
Outro objetivo alcançado foi a implantação de dois viveiros florestais, o Viveiro de Mudas Nativas Ricardo Cunha Canci, instalado próximo ao Parque Estadual das Araucárias em São Domingos e gerenciado pelo Grupo de Apoio à gestão do Parque Estadual das Araucárias (Grimpeiro). E o viveiro florestal em Santa Terezinha gerenciado pelos membros da Cooperativa de Agricultores Familiares Produtores de Mate e Ervas Medicinais (Coopamater).
Com apoio do projeto Araucária, a Coopamater ainda está em processo de formalização, porém todos os agricultores envolvidos estão sendo atendidos pelo projeto e as mulheres incentivadas a participar do projeto através da criação de um grupo de mulheres da cooperativa.
Atividades de educação ambiental também foram desenvolvidas, com palestras, brincadeiras relacionadas à preservação do meio ambiente e plantio de mudas nativas no entorno das escolas que participaram da programação da semana comemorativa ao Dia Mundial do Meio Ambiente (02 a 06 de Junho de 2014).
Seminários, cursos de capacitação e dias de campo estão sendo realizados pelo projeto, com o objetivo de aproximar os agricultores e permitir que conheçam melhor as atividades que estão sendo implantadas nas propriedades, e o processo de produção de mudas, como o curso realizado em março/2014 para os responsáveis pelos viveiros florestais.
Mais detalhes podem ser acessados no site do projeto.
27/08/2014 | Notícias
Desenvolvido pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), em parceria com a Klabin, o programa Matas Legais tem contribuído na restauração de centenas de hectares de matas ciliares no Paraná, onde existe desde 2008.
Em 2014 o foco está sendo o de intensificar ações que promovam a conexão de matas ciliares, através de plantios com espécies nativas em propriedades parceiras da Klabin, visando a formação de corredores ecológicos. Na prática, significa juntar florestas nativas que estão fragmentadas, formando corredores através de rios e riachos da região.
Os trabalhos estão sendo realizados na Bacia Hidrográfica do rio Tibagi, que engloba 41 municípios e possui uma área de 25.000 km². Como ponto de partida, as ações estão sendo desenvolvidas inicialmente na Sub-bacia do rio Imbauzinho no município de Imbaú.
Levantamentos de campo preliminares realizados pela equipe do Matas Legais estimam que nas microbacias trabalhadas, a área de abrangência é de aproximadamente 2.317 hectares. Destas, 594 hectares são Áreas de Preservação Permanentes (APPs), sendo que nas áreas de fomento de parceiros da Klabin essas áreas ciliares preservadas correspondem a 127 hectares.
Área demarcada para restauração. Foto: Weliton de Oliveira Machado
A estimativa é de que haverá necessidade de restaurar 15 hectares de matas ciliares em áreas de fomentados e de aproximadamente 30 hectares em propriedades privadas que não fazem parte do fomento florestal com a Klabin. Com isso, se estabelece a conexão de corredores ecológicos na Sub-bacia do rio Imbauzinho.
Segundo Emílio André Ribas, coordenador do programa Matas Legais no PR, o trabalho está sendo bem visto pelos proprietários rurais: na visão dos proprietários rurais o programa está sendo uma oportunidade, pois dá todo o apoio na busca da adequação ambiental das propriedades, desde orientações até a disponibilização de mudas nativas para plantio. É um estímulo ao cumprimento do novo código florestal, salienta Emílio.
Mapa da Bacia com delimitação das áreas a serem restauradas.
26/08/2014 | Notícias
Os conselhos gestores de políticas públicas são espaços de participação instituídos a partir da Constituição Federal de 1988. O objetivo principal destes conselhos é aproximar a sociedade do Estado e influenciá-lo numa atuação segundo demandas sociais. Assim, devem funcionar como espaço de participação, troca de experiências e fiscalização, onde a sociedade pode cobrar e colaborar com programas, projetos e ações voltadas à implantação e efetivação de políticas públicas.
Estes conselhos são formados por pessoas, legítimas e representativas de algum grupo de interesse e motivadas a colaborar, seja na questão de meio ambiente, educação, saúde, esporte, cultura ou outra temática. Como os assuntos são diversos, há vários conselhos. Considerando as três esferas de governo, podemos citar, como exemplos na área ambiental, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) e os Conselhos Municipais de Meio Ambiente (CMMA).
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), estes conselhos tem a função de opinar e assessorar o poder executivo (Federal, Estadual ou Municipal) nas questões relativas ao meio ambiente. Além disso, nos assuntos de sua competência, são fóruns para se tomar decisões, tendo caráter deliberativo, consultivo e normativo.
Também podemos citar os conselhos de Unidades de Conservação (UCs), como os conselhos consultivos dos Parques Nacionais, que tem como marco legal a Lei 9.985/2000 e o Decreto 4.340/2002, que instituiu e regulamentou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
A função destes conselhos é fazer a interface entre os setores sociais diretamente relacionados com as UCs, constituindo, para isso, um ambiente de debate sobre os problemas e demandas que envolvem a área em questão, procurando, dessa maneira, soluções por meio de negociações, divisão de responsabilidades e parcerias.
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) tem contribuído diretamente com a criação e fortalecimento de conselhos gestores, especialmente de Unidades de Conservação, a exemplo do projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, que realiza com financiamento do Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade. Este projeto tem como objetivo principal contribuir com a gestão de Unidades de Conservação Federais e Estaduais do Estado de Santa Catarina e Paraná. Informações podem ser acessadas aqui.
Aliado aos conselhos gestores há diversos movimentos que também contribuem para a efetivação de políticas públicas ambientais, como o Observatório do Código Florestal, que tem o objetivo de monitorar a implementação na nova Lei Florestal (Lei Federal 12.651/12) em todo o país. Esta iniciativa foi criada em maio de 2013 por sete instituições da sociedade civil e a Apremavi é uma das instituições colaboradoras.
Um exemplo prático de parceria para a efetivação de uma política pública foi a realização do Seminário Técnico, organizado pela Apremavi com o Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), que teve como objetivo discutir a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Alto Vale do Itajaí. O evento foi realizado no dia 08 de julho, em Atalanta (SC) e constitui um exemplo prático de como uma organização da sociedade civil pode atuar em parceria com o poder público, tendo como objetivo comum contribuir com a implantação de uma política pública ambiental, no caso, a efetivação dos Programas de Regularização Ambiental (PRAs) e de seu principal instrumento, o CAR, criados a partir da Lei Florestal de 2012.
O importante é lembrar que quanto mais a sociedade estiver disposta a participar de forma qualificada de conselhos e fóruns de debate, mais se caminhará para a implantação de políticas públicas eficientes e de qualidade.
Esta matéria foi publicada no Jornal Diário do Alto Vale no dia 26 de agosto de 2014. O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente.
18/08/2014 | Notícias
O dia 14 de agosto de 2014 ficou marcado pela alegria e espontaneidade de um grupo de mulheres de Santa Terezinha que visitou a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi).
O grupo composto de 21 mulheres é fruto do trabalho que a instituição vem desenvolvendo no município, junto a Cooperativa de Produtores de Mate e Ervas Medicinais (COOPAMATER), que está em processo de criação. A atividade faz parte do Projeto Araucária, executado pela Apremavi, que tem patrocínio da Petrobras, através do programa Petrobras Socioambiental.
Edilaine Dick e Daiana Tânia Barth, técnicas do Projeto Araucária e da Apremavi, recepcionaram as mulheres no Centro Ambiental Jardim das Florestas, onde foi servido um delicioso café colonial. Na sequencia, Edegold Schäffer, presidente da instituição, fez um breve relato sobre a história do município de Atalanta. Também foi apresentado o vídeo institucional da Apremavi.
Edilaine relatou em detalhes os objetivos do Projeto Araucária e demais atividades que são desenvolvidas no município de Santa Terezinha e falou sobre a importância da participação das mulheres e da família nas atividades desenvolvidas junto a cooperativa e na propriedade rural. Para Edilaine, a participação da família é essencial para o sucesso dos trabalhos desenvolvidos em cada propriedade e na comunidade: todos devem se sentir parte do processo e cuidar das áreas de restauração ou sistemas agroflorestais que estão sendo implantados, uma vez que todos serão beneficiados com os resultados alcançados.
Ela destaca ainda que a visita foi importante para que as mulheres pudessem visualizar aspectos importantes da propriedade como o paisagismo, e vislumbrar novas oportunidades como a confecção de artesanatos, a produção de geleias de frutas nativas e o plantio e uso de plantas medicinais.
Exposição de produtos artesanais. Foto: Edilaine Dick.
Durante a visita foi realizada uma exposição de artesanato do Clube de Mães Recanto da Cachoeira, de Atalanta e da loja Nigenete, de Agrolândia. Também foram expostos produtos orgânicos, como geleias e compotas, da Associação de Produtores Agroecológicos Semente do Futuro, de Atalanta. As mulheres foram presenteadas com vários desses produtos.
O grupo teve ainda a oportunidade de conhecer o viveiro de mudas nativas da Apremavi, o quintal e as orquídeas da Dona Anita Schaffer e áreas de recuperação de mata ciliar na propriedade de Edegold Schaffer. Conheceram também o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, uma importante Unidade de Conservação da região do Alto Vale do Itajaí.
Visitando área de mata ciliar recuperada. Foto: Edilaine Dick.
A despedida foi uma visita na Floricultura Mondini em Pouso Redondo (SC). Segundo Lourdes Juraszek e sua filha Enizeli o grupo gostou muito da visita: com certeza voltaremos outras vezes, porque todo o passeio foi muito bom e aprendemos muito.
17/08/2014 | Notícias
O Fórum Regional Paraná e Santa Catarina do Diálogo Florestal realizou no dia 13 de agosto o Seminário sobre Cadastro Ambiental Rural (CAR), com os seguintes objetivos: esclarecer os trâmites do CAR; entender as dificuldades para aplicação do CAR em campo; conhecer experiências de outros estados; e discutir como as empresas podem ajudar na implantação do CAR, inclusive no apoio a seus fomentados.
O evento foi realizado no Centro Ambiental Jardim das Florestas da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), em Atalanta (SC) e contou com a participação de mais de 40 pessoas entre representantes de organizações ambientalistas e empresas do setor florestal, técnicos do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina (SDS), além de professores e estudantes interessados no tema.
Edegold Schäffer, presidente da Apremavi, destacou a importância do trabalho em parceria entre empresas, poder público e ONGs para a efetiva implementação do CAR dentro do prazo determinado pela lei. Miriam Prochnow e Edilaine Dick fizeram um breve relato sobre os trabalhos já realizados pelo Diálogo Florestal Nacional e pelo Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina.
Hélio dos Santos Pereira, representante do Ministério do Meio Ambiente, explicou detalhadamente o funcionamento do Sistema de Cadastro Ambiental Rural nacional (SICAR). Destacou que o SICAR está preparado para detectar inconsistências e erros (propositais ou não) nas informações prestadas pelos detentores de imóveis rurais. Segundo Hélio Pereira, o sistema vai checar automaticamente as informações e fazer uma comparação de imagens atuais e imagens de julho de 2008, data limite para eventuais anistias a desmatamentos: Quem desmatou depois de julho de 2008 e tentar esconder essa informação vai ter problemas pois o sistema vai comparar automaticamente as imagens e apontar as inconsistências, frisou Pereira.
A atuação do Governo do Estado de Santa Catarina na implementação do CAR foi apresentada por Bruno Beilfuss, engenheiro florestal da SDS, que destacou as atividades realizadas em treinamento de facilitadores para implementação do CAR. Ele também informou que até o dia 08 de agosto de 2014 já haviam sido cadastradas no SICAR, 3.538 propriedades, cerca de 1% da meta para Santa Catarina. Hélio Pereira do MMA informou que além dessas propriedades também já foram encaminhadas, pela Associacão dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), outros 3.223 cadastros, que estão aguardando liberação no sistema. Bruno disse estar esperançoso de que esse número aumente rapidamente assim que houver uma campanha para que todos os proprietários se cadastrem.
Bruno da SDS anunciou que SC já tem 3.538 cadastros realizados. Foto: Miriam Prochnow
Hélio e Bruno também informaram que já aconteceu uma reunião entre o Ministério do Meio Ambiente e representantes da SDS, para que o sistema nacional utilize as imagens (aerofotografias) feitas pelo governo do estado e que são de excelente qualidade.
Gabriela Savian, Coordenadora de Projetos da Conservação Internacional (CI), apresentou o INOVACAR, um sistema de monitoramento da implantação do CAR e dos Planos de Recuperação Ambiental (PRAs), que por enquanto está sendo desenvolvido na Amazônia, mas que deve ser implantado em todo o país. Para Gabriela, o CAR deve servir como uma ferramenta de planejamento das propriedades e para implantar ações de controle do desmatamento.
Maria Dalce Ricas, da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda) representou o Fórum Florestal Mineiro, e Káthia Vasconcelos Monteiro, do Instituto Augusto Carneiro, o Fórum Florestal do Rio Grande do Sul. Ambas falaram sobre a implantação do CAR em seus estados. Em Minas o cadastramento tem avançado com vários problemas para serem resolvidos, já no estado gaúcho, o cadastramento ainda não começou.
Sobre as atividades que podem ser realizadas e/ou apoiadas pelas organizações que compõe o Diálogo Florestal estão: realizar campanhas de cadastramento, apoiar ações sobre a importância do CAR e ajudar nos cadastramentos em si.
Nos debates, Wigold Schaffer, Coordenador do Conselho Consultivo da Apremavi, ressaltou a importância de se incluir cada vez mais os municípios na implantação do CAR e dos PRAs, uma vez que isso está previsto na nova Lei Florestal e porque o município é responsável pela gestão e planejamento locais.
Mais detalhes sobre o SICAR podem ser acessados nos seguintes sites:
www.car.gov.br
www.cadastroambientalrural.sc.gov.br
Outras informações também podem ser conseguidas no seguinte email: car@sds.sc.gov.br.
Após o Seminário, os participantes visitaram o viveiro de mudas nativas da Apremavi e os projetos e as áreas demonstrativas de restauração florestal próximas ao viveiro, e também o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica.
No dia anterior ao Seminário, também em Atalanta, o Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina realizou sua XIX reunião. Entre os encaminhamentos destaca-se a continuidade da revisão do planejamento do Fórum, com a definição das prioridades de atuação e a elaboração da carta propositiva que será enviada aos candidatos aos Governos dos Estado de Santa Catarina e Paraná. Entre os tópicos, o Fórum solicita prioridade na implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), por ser o instrumento básico de efetivação da nova lei florestal (Lei n° 12.651/2012) e das políticas a ela relacionadas.
Reunião do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina. Foto: Miriam Prochnow
Para saber mais sobre sobre Diálogo Florestal acesse o site: www.dialogoflorestal.org.br
13/08/2014 | Notícias
Fomentar, divulgar e ensinar técnicas de agricultura orgânica. Estes foram os principais objetivos de um curso realizado entre os dias 06 e 09 de agosto no Centro Ambiental Jardim das Florestas em Atalanta. A iniciativa foi da Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí, a AMAVI e contou com o apoio de outras 10 instituições e organização da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi).
O colombiano Jairo Restrepo Rivera foi quem ministrou o curso. Ele é consultor da ONU e conta com mais de 30 anos de experiência na área. Informações sobre o trabalho de Rivera podem ser acessadas no site "La Mierda de Vaca", que com um slogan criativo instiga os internautas a saber mais sobre a prática da agricultura orgânica: "con agua y mierda no hay cosecha que se pierda" (com água e dejetos a colheita é certa). Os participantes aprenderam de forma descontraída e objetiva, práticas de preparo dos insumos e nutrientes necessários para a correção do solo no cultivo de produtos orgânicos. Rivera também iniciou os participantes na técnica da cromatografia, utilizada para se fazer a análise do solo, verificando quais substâncias ele contém.
Rivera explicando a cromatografia. Foto: Wigold B. Schaffer.
As explanações ocorreram de forma teórica e prática e cerca de 80 pessoas participaram. Entre elas, produtores orgânicos, técnicos, estudantes de agronomia, professores e engenheiros agrônomos, vindos de diversas cidades da região. Alguns deles, inclusive, ficaram hospedados durante os cinco dias de capacitação no albergue do próprio Centro Ambiental e em outros abrigos nas proximidades do local.
O presidente da Apremavi, Edegold Schaffer destaca que o evento foi um dos mais marcantes sobre o tema já realizados no Alto Vale. Ele também ressalta a importância das parcerias: O sucesso do curso se deve a parceria entre 11 instituições de vários setores da região, entre elas; ONG, poder público, setor financeiro, órgão de pesquisa e meio acadêmico. O curso de Agricultura Orgânica contou com o apoio da prefeitura do município de Atalanta, do Banco do Brasil, da Cemear, da Cooperfavi, da Cresol, da Epagri, do Instituto Federal Catarinense, do Senar e da Univali.
O presidente da Apremavi ainda frisa que é importante expandir estes conhecimentos para que mais produtores venham a desenvolver a prática: Um dos objetivos do curso era trazer mais conhecimento para os agricultores que já produzem produtos orgânicos e também formar multiplicadores desse conhecimento.
Vale destacar que na agricultura orgânica não é permitido o uso de substâncias que possam colocar em risco a saúde humana e o meio ambiente. Nela, não são utilizados fertilizantes sintéticos, solúveis ou agrotóxicos. O produto orgânico deve ser produzido contemplando elementos naturais e o uso correto do solo, da água e do ar.
Colocar a mão na massa fez parte dos trabalhos. Foto: Wigold B. Schaffer.
Apesar de o Brasil poder se destacar nesta atividade pelo fato de possuir diferentes tipos de solo e clima, o nosso país é o que mais consome agrotóxicos em todo o mundo e segundo a coordenadora de políticas públicas da Apremavi, Miriam Prochnow, isso preocupa a entidade. Em escala mundial, são usados 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos por ano.
O uso indiscriminado dos também chamados defensivos agrícolas, acarreta em vários problemas ambientais. Entre eles está a degradação do solo, a contaminação de reservas subterrâneas de água (lençóis freáticos), e o desmatamento. Estudos comprovam que o consumo de agrotóxicos também causa problemas à saúde humana.
A alternativa tida como solução para estes sérios problemas é a prática da agricultura orgânica, sem o uso de agrotóxicos e também pesticidas. No lugar destas substâncias são usados adubos e fertilizantes naturais e orgânicos, por exemplo.
Com cursos e capacitações como esta a Apremavi almeja alcançar mais agricultores conscientes, que passem a produzir alimentos que não farão mal à saúde do ser humano e também não impactarão o meio ambiente.
Participantes do curso. Espera-se que todos sejam multiplicadores da agricultura orgânica em seus locais de origem. Foto: Wigold B. Schaffer.
12/08/2014 | Notícias
Estágio: uma experiência profissional importante
Oferecer oportunidades de estágio, em várias áreas ambientais, é uma das atividades da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). Nos seus 27 anos de existência, centenas de jovens e adultos já passaram pela instituição. Muitos deles acabaram ficando e hoje integram a equipe da associação.
Prioritariamente a Apremavi recebe estudantes de ensino médio de escolas agrotécnicas e técnicas, estudantes de ensino superior das áreas de biologia, engenharia florestal, ambiental e afins, para estágios curriculares, obrigatórios ou não. A associação também está aberta para receber pessoas interessadas em aprender mais sobre a preservação da natureza. Normalmente o estagiário pode optar por um programa que vai de 2 semanas até 3 meses (Curumim, Mirim e Açu), mas é possível realizar estágios mais longos de 6 meses a um ano, e também existem as oportunidades de estágios remunerados, dentro de projetos.
O estágio curricular não-obrigatório é tido como atividade complementar às disciplinas previstas na grade curricular do curso. O desenvolvimento do estágio curricular não-obrigatório é muito importante para a formação profissional dos acadêmicos, pois, propicia maior tempo de interação entre a universidade e os espaços de atuação, enriquecendo assim o processo de aprendizagem e formação. Podem ser desenvolvidos em organizações públicas, privadas e/ou organizações não-governamentais conveniadas com as universidades.
A realização de estágios durante a graduação além de proporcionar a relação teoria e prática, possibilita o exercício do trabalho em grupo, criatividade, capacidade de lidar com imprevistos e oportunidade para crescer pessoal e profissionalmente.
Mais informações sobre oportunidades de estágio na Apremavi podem ser acessados neste link.

Uma das etapas do estágio é o preparo dos saquinhos que irão receber as sementes das árvores. Foto: Arquivo APREMAVI.
Depoimentos de duas estagiárias da Apremavi
Me identifico com as atividades e ações da instituição. Além disso, o ambiente de trabalho possibilita uma vasta troca de experiência, pois apresenta um quadro multidisciplinar de colaboradores. Me sinto bem em trabalhar com pessoas que mesmo sabendo que apresentam uma bagagem profissional muito maior que a minha, não medem esforços para me auxiliar nas atividades em que tenho dificuldade. Tudo isso torna o trabalho prazeroso e como diz o ditado, faça aquilo que você gosta e não terá de trabalhar um único dia na sua vida.
Muitas vezes a frustração dos graduandos é não ter experiência de trabalho e como consequência, ter dificuldades de encontrar o primeiro emprego depois de formado, pois a maioria dos ambientes pede algum tipo de experiência. Realizar estágio proporciona certa experiência para o graduando, abrindo portas para o mercado de trabalho, além de propiciar a vivência do futuro ambiente de trabalho.
Francieli Delazeri, acadêmica do curso de Ciências Biológicas da UnoChapecó, é estagiária remunerada do Projeto Araucária, desenvolvendo atividades junto à equipe do Oeste de SC.

Francieli com a equipe no Centro Ambiental Jardim das Florestas. Foto: Marcos Alexandre Danieli.
Em Atalanta o estágio compreende várias atividades, como trabalhos no viveiro acompanhando toda produção de mudas nativas, desde a obtenção de sementes até o encanteiramento. Além de várias outras informações úteis sobre viveiro que aprendemos durante este período. Também participamos de trabalhos relacionados à educação ambiental e acompanhamos visitas de diversas instituições, escolas e interessados em conhecer o Centro Ambiental Jardim das Florestas. Meu estágio terá duração de três meses e estou tendo a oportunidade de por em prática o que aprendi durante a graduação e de conhecer novas formas de executá-las. Realizar este estágio está sendo de grande importância para minha vida profissional e está proporcionando uma experiência muito interessante e única. É gratificante fazer parte disso tudo, aprender e acompanhar de forma mais ampla as diferentes atividades e tudo que as envolve, expandindo meu conhecimento na área.
Viviana Erpen, formada em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria, Campus de Frederico Westphalen, é estagiária voluntária em Atalanta.

Viviana coletando coordenadas geográficas em plantio de mata ciliar. Foto: Daiana Tânia Barth.
Autoras: Viviana Erpen e Francieli Delazeri
07/08/2014 | Notícias
O Projeto Araucária, executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), esteve em Santa Terezinha de 30 de julho a primeiro de agosto de 2014 para implantar pomares de espécies nativas em três propriedades localizadas no município. A implantação dos pomares é a primeira etapa para a formação de sistemas agroflorestais (SAFs) nessas propriedades.
O trabalho foi coordenado pelo Engenheiro Florestal Leandro Casanova e contou com a participação de outros integrantes da equipe da Apremavi e também dos proprietários das áreas.
Por sistemas agroflorestais entende-se a agricultura realizada em conjunto com espécies florestais e/ou com animais numa mesma área. As espécies florestais utilizadas fornecem produtos úteis ao produtor rural, além de manter fertilidade dos solos, pois adubam naturalmente o solo, reduzindo o uso de insumos e atuando na recuperação de áreas degradadas. A diversificação de espécies é a essência dos SAFs.
Nesta primeira etapa do trabalho foram utilizadas espécies de árvores frutíferas nativas, próprias para consumo humano, como: a grumixama (Eugenia brasiliensis), a gabiroba (Campomanesia reitziana), a jabuticaba (Myrciaria trunciflora), a pitanga (Eugenia uniflora), a uvaia (Eugenia pyriformis) e a cereja (Eugenia involucrata). Em cinco anos estas espécies já estarão produzindo frutos. Para que as mesmas produzam satisfatoriamente é necessário cuidar bem das mudinhas plantadas, utilizando técnicas como o coroamento, tutoriamento, roçadas, adubação e podas.
Estas frutas podem ser consumidas in natura e também ser utilizadas na preparação de doces, bolos, sobremesas entre outros. Além do consumo humano, estas espécies ao frutificarem também atraem a fauna local, servindo de alimento para diversos pássaros e pequenos roedores como a cutia.
No plantio também foram utilizados o ingá-feijão (Inga marginata) e o ingá-anão (Inga cylindrica), que por serem leguminosas, possuem associação com bactérias fixadoras de nitrogênio, atuando como fertilizantes naturais. Além disso, são espécies de crescimento rápido e irão fornecer o sombreamento necessário às plantas de erva-mate que serão introduzidas posteriormente.
Numa segunda etapa está previsto o plantio de erva-mate (Illex paraguariensis) nas entre-linhas de frutíferas nativas, completando o SAF com uma espécie de grande potencial econômico. Além da erva-mate serão plantadas também mudas de pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia), palmiteiro (Euterpe edulis) e bracatinga (Mimosa scabrella), todas visando a utilização de algum produto no futuro. Espécies de madeiras nobres como o cedro, o sassafrás, a peroba também podem ser introduzidas em sistemas agroflorestais com objetivos madeireiros no longo prazo.
A implantação de sistemas agroflorestais faz parte das atividades do Projeto Araucária, executado pela Apremavi, com partocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental.
Implantandos SAFs. Foto: Leandro Casanova.
06/08/2014 | Notícias
No dia 29 de julho de 2014 o Projeto Araucária, executado pela a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), realizou um dia de campo no município de Santa Terezinha, com o objetivo de demonstrar aos produtores rurais a metodologia do enriquecimento ecológico de florestas secundárias.
O enriquecimento de florestas secundárias é uma ideia pioneira da Apremavi e tem sido utilizado como uma forma de acelerar os processos naturais de regeneração destas florestas, que se encontram presentes na maioria das propriedades rurais da Mata Atlântica.
Florestas secundárias, também chamadas de capoeiras ou capoeirões, são matas resultantes de um processo de regeneração natural da vegetação, em áreas que já haviam sido totalmente desmatadas e usadas para agricultura ou pastagens. Também são conhecidas como secundárias as florestas descaracterizadas por intensa e irracional exploração madeireira.
Enriquecer florestas secundárias é aumentar, através do plantio, a quantidade de espécies de árvores e outras plantas em determinada área, contribuindo para o incremento da biodiversidade e para a aceleração na regeneração da floresta. A técnica pode trazer também inúmeras vantagens, como o retorno econômico através da retirada de lenha e uso de espécies como o palmito e a erva-mate.
Dentro do Projeto Araucária está sendo estimulado o plantio de erva-mate para o enriquecimento de florestas secundárias. Foto: Morgana Freitas.
O enriquecimento de florestas secundárias em um primeiro momento prevê a roçada de cipós, samambaias e taquaras a fim de proporcionar condições para posterior corte seletivo de árvores pioneiras, exóticas, árvores secas, quebradas e em toiças, bastante comuns em remanescentes secundários. Essa intervenção tem como resultado imediato a produção de lenha. É importante lembrar que de acordo com a Lei da Mata Atlântica, o limite permitido é 15 m³ de lenha a cada ano por propriedade, para uso doméstico. É vedado o corte de espécies ameaçadas de extinção.
Como resultados de médio prazo das atividades de enriquecimento de florestas secundárias, existem várias espécies a serem aproveitadas, entre elas o palmito, a erva-mate, a espinheira santa, bem como árvores nobres como a araucária, cedro, canafístula e outras. O modelo a ser utilizado em cada propriedade dependerá das características da região.
O enriquecimento ecológico de florestas secundárias está normatizado pelo Decreto 6660 de novembro de 2008.
O dia de campo foi realizado na propriedade do Sr. Demétrio Bossy e foram realizadas as seguintes atividades: corte de cipós, taquaras e samambaias de chão; seleção e corte das espécies arbóreas pioneiras; recorte das árvores derrubadas em pedaços de um metro para lenha; e medição do volume de lenha retirada. O material retirado deve ser usado na propriedade. Na área trabalhada o proprietário fará o plantio de erva-mate com espaçamento recomendado de 3m entre linhas e 1,5m entre plantas.
De acordo com a legislação ambiental não é permitida a eliminação ou supressão total de nenhuma espécie e em áreas de preservação permanente não podem ser subtraídas plantas de qualquer espécies e nem introduzir espécies exóticas.
O dia de campo fez parte das atividades do Projeto Araucária, executado pela Apremavi, com patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental.
01/08/2014 | Notícias
Curso capacita sobre Inventário Florestal da Mata Atlântica
A Prefeitura Municipal de Chapecó, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente (Sedema) e a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) promoveram nos dias 25 e 26 de julho o “Minicurso sobre Inventário Florestal e Estágios Sucessionais da vegetação da Mata Atlântica”. O evento foi realizado no Centro de Treinamento de Chapecó – CETREC – da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI.
O curso teve como objetivo dar o aporte teórico-prático necessário para a realização de inventários florestais e identificação de estágios sucessionais da vegetação da Mata Atlântica. Foi ministrado pelo Professor Dr. João de Deus Medeiros, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e contou com a participação de 30 pessoas, entre representantes de órgãos ambientais, de segurança, fiscalização, organizações-não-governamentais, universidades, acadêmicos interessados no tema.
Durante o minicurso foram abordadas as características gerais da vegetação do Estado de Santa Catarina, com destaque à Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Decidual, por serem características da região Oeste do Estado. Também foram abordados temas relacionados à sucessão ecológica, ecologia da paisagem, processos sociais, transformações históricas, legislação ambiental e políticas públicas necessárias à conservação da biodiversidade.
Outro enfoque foi sobre metodologias adotadas para inventários florestais, considerando aspectos qualitativos e quantitativos. A aplicação prática deste conhecimento ocorreu no próprio CETREC, por meio de trabalhos em grupos, que implementaram na prática exercícios de inventário florestal, com levantamento, tratamento dos dados, e enquadramento do estágio sucessional da área amostrada.
Priscila Fernanda Rech Confortin, da Sedema, destaca que o minicurso cumpriu com seus objetivos ao mesmo tempo em que oportunizou a qualificação dos técnicos e profissionais da área ambiental: “o evento contribuiu com a prestação de melhores serviços à comunidade e ao meio ambiente”, comenta Priscila.
Marluci Pozzan, da Apremavi, acrescenta que o evento foi bastante interessante, pois abordou vários pontos relativos à flora catarinense e envolveu diversos atores sociais relacionados à preservação do meio ambiente, os quais serão multiplicadores do conhecimento em suas respectivas instituições: “A integração do conteúdo programático teórico com atividade prática teve grande contribuição no sucesso da capacitação”, cita Marluci.
O professor João chamou atenção também para a importância de se analisar o conjunto dos dados do inventário florestal e não apenas o percentual geral da cobertura florestal do estado, que pode mascarar a gravidade da situação das florestas catarinenses: “é importante ter essa avaliação mais detida dos dados do Inventário, pois a simples projeção da ampliação da cobertura florestal (os atuais 29% indicados no inventario) pode ser repassado como algo positivo, dando a entender que a política de conservação da natureza no Estado é exitosa, quando o dado qualitativo, também expresso no inventário, mas negligenciado, mostra o contrário“, destaca João de Deus.
Dados do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
- Projeto envolveu a definição de 440 unidades amostrais de 0,4 ha (4.000 metros quadrados).
- Mais de 200.000 arvores foram medidas.
- A cobertura florestal do Estado é de 29%.
- Entre 4 e 5% a cobertura é de formações pioneiras (capoeirinhas).
- Na floresta estacional decidual (que ocorre no oeste ao longo do rio Uruguai) a situação é mais critica, estando a cobertura com apenas 16%.
- Florestas maduras (bem diversificadas) no estado não chegam a 5%.
- 860 espécies de arvores e arbustos foram registradas no inventário.
- O numero de espécies arbóreas nas florestas é baixo, no máximo a metade do numero esperado – entre 35 e 40 espécies quando o esperado seria 70.
- O volume de madeira das florestas e seu estoque de biomassa e carbono são atualmente menores que um terço do valor original.
- Nossas florestas são degradadas e ainda sofrem ameaças de conversão para expansão de atividades humanas.
- O Inventário registrou 150 espécies com apenas 1 ou 2 indivíduos em todo o estado.
- Varias espécies importantes apresentam baixa diversidade genética em muitas de suas populações – é o caso, por exemplo, da araucária, canela-preta, imbuia, canela- sassafrás, xaxim.
- Há hoje, para muitas espécies, grande aumento no risco de extinção local.
Autor: Marcos Alexandre Danieli.
Revisão: Miriam Prochnow.
01/08/2014 | Notícias
O ano de 2014 foi escolhido pelo Conselho Consultivo do Parque Nacional (PARNA) das Araucárias (SC) como o início das discussões e primeiros encaminhamentos referentes ao uso público da Unidade de Conservação (UC). Um Grupo de Trabalho (GT) foi criado para conduzir as discussões e promoveu uma assembleia extraordinária aberta, com a participação de várias instituições e gestores de outras UCs da região, estaduais e federais.
O Parque, localizado nos municípios Passos Maia e Ponte Serrada, no oeste catarinense, foi criado em 2005. Segundo Juliano Rodrigues Oliveira, chefe da UC, sua regularização fundiária é bastante incipiente, mas nada disso tem sido um obstáculo para a comunidade, que deseja ver o Parque Nacional aberto em pouco tempo.
Entre as atividades promovidas pelo GT de Uso Público está o intercâmbio dos conselheiros com outras UCs. O Parque Nacional das Araucárias já recebeu conselheiros dos parques estaduais das Araucárias e Fritz Plaumann. Já os seus conselheiros visitaram o Parque Estadual Fritz Plaumann e também irão conhecer a Floresta Nacional de Chapecó e o Parque Nacional do Iguaçu, para compreender como ocorre a gestão da visitação nessas áreas.
As visitas já realizadas contaram com apoio da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), por meio de projetos de gestão participativa, planejamento e capacitação em UCs, realizados por esta associação em parceria com o ICMBio e outras instituições. A Apremavi é conselheira do PARNA das Araucárias e integrante do GT de Uso Público e desde a criação do Parque tem contribuído com sua gestão.
Outro encaminhamento aprovado pelos conselheiros foi a concepção de uma marca para a unidade. Sugestões de elementos para compor o logo foram apresentadas em um formulário e a votação foi feita por conselheiros, parceiros, alunos de escolas públicas e também pela comunidade. Cerca de 500 pessoas participaram da escolha dos aspectos que irão compor a marca. Com isso, conseguimos também a aproximação dos cidadãos com o Parque Nacional, afirmou Juliano.
Floresta com araucárias, papagaio-do-peito-roxo e rio/cachoeira foram os temas escolhidos na votação. Agora, o material segue para a Divisão de Comunicação (DCom) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para desenvolvimento de opções de marca e posterior avaliação dos conselheiros e da comunidade.
A próxima atividade será a realização do Workshop Turismo de observação de aves para gestores de UCs, pousadas e empreendimentos turísticos, de 13 a 17/08/2014, em Passos Maia (SC), com o objetivo de fornecer informações que auxiliem no planejamento para implantação da atividade. Trata-se de um evento promovido pelo Conselho Consultivo do Parque Nacional das Araucárias, com o apoio do ICMBio, da Prefeitura de Passos Maia e do SEBRAE/SC e que será ministrado pela consultora Maria Antonietta Castro Pivatto, especialista na área.
O papagaio-de-peito-roxo foi um dos símbolos escolhidos para compor a logo do parque. Foto: Cleiton Brugnarotto.
30/07/2014 | Notícias
Julho é o mês do aniversário da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). Em 2014 a associação completa 27 anos de fundação. A educação ambiental tem sido uma das ferramentas mais usadas pela Apremavi visando desenvolver a conscientização ambiental da população. Para comemorar a data, a Apremavi compartilha algumas das ações que realizou nos meses de junho e julho, em parceria com escolas de Atalanta, mostrando exemplos que podem ser seguidos e replicados.
As escolas da rede municipal e estadual do município de Atalanta são grandes parceiras dos trabalhos da Apremavi. Os alunos das 5ª séries do ensino fundamental da Escola de Ensino Básico Dr. Frederico Rolla visitaram o Centro Ambeintal Jardim das Florestas e participaram de uma roda de conversa sobre mudanças climáticas e a importância da recuperação de áreas degradadas.
A escola Ribeirão Matilde foi parceira nas atividades em comemoração a Semana do Meio Ambiente. Os conhecimentos adquiridos foram aplicados nos trabalhos para a XII Feira Municipal de Matemática e de Ciências que foi realizada no dia 19 de julho em Atalanta.
Dentro do projeto Um novo olhar sobre o bosque, onde a escola trabalha com as árvore nativas de um bosque implantado nas dependências da escola há 15 anos, foram criados dois grupos ambientais, RM Ambiental e Patrulha das Sementes. Do trabalho dos grupos surgiram duas pesquisas científicas. A primeira com os alunos do 7º ano com o tema Propriedade Rural: Organizar pra Fica Legal, que trabalhou as questões da mata ciliar, reserva legal, corredor ecológico, erosão, etc. Para a apresentação na Feira foi montada uma maquete com uma propriedade rural dentro dos padrões legais e ambientais para uma agricultura sustentável. Para chegar neste resultado os alunos tiveram aulas práticas de restauração de mata ciliar numa propriedade da comunidade e realizaram estudos sobre a sucessão ecológica e espécies indicadas para o plantio.
A outra pesquisa científica foi denominada de Plantando Sementes: Relembrando o Passado com os alunos do 5º ano. Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de explorar as características das diversas espécies nativas existentes no bosque da escola. Estas duas pesquisas foram apresentadas na XII Feira Municipal de Matemática e de Ciências sendo que ambos os trabalhos receberam a premiação Destaque e irão representar a escola na XIV Feira de Matemática e XIV Feira de Ciências da região de Ituporanga (FEMACRI) em agosto.
A Escola Municipal Vila Gropp, que também é parceira da Apremavi de longa data, também expôs trabalhos ambientais na Feira Municipal: Coopermática – Cooperativismo para a Sustentabilidade; O Solo Nosso de Cada Dia; e Belezas Cênicas da Nossa Terra: Beija-flor
A Escola Municipal Vila Gropp também organizou um passeio ciclístico no dia 25 de julho, data em que se comemorou o Dia do Colono e do Motorista. O passeio ciclístico é uma forma de conscientizar as pessoas da importância da prática de atividades físicas e chamar a atenção para a diminuição do uso de combustíveis fósseis.
Muitas das atividades de educação ambiental da Apremavi são desenvolvidas através do Projeto Araucária, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Esta matéria foi publicada no Jornal Diário do Alto Vale no dia 29 de julho de 2014. O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente.
29/07/2014 | Notícias
No dia 22 de julho de 2014 foi realizado, através do Projeto Araucária, o Seminário Regional sobre Conservação Ambiental e Cultivo de Erva-Mate em Santa Terezinha – SC.
O projeto Araucária é executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), com patrocínio da Petrobras, através do programa Petrobras Socioambiental.
O Seminário teve como objetivo repassar informações aos agricultores visando o uso sustentável dos recursos naturais, a preservação da mata ciliar em torno de rios e nascentes e o incremento na geração de renda a partir da estruturação da cadeia produtiva da erva-mate: a ideia é capacitar os agricultores para melhor forma de plantio e manejo desta cultura dentro de suas propriedades rurais, diz Edilaine Dick, coordenadora do Projeto Araucária.
Cerca de 100 pessoas, entre agricultores, técnicos e estudantes, participaram do evento, que foi considerado por Davi Kubchen, secretário da agricultura uma iniciativa muito importante aos munícipes de Santa Terezinha.
Foram realizadas 04 palestras: Nelcio Lindner falou sobre a importância da floresta na produção de alimentos e erva-mate; Paulo Floss discorreu sobre sistemas de plantio e cultivo de erva-mate em sistemas agroflorestais; Rafael Kamke relatou sobre a erva-mate como alternativa a agricultura familiar; e, Salesiano Durigon orientou sobre a legislação trabalhista referente ao cultivo da erva-mate.
O evento foi encerrado com uma visita ao Viveiro Florestal do Projeto que está localizado na comunidade de Ouro Verde em Santa Terezinha.
O seminário foi realizado com apoio dos agricultores que participam do projeto Araucária e do grupo de mulheres da comunidade e fez parte da programação da semana do agricultor organizada pela Epagri, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Prefeitura Municipal de Santa Terezinha SC.
O cultivo da erva-mate e o seminário foram destaque na programação da RBA Notícias. Assista a reportagem.
Fotos: Marcos Alexandre Danieli e Edegold Schaffer.
17/07/2014 | Notícias
No mês de agosto, Atalanta (SC) sediará um importante curso de agricultura orgânica com o engenheiro agrônomo colombiano, Jairo Restrepo Rivera.
Rivera, é consultor da ONU, com mais de 30 anos de experiência em agricultura orgânica, proteção ambiental, análise cromatológica dos solos, reciclagem e desenvolvimento rural sustentável. Ministrou mais de 750 conferências e mais de 700 cursos teórico-práticos na América Latina, África, Europa e Austrália e tem 16 livros publicados.
O curso terá 70 vagas e pretende contemplar todos os municípios do Alto Vale do Itajaí, com pelo menos 1 representante. 50% das vagas serão destinadas para agricultores que já trabalham na área e 50% para técnicos que serão futuros multiplicadores do conhecimento que o curso lhes proporcionará.
Um dos diferenciais do curso é que além da parte teórica, Rivera mostrará na prática o preparo dos insumos e nutrientes necessários para a correção do solo no cultivo de orgânicos. O curso será realizado entre os dias 06 a 09 de agosto, no Centro Ambiental Jardim das Florestas da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) em Alto Dona Luiza Atalanta (SC).
O curso é uma iniciativa da Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), juntamente com outras 10 instituições parceiras: Apremavi, Prefeitura Municipal de Atalanta, Banco do Brasil, Cemear, Cooperfavi, Cresol, Epagri, IFC, Senar e Univali.
Para Edegold Schäffer, Presidente da Apremavi, este curso é fruto da parceria que envolve várias instituições preocupadas com o desenvolvimento de um modelo sustentável de agricultura na região do Alto Vale do Itajaí. Precisamos capacitar os agricultores e criar um programa que leve, além de orientação técnica para a produção de orgânicos, apoio logístico para a comercialização dos mesmos, afirma Schäffer.
Mais informações com Edson Fronza no email: agro@amavi.org.br
15/07/2014 | Notícias
A educação ambiental é entendida como toda ação educativa que gera uma consciência ecológica em cada ser humano, preocupada com as decisões coletivas sobre questões ambientais, necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável. Ela vem se destacando cada vez mais como função transformadora que tem como objetivo essencial promover um novo tipo de desenvolvimento: o desenvolvimento sustentável.
A relação entre meio ambiente e educação para a cidadania tem um papel cada vez mais desafiador. Mas o que tem sido feito em termos de educação ambiental? O que as escolas têm ensinado sobre o assunto? O governo tem incentivado esse tipo de atividade? Muito ainda temos que evoluir.
Muitas das atividades de educação ambiental ainda são feitas dentro de uma modalidade formal. Os temas predominantes são lixo, proteção do solo, uso e degradação dos recursos naturais em geral, ações para conscientizar a população em relação à poluição do ar. A educação ambiental que tem sido desenvolvida no país é muito diversa e a presença dos órgãos governamentais como articuladores, coordenadores e promotores de ações é ainda restrita.
Atualmente quem tem demostrado maior qualidade em trabalhos envolvendo educação ambiental tem sido ONGs e organizações comunitárias, que tem desenvolvido ações não formais centradas principalmente na população infantil e juvenil.
Palestras em dias de campo são ferramentas importantes na educação ambiental. Foto: Wigold B. Schaffer.
Uma das formas de levar educação ambiental à comunidade é pela ação direta do professor na sala de aula e em atividades extracurriculares. Com atividades como leitura, trabalhos escolares, pesquisas, debates e visitas de campo, os alunos poderão entender os problemas que afetam a comunidade onde vivem, motivados a refletir e criticar as ações de desrespeito à natureza, ao patrimônio ambiental do planeta e à própria vida. Os professores são atores fundamentais no processo de conscientização da sociedade sobre os problemas ambientais e devem buscar desenvolver em seus alunos, hábitos e atitudes sadias de conservação ambiental, transformando-os em cidadãos conscientes e comprometidos com o futuro do país.
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) desenvolve ações de educação ambiental há 27 anos e pode comprovar a importância de se investir cada vez mais em ações educativas. Muitas vezes com atividades bastante simples é possível produzir as mudanças de atitude necessárias para melhorar o dia a dia da conservação e da qualidade de vida. As publicações da Apremavi podem ser acessadas no seguinte link: https://apremavi.org.br/frutos/livros//
A Apremavi também mantém o Centro Ambiental Jardim das Florestas, no município de Atalanta, que pode atender visitas com objetivo educacional. As visitas podem ser agendadas no seguinte telefone (47) 35350119 ou email viveiro@apremavi.org.br.
Esta matéria foi publicada no Jornal Diário do Alto Vale no dia 15 de julho de 2014. O Espaço Apremavi é publicado quinzenalmente.
15/07/2014 | Notícias
Durante o período de 07 a 09 de julho de 2014 a equipe da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) iniciou o processo de elaboração do diagnóstico socioeconômico e socioambiental da Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Serra da Abelha.
Durante os três dias foram entrevistados 60 moradores das comunidades de Colônia Sadlowki e Varaneira, com o objetivo de caracterizar a comunidade local quanto ao seu modo de vida, caracterização da propriedade frente aos aspectos econômicos e ambientais, organização e percepção dos moradores sobre a unidade de conservação e potencialidade turística da área.
Entrevista sendo realizada. Foto: Edilaine Dick.
O diagnóstico dos aspectos turísticos também foi realizado com moradores da comunidade Santa Cruz dos Pinhais, nas propriedades aonde já existe visitação em pontos de relevante beleza cênica, ou pousadas rurais. Os demais dados desta comunidade serão levantados posteriormente.
Esta etapa de campo faz parte da metodologia para elaboração do plano de manejo da Arie, para o qual já foram realizadas as etapas de levantamento primário e secundário de dados bióticos e abióticos, bem como reuniões abertas com as comunidades.
A elaboração do Plano de Manejo da ARIE Serra da Abelha integra o projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Funbio.
Atividade de fumicultura na Arie Serra da Abelha. Foto: Edilaine Dick
Os moradores entrevistados também foram convidados a participar do Seminário Regional Conservação Ambiental e Cultivo de Erva-mate a ser realizado pelo Projeto Araucária desenvolvido pela Apremavi no dia 22 de julho de 2014 em Santa Terezinha.
10/07/2014 | Notícias
O Projeto Araucária, executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), convida agricultores e técnicos para o Seminário Regional Conservação Ambiental e Cultivo da Erva-mate.
O Seminário será realizado no dia 22 de julho de 2014 das 08:30 às 16:30 horas nas dependências do Salão da Igreja Ucraniana do Colorado, no município de Santa Terezinha (SC).
O Projeto Araucária é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
A iniciativa faz parte da programação da semana do agricultor organizada pela Epagri, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Prefeitura Municipal de Santa Terezinha.
A foto ao lado mostra um pouco sobre a cultura do chimarrão na região (Foto: Marcos Alexandre Danieli) .
Os interessados devem confirmar presença até o dia 16/07/2014, através do telefone da Apremavi 35350119, Epagri de Santa Terezinha com Lucimari ou Jean, ou no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vitor Meireles.
Programação do Seminário
08h30min Cadastramento e mesa de abertura
09h15min Palestras
- Importância da Floresta na produção de alimentos e erva-mate
- Sistemas de plantio e cultivo de erva-mate em sistemas agroflorestais
12h00min Palestra
- Erva-mate como alternativa a agricultura familiar
13h00min Almoço
14h30min Palestra
- Legislação ambiental e trabalhista ao cultivo da erva-mate
15h30min Visita ao viveiro florestal do projeto
09/07/2014 | Código Florestal, Notícias
No dia 08 de julho de 2014 foi realizado o Seminário Técnico sobre a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Alto Vale do Itajaí, organizado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), em parceria com o Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina. O evento aconteceu nas dependências do Centro Ambiental Jardim das Florestas da Apremavi, localizado em Alto Dona Luiza – Atalanta-SC.
O Seminário, teve como objetivo discutir a integração do Sistema de Cadastro Ambiental Rural – CAR desenvolvido pela Amavi e o SICAR – Sistema de Cadastro Ambiental Nacional e definir formas de apoio técnico aos proprietários rurais na implementação do CAR e dos Planos de Recuperação Ambiental (PRAs).
Os organizadores iniciaram com uma apresentação destacando as implicações da revisão do Código Florestal e o desafio de implementar o CAR, configurando-o como verdadeiro instrumento de gestão ambiental, ressaltando a importância da participação da sociedade civil organizada no processo, assim como a relevância do CAR no aprimoramento de politicas de conservação da biodiversidade, notadamente quanto a possibilidade de utilização do CAR como ferramenta para criação de corredores de biodiversidade.
O representante do MMA, Hélio Pereira, fez uma detalhada apresentação do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR), explicando suas distintas funcionalidades e as possibilidades de integração de informações. Destacou a importância de ampliar a participação de diferentes atores na implementação do CAR e a necessidade de operacionalizar a entrada de dados no sistema de forma integrada, buscando aproveitar ao máximo as iniciativas já implementadas, e colocando a equipe técnica do SICAR a disposição para orientação e treinamento dos técnicos envolvidos para, se necessário, promover ajustes que viabilizem a migração de dados para o SICAR.
Helio dos Santos Pereira afirmou que o Sistema de Cadastro Ambiental Rural – CAR desenvolvido pela Amavi deverá ser integrado ao SICAR Nacional e para isso já deixou com os técnicos da Amavi o Manual de Integração dos sistemas. Segundo Hélio, o próximo passo vai ser a ida de técnicos da Amavi até a Universidade Federal de Lavras em Minas Gerais, responsável pelo desenvolvimento do SICAR, para fazer a integração dos sistemas e tão logo isso seja feito, a Amavi poderá transmitir diretamente os dados dos imóveis já cadastrados para o cadastro nacional. Depois da integração dos sistemas, os proprietários de terra que fizerem seu cadastramento nas prefeituras do Alto Vale, terão os dados imediatamente transferidos para o SICAR Nacional.
Representantes da AMAVI e da Prefeitura de Atalanta fizeram a exposição das experiências já acumuladas na região do Alto Vale, destacando que o trabalho já desenvolvido na região pode agilizar bastante o processo de cadastramento.
São diversas as vantagens do Sistema CAR da Amavi para os proprietários e também para as prefeituras:
a) o agricultor será atendido no seu município, perto de sua casa e por pessoas que ele conhece;
b) eventuais dificuldades ou problemas no cadastramento serão resolvidos diretamente na prefeitura, evitando assim perda de tempo e gastos;
c) as prefeituras, por força da Lei 12.651/12, prestarão, de forma gratuita, toda assistência técnica e jurídica aos proprietários ou posseiros com até 4 módulos fiscais;
d) para as prefeituras a maior vantagem do CAR da Amavi é que elas ficarão com a base de dados e poderão com isso desenvolver inúmeras políticas públicas nas áreas de agricultura, meio ambiente, saúde, infraestrutura, etc;
A atuação do Governo do Estado de Santa Catarina na implementação do CAR foi apresentada pelo Diretor de Saneamento e Meio Ambiente, Luiz Antônio Garcia Corrêa e por Bruno Henrique Beilfuss, ambos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável. Na apresentação destacaram o investimento feito na configuração de parcerias e no treinamento de multiplicadores e facilitadores para implementação do CAR no estado.
Na avaliação de João de Deus Medeiros, Diretor do Departamento de Botânica da UFSC, o evento, que contou a participação de cerca de 80 pessoas, incluindo prefeitos, vereadores, técnicos, ambientalistas, estudantes e proprietários rurais, foi bastante proativo: foram tirados encaminhamentos oportunos, capitalizando a participação das diferentes esferas do governo, e indicando alternativas para que dados já cadastrados no sistema da AMAVI possam migrar para o SICAR, formas de aproveitamento das imagens disponibilizadas pelo Governo de Santa Catarina para a operacionalização dos cadastros, bem como indicação objetiva de dialogo entre técnicos das instituições para viabilização da operação colaborativa e integrada, o que por certo resultará em maior eficácia e ganho de escala no processo de registro dos imóveis rurais no CAR.
O prefeito de Agrolândia e Presidente da Amavi, José Constante, lembrou que os prefeitos dos 28 municípios do Alto Vale deliberaram por unanimidade que a Amavi deveria desenvolver um Sistema de Cadastro Ambiental Rural para auxiliar os agricultores e proprietários rurais na região na regularização ambiental de seus imóveis. Constante também falou que o Governo do Estado repassou para a Amavi e para as prefeituras as imagens de alta resolução (aerofotografias) que vão ajudar muito nos trabalhos.
Já o Prefeito de Atalanta Tarcisio Polastri disse que as imagens cedidas pelo Governo do Estado estão com muito melhor resolução e do que as imagens disponibilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente, por isso ele defende que o CAR da Amavi utilize as imagens do Governo do Estado. Polastri também destacou que os técnicos da Prefeitura de Atalanta já fizeram diversos trabalhos com ajuda das imagens cedidas pelo Governo do Estado como por exemplo o mapeamento de toda a vegetação nativa do município e de todos os reflorestamentos, o mapeamento de todos os lotes urbanos e o mapeamento das nascentes e cursos dágua que são utilizadas por mais de uma família no meio rural, este último por exigência de um Termo de Ajustamento de Conduta assinado no Ministério Público.
O representante do MMA esclareceu que as imagens disponibilizadas pelo Governo Federal tem resolução espacial de 5 metros, que é inferior à resolução das imagens do Governo do Estado de Santa Catarina. Isso se deve em função de que foram as únicas imagens disponíveis para todo o território nacional. Segundo Pereira, é perfeitamente possível e desejável, como no caso do Alto Vale de do Estado de SC, que tem imagens de melhor resolução, que estas sejam utilizadas no CAR. Para isso, solicitou, durante o Seminário, que a Amavi e o Governo do Estado enviem técnicos para Lavras e lá façam a compatibilização das imagens com o SICAR Nacional.
Wigold Schaffer, Coodernador do Conselho Consultivo da Apremavi avalia que o seminário foi um sucesso e que possibilitou o encaminhamento de ações que podem de fato transformar o CAR em realidade no Alto Vale do Itajaí e em outras regiões de Santa Catarina e disse que a Apremavi vai continuar trabalhando para que isso aconteça no menor prazo possível.
A Apremavi também irá desenvolver atividades relacionadas ao CAR, junto aos proprietários rurais parceiros do Programa Matas Legais e do Projeto Araucária.