10/02/2014 | Bichos de Atalanta, Guia de Espécies, Notícias
O esplendor do bugio-ruivo
O bugio é um bicho da mata,
Um macaco com vocação para ser cantor,
Na floresta todos ouvem seu ronco
Um tom do bugio roncador.
Magnífico é poder acordar com o canto esplendoroso do bugio. Cheio de simpatia, se revela na mata lentamente, mas sempre atento afinal sua situação exige atenção em toda a floresta. Seu esplendor e canto inclusive já serviram de inspiração para músicas (veja abaixo). Na Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), o bugio Ed, virou personagem para ilustrar materiais de Educação Ambiental. Um deles, o folder sobre a importância dos animais nativos, pode ser acessado aqui.
Considerado um dos maiores primatas neotropicais o bugio pertence ao gênero Alouatta, que apresenta inúmeras espécies diferentes, assim caracterizadas principalmente pelos aspectos morfológicos, como sua coloração e tamanho.
São encontrados desde o Estado de Vera Cruz, no México, até o Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil e Corrientes, na Argentina. Em termos de altitude, ocorrem em regiões desde o nível do mar até 700 metros. Aqui em Atalanta, por entre a preservada Mata Atlântica encontrada aos pés da Serra do Pitoco, quem tem nos mostrado sua graciosidade e concerto – às vezes ensurdecedor – é um grupo de bugios da espécie Alouatta fusca.
Como os outros integrantes do gênero Alouatta, o bugio-ruivo é conhecido como um dos mais notáveis primatas que emitem vocalizações de longo alcance, principalmente em contextos de defesa de territorialidade.
São animais sociais e formam grupos que podem ter de 2 a 8 indivíduos. Os machos adultos sãovermelho-alaranjados e maiores que as fêmeas, apresentando uma pelagem mais densa, principalmente na região gular onde se forma uma espessa barba. As fêmeas e jovens apresentam coloração castanho escuro.
A reprodução pode acontecer ao longo do ano, porém cada gestação, de até 195 dias, gera somente um filhote. Nas primeiras semanas de vida, o filhote é carregado no ventre da fêmea e só mais tarde ele começa a se pendurar no seu dorso. Os bugios permanecem a maior parte do seu período diário em repouso e podem pesar até 9 kg quando adultos.
Os grupos apresentam comportamento hierárquico onde um macho adulto é considerado o dominante, este geralmente se mantém nos galhos mais altos da mata de onde observa tudo o que acontece. Apesar disso, desempenham muitas interações sociais, tais como brincadeiras (especialmente entre os filhotes e jovens) e seções de catação, comportamento que serve para limpar sua pelagem e reforçar os laços afetivos entre os indivíduos do grupo.
Os bugios tem uma adaptação nos membros anteriores, conhecida como esquizodactilia (dedos médios afastados), que facilita sua locomoção. Já a sua cauda preênsil, dotada de uma musculatura desenvolvida e grande sensibilidade, auxilia no ato de se pendurar nas árvores e de segurar objetos, além de servir como órgão de equilíbrio durante sua movimentação.
São animais folívoros e por isso alimentam-se principalmente de folhas, entretanto também comem frutos, sementes e brotos. As folhas do Cedro e da Embaúba são as preferidas, além dos frutos da Figueira e das flores do Garapuvú. Sendo assim, acabam exercendo um papel extremamente importante na dispersão das sementes de muitas espécies de plantas, auxiliando na sobrevivência e na manutenção da diversidade da floresta.
Os bugios não possuem muitos predadores naturais, contudo animais como a jaguatirica (Leopardus pardalis) e os falconiformes, dentre eles o gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) e a águia-real (Harpia harpyja), preenchem essa lista. Ainda assim, as principais ameaças ao grupo são de origem antrópica, sendo o desmatamento e a fragmentação de seu habitat os fatores mais alarmantes, além da caça ilegal e predatória.
Diante do quadro de degradação ambiental em que vivemos, medidas conservacionistas devem ser tomadas imediatamente e a Apremavi convida todos vocês a conhecerem o novo Centro Ambiental Jardim das Florestas onde são desenvolvidas várias ações de Educação e Conservação Ambiental. Além disso, também estamos coletando assinaturas para a Campanha “Eu Respeito os Animais da Natureza e Digo Não À Caça“.
Bugio-ruivo
Nome científico: Alouatta guariba clamitans
Ordem: Primates
Família: Atelidae
Habitat: Mata Atlântica
Alimentação: folhas, sementes, brotos e frutos
Altura: varia de 30 a 75 cm
Peso: atinge até 9 quilos
Predadores naturais: Falconiformes
Fatores de ameaça: perda/fragmentação do habitat, desmatamento, tráfico ilegal e caça predatória
Fontes consultadas
Aguiar, L.M.; Reis, N.R.; Ludwig, G. & Rocha, V.J. Dieta, Área de Vida, Vocalizações e Estimativas Populacionais de Alouatta guaribaem um remanescente florestal no norte do estado do Paraná. Neotropical Primates, 11(2), 2003.
Bicca-Marques, J.C. & Calegaro-Marques, C. Ecologia Alimentar do gênero Alouatta Lacépede 1799 (Primate, Cebidae). Ciência Agronômica, Rio Branco, 3: 23-49, 1995.
Bugio (Alouatta fusca). Disponível em: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/fauna/mamiferos/ bugio_(alouatta_fusca).html. Acessado em 09 de fevereiro de 2014.
Gregorin, R. Taxonomia e variação geográfica das espécies do gênero Alouatta Lacépède (Primates, Atelidae) no Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 23(1), Curitiba. 2006.
Machado, A.B.M.; Drummond, G.M. & Pagila, A.P. (eds.). Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. MMA, Brasília. 2008.
Miranda, J.M.D; Moro-Rios, R.F.; Bernardi, I.P. & Passos, F.C. Formas não usuais para a obtenção de água por Alouatta guariba clamitans em ambiente de Floresta com Araucária no Sul do Brasil. Neotropical Primates, 13(2): 21-23. 2005.
Primatas do Brasil. Disponível em: http://primatasdobrasil.blogspot.com.br/2009/10/bugio-ruivo-alouatta-fusca-clamitans.html. Acessado em 09 de fevereiro de 2014.
Zaccaron, G.S. Estudo dos aspectos gerais e do comportamento de Alouatta fusca, em um Remanescente Florestal no Município de Morro da Fumaça – SC. Monografia apresentada para conclusão de graduação. UNESC. Criciúma. 2005.
07/02/2014 | Notícias
Representantes do WWF-Brasil, da Conservação Internacional, da Fundação SOS Mata Atlântica, da TNC, do Ipam, da Rede de ONGs da Mata Atlântica, da Frente Parlamentar Ambientalista, da Iniciativa Verde, e da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) se reuniram em Brasília no dia 06 de fevereiro de 2014 para discutir as perspectivas e realidades na implementação e efetividade do novo Código Florestal no Brasil. As organizações integram o Observatório do Código Florestal, implantado em 2013 para monitorar a implementação da nova Lei.
A partir dos relatórios dos presentes sobre o processo de implementação do novo código nos estados, percebe-se que há dificuldades na implantação, inclusive para dar recomendações concretas sobre os procedimentos que devem ser tomados. Um dos principais problemas é com o Sistema Nacional do Cadastro Ambiental Rural (SiCAR), que tem diferentes níveis de execução de estado pra estado.
No estado de São Paulo o SiCAR está sendo implementado desde junho de 2013, tendo sido realizados 2 mil cadastros de propriedades rurais até o momento. Contudo, assim como no Rio de Janeiro os técnicos estão aguardando o posicionamento do Ministério do Meio Ambiente afirmando que o sistema pode ser implementado. Roberta del Giudicem, da BVRio, afirma que muitos tem medo de agir na ilegalidade, por isso aguardam a publicação do decreto que regulamenta o sistema.
No Pará já existem grupos de trabalho dentro da Iniciativa Municípios Verdes com uma agenda para ter o Programa de Regularização Ambiental (PRA) aprovado. Francisco Fonseca, da TNC, percebe que há vontade política para a regulamentação, mas os estados ainda têm muitas dificuldades técnicas.
João de Deus Medeiros, da Apremavi, lembra que em Santa Catarina a situação é bem alarmante, uma vez que recentemente foi aprovada e sancionada a Lei de atualização do Código Ambiental Estadual e que se contrapõe às outras leis ambientais no país, sendo inclusive inconstitucional e dificulta a efetividade de sistemas como o SiCAR.
André Lima, do IPAM, destacou que os estados não deveriam ficar de braços cruzados esperando o decreto federal para a implementação do SiCAR e efetivação do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
O representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Raimundo Deusdará Filho, que participou da reunião a pedido do Observatório, afirma que o MMA entende que o prazo para implementação do sistema (1 ano a partir da publicação da nova lei) foi cumprido pela união com o decreto de regulamentação do PRA (Decreto Nº 7.830/2012) e que o prazo para adesão dos estados ao SiCAR contará a partir da publicação do decreto e da instrução normativa que deve sair ainda em fevereiro deste ano. Deusdará conta que enquanto isso o MMA tem trabalhado no aprimoramento do sistema além de estar elaborando um website para captar todas as iniciativas de PRA que já estão em execução no Brasil.
Enquanto isso o Observatório prepara um amplo seminário nacional, para avaliar os dois anos de aprovação do novo código. O seminário realizado em maio, provavelmente no dia da Mata Atlântica.
Sobre a implantação do Código Florestal, a Apremavi em breve estará apta para realizar os cadastramentos no CAR, para as propriedades parceiras dos projetos que a instituição executa.
Para os interessados em saber como aplicar o novo Código Florestal foi lançado um Guia com orientações que pode ser acessado aqui.
Representante do MMA apresenta ações do governo federal durante a reunião do Comitê do Observatório do Código Florestal. Foto: Carolina C. Schaffer.
03/02/2014 | Notícias
O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola IMAFLORA e o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) somaram esforços para elaborar um Guia técnico sobre o Código Florestal, que explicasse, de forma clara, a complexidade da nova Lei, e sua aplicação para as propriedades rurais de qualquer tamanho, e localizadas em todas as regiões e biomas do Brasil.
O principal objetivo do Guia para a aplicação da nova lei florestal em propriedades rurais é colaborar para um melhor entendimento sobre a lei por parte dos produtores, bem como para sua efetiva implementação no campo.
Para Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas Públicas da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), o guia será um excelente auxiliar para os técnicos responsáveis pela orientação aos proprietários rurais nos mais diversos projetos que a instituição executa.
Também será fundamental nas atividades da Apremavi junto ao Observatório do Código Florestal, iniciativa que tem como objetivo monitorar a aplicação da Lei Florestal aprovada em maio de 2012.
Elaborado por Maria José Zakia, assessora do IPEF, e por Luis Fernando Guedes Pinto, engenheiro agrônomo do IMAFLORA, a publicação traz definições para aplicação da Lei, capítulos específicos sobre áreas de preservação permanente, reserva legal, regularização de imóveis rurais, cadastro ambiental rural e sobre a novidade do Código, os instrumentos econômicos para auxiliar a conservação em terras privadas, além de casos práticos.
O trabalho é rico em recursos gráficos, como ilustrações, diagramas e fotografias que ajudam a explicar cada tema abordado. Traz ainda caixas com explicações adicionais de conceitos tratados naquele capítulo, além da indicação de links para aprofundamento das informações técnicas, leis complementares, informações sobre agências ambientais, e casos práticos e reais da implantação da Lei em fazendas.
Os autores do Guia lembram, na apresentação do trabalho, que o Brasil tem a agropecuária como um dos pilares de sua economia, constituindo-se um grande produtor e exportador de alimentos, de fibras e de bicombustíveis. Também se configura como um dos países com a maior cobertura florestal do planeta.,além de um dos maiores detentores de biodiversidade, provendo serviços ambientais, e dos maiores possuidores de reservas de água doce superficial e subterrânea do mundo e lembra que 68% das florestas brasileiras estão em áreas particulares, fora da proteção pública. Daí a motivação para realizá-lo.
O Guia para aplicação da nova lei florestal em propriedades rurais pode ser baixado livremente nas páginas eletrônicas do IMAFLORA e do IPEF ou então acessado em anexo.
03/02/2014 | Notícias
A visitação para a comunidade local e planejada por ela, direcionada à sensibilização e educação ambiental, será a prioridade do uso público do Parque Nacional (PARNA) das Araucárias. A orientação foi definida em assembleia extraordinária realizada dia 29 de janeiro, em Passos Maia (SC). O evento teve participação de 35 representantes do Poder Público e Sociedade Civil, entre conselheiros e apoiadores. Pela manhã foram avaliadas duas propostas de trilha no Parque. À tarde a assembleia deu continuidade ao diálogo, planejamento e encaminhamentos.
Juliano Rodrigues Oliveira, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e chefe do PARNA, ressalta que a visitação vai começar com grupos de educação ambiental, grupos de visitantes da comunidade. A gente pretende incentivar que as pessoas da comunidade de Passos Maia, Ponte Serrada e dos municípios vizinhos, de escolas, trabalhadores, venham conhecer a unidade, salienta.
Boas vindas aos participantes.
Para Mateus Sônego, da Coordenação Geral de Visitação (CGVIS) do ICMBio/Brasília-DF o Parque e seu conselho acertaram em definir a educação ambiental como tema da visitação. A Unidade de Conservação (UC) tem que valorizar a comunidade do entorno para que a comunidade do entorno valorize a UC, frisou Sônego. Nessa relação o ganho é mútuo, pela divulgação da unidade e geração de renda à região, destacou. Segundo o ICMBio, todos os Parques Nacionais receberão esforços de estrutura e investimento até 2020.
A diversidade de atrativos do Parque Nacional das Araucárias destaca seu potencial para o turismo, cita Jaqueline Pesenti, responsável pelo diagnóstico de turismo e uso público do Parque na época da elaboração do plano de manejo. Contudo, é necessário muito planejamento de longo prazo, passando pela definição do público alvo, estrutura de suporte à visitação e envolvimento direto da comunidade local, comenta. Um exemplo de envolvimento da comunidade para o turismo foi o almoço preparado pela conselheira Cleusa Gabiatti.
Para Vanessa Kanaan, coordenadora do projeto de reintrodução do papagaio-de-peito-roxo no Parque, um dos atrativos é a observação de aves. Essa atividade está atraindo pessoas de fora e da própria comunidade local, que já está contribuindo com o monitoramento dos papagaios.
A Prefeitura de Passos Maia esteve representada pelo prefeito em exercício, Leomar Listoni e pelo prefeito licenciado, Ivandre Bocalon (Evandro). O Parque representa um atrativo exuberante, um potencial enorme, que o município vê como uma grande oportunidade e por isso faz questão de participar do conselho, observa Bocalon. Ele avalia a reunião como positiva e acrescenta que a administração municipal está apoiando, vai apoiar e acredita na ideia.
Fabiana Bertoncini, chefe da Floresta Nacional (FLONA) de Chapecó, ressalta que as UCs não devem ser vistas de forma isolada, como historicamente foram percebidas. É preciso ver o uso público como um aliado da gestão, pois se não há o uso ordenado, há o clandestino, pontuou. Como exemplo, Fabiana mencionou os projetos de educação e sensibilização ambiental que a unidade vem desenvolvendo junto às escolas e comunidades do entorno, além de atividades diferenciadas, como a recente Pedalada Ambiental, promovida para divulgar a FLONA e incentivar a prática de ciclismo.
De Concórdia a experiência foi compartilhada pela equipe da Equipe Co-Gestora do Parque Estadual (PE) Fritz Plaumann (ECOPEF). A gente usou o Parque como um catalisador de parcerias e projetos e hoje a satisfação dos visitantes é avaliada como ótima em mais de 80% das avaliações, cita Rafael Leão, um dos responsáveis pelo uso público dessa unidade.
Em 2013 os conselheiros do PARNA das Araucárias conheceram de perto o PE Fritz Plaumann, em visita técnica realizada pela Apremavi por meio de projeto apoiado pelo TFCA/Funbio. A visita propiciou aos conselheiros perceber como é o funcionamento de um Parque, desde as trilhas ao envolvimento com os moradores vizinhos, e essa experiência contribuiu para a discussão sobre o uso público do Parque Nacional das Araucárias, observa Marcos Alexandre Danieli, coordenador de projetos da Apremavi.
Outra situação foi compartilhada pela equipe do Grupo de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias (GRIMPEIRO) de São Domingos (SC). A unidade já teve visitação, mas hoje está fechada e isso tem frustrado a comunidade local. Mesmo assim, o trabalho continua com atividades de educação ambiental nas escolas locais, complementa Angelo Milani, presidente da instituição.
Grimpeiro compartilhando experiência do PE Araucárias.
O uso público do Parque Nacional das Araucárias continuará sendo discutido nas próximas reuniões. A discussão não é recente, mas só pôde avançar após a indenização de algumas áreas. Dentre os encaminhamentos da assembleia, o conselho assinou e encaminhará Moção à presidência do ICMBio solicitando mais analistas ambientais para o Parque, que atualmente possui apenas um servidor lotado.
Fotos: Marcos Alexandre Danieli.
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31/01/2014 | Notícias
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), através do Projeto Araucária, patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental e apoio do Governo Federal, entregou mais de 15.000 mudas de espécies nativas no município de Passos Maia. A entrega aconteceu de 28 a 30 de janeiro de 2014.
As mudas foram entregues para 21 famílias inscritas no projeto. As famílias tiveram o apoio dos técnicos da Apremavi e da Cooperativa de Trabalho e Extensão Rural Terra Vida (Cooptrasc) na realização do mapeamento e planejamento ambiental de suas propriedades rurais e receberam arame para instalação de cercas. Após a construção das cercas as áreas estavam prontas para receber as mudas, que tem como objetivo a recuperação dessas áreas.
Foram beneficiados os assentamentos Taborda, 13 de Junho, Zumbi dos Palmares, 20 de Novembro e 29 de junho localizados em uma das regiões onde as propriedades rurais são carentes de florestas nativas.
Com o plantio dessas mudas serão recuperadas, principalmente, áreas de preservação permanente localizadas no entorno de nascentes e fontes dágua utilizadas para consumo humano, rios e riachos.
O plantio de espécies nativas da Mata Atlântica, como araucária, ipê, pinheiro-bravo, araçá, pitanga, uvaia, guabiroba, propiciará a disponibilidade de frutas para consumo da família e da fauna local. Além disso, contribuirá para o embelezamento da paisagem rural e auxiliará na formação de corredores ecológicos com outras áreas já conservadas, como o Parque Nacional das Araucárias.
Em Passos Maia a realização do projeto conta também com o apoio da Prefeitura Municipal.
Para Edilaine Dick, coordenadora do projeto, os resultados já começam a aparecer em campo, quando se percebe a satisfação dos agricultores em mostrar as áreas que já estavam cercadas, apenas esperando para receber as mudas e iniciar os plantios.
Sobre o Projeto Araucária
O Projeto Araucária é patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental com o apoio do Governo Federal, e realizado pelo Apremavi. Tem como objetivo conservar e recuperar remanescentes de espécies chave da Mata Atlântica através da implantação de sistemas agroflorestais, recuperação de áreas degradadas e enriquecimento de florestas secundárias, possibilitando o uso dos recursos naturais de forma sustentável.
O projeto pretende envolver 250 propriedades rurais localizadas nas regiões Oeste e Alto Vale do Itajaí em Santa Catarina. Na região Oeste serão envolvidos os municípios de Passos Maia, Abelardo Luz, Ponte Serrada, São Domingos, Galvão, Guatambu e Chapecó. A meta e o plantio de 300 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, durante o período de Agosto de 2013 a Agosto de 2015.
No município de Passos Maia já foram mapeadas e planejadas, através do projeto, 40 propriedades, totalizando mais de 30 hectares de área a serem recuperados. Além disso, foram realizados mutirões de plantio em três Centros Comunitários do Município aonde participaram pessoas de diversas idades incluindo jovens, crianças e idosos.
Para a técnica da Cooptrasc, Catia Oliveira Bortolomiol, atividades como os mutirões realizados proporcionam o resgate dos valores e despertam a consciência coletiva: "essas atividades ajudam o agricultor a ter uma visão global, fazendo com que perceba a necessidade do ecossistema equilibrado. Os mutirões ajudam a motivar a participação no projeto, pois é algo prático. Outro ponto positivo é a participação das crianças. Vai fazer a diferença no futuro.
Fotos: Edilaine Dick.
20/01/2014 | Notícias
O Projeto Araucária em execução pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) desde agosto de 2013, agora conta com fonte de informação exclusiva, o hotsite www.projetoaraucaria.org.br
Através do hotsite o leitor pode conhecer melhor o projeto, seus objetivos, os parceiros, se atualizar sobre atividades que estão sendo realizadas e acompanhar os resultados.
Desenvolvido em 13 municípios catarinense, o projeto constitui uma ação estratégica para a minimização dos efeitos das mudanças climáticas, por meio da fixação de carbono e emissões evitadas, com base na reconversão produtiva de áreas; recuperação de áreas degradadas e conservação de florestas e áreas naturais, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável da região.
O Projeto é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental e apoio do Governo Federal.
03/01/2014 | Notícias
O programa Matas Legais, uma parceria entre Apremavi e Klabin, começou desde outubro de 2013 a auxiliar proprietários parceiros do fomento florestal no Paraná a conquistarem a certificação pelo FSC (Forest Stewardship Council) de suas propriedades.
Estima-se que pelo menos 50 propriedades sejam certificadas até junho de 2014. Um diferencial é que as certificações serão realizadas em grupos, o público beneficiário do projeto são pequenos e médios produtores florestais da região de atuação da Klabin.
Na atividade da silvicultura, plantio de árvores para fins econômicos, a certificação pelo FSC promove, conforme princípios e critérios estabelecidos o manejo responsável das florestas. Nesse contexto é necessário planejamento das propriedades levando em consideração a paisagem local e seus atributos ambientais.
O selo de certificação florestal possui um diferencial de mercado, atesta garantias sustentáveis dos princípios ambientais, sociais e econômicos, o que vem sendo observado por consumidores que buscam produtos ecologicamente corretos.
Em 5 anos de atividades no PR, o programa Matas Legais já atendeu mais de 500 proprietários rurais, apoiando iniciativas que buscam a adequação ambiental das propriedades frente a legislação. Com relação às Áreas de Preservação Permanentes foram centenas de hectares conservados entre restauração e regeneração.
Julio Cezar Pisani, parceiro fomentado da Klabin e integrante no projeto de certificação, salientou: o programa Matas Legais trouxe uma oportunidade de adequar-me frente à legislação florestal, ao mesmo tempo tive a chance de recuperar as minhas nascentes, contando com o apoio da equipe técnica do programa matas legais concluiu Pisani.
Foram restauradas na propriedade 12 hectares de áreas de preservação permanente entre nascentes e córregos. Até o momento foram plantadas 20.000 mudas nativas da Mata Atlântica.
Equipe de plantio planejando as atividades na propriedade.
Sobre o Programa Matas Legais:
O Programa Matas Legais é uma parceria da Apremavi com a empresa Klabin com o objetivo de desenvolver ações de Conservação, Educação Ambiental e Fomento Florestal, que ajudem a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.
23/12/2013 | Notícias
Em dezembro de 2013 aconteceu em Dona Emma uma palestra com os ecologistas Wigold Schäffer e Miriam Prochnow, sócios fundadores da Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (Apremavi), da qual participaram professores da rede municipal e estadual de ensino, servidores da Prefeitura, da Epagri e interessados. A palestra foi a última, de uma série de oito, do Programa de Responsabilidade Sócio Ambiental da Escola lançado no município no dia 12 de abril e teve como tema A Mata Atlântica.
Wigold e Miriam discorreram sobre vários assuntos no contexto da Mata Atlântica, como a sua destruição, provocada pelo desmatamento, a caça, a exploração da madeira, a destruição dos mananciais e o aquecimento global. Também falaram sobre a recuperação da Mata Atlântica, a sua preservação, gestões participativas, a implantação de corredores ecológicos, a recuperação da mata ciliar, a preservação e recuperação da reserva legal, legislação ambiental e os serviços ambientais. Eles também falaram sobre a importância das Unidades de Conservação e estimularam o prefeito a criar um parque natural no município e a implantar o Plano Municipal da Mata Atlântica.
Os palestrantes ainda se manifestaram sobre a necessidade da redução da emissão de gases pelas indústrias, de evitar e combater o desmatamento, a implantação de ações de sequestro de carbono através do plantio de árvores, a substituição da geração de energia baseada em combustíveis fósseis por energias limpas e renováveis, a redução da produção de lixo, a redução do consumo em geral, a necessidade do planejamento das propriedades e o estabelecimento de parcerias entre os diversos setores e lideranças da sociedade para evitar a degradação cada vez maior do meio ambiente em que vivemos.
Entre os palestrantes do ciclo de palestras de Educação Ambiental estiveram Lauro Bacca, Lucia Sevegnani, Juarez Aumond, Rubens Emilio Stenger, Jorge Luiz Heckert, Renan Cesar Lindner e Nelcio Lindner. Cada um abordando temas de sua especialidade.
O Prefeito Egon Gabriel Junior agradeceu a todos, em especial o professor Nelcio Linder, idealizador do ciclo de palestras proferidas no município e expressou seu compromisso em dar continuidade ao programa em 2014. O exemplo vindo de Dona Emma deveria se espalhar por todo o Alto Vale do Itajaí.
23/12/2013 | Guia de Espécies, Nativas da Mata Atlântica, Para fauna, Para restauração, Secundárias
Grumixama, a surpresa de Natal da Mata Atlântica
No Natal da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) uma coisa é certa: não pode faltar aquela cesta cheia de frutas deliciosas colhidas direto do Jardim das Florestas. Dentre as opções que enchem os nossos olhos e também o dos pássaros está a Grumixama (
Eugenia brasiliensis).
Nativa da Mata Atlântica a Grumixama é uma árvore de porte médio, altamente resistente à variação climática, que ocorre do sul da Bahia até Santa Catarina.
É uma árvore elegante com flores brancas de muito perfume, dotada de copa densa e estreita. Quando adulta, pode alcançar até 15 metros de altura.
A madeira é própria para obras de marcenaria comum, carpintaria e forros. Podem também ser utilizadas para preparar sucos, licores, aguardentes, vinagres e doces (Veja abaixo receita de Cheescake).
Acredita-se que a Grumixama é rica em antioxidantes e tem alto teor de vitamina C, do complexo B (B1 e B2) e flavonoides. Pode ser usada como expectorante para cessar a tosse, quando feito um xarope com a sua casca e um pouco de mel.
A origem do nome Grumixama, segundo o vocabulário Tupi-Guarani, provém de “guamichã”: o que pega na língua. A fruta deve “pegar na língua” por ser bastante palatável e com sabor inigualável, misto de pitanga e jabuticaba.
Na época de frutificação (novembro-dezembro) são as árvores repletas de frutos que fazem o convite para o início da festa das crianças e também dos adultos, que depois experimentar in natura várias frutinhas (é impossível comer uma só!) ainda levam mais um pouco para casa.
Como toda frutífera nativa a grumixama serve como alimento para a fauna e, apesar do seu crescimento lento, é muito utilizada nos projetos de restauração florestal.
Neste Natal, enquanto a natureza nos mostra cada dia mais que devemos valorizar a nossa biodiversidade, a Apremavi convida você a apreciar a beleza e os sabores da Mata Atlântica.

Fartura de grumixama. Foto: Miriam Prochnow.
Grumixama
Nome científico: Eugenia brasiliensis Lam.
Família: Myrtaceae
Utilização: Madeira utilizada para obras de torno, carpintaria. Bom potencial para paisagismo. Bastante cultivada para produção de frutos, que são saborosos e consumidos principalmente ao natural. São atrativos para a avifauna.
Época de coleta de sementes: Novembro a dezembro.
Coleta de sementes: Diretamente da árvore ou no chão após a queda dos frutos.
Fruto: Amarelo, vermelho ou preto carnoso.
Flor: Branca.
Crescimento da muda: Médio.
Germinação: Normal.
Plantio: Mata ciliar, área aberta.
Hora da receita:
Cheesecake de Grumixama
Ingredientes
Para a base de biscoito:
200 gramas de biscoito doce tipo Maria
100 gramas de manteiga sem sal
Para a cheesecake:
400 gramas de cream cheese
3 ovos
1 gema
100 gramas de açúcar refinado
20 gramas de farinha de trigo
300 ml de leite
Essência de baunilha
Para a geleia de grumixama:
500 gramas de polpa de grumixama
100 gramas de açúcar refinado
Suco de 1 limão
Modo de Preparo
Base de biscoito
Triture os biscoitos-maria no liquidificador. Em seguida, derreta a manteiga e misture-a com a farinha de biscoito. Com essa massa, forre o fundo de uma assadeira redonda.
Cheesecake
Em uma batedeira, bata o cream cheese com os ovos, a gema e o açúcar refinado, e deixe homogeneizar um pouco. Depois, acrescente o leite, a essência de baunilha, e lentamente, a farinha. Continue batendo até obter um creme homogêneo e fofo.
Despeje, então, o creme sobre a base de biscoito e asse em forno aquecido a 180ºC por, aproximadamente, 45 minutos. Reserve.
Geleia de grumixama
Em uma panela, cozinhe todos os ingredientes até reduzir pela metade. Depois de frio é só jogar por cima do cheesecake e servir.
Autoras: Tatiana Arruda Correia.
Colaboração: Miriam Prochnow.
Fontes Consultadas:
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. São Paulo: Instituto Plantarum, 2008.
PROCHNOW, M. No Jardim das Florestas. Rio do Sul: Apremavi, 2007.
MAGALI, A. Benefícios da Grumixama. Acessado em: http://www.frutasnobrasil.com/beneficios_grumixama.html.
RIGO, N. É hora de colher grumixama. Acessado em:
http://come-se.blogspot.com.br/2011/11/e-hora-de-colher-grumixama.html
19/12/2013 | Notícias
Inaugurado em setembro de 2013, o Centro Ambiental Jardim das Florestas já recebeu mais de mil visitantes. Isto consolida a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) como referência de Educação Ambiental na região e em Santa Catarina.
Visita de estudantes da Unoesc de Xanxerê. Foto: Wigold Schaffer.
O público de visitantes é bastante variado, entre estudantes, professores, técnicos, agricultores, empresários, representantes de órgãos públicos, pessoas da comunidade, pessoas com necessidades especiais e jornalistas, que procuram a Apremavi para se inteirar dos mais variados assuntos ambientais.
Daiana Barth, colaboradora da Apremavi, está impressionada com o interesse e a receptividade das crianças: "é muito bom saber que nossas crianças estão cada vez mais interessadas na proteção da natureza. Isso faz com que tenhamos uma responsabilidade ainda maior na qualidade das atividades que desenvolvemos com elas", complementa Daiana.
Edinho Pedro Schaffer, Técnico da Apremavi, também comenta a participação ativa das crianças nas visitas: "Quando começo a atender um grupo de visitantes, principalmente de crianças, elas levantam a mão e começam a contar que na casa deles ou de parentes tem uma árvore bem bonita, ou que alguém cortou uma árvore e narram o que aconteceu. Isso mostra que o que estamos repassando para eles sobre preservação e recuperação está sendo entendido e aplicado".
O centro tem sido destaque em vários veículos de comunicação da região e inclusive da imprensa internacional, como a Deutsche Welle (DW), que fez uma matéria sobre os trabalhos da Apremavi na Floresta com Araucárias. O programa irá ao ar em janeiro de 2014.
Diversas empresas e órgãos públicos já usaram as instalações do Centro Ambiental Jardim das Florestas para realizarem seus eventos, como por exemplo a Box Top de Rio do Sul, a Casa do Agricultor de Atalanta, a Secretaria de Meio Ambiente e Turismo de Atalanta, a Têxtil Farbe de Atalanta e a Prefeitura Municipal de Braço do Trombudo.
A própria Apremavi tem usado o centro para a realização de suas atividades de capacitação, como por exemplo o Seminário para prefeitos do Alto Vale do Itajaí, o curso de produção de mudas nativas para o Comitê da Bacio do Rio Tijucas, a palestra sobre legislação ambiental para o Instituto Federal de Santa Catarina e as capacitações internas.
O atendimento personalizado de visitas ou a solicitação do uso do espaço do centro devem ser agendadas pelo seguinte fone: (47) 35350119 ou através do email: viveiro@apremavi.org.br.
A partir de março de 2014, a Apremavi estará disponibilizando o alojamento do Centro para estagiários. Os interessados devem acessar o site da Apremavi (/institucional/estagio/) e preencher a ficha de solicitação de estágio.
Em janeiro do próximo ano a Apremavi também vai definir com a Amavi os detalhes para o Programa de Capacitação Ambiental para o Alto Vale do Itajaí, que deve ter início em 2014.
A Apremavi deseja a todos um Feliz Natal e um excelente 2014.
08/12/2013 | Notícias
Depois da oficina de comunicação a vida da Ariana Patrine Hammes não será mais a mesma. Ela aprendeu a lidar com vários públicos durante a oficina de comunicação. Como estagiária, adquiri várias experiências e isso me dá motivação para continuar nessa equipe. Além da Ariana, de 18 anos, participaram mais 26 integrantes da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi).
O evento reuniu funcionários das quatro sedes da instituição Atalanta, Rio do Sul e Chapecó, em Santa Catarina, e Curiúva, no Paraná de 4 a 6 de dezembro, no Centro Ambiental Jardim das Florestas, em Atalanta.
Equipe durante a oficina de comunicação. Foto: Marcos A. Danieli
A oficina é mais uma marca do pioneirismo da Apremavi. Motivar, valorizar e capacitar a equipe são estratégias da associação para promover a comunicação. Dicas para escrever bem e formas de se relacionar com a comunidade, são determinantes para melhorar a visibilidade da organização, avalia Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi. Ela acrescenta que também é uma oportunidade para que as pessoas ampliem a percepção sobre maneiras de se comunicar.
A oficina, ministrada pela jornalista Sílvia Franz Marcuzzo, da ECOnvicta Comunicação para a Sustentabilidade, utilizou metodologias participativas e mesclou atividades práticas e em grupo que chamaram a atenção de questões que muitas vezes passam desapercebidas. Sílvia já havia realizado uma capacitação com o grupo em 2007.
Segundo Miriam, de lá pra cá, houve avanços significativos principalmente na internet. Entre eles, a inserção da Apremavi em redes sociais e o envio de boletins, através do site, para distintos públicos. Vale destacar que só a jabuticaba, da seção Guia de Espécies, publicada em junho de 2009, recebeu 247 comentários.
A capacitação promovida pela Apremavi teve duração de 20 horas e foi encerrada com dicas de fotografia de Wigold Schäffer, um dos fundadores da Apremavi. Comentários sobre enquadramento, luz e questões técnicas fizeram parte do conteúdo abordado na teoria e na prática.
A oficina integra o Projeto Araucária, patrocinado pela Petrobrás por meio do Programa Petrobras Ambiental e apoio do Governo Federal, cuja meta principal é contribuir com a conservação e recuperação da Floresta com Araucárias. Assim, o conhecimento adquirido será aplicado no dia-a-dia do projeto e atividades da instituição. Os resultados obtidos integrarão o manual e o plano de comunicação do projeto Araucária.
Dinâmica em equipe. Foto: Marcos A. Danieli
29/11/2013 | Notícias
Durante os dias 26 a 28 de novembro de 2013, técnicos e pesquisadores da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (APREMAVI), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Bio Teia Estudos Ambientais realizaram saída de campo na Área de Relevante Interesse (ARIE) Ecológico da Serra da Abelha , localizada no município de Vitor Meireles (SC).
A atividade teve como objetivo identificar pontos positivos e negativos que afetam a Unidade de Conservação (UC). Foram visitados diversos locais, procurando identificar diferentes situações de uso do solo e estágios de conservação da floresta, definindo também os pontos de amostragem para a realização do diagnóstico biótico da UC, que será realizado em janeiro de 2014.
Foram também realizadas visitas a alguns moradores da UC e instituições que atuam no interior e entorno da ARIE, com o objetivo de informar sobre os trabalhos do plano de manejo, identificar os melhores locais, organizar e convidá-los a participar das reuniões comunitárias que serão realizadas em março de 2014.
A realização desta saída de campo contou com o apoio de Vanderlei Cardoso e Faustino Cardoso moradores da ARIE da Serra da Abelha. Ambos destacaram a importância de através do plano de manejo serem discutidas formas de conciliar a produção agrícola existente na UC, com a conservação da floresta e identificação de novas formas de produção mais sustentável. Acreditam ser essencial a formação de um conselho gestor para a área que envolva diferentes organizações locais.
O Plano de Manejo será elaborado através de um processo dinâmico e interativo, uma vez que a comunidade participará diretamente, ou por intermédio de seus representantes nas reuniões e oficinas a serem realizadas. Será um importante instrumento para discussão com a comunidade e consolidação de formas de uso do solo e conservação dos recursos naturais da ARIE da Serra da Abelha.
A elaboração do plano de manejo da Arie da Serra da Abelha será realizado no período de outubro de 2013 a dezembro de 2014 através do projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA) por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO).
Fotos: Edilaine Dick
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26/11/2013 | Notícias
As reivindicações da campanha "Eu respeito os animais da natureza e digo não à caça", deflagrada em agosto deste ano, em razão do atentado perpetrado contra o casal de ambientalistas conselheiros da Apremavi, Wigold B. Schaffer e Miriam Prochnow, que foram agredidos e ameaçados por um caçador armado com rifle de repetição que invadiu floresta de propriedade do casal no dia 04 de agosto deste ano, foram encaminhadas, pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), às autoridades competentes.
A entrega dos documentos ao secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen, aconteceu em uma reunião em Florianópolis, no início de novembro. Já a entrega dos documentos à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira aconteceu em Brasília, no dia 25 de novembro de 2013, durante o seminário "Aprendizagens e Perspectivas para Políticas Públicas de Biodiversidade e Clima para a Mata Atlântica", organizado pela GiZ e pelo Ministério do Meio Ambiente. A ministra, que durante sua fala no seminário mencionou o lamentável fato da agressão aos ambientalistas, se comprometeu em tomar providências com relação à coibição da caça e tráfico de animais.
Entrega das reivindicações da campanha ao Secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina. Foto: Wigold Schaffer.
Os documentos da campanha também foram encaminhados pelo correio ao presidente da Assembleia Legislativa e aos representantes locais dos Ministérios Públicos Federal e Estadual.
A campanha conta com o apoio de mais de 1.000 organizações da sociedade civil e lideranças socioambientais do Brasil e tem como objetivo sensibilizar as autoridades constituídas para as seguintes questões:
1 – Imediata revogação da Resolução 457 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), que facilita e estimula o tráfico de animais silvestres no país. Em anexo Parecer Técnico sobre a necessidade da revogação da Resolução.
2 – Convocação de Audiência Pública no CONAMA para discutir proposta de Resolução para coibir o livre comércio de armas de caça (espingardas de pressão), estilingues, gaiolas e apetrechos de captura de animais silvestres em lojas agropecuárias e outros estabelecimentos comerciais.
3 – Realização de ampla e integrada campanha de fiscalização (blitz nacional) contra a caça, a captura, o aprisionamento e o tráfico de animais silvestres e pela apreensão de armas.
4 – Apuração rigorosa dos casos de violência contra ambientalistas e aplicação das penalidades previstas em lei.
A atual omissão do estado nos seus diversos níveis faz crescer a sensação de impunidade, motor maior da promoção desses atos criminosos contra a fauna silvestre e também contra os defensores da natureza.
A persistência e o aumento do registro de casos de caça, captura e tráfico de animais da fauna silvestre, pesca predatória e de crimes contra a flora, apontam a fragilização e precariedade das ações que o estado deveria implementar em todos os níveis (vide anexos).
Entendemos que a coibição do livre comércio de armas de caça (espingardas de pressão), estilingues, gaiolas e apetrechos de captura de animais silvestres em lojas agropecuárias e outros estabelecimentos comerciais é parte essencial de uma política de proteção da natureza a ser adotada e implementada.
Foram anexados aos ofícios, os seguintes documentos:
- Abaixo-assinado da Campanha Eu respeito os animais da natureza e digo não à caça.
- Parecer para pedido de revogação da resolução 457 do Conama.
- Cópia do Boletim de Ocorrência, relatando nova ameaça recebida por telefonema.
- Cópias de matérias de jornais que apontam a gravidade da questão da caça no Alto Vale do Itajaí e também em Santa Catarina.
A Apremavi espera agora que sejam tomadas as providências devidas para coibir crimes ambientais contra a fauna nativa.
A Apremavi agradece a todos que tem contribuído com a campanha, que continua ativa. Quem ainda não assinou o abaixo-assinado pode fazê-lo neste link.
Abaixo, uma das peças da campanha.
25/11/2013 | Notícias
A Apremavi realizou no dia 19 de novembro de 2013, em São Domingos (SC), uma oficina para discussão sobre o Plano de Manejo do Parque Estadual (PE) das Araucárias.
O objetivo principal da reunião foi apresentar a situação atual do Parque, o projeto para revisão do seu plano de manejo e analisar o impacto gerado por esta Unidade de Conservação Estadual.
O evento faz parte do projeto Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA) por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO). Uma das metas do projeto é a revisão do plano de manejo do Parque Estadual das Araucárias.
A Oficina contou com a participação dos conselheiros do Parque e colaboradores, abrangendo 22 pessoas, entre representantes da FATMA, Polícia Ambiental, Grimpeiro, Epagri, Prefeitura Municipal de São Domingos, moradores de comunidades próximas ao parque, Companhia Elétrica de Chapecó, Unochapecó e representantes de Escolas.
No início da oficina os participantes se apresentaram e apontaram a visão de cada um sobre o Parque, onde a maioria gostaria de vê-lo aberto para visitação pública, podendo, dessa forma, trabalhar a educação ambiental.
A situação atual do Parque foi apresentada por Alexandre Simioni, Diretor de Ecossistemas da FATMA e Arno Gesser Filho, Gerente de Unidades de Conservação da FATMA, que esclareceram as dúvidas gerais dos conselheiros. Mencionaram o histórico de conflitos relacionados a infraestrutura do Parque, que ainda continua fechado, mas afirmaram que as obras serão retomadas e a previsão é ver o Parque aberto em 2014.
Alexandre Simioni, Diretor de Ecossistemas da FATMA explicando a situação atual do Parque. Foto: Aline Mayer
Angelo Milani, presidente do Grupo de Apoio a Gestão do Parque Estadual das Araucárias (GRIMPEIRO) leu uma carta do conselho com sugestões ao Governo do Estado de Santa Catarina e à FATMA. O documento foi assinado pelos componentes do Conselho Consultivo do Parque e apoiadores e busca principalmente o fortalecimento do PE Araucárias.
Marcos Alexandre Danieli apresentou o projeto e a meta de revisão do plano de manejo do Parque. Destacou que esta revisão pode ser entendida como uma etapa de monitoramento e atualização do Plano, que busca agregar novos conhecimentos ao planejamento da unidade e dar continuidade do processo de mobilização do conselho e valorização do Parque.
No final da Oficina, foi realizado um trabalho em grupo para responder questões sobre o parque, visando analisar o impacto gerado pela Unidade de Conservação desde sua criação. Na avaliação do conselho, o Parque tem contribuído para a conservação da biodiversidade, mas carece de uma gestão adequada para efetivar seu uso público e incentivar atividades de educação ambiental, pesquisa e integração com o entorno.
21/11/2013 | Notícias
O Observatório do Código Florestal lança hoje seu Portal. A iniciativa é de 7 organizações socioambientalistas (Ipam, Isa, WWF, SOS, ICV, TNC e CI), tendo adesão de várias outras ONGs, entre elas a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). O website irá reunir estudos, análises e histórico do Código, além de matérias inéditas e exclusivas sobre a lei florestal brasileira.
O objetivo é facilitar o acesso a informações sobre o Código, além de encorajar o debate sobre sua implementação. Com esta plataforma, buscamos reunir as informações consistentes e atualizadas sobre o Código Florestal, para permitir o controle social desta lei, assegurar que o Cadastro Ambiental Rural de fato aconteça e que não haja ainda mais retrocessos na sua implementação, disse André Lima, assessor de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
O Observatório do Código Florestal foi lançado em maio deste ano, na Câmara dos Deputados. Participam da criação do Observatório o Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (IPAM), o WWF-Brasil, a Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Centro de Vida (ICV), o Instituto Socioambiental (ISA), juntamente com The Nature Conservancy (TNC) e a Conservação Internacional (CI). O Observatório está aberto a adesões de outras organizações da sociedade e os participantes têm liberdade de posicionamento e atuação.
Aderiram ao Observatório em seu primeiro seminário ocorrido em Salvador-BA no inicio de outubro: a REDE Mata Atlântica (que agrega mais de 200 organizações em todo Brasil), a Apremavi, a Iniciativa Verde, o Grupo Ambientalista da Bahia (Gamba), a Amigos da Terra Amazônia, o IMAFLORA, a Bolsa de Valores Ambientais do Rio de Janeiro (BVRio), a Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) e o Instituto O Direito por um Planeta Verde (IDPV).
Conheça mais em www.observatorioflorestal.org.br.
04/11/2013 | Notícias
O planejamento da paisagem de 250 propriedades rurais prevendo a conservação da Mata Atlântica e a implantação de sistemas agroflorestais que possibilitará o uso sustentável da floresta em treze municípios das regiões Oeste e Alto Vale do Itajaí de Santa Catarina. Essas são algumas das metas do Projeto Araucária, que iniciou em agosto de 2013, por iniciativa da Associação de Preservação do Ambiente e da Vida (Apremavi), com o patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental e apoio do Governo Federal. Durante seus dois anos de duração, serão atendidas diretamente 1.700 pessoas. Mais de 50 mil catarinenses serão beneficiados indiretamente.
O Projeto Araucária teve seu primeiro plantio com 800 mudas de espécies nativas no assentamento Taborda, no município de Passos Maia, com a participação de crianças e adultos da comunidade no dia 8 de outubro. Os outros municípios que integram o projeto na região Oeste são Abelardo Luz, Chapecó, Galvão, Guatambu, Ponte Serrada e São Domingos. Já na bacia do rio Itajaí-Açu, os beneficiados serão Atalanta, Braço do Trombudo, Dona Emma, Salete, Santa Terezinha Vitor Meireles.
Em todos os casos, os próprios municípios, comunidades ou entidades parceiras da Apremavi manifestaram interesse em realizar as ações previstas pelo projeto. Cada uma das regiões receberá um viveiro de mudas, atividades de sensibilização e de organização das comunidades serão desenvolvidas e um total de 300 mil mudas de espécies nativas serão plantadas. A ideia é que o Projeto Araucária dê impulso para que os atendidos prossigam executando as ações com autonomia após sua capacitação.
Também faz parte dos objetivos da proposta minimizar o efeito das mudanças climáticas, por meio da fixação de carbono e da diminuição de emissões de gases de efeito estufa, com base na reconversão produtiva de áreas, na recuperação de áreas degradadas e na conservação de florestas e áreas naturais. A escolha do nosso projeto na Seleção Pública do Programa Petrobras Ambiental serviu como o reconhecimento do nosso trabalho e permitirá a continuidade de ações em andamento essenciais para conservação, comenta Edilaine Dick, coordenadora de projetos da Apremavi. A bióloga acrescenta que na maior parte dos municípios, a Apremavi vem realizando ações similares através de outros projetos. Na região do Alto Vale do Itajaí, por exemplo, a associação já está apoiando a formação de uma cooperativa para consolidação de uma cadeia produtiva da erva-mate.
Integração e cooperação servem de base para o desenvolvimento das ações
A equipe da Apremavi foi reforçada para executar as ações do Projeto Araucária. Foram contratados mais quatro técnicos com formação em biologia e engenharia florestal, um estagiário e um auxiliar de campo, além da equipe da Apremavi, que conta com três sedes em Santa Catarina. Os profissionais atuarão junto aos públicos-alvo, como escolas, ONGs, universidades, prefeituras, comitês de bacia, lideranças comunitárias, prefeituras e, principalmente, agricultores familiares.
Reunião no município de Vitor Meirelles. Foto: Arquivo Apremavi
O trabalho terá como enfoque a integração e a cooperação entre os participantes, o comprometimento, o envolvimento da família e a conservação de recursos naturais. Contribuirá, ainda, no apoio à regularização ambiental das propriedades rurais, conforme as disposições do novo Código Florestal e a necessidade de adesão ao Cadastro Ambiental Rural (CAR).
A bióloga Edilaine acredita que projeto promoverá profundas modificações e contribuirá significativamente para o desenvolvimento sustentável, trazendo avanços socioambientais e econômicos para as duas regiões. Será ainda um catalisador e agregador de iniciativas e sistematizador da evolução dos trabalhos. Funcionará como elo de ligação interinstitucional, sendo esta a base para o fortalecimento das parcerias existentes e para as novas que possibilitarão a continuidade das ações, explica a coordenadora do Projeto Araucária.
Sílvia Franz Marcuzzo
Reg. Prof 7551/Mtb RS
Mais informações
Edilaine Dick Telefone (47) 35350119
Grasiela Hoffmann Telefone (47) 35210326
01/11/2013 | Notícias
Entre os dias 27 e 30 de outubro de 2013 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) participou do I Seminário de Projetos do Tropical Forest Conservation Act (TFCA), em Florianópolis, Santa Catarina, representando o projeto Planejamento e Capacitação em UCs.
O evento foi realizado pelo TFCA por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e teve como objetivo principal promover o diálogo e troca de experiências entre representantes dos projetos apoiados na Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.
As boas vindas foram dadas por membros da Conta do TFCA, representado por Daniela Oliveira, presidente da Conta (MMA), Carlos Scaramuzza, Diretor de Conservação da Biodiversidade do MMA, Kirsten Schultz, oficial de ciências, saúde, energia e meio ambiente da embaixada dos EUA no Brasil; e Fábio Leite, gestor de programas do Funbio.
Fábio Leite destacou a dimensão do trabalho, que já envolveu cinco chamadas, 280 propostas enviadas e 78 projetos aprovados, num investimento total de 32,6 milhões, em dados que futuramente serão sistematizados para replicação. Outros temas foram apresentados durante as palestras.
Eduardo Ribas do Amaral, do MAPA, falou sobre A Relação Homem-Natureza no Contexto da Produção de Alimentos, destacando que são necessárias ações de conservação da biodiversidade e sociobiodiversidade para compatibilizar as diferentes formas de uso e ocupação da terra.
Carlos Scaramuzza abordou As Rotas da Conservação da Biodiversidade na SBF-MMA e os Desafios para integração de pesquisas e políticas públicas, enfatizando que é preciso facilitar a absorção pela sociedade e tomadores de decisão dos resultados da ciência, sendo necessária maior integração da pesquisa, ciência e tecnologia e a construção de confiança entre essas agendas.
Márcia Chame, da FIOCRUZ falou sobre Biodiversidade e Saúde, ressaltando o necessário esforço para incorporar o olhar da saúde no contexto da conservação da biodiversidade. Citou o trabalho no Parque Nacional Serra da Capivara, onde a única forma que a gente entrou e começou a trabalhar foi através da saúde, com ações posteriores de educação ambiental e geração de renda. Para Márcia, o desafio futuro é a integração das políticas. A gente tem uma força acadêmica muito grande, mas ainda não consegue transformar isso em políticas públicas, ressaltando o necessário esforço para tornar mais eficiente a divulgação dos dados científicos, especialmente num país de grandes dimensões como o Brasil.
Além das palestras, o evento contou com grupos de trabalho para apresentação dos projetos apoiados pelo TFCA, focando no contexto e motivação, resultados, desafios e oportunidades, enquanto momento para socialização das experiências e ampliação da rede de contatos. Foram sete grupos temáticos: Áreas Protegidas, Capacitação / Mobilização, Conservação / Manejo sustentado de espécies, Fortalecimento de Cadeias, Recuperação de áreas Degradadas, Manejo Florestal / SAF / Comunitários, Fortalecimento de Redes Produtivas.
Após conhecer cada projeto, no segundo dia do evento os grupos discutiram os desafios, experiências exitosas e elaboraram recomendações ao Ministério do Meio Ambiente para pensar em políticas públicas de fortalecimento aos temas trabalhados. A Apremavi esteve presente no grupo de Áreas Protegidas, com o projeto Planejamento e Capacitação em UCs, em andamento desde abril de 2013. Marcos Alexandre Danieli e Aline Mayer representaram a Apremavi no evento.
O seminário teve vários espaços para troca de experiências, desde a apresentação de materiais dos projetos, entrevistas, almoço por biomas e o Cine TFCA, onde pode-se ampliar a rede de contatos e parcerias.
No último dia do Seminário, foram apresentados em plenária os desafios e experiências exitosas discutidas em comum pelos grupos temáticos, além de exporem as recomendações feitas ao Ministério do Meio Ambiente.
Para Marcos Alexandre Danieli, coordenador de projetos da Apremavi, o evento foi rico em troca de experiências e evidenciou o enorme esforço que está sendo empreendido pelas instituições apoiadas, que enfrentam muitos desafios, mas estão cheios de experiências exitosas para compartilhar. Cada projeto saiu fortalecido pela ampliação da rede de contatos que podem gerar bons frutos. Certamente o êxito e objetivos do seminário foram atendidos e isso foi percebido pelos diversos elogios dados à todos os envolvidos na organização do evento, especialmente à equipe do Funbio.
Fotos: Roberto Rangel
Outras fotos acesse o Facebook
31/10/2013 | Notícias
A XVII reunião do Fórum Florestal do Paraná e Santa Catarina foi realizada no dia 17 de outubro de 2013, em Lages (SC). A reunião contou com a presença de 10 representantes de organizações ambientalistas e empresas do setor florestal e teve como objetivo discutir a questão do Cadastro Ambiental Rural (CAR), a organização de um seminário sobre comunidades e o planejamento de atividades para 2014.
Definiu-se que em 25 de março de 2014 o Fórum realizará um Seminário sobre o CAR na sede da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), em Atalanta SC.
O CAR é uma exigência prevista em lei e obrigatória para todos os proprietários e possuidores de imóveis rurais. Recentemente o Diálogo Florestal divulgou documento apoiando e cobrando a sua implantação por parte do governo.
Na reunião também ficou definido que em 2014 a Apremavi continuará responsável pelas atividades de secretaria executiva do Fórum, tendo sido criado um grupo de apoio, que auxiliará a secretária executiva em assuntos emergenciais. O grupo de apoio é composto por representantes da Arauco e do Centro Vianei.
No dia seguinte, 18 de outubro, os integrantes do Fórum PR e SC participaram do Seminário do Programa Matas Legais, que abordou os seguintes temas:
A adequação ambiental de pequenas propriedades.
A Certificação do Manejo Florestal em pequenas propriedades.
O Licenciamento de empreendimentos florestais.
O Diálogo Florestal iniciativas para um caminho sustentável
O Matas Legais é um programa de parceria entre a Apremavi e a Klabin, sendo que o evento foi realizado no Auditório Caverna da UDESC e contou com a presença de 185 pessoas entre estudantes, professores, técnicos, agricultores, representantes de ONGs e empresas do setor florestal.
A participação do Fórum neste Seminário faz parte de umas das ações prioritárias do GT Fomento Florestal, que tem como um dos objetivos a aproximação com outras iniciativas que acontecem no Brasil, visando a troca de experiências e o aprendizado. Um dos temas prioritários é a certificação florestal, em especial de pequenas e médias propriedades rurais, cuja certificação tem acontecido em grupo. A palestra sobre certificação foi ministrada por Victoria Rizo, que apresentou o caso da certificação em grupo da ASPEX, no Sul da Bahia.
Abaixo, momento da reunião do Fórum Florestal PR e SC. Foto: Miriam Prochnow
17/10/2013 | Notícias
Com apoio da Associação de Preservação de Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), foi realizada no dia 15 de outubro de 2013, em Santa Terezinha (SC) a assembleia de fundação da Cooperativa de Agricultores Familiares Produtores de Mate e Ervas Medicinais.
A assembleia contou com a presença de 60 pessoas, principalmente agricultores familiares, assinando o livro de sócio fundador 26 cooperados.
A formação da cooperativa é fruto de um trabalho de articulação e mobilização que a Apremavi vem desenvolvendo com agricultores familiares de Santa Terezinha e Vitor Meireles, desde 2012 e que contou com apoio do Fundo Socioambiental Casa.
Nesse período foram realizadas visitas técnicas , dias de campo , e diversas reuniões de mobilização, pesquisa de mercado. Destaca-se que a organização de todas as atividades ficou a cargo dos agricultores, que se esforçaram em formar um grupo sólido e foram convidando vizinhos e amigos com potencial para participar da cooperativa.
Segundo Leandro da Rosa Casanova, assessor florestal da Apremavi, A formação da Cooperativa foi um marco importante junto ao grupo de agricultores de Santa Terezinha, pois, demonstrou a maturidade envolvida nessa caminhada que de maneira articulada e com propósitos culminou em uma organização que terá como missão fortalecer o associativismo, o fortalecimento familiar com a participação de jovens e mulheres na decisão dos negócios, agregação na geração da renda familiar e as boas práticas na cultura da erva-mate.
Todos os cooperados serão atendidos pelo Projeto Araucária desenvolvido pela Apremavi, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental, através do qual será realizado o planejamento das propriedades, implantação de sistemas agroflorestais e recuperação de áreas degradadas.
Fotos: Edilaine Dick e Vanderlei Cardozo
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10/10/2013 | Notícias
De 01 a 04 de outubro de 2013, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) reuniu colaboradores e voluntários com o objetivo de promover um encontro para motivação e capacitação da equipe e acolher novos colaboradores em um ambiente harmonioso e agradável.
A capacitação foi realizada no Centro Ambiental Jardim das Florestas através do Projeto Araucária patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental. O projeto será realizado no período de agosto/2013 a julho/2015.
No primeiro dia de trabalho uma dinâmica, utilizando fotos expostas no Centro, teve o objetivo de fazer a integração da equipe. A história da Apremavi foi reconstituída através dos relatos baseados nas fotos, com cada colaborador evidenciavam fatos e eventos envolvendo a instituição, falando em seguida do seu papel enquanto colaborador da Apremavi.
As colocações feitas demonstraram a satisfação de todos em trabalhar na instituição, Eu sou muito feliz em trabalhar na Apremavi, destacou a estagiária Jéssica Teresinha Novelletto; Me realizei pessoalmente com o trabalho voluntário na Apremavi, falou o vice-presidente Urbano Schmitt Junior; É um desafio positivo trabalhar na Apremavi, comentou o técnico ambiental Marcos Alexandre Danieli.
Biodiversidade catarinense, sistemas agroflorestais, restauração florestal, legislação ambiental, serviços ambientais, a importância da Mata Atlântica foram alguns dos temas abordados durante os 04 dias de capacitação. Além de palestras, visitas de campo para conhecer as experiências práticas e jogos de Educação Ambiental, outras dinâmicas foram realizadas pela própria equipe da Apremavi e voluntários, entre eles a professora Lucia Sevegnani, Rainer Prochnow extensionista da Epagri e Wigold Schaffer fundador da Apremavi.
A troca de experiência entre os técnicos dos diferentes projetos desenvolvidos pela Apremavi, a partir da apresentação dos projetos, resultados obtidos e metodologia adotada, foi de extrema importância para o planejamento das diversas atividades previstas no projeto Araucária, como o planejamento e mapeamento das propriedades a serem envolvidas e ações de recuperação e conservação da Mata Atlântica.
Fotos: Edilaine Dick, Jessica Noveletto e Wigold Schaffer.
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