1,5°C o recorde que não devemos quebrar

1,5°C o recorde que não devemos quebrar

1,5°C o recorde que não devemos quebrar

Às vésperas do início das Olimpíadas, maior evento esportivo do planeta, quando se espera a quebra de muitos recordes, uma campanha é lançada para alertar sobre o recorde que não deve ser ultrapassado: 1,5o C. Esse é o limite para que aumento da temperatura média do planeta não se torne perigoso.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), que integra o Observatório do Clima e também participou do Revezamento da Tocha Olímpica através da Conselheira Miriam Prochnow, conclama a todos para participarem ativamente dessa campanha.

Veja o vídeo “Apremavi na campanha 1,5°C o recorde que não devemos quebrar”.

A campanha pelo clima teve início no dia 29 de julho de 2016, com o objetivo de alertar a sociedade para as consequências das mudanças climáticas e conclamar todo mundo a implementar ações que tornem possível que o limite de um e meio grau Celsius não seja ultrapassado.

Viveiro Jardim das Florestas. Foto: Gabriela Schäffer

Como diz a campanha: “Isso é urgente porque sabemos agora o tamanho da ameaça à prosperidade e até mesmo à existência das nações que um aumento acima desse limite representa. As mudanças de temperatura podem soar mínimas, mas o aquecimento de 1o C que já tivemos resultou na duplicação dos dias e noites extremamente quentes em muitos países, bem como em tempestades sem precedentes, inundações, secas, crises alimentares, derretimento das capas glaciais e dos solos congelados, além da elevação do nível dos mares e submersão de grandes áreas de terra” alguns países já perderam ilhas e tiveram que resgatar seus habitantes. No Acordo de Paris, o primeiro tratado universal contra as mudanças climáticas, adotado em 2015, o mundo se comprometeu a fazer esforços para evitar que o aquecimento global ultrapasse 1,5o C. Não cumprir essa meta trará riscos significativos à sobrevivência de nações-ilhas como Kiribati, Maldivas e Tuvalu, a regiões costeiras como o Delta do Mekong, Flórida e sul de Bangladesh e cidades costeiras como o Rio de Janeiro, Santos e Recife.

Os 15 anos mais quentes já registrados ocorreram neste século. O ano passado foi o mais quente desde o início das medições e tudo indica que em 2016 teremos um novo recorde. Se continuarmos neste ritmo, enfrentaremos problemas cada vez mais graves de abastecimento de água e produção de alimentos, além da maior disseminação de epidemias transmitidas por mosquitos”.

A campanha é uma iniciativa do Observatório do Clima (OC), do Fórum dos Países Vulneráveis ao Clima (CVF), do Gestão de Interesse Público (GIP) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Preservar e restaurar os ecossistemas naturais é uma das melhores formas de combater as mudanças climáticas.

Acesse o site e faça sua parte. Conheça também o Programa Clima Legal da Apremavi e ajude a plantar árvores nativas.

 

Diálogo Florestal lança vídeo animado: Dialogando a Gente se Entende

Diálogo Florestal lança vídeo animado: Dialogando a Gente se Entende

Diálogo Florestal lança vídeo animado: Dialogando a Gente se Entende

Será lançada nas redes sociais, nesta terça-feira, 02 de agosto de 2016, a animação “Dialogando a gente se entende” que conta a história do Diálogo Florestal – uma das mais inovadoras iniciativas na construção de soluções de consenso e resolução de conflitos, tanto no Brasil como no exterior.

O Diálogo Florestal foi criado em 2005, no auge do confronto entre a indústria de papel e celulose, comunidades e ambientalistas. O ambiente tenso dos encontros iniciais, não desanimou os participantes a buscar uma metodologia que conseguisse dar voz e transparência aos processos de negociação. “As decisões são tomadas por consenso mesmo que isso demore mais tempo. Mas quando se chega a um acordo, ele reflete o processo de maturidade do grupo e por isso funciona”, explica Miriam Prochnow, secretária executiva do Diálogo Florestal.

A animação foi a técnica escolhida para contar essa história por permitir que um público mais amplo possa conhecer a metodologia desenvolvida pelo Dialogo Florestal. O vídeo mostra dois dos mais emblemáticos acordos realizados pelos parceiros da iniciativa: o afastamento dos plantios de pinus e eucalipto de núcleos urbanos e a rota das barcaças que mudou o trajeto transporte de celulose para não afetar os pescadores e a vida marinha no Sul da Bahia.

“Temos inspirado muitas iniciativas com a nossa metodologia como, por exemplo, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e vários diálogos regionais” conta Miriam. O Diálogo Florestal começou na Mata Atlântica mas já se espalhou por outros biomas brasileiros e está presente em 10 estados. “Ninguém poderia imaginar que isso aconteceria quando tivemos o nosso primeiro encontro. Isso nos faz acreditar mesmo que “dialogando a gente se entende” e que a “tecnologia do diálogo” pode ser muito útil neste momento da vida brasileira”, completa ela.

Para Ivone Namikawa, representante da Klabin e integrante do Conselho de Coordenação do Diálogo Florestal, o vídeo será uma importante ferramenta de divulgação: “durante o evento paralelo da COFO 23, na FAO em Roma, onde aconteceu o pré-lançamento do vídeo, ficou claro que o exemplo do diálogo será muito importante para outros setores”.

Momento do pré-lançamento realizado na Conferência da FAO. Foto: Arquivo Diálogo Florestal.

No Alto Vale do Itajaí o pré-lançamento do vídeo aconteceu no dia 20 de julho de 2016, durante o evento do Diálogo do Uso do Solo – Planejando Propriedades Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí, que contou com a presença de 70 representantes de vários setores da região. Confira abaixo um dos momentos do evento.

A animação “ Dialogando a gente se entende” poderá ser acessada nas seguintes páginas das redes sociais:

Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=LcCEs_pwLSM&feature=youtu.be 

Facebook:
https://www.facebook.com/DialogoFlorestal/ 

O vídeo tem uma versão em inglês, que pode ser acessada aqui.

Em anexo (no final da matéria) arquivos com vários formatos do vídeo para download.

Ficha Técnica:
Animação: “Dialogando a gente se entende” – 2’20”
Produção: Mandra Filmes
Roteiro e Coordenação: Maria Zulmira de Souza, Miriam Prochnow e Maura Campanili.
Informações para a imprensa:
(47) 8840-7072
miriam@dialogoflorestal.org.br
www.dialogoflorestal.org.br

O que é o Diálogo Florestal

Iniciativa que reúne organizações, empresas, ambientalistas e moradores para implementar uma nova maneira de dialogar, com o objetivo de executar ações conjuntas de sustentabilidade entre setores historicamente antagônicos no país: a indústria de base florestal e organizações da sociedade civil.
Criado em 2005, foi inspirado no modelo da iniciativa internacional The Forests Dialogue (TFD). Está presente em dez estados brasileiros e trabalha a partir de fóruns e grupos de tra­balho voltados para a cooperação, resolução de problemas e consolidação de oportunidades.

Ambientalistas mirins se reúnem na Apremavi

Ambientalistas mirins se reúnem na Apremavi

Ambientalistas mirins se reúnem na Apremavi

Nos dias 26 e 27 de julho de 2016 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) recebeu no Centro Ambiental Jardim das Florestas, alunos da Escola de Educação Básica Doutor Frederico Rolla, que integram o grupo de Ambientalistas Mirins de Atalanta, Plantando o Futuro.

Nos dois dias foram desenvolvidas diversas atividades. O objetivo era mostrar um pouco dos trabalhos e da história da Apremavi. No primeiro dia, acompanhados pela Conselheira da Apremavi, Miriam Prochnow, conheceram os canteiros de mudas nativas, os plantios e bosques no entorno do Centro ambiental e à tarde fizeram um pequeno estágio no viveiro, onde todos participaram de todas as atividades para a produção de uma muda. À noite pernoitaram no Centro Ambiental e tiveram uma conversa com Gabriela Schaffer, sobre experiências de intercâmbio no exterior. Também foi um momento de troca de informações com as estudantes Gabriela Alencar e Eduarda Sofka, que estavam estagiando na Apremavi.

No dia 27 foram conhecer algumas propriedades parceiras da Apremavi, onde os jovens puderam ver que os trabalhos realizados estão dando um excelente resultado para a o proprietário e também para o meio ambiente.

A visita do grupo foi finalizada no Parque Natural Municipal Mata Atlântica, onde em conversa, foram lançados os novos passos e atividades a serem desenvolvidas pelo grupo.

Para Taís Fontanive, Técnica da Apremavi que acompanha o grupo, o grupo deve ser como uma árvore, hoje pequeno, amanhã grande: “o mundo precisa de pessoas para cuidar dele. Nossos jovens se tornam especiais quando se interessam por essa área e se preocupam com o futuro. Cada um enxerga e pode mudar o mundo por pequenas ações, que podem ser desenvolvidas no dia-a-dia”, completa Taís.

Abaixo, comentários de alguns dos participantes do grupo sobre suas experiências nesses dois dias.

Lara Tayana Nazário – (15 anos, 9º ano, mora no Bairro Centro): “Falar em público, colocar em prática uma ideia, ser empreendedor, corajoso, ter visão de futuro, saber aonde quer chegar, se auto conhecer, ter um referencial, entre outros. Isso tudo você pode desenvolver ainda cedo/novo, ou seja, participando de movimentos estudantis, e a verdade é que, além de tudo isso, as oportunidades crescem ao seu redor e te abrem portas, só basta saber aproveitá-las. Estes foi um dos motivos que me fez participar do grupo Plantando o Futuro, o qual preserva e ama a natureza. Sem dúvidas todos os encontros que tivemos, foram de extrema importância, em especial os dois dias de estudo, aonde tivemos a oportunidade de adquirir conhecimento e aprendizado, fortalecendo nossos laços com a natureza e com os participantes, os dois dias vão ficar para sempre em minha memória”.

Murilo Hammes – (14 anos, 8º ano, mora no Bairro Centro): “Nesses dois dias que passei aí, gostei muito de ter conhecimento  sobre como são feitas as mudas, também de ver o trabalho e a dificuldade de ter uma planta sadia. Gostei de ir nas propriedades e ver como que as árvores mudam o clima do local e de ver que as plantas mudam o jeito de algumas pessoas pensarem das coisas ruins que praticavam e agora fazem de tudo para proteger o meio ambiente”.

Geanini Zanelatto– (Professora de História, mora no Bairro Centro): “O Meio Ambiente é o bem mais precioso que a humanidade tem nas mãos, e sendo assim, o homem precisa entrar em harmonia com a natureza. Nosso encontro foi digno de muito conhecimento, novas experiências e muita energia, que certamente nos moverá para continuar a caminhada. Como educadora, fico feliz de ver meus alunos construindo a Cidadania, cumprindo seus deveres em prol do Meio Ambiente, fazendo a diferença para renovar a esperança de um mundo melhor”.

Catherine Fronza– (15 anos, 1º ano ensino médio, mora no Bairro Centro): “Superar expectativas, lutar por uma causa, ajudar, crescer, conhecer, fazer o bem, pensar no futuro e proteger a espécie humana é preciso. Foi isso que instigou alguns jovens a sair do conforto e integrar um grupo preocupado com as causas ambientais. Participar dele, foi, está sendo e será, uma experiência incrível. Dentre as ações que foram propostas, uma delas era participar de algumas atividades no centro ambiental da Apremavi. Nos dando todo apoio possível, pernoitamos no centro, foram dois dias de um aprendizado enorme. Conhecer toda a história da ONG, reconhecer as lutas e as conquistas durante 30 anos de Apremavi, me fez perceber que realmente existem pessoas preocupadas com o mundo, que apesar de toda dificuldade não desistiram e fizeram a diferença. Além de ficarmos por dentro de toda essa história, adquirimos muita experiência e conhecimento. Viver junto à natureza e entender um pouco como funciona um viveiro de mudas, saber de experiências internacionais de intercâmbio, entender propriedades modelos e tirar dúvidas e curiosidades sobre floresta também fizeram parte dos dois dias. Só tenho a dizer que foi incrível, que todo o aprendizado ficará guardado e isso só serviu para nos motivar ainda mais a fazer o bem para nós mesmo e preservarmos o que nos faz viver”.

Poliana Bagio (15 anos, 1º ano ensino médio, mora na Comunidade do Rio Caçador): “Foram tantas experiências ótimas nestes dois dias, realmente as coisas mais simples são as que mais agradam. É incrível poder acompanhar um trabalho maravilhoso ao lado de pessoas que querem o bem da nossa nação, que pensam em nosso futuro e de futuras gerações. Foi gratificante poder passar um ”pedacinho” das minhas férias na Sede da Apremavi, ao lado dos meus amigos; fazendo as dinâmicas propostas, aprendendo, rindo, caminhando. Tudo valeu a pena. É maravilhoso passar um pouco do tempo com humanos que querem um futuro melhor. Ainda levamos sorte de ter duas estagiárias no local Gabriela de Manaus e Eduarda de Rio do Sul, além disso tivemos uma palestra com a Gabriela Schaffer, que fez intercâmbio no Estados Unidos e foi para a Alemanha para fazer palestras. O Sr. Edegold também falou sobre a sua experiência no interior. É fantástico como são produzidas as mudas, o modo como cuidam e como nos acolhem”.

Gabriela Prochnow– (15 anos, 1º ano ensino médio, mora na Comunidade de Alto Dona Luiza): “O trabalho realizado nesses dias foi uma oportunidade muito interessante e que chamou atenção de todos de imediato, quando proposta. Apesar de nem todos do grupo não poderem estar presente, o desenvolvimento da atividade foi de forma muito eficaz para que quem estivesse participando adquirisse o máximo de conhecimento possível. Desde conversas, palestras, trabalho no viveiro até visitas a propriedades, as atividades foram feitas todas acompanhadas, onde as pessoas acabaram contando um pouco de sua história, deixando em todos nós, uma admiração e um exemplo de que tudo se deve ao esforço nosso e de todos. Dois fatos que mais me marcaram e que levarei comigo foram que: “Amanhã é outro dia, portanto devemos cuidar do meio ambiente” e “A iniciativa sempre nos leva longe”. No meu ponto de vista, foi uma oportunidade ótima e que fez toda a diferença para sabermos o que de fato a APREMAVI fez e vem fazendo até hoje”.

Lucas Sens (14 anos, 8º ano, mora na Comunidade de Ribeirão Matilde): “Depois desta experiência percebo de como a natureza é bela e perfeita, de como seus recursos que ela acaba nos oferecendo são importantes, de que estar rodeado pela sua extraordinária beleza é muito bom, e principalmente, estar ajudando a humanidade para que seu futuro não seja extinto é uma das coisas que mais me motiva a admirar o trabalho destes ambientalistas. E também admiro o trabalho do nosso grupo Plantando o Futuro por estrar abraçando esta causa, saindo de nossas casas para aprender um pouco mais deste trabalho incrível e quem sabe no futuro estar seguindo neste rumo. Só agradecemos pela experiência e aprendizado que a Apremavi está nos dando”.

Jacson Floresti – (15 anos, 9º ano, mora no Bairro Centro): “Esses dois dias passados na APREMAVI foram muito importantes e uma experiência muito boa. Grandes conhecimentos foram passados de várias formas. Conhecer o terreno da APREMAVI foi muito interessante, eu pude ver coisas que nunca tinha visto antes. Quanto às visitas às propriedades foi muito bom, podemos perceber ainda mais a importância de plantar árvores em terrenos. Trabalhar no viveiro foi a melhor experiência de todas, tem várias etapas, todas fundamentais para que a planta tenha vida. Eu aproveitei cada momento que passei lá”.

Vinicius Testoni Longen– (15 anos, 1º ano ensino médio, mora no Bairro Centro):”’o futuro está nas mãos dos jovens, serão eles que irão construí-lo’. Baseado nesta frase que a diferença será feita na sociedade, pois eles (os jovens) irão reverter ou dar procedimento ao que já foi encaminhado. Porém, não é necessário que esse futuro chegue para que as ações iniciem. Portanto, um grupo de ambientalistas mirins foi formado com o objetivo de conscientizá-los sobre as ações ambientais pelo mundo, em especial, no município no qual estão inseridos. Para que o grupo tenha uma base, o mesmo, sob orientação de profissionais na área, teve algumas palestras teóricas e outras ações, como trilhas e visitas a campo em algumas propriedades de pessoas preocupadas com o futuro ambiental. O trabalho foi iniciado e o destino reserva mais ainda”.

Anna Julia Koch – (13 anos, 8º ano, mora na Comunidade do São João): “Bom, esses dois dias que passamos na sede da Apremavi só serviram para me mostrar o quanto a natureza é importante para todos nós, o quando cada árvore, cada flor, cada fruta tem sua função, e por menor que seja essa função ela tem sua importância para continuar mantendo o mundo em ordem. Por isso, precisamos restaurar cada vez mais o que foi destruído, para que assim possamos viver em um mundo melhor”.

Ariana Hammes – (Integrante da Equipe do Centro Ambiental Jardim das Florestas): “Acredito na força de vontade dos alunos e que eles façam a diferença e dêem jus ao nome “Grupo Plantando o Futuro”. Foram dois dias de muito aprendizado e dedicação, espero que eles levem isso com eles, que tenha novas atividades, buscando novas metas e objetivos a serem cumpridos. Que não desistam da caminhada que não é tão simples e que o grupo cresça e se fortaleça cada vez mais pra fazer a diferença”.

Pagamento por serviços ambientais beneficia agricultores em SC

Pagamento por serviços ambientais beneficia agricultores em SC

Pagamento por serviços ambientais beneficia agricultores em SC

21 agricultores familiares dos municípios de Irineópolis, Matos Costa, Novo Horizonte, Porto União e São Domingos, já começaram a receber os benefícos por Pagamento de Serviços Ambientais (PSA), por preservarem áreas nativas em suas propriedades. As ações fazem parte da parceria entre a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Fundação de Meio Ambiente (Fatma), assinada em 2015.

As atividades estão sendo desenvolvidas no âmbito do Projeto Corredores Ecológicos, implementado pela Fatma, em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), dentro do programa SC Rural.

A Apremavi auxilia a identificar e mapear propriedades aptas a receber o benefício previsto pelo programa.

Além dos 21 agricultores ja beneficiados, mais 109 propriedades rurais foram identificadas pela equipe da Apremavi como potenciais para receber por PSA. O trabalho é feito em parceria com os extencionistas municipais da Epagri e parceiros locais, como a Cooptrasc e ICMBio.

Propriedade visitada em Galvão. Foto: Marluci Pozzan

O senhor Valdomiro Kalichak, agricultor familiar de Porto União, destaca: “Com este programa além de estarmos preservando os remanescentes florestais da nossa propriedade, tivemos uma recompensa financeira. Sentimo-nos orgulhosos de ter preservado e certamente é um bom exemplo que deixamos para nossos filhos”.

Ana Maria Lessenko Kalichak complementa: “fomos atendidos por excelentes profissionais que nos deram toda a atenção necessária esclarecendo todas e quaisquer dúvidas. Achamos tudo ótimo.”

Luis Kostulski, agricultor de Irineópolis, cometou que quando tiveram conhecimento desta ação através da Epagri, não tiveram dúvidas, aceitaram participar: “Para nós pequenos agricultores foi muito incentivador e bem idealista. O recurso veio em boa hora e foi bem aproveitado. A reserva de mata nativa que foi contratada é muito importante não só para os animais, mas para nós e demais vizinhos aqui da comunidade, afinal de contas a nascente presente naquela área abastece os moradores das redondezas” destaca o agricultor.

Desde 2015, quando firmado o contrato de parceria entre Apremavi e FATMA, o papel da Apremavi vem sendo identificar propriedades e analisar os aspectos qualitativos e quantitativos de propriedades rurais com aptidão para participação no programa, ou seja, observar a qualidade do serviço ambiental, conservação da área natural e uso agropecuário, e gestão da propriedade. As áreas naturais visitadas e contratadas pelo projeto comprovam a preocupação das pessoas com a manutenção e conservação das florestas e dos recursos naturais.

Sobre Serviços Ambientais e PSA

Serviços ambientais são aqueles prestados pela natureza, trazendo uma série de benefícios às pessoas e sustentando a vida no planeta. Quando as pessoas ajudam a natureza a manter esses serviços, elas podem se beneficiar do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).

Existem várias modalidades de pagamento por serviços ambientais, entre eles, os relacionados ao sequestro de carbono, à proteção da água e também da biodibersidade. Em Santa Catarina, um dos programas existentes é o que remunera proprietários pela manutenção de florestas nativas.

Projeto Matas Sociais promoveu oficina de Educação Ambiental em Imbaú

Projeto Matas Sociais promoveu oficina de Educação Ambiental em Imbaú

Projeto Matas Sociais promoveu oficina de Educação Ambiental em Imbaú

Como parte das ações voltadas à Educação Ambiental do Projeto Matas Sociais – Planejamento de Propriedades Sustentáveis, no dia 30 de junho de 2016, mês do meio ambiente, foi realizada uma oficina sobre compostagem e proteção e recuperação de nascente. A atividade envolveu estudantes do 3º ao 5º ano da Escola Municipal Otávio Mendes Batista, do município de Imbaú e foi realizada na propriedade de Luciane Moraes, atendida pelo projeto e diretora da escola. A oficina foi ministrada pela Apremavi, com apoio da Klabin, Prefeitura de Imbaú e escola envolvida.

Os estudantes participaram de uma apresentação de introdução ao tema abordado, realizada na Secretaria de Educação de Imbaú. De lá, todos seguiram para a propriedade, onde acompanharam e ajudaram a fazer a composteira, demonstrando na prática como é fácil dar um destino adequado aos resíduos orgânicos gerados em meio rural ou urbano. O grupo também participou de um plantio de diferentes mudas nativas da Mata Atlântica para recuperação de uma nascente.

Momento do plantio para proteção de nascente. Foto: Marcos Alexandre Danieli.

A experiência dos estudantes foi sistematizada em desenhos durante as atividades em sala de aula.

Segundo a diretora Luciane Moraes, a atividade realizada enriqueceu o conhecimento teórico e prático dos alunos sobre a importância da preservação do meio ambiente onde eles vivem. “Em nome da Escola Otávio Mendes, professores e alunos, agradecemos a oportunidade de fazer parte deste projeto”, conclui.

Na oportunidade, também foi realizada a proteção de uma nascente da propriedade, adotando o modelo Caxambú, uma alternativa de baixo custo, simples construção e que contribui para a manutenção das fontes de água no meio rural necessárias aos usos produtivos.

A experiência da composteira também será levada para a escola envolvida logo após o termino das reformas. Outras oficinas serão realizadas ao longo do projeto, com diferentes temáticas: horta escolar, alimentação saudável e saída técnica às propriedades atendidas pelo projeto e que destinam alimentos à escola.

Aprendendo a fazer uma composteira. Foto: Arquivo Apremavi.

O projeto

O projeto é uma iniciativa da parceria entre a Klabin, Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), The Nature Conservancy (TNC) e Sebrae e com apoio das Prefeituras Municipais de Imbaú, Ortigueira e Telêmaco Borba, no Paraná.

O objetivo principal é o fortalecimento econômico, ambiental e social de pequenas e médias propriedades rurais dos municípios envolvidos. O programa auxilia o produtor na adequação ambiental, legal e paisagística da propriedade, no planejamento e diversificação da produção, fortalecendo iniciativas de associação e cooperativismo, e facilitando o acesso às novas oportunidades de mercado e de desenvolvimento regional.

Apremavi tem dia histórico com a Tocha Olímpica

Apremavi tem dia histórico com a Tocha Olímpica

Apremavi tem dia histórico com a Tocha Olímpica

O dia 09 de julho de 2016 foi histórico para a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). Além de comemorar os 29 anos de fundação da associação, foi o dia em que Miriam Prochnow, fundadora e conselheira da Apremavi, conduziu a Tocha Olímpica, no revezamento que aconteceu na cidade de Araranguá (SC).

Equipe da Apremavi com a mudas de árvores nativas. Foto: Wigold Schaffer

Os preparativos começaram cedo, com a equipe da Apremavi chegando à cidade, trazendo mudas de árvores nativas da Mata Atlântica para serem plantadas e também distribuídas para a populacão. Foram plantadas mudas de ipê na mata ciliar do Rio Araranguá, na praça Hercílio Luz e também na localidade de Morro dos Conventos. O objetivo dessas ações foi chamar a atenção para a causa da sustentabilidade, que precisa entrar na agenda do nosso dia a dia.

Árvore plantada na Praça Hercílio Luz. Foto: Wigold Schaffer

Realizar essas ações na região Sul de SC tem também um significado maior, porque a região é considerada uma das 14 áreas mais críticas ambientalmente do país em consequência da poluição gerada pela atividade carbonífera. Foi também a região epicentro do furacão Catarina, o primeiro do Atlântico Sul.

A ação ambiental foi uma atividade conjunta da Apremavi, com a ONG Sócios da Natureza, o FSC® Brasil(responsável pela indicação de Miriam para o revezamento), a Fundação de Meio Ambiente de Araranguá (FAMA) e o Comitê Olímpico Rio2016. Miriam é uma das condutoras “Abraça”, que representam as causas de Sustentabilidade dos Jogos Rio 2016. Segundo Sabrina Porcher, do Comitê Organizador da Rio2016, o objetivo em Sustentabilidade sempre foi mexer com mentes e corações e com isso promover mudanças de atitudes e estabelecer novos paradigmas: “É isso que queremos também quando aliamos o esporte à sustentabilidade; engajar os jovens, crianças, idosos, a população em geral, nessa causa tão importante. Nossos 28 condutores representam com excelência essas causas pois são pessoas com trabalhos extremamente relevantes na área de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável“, completa.

Momento da condução. Foto: Rio2016/André Mourão.

A importância de ações como essa está registrada em depoimentos como o de Carlos Roxo, conselheiro do TFD (The Forests Dialogue – Diálogo Florestal Internacional) que declarou: “Santa Catarina fez uma acão integrada, linda e simbólica. Com o apoio da Apremavi, integrou o ato de carregar a Tocha Olímpica com o plantio de árvores na beira do rio e a distribuição de mudas para a população. Com isso, mostrou como o Esporte, que simboliza a saúde do Homem, está vinculado à restauração do verde, que simboliza a saúde do Planeta, que em uma era antropocênica como a que vivemos, são mutuamente dependentes em uma visão de curto e médio prazo. A longo prazo, como diz o Sergio Besserman, a saúde do Planeta triunfará, mesmo que por instinto precise extinguir a sociedade humana, tal como está organizada hoje”.

Mudas nativas e animação em Araranguá. Foto: Gabriela Schaffer.

Veja o vídeo resumo do dia 09 de julho, feito pela Rio2016, que mostra a ação ambiental realizada. Que mais ações como esta sejam realizadas por esse Brasil afora.

Sobre o FSC

É uma organização independente, não governamental, sem fins lucrativos, que promove o manejo florestal responsável ao redor do mundo desde 1994. Com sede na Alemanha, está presente em mais de 80 países. O FSC é o sistema de certificação florestal de maior credibilidade internacional e o único que incorpora, de forma igualitária, os interesses de grupos sociais, ambientais e econômicos.

Sobre a APREMAVI

Fundada em 1987, a Associação tem como missão trabalhar pela defesa, preservação e recuperação do meio ambiente, dos bens e valores culturais, buscando a qualidade de vida na Mata Atlântica e em outros biomas.

Sobre a Sócios da Natureza

O movimento ambientalista foi criado em 1980 para combater a intensa poluição na Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, Urussanga e Tubarão. Tem como objetivo principal a preservação da natureza e uma melhor qualidade de vida para a população da região sul de Santa Catarina.

Sobre o Comitê Organizador Rio 2016

É uma associação civil de direito privado, com natureza desportiva, sem fins econômicos, formada por Confederações Brasileiras Olímpicas, pelo Comitê Olímpico Brasileiro e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. Sua missão é promover, organizar e realizar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, seguindo as diretrizes do Contrato da Cidade-Sede, do Comitê Olímpico Internacional, do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) e da Agência Mundial Antidoping, e respeitando a legislação brasileira, a Carta Olímpica e o Manual de Regras do IPC.

Apremavi estará no revezamento da Tocha Olímpica

Apremavi estará no revezamento da Tocha Olímpica

Apremavi estará no revezamento da Tocha Olímpica

No próximo dia 9 de julho, um dos mais importantes símbolos das Olimpíadas passará pela cidade de Araranguá (SC) nas mãos da ambientalista Miriam Prochnow, conselheira da Associação de Preservação de Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e uma das indicadas pelo FSC® Brasil a conduzir a Tocha Olímpica. Miriam é uma das condutoras “Abraça”, que representam as causas de Sustentabilidade dos Jogos Rio 2016. Numa feliz coincidência, exatamente neste dia, a Apremavi comemora 29 anos de fundação.

O FSC Brasil e o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 são parceiros no compromisso de usar madeira e produtos de origem florestal adquiridos pela organização do evento, tais como, estruturas temporárias, mobiliário e materiais de comunicação e papelaria, certificados.

Miriam plantando Araucária. Foto: Wigold Schäffer

Para aproveitar os holofotes do maior evento esportivo do mundo e jogar luz sobre a luta pela conservação do meio ambiente, Miriam, representando a Apremavi, se juntou ao FSC e a ONG Sócios da Natureza para plantar mudas de ipês e árvores frutíferas nativas, nas margens do rio Araranguá e também distribuir outras duzentas mudas de Grumixama, Ingá-anão e Jabuticaba, para quem estiver assistindo ao revezamento da tocha na Praça Hercílio Luz, centro de Araranguá.

“É uma alegria imensa poder participar do revezamento da Tocha Olímpica levando a mensagem da sustentabilidade e chamando a atenção para a proteção das nossas florestas”, diz Miriam Prochnow. “Precisamos cada vez mais de pessoas comprometidas com a preservação e uso sustentável do meio ambiente”, completa.

Miriam ao lado de um Mulungu. Foto: Wigold Schäffer

No dia seguinte, 10 de julho, mais dez mudas serão plantadas no balneário Morro dos Conventos, um santuário ecológico formado por falésias, dunas, restingas e Mata Atlântica, contornado pela foz do rio Araranguá e pelo mar, e um dos principais pontos turísticos da região. Além do FSC, da comitiva do Comitê Olímpico Rio 2016 e da Apremavi, contará com a receptividade dos integrantes da ONG Sócios da Natureza de Araranguá.

“Para nós, que defendemos que as florestas são para todos e para sempre, é muito importante que assuntos como manejo responsável, conservação e consumo consciente estejam continuamente e cada vez mais em pauta. Porque informação – e empatia – é a chave para boas escolhas”, diz Aline Tristão, diretora executiva do FSC Brasil.

Slogan Abraça Sustentabilidade Olimpíadas Rio 2016.

Sobre o FSC

É uma organização independente, não governamental, sem fins lucrativos, que promove o manejo florestal responsável ao redor do mundo desde 1994. Com sede na Alemanha, está presente em mais de 80 países. O FSC é o sistema de certificação florestal de maior credibilidade internacional e o único que incorpora, de forma igualitária, os interesses de grupos sociais, ambientais e econômicos.

Sobre a APREMAVI

Fundada em 1987, a Associação tem como missão trabalhar pela defesa, preservação e recuperação do meio ambiente, dos bens e valores culturais, buscando a qualidade de vida na Mata Atlântica e em outros biomas.

Sobre a Sócios da Natureza

O movimento ambientalista foi criado em 1980 para combater a intensa poluição na Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, Urussanga e Tubarão. Tem como objetivo principal a preservação da natureza e uma melhor qualidade de vida para a população da região sul de Santa Catarina.

Sobre o Comitê Organizador Rio 2016

É uma associação civil de direito privado, com natureza desportiva, sem fins econômicos, formada por Confederações Brasileiras Olímpicas, pelo Comitê Olímpico Brasileiro e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. Sua missão é promover, organizar e realizar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, seguindo as diretrizes do Contrato da Cidade-Sede, do Comitê Olímpico Internacional, do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) e da Agência Mundial Antidoping, e respeitando a legislação brasileira, a Carta Olímpica e o Manual de Regras do IPC.

Para saber mais sobre a Miriam Prochnow, assista o vídeo.

Vídeo sobre Diáogo do Uso do Solo será lançado no dia 20 de julho

Vídeo sobre Diáogo do Uso do Solo será lançado no dia 20 de julho

Vídeo sobre Diáogo do Uso do Solo será lançado no dia 20 de julho

DIÁLOGO DO USO DO SOLO

Apresentação de Projeto e Lançamento de Vídeo

Temos a honra de convidar V. Sra. para o lançamento do vídeo Diálogo do Uso do Solo – Planejando Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí”a ser realizado no dia 20 de julho de 2016, às 19h, no auditório do Parque Universitário UNIDAVI, em Rio do Sul (SC).

O vídeo mostra os resultados do Seminário Internacional sobre o mesmo tema, realizado no período de 25 a 28 de abril de 2016, no Centro Ambiental Jardim das Florestas da Apremavi em Atalanta-SC.

O evento é uma realização conjunta da Associação de Preservação do Meio Ambiente (Apremavi), Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Cooperativa Regional Agropecuária Alto Vale do Itajaí (Cravil), Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Diálogo Florestal, Universidade do Alto Vale do Itajaí (Unidavi) e Faculdade Metropolilana de Rio do Sul (Uniasselvi/Famesul).

Juntamente com o lançamento do vídeo haveráuma apresentação sobre o projeto Diálogo do Uso do Solo (LUD), a ser desenvolvido nos próximos 12 meses na região do Alto Vale do Itajaí. O objetivo desta iniciativa éreunir conhecimento existente sobre a região, nos diversos setores que atuam na paisagem, e a partir disso oportunizar processos de envolvimento da sociedade e seus diversos segmentos para definir cenários e ações que permitam uma melhor governança, em busca do desenvolvimento sustentável.

O Alto Vale do Itajaífoi escolhido para esse projeto em razão do reconhecimento de que o uso do solo na região jáatende em grande medida aos preceitos do que se entende como paisagens sustentáveis. Trata-se, portanto, de uma grande oportunidade para trocar ideias e experiências que podem contribuir para melhorar o uso do solo na região e também para divulgar a região como exemplo para outras regiões do Brasil e outros países.

Programação:

19:00 – Abertura – Apresentação do Grupo de Trabalho: Diálogo do Uso do Solo – Alto Vale do Itajaí

19:30 – Diálogo do Uso do Solo –Perspectiva Internacional, Nacional e Regional.

Miriam Prochnow – Secretária Executiva do Diálogo Florestal Brasileiro.

Carlos Roxo – Conselho de Sustentabilidade da Fibria e do Land Use Dialogue.
20:00 – Lançamento do vídeo.

20:20 – Próximos passos do Projeto no Alto Vale do Itajaí e debate.

20:45 – Café de encerramento.

Contamos com sua participação neste importante evento para o Alto Vale do Itajaí e ficamos à disposição para informações adicionais.

Confirmar presença até o dia 18 de julho, com Maria Luiza, na Apremavi pelo email administrativo@apremavi.org.br ou fone 3521-0326.

Complexo eólico ameaça Campo dos Padres

Complexo eólico ameaça Campo dos Padres

Complexo eólico ameaça Campo dos Padres

Apremavi entregou documento contrário à implantação de complexo eólico no Campo dos Padres e pede criação imediata de Parque Nacional na região. O documento foi entregue à Fundação Estadual de Meio Ambiente (FATMA), durante audiência pública, realizada no dia 30 de junho de 2016, na cidade de Bom Retiro (SC).

O documento será encaminhado também para o Ministério Público Estadual e Federal, solicitando providências para a proteção da área.

Sobre o Rima do Complexo Eólico Serra Azul – Campo dos Padres

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida – Apremavi, manifesta-se contrária à aprovação do Relatório de Impacto Ambiental – Rima do Complexo Eólico Serra Azul, pelas razões a seguir expostas:

1 – A região do Campo dos Padres e o conjunto de serras que o circunda, que abrange áreas dos municípios de BomRetiro, Urubici, Alfredo Wagner e outros municípios da região, é um dos últimos blocos homogêneos de florestas com araucárias e campos de altitude com elevado grau de preservação que ainda restam em Santa Catarina.

2 – Essa área foi exaustivamente estudada no ano de 2006, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), envolvendo técnicos do próprio MMA, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA), da Empresa de Pesquisa Agrícola e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), da Companhia de Polícia Ambiental de Santa Catarina, das Prefeituras dos Municípios Envolvidos e de Instituições da Sociedade Civil Organizada atuantes na região(Processo no ICMBio/MMA nº- 02000.000861/2006-17).

3 – Os estudos técnicos e socioeconômicos realizados evidenciaram os atributos e a importância ambiental da área para a biodiversidade de fauna e flora, para a proteção dos recursos hídricos, para a preservação das excepcionais belezas cênicas e para a preservação de um verdadeiro ecótono com uma diversidade de ambientes naturais únicos e ameaçados como as turfeiras, as matas nebulares, os campos de altitude e seus contados com as Florestas Ombrófila Densa e Mista.

4 – Dentre as conclusões do estudo destaca-se: “Esta região apresenta um mosaico de ecossistemas ameaçados, cuja ocorrência no Estado de Santa Catarina, revela aspectos de notória representatividade nacional. Cumprindo uma finalidade estratégica em relação a fauna, flora, recursos hídricos e belezas de excepcional valor paisagístico, perfazendo amostras ecossistêmicas de grande significância ecológica, como atestam e confirmam o grande número de estudos científicos já realizados na região”.

5 – Esses estudos coordenados pelo MMA embasaram a proposta de criação do Parque Nacional do Campo dos Padres e foram levados a quatro audiências públicas (uma delas conduzida pelo Juiz Federal Zenildo Bodnar).Ou seja, os atributos e importância ambiental da área já são conhecidos e reconhecidos pela academia, pelas ONGs ambientalistas e por órgãos do executivo e judiciário desde 2006.

6 – Ressalta-se que durante os estudos e audiências públicas ninguém apresentou qualquer projeto de parque eólico para aquela importante área ambiental. Essa de aerogeradores surgiu muito depois e atende interesses meramente privados.

7 –A proposta do complexo eólico Serra Azul que prevê a instalação de 240 aerogeradores de 2,7 MW cada, no Campo dos Padres, apresenta um RIMA que não menciona sequer uma única espécie vegetal campestre.A título de exemplo, segundo PROBIO (2003) a flora dos campos do sul do Brasil é extremamente rica em espécies – somente nos campos do planalto das araucárias foram contabilizadas 1.087 espécies. As famílias mais representativas em relação ao número de espécies são Asteraceae, Poaceae, Fabaceae, Cyperaceae, Solanaceae, Apiaceae, Rubiaceae, Lamiaceae e Euphorbiaceae. As espécies de gramíneas (Poaceae) são as de maior dominância, refletindo na caracterização fisionômica dos campos.

A implantação de mais de 240 torres eólicas destruirá o Campo dos Padres. Imagem do relatório de impacto ambiental.

8 – Nenhuma opção energética que causa destruição de ambientes naturais únicos, cheios de biodiversidade, aspectos cênicos impressionantes e espécies raras e endêmicas, é uma opção aceitável. Boa opção é a energia solar e eólica implantada sem destruição de ambientes naturais, o que efetivamente não é o caso.

9 – Diante da iminente destruição desse conjunto de ecossistemas únicos pelo complexo eólico Serra Azul, vimos requerer que a Fundação do Meio Ambiente – Fatma, rejeite a proposta do complexo eólico Serra Azul e reconheça a precedência da proposta da preservação da região através da criação do Parque Nacional do Campo dos Padres nos moldes propostos e aprovados pelo MMA/ICMBio (Processo no ICMBio/MMA nº- 02000.000861/2006-17).

10 –Para garantir a precedência da proposta da preservação através da criação do Parque Nacional do Campo dos Padres nos moldes propostos e aprovados pelo MMA/ICMBio (Processo no ICMBio/MMA nº- 02000.000861/2006-17) e a não aprovaçãoe licenciamento do complexo eólico Serra Azul, visto que esse complexo irá destruir de forma irremediável o ambiente insubstituível do Campo dos Padres, requeremos que os Ministérios Públicos Federal e Estadual tomem as providências cabíveis, inclusive no âmbito judicial.

11 – No anexo 1 informações sobre a importância ambiental e cênica da proposta do Parque Nacional do Campo dos Padres.

Anexo 1
Parque Nacional do Campo dos Padres

O Campo dos Padres e o conjunto de serras que o circunda se constitui num dos últimos blocos homogêneos de florestas com araucárias e campos de altitude com elevado grau de preservação que ainda restam em Santa Catarina.

A proposta do Parque Nacional do Campo dos Padres contempla 50.774 hectares, distribuídos pelos municípios de Urubici (SC), Bom Retiro (SC), Alfredo Wagner (SC), Anitápolis (SC), Santa Rosa de Lima (SC), Rio Fortuna (SC), Grão Pará (SC) e Rio Rufino (SC). A proposta foi submetida a 4 consultas públicas, realizadas nos dias 8 e 9/12/2006, respectivamente nos municípios de Bom Retiro (SC), Anitápolis (SC) e Urubici (SC). Além disso foi realizada uma audiência pública judicial na cidade de Urubici (SC) em 23.06.2007, conduzida pelo Juiz Federal Zenildo Bodnar.

O Campo dos Padres é um ecótono, de grande importância biológica, onde formações geológicas magníficas moldam um relevo suave, quase plano nas porções mais elevadas, os chamados “aparados”. Nessas áreas predominam os campos naturais, onde vicejam inúmeras espécies de plantas herbáceas e arbustivas, muitas delas raras e endêmicas.

Os campos terminam em penhascos íngremes, tortuosos, irregulares, criando “paredões” de dimensões gigantescas, formando as bordas da Serra Geral. O cenário criado é de grande beleza cênica, onde se destacam cânions, cachoeiras, montanhas, escarpas e chapadas de grande potencial ecoturístico. A área abriga o Morro da Boa Vista que com seus 1.827 metros corresponde ao ponto mais alto do estado de Santa Catarina.

Nos cumes e paredões rochosos e nas bordas das escarpas ocorrem a vegetação rupestre e as matinhas nebulares. A associações de plantas características são amostras incontestes dos complexos processos evolutivos e adaptativos particulares desses verdadeiros refúgios de biodiversidade. Na base da serra, onde relevo amenizado, solos mais profundos e temperaturas mais amenas, favoreceram o desenvolvimento maior das plantas, encontramos amostras da típica floresta ombrófila densa. Em direção ao interior do planalto os campos cedem lugar às matas de araucárias, a floresta ombrófila mista.

A flora possui espécies raras, endêmicas e ameaçadas tais como a araucária (Araucaria angustifolia), a imbuia (Ocotea porosa), o xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana), a cactácea tuna, além de inúmeras plantas epífitas, rupestres e de campos secos e brejosos. Destaca-se que a imbuia, espécie constante na Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, ainda pode ser encontrada nas matas da região. Por outro lado, o xaxim-bugio, outra das espécies da referida lista, apresenta populações com número significativo de indivíduos nos fragmentos florestais da região.

Além da imbuia, a araucária é acompanhada no estrato arbóreo pela canela-lajeana (Ocotea pulchella), a canela-amarela (Nectandra lanceolata), o camboatá-branco (Matayba elaeagnoides), o camboatá-vermelho (Cupania vernalis), a bracatinga (Mimosa scabrella), o rabo-de-macaco (Lonchocarpus leucanthus), a sapopema (Sloanea lasiocoma) e o cedro (Cedrela fissilis).

Dentre as florestas montanas se destaca uma vegetação florestal de porte reduzido, periodicamente encoberta pela neblina densa, conferindo-lhe caráter higrofílico, conhecida como “mata nebular”. A umidade quase permanente dessas matas, associada com a altitude favorece o desenvolvimento de inúmeras espécies de epífitos, notadamente liquens, musgos e pteridófitas.

O clima frio e úmido que predomina na região são condições que favorecem a formação de turfeiras. As turfeiras são associações específicas de plantas que se desenvolvem em corpos d’água, lacustres ou lagunares, a partir da colonização por musgos do gênero Sphagnum.

A fauna é especialmente rica e diversificada, incluindo espécies em risco de extinção tais como o puma ou leão-baio (Puma concolor), a gralha-azul (Cyanocorax caeruleus), o caneleirinho-de-chapéu-preto (Piprites pileatus), papagaio-charão (amazona pretrei) e o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea). O puma é um felino de grande porte e exige grandes áreas conservadas para assegurar a sua sobrevivência.

A criação do Parque Nacional do Campo dos Padres, juntamente com o Parque Nacional de São Joaquim, poderá compor uma área protegida de tamanho suficiente para garantir a manutenção de populações viáveis de puma, indicada como uma espécie-bandeira para essa região. Levantamentos da avifauna realizados na área registraram a ocorrência de mais de 180 espécies de aves residentes ou migratórias, confirmando a elevada biodiversidade local e a necessidade e importância de sua preservação.

Esse complexo ecossistêmico torna essa área extremamente relevante para a conservação da biodiversidade, preservando habitats diversificados e nichos ecológicos insubstituíveis. A preservação dos recursos hídricos regionais também depende da manutenção da integridade dessa área. Importantes rios são alimentados pelas nascentes que afloram no Campo dos Padres.

O rio Canoas é o mais emblemático, contudo outros tantos rios das bacias do Tubarão, Itajaí e Pelotas são nutridos pelas águas límpidas e geladas que nascem no Campo dos Padres. A geologia da área revela ainda a sua grande e estratégica importância como ponto de recarga do aqüífero guarani.

O turismo ecológico é a atividade econômica que mais cresce na região. Somente no município de Urubici já são mais de 70 pousadas e hotéis. Isso mostra que as populações do entorno e dos municípios circunvizinhos serão beneficiadas com a criação do Parque Nacional do Campo dos Padres, gerando novas oportunidades de emprego e renda através do ecoturismo.

A área do Campo dos Padres é classificada como de importância biológica extremamente alta para a conservação da biodiversidade, conforme Mapa de Áreas Prioritárias publicado através da Portaria 09/2007, do Ministério do Meio Ambiente. O Campo dos Padres e o conjunto de serras que o circunda se constitui num dos últimos blocos homogêneos de florestas com araucárias e campos de altitude com elevado grau de preservação que ainda restam em Santa Catarina.

RPPN Catarinense realiza seu III encontro estadual

RPPN Catarinense realiza seu III encontro estadual

RPPN Catarinense realiza seu III encontro estadual

A RPPN Catarinense, associação que congrega 23 proprietários de RPPNs, realizou, de 09 a 11 de junho de 2016, o III Encontro de RPPNs de Santa Catarina. O evento aconteceu na RPPN Morro das Aranhas, no Costão do Santinho, em Florianópolis (SC) e contou com a presence de 63 pessoas. O Evento foi destinado a proprietários e gestores de RPPNs, entidades públicas e privadas e interessados no tema da conservação ambiental em áreas privadas para  discutir questões importantes como Planos de Manejo, panorama das RPPNs no Estado, educação ambiental e pesquisa nas RPPNs, entre  outros.

Na oportunidade foi lançado o guia de educação ambiental: Guardiãs da Natureza – como as RPPN preservam os rios e a biodiversidade. Uma publicação da RPPN Catarinense que tem o apoio do Fundo Socioambiental Casa e Fundo Socioambiental Caixa. O Guia é destinados às escolas situadas no entorno das RPPNs, para a realização de atividades de educação ambiental. A versao em pdf pode ser acessada aqui.

Miriam Prochnow participou do evento representando  a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), fazendo uma apresentação dos trabalhos da organização e também da RPPN Serra Pitoco e da RPPN Serra do Lucindo. Segundo Lauro Bacca, Conselheiro da Apremavi e Rppnista, as RPPNs são fundamentais para a conservação da natureza:  “As RPPNs constituem um alentador caso de sucesso brasileiro nessa area tão necessária, que é a proteção da nossa riquíssima biodiversidade. Hoje, elas são essas guardiãs da natureza que deram certo! Tão certo que já são cerca de 2.000 RPPNs em todo o Brasil”. Em Santa Catarina existem quase 70 RPPNs (estaduais e federais), que, juntas protegem ambientes naturais numa area superior a 34 mil hectares.

Os participantes do encontro também aprovaram por unanimidade uma moção, dirigida ao Ministro do Meio Ambiente, solicitando a criação imediata e oportuna das seguintes unidades de conservação em Santa Catarina: Parque Nacional do Campo dos Padres, Refúgio de Vida Silvestre do Rio da Prata e Refúgio de Vida Silvestre do Corredor do Pelotas. Ressaltaram que a criação dessas UCs é de extrema importância para a Mata Atlântica catarinense, com contribuição fundamental para a conservação da biodiversidade, dos recursos hídricos, dos sítios arqueológicos milenares e da qualidade de vida da população. Enfatizaram ainda que os processos de criação dessas UCs já cumpriram todos os trâmites legais, faltando apenas o ato final de criação.

Mês do Meio Ambiente tem muitas visitas à Apremavi

Mês do Meio Ambiente tem muitas visitas à Apremavi

Mês do Meio Ambiente tem muitas visitas à Apremavi

Em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente, que passou a ser comemorado todo dia 05 de junho.

Na Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), o dia do Meio Ambiente é comemorado todos os dias, mas no mês de junho, as atividades ganham ainda mais força.

Visita dos alunos da Escola de Ribeirão Matilde. Foto: Arquivo Apremavi.

A Apremavi recebe visitantes de todo o estado para conhecerem as atividades desenvolvidas no Centro Ambiental e Viveiros de Mudas de árvores da Apremavi. Os visitantes tem ainda a oportunidade de conhecer o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica – Atalanta (SC). Edegold Schaffer, presidente da Apremavi comenta que é uma satisfação muito grande atender aos visitantes e poder disseminar o conhecimento que a Apremavi conquistou ao longo dos 29 anos de história.

No início do mês a Apremavi recebeu a visita da 6º fase dos cursos de agronomia e engenharia florestal da UFSC de Curitibanos (SC). Um dos temas abordados durante a visita técnica foi o Planejamento de Paisagens Sustentáveis. Os alunos assistiram um vídeo sobre o tema e em seguida foram conhecer na prática algumas áreas demonstrativas, o viveiro de mudas nativas, nascentes preservadas e um plantio de araucária consorciado com palmito. Também conheceram a RPPN Serra Pitoco e Parque Natural Municipal Mata Atlântica.

Visita dos alunos da UFSC de Curitibanos. Foto: Arquivo Apremavi.

Na mesma semana, a Apremavi realizou um plantio de mudas de árvores nativas com alunos da Escola Ribeirão Matilde, da cidade de Atalanta (SC). Antes doplantio os alunos assistiram o vídeo sobre mata ciliar.

Na semana seguinte, foi a vez da visita de 35 alunos com idade entre 5 e 6 anos do Centro de Educação Infantil Martha Wulff Zimmermann de Mirim Doce (SC). O Centro de Educação Infantil Chapeuzinho Vermelho também esteve no Centro Ambiental realizando atividades de educação ambiental.

Visita do alunos do Chapeuzinho Vermelho. Foto: Arquivo Apremavi.

Em Witmarsum, Vale Norte de Santa Catarina, foram realizadas duas palestras sobre meio ambiente com a participação de cerca de 200 pessoas entre agricultores, lideranças municipais, professores e alunos do município. Após as palestras foram plantadas 500 mudas nativas em uma área de mata ciliar, próxima ao colégio municipal.

A Apremavi também realizou uma distribuição de mudas nativas durante uma missa na igreja católica da cidade de Atalanta (SC).

Dentro do Programa Matas Legais, em parceria com a Klabin, foi realizado o 1º concurso Fotográfico Ambiental direcionado aos alunos da escola de Educação Básica Pedro Américo, de Agrolândia (SC). O tema do concurso foi “Além da Minha Janela” e contou com mais de trinta fotos inscritas.

Os técnicos do programa Matas Legais também auxiliaram na catalogação e identificação de árvores do pátio da Escola de Educação Básica Dr. Frederico Rolla em Atalanta (SC). Foram identificas 35 espécies diferentes da Mata Atlântica. O objetivo da identificação das espécies é para que os alunos conheçam as árvores que tem em sua escola e possam utilizá-las para trabalhos de educação ambiental dentro e fora da sala de aula.

Apremavi e Klabin celebram 10 anos do Programa Matas Legais

Apremavi e Klabin celebram 10 anos do Programa Matas Legais

Apremavi e Klabin celebram 10 anos do Programa Matas Legais

A Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, líder na produção de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado e sacos industriais, celebrou no dia 11 de maio de 2016, em parceria com a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), os dez anos do Programa Matas Legais, que orienta, conscientiza e apoia os donos de pequenas e médias propriedades rurais nos Estados do Paraná e Santa Catarina para o uso sustentável de suas terras e conservação do meio ambiente.

A comemoração aconteceu no Harmonia Clube, em Telêmaco Borba (PR), e contou com a presença de produtores rurais que fazem parte do Matas Legais, representantes da Apremavi, equipe Klabin e parceiros das regiões de atuação. Durante o encontro, dez produtores, além dos fundadores do Matas Legais, foram homenageados pelos bons resultados obtidos e por terem acreditado na iniciativa desde o início. Os participantes assistiram uma apresentação do gerente de Fomento Florestal e Comercialização de Madeira da Klabin, Carlos Alberto Bernardi, sobre o Projeto de Fomento Florestal da companhia e suas conquistas, como a certificação FSC® de pequenos e médios produtores e as adequações das propriedades rurais das regiões onde a Klabin atua. O gerente de Relações com a Comunidade da empresa, Uilson Paiva, apresentou o programa Planejando Propriedades Sustentáveis, e a Apremavi, representada pela Conselheira e Coordenadora de Políticas Públicas da Associação, Miriam Prochnow, mostrou os avanços alcançados pelo programa Matas Legais nessa primeira década.

Miriam apresentando os resultados do Programa.

Ao longo destes dez anos, o projeto somou mais de um milhão de mudas entregues aos produtores do Paraná e Santa Catarina que participam do programa de fomento da empresa e aos projetos socioeducativos dos municípios em que a Klabin possui atividade florestal. O Matas Legais recuperou aproximadamente 350 hectares de matas ciliares; na recuperação e conservação das Áreas de Preservação Permanente (APP) foram mais de seis mil hectares de reservas legais demarcadas e 1.200 hectares de reservas legais em regeneração no Paraná. Dessa forma, impulsionou a prática da agricultura orgânica e a conservação e consciência ambiental, permitindo a diversificação das atividades rurais do agricultor, reforçando a renda familiar e contribuindo na preservação dos recursos naturais.

De acordo com a Apremavi, no Paraná, as adequações ambientais seguirão possibilitando o alcance de certificações aos produtores rurais, aumentando o valor agregado do produto deles. Já na região Serrana e Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina, a iniciativa será fundamental para auxiliar os municípios no planejamento da paisagem, com a elaboração de Planos Municipais de Restauração e Conservação da Mata Atlântica.

O Matas Legais é aliado ao programa de Fomento Florestal da Klabin, que desde 2014 apoia produtores florestais do Médio Rio Tibagi na obtenção do selo internacional FSC® (Forest Stewardship Council®), que atesta a gestão que conserva os recursos naturais e proporciona condições justas de trabalho. Atualmente, o projeto conta com 193 proprietários e mais de 300 propriedades rurais envolvidas no processo de certificação.

Plano de Manejo da Arie Serra da Abelha é aprovado

Plano de Manejo da Arie Serra da Abelha é aprovado

Plano de Manejo da Arie Serra da Abelha é aprovado

É com imensa alegria e sensação de dever cumprido que a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) informa que o Plano de Manejo da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Serra da Abelha foi aprovado pela Portaria nº 28, de 26 de abril de 2016, publicada no Diário Oficial da União do dia 27 de abril.

A elaboração do plano de manejo da ARIE foi coordenada pela Apremavi, sob a supervisão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e elaborado no âmbito do Projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). Os trabalhos foram realizados no período de abril de 2013 a dezembro de 2015.

Desde a criação da ARIE, a comunidade local, as autoridades municipais e organizações da sociedade civil como a Apremavi, a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena) e a Associação José Valentim Cardoso (Ajovacar), com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), realizaram diversas ações para garantir a conservação dos recursos naturais desta Unidade de Conservação. Com a criação do ICMBio, em 2008, ampliou-se a expectativa pela efetiva implantação dessa importante UC.

Durante o processo de elaboração do plano houve o envolvimento da comunidade local por meio de reuniões de mobilização, entrevistas para elaboração do diagnóstico socioeconômico e ambiental, saídas de campo para realização dos levantamentos de fauna e flora e reunião de planejamento participativo.

Um dos momentos de discussão do Plano de Manejo com a comunidade na Arie Serra da Abelha. Foto: Arquivo Apremavi.

José Guilherme Dias de Oliveira, chefe da ARIE, comenta que chegou para trabalhar na ARIE em setembro de 2013 e que ao longo do processo de elaboração do plano de manejo vários foram os atores que contribuíram na construção do documento: pesquisadores; ONGs, entre elas a Apremavi; representantes de setores da economia e moradores da Arie e vizinhança, além do ICMBio, responsável pela supervisão.

Ele complementa que o processo de formação do conselho consultivo, com aprovação publicada no final do ano passado, paralelamente à elaboração do plano de manejo, propiciou ampla participação da sociedade na elaboração do documento: “acredito que o resultado final é um documento equilibrado, onde se podem identificar os diversos vetores de interesse na gestão da unidade de conservação, observando as possibilidades e limites da legislação pertinente e o grau de importância e influência de cada setor na gestão”, ressalta Oliveira.

No âmbito do mesmo projeto a Apremavi também promoveu a Oficina de Capacitação do Conselho da ARIE, com o objetivo  de discutir o papel do conselho e conselheiro na gestão da ARIE Serra da Abelha e definir as prioridades de ação do conselho.

Oliveira cita que na fase final, de análise pela Diretoria respectiva no ICMBio e Procuradoria Jurídica, foi dado o devido refinamento, visando maior  adequação ao direcionamento institucional e segurança jurídica: “a aprovação do plano de manejo e do conselho consultivo da Arie Serra da Abelha finalizam um ciclo de gestão, de estruturação da unidade de conservação, e iniciam um novo, de implementação, onde o que está previsto no plano de manejo deve ser posto em prática, o que só será possível e legítimo com o apoio, participação e acompanhamento da sociedade”.

Momento de discussão do Plano de Manejo com a comunidade na Arie Serra da Abelha. Foto: Arquivo Apremavi.

Wigold B. Schaffer, conselheiro da Apremavi, comenta que o Plano de Manejo aprovado apresenta as ações prioritárias a serem desenvolvidas nos próximos cinco anos de gestão e que ele não é apenas um documento, é mais um passo para a consolidação definitiva dessa importante Unidade de Conservação: “além de representar uma nova fase para a ARIE, o plano de manejo aprovado abre concretamente o caminho para se buscar a proteção dos importantíssimos remanescentes florestais do seu entorno e para isso o passo seguinte é a criação do Refúgio de Vida Silvestre do Rio da Prata, com mais de 30.000 hectares. Conclamo a todos para se empenharem nessa tarefa”, destaca.

A Apremavi agradece a todas as pessoas que participaram e contribuíram com a elaboração do Plano de Manejo da ARIE Serra da Abelha, especialmente aos financiadores do projeto, as instituições parceiras, os moradores da ARIE, pesquisadores e participantes das oficinas e reuniões comunitárias, os quais não mediram esforços para tornar realidade este Plano de Manejo.

A ARIE Serra da Abelha

A ARIE foi criada por motivação da Apremavi, através da Resolução 005 de 17.10.90 do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente e referendada por Decreto Presidencial publicado no Diário Oficial da União no dia 28 de maio de 1996.

Localizada no município de Vitor Meirelles, é uma área de 4.251 hectares de Mata Atlântica, que abrange uma zona de transição entre as Florestas Ombrófila Mista e Ombrófila Densa, o que lhe confere grande importância científica, por sua biodiversidade e características fitossociológicas.

Para mais informações, entre em contato com José Guilherme Dias de Oliveira, chefe da ARIE, no telefone (47) 3357-9064 ou e-mail joseguilhermediasoliveira@gmail.com

Confira algumas imagens da Arie. Fotos: Edilaine Dick

Diálogo do Uso do Solo é realizado com sucesso em Atalanta

Diálogo do Uso do Solo é realizado com sucesso em Atalanta

Diálogo do Uso do Solo é realizado com sucesso em Atalanta

O Seminário Internacional Diálogo do Uso do Solo – Planejando Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí, realizado de 25 a 28 de abril de 2016, no Centro Ambiental Jardim das Florestas da Apremavi, em Atalanta (SC), reuniu mais de 40 participantes.  Representantes de ONGs, agricultores, empresas privadas e públicas, governos locais, cooperativas e associações de produtores e universidades de diferentes países e de vários estados brasileiros e da região tiveram a oportunidade de debater a importância de se pensar na paisagem de forma integrada.

O evento é a primeira atividade de um projeto de iniciativa do Diálogo Florestal Internacional (The Forests Dialogue), do Diálogo Florestal Brasileiro e da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), com apoio da União Internacional para a Conservação da Natureza e do Profor-Banco Mundial, a ser realizado no Alto Vale do Itajaí. O seminário contou também com o apoio da Associação do Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), da Prefeitura Municipal de Atalanta e da Klabin.

Uma amostra da importância do evento pode ser conferido na reportagem produzida pela RBA TV.

O projeto pretende mobilizar os diversos setores que atuam na região e promover o diálogo e trocar experiências sobre uso sustentável do solo e da paisagem, conservação da biodiversidade e da água, conservação do solo, correlação entre produção agropecuária, silvicultura e ecossistemas, restauração de áreas frágeis ou degradadas, mitigação de riscos das mudanças climáticas e criação de mosaicos de áreas protegidas e corredores ecológicos.

Os participantes do evento visitaram e falaram com os produtores de propriedades rurais onde conheceram a realidade rural de Atalanta, conheceram também o Parque Natural Municipal Mata Atlântica, a empresa Scheller Madeiras, e as experiências de produção de mudas e restauração florestal da Apremavi, junto ao Centro Ambiental Jardim das Florestas.

Os resultados serão difundidos para outras regiões do Brasil e para outros países na América Latina, África e Asia.

E por que precisamos dialogar sobre uso do solo e planejamento de paisagens sustentáveis?

Em dezembro de 2015, todos os países do mundo aprovaram o acordo de Paris, e concordaram que as mudanças climáticas já estão em curso e precisam ser combatidas e esse é o maior desafio da humanidade. Como minimizar os efeitos dos eventos extremos cada vez mais frequentes como furacões, enchentes, tornados, secas, degelo das calotas polares e aumento do nível dos oceanos?

Outros problemas ambientais igualmente dramáticos são a perda da biodiversidade causada pelo desmatamento e pela captura e caça de animais silvestres, a escassez e diminuição da qualidade da água, necessária aos processos agrícolas, industriais, energéticos e de abastecimento público, a erosão dos solos e a desertificação.

Grupo visitando uma das propriedades. Foto: Arquivo Apremavi

Tudo isso está na paisagem e depende dela. Mas afinal, o que é uma Paisagem?

Paisagem é tudo o que nos cerca: a nossa casa, o quintal, a pastagem, a roça, os rios, os lagos, a floresta, o reflorestamento… Num olhar mais amplo é a vizinhança, a microbacia, o município, a bacia hidrográfica…incluindo as casas, as cidades, os rios, os lagos, as montanhas e as serras e até os mares.

Planejar paisagens sustentáveis começa em casa, no terreno de cada um…mas tem que levar em conta os vizinhos próximos e os não tão próximos, pois os rios, o ar, os animais silvestres e as sementes das plantas, ultrapassam as divisas dos imóveis, das microbacias, dos municípios e até dos estados e países.

Quando pensamos em paisagens sustentáveis e uso sustentável do solo temos que levar em conta tudo o que nos une. Todos precisamos de água limpa, ar puro, solo conservado. Todos gostamos de um ambiente agradável cheio de animais silvestres e pássaros cantando. Todos sofremos com os efeitos das mudanças climáticas, da perda da biodiversidade, do mau uso da água. Todos temos que cumprir as leis como o Código Florestal e a Lei da Mata Atlântica.

Por que precisamos prestar atenção à paisagem do Alto Vale do Itajaí?

No Alto Vale as frequentes enchentes são motivos que levam à necessidade de promover o uso sustentável do solo e da paisagem, e proteger e recuperar a Mata Atlântica.

Os 28 municípios do Alto Vale do Itajaí tem 7.500 Km², onde vivem aproximadamente 250.000 pessoas. 58% moram nas cidades e 42% no meio rural.

A região tem 43 mil imóveis rurais, mais de 90% são propriedades com até 50 hectares, onde se destaca a agricultura familiar de arroz, milho, soja, fumo, cebola, hortaliças, a pecuária leiteira, a suinocultura e a piscicultura. Muitos imóveis rurais tem pequenas plantações florestais de pinus e eucalipto que complementam a renda e permitem a manutenção de indústrias madeireiras e outras atividades como é o caso da fumicultura.

Cerca de 40% da região é coberta por remanescentes de Mata Atlântica em diferentes estágios de regeneração, que protegem milhares de nascentes e riachos formadores do rio Itajaí-açu.

A região também abriga a Terra Indígena Ibirama onde vivem índios Xokleng, Kaingang e Guarani e algumas unidades de conservação Federais, Estaduais, municipais e particulares.

A erosão do solo e o lançamento de efluentes domésticos, dejetos animais e efluentes industriais não suficientemente tratados ainda afetam a qualidade das águas da bacia do rio Itajaí.

Conversando com proprietários rurais. Foto: Arquivo Apremavi
Para conservar a biodiversidade da região no longo prazo é necessário evitar o desmatamento e criar novos parques e reservas. É também fundamental restaurar as Reservas Legais e as Áreas de Preservação Permanente degradadas, para a formação de corredores ecológicos para a fauna e flora e manutenção dos serviços ambientais.

Uma importante contribuição vem da AMAVI, que criou e implantou um sistema de Cadastro Ambiental Rural, integrado ao SICAR Nacional do Ministério do Meio Ambiente. Através desse sistema, técnicos das prefeituras auxiliam os proprietários de terra a identificar e mapear as Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente dos imóveis rurais.

A titulo de exemplo, em Atalanta, praticamente 100% das propriedades rurais já foram mapeados e cadastrados no CAR. O cadastro é uma importante ferramenta para o planejamento das propriedades e da paisagem.

Um dos próximos passos na região será identificar um conjunto de propriedades que já adotam ou se disponham a implementar ações de uso sustentável do solo e da paisagem e que possam servir como fonte de difusão dessas boas práticas, tais como: cumprimento da legislação ambiental; proteção das nascentes e cursos d’água; respeito aos animais silvestres; controle da erosão e conservação do solo; embelezamento da propriedade com espécies ornamentais e frutíferas; e incremento da diversidade e produtiva agrícola.

Parque Estadual das Araucárias é inaugurado

Parque Estadual das Araucárias é inaugurado

Parque Estadual das Araucárias é inaugurado

O Parque Estadual das Araucárias está oficialmente aberto à visitação pública. O evento de inauguração ocorreu no dia 07 de abril de 2016, no Centro de Visitantes da Unidade, em São Domingos (SC) e contou com cerca de 300 participantes. A data também marcou o aniversário de 53 anos de emancipação dos municípios de São Domingos e Galvão.

Momento inaugural. Ascom/FAIC São Domingos.

Alcimar de Oliveira, Prefeito do Município de São Domingos, mencionou que é uma imensa alegria fazer a inauguração e entrega desta Unidade de Conservação para o conjunto da sociedade catarinense, frisando que “São Domingos contribui, juntamente com o município de Galvão, com mais de 600 hectares de áreas de seu território para serem preservadas e serem colocadas à disposição da comunidade, para que a gente construa um ambiente melhor para se viver”.

Angelo Milani, presidente do Grupo de Apoio à Gestão do Parque Estadual das Araucárias (Grimpeiro) agradeceu todos os parceiros que contribuíram e apoiaram o Parque e sua abertura, e aproveitou para convidar todos para visitar e conhecer a área.

Alexandre Waltrick Rates, presidente da Fundação de Meio Ambiente (Fatma), ressaltou que uma unidade de conservação não se faz de forma individualizada, mas em um trabalho coletivo, que deve envolver interação, lazer, pesquisa e principalmente educação ambiental. Destacou também que “É com muito carinho que nós entregamos essa Unidade e temos a certeza que a população da região vai aproveitar bastante”.

Carlos Chiodini, Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina, mencionou que os Parques existem para promover a sinergia entre a comunidade e a sociedade local e estadual com as riquezas que nele se encontram, de forma educativa, promovendo a conscientização e funcionando como espaço para pesquisa e inovação. Finalizando sua fala dizendo que “Esse patrimônio é um presente para os municípios de São Domingos e Galvão”.

Marcos Alexandre Danieli, da Apremavi, foi o mestre de cerimônias do evento, que também contou com a assinatura do contrato de apoio do Sicredi à gestão compartilhada do Parque, entre Fatma e Grimpeiro, e com uma homenagem às pessoas que se destacaram no histórico de apoio ao Parque.

Urbano Schmitt, vice-presidente da Apremavi, entregando o plano de manejo revisado ao presidente da Fatma, Alexandre Waltrick Rates. Foto: Ascom/FAIC São Domingos.

O processo de revisão deste plano foi realizado no período de abril de 2013 a dezembro de 2015, no âmbito do projeto “Planejamento e Capacitação em UCs”, coordenado pela Apremavi e financiado pelo Tropical Forest Conservation Act (TFCA), por meio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO).

Foram diversas reuniões e oficinas de planejamento, sensibilização e mobilização até chegar ao plano de manejo revisado. As ações contaram com a anuência e parceria da Fatma, e parceria do Grimpeiro, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), além de instituições e comunidades do Conselho Consultivo do Parque.

A Apremavi agradece a todos pela parceria e deseja sucesso na gestão do Parque Estadual das Araucárias, na expectativa de ver o plano de manejo revisado efetivamente implementado e na busca por tornar o Parque referência em gestão e implementação de Unidades de Conservação.

Apremavi na FAIC

No dia 08 de abril a Apremavi participou na 5ª Feira Agropecuária, Artesanal, Industrial e Comercial (FAIC) de São Domingos, a convite do Grimpeiro, em um estande também compartilhado com a Unochapecó e Unoesc. Foi um momento para divulgar os resultados dos projetos realizados (Projeto Planejamento e Capacitação em UCs e Projeto Araucária), falar sobre ações em andamento (PSA em Santa Catarina) e convidar os visitantes para conhecerem o Parque inaugurado.

A Apremavi recebeu a homenagem “Você faz parte do Parque Estadual das Araucárias”. Foto: Antonio de Almeida Correia Junior.

O Parque

O Parque é uma Unidade de Conservação (UC) Estadual de proteção integral de 612,5 hectares, que foi criada em maio de 2003, nos municípios de São Domingos e Galvão, Oeste de Santa Catarina, como medida de compensação pela implantação da Usina Hidrelétrica Quebra Queixo. Sua missão é proteger e conservar uma amostra representativa de Floresta com Araucárias, e possibilitar a realização de pesquisas científicas, o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.

A Fatma é responsável pela gestão do Parque, que agora será realizada de maneira compartilhada com Grimpeiro, ONG local que existe há cinco anos e que trabalhou voluntariamente no Parque até janeiro deste ano, quando então foi firmado um contrato para a gestão no período de dois anos.

A visitação

O Parque está aberto para visitação de quarta-feira à domingo, das 09h às 12h e das 13h30 às 17h. O acesso se dá a partir do centro de São Domingos, indo em direção à Vila Milani, com entrada pelo Portão de Acesso Norte.

Para mais informações, entre em contato com o Parque no telefone: (49) 9132-4969 e email: grimpeiro@gmail.com.

Projeto Planejando Propriedades Sustentáveis inaugura mais um Espaço do Produtor

Projeto Planejando Propriedades Sustentáveis inaugura mais um Espaço do Produtor

Projeto Planejando Propriedades Sustentáveis inaugura mais um Espaço do Produtor

O município de Ortigueira agora também possui seu Espaço do Produtor. A inauguração do local ocorreu no dia 30 de março de 2016, como parte das ações do projeto “Planejando Propriedades Sustentáveis”, uma iniciativa da parceria entre a Klabin, Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), The Nature Conservancy (TNC) e Sebrae e com apoio das Prefeituras Municipais de Imbaú, Ortigueira e Telêmaco Borba, no Paraná. Este projeto integra o Plano de Ação Socioambiental do Projeto Puma, empreendimento da Klabin que contempla a nova fábrica em Ortigueira.

O Espaço, sediado na Secretaria de Agricultura de Ortigueira, vai atender, ouvir e orientar produtores rurais, tendo como objetivo a melhoria ambiental, social e econômica das propriedades, incluindo a realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Junto com o Espaço do Produtor inaugurado em Imbaú no dia 28 de janeiro de 2016, fortalecem-se os espaços de comunicação e troca de experiências entre a equipe do projeto, parceiros e produtores da região.

Projeto Planejando Propriedades Sustentáveis

O objetivo principal do projeto é contribuir para o fortalecimento econômico, ambiental e social de pequenas e médias propriedades rurais de Ortigueira, Imbaú e Telêmaco Borba. O programa auxilia o produtor na adequação ambiental, legal e paisagística da propriedade, no planejamento e diversificação da produção, fortalecendo iniciativas de associação e cooperativismo, e facilitando o acesso às novas oportunidades de mercado e de desenvolvimento regional.

Acesse aqui o folder do projeto.

Diálogo sobre uso do solo será realizado no Alto Vale do Itajaí

Diálogo sobre uso do solo será realizado no Alto Vale do Itajaí

Diálogo sobre uso do solo será realizado no Alto Vale do Itajaí

O Diálogo do Uso do Solo, conhecido em inglês pela sigla LUD (Land Use Dialogue), a ser desenvolvido no Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina, é uma iniciativa da parceria entre o Diálogo Florestal Internacional (TFD – The Forests Dialogue), o Diálogo Florestal Brasileiro, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Assista o vídeo.

A ideia é discutir cenários sustentáveis no longo prazo para a Mata Atlântica, levando em conta a paisagem e as diferentes formas de uso do solo. A proposta é reunir o conhecimento existente e envolver os diversos setores da sociedade para discutir cenários que permitam uma melhor governança e o desenvolvimento inclusivo em paisagens em risco de destruição, como é o caso da Mata Atlântica.

O projeto faz parte da iniciativa internacional do TFD, que pretende estimular diálogos sobre uso do solo e planejamento de paisagens sustentáveis, em diversos países.

A primeira reunião está prevista para ser realizada no final de abril de 2016, no Centro Ambiental Jardim das Florestas, em Atalanta (SC). A reunião contará com a participação de representantes de organizações internacionais, nacionais e locais, vindos de vários setores.

O projeto como um todo, que desenvolverá várias atividades até o final do ano, espera como resultados: ações diretas de planejamento de paisagens sustentáveis na região do Alto Vale do Itajaí, uma avaliação de oportunidades de restauração na região, o estabelecimento de intercâmbio com o Diálogo Florestal, visando a aplicação do aprendizado em outras regiões do Brasil, que também apresentem paisagens de risco e o intercâmbio com as outras iniciativas do TFD nos outros países.

Visita de Gary à Associação dos municípios do Alto Vale do Itajaí (AMAVI). Foto: Wigold Schaffer.

Para Gary Dunning, secretário Executivo do TFD, que visitou a região no início de março, o objetivo é que se possa construir um banco de dados de como o planejamento de paisagens funciona no solo, com pessoas reais e situações reais, não somente um professor em algum lugar escrevendo sobre o conceito de planejamento de paisagens: “para mim, estar nesse lugar nos fornece inspiração e esperança. Você pode ver com seus olhos e sentir com suas mãos como, com o tempo, uma paisagem que provavelmente era sem vida e de alguma forma danificada, pode ser restaurada. Quando pensamos em planejar paisagens, estamos pensando em restauração, pensando em uso do solo, pensando em todas as coisas que irão nos ajudar a restaurar o meio ambiente, mas também criar meios de sustento e acarretar em desenvolvimento sustentável.”

Visita ao Centro Ambiental Jardim das Florestas. Foto: Wigold Schaffer.

Cadastro Ambiental Rural. O exemplo de Atalanta

Cadastro Ambiental Rural. O exemplo de Atalanta

Cadastro Ambiental Rural. O exemplo de Atalanta

Atalanta é  um dos municípios campeões em cadastramento no CAR, o Cadastro Ambiental Rural, instituído pelo Código Florestal – Lei 12.651 de 2012. Assista o vídeo que mostra os resultados.

Localizado no Alto Vale do Itajaí em Santa Catarina, a 200 km de Florianópolis, com área territorial de 95 km2, tem na agropecuária e na silvicultura as principais atividades econômicas.

Atalanta tem 790 pequenas propriedades rurais. 38% dos imóveis tem menos de 10 hectares, 60% tem entre 10 e 50 hectares e apenas 2% tem entre 50 e 100 hectares.

98% dos 790 imóveis rurais do município já estão cadastrados no CAR.

Esse resultado só foi alcançado após a realização de audiências públicas conduzidas pela Prefeitura  com  apoio da Apremavi, do Sindicato Rural, do Banco do Brasil e de lideranças comunitárias.

Outro fator decisivo foi o apoio técnico gratuito prestado pela Prefeitura no cadastramento dos imóveis rurais. Esse apoio foi realizado em consonância com a Lei municipal nº 1383, de 2014. O mapeamento foi realizado através do sistema de cadastramento desenvolvido pela Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí – Amavi, com imagens de alta resolução fornecidas pelo Governo do Estado, isso facilitou e garantiu a precisão no mapeamento das pequenas propriedades.

Exemplo de mapa gerado pelo sistema da Amavi.

O sistema está integrado ao SICAR Nacional e permite que todas as informações geradas fiquem num banco de dados da Prefeitura e da Amavi, podendo ser utilizadas na formulação de políticas públicas e também pelos proprietários rurais junto ao INCRA, Banco do Brasil e outros órgãos.

O CAR é uma importante ferramenta para modernizar o setor rural brasileiro, além de potencialmente impulsionar e consolidar o valor da propriedade rural e das atividades nela realizadas.

As áreas da reserva legal e as áreas de preservação permanente, como as margens de rios e lagoas, nascentes e encostas foram demarcadas em conectividade, formando micro-corredores ecológicos.

A base de dados do CAR  mostra algumas boas notícias:

–  32% do território de Atalanta está coberto por florestas nativas.

–  apenas 80 Hectares de Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal precisam ser recuperadas, o que representa menos de 1% da área total do município.

–  13% do território são reflorestamentos de pinus e eucalipto,  representando importante fonte de matéria prima e renda para a propriedades.

Os dados mostram que o cumprimento do Código Florestal é plenamente factível, e dentro do prazo estipulado pela lei federal, inclusive nos municípios onde predominam as micro e pequenas propriedades.

Outro dado importante é que não há perda de área ou prejuízos para a agricultura e para a pecuária.

O cadastramento no CAR é o primeiro passo para a regularização ambiental dos imóveis rurais.

Os dados do CAR serão úteis para os proprietários planejarem melhor a utilização do solo e também para o planejamento de políticas públicas como o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica, previsto na Lei da Mata Atlântica.

Recuperar o passivo das áreas de preservação permanente e reserva legal, menos de 1% da área do território, é o próximo passo e esse trabalho já começou com a orientação e o apoio da prefeitura e da Apremavi.

Muitos proprietários já estão restaurando áreas de preservação permanente degradadas. Foto: Wigold Schaffer.

A conservação dos remanescentes florestais e a recuperação daquelas áreas de preservação permanente e reservas legais hoje desprovidas de florestas será benéfica para todos, principalmente para os proprietários rurais, que ficarão livres de autuações dos órgãos ambientais.

A regularização ambiental ajudará os proprietários de terra a manter sua capacidade de acesso ao crédito agrícola, contratação de seguro agrícola e isenção de ITR, além de permitir a continuidade de suas relações com o mercado com base na legalidade.

A recuperação de áreas vai garantir a formação de corredores ecológicos para a fauna e flora, a proteção das nascentes e rios, a diminuição de pragas como o mosquito borrachudo e a melhoria da paisagem e da qualidade de vida para toda a população.

A Apremavi deseja a todos uma Feliz Páscoa

A Apremavi deseja a todos uma Feliz Páscoa

A Apremavi deseja a todos uma Feliz Páscoa

Páscoa é renovação!

Que tenhamos em nossos corações, alegria e coragem para sempre recomeçar! Com um lindo e significativo texto de Rubem Alves, a Apremavi deseja a todos uma FELIZ PÁSCOA!

O jardim ou o jardineiro?

Rubem Alves

O que é que se encontra no início?

O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro.

Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá.

Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá.

O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins.

O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro.

O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem.

Observatório do Clima completa 14 anos

Observatório do Clima completa 14 anos

Observatório do Clima completa hoje 14 anos! Mas a ideia surgiu um pouco antes: o primeiro esboço da rede foi feito em dois guardanapos de papel, em uma conversa informal na praia. Conheça a história da qual a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) tem orgulho em participar.Temos um desafio enorme pela frente.

A ideia de formar uma coalizão de organizações da sociedade civil brasileira para discutir mudanças climáticas surgiu em 2001 em Salinópolis, no litoral do Pará, durante um jantar. Era um intervalo de uma reunião anual da Usaid (agência de cooperação do governo americano) e quatro ambientalistas que participavam do encontro aproveitaram a noite livre para dar uma escapada até um bar na beira da praia e – acredite – falar de trabalho.

Miguel Calmon (The Nature Conservacy), Mario Monzoni (Amigos da Terra Amazônia Brasileira), Paulo Moutinho (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e Fernando Veiga (ProNatura) se encontraram para continuar uma conversa que começara naquela manhã no aeroporto de Belém, sobre o rumo que o debate em torno de florestas e clima estava tomando no Brasil. Havia uma insatisfação grande entre várias organizações quanto à forma como a questão do desmatamento era tratada pelo governo no contexto do Protocolo de Kyoto, o primeiro acordo do clima, assinado em 1997.

Hoje é óbvio para todo mundo que o desmatamento tem um peso enorme nas emissões mundiais e que ele precisa ser contido, com algum tipo de compensação para os países tropicais que reduzirem suas taxas de perda de florestas. O mecanismo REDD+ foi criado para isso, e foi o primeiro componente do novo acordo do clima a ter sua negociação concluída.

No começo do século não era bem assim: o único lugar onde florestas poderiam entrar no Protocolo de Kyoto era o chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, pelo qual emissões evitadas em países em desenvolvimento poderiam gerar créditos de carbono para países desenvolvidos. Algumas pessoas defendiam que o desmatamento evitado e a recuperação de florestas nativas nos países tropicais entrassem no MDL e pudessem gerar créditos, como meio de dar valor à floresta em pé. O governo brasileiro não queria nem ouvir falar nisso, alegando questões de soberania nacional – 70% das nossas emissões vinham do desmatamento da Amazônia. E várias ONGs, representadas no Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais, o FBOMS, também eram contra, porque não queriam que a conservação aqui servisse de desculpa para os países ricos não cortarem emissões lá.

“Era um debate muito hostil”, recorda-se Monzoni, hoje diretor do GVCES (Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas), em São Paulo.

No ano anterior, na Conferência do Clima de Haia, na Holanda, algumas organizações tentaram fazer um acordo entre ONGs para pressionar os governos pela inclusão das florestas no MDL, mas não deu certo. “Havia ONG roubando material de ONG sobre o assunto e jogando no lixo”, conta Calmon.

Era preciso tentar construir um consenso sobre o assunto de baixo para cima. E o melhor lugar a começar era o país com o maior ativo de florestas tropicais do planeta, o Brasil. Sem espaço para isso dentro do governo e no FBOMS, seria preciso criar um novo fórum. Naquela noite, em Salinópolis, surgiram as primeiras ideias sobre como esse fórum deveria ser constituído e quem deveria ser chamado para constituí-lo. “O primeiro esboço do Observatório do Clima foi desenhado ali, em dois guardanapos de papel”, relembra Calmon.

Várias trocas de e-mail depois, uma reunião inicial foi convocada e realizada num hotel na Rua Teixeira da Silva, em São Paulo. Compareceram representantes de 33 organizações, uma presença significativa, que dava uma ideia da demanda pelo debate sobre clima e florestas no país.

Em 22 e 23 de março de 2002, uma reunião numa sala de aula da Fundação Getúlio Vargas com 26 organizações*, o OC foi oficialmente fundado, com o lançamento de sua carta de princípios no dia 23, que marca o lançamento da rede. Quatro grupos de trabalho foram criados: mudanças climáticas, mudanças do uso do solo (que inclui florestas e biodiversidade), desenvolvimento sustentável e informação e comunicação.

“Entre as tarefas principais estava capacitar as pessoas das ONGs sobre clima. Queríamos contaminar as grandes redes com essas informações”, conta André Ferretti, da Fundação Grupo Boticário, que participou do encontro de fundação.

Entre 2002 e 2005, período anterior à implementação e entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, o OC viveu sua estruturação, com muita euforia em torno do debate sobre projetos florestais. O conceito de “desmatamento evitado” passou a dar lugar ao de “incentivos positivos”, ou seja, em vez de gerar crédito por deixar a floresta em pé, o país seria compensado pela taxa de desmatamento que ele comprovadamente reduzisse em relação ao passado. Um serviço voluntário de cobertura alternativa das COPs foi iniciado pelos membros.

Foi também nesse período que o sistema de funcionamento da rede foi estabelecido: a coordenação seria colegiada, com seis organizações representando biomas e áreas de conhecimento diferentes. Uma assembleia geral ocorreria uma vez por ano. E a rede não teria personalidade jurídica. “Definiu-se que o OC não teria institucionalidade, para não perder a característica de movimento, nem entrar na disputa por recursos com as organizações”, diz Rachel Biderman, do WRI Brasil, primeira secretária-executiva do Observatório.

Após 2005, com a entrada em vigor de Kyoto (sem florestas no MDL), o OC entra num período de funcionamento regular, com reuniões anuais e os quatro grupos de trabalho conduzindo as atividades. “Incluía-se aí discussões sobre a política nacional de clima o MDL, os mecanismos de verificação, inventários de emissões, comunicação e educação”, diz Rachel Biderman. O OC ficou hospedado no GVCES, com a secretária-executiva mapeando novos possíveis membros e o jornalista Ricardo Barretto cuidando da comunicação, inclusive a cobertura das COPs, que tornou-se mais sistemática

A partir de 2007, um grupo dentro do OC começou a discutir aquilo que seria uma das principais contribuições da rede: um conjunto de diretrizes para a formulação de políticas públicas de clima no Brasil. O país começava a sinalizar uma mudança de posição no debate sobre clima e florestas, calcado na redução da taxa de desmatamento na Amazônia. Um Plano Nacional sobre Mudança do Clima começava a ser discutido, e foi finalmente apresentado em 2008. Projetos de lei de uma política de clima começavam a pipocar no Congresso. Em 2009, o OC produziu um documento com um conjunto de propostas. Algumas delas foram incorporadas à Lei 12.187/2009, que define a Política Nacional sobre Mudança do Clima. “Foi uma das maiores vitórias do OC”, lembra Rachel Biderman.

O processo de confecção do documento durou quase um ano, com consultas públicas no Rio, em São Paulo, em Brasília e em Curitiba, com participação de diversos especialistas. A Frente Parlamentar Ambientalista viabilizou um encontro com deputados que, ao tomarem conhecimento do “PL alternativo das ONGs”, quiseram incorporar grande parte dele à lei federal então em discussão. No mesmo ano, na COP15, em Copenhague, o Observatório levou suas propostas aos três principais candidatos à Presidência da República (Dilma Rousseff, Marina Silva e José Serra). De 2009 a 2012, a atuação do Observatório do Clima esteve focada em políticas públicas, com brigas compradas com o governo especialmente no Código Florestal e o acompanhamento da implementação da política nacional de clima e das metas de Copenhague.

Em 2013 o OC entrou numa nova fase: a de geração de dados. Em março, uma estimativa anual de emissões feita pela primeira vez por Tasso Azevedo no ano anterior foi incorporada ao Observatório: estava criado o SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa), a primeira iniciativa não-governamental no mundo de cálculo anual de emissões em todos os setores da economia. O SEEG tornou-se um instrumento fundamental de transparência do cumprimento da lei da política nacional de clima e uma forma mais dinâmica de monitorar as mudanças no perfil da economia do país – os inventários nacionais saem apenas de cinco em cinco anos, e têm atraso de dez anos em suas contas.

Em setembro de 2013, o OC criou a figura do secretário-executivo com dedicação exclusiva. Carlos Rittl, um ecólogo com doutorado no Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), foi escolhido para a função. Em 2014 a rede participou da COP20, em Lima, cobrando mais ambição do governo brasileiro e levando a metodologia do SEEG.

O secretariado fixo e o SEEG ajudaram a trazer recursos regulares para a rede, por meio de fundações como a Oak, a Avina, a Larci (hoje Instituto Clima e Sociedade) e a Clua (Climate and Land Use Alliance). A Fundação Grupo Boticário, a SOS Mata Atlântica, o Ipam, a TNC, o Ipsus, a Conservação Internacional, o ISA, o WWF e o GVCES estão entre as organizações que também têm aportado recursos à rede ao longo de sua história.

Em 2015, o OC criou um departamento de comunicação também com dedicação exclusiva. O SEEG foi expandido para o Peru e ganhou dois subprodutos: o Monitor Elétrico, que permite acompanhar diariamente as emissões do setor, e o MapBiomas, uma plataforma digital de monitoramento de mudanças de uso da terra que permitirá, pela primeira vez, acompanhar todos os anos o desmatamento em todos os biomas do país. A atuação política da rede foi marcada pela elaboração de uma proposta de INDC (Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida), que estabeleceu uma barra mínima para a ambição da proposta oficial do país e foi determinante para que o governo apresentasse uma INDC com metas absolutas para toda a economia.

“Montar uma rede dessas é fácil, difícil é mantê-las funcionando”, diz Paulo Moutinho, do Ipam. “O OC é um dos poucos grupos na sociedade civil brasileira que têm representatividade, pluralidade e longevidade na discussão de mudanças climáticas.”

* Veja a lista de organizações originalmente integrantes do OC e seus representantes:

Aliança para a Conservação da Mata Atlântica    Maria Cecília Wey de Brito
Amigos da Terra – Amazônia Brasileira    Mario Monzoni e Gladis Ribeiro
APREMAVI    Wigold Bertoldo Schäffer
Associação de Proteção a Ecossistemas Costeiros (APREC)    Sérgio de Mattos Fonseca
Comissão Pastoral da Terra, Amazonas – CPT-AM    Adenilza Mesquita
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB    Genival de Oliveira dos Santos
Grupo de Trabalho Amazônico – GTA    José Adilson Vieira de Jesus
Associação Civil Greenpeace – GREENPEACE    Marijane Lisboa
Instituto Centro de Vida – ICV    Carlos Teodoro José Irigaray
Instituto de Estudos Sócio-Ambientais do Sul da Bahia – IESB    Carlos Alberto Mesquita
Instituto Ecológica    Divaldo Rezende
Instituto Internacional de Educação do Brasil – IIEB    Maria José Gontijo
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia- IMAZON    Paulo Amaral
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM    Paulo Moutinho, Márcio Santilli e Luciano Mattos
Instituto de Pesquisas Ecológicas – IPÊ    Eduardo H. Ditt
Instituto Ecoar para Cidadania – ECOAR    Miriam Dualibi
Instituto Pró-Natura – IPN    Fernando Veiga
Instituto Pró-Sustentabilidade – IPSUS    Rachel Biderman Furriela e Laura Valente de Macedo
Instituto Socioambiental – ISA    Adriana Ramos
Núcleo Amigos da Terra – Brasil    Kathia Vasconcellos Monteiro
Sociedade Brasileira de Direito Internacional do Meio Ambiente – SBDIMA    Lucila Fernandes Lima
Sociedade Nordestina de Ecologia – SNE    Tânia M. B. Ramos dos Santos
SOS AMAZÔNIA    Miguel Scarcello
Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS    Alexandra Andrade e  André Ferretti
TNC do Brasil    Miguel Calmon e Joe Keenan
WWF – Brasil    Analuce Freitas

Pin It on Pinterest