Apremavi conquista 23ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia

Apremavi conquista 23ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia

Apremavi conquista 23ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) acaba de conquistar, na categoria Educação Ambiental, o Prêmio Expressão de Ecologia, reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente como a maior premiação ambiental do Sul do Brasil.

É a 6ª vez que a Apremavi conquista o prêmio, e nessa edição, com o Projeto Araucária, realizado no período de agosto de 2013 a dezembro de 2015.

A premiação contou com a participação de 129 relevantes projetos ambientais em 2015 e já contabiliza, em mais de duas décadas, 2.408 cases inscritos das principais empresas, ONGs, prefeituras e entidades do Sul do Brasil.

O projeto teve como objetivo a conservação e recuperação de remanescentes florestais e espécies-chave do Bioma Mata Atlântica, por meio da implantação de sistemas agroflorestais, recuperação de áreas degradadas e enriquecimento de florestas secundárias, promovendo o uso sustentável dos recursos naturais.

Também objetivou promover a educação ambiental por meio de atividades de comunicação, capacitação, socialização e troca de experiências entre os diversos atores sociais envolvidos. O trabalho foi realizado em 13 municípios de Santa Catarina, sendo seis situados na região do Alto Vale do Itajaí: Atalanta, Vitor Meireles, Dona Emma, Braço do Trombudo, Santa Terezinha e Salete; e sete na região Oeste: Chapecó, Guatambu, Galvão, São Domingos, Abelardo Luz, Passos Maia e Ponte Serrada.

Curso de educação ambiental realizado em Chapecó. Foto: Arquivo Apremavi

Principais resultados do projeto

  • Envolvimento direto de 2.300 pessoas durante a realização do projeto, a partir da realização de reuniões de sensibilização e mobilização, seminários regionais, cursos de capacitação, palestras e visitas de intercâmbio.
  • Planejamento ambiental de 270 propriedades rurais.
  • Produção e distribuição/plantio de 320.000 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica.
  • Construção de 02 viveiros florestais.
  • 228 hectares de áreas localizadas em propriedades rurais recuperadas e/ou conservadas.
  • 29 hectares de áreas degradadas localizadas em unidades de conservação recuperadas.
  • Realização de palestras e atividades de educação ambiental em escolas dos municípios envolvidos.
  • Elaboração de materiais de educação e comunicação: Cartilha e vídeo “Projeto Araucária conservação e recuperação a Mata Atlântica”. Jogo da memória “Biodiversidade na Mata Atlântica”.

O Projeto Araucária foi uma iniciativa Apremavi, patrocinado pela Petrobras, Governo Federal, por meio do programa Petrobras Socioambiental.

A trajetória da Apremavi no Prêmio Expressão iniciou em 1998, com a premiação do Projeto Agroecoeducação, em seguida foram contemplados os projetos: Conservando a Mata Atlântica através do Enriquecimento de Florestas Secundárias (2002), Planejando Propriedades e Paisagens (2007),  Programa Matas Legais (2008) e Integração e Capacitação de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de Unidades de Conservação em 2013.

Para Miriam Prochnow, conselheira da Apremavi, a conquista de mais esse prêmio traz uma grande satisfação e o reconhecimento do empenho e seriedade do trabalho de toda equipe da instituição: “o Projeto Araucária é um marco na história da Apremavi e é resultado de um trabalho amplo de parceria”.

Conheça aqui os vencedores 23ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia.

Para saber mais sobre o projeto acesse: Projeto Araucária.

Assistia abaixo o vídeo do Projeto Araucária!

Apremavi lança vídeo que conta a trajetória do “Projeto Araucária”.

Foram dois anos de trabalhos intensos com um só objetivo: A preservação do meio ambiente. O Projeto Araucária chega ao fim depois de passar por propriedades rurais de trezes municípios do Oeste e Alto Vale de Santa Catarina promovendo a recuperação e conservação de florestas com espécies da Mata Atlântica e a educação ambiental. Foram pessoas, histórias, lugares e emoções diferentes que fizeram parte do projeto e que foram documentadas na peça audiovisual: “Projeto Araucária – Conservando e Recuperando a Mata Atlântica”.

O vídeo conta toda a história do projeto e é uma importante ferramenta de conscientização, pois traz informações sobre e importância da Floresta com Araucárias, os principais problemas ambientais e mostra ainda como é importante plantar árvores para garantir o futuro do planeta e das novas gerações.

O material foi produzido com apoio do público participante do projeto, que contam as suas histórias e formas de participação no projeto através de entrevistas, e ainda sobre porque plantam árvores.

O pré-lançamento ocorreu no dia 29 de julho, no Centro Ambiental Jardim das Florestas, sede da Apremavi em Atalanta (SC). A exibição foi para funcionários, colaboradores e também para os participantes da Rede Gestora do Corredor das Araucárias, que estavam no Centro Ambiental participando de uma oficina.

Para Edilaine Dick coordenadora do Projeto Araucária, o vídeo relata o sucesso do trabalho realizado nos dois anos de execução: “Acredito que as ações desenvolvidas e metodologias utilizadas no projeto com certeza tem grande potencial de replicabilidade para outras regiões da Floresta com Araucárias”.

O conselheiro da Apremavi, Wigold Schaffer, destaca que “este material sintetiza os três grandes desafios ambientais da humanidade: a perda da biodiversidade causada pela ação humana, que está mil vezes mais rápida do que a perda por causas naturais; a escassez de água que já atinge mais de 1,2 bilhão de pessoas e; as mudanças climáticas em curso, que colocam em risco inclusive a sobrevivência humana no planeta. O filme aponta o que cada um de nós pode e deve fazer para ajudar a resolver ou minimizar esses problemas e mostra quem já está fazendo a sua parte e quais são as motivações que levam as pessoas a colocar a mão na massa”.

A produção do filme ficou por conta do fotógrafo e produtor Vitor Sá. Para ele, o trabalho na produção foi compensador: “O trabalho foi muito bacana, primeiro por ser uma causa que eu acho muito bacana e acredito bastante. Acho fantástico o trabalho que a Apremavi vem desenvolvendo ao longo desses 28 anos e essa parceria com a Petrobrás serviu para dar um gás ainda maior para os trabalhos realizados por ela. Foram quase dois meses de trabalho intenso, onde eu viajei 2 semanas para Santa Catarina e tive a oportunidade de passar pelas lindas paisagens do interior do estado e ter contato com pessoas simples e de bom coração, e depois mais 1 mês e meio para organizar os arquivos e editar todo material gravado em 2 semanas mais horas de material de arquivo do Wigold. Durante todo projeto eu senti uma energia muito positiva, de pessoas que realmente lutam pela preservação da natureza e pelo futuro do planeta, desde ambientalistas, técnicos, professores, agricultores e crianças. A Apremavi fez um trabalho muito importante no sentido de educar os agricultores, que já sofrem com os efeitos das mudanças climáticas, e também as crianças, que crescerão sabendo como preservar o meio ambiente. Eu pessoalmente gostei muito de fazer o projeto, eu tive oportunidade de conhecer mais o estado de Santa Catarina, conhecer mais o trabalho da Apremavi e aprender muito com o Wigold durante todo o processo”.

Em breve o material será disponibilizado para o público em geral, através inclusive, da internet e será exibido nos municípios de abrangência do projeto em diferentes momentos, escolas e universidades.

Esta é mais uma ação que reforça o compromisso da Apremavi com o meio ambiente. São 28 anos de história que, com ações deste tipo, ganham ainda mais força e valor.

O Projeto Araucária é executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), patrocinado pela Petrobrás, por meio do Programa Petrobrás Socioambiental, e apoio do Governo Federal.

Apremavi já plantou mais de 5 milhões de mudas nativas

Esta semana, Lauro Eduardo Bacca escreve sobre a Apremavi, em sua coluna no Jornal de Santa Catarina. O artigo "Gente que Faz" é uma verdadeira homenagem ao trabalho da associação, exatamente no mês em que ela comemora 28 anos de fundação. 

Lauro Bacca é também sócio fundador da Apremavi.

Gente que Faz – publicado no JSC no dia 01 de julho de 2015

Tudo começou com 18 mudinhas produzidas em casa, em Ibirama, na década de 1980. O motivo? Acima de tudo, a vontade férrea de que algo tinha que ser feito. Quem tinha que fazer, o governo, não fazia, pelo contrário, fechava os olhos, para não dizer algo mais grave, para um dos maiores escândalos ecológicos já ocorridos no Estado, a criminosa devassa madeireira acontecida na Reserva Indígena de Ibirama, hoje inserida em José Boiteux.

Atônitos, Wigold Schäffer e alguns amigos viam um batalhão equipado com tratores e motosserras dilacerando uma floresta que deixava a reserva na forma de troncos de milhares de árvores centenárias, carregados por centenas de caminhões, todos os dias, em direção à suspeitas serrarias.

A farra que enriqueceu temporariamente alguns índios enriqueceu muitíssimo mais alguns empresários madeireiros para, em poucos anos, não sobrar mais quase nada, nem madeira de lei na floresta, muito menos dinheiro no bolso dos índios.

Da teoria à prática, a produção caseira aumentou de 18 para centenas, quase milhares de mudas por mês. Duas mãos motivadas trabalhando apenas no tempo que restava depois do expediente no emprego, fazendo mais do que alguns hortos municipais da região, impressionante!

Mais do que produzir mudas, Wigold, junto com Miriam Prochnow, criaram uma pequena associação ambientalista, a Apremavi, em 1987, que não parou de crescer. Os enfrentamentos com devastadores e governos e brigas na justiça foram cedendo cada vez mais espaço para parcerias as mais diversas. Vários projetos ajudam municípios e agricultores a se adequarem à legislação, incentivando e estimulando a legalização e a valorização ecológica junto com a melhoria do rendimento econômico das propriedades.

Muitos são os projetos em execução com as mais diversas parcerias, inclusive do exterior. Sediada atualmente em Rio do Sul e presidida por Edegold Schäffer a outrora pequena Apremavi hoje é quase um gigante que já plantou mais de 5 milhões de mudas de 120 espécies nativas diferentes que recuperam matas ciliares e reservas legais de centenas de propriedades de dezenas de municípios em três Estados, só para falar das mudas, pois, tem muito mais.

Da constatação de um batalhão do mal a devastar a floresta atlântica lá nos anos 80, formou-se um verdadeiro batalhão do bem, mão na massa, lutando para preservar o que restou e reconstruir boa parte do que foi devastado. Por isso, parodiando uma antiga propaganda, Wigold Schäffer, Miriam Prochnow e tantos outros abnegados da Apremavi no Alto Vale, é gente que faz!

Apremavi semeia comunicação para colher bons frutos

Depois da oficina de comunicação a vida da Ariana Patrine Hammes não será mais a mesma. Ela aprendeu a lidar com vários públicos durante a oficina de comunicação. “Como estagiária, adquiri várias experiências e isso me dá motivação para continuar nessa equipe”. Além da Ariana, de 18 anos, participaram mais 26 integrantes da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi).

O evento reuniu funcionários das quatro sedes da instituição – Atalanta, Rio do Sul e Chapecó, em Santa Catarina, e Curiúva, no Paraná – de 4 a 6 de dezembro, no Centro Ambiental Jardim das Florestas, em Atalanta.

Equipe durante a oficina de comunicação. Foto: Marcos A. Danieli

A oficina é mais uma marca do pioneirismo da Apremavi. Motivar, valorizar e capacitar a equipe são estratégias da associação para promover a comunicação. “Dicas para escrever bem e formas de se relacionar com a comunidade, são determinantes para melhorar a visibilidade da organização”, avalia Miriam Prochnow, Coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi. Ela acrescenta que também é uma oportunidade para que as pessoas ampliem a percepção sobre maneiras de se comunicar.

A oficina, ministrada pela jornalista Sílvia Franz Marcuzzo, da ECOnvicta Comunicação para a Sustentabilidade, utilizou metodologias participativas e mesclou atividades práticas e em grupo que chamaram a atenção de questões que muitas vezes passam desapercebidas. Sílvia já havia realizado uma capacitação com o grupo em 2007.

Segundo Miriam, de lá pra cá, houve avanços significativos principalmente na internet. Entre eles, a inserção da Apremavi em redes sociais e o envio de boletins, através do site, para distintos públicos. Vale destacar que só a jabuticaba, da seção Guia de Espécies, publicada em junho de 2009, recebeu 247 comentários.

A capacitação promovida pela Apremavi teve duração de 20 horas e foi encerrada com dicas de fotografia de Wigold Schäffer, um dos fundadores da Apremavi. Comentários sobre enquadramento, luz e questões técnicas fizeram parte do conteúdo abordado na teoria e na prática.

A oficina integra o “Projeto Araucária”, patrocinado pela Petrobrás por meio do Programa Petrobras Ambiental e apoio do Governo Federal, cuja meta principal é contribuir com a conservação e recuperação da Floresta com Araucárias. Assim, o conhecimento adquirido será aplicado no dia-a-dia do projeto e atividades da instituição. Os resultados obtidos integrarão o manual e o plano de comunicação do projeto Araucária.

Dinâmica em equipe. Foto: Marcos A. Danieli

Apremavi inaugura Centro Ambiental dia 14 de setembro

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) vai inaugurar o Centro Ambiental Jardim das Florestas no dia 14 de setembro, sábado, às 9h30. O Centro fica na estrada Alto Dona Luiza, em Atalanta, município de 3.300 habitantes, a 277km de Florianópolis (via BR-101).

A programação de abertura do espaço começa na sexta, dia 13 de setembro, com um encontro de prefeitos da região.  Mas a inauguração oficial será sábado pela manhã e contará com a participação da ex-ministra do meio ambiente e ex-senadora Marina Silva, que dará uma coletiva à imprensa às 9h. É a primeira vez que Marina vem na região do Alto Vale do Itajaí. Ela virá especialmente para o evento e para conhecer melhor o trabalho da Apremavi, da qual é sócia honorária desde 2009.

A fita inaugural do prédio de três andares será desatada após a benção do pastor Clóvis Horst Lindner, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana. A construção foi viabilizada por meio de doações de mais de 70 empresários e pessoas físicas, que trocaram mudas de árvores nativas por uma ajuda em dinheiro ou em materiais de construção. Dispõe de elevador panorâmico, auditório, salas de escritório, cozinha com fogão a lenha, alojamentos e uma lareira por andar. A obra iniciou em março do ano passado e terminou em junho deste ano, tempo considerado recorde para uma empreitada como essa.

5 reais = 1 muda

A cada cinco reais, uma muda. Essa foi a negociação da Apremavi com quem desejou apoiar a construção do centro. A entidade, que iniciou com 18 mudinhas em um quintal em Ibirama 26 anos atrás, conta hoje com um dos maiores viveiros de árvores nativas da região Sul. O viveiro da Apremavi, próximo ao Centro Jardim das Florestas, tem capacidade de produção de um milhão de mudas por ano de 120 espécies nativas da Mata Atlântica. Hoje a Apremavi conta com cinco propriedades, sendo 316 hectares em uma Reserva Particular de Patrimônio Natural em Bela Vista do Toldo.

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