28/06/2011 | Notícias
Nos dias 10 e 11 de junho, Atalanta (SC) recebeu a visita dos alunos do curso de bacharelado em Geografia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Acompanhados pela Profª. Drª. Vera Maria Favila Miorin, a turma foi recepcionada pelo Presidente da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) Edegold Schäffer, com um delicioso café colonial na propriedade Paraíso das Trutas.
O objetivo da visita foi conhecer a organização diferenciada das propriedades rurais, enfatizando o cultivo agroecológico de alguns produtores, bem como o turismo rural que é atendido pelo Projeto Acolhida na Colônia.
Durante a visita, os alunos conheceram o viveiro de mudas nativas Jardim das Florestas da Apremavi, observaram o processo de produção de mudas nativas desenvolvido pela entidade, bem como tiveram uma explanação sobre o histórico da Associação.
Além da visita à Apremavi, os alunos conheceram a propriedade da família Berschinock e sua produção agroecológica de morangos e geleias, bem como conheceram a Agroindústria de Conservas Atalanta, podendo visualizar experiências empreendedoras que envolvem os produtores familiares locais e movimentam a economia do município.
Durante a estada no município de Atalanta, os estudantes também assistiram à uma palestra no anfiteatro da Secretaria de Turismo do município, sobre a criação da Unidade de Conservação Municipal, o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica e percorram a trilha ecológica Caminho da Lontra, a fim de conhecer o principal atrativo do parque, a cachoeira Perau do Gropp, local que encantou toda a turma. A cachoeira tem 41 metros de queda livre envolta por vegetação.
A despedida, foi uma visita à uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do município e, de acordo com os alunos da UFSM, com a certeza as experiências vivenciadas contribuirão com futuras atividades de planejamento rural no decorrer de nossas atuações como geógrafos profissionais.
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16/08/2010 | Notícias
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), assinou um contrato de parceria com a empresa Eco Empreendimentos Ambientais de Chapecó (SC), visando o fornecimento de mudas de árvores nativas.
A primeira fase desta parceria prevê a entrega de 200.000 mudas de mais de 50 espécies nativas da Mata Atlântica, entre os meses de junho a setembro de 2010.
A Apremavi e a Eco já estão em fase de negociação para ampliar a parceria visando a produção e fornecimento de um número maior de mudas para o próximo ano.
A Eco é uma empresa de assessoria e consultoria ambiental com sede na cidade de Chapecó (SC) e possui uma unidade no município de Sananduva (RS).
Além de prestar consultoria na área ambiental, a Eco também é uma empresa líder na região Oeste de Santa Catarina na produção de mudas de eucalipto, tendo uma produção anual de 6.000.000 (seis milhões) de mudas.
Este ano a empresa iniciou a construção de mais um viveiro para a produção de mudas de eucalipto na região nordeste do Brasil, mais especificamente no estado do Piauí.
As mudas nativas da Apremavi estão sendo cada vez mais procuradas. Alguns fatores que fazem com que isso aconteça é a excelente qualidade das mudas e a grande variedade de espécies, cerca de 120 espécies nativas da Mata Atlântica.
A ideia é aumentarmos e melhorarmos a infraestrutura do viveiro existente no município de Atalanta (SC) para podermos atender esta demanda que vem crescendo ano após ano.
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22/09/2009 | Notícias
22 de setembro marca a chegada da primavera nos países do hemisfério sul. É quando se inicia a transição dos dias mais frios do inverno para o período mais ensolarado e quente. No Jardim das Florestas já se pode observar as bromélias, orquídeas, ipês, azaléias e muitas outras flores vibrantes embelezando essa estação.
No dia 21 de setembro se comemorou o dia da árvore, e esse dia foi eleito em razão dos povos indígenas que sempre cultuaram as árvores durante a época das chuvas, ou quando a terra era preparada para semeadura, geralmente no início da primavera.
As árvores não têm apenas a função paisagística. Elas protegem as lavouras contra os ventos, fornecem sombra e amenizam a emissão de gases de efeito estufa. Para o meio ambiente, as árvores são fundamentais, pois servem de abrigo e fornecem alimentos para diversas espécies de animais, inclusive o homem, que se alimenta de seus frutos.
As árvores ajudam a equilibrar o clima de uma região. Observe, por exemplo, um parque ou floresta e sinta o clima mais fresco. Para a economia, as árvores fornecem a matéria-prima para móveis, utensílios domésticos e a celulose, que serve para a produção de papel. Mas é importante que, no momento da compra, a pessoa saiba escolher produtos oferecidos por empresas que possam comprovar a origem da madeira, ou seja, as que utilizam madeira com certificação.
As árvores nativas do Brasil estão intimamente ligadas à história e ao desenvolvimento econômico e social do nosso país. A mais antiga e importante relação é com o próprio nome da nação Brasil que foi emprestado da árvore conhecida popularmente como pau-brasil.
Dezenas das cidades do país também emprestaram seus nomes de árvores nativas que eram freqüentes em suas regiões geográficas, como exemplos podem ser citados: Imbuia- SC, Guarantã-SP, Louveira SP, Angicos PE, Cedro SP, Juazeiro BA, etc.
Algumas espécies representaram tamanha importância para as populações locais, que emprestam seus nomes a várias cidades; por exemplo, a espécie Araucaria angustifolia (Bert.) Kuntze (pinheiro), e o buriti (Mauritia flexuosa L.f.).
Algumas espécies representam grande importância na vida econômica do país, que historicamente caracterizaram uma época ou um ciclo como, por exemplo: o pau-brasil, a seringueira, a carnaúba, o pinheiro, o cacau, o baguaçu, e mais recentemente o mogno.
Nomes de árvores nativas são também utilizados de norte a sul do país para designar ruas, praças, palácios, bairros, etc.
A Apremavi possui atualmente no viveiro Jardim das Florestas dezenas quase uma centena de espécies nativas para comercialização e para os projetos de restauração que desenvolve.
Nas últimas semanas (antecedendo o dia da árvore) foram muitas visitas recebidas pelos técnicos e funcionários da Apremavi. Cerca de 85.000 mudas saíram do viveiro para serem doadas para a comunidade e plantadas em projetos de restauração por pessoas e empresas de Santa Catarina.
A cada ano que passa o número de pessoas que procuram árvores nativas para plantar aumenta. Um exemplo muito importante e bonito é do Supermercado Archer, que pelo décimo primeiro consecutivo tem feito uma grande campanha em prol do plantio de árvores. Este ano ele adquiriu e distribuiu 30.000 mudas de espécies nativas aos seus clientes, das cidades de Brusque, Gaspar, Guabiruba e Nova Trento. A distribuição foi feita no dia 18 de setembro, para que todos pudessem plantar a sua árvore no dia 21.
Felizmente a lista é grande. Parabéns e obrigado a todos.
APP Escola Educação Básica Victor Meirelles 30
Carlos Alberto Muller 310
Carlos Alberto Posser Silveira 300
Carlos Pschridt 167
Edemar Schäffer 50
Epagri Pomerode 1634
Frechal Construção e Incorporações LTDA 1000
Ibisa Instituto Brasileiro de Incentivo Social Ambiental 500
Metalurgica Riosulense 155
Multicolor Têxtil – 60
Nelson Barg 125
Netzsch do Brasil 1000
Noazir Ferrraro 75
Osni Schiestl 30
Paroquia Evangélica Velha Central de Blumenau 70
Pedro J. Nazário 25
Pedro Longem 200
Prefeitura Municipal de Agronômica 1206
Prefeitura Municipal de Braço do Trombudo 500
Prefeitura Municipal de Chapadão do Lageado 4000
Prefeitura Municipal de Doutor Pedrinho 1350
Prefeitura Municipal de Otacílio Costa 8.000
Prefeitura Municipal de Presidente Getulio 2750
Prefeitura Municipal de São Cristovão do Sul 1500
Prefeitura Municipal de São Joaquim 1667
Prefeitura Municipal de Vitor Meireles 6029
Programa Caiubi de Educação Ambiental – Klabin 80
Programa Matas Legais Klabin – Eduardo Cordeiro – 362
SDR de Taió 600
Trevo Plantas 20.000
Referências:
BIBLIOTECA VIRTUAL DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Disponível em: http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/especial/200709-diadaarvore.php Data de acesso: 12 set. 2009.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil – vol. 1 / 3. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2000.
16/07/2009 | Guia de Espécies, Para fauna, Para paisagismo, Para restauração, Secundárias
Uvaia, super dose de vitamina C
O nome uvaia deriva do tupi ubaia ou ybá-ia e quer dizer fruto azedo, ela é típica da Mata Atlântica, e ocorre de São Paulo ao Rio Grande do Sul.
A árvore tem de seis a 13 metros de altura e geralmente tem um tronco único ou bifurcado, com no máximo de 50 centímetros de diâmetro.
A uvaia tem alto teor de vitamina C (cerca de quatro vezes mais do que a laranja). Tem a polpa muito delicada, com a casca bem fina, de um amarelo-ouro ligeiramente aveludado. O aroma é suave e muito agradável. Um dos grandes problemas desse fruto é que amassa, oxida e resseca com facilidade, por isso não é muito encontrada em supermercados.
A uvaia é utilizada em projetos de reflorestamento (áreas degradadas, preservação permanente e plantios mistos) e paisagismo (ornamental e pomar doméstico). Sua madeira é empregada apenas localmente para moirões, estacas, postes e lenha.
Seus frutos são comestíveis e muito apreciados para o consumo na forma de sucos, razão pela qual é largamente cultivada em pomares domésticos. São também avidamente consumidos por várias espécies de pássaros, o que a torna bastante recomendável para reflorestamentos heterogêneos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação permanente.

Muda, folhas e frutos de Uvaia. Foto: Arquivo Apremavi, Jeison Da Costa Cardoso e João Paulo Maçeneiro.
Uvaia
Nome científico:Eugenia pyriformis Cabess.
Família: Myrtaceae.
Utilização: madeira utilizada para moirões, cercas e lenha. Seus frutos são comestíveis e servem de alimento para diversas espécies de aves.
Coleta de sementes: diretamente da árvore quando começar a queda espontânea dos frutos ou recolhê-los do chão.
Época de coleta de sementes: dezembro a janeiro.
Fruto: amarelo, arredondado, contendo duas sementes em seu interior, possuindo aproximadamente quatro centímetros de diâmetro.
Flor: branca.
Crescimento da muda: médio.
Germinação: normal.
Plantio: mata ciliar, área aberta.
Autora: Geraldine Marques Maiochi.
25/02/2009 | Notícias
No dia 24 de fevereiro de 2009 o primeiro plantio em mutirão do Programa Clima Legal da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) completou um ano. Na ocasião, participaram do plantio cerca de 100 pessoas, entre elas: autoridades, políticos, empresários, crianças, jovens, idosos, além de sócios e funcionários da Apremavi.
O evento foi uma verdadeira festa, tal era o entusiasmo dos participantes na hora de colocar a mão na massa para realizar o plantio. O evento teve a cobertura da RBA de Rio do Sul e a Rádio Sintonia de Ituporanga, esta última, transmitiu ao vivo do local do plantio o Programa Bandinhas em Desfile.
Após um ano, podemos dizer que o plantio foi um verdadeiro sucesso. Algumas árvores já estão com mais de dois metros de altura e praticamente todas as mudas vingaram. O calor e o longo período chuvoso estão contribuindo para o bom crescimento.
A Apremavi pretende em breve, realizar novos plantios como este, e desde já, convida os empresários da região e demais simpatizantes da natureza para que façam sua adesão ao Programa Clima Legal, dando assim, a sua contribuição para um meio ambiente mais equilibrado.
Convidamos também, a todos aqueles que participaram do 1º plantio simbólico, para que venham fazer uma visita ao local e ver de perto o desenvolvimento das mudas que plantaram.
O Programa Clima Legal foi lançado no final de 2007. Seu objetivo é promover o plantio de árvores para o seqüestro de carbono e ajudar a amenizar os efeitos do aquecimento global.
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28/01/2009 | Guia de Espécies, Nativas da Mata Atlântica, Notícias, Para restauração, Secundárias
Cedro, um nobre da Mata Atlântica
Em 1974 a escritora e poeta, Maria Thereza Cavalheiro, em seu belo livro ‘Antologia Brasileira da Árvore’, cita: O cedro-batata (Cedrela fissillis) é uma árvore bela, de grande desenvolvimento. Atinge até 30 metros de altura. Suas flores são brancas, a madeira é empregada em trabalhos de marcenaria de luxo e obras de entalhe. Muitas imagens são esculpidas em cedro. Os charutos são envolvidos em numa película finíssima de cedro, para tomar-lhe o aroma, e as caixas que os contém são confeccionadas com esta madeira. E ainda, o lenho submetido à destilação, fornece óleo.
Lendo essa descrição já se pode imaginar, que por conta da versatilidade, a sua exploração foi intensa no passado, como na verdade aconteceu com todas as espécies nobres da Mata Atlântica. Além das utilidades citadas acima, o cedro também possui uma ótima madeira, de cor avermelhada, para a construção civil, naval e aeronáutica.
A ocorrência natural da árvore é do Rio Grande do Sul até Minas Gerais, porém pode ser encontrado em menor intensidade em todo o país. Em Santa Catarina, ocorria em todo o território do estado e em todos os tipos de formações florestais.
O cedro tem um primo amazônico muito famoso, igualmente muitíssimo explorado, tanto que consta da lista das espécies da flora ameaçada de extinção, que é o mogno (Swietenia macrophylla).
Para quem quiser observar um cedro em toda sua imponência e majestade, deve visitar a Reserva Florestal da Embrapa/Epagri, no município de Caçador (SC), onde se encontra o maior cedro vivo de Santa Catarina, com mais de 300 anos de idade, 28 metros de altura e 3,6 metros de diâmetro. Além do cedro, na reserva podem ser encontradas também araucárias e imbuias centenárias.
O cedro é uma espécie com alto potencial para restauração, seja para restauração de ambientes degradados, sequestro de carbono, paisagismo ou plantios com fins econômicos. É uma das espécies produzidas no Viveiro Jardim das Florestas, desde o seu início, nos idos de 1987. Atualmente existem milhares de mudas disponíveis no viveiro, para quem quiser fazer algum plantio.
O único cuidado que se deve ter no plantio do cedro é não fazer plantios homogêneos, uma vez que esta espécie sofre bastante com o ataque da broca. Para evitar ou minimizar esse ataque o plantio deve ser feito misturando-se o cedro com outras espécies, de preferência também nativas, dependendo da finalidade do plantio.

Muda de cedro. Foto: Acervo Apremavi.
Cedro
Nome científico: Cedrela fissilis Vell
Nome popular: cedro, cedro rosa, cedro vermelho, cedro branco, cedro batata, cedro-amarelo, cedro-cetim, cedro da várzea
Família: Meliaceae
Características Morfológicas: altura de 20-35 m, com o tronco de 60-90 cm de diâmetro. Folhas compostas de 60-100 cm de comprimento, com folíolos de 8-14 cm de comprimento.
Fenologia: Floresce durante os meses de agosto-setembro. Seus frutos amadurecem com a árvore totalmente desfolhada durante os meses de julho-agosto. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
Flor: Branca-amarelada
Fruto: Seco deiscente
Coleta de sementes: Diretamente da árvore quando começar a abertura espontânea dos frutos.
Crescimento da muda: Rápida.
Plantio: Mata Ciliar, área aberta, sub-bosque, solo degradado.
Observação: Espécie frequentemente atacada por broca quando plantada no campo em agrupamentos homogêneos.
Fontes Consultadas
PEROZIM, J.R. As raízes do Cedro. Data de acesso: 27 jan. 2009.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: um manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, vol. 1, 3 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2000.
PROCHNOW, M. & SCHAFFER, W.B (org). A Mata Atlântica e Você: como preservar, recuperar e se beneficiar da mais ameaçada floresta brasileira. Brasília: APREMAVI, 2002. 156p.
PROCHNOW, M. (org). No Jardim das Florestas. Rio do Sul: APREMAVI, 2007.180p.
20/01/2009 | Notícias
A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) começou o ano de 2009 com força total. No viveiro Jardim das Florestas, entre os dias 05 e 16 de janeiro, já foram produzidas 35.535 novas mudas de árvores nativas. A meta é que o trabalho continue neste ritmo o ano inteiro, em especial após as perdas que ocorreram por conta da tempestade de granizo na virada do ano.
A partir desta semana também, a Apremavi publica um conjunto de informações úteis sobre as espécies da flora brasileira. O objetivo é dar orientações que possam auxiliar as pessoas interessadas em plantar árvores a escolher as espécies adequadas para cada situação.
Árvores grandes e exuberantes sempre exerceram um grande fascínio sobre os seres humanos. Seja de deslumbramento e respeito ou então de cobiça pelo valor de sua madeira. Algumas delas até viraram símbolos, como é o caso do Pau-brasil, que emprestou o nome ao nosso país ou o caso da imbuia, que virou árvore símbolo do Estado de Santa Catarina.
Com isso também queremos estimular as pessoas a cada vez mais plantarem árvores nativas, como uma forma de auxiliar a amenizar os efeitos das mudanças climáticas. O plantio de árvores nativas pode ser feito dentro do programa Clima Legal, que, além do plantio de árvores, desenvolve também ações de educação ambiental.
Estreamos com a espécie que deu o nome ao nosso país, o Pau-brasil.
Pau-brasil
O pau-brasil (Caesalpinia echinata), chamado pelos índios de "ibirapitanga", que significa madeira vermelha, é uma espécie da Mata Atlântica que foi muito explorada na época colonial do país, exatamente por apresentar um corante avermelhado. Hoje sua madeira ainda é utilizada para fabricação de arcos de violino.
A exploração foi tão avassaladora que hoje ele figura na lista das espécies ameaçadas de extinção e praticamente não é mais encontrado nas matas nativas. Estima-se que cerca de 70 milhões de exemplares tenham sido enviados para a Europa.
Por ser uma espécie que consta da Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, a exploração do pau-brasil em remanescentes de vegetação nativa natural é proibida pela Lei nº 11.428, de 2006 e pelo Decreto nº 6.660, de 2008.
Em 1978, através da Lei nº 6.607, de 7 de Dezembro, o pau-brasil foi declarado Árvore Nacional do Brasil.
Ocorria naturalmente do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Norte. Em outros estados, onde a espécie não é autóctone, há plantios de pau-brasil desenvolvidos principalmente por institutos de pesquisas.
Características
Nome popular: Pau-brasil
Nome científico: Caesalpinia echinata Lam.
Família: Leguminosae-Caesalpinoideae
Flor: Amarela.
Fruto: legume verde-amarronzado, apresentando estruturas semelhantes a espinhos em sua parte externa, possuem cerca de 4 sementes por vagem e aproximadamente 7 cm de comprimento.
Coleta de sementes: Diretamente da árvore quando começar a abertura espontânea dos frutos.
Época de coleta de sementes: Novembro a janeiro. Observação: As sementes precisam ser semeadas imediatamente após a abertura da vagem, pois perdem o poder de germinação.
Germinação: Rápida.
Crescimento da muda: Lento.
Plantio: O plantio de pau-brasil é permitido e recomendado para paisagismo de forma geral e também para enriquecer áreas de vegetação secundária. É atualmente plantada em diversas regiões do Brasil, especialmente em praças e jardins. No entanto, por ser uma espécie pouco tolerante ao clima frio, não suportando geadas, não se recomenda o seu plantio nestas regiões.
Fotos: Miriam Prochnow e arquivo Apremavi
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03/01/2009 | Notícias
A passagem do ano em Atalanta e outras cidades da região do Alto Vale do Itajaí em Santa Catarina foi marcada por tempestade de vento, chuva e granizo, que começou por volta das 23:00 horas do dia 31 de dezembro. O temporal não durou mais do que 20 minutos, mas foi o suficiente para deixar pessoas em pânico e causar inúmeros prejuízos econômicos. Na região atingida diversas casas foram destelhadas e árvores arrancadas. Inúmeros agricultores tiveram sérios prejuízos em suas lavouras de milho, tomate, cebola e fumo, algumas com perda total.
No Viveiro Jardim das Florestas cerca de 50.000 mudas foram danificadas, algumas totalmente e outras parcialmente, podendo se recuperar. Caíram pedras de gelo do tamanho de uma bola de pingue-pongue relata Edegold Schäffer, Presidente da Apremavi. O granizo foi tanto que na tarde do dia seguinte ainda havia blocos de gelo acumulado no sombrite de proteção dos canteiros de mudas. Felizmente as estruturas das estufas do viveiro resistiram e com isso os prejuízos foram menores, completa Schäffer. Uma plantação de uvas existente ao lado do viveiro foi totalmente destruída.
Nas primeiras horas de 2009, as pessoas já tiveram que se dedicar a avaliar os estragos e ver o que poderia ser recuperado. Na Apremavi, no dia 01 de janeiro, mesmo sendo feriado, já aconteceram reuniões para ver o que precisava ser feito. Integrantes da Diretoria decidiram que os primeiros meses devem ser de forte trabalho no viveiro,visando a produção de novas mudas e intensificando as ações do Programa Clima Legal.
Novos Prefeitos e Vereadores tomam posse
No dia 1º de janeiro os novos Prefeitos e Vereadores eleitos tomaram posse em todo o País. Em Rio do Sul, cidade sede da Apremavi, Milton Hobus foi reeleito e governará o município por mais quatro anos. O mesmo aconteceu em Atalanta, onde Braz Bilk também foi reeleito e ficará mais quatro anos á frente da prefeitura, juntamente com seu vice Dionísio Kurtz.
Em Vitor Meirelles assumiu a prefeitura o sócio e antigo colaborador da Apremavi Ivanor Boing. A Apremavi saúda e deseja sucesso a todos os novos Prefeitos e Vereadores da região do Alto Vale e conclama a todos para que implementem políticas ambientais em seus municípios, especialmente num momento em que diversos eventos climáticos extremos tem mostrado cada vez com mais intensidade que as mudanças climáticas em curso podem a qualquer momento atingir a todos.
A Apremavi aproveita para lembrar que o recém publicado Decreto 6514, de 2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais e estabelece prazo de um ano para a averbação da Reserva Legal em todos os imóveis rurais, além de estabelecer multas elevadas para quem não recuperar as Áreas de Preservação Permanente (APPs), precisa ser cumprido.
Além disso, em novembro de 2008 o Presidente da República assinou o Decreto 6660, regulamentando a Lei 11.428, de 2006 (Lei da Mata Atlântica). Este Decreto detalha o que, como e onde pode haver intervenção ou uso sustentável da Mata Atlântica. Ou seja, não há mais motivo para ficar reclamando, o momento é de implementar a legislação e as autoridades municipais tem um papel crucial nisso, especialmente orientando as pessoas para que não façam coisas que a legislação não permite, evitando assim que sejam autuadas ou multadas.
A Apremavi está à disposição para auxiliar em todas essas ações, seja fornedendo mudas para a recuperação de áreas degradadas ou orientando a correta aplicação da legislação e o planejamento ambiental das propriedades.
Fotos: Carolina Schaffer e Wigold Schaffer.
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29/12/2008 | Notícias
O natal é mesmo feito de tradições. Mesmo quando não são importadas, mesmo quando muitas delas não são conhecidas, especialmente por serem típicas de regiões distantes dos centros da informação. Nem por isso são esquecidas ou abandonadas.
Uma delas, introduzida no interior do Vale do Itajaí (SC), pelos imigrantes alemães, no início do século 20, está relacionada com uma árvore da Mata Atlântica, que se enche de frutos bem na época do natal, virando uma verdadeira árvore de natal cobiçada pela garotada e claro pelos animais nativos.
Reza a tradição, que a garotada começava a cobiçar os frutos do ingá-macaco, como é popularmente conhecido o inga sessillis, já no início do mês de dezembro, mas a autorização para a colheita dos frutos só era dada no dia 25 de dezembro, como se fosse um presente da natureza.
É claro que a garotada de hoje, já não espera mais a tão sonhada autorização para comerem os gostosíssimos ingás, mas mesmo assim, dezembro é época de ingá e não tem como esquecê-los, eles continuam fazendo parte das diversões de fim de ano.
O ingá-macaco é uma variedade muito generosa, que produz frutos carnudos e doces. Além disso, para abrí-los é necessária uma técnica especial (dominada com exímio pelo macaco-bugio), que faz com que quase sempre as crianças procurem um adulto para ajudá-las com a abertura dos frutos. Assim, a atividade de colher e comer os ingás, acaba sempre sendo uma diversão em família, bem de acordo com o espírito natalino.
Mas a frutificação do ingá-macaco também é esperada pela turma do viveiro Jardim das Florestas, que com suas sementes produzem milhares de mudinhas para serem usadas nos projetos de restauração de áreas da Mata Atlântica, em especial as matas ciliares, onde essa espécie se desenvolve muito bem.
Além de ter um bom desenvolvimento, o ingá-macaco, assim como todos os ingás, é uma ótima alternativa para o plantio, por ser tratar de uma espécie frutífera, o que beneficia a fauna nos processos de recuperação de áreas.
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24/09/2008 | Notícias
Setembro sempre foi um mês especial para o Viveiro Jardim das Florestas. É o mês em que se comemora o dia da árvore e o início da primavera, mas também um mês em que as pessoas se animam muito em plantar árvores e por isso a movimentação no viveiro é grande. Grande por conta do número de mudas que são preparadas para deixar o viveiro rumo ao seu destino final e também porque começa a época em que se intensifica a coleta de sementes.
Em setembro foram coletas muitas sementes de várias espécies de ipês, que virarão belas mudas de árvores para serem plantadas no ano que vem. Este mês também foi intenso na realização de mutirões de plantio por parte de empresas, que também distribuíram mudas aos seus funcionários.
Durante o mês de setembro, foram retiradas do viveiro Jardim das Florestas, cerca de 100.000 mudas de árvores nativas. Dessas, 40 mil foram destinadas ao Programa Matas Legais em parceria com a Klabin e outras 30 mil foram retiradas pelo Supermercado Archer, que há 11 anos mantém parceria com a Apremavi. 8 mil foram para a Adami e 3 mil para a Malwee, que também mantém um amplo programa de plantio de nativas durante o ano todo.
Mas não foram só as empresas e as grandes quantidades que fizeram a movimentação no viveiro. Inúmeras pessoas como Tarcisio Polastre, Josemir Trentini e Joelson Eger retiraram entre 20 e 30 mudas cada um, ou o exemplo de Osni Schiestl que pegou 600, contribuindo dessa forma com a melhoria da qualidade de vida nas suas comunidades.
A certeza é de que todas essas mudas irão colaborar na amenização dos efeitos das mudanças climáticas e embelezarão os lugares onde forem plantadas.
01/04/2008 | Notícias
Nos meses de fevereiro e março de 2008, funcionários e estagiários da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) realizaram e acompanharam o plantio de mudas de árvores nativas em uma área de preservação permanente (APP) pertencente à Indústria e Comércio de Madeiras Scheller Ltda. Localizada no município de Atalanta (SC).
O objetivo do plantio é recuperar a mata ciliar de um trecho do rio São João que passa próximo ao pátio da indústria. O rio São João é um dos afluentes do rio Dona Luiza, principal rio do município de Atalanta.
A empresa, que há vários anos já vem apoiando as ações da Apremavi, iniciou a recuperação da mata ciliar nas imediações do seu parque industrial no final da década de 90. Já em 2004, numa parceria com a Apremavi, recuperou cerca de 300 metros de mata ciliar no rio Santo Antônio, outro afluente do rio Dona Luiza.
Segundo Cristiano José Scheller, representante da empresa, a recuperação da Mata Ciliar junto aos Rios São João e Santo Antônio, em parceria com a Apremavi, representa um trabalho de conscientização e de preservação do meio ambiente importante para todos: "a empresa Scheller Indústria e Comércio de Madeiras Ltda tem a convicta confiança que a Apremavi faz um trabalho exemplar no desenvolvimento de projetos de recuperação ambiental e conscientização da preservação do meio ambiente em todo o nosso país colaborando assim para termos um futuro melhor. Esperamos ser parceiros em novos projetos que visam melhorar as condições de nossa qualidade de vida e das gerações que estão por vir", acrescenta Cristiano.
Participaram do plantio, pela Apremavi, os funcionários Sidnei Prochnow e Roberto Kuerten. Além deles, participaram ainda os estagiários Schinayder Holanda, Aline Tomazi e Morgana Freitas. Foram plantadas mais de 1.000 mudas de aproximadamente 40 espécies de árvores nativas da Mata Atlântica. Todas produzidas no viveiro Jardim das Florestas da Apremavi.
A Indústria de Madeiras Scheller Ltda, produz carretéis e bobinas para acondicionamento de fios elétricos e cabos de fibra ótica e usa na sua linha de produção apenas madeira de pinnus sp, tendo sua produção voltada para o mercado interno e externo.
Em 2007 a empresa conseguiu o certificado ISO 9001 pelo sistema de gestão da qualidade, e tem como principal meta para os próximos anos a conquista do certificado ISO 14001.
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20/02/2008 | Notícias
A secretária executiva e o presidente da Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (Apremavi), Maria Luiza S. Francisco e Edegold Schäffer, estiveram, no dia 18 de fevereiro de 2008, visitando o projeto de enriquecimento de florestas realizado pela Apremavi na Floresta Virgem René Frey, de propriedade da empresa Renar Maçãs, em Fraiburgo (SC).
O projeto de enriquecimento de florestas secundárias, que foi implantado em dezembro de 2007, tem como finalidade a recuperação da floresta e o incremento de sua biodiversidade, uma vez que a área passou recentemente pelo fenômeno da seca da taquara, o que possibilitou a abertura de clareiras naturais na mata.
As taquaras são espécies dominantes que, muitas vezes, impedem a regeneração natural da floresta e consequentemente diminuem a diversidade do ambiente, em áreas que foram manejadas de forma inadequada no passado, comenta Edegold Schaffer. O presidente da instituição, que visitou a área antes do plantio das árvores também disse ter ficado satisfeito com o que viu: "A diferença é muito significativa. Além do bom crescimento das mudas plantadas, e da regeneração natural de espécies nativas, observa-se o aumento no número de animais, que contribuem na dispersão de sementes, acelerando o processo de regeneração da floresta", complementa Edegold.
Além dessa área onde foi feito o enriquecimento ecológico, a floresta Virgem René Frey tem áreas de beleza exuberante, com vários exemplares de araucárias e imbuias seculares.
Quem quiser maiores informações sobre a metodologia adotada pela Apremavi no enriquecimento ecológico de florestas secundárias pode acessar o seguinte endereço: "Enriquecimento de Florestas Secundárias", ou então entrar em contato com o Viveiro Jardim das Florestas.
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