Matas Legais realiza seminário em Lages

A Apremavi e a Klabin convidam para o Seminário do Programa Matas Legais, que vai acontecer no dia 18 de outubro de 2013, no auditório da Udesc, em Lages (SC).

Programação:

8h-9h – Inscrições e café com prosa
9h – 9h30 – Abertura
9h30 – Programa Matas Legais – Adequação de Pequenas Propriedades. Apremavi/Klabin.
10h30 – Certificação do Manejo Florestal em Pequenas Propriedades
Estudo de caso – Associação dos Produtores de Eucalipto do Extremo Sul da Bahia (Aspex) – Tree Consultoria Ambiental/Victoria Riso.
12h – Almoço
13h30 – Como legalizar seu empreendimento florestal? – Empresa Junior – Udesc/Vilmar Picinatto Filho.
14h30 – Diálogo Florestal – Iniciativas para um caminho sustentável. Apremavi-DiálogoFlorestal/Miriam Prochnow.
16h – Café com prosa
16h30 – Encerramento do evento.

Local do evento:
Auditório Caverna – Udesc
Av. Luiz de Camarões, 2.090
Bairro Conta Dinheiro – Lages (SC)

Confirme sua presença até 15/10 pelo telefone (49) 3275-8228 com Kauana ou pelo email: astupp@klabin.com.br

No dia 17 de outubro acontecerá a reunião do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina do Diálogo Florestal, com a seguinte pauta:

15h: Boas vindas e apresentação da pauta
15h20min: Fórum PR e SC e o CAR
15h45 min: Seminário com a comunidade
16h15 min: Programação Fórum para 2014 (técnica e financeira) 16h45 min: Informes da última reunião

17h: Encaminhamentos

Local:ACR.
Endereço: Rua João de Castro, 68, Centro, Lages (SC). Data:17 de outubro de 2013.

Confirme presença com Daiana Tânia Barth: daiana@apremavi.org.br

Primeiros alunos a visitar o Centro Ambiental

Na semana em que se comemorou o Dia da Árvore, 21 de setembro, o Centro Ambiental Jardim das Florestas recebeu seu primeiro grupo de visitantes. Foram os alunos do 1º ao 3º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Vila Gropp, de Atalanta. Recepcionados por Daiana Tânia Barth e Edinho Pedro Schaffer os alunos jogaram a memória gigante “Guia de espécies”, deixaram recados na árvore de felicitações, conheceram os viveiros, acompanharam o processo de produção de mudas e ainda conheceram uma sumaúma na propriedade do casal fundador da entidade. Para quem não sabe, a sumaúma tem um tronco grosso que quando batido, produzir um som que permite se ouvir de  longe, por isso já foi chamada de “telefone de índio”. No final da visita, cada criança saiu com a missão de plantar e cuidar de uma muda de frutífera que ganhou de presente.

Daiana, que integra a equipe da Apremavi, confessa que se emocionou com as mensagens do grupo: “… As mudas de árvores que vocês produzem dão frutos, sombra, ar puro e deixam as florestas ricas e lindas. Obrigado por colaborarem com a nossa escola, com nosso município e com nosso país. Temos orgulho de morar num município onde tem o viveiro da Apremavi. Parabéns pela iniciativa de construir o Centro Ambiental”, escreveu a professora e seus alunos do 2º ano. “Ainda somos crianças e sabemos da vossa preocupação com o meio ambiente. Como nós dependeremos do futuro para termos qualidade de vida, queremos agradecer pelas atitudes que as pessoas estão tomando em parceria com a Apremavi para que isto possa acontecer”, esse foi o recado do 1º ano.

Distribuição de mudas na semana da árvore

A rede de supermercados Archer, que há 16 anos distribui mudas do viveiro da Apremavi, adquiriu 30 mil mudas para serem dadas ao seus clientes. Além disso, a Apremavi também dou cerca de 850 mudas frutíferas e ornamentais para escolas e empresas que se preocupam em disseminar boas práticas ambientais.

Diversão e educação. Foto: Arquivo Apremavi

Apremavi aproxima Parques e Conselhos

No dia 25 de setembro de 2013 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) promoveu visita técnica ao Parque Estadual (PE) Fritz Plaumann, tendo como visitantes os conselheiros do Parque Nacional (PARNA) das Araucárias, nessa atividade que integra o projeto “Planejamento e Capacitação em Unidades de Conservação”, aprovado pelo TCFA/Funbio.

Entre os conselheiros do PARNA, estavam representantes do poder público municipal (executivo e legislativo), órgãos ambientais, de assistência técnica, universidades, representantes comunitários e gestores de Unidades de Conservação (UCs) próximas. Pela manhã o foco a visita ao Centro de Visitantes e trilhas do Parque e a tarde às iniciativas em andamento no Parque e região.

O evento retribui o convite do conselho do PE Fritz, feito durante sua visita ao PARNA das Araucárias em maio de 2012. Teve como objetivo aproximar o conselho do PARNA das Araucárias com a experiência do PE Fritz Plaumann, focando em sua atuação na conservação, gestão e envolvimento comunitário. Mas o objetivo foi além. Multiplicou-se nas rodas de conversa dos momentos mais "formais", previstos em pauta, e nos momentos de bastidores, formando pelo diálogo vínculos estratégicos para projetos e parcerias.

Essa foi a concepção do Projeto Filó “um projeto que iniciou pelo diálogo”, destacou Claudio Rocha de Miranda, pesquisador da Embrapa e convidado para o evento.  “Pra que lugar melhor para conciliar produção e conservação que o entorno do parque” ressaltou aos conselheiros do PARNA, trazendo o histórico desse projeto de agricultura familiar, o processo de envolvimento com os moradores vizinhos e as oportunidades que surgem quando as iniciativas são planejadas em conjunto. O desafio agora é a continuidade, ampliado a rede de parcerias e dividindo responsabilidades, tendo com um dos focos o Pagamento por Serviços Ambientais aos agricultores envolvidos.

Continuando a roda de conversa, representantes do conselho do PARNA das Araucárias trouxeram sua visão sobre essa Unidade de Conservação. Cleusa Gabiatti, da Comunidade Bela Planície de Passos Maia destacou “grande parte das pessoas que eram contrárias ao Parque hoje são defensoras dele”, evidenciando as mudanças ao longo do tempo e o envolvimento no conselho. “O Parque não é só feito de árvores, mas de pessoas que tem raízes na região”, complementou, trazendo a importância da valorização da cultura local e do envolvimento das pessoas na discussão das temáticas ambientais. Para o Prefeito de Passos Maia, Evandre Bocalon, o “Parque pode ser uma grande oportunidade para o município e região”. “O desafio é a comunidade ver o parque com olhos diferentes”, destacou Célio Maier, representando o Sindicato Rural de Ponte Serrada.

Algumas iniciativas visitadas pelos conselheiros do PARNA das Araucárias mostraram como esse “olhar” da comunidade mudou mediante parcerias e aproximação com o Parque. Prova disso é a agroindústria familiar do Sr. Evandro Macagnan e família, local do saboroso almoço da visita, onde em aproximadamente quarenta hectares produzem verduras, cítricos, nogueiras, gado leiteiro, pastagens, uva, mel, tudo com muita vontade e disposição. Destaque também para uma unidade familiar de produção de erva-mate, a ervateira Gheno, que planta e comercializa esse produto em propriedade vizinha ao Parque. Esses locais, além do Parque, são um atrativo para quem vem conhecer a região.

O Projeto Restauração e Conservação da Mata Ciliar do Lajeado Cruzeiro, realizado pela Ecopef, trouxe outra possibilidade de parceria com as seis propriedades de agricultura familiar envolvidas no trabalho. As instituições e agricultores trabalharam juntos, mostrando que essa relação de parceria entre o Parque e seus vizinhos é um dos caminhos para a conservação da biodiversidade.

Fazendo do PE Fritz Plaumann uma área de referência na gestão do uso público, a Ecopef é quem mantém a unidade viva, recepciona os visitantes e conquista novos admiradores e parceiros, como os conselheiros do PARNA, que acompanharam de perto o trabalho feito nessa área. “O parque precisa valorizar as pessoas, porque elas é que vão falar da unidade”, destacou Rafael Leão, da Ecopef.

A visita aproximou dois Parques e dois conselhos e proporcionou o diálogo e a troca de experiências. Esse é um dos papeis dos conselhos de Unidades de Conservação, enquanto espaço para discutir estratégias de valorização da cultura local, divulgação de informações, parcerias e projetos relacionados às UCs e sua região de inserção. É a “oportunidade do conselho de reunir diferentes instituições para discutir gestão do espaço, pontuou Juliano Rodrigues Oliveira, gestor do PARNA das Araucárias”, fazendo menção ao potencial e a responsabilidade desses conselhos.

Certamente os conselheiros do Parque Nacional das Araucárias voltaram pra casa com novas ideias e uma rede de contatos ampliada, numa experiência que será tema de uma reunião extraordinária, prevista para novembro, como encaminhamento da atividade realizada, para qualificar a atuação do conselho e propor ações para ao Parque.

Conhecendo o PE Fritz Plaumann. Foto: Marcos A. Danieli.

IPCC alerta: mundo precisa agir!

Com o belo poema/música de Aldo Pereira e Bada, abrimos esta reflexão sobre os dados divulgados hoje, 27 de setembro de 2013, pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que traz anúncios inquestionáveis e alarmantes sobre as consequências das mudanças climáticas em andamento no Planeta. Muitas delas já sendo sentidas no Alto Vale do Itajaí. A reflexão é de André Ferretti, Coordenador Geral do Observatório do Clima, rede brasileira de articulação sobre as mudanças climáticas, da qual a Apremavi é integrante.

Se você quer saber quanto que a temperatura pode subir dentro de sua expectativa de vida, acesse o site do The Guardian.

"O homem é rio todo dia
Sempre buscando a foz
Corredeira que vive em nós
Numa eterna vazante
É uma busca constante
Da felicidade almejada
Que pode ser alcançada
No remanso logo adiante

O homem é rio todo dia
Águas claras ou caudaloso
No seu viver misterioso
Em um oceano crescente
Vem de diferente vertente
De arrasto para encontrar
Não conseguindo enxergar
Que tudo está na nascente

Vez em quando rio é homem
Que seca pela ausência
Uma triste aparência
Pela chuva que atrasou
E a fragilidade desnudou
Rio sem água não é nada
É um homem sem estrada
Que não sabe por onde andou

Correr em eterna busca
Mas por que não ser remanso
Ficar em suave balanço
Sem agruras ou quedas
A existência de cada pedra
Vem escrito na origem
Águas que alegram e afligem
No que o destino reserva".
(PS: A foto usada nesta matéria foi retirada do face e estamos aguardando a identificação do autor, para os devidos créditos).

Nesta semana, representantes de governo de 195 países estiveram reunidos em Estocolmo, na Suécia, para aprovar o texto final do primeiro volume do Quinto Relatório de Avaliação sobre o Meio Ambiente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O relatório vem sendo elaborado há quatro anos por centenas de cientistas renomados, do mundo todo, e seus outros três volumes deverão ser publicados até meados de 2014.

O IPCC analisa as pesquisas publicadas nos principais periódicos do mundo, com o objetivo de prover informações aos líderes mundiais sobre os efeitos e possíveis soluções para as mudanças climáticas. Desde a publicação de seu primeiro relatório, em 1990, o IPCC tem exercido grande influência nos debates e avanços das Nações Unidas, como na criação na criação da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (1992) e do Protocolo de Quioto (1997).

E seu quarto relatório levou à conquista do prêmio Nobel da Paz para o IPCC em 2007. Mas ainda assim não foi suficiente para gerar ações dos governos na urgência e intensidade recomendada pela ciência a fim de reduzir os grandes impactos econômicos, sociais e ambientais previstos em decorrência das mudanças climáticas. O novo acordo global, tão esperado na COP15 (Conferência do Clima da ONU), realizada em 2009 em Copenhagen, na Dinamarca, não saiu até hoje. Agora o novo prazo para um acordo global é 2015. Restam-nos, portanto, pouco mais de dois anos para que todos os países que fazem parte da Convenção de Clima das Nações Unidas cheguem a um único consenso – vamos ouvir a ciência e agir.

A grande mensagem do quinto relatório do IPCC é que a situação é cada vez mais crítica, e que, se nada ou muito pouco for feito, entraremos em uma trajetória muito perigosa. A janela de oportunidade para evitarmos o colapso do sistema climático é estreita. As emissões globais têm que atingir seu pico nos próximos anos e começar a serem reduzidas de forma acelerada para evitarmos que o aquecimento ultrapasse os 2°C de aumento médio da temperatura média do planeta, limite que os cientistas consideram como administrável. Mesmo no melhor cenário de redução de emissões, teremos que ter estratégias para lidar com as consequências do aquecimento que já ocorre hoje e que irá aumentar nas próximas décadas, afetando a vida de milhões de pessoas.

O novo relatório aponta um aumento no grau de certeza da influência humana no aquecimento global, agora de 95%. As cidades e o processo de urbanização vêm ganhando cada vez mais espaço nas discussões, visto que até 2030 dois terços da população global viverá em centros urbanos — marca que já foi ultrapassada em nosso País–, que 75% de toda energia é consumida nas cidades e que nessas áreas os efeitos das mudanças serão mais sentidos, principalmente pela grande concentração de pessoas e todos os problemas ambientais característicos das regiões metropolitanas.

Esses resultados estão muito alinhados com o primeiro relatório de avaliação nacional do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. Apresentado há pouco mais de duas semanas, o primeiro relatório nacional contou com a contribuição de mais de 300 cientistas e alerta a sociedade brasileira para os grandes impactos socioeconômicos e ambientais que nosso país sofrerá até o final do século, se mantida a tendência atual de emissão de gases de efeito estufa.

Não há opção outra que não a ação incisiva, pois o custo para a sociedade global da inação é impagável. Centenas de milhares de pessoas morrem e são drasticamente afetadas por eventos climáticos extremos a cada ano, e isso tende a piorar, com eventos extremos mais fortes e mais frequentes.

O Brasil conseguiu um feito inédito, que foi o de diminuir concretamente suas emissões com a queda no desmatamento. Porém, o País está pondo em risco esse único e importante trunfo, ao afrouxar as regras de controle do desmatamento, por meio da revogação do Código Florestal, do projeto substitutivo que visa alterar a Lei nº 9.985/2000 (do SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação), da tentativa de paralisar a criação de unidades de conservação (PEC 215), e da tentativa de abrir terras indígenas à exploração industrial (PLP 227). Além de tudo isso, o País não avançou em outras áreas de mitigação das emissões em adaptação às mudanças climáticas já em curso.

De 11 a 22 de novembro, será realizada a COP19 – 19ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – em Varsóvia (Polônia). Os países membros estão recebendo da ciência um grande alerta para a urgência do avanço nas negociações para o novo acordo global de clima, a ser aprovado até a COP21, em 2015, em Paris (França). O Observatório do Clima, rede brasileira de ONGs e movimentos sociais sobre mudanças climáticas, criada em 2002, espera que o governo brasileiro adote uma postura mais proativa e mantenha o papel de protagonismo que vem marcando sua atuação desde a criação da Convenção do Clima, no Rio de Janeiro em 1992.

A realidade climática no Brasil é de seca extrema no Nordeste, a pior em décadas, mais uma enchente no vale do Itajaí, um tornado no sul de São Paulo, entre outros eventos extremos. O Brasil precisa reagir para tornar mudanças climáticas tema prioritário para os grandes planos de desenvolvimento do País, em todos os níveis de governo. Hoje temos trilhões de recursos a serem investidos em infraestrutura, planos de expansão da geração de energia principalmente de fontes fósseis (cerca de 70% dos investimentos do País), planos safra anuais e incentivos à indústria, sem nenhuma conexão com a lógica do desenvolvimento de baixo carbono. Temos um conjunto de políticas de clima desconexas, sem coordenação e que sequer tem seus potenciais impactos positivos monitorados; e o Fundo Clima está completamente ameaçado e com recursos contingenciados – fundo esse criado pelo governo brasileiro em dezembro de 2009, que tem por finalidade financiar projetos, estudos e empreendimentos que visem à mitigação (ou seja, à redução dos impactos) da mudança do clima e à adaptação a seus efeitos.

*André Ferretti é coordenador Geral do Observatório do Clima, rede brasileira de articulação sobre as mudanças climáticas, e coordenador de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário.

Momento de celebração marca nova fase da Apremavi

A Associação de Preservação do Ambiente e da Vida (Apremavi) passa por um momento histórico. Ganhou seu quinto prêmio Expressão de Ecologia com o case “Integração e Capacitação de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de Unidades de Conservação Federais e Estaduais – Oeste de SC e Centro-Sul do PR”, inaugurou o Centro Ambiental Jardim das Florestas e montará um novo projeto em parceria com a Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi). Mas nada disso teria sido possível sem a colaboração de muitas pessoas. Gente que conhece a seriedade da atuação da Apremavi, ajudou de alguma forma, seja preparando cucas ou pães ou trocando mudas por materiais de construção ou dinheiro.

A Apremavi agradece todos os colaboradores, funcionários e seus familiares e todos que ajudaram a entidade a trilhar seu caminho.

A festa de inauguração do Centro Ambiental foi realizada graças à colaboração de gente que doou produtos, serviços e seu próprio trabalho. Teve a participação de mais de 350 pessoas de 25 cidades de Santa Catarina e outras regiões do Brasil, inclusive com a presença da ex ministra do meio ambiente Marina Silva. Por isso, a Apremavi quer registrar seu agradecimento para Riolat Laticínios; Frigorífico Vale Europeu; Conservas Atalanta; Associação Agroecológica Semente do Futuro, Das Bier Cervejaria; Cairo Piske; Aureliano Scharf, Douglas Wiggers, Espaço Fiat e SDR de Rio do Sul.

Segundo João de Deus Medeiros, Chefe do Departamento de Botânica do Centro de Ciências Biológicas da UFSC, o evento foi um momento repleto de significados para a comunidade ambientalista de Santa Catarina e do Brasil. João destaca que: "Instalado num edifício moderno e funcional, construído integralmente através de doações de pessoas e empresas da região, reflete o reconhecimento e a integração do movimento ambientalista com outros setores e atores da sociedade. Fiel ao principio de trabalhar fiscalizando e denunciando ações predatórias, mas também trabalhando para a construção de soluções, a APREMAVI se consolidou como uma forte referencia nacional, e certamente com a inauguração do novo Centro Ambiental Jardim das Florestas, muitas outras promissoras iniciativas surgirão, encontrando agora o apoio logístico de uma estrutura moderna e funcional, o que em muito vai auxiliar para o sucesso da operacionalização de suas ações".

João destaca: "o prédio, dotado de um moderno elevador, estimula a inclusão garantindo fácil acesso a todos, que poderão ainda se valer de um estratégico mirante de onde se descortina a bela paisagem rural de Atalanta e a majestosa Serra do Pitoco. Entendo que não é a construção de um edifício que vai alterar a já consolidada linha de atuação da APREMAVI, mas a inauguração do Centro Ambiental fornece meios para que mais e mais pessoas possam conhecer, se integrar e usufruir dos relevantes trabalhos que a APREMAVI desenvolve na busca da construção de um mundo melhor para nós todos. Que o clima alegre e festivo que reinou na inauguração se mantenha e estimule a todos para manter vivo os ideais da APREMAVI".

Boxtop fazendo entrega do elevador à Apremavi. Foto: Edinho P. Schaffer.

Já para a Dra. Lucia Sevegnani, Presidente da Associação Catarinense de Preservação da Natureza, o centro de educação ambiental da Apremavi vem tornar possível a intensificação de atividades lúdicas ou científicas com cunho educacional no município de Atalanta – por meio de visitas e estudos junto aos projetos de recuperação, ao viveiro de mudas nativas, aliadas à palestras, jogos entre muitas atividades em grupo e individuais.

Ela destaca: "Durante as solenidades de inauguração do centro de educação ambiental foi notório a integração entre a APREMAVI e as diferentes comunidades, poder público e empresas do Alto Vale do Itajaí, mas com ampliação dessa integração com entidades e empresas do Sul do Brasil. A presença de personalidades ambientalistas como a Ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, mostra o quanto o trabalho da APREMAVI é referência no Brasil e como sua atuação política é importante".

O Centro Ambiental Jardim das Florestas existe porque 71 empresas e pessoas físicas acreditaram na sua importância para a região e para o Brasil. A Apremavi cita seus colaboradores, a seguir, em ordem alfabética, instituições, empresas e pessoas físicas, respectivamente:

Prefeitura de Altalanta
ONG BUND, de Heidelberg, Alemanha
Adami Madeiras
Agrocomercial Sandri
Albany Internacional
Arduino Nardelli
Atacados Juriel
Bento Materiais de Construção
Boa Vida Serviços Póstumos
Boxtop Elevadores
Bravo Ambiental
Casa do Agricultor Atalantense
Celesc Distribuição S/A
Cerâmica Princesa
Cerâmica Zepê
CFC Motocar
Comcal Ltda
Comercial Cebola Sul
Comercial F Tomio
Confederação Nacional das Revendas Ambev e das Empresas de Logística da Distribuição
Curt Schroeder S.A
D Concretos
Das Bier Cervejaria
DB Telecom
Delsoft Sistemas
Dresch Tratorvale
EMX Empreendimentos Imobiliários
Engecass – Tecnologia em Equipamentos
Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal
Flasch Pack Embalagens
Frahm Caixas Acústicas e Amplificadores
Frigorífico El’Golli
Gráfica Tambosi
Grupo D’Arruda
H Bremer e Filhos Ltda
Hotel e Resort Água de Palmas
Imobiliária Dalfovo
Irani Papel e Celulose
Irmãos Lippel & Cia Ltda
Kaizenmach Serv. De Solda e Usinagem
Klabin Papel e Celulose S.A
Lorenzetti S.A
Luxpoli Tintas
Madeiras Venturi
Malwee Malhas
Manturi Concretos
Melchioretto Engenharia
Mercedes Benz do Brasil
Metal Técnica Bovenau
Nardelli Materiais de Construção
Pinheiro Neto Advogados Associados
Renar Móveis
Revestir Tintas
Rioar Automação Industrial
Riomed Distribuição
Rohden Lignea
Scheller Madeiras
Schulle Contabilidade
Sigabem Filtros e Lubrificantes
Supermercado Archer
Supermercado Volmar
Taschibra
Telhas Hobus
To Bale Embalagens
Pessoas Físicas
Cairo Piske
Germano Purnhagen
Miriam Prochnow
Nara Guichon
Ney Stolf
Rubens Scheller
Valmor Chiquetti
Wigold Schäffer

A Apremavi convida a comunidade para conhecer o Centro Ambiental Jardim das Florestas, na estrada Alto Dona Luiza, Atalanta. Agende sua visita pelo telefone 47. 3535-0119. Confira as fotos da inauguração na página da Apremavi no Facebook.

Escada doada pela empresa Irmãos Lippel & Cia Ltda dá acesso ao mirante. Foto: Jessica Noveleto.

Ibama nega licença prévia de Pai Querê

O dia 10 de setembro de 2013 entrará para a história do ambientalismo brasileiro. Esta é a data do ofício do Presidente do Ibama indeferindo, após inúmeros estudos técnicos, a licença prévia para a instalação da usina hidrelétrica de Pai Querê, no Rio Pelotas, divisa Santa Catarina com o Rio Grande do Sul.

A campanha contra a construção da hidrelétrica de Pai Querê começou ainda durante o processo de construção de Barra Grande, conhecida como “a hidrelétrica que não viu a floresta” e que foi responsável por extinguir da natureza a bromélia Dickya distachya. Pai Querê seria a próxima hidrelétrica no Rio Pelotas/Uruguai, à montante de Barra Grande.

A Campanha “SOS Pelotas”, coordenada pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), com apoio de outras 33 organizações, entre elas a  Rede de ONGs da Mata Atlântica, reuniu mais de 5 mil assinaturas solicitando a não construção da hidrelétrica e pedindo a criação de uma Unidade de Conservação na região. Outras ONGs também coordenaram campanhas parecidas com a da Apremavi. Confira o enunciado do abaixo-assinado:

“Nós abaixo-assinados solicitamos a criação imediata da Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre "Corredor do Pelotas" e nos manifestamos contrários à construção da Usina Hidrelétrica de Pai Querê, por entendermos de fundamental importância a preservação dessa área para a conservação da diversidade biológica, cultural e histórica da região. Não podemos permitir que erros como os de Barra Grande se repitam”.

O indeferimento da hidrelétrica de Pai Querê é uma decisão histórica porque está baseada em estudos técnicos que realizaram uma avaliação integrada do impacto do conjunto de empreendimentos no rio Uruguai, procedimento que ainda não é adotado nas demais bacias.

O parecer técnico final, datado de 26 de outubro de 2012, de 267 páginas, elaborado por uma equipe multidisciplinar, deixa claras as recomendações não apenas pelo indeferimento da obra em si, mas também recomenda que sejam suspensos todos os processos de inventário, concessão de aproveitamento e licenciamento ambiental de hidrelétricas, PCHs e CGHs na bacia do rio Pelotas a montante da UHE Barra Grande. Confira a conclusão do parecer:

“Considerando o exposto, esta equipe entende que o Aproveitamento Hidrelétrico Pai Querê não é viável ambientalmente.

Ainda, considerando as peculiaridades dos ecossistemas e a importância da manutenção das condições atuais para salvaguardar o potencial biótico e o contexto biogeográfico da região, que o último reduto de vegetação nativa de Mata de Araucária em maior extensão na região sul situa-se na região do alto Uruguai – no trecho imediatamente a montante do reservatório da UHE Barra Grande, além dos impactos cumulativos e sinérgicos de outros empreendimentos implantados e previstos na bacia hidrográfica do alto rio Uruguai, recomenda-se que o Ibama oficie ao Ministério do Meio Ambiente, à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, à Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler – Fepam, e à Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina – Fatma, para que sejam suspensos todos os processos de inventário, concessão de aproveitamento e licenciamento ambiental de hidrelétricas, PCHs e CGHs na bacia do rio Pelotas a montante da UHE Barra Grande”.

A comunidade ambientalista agradece a todos que participaram ativamente da campanha em defesa da preservação do rio Pelotas e reforça a solicitação para que as atividades continuem, uma vez que seguimos lutando para a criação do Refúgio de Vida Silvestre do Corredor do Pelotas, cujo processo está concluído, aguardando apenas a assinatura da Presidente da República.

A preservação do rio Pelotas é imprescindível para a conservação da diversidade biológica, cultural e histórica da região por onde ele passa, na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul.

Saiba um pouco mais sobre a importância do Pelotas e veja também a matéria sobre a Expedição do Pelotas realizada em setembro de 2006.

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Dia para entrar na história ambiental do Brasil

Um dia histórico para o Alto Vale do Itajaí, para Santa Catarina e para o Brasil. Essa foi uma das impressões de várias pessoas que participaram da inauguração do Centro Ambiental Jardim das Florestas da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). O evento reuniu mais de 350 pessoas, de várias cidades e celebrou a trajetória da entidade, fundada no dia 09 de julho de 1987.

Diversos prefeitos e vereadores da região, representantes de entidades ambientalistas da região Sul, representantes da Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena), 30 agricultores de Santa Terezinha, que são atendidos por um dos projetos da Apremavi, além de outras localidades prestigiaram a comemoração. A entidade conseguiu viabilizar tanto a construção, quanto o evento, graças ao esforço de sua diretoria, de funcionários, da colaboração de empresas e do apoio da comunidade.

A cerimônia contou com a presença da ex ministra e ex senadora Marina Silva, que veio especialmente para a ocasião.

Simpatizantes da entidade doaram linguiça, queijos, pães, 40 cucas, conservas de pepino, 500 litros de chopp, além de outros atrativos culinários. “Sorte a minha, poder estar aqui representando a Klabin,” confessou Valmir Calore da Klabin, revelando estar orgulhoso por participar de um projeto em parceria com a Apremavi desde 2005, onde mais de 800 propriedades tiveram assessoramento para recuperação e enriquecimento de florestas. A empresa foi uma das 71 que ajudou a construir o Centro.

João Paulo Capobianco, do Instituto Democracia e Sustentabilidade, disse estar impressionado com a participação da comunidade local nas iniciativas da Apremavi e que voltará para São Paulo, sentido-se honrado por ter presenciado ocasião tão significativa. Ele disse não conhecer em nenhum lugar do Brasil ou do mundo uma organização que tenha conseguido tal façanha – erguer um prédio de três andares, com mirante, elevador panorâmico e fino acabamento em plena área rural apenas com a colaboração da comunidade.

João de Deus Medeiros, que integrou a mesa de abertura como representante do movimento ambientalista catarinense, comentou que a inauguração do Centro deve dar uma injeção de ânimo para quem atua na área ambiental.

O cerimonial contou ainda com a participação de Edegold Schaffer – presidente da Apremavi, Grasiela Hoffmann – secretária executiva da Apremavi, Hugo Lembeck – Prefeito de Taió e Presidente da Amavi, Dimas Becker – Presidente da Ucavi, Tarcísio Polastri – Prefeito de Atalanta, Deputado Jaílson Lima da Silva – representando a Assembleia Legislativa de SC, Francico Maciel – Bravo Consultoria Ambiental e o casal Miriam Prochnow e Wigold Schaffer – representando os fundadores da Apremavi.

Casal criador da Apremavi celebra conquista da entidade

Da luta pela preservação a concretização de parcerias por uma melhor qualidade de vida

A Apremavi e a região onde fica o Centro Ambiental Jardim das Florestas entram em outro patamar. O espaço, inaugurado com um encontro para chefes do executivo no dia 13 de setembro e com a cerimônia oficial no dia 14, é cheio de significados. Representa uma ponte entre a trajetória trilhada, que iniciou quando um grupo de indignados decidiu lutar contra o desmatamento de uma área indígena, e o futuro, que exige um empenho grande dos jovens que estão a frente da entidade. Com essa mensagem Wigold Schaffer mencionou diversas pessoas presentes que fazem parte da história da Apremavi.

Daqui para frente, a entidade terá novos desafios. Diferente de quando Wigold e Miriam convidaram amigos para criar a Apremavi. Há 26 anos, conforme Miriam Prochnow, “alguns malucos indignados achavam que criando uma ONG resolveriam todos os problemas”, recorda. Ela lembra ainda que a estratégia de atuação era a “boca no trombone e a mão na massa”, ou seja se apontava os problemas, mas também se procurava alternativas para resolvê-los.

Miriam acredita que o Centro Ambiental – construído em apenas um ano e com a colaboração de empresas e pessoas físicas – veio no momento certo para que se possa mostrar os resultados do trabalho desenvolvido com diversas parcerias – prefeituras, iniciativa privada, pequenos agricultores, organizações internacionais, universidades entre outras.  A intenção de Miriam é ampliar projetos de capacitação e transformar o Centro em referência para difusão de boas práticas ambientais. Já estão sendo articuladas ações em conjunto com a Amavi e algumas universidades.

Marina Silva destaca pioneirismo da Apremavi

A ambientalista parabenizou a entidade e a sua comunidade pelo trabalho desenvolvido

Ao falar para uma atenta plateia em pleno dia de sol radiante, a ex senadora e ex ministra do Meio Ambiente Marina Silva destacou o pioneirismo das ações da Apremavi. A oratória da ex ministra do Meio Ambiente tocou muitos dos presentes.
Marina, que não conhecia o Alto Vale do Itajaí, comentou o quanto a região tem a mostrar com exemplos concretos, resultado do esforço para se atingir objetivos comuns, apesar das diferenças. Explicou que assim como os pioneiros – aqueles que desbravam territórios desconhecidos para saber se a área é boa para ser colonizada – são aqueles que lutam contra a correnteza, que vão atrás daquilo que acreditam.

Há pioneiros em vários lugares, acrescentou. “Os pioneiros é quem dão as respostas, nós somos colonizadores, fazemos o que eles nos ensinaram a fazer”, argumentou, salientando que por uma causa “eles assinam com a própria vida aquilo que fazem”. Citou Chico Mendes e Martin Luther King, que não chegaram a ter o reconhecimento em vida daquilo que fizeram. “O mundo precisa de pioneiros”, alertou. Cada vez mais a humanidade vai precisar saber lidar com diferentes interesses. Só que aqueles que “persistem”, como o caso da Apremavi, chegam onde querem, pois “quando se dá o melhor de si, ajuda-se a fazer a diferença”.

Benção menciona a necessidade de respeito à natureza

Palavras do pastor provocam a reflexão sobre a atuação do movimento ambientalista

O pastor Clovis Horst Lindner que participou da cerimônia de abertura do Centro Ambiental Jardim das Florestas tocou em pontos cruciais, cada vez mais emblemáticos nos dias de hoje. Ele falou em nome de todas as religiões.

Talvez por conhecer o trabalho da Apremavi de longa data, desde os tempos de excursões com a “Juventude” da Igreja Luterana, ele citou o primeiro versículo do Salmo 24: “Ao Senhor Deus pertencem o mundo e tudo o que nele existe; a terra e todos os seres vivos que nela vivem são dele”.

Ele confessou que achou esse trecho muito apropriado para o momento, pois a principal característica dos movimentos e das pessoas que cuidam da natureza parte dessa percepção. “A natureza não é nossa propriedade! Para os que crêem em Deus, ela pertence àquele que criou todas as coisas, não importa que nome damos a ele. A criação é do Criador, e não cabe a nenhuma criatura autoproclamar-se mais importante que as demais, acima ou superior às demais”, defendeu.

O pastor fez referência ao que outras religiões, como o budismo e o hinduísmo, também pregam: o respeito a todas as formas de vida. Ele assegura que o “Centro inaugurado será um poderoso instrumento de conscientização, no sentido de alterar a visão predatória da nossa sociedade sobre os recursos naturais”.

Confira a Oração que iniciou as palavras do pastor

Nossa vida se enche de admiração e sensações de gratidão, ó grande Criador de todas as coisas, por nos encheres as mãos com as dádivas deste dia! Estamos radiantes por podermos inaugurar o Centro Ambiental Jardim das Florestas, sabendo que tu estás aqui em nosso meio. Abençoa esta obra e o trabalho que aqui está acontecendo. Que este lugar sirva para abrigar as muitas pessoas e entidades que amam a tua Criação, que dedicam todas as suas forças para preservar, perpetuar, conservar, manter a riqueza da obra de tuas mãos. Abençoa cada valoroza mão de orientadores, ambientalistas, grupos de apoio, entidades e visitantes que se abrigarem por este teto. Por Jesus, teu Filho amado. Amém.

E a Benção

Amado Pai e Criador de todas as coisas, obrigado por esta casa aqui erguida para o cuidado da tua Criação e o testemunho da tua obra entre nós. Pedimos-te: estende a tua mão sobre todos os que entrarem e saírem desta casa. Abençoa o trabalho que aqui será realizado. Ilumina e santifica os que aqui se reunirem para estudar e aprender sobre o cuidado com o meio ambiente. Orienta as pessoas e os grupos que aqui se encontrarem para elaborar propostas para os trabalhos nesta área. Dá que aqui as pessoas cultivem a fé, a solidariedade e a comunhão. Permite que esta casa seja usada para o fortalecimento da vida e para a glória e honra do teu nome. Isso te pedimos em nome de Jesus Cristo. ?Sendo este espaço erguido para o serviço à causa do cuidado da Criação e do tecer redes de proteção ambiental, coloquemos o Centro Ambiental Jardim das Florestas sob a proteção e a bênção de Deus, assim como as pessoas que dele se servirão. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Apremavi e Amavi promoverão programa de capacitação ambiental

Mais de 80 participantes, entre prefeitos, vices, secretários e técnicos de 23 municípios do Alto Vale do Itajaí participaram hoje, 13 de setembro, do encontro “O Papel dos Municípios no Desenvolvimento Sustentável e Preservação Ambiental”, em Atalanta. A promoção da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e da Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi) foi a primeira atividade do Centro Ambiental Jardim das Florestas, que será inaugurado oficialmente amanhã, 14 de setembro, às 9h30.

A reunião serviu para uma inusitada consulta. “A Apremavi quer saber se os municípios teriam interesse de participar de um programa de capacitação ambiental, a ser desenvolvido por nós em conjunto com os municípios”, indagou a coordenadora de políticas públicas da entidade Miriam Prochnow. “Quais seriam os temas prioritários, quais as formas de colocar em prática?” perguntou. De imediato, o presidente da Amavi e prefeito de Taió Hugo Lembecke, adiantou: a associação tem todo interesse em participar e auxiliar na construção de um projeto.

As duas associações já fizeram muitas ações em conjunto. A Amavi congrega 28 municípios de uma região com 300 mil habitantes, onde estão localizadas as nascentes do rio Itajaí-açú. O presidente da União das Câmaras de Vereadores do Alto Vale do Itajaí (Ucavi) Dimas Becker também manifestou interesse em incluir os 254 legisladores da região no projeto.

O evento teve uma expressiva participação da plateia, que fez diversas perguntas e colocações para os painelistas João Paulo Capobianco e João de Deus Medeiros, ambos com experiência no executivo federal na área ambiental. Estiveram presentes representantes de Atalanta, Agrolândia, Agronômica, Aurora, Braço de Trombudo, Chapadão do Lageado, Dona Emma, Ibirama, Imbuia, Ituporanga, José Boiteux, Laurentino, Lontras, Presidente Getúlio, Rio do Campo, Rio do Oeste, Rio do Sul, Salete, Taió, Trombudo Central, Witmarsum e Vitor Meireles.

Capobianco parabenizou a Apremavi pela iniciativa, ainda mais dentro da programação de abertura do Centro Ambiental. Confessou estar impressionado com a estrutura do espaço, construído apenas com recursos da iniciativa privada e de colaboradores. Ele afirmou não conhecer nenhuma outra organização no Brasil ou no exterior que tenha conseguido essa façanha – erguer um prédio de três pavimentos com amplas instalações nessas condições.  

O biólogo, que foi secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, falou sobre os atributos de uma boa governança e citou o programa Cidades Sustentáveis, desenvolvido pelo movimento Nossa São Paulo e PUCSP, como um exemplo a ser seguido. E sugeriu aos participantes a se perguntarem: “O que eu quero deixar como legado? Quero ser lembrado pelo quê?” Com essa reflexão, ele acredita que os governantes compreenderiam mais o quanto é necessário se pensar enquanto parte de uma rede, em busca de soluções efetivas para problemas coletivos.

Já João de Deus explicou a importância da implementação dos Planos Municipais da Mata Atlântica, já que a região está na vanguarda de iniciativas ambientais em relação a outras do país. Para se ter uma ideia, muito antes do novo Código Florestal, a Amavi já realizava o Cadastro Ambiental Rural (CAR), inclusive veio dessa experiência a introdução do CAR na legislação. O professor da UFSC salientou que a região é a única do país em que os dados ambientais estão sistematizados. Devido ao trabalho da Amavi, “já se tem meio caminho andado”, assegurou.

Para ele é necessário difundir o quanto os remanescentes podem melhorar a qualidade de vida do município. Com a elaboração dos planos municipais, será possível saber a situação de áreas críticas – tanto de inundação e deslizamentos, exemplificou. Para serem viabilizados, conforme manda a legislação, os planos podem ser elaborados em parceria com organizações da sociedade civil e deverão ser aprovados pelos Conselhos Municipais de Meio Ambiente.

Trajetória da Apremavi alia mobilização e prática

Desde que foi fundada, em dia 9 de julho de 1987, em Ibirama, Santa Catarina, a Associação de Preservação do Meio Ambiente da Vida (Apremavi) tem trabalhado na defesa, preservação e recuperação da Mata Atlântica e de outros biomas. Fazem parte da sua missão a promoção de bens e valores culturais visando a melhoria da qualidade de vida.

Em seus 26 anos de atuação, a entidade, nascida da indignação de 19 pessoas contra o desmatamento de uma área indígena, transformou-se em referência em temas como recuperação e enriquecimento de Mata Atlântica. As sementes do primeiro “viveiro” com 18 mudinhas no fundo de quintal germinaram, cresceram e deram muitos frutos. Hoje seu viveiro tem capacidade de produção de 1 milhão de mudas/ano de 120 diferentes espécies nativas e mais de cinco mil hectares foram recuperados ou restaurados.

Mantida por projetos, doações e anuidades, a entidade dispõe de uma estrutura profissional, com 22 funcionários dispostos em três sedes em Santa Catarina – Atalanta, Rio do Sul e Chapecó e uma no Paraná, em Curiúva. Para fins de conservação da biodiversidade, a entidade possui ainda uma Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) de 316 hectares em Bela Vista do Toldo, ao Norte de Santa Catarina e promove campanhas de conscientização sobre a importância da fauna e da flora.

Um dos destaques de seu ativismo é a participação na política nacional. À frente da coordenação geral da Rede de ONGs da Mata Atlântica a Apremavi teve uma atuação emblemática na aprovação da Lei Mata Atlântica e apoiou a criação de onze Unidades de Conservação. Atualmente, a entidade integra 15 fóruns, redes, conselhos, entre eles o Diálogo Florestal, onde desempenha o papel de secretaria executiva.

As atividades da Apremavi estão organizadas nos programas:
Planejando Propriedades e Paisagens
Conservação da Biodiversidade
Clima Legal
Educação Ambiental e Informação
Políticas Públicas
Desenvolvimento Institucional

Prêmios recebidos:

  • 20º Prêmio Expressão de Ecologia (2013) concedido pela Revista Expressão, na categoria Gestão Ambiental pelo projeto "Integração e Capacitação de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de Unidades de Conservação Federais e Estaduais – Oeste de SC e Centro-Sul do PR".
  • Prêmio Muriqui (2010) concedido pela Reserva da Biosfera da Mata Atlântica por atividades em benefício da Mata Atlântica.
  • 16º Prêmio Expressão de Ecologia (2008), concedido pela Revista Expressão, na categoria Conservação de Recursos Naturais.
  • Medalha de Mérito Carl Franz Albert Hoepcke, concedida pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, por indicação do Deputado Estadual Jaílson Lima da Silva, pelos relevantes trabalhos na área ambiental e para o desenvolvimento de Santa Catarina.
  •  15º Prêmio Expressão de Ecologia (2007), concedido pela Revista Expressão, na categoria Conservação de Recursos Naturais.
  • Prêmio Ford de Conservação Ambiental (2005), concedido pela FORD e pela CI, para Miriam Prochnow, por sua trajetória ambiental.
  • Prêmio Fritz Muller (2005), concedido pela FATMA, pelas ações em defesa da natureza e da qualidade de vida dos catarinenses.
  • 10º Prêmio Expressão de Ecologia (2002), concedido pela Revista Expressão, na categoria Manejo de Recursos Naturais.
  • Troféu Amigo da Comunidade (1999), concedido pelo Grupo RBS, por sua dedicação ao desenvolvimento das comunidades onde atua.
  • Troféu Lobo Guará (1999), concedido pela Polícia de Proteção Ambiental de Santa Catarina, por sua atuação em prol do meio ambiente.
  • 6º Prêmio Expressão de Ecologia (1998), concedido pela Revista Expressão, na categoria Educação Ambiental.
  • Troféu Talentos Empreendedores (1998), concedido pelo Sebrae e pela RBS, pelo empreendedorismo nos seus projetos.
  • Prêmio Bem Eficiente (1997), concedido pela Kanitz & Associados de São Paulo (SP), pela profissionalização, organização e transparência de sua administração institucional.
  • Diploma de Mérito Basílio Correia de Negredo (1997), concedido pela Câmara de Vereadores da cidade de Rio do Sul (SC), pelos relevantes serviços prestados à comuidade e ao povo riosulense.
  • Prêmio Fritz Müller de Ecologia (1996), concedido pela Fundação Estadual de Meio Ambiente, por sua atuação no Estado de Santa Catarina.

Denúncias de caça aumentaram no Alto Vale do Itajaí

As ocorrências de crimes como a caça aumentaram nos últimos três anos na região do Alto Vale do Itajaí. O maior número de prisões e flagrantes se deve, principalmente, porque a população está denunciando mais os caçadores. A avaliação é do policial militar Wigand Staroscky, que tem participado de ações de repressão contra atentados à fauna.  Ele é um dos apoiadores da campanha “Eu respeito os animais da natureza, digo não à caça”, lançada no final de agosto deste ano e que já obteve a assinatura de mais de mil pessoas e instituições de todo o Brasil. A campanha também já alcançou centenas de compartilhamentos e curtidas no Facebook.

Segundo ele, há dois perfis distintos de pessoas que capturam animais na Mata Atlântica. Há quem cace apenas por esporte ou diversão e há também aqueles que pegam aves para comercialização ou “para mantê-las presas como um simples troféu”. A maioria dos criminosos está na faixa etária de 35 a 65 anos.

Os mamíferos visados são tatus, quatis, veados, capivaras, cutias e pacas, já a lista de aves é mais extensa, vai desde trinca-ferro, gaturamo-verdadeiro, bico de pimenta ou pimentão, coleirinhas, sabiá preto até jacus. Os animais retirados da natureza e aprisionados morrem em poucos dias ou semanas pois não suportam as condições nas gaiolas. Muitos pássaros são vendidos em grandes centros, informou o policial, acrescentando que o período de maior frequência de capturas é no inverno, chegando a cinco casos por mês, porém nem sempre se consegue lavrar o flagrante. Só é possível pegar os criminosos quando a denúncia apresenta dados precisos da localização.

O policial informa que mesmo com o aumento da conscientização, ainda há gente que permite a caça em suas propriedades. “Existem famílias que permitem isso em suas propriedades em troca de benefícios”, conta Staroscky, que nos últimos dois anos participou da prisão de 26 caçadores só no município de Petrolândia, a 40 quilômetros de Rio do Sul e a 200 de Florianópolis. Ele diz que os donos dessas áreas recebem presentes e se divertem em “festinhas regadas a bebidas de álcool” oferecidas pelos caçadores.

Staroscky lembra que há pouco tempo, foi presa uma quadrilha que realizava tráfico de animais em Agrolândia. Os criminosos são enquadrados por crimes contra a fauna e  porte de arma e respondem a processo na justiça.

Por esses e outros motivos, a Apremavi encabeça a campanha de conscientização sobre os impactos da caça e aprisionamento de animais na Mata Atlântica. A entidade vai aproveitar a inauguração do Centro Ambiental Jardim das Florestas para chamar a atenção de todos sobre essas ações criminosas. A iniciativa foi desencadeada depois que dois membros da entidade foram agredidos e ameaçados por um caçador dentro de sua propriedade em Atalanta no início de agosto deste ano.

Apremavi inaugura Centro Ambiental dia 14 de setembro

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) vai inaugurar o Centro Ambiental Jardim das Florestas no dia 14 de setembro, sábado, às 9h30. O Centro fica na estrada Alto Dona Luiza, em Atalanta, município de 3.300 habitantes, a 277km de Florianópolis (via BR-101).

A programação de abertura do espaço começa na sexta, dia 13 de setembro, com um encontro de prefeitos da região.  Mas a inauguração oficial será sábado pela manhã e contará com a participação da ex-ministra do meio ambiente e ex-senadora Marina Silva, que dará uma coletiva à imprensa às 9h. É a primeira vez que Marina vem na região do Alto Vale do Itajaí. Ela virá especialmente para o evento e para conhecer melhor o trabalho da Apremavi, da qual é sócia honorária desde 2009.

A fita inaugural do prédio de três andares será desatada após a benção do pastor Clóvis Horst Lindner, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana. A construção foi viabilizada por meio de doações de mais de 70 empresários e pessoas físicas, que trocaram mudas de árvores nativas por uma ajuda em dinheiro ou em materiais de construção. Dispõe de elevador panorâmico, auditório, salas de escritório, cozinha com fogão a lenha, alojamentos e uma lareira por andar. A obra iniciou em março do ano passado e terminou em junho deste ano, tempo considerado recorde para uma empreitada como essa.

5 reais = 1 muda

A cada cinco reais, uma muda. Essa foi a negociação da Apremavi com quem desejou apoiar a construção do centro. A entidade, que iniciou com 18 mudinhas em um quintal em Ibirama 26 anos atrás, conta hoje com um dos maiores viveiros de árvores nativas da região Sul. O viveiro da Apremavi, próximo ao Centro Jardim das Florestas, tem capacidade de produção de um milhão de mudas por ano de 120 espécies nativas da Mata Atlântica. Hoje a Apremavi conta com cinco propriedades, sendo 316 hectares em uma Reserva Particular de Patrimônio Natural em Bela Vista do Toldo.

Atalanta se orgulha da Apremavi

Atalanta se orgulha da Apremavi

Atalanta se orgulha da Apremavi

O trabalho da Apremavi em Atalanta é tão expressivo que o município é considerado a Capital Ecológica de Santa Catarina por lei estadual de agosto de 2004. Antes disso, o Conselho Municipal de Turismo de Atalanta já tinha batizado a cidade Jardim da Mata Atlântica em 2001.

O hino do município também faz alusão às atividades da entidade (confira o hino abaixo). Esse é um dos motivos que os atalantenses cantarão com orgulho a música durante a cerimônia de inauguração do Centro Ambiental Jardim das Florestas, no próximo sábado, dia 14 de setembro.

O município se orgulha de ter um dos maiores viveiros de mudas nativas do Brasil, o Viveiro Jardim das Florestas da Apremavi, com capacidade de produção de 1 milhão de mudas por ano.

Também foi através de um trabalho conjunto da prefeitura e da Apremavi que foi criado e efetivado o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, onde se encontra uma das mais belas cachoeiras da região, com 41 metros de queda livre, conhecida como “Perau do Gropp”.

Hino de Atalanta
Letra Marcia T. K. Schnem
Música Prof. Lucas
Arranjo Leo Itamar Lima

Obrigado pioneiro
Que um dia aqui chegou
E da semente, lançada
O fruto da terra brotou!
Aos pés da Serra Geral
Cachoeiras, matas e rios
Recebemos de presente
De um povo varonil!

Município de Atalanta
Teu fruto vem terra
Tua natureza encanta
Nosso coração alegra.
Município de Atalanta
Terra de tanta beleza
Ver o sol que se levanta,
No pomar da natureza.

Preservando nossas matas
Expressão de ecologia,
Se levanta realeza
No jardim das florestas
As flores com tanta beleza!
Foi no Alto Dona Luiza
Que nasceu a nossa história
A herança pioneira
Que trazemos na memória!

Município de Atalanta
Teu fruto vem terra
Tua natureza encanta
Nosso coração alegra.
Município de Atalanta
Terra de tanta beleza
Ver o sol que se levanta,
No pomar da natureza.

Harmonia no convívio
Trabalhando com amor
Valorizando a terra,
De pé no chão caminhando
De mãos dadas com Deus criador!
Semeamos neste lugar
As sementes do coração
Brota a vida toda em cores
Um tributo a esse chão!

Município de Atalanta
Teu fruto vem terra
Tua natureza encanta
Nosso coração alegra.
Município de Atalanta
Terra de tanta beleza
Ver o sol que se levanta,
No pomar da natureza.

Autora: Silvia Marcuzzo.

Apremavi e Amavi promovem encontro com prefeitos do AVI

A abertura à comunidade do Centro Ambiental Jardim das Florestas conta com uma intensa programação que começa antes mesmo da sua inauguração oficial, dia 14 de setembro, sábado. Na véspera, dia 13 de setembro, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) realiza o encontro “O Papel dos Municípios no Desenvolvimento Sustentável e Preservação Ambiental” para prefeitos e vices da região do Alto Vale do Itajaí no auditório do prédio.

O evento, uma parceria com a Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), será das 9h30 às 12h30. O Centro fica na estrada Alto Dona Luiza, em Atalanta, município de 3.300 habitantes, a 277km de Florianópolis (via BR-101).

O evento contará com as palestras de expoentes da conservação ambiental do país: o paulista João Paulo Ribeiro Capobianco e o catarinense João de Deus Medeiros. A Apremavi irá apresentar sua proposta de programa de capacitação e de educação ambiental para a região. Confira programação completa abaixo.

No dia 14 de setembro, a programação começa às 10h.  Envolve diversas atividades, incluindo uma palestra com a ex-ministra do meio ambiente e ex-senadora Marina Silva e demonstrações do trabalho da entidade.

O prédio de três andares que será inaugurado foi viabilizado por meio de doações de mais de 70 empresários e pessoas físicas, que trocaram mudas de árvores nativas por uma ajuda em dinheiro ou em materiais de construção.

Programação sexta-feira, dia 13 de setembro

Encontro “O Papel dos Municípios no Desenvolvimento Sustentável e Preservação Ambiental”

Promoção: Amavi e Apremavi

Público: Prefeitos e Vice-prefeitos do Alto Vale do Itajaí

9h30 min – Recepção e abertura – Presidente da Amavi Hugo Lembecke – prefeito de Taió Presidente da Apremavi
Edegold Schaffer

10h – O Papel dos Municípios na Gestão Ambiental – João Paulo Ribeiro Capobianco – Biólogo, presidente do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), um dos fundadores da Fundação  SOS Mata Atlântica e do Instituto Socioambiental (ISA), ex Secretário de Biodiversidade e Florestas e ex Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente.

11h – Planos Municipais da Mata Atlântica – João de Deus Medeiros – Professor de Botânica da UFSC, ex Diretor de Áreas Protegidas e de Florestas do Ministério do Meio Ambiente Secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA

11h45 min – Projeto Araucária: Perspectivas para o Alto Vale do Itajaí – Edilaine Dick – Bióloga, Coordenadora de Projetos da Apremavi

12h15 min – Programa de Capacitação e Educação Ambiental para o Alto Vale do Itajaí – Miriam Prochnow – Pedagoga, Coordenadora de Políticas Públicas da Apremavi e Secretária Executiva do Diálogo Florestal

12h30 min – Almoço para convidados oferecido pela Apremavi

Informações para imprensa
Sílvia Franz Marcuzzo – 51 93416213 sfmarcuzzo@gmail.com

Informações sobre os eventos
Grasiela Hoffmann – 47 35210326 info@apremavi.org.br

Apremavi faz campanha para mobiliar alojamento

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi)  está em plena campanha para mobiliar seu alojamento no site de financiamento coletivo (crowdfunding) Causa Coletiva. O espaço, que será destinado para receber pesquisadores e estagiários, funcionará no Centro Ambiental Jardim das Florestas, na localidade de Alto Dona Luiza, em Atalanta, Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O Centro será inaugurado no dia 14 de setembro, sábado, e foi erguido graças a doações da comunidade.

Os recursos arrecadados através do Causa Coletiva serão destinados para a compra de beliches, colchões, camas, guarda-roupas e mesas.

Devido a sua atuação, a Apremavi recebe uma média de oito solicitações de estágio por mês. Gente de várias partes do mundo e do Brasil vem aprender com o trabalho desenvolvido pela entidade, principalmente como é feita a recuperação de áreas da Mata Atlântica. A cada ano, a demanda pela oportunidade tem aumentado.  Desde 2004, a Apremavi conta com um programa de estágio, por onde já passaram cerca de 700 estudantes. 

O crowfunding consiste na obtenção de capital para iniciativas de interesse coletivo através da agregação de múltiplas fontes de financiamento, em geral pessoas físicas interessadas na iniciativa. É a primeira vez que a Apremavi utiliza essa forma de financiamento para viabilizar uma demanda.

Contato com a Apremavi: info@apremavi.org.br
Fone: (47) 35210326

Sílvia Franz Marcuzzo
jornalista MTb/RS 7551

Skype simarcuzzo
Fones 51 93416213
            51 32288439

Blog www.mercadoetico.terra.com.br/blogs/silvia-marcuzzo/

Lançada campanha em defesa dos animais e contra a caça

A campanha "Eu respeito os animais da natureza e digo não à caça", lançada hoje, por um conjunto de ambientalistas e ONGs, visa conscientizar a comunidade a defender os animais nativos do Brasil e cobrar ações das autoridades para coibir a caça, o aprisionamento e o tráfico.

Além de 4 Redes (Rede de ONGs da Mata Atlântica – RMA, Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o desenvolvimento – FBOMS, Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses – FEEC, Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres – Renctas) e 19 ONGs, entre elas a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), a CI-Brasil, o IDS, a SOS Mata Atlântica e a SPVS, a campanha é assinada, no seu lançamento, por um grupo de mais de 40 pessoas.

A campanha coletará assinaturas de apoio on line, num espaço ancorado no site da Apremavi. Clique aqui para assinar.

A campanha também pretende obter o máximo possível de adesões das pessoas que usam as redes sociais. Para isso foram confeccionadas várias peças que podem ser utilizadas pelos apoiadores nas suas páginas das redes. Acesse as peças aqui.

Organizações que queiram aderir à campanha devem enviar um email para: mobilizacao@apremavi.org.br. As mesmas terão seus nomes divulgados no site da campanha.

A campanha está sendo motivada pelo significativo aumento da caça ilegal no país e junto com ela o aumento de agressões às pessoas que defendem a biodiversidade brasileira, como o recente caso do assassinato do biólogo espanhol Gonzalo Alonso Hernandez no Rio de Janeiro e o atentado contra os ambientalistas da APREMAVI, Wigold B. Schaffer e Miriam Prochnow, agredidos e ameaçados por um caçador. 

Com os apoios recebidos, a campanha pretende levar às autoridades, para imediata implementação, as seguintes reivindicações:

1 – Imediata revogação da Resolução nº 457, de 25 de junho de 2013, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), que facilita e estimula o tráfico de animais silvestres no país, cuja vigência está prevista para 25.12.2013, mas já estimula os infratores. Referida Resolução contraria a Constituição Federal e o art. 25 da Lei 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais) que determina a soltura dos animais ou a sua doação a Zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, bem como a apreensão dos instrumentos utilizados na prática do crime.

2 – Discussão Pública no CONAMA e nos Conselhos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente, de Resoluções para coibir o livre comércio em lojas agropecuárias e outros estabelecimentos comerciais, de armas de caça tais  como espingardas de ar comprimido (cujo poder de destruição e matança é comparável a armas de fogo), estilingues, gaiolas, apitos e quaisquer instrumentos de captura de animais silvestres, visto que o livre comércio de tais armas e instrumentos estimula a matança, o aprisionamento e tráfico da fauna silvestre, contribuindo diretamente para a extinção de espécies.

3 – Realização de ampla e integrada operação de fiscalização (blitz nacional) contra a caça ilegal, a captura, o aprisionamento e o tráfico de animais silvestres e pela apreensão de armas e instrumentos de captura e aprisionamento de animais da fauna silvestre.

4 – Realização de campanhas públicas mostrando a importância e beleza dos animais e estimulando a observação e fotografia como atividades sustentáveis e seguras. As campanhas também deverão ser contra a caça, aprisionamento e tráfico de animais nativos do Brasil, com ênfase também, nas zonas rurais, mostrando que matar animais  é crime e incompatível com nosso atual conhecimento científico e nível cultural. Deve-se também, divulgar telefones onde possam ser denunciados de forma anônima os contumazes caçadores de cada município ou região. 

5 – Apuração rigorosa dos casos de violência contra os defensores da biodiversidade nativa do Brasil e aplicação das penalidades previstas em lei. 

A campanha também conta com um espaço para que as organizações apoiadoras divulguem ações de Educação Ambiental como a seção lançada ontem pela Apremavi com informações sobre os Animais da cidade Jardim da Mata Atlântica – Bichos de Atalanta e a iniciativa do Instituto Mater Natura sobre aprisionamento de animais, conhecida como Elevador Jaula.

Está previsto também um espaço onde as pessoas poderão postar denúncias de caça, aprisionamento e tráfico de animais, para o posterior encaminhamento às autoridades competentes pela fiscalização e controle. Acesse a seção Protesto Verde.

Murucututu, a coruja de barriga amarela

Murucututu, a coruja de barriga amarela

Murucututu, a coruja de barriga amarela

Soberanas da noite, enquanto todos dormem, as corujas ficam acordadas, com os olhos arregalados, vigilantes e atentas aos barulhos da noite. Há mais de cem espécies de corujas no mundo com várias cores e tamanhos, algumas tipicamente brasileiras, um exemplo, a murucututu-de-barriga-amarela.

A murucututu-de-barriga-amarela (Pulsatrix koeniswaldiana) é uma espécie de ave Strigiforme pertencente à família Strigidae. É a maior coruja tropical e uma das maiores do Brasil, possui em torno de 44 cm de comprimento. Apresenta um disco facial castanho, sobrancelhas brancas ao redor do bico; dorso castanho escuro e cauda com faixas transversais brancas; tem um colar largo da mesma cor e o ventre é de cor clara. Ela é conhecida também como corujão-mateiro ou coruja-de-garganta-branca.

A murucututu-de-barriga-amarela virou personagem da Apremavi, para ilustrar materiais de Educação Ambiental. Um deles, o folder sobre a importância dos animais nativos, pode ser acessado aqui. A Muru, como é carinhosamente chamada pela equipe da Apremavi também vai ajudar a sinalizar o Centro Ambiental Jardim das Florestas.

A murucututu-de-barriga-amarela se diferencia das outras espécies por diversos motivos e um deles é sua ótima visão noturna. Assim como os gatos, esta coruja pode ver a quilômetros de distância e por isso não são surpreendidas com facilidade. Caçam somente durante a noite. Elas costumam observar suas presas ao longe e por isso costumam apenas atacar quando estão certas do alvo. Alimentam-se de insetos, pequenos mamíferos e especialmente roedores. O interessante deste animal é que ele não digere tudo o que come: costumam engolir suas presas inteiras para depois vomitar o que não aproveitam, tais como penas ou pedaços de ossos.

As corujas tem uma audição muito mais apurada que os seres humanos. Assim como todas as outras espécies de corujas, a murucututu é uma ave tímida, solitária, discreta, porém com uma audição muita aguçada. Além disso, são extremamente atentas ao ambiente podendo girar sua cabeça em até 270° que ainda pode ser projetada para cima. Outra habilidade é a sua capacidade de voar quase que totalmente em silêncio, sem os ruídos provocados pelo bater das asas. Os pesquisadores atribuem esse vôo silencioso a várias características. A estrutura da asa da coruja é ampla e curvada (a forma ideal para deslizar lentamente) e é coberta por uma plumagem aveludada que ajuda a absorver o som. Além disso, na extremidade das asas há penas que são serrilhadas para dispersar e suavizar efetivamente a turbulência do ar.

A época de reprodução acontece com a chegada da primavera e verão, quando o alimento é mais abundante. Durante o período de reprodução, ocupam ocos de árvores para nidificar. O macho oferece uma presa à fêmea, quando a presa é aceita, ocorre o acasalamento. No geral botam apenas dois ovos com a fêmea incubando-os durante trinta e sete dias aproximadamente e os filhotes começam a voar, em média, em 75 dias. O macho tem o papel de trazer alimento tanto para a fêmea quanto para os filhotes. A espécie pode viver de 15 a 20 anos.

A murucututu é endêmica da Mata Atlântica, ocorre nas regiões sul e sudeste do Brasil (Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina) e em áreas adjacentes do Paraguai e Argentina. Habita o interior das matas úmidas primárias ou ainda as matas secundárias e bordas, podendo inclusive se aventurar nas clareiras com árvores esparsas. Seu canto é fantástico, um dos mais belos timbres dentre as corujas. É comum o casal cantar em dueto, mas quem pia mais forte é a fêmea.

Desde a antiguidade as corujas chamam atenção. Na antiga Grécia cunhavam-se moedas com imagem de uma coruja. A ave era associada à deusa Atena e, portanto, era considerada um símbolo de sabedoria. Atualmente a coruja é o mascote dos escoteiros e o símbolo dos cursos universitários de Filosofia, Pedagogia ou Letras.

Murucututu-de-barriga-amarela

Nome científico: (Pulsatrix koeniswaldiana)
Ordem: Strigiformes
Família: Strigidae
Habitat: vive essencialmente na mata.
Alimentação: pequenos invertebrados, insetos e roedores.

Fontes consultadas

Aves de Rapina do Brasil. Consultado em: http://www.avesderapinabrasil.com/pulsatrix_koeniswaldiana.htm.

Wiki Aves. Consultado em: http://www.wikiaves.com.br/murucututu-de-barriga-amarela.

Apremavi recebe Expressão de Ecologia pela quinta vez

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) recebeu pela quinta vez o Prêmio Expressão de Ecologia, a maior premiação ambiental do Sul do país, que nesse ano completa a sua 20ª edição.

O Troféu “Onda verde”, símbolo do Prêmio Expressão de Ecologia, foi entregue durante o Fórum de Gestão Sustentável, realizado na FIESC, em Florianópolis (SC), no dia 16 de agosto de 2013, reunindo representantes de empresas, ONGs e setor público. 

Além da entrega do Prêmio Expressão de Ecologia também foram entregues  os  Certificados de Sustentabilidade para os destaques, na região Sul do Brasil, da Pesquisa de Gestão Sustentável.  Os vencedores do Prêmio Expressão, as iniciativas de destaque, bem como 250 ações sustentáveis que melhoram o Sul do Brasil estão retratadas no Guia de Sustentabilidade 2013,  lançado durante o evento. O Guia traz também dados e uma reflexão sobre a questão das mudanças climáticas, apontando para o perigoso recorde do CO2, a herança maldita do caos climático e as guerras futuras pela água.

Durante o evento também foi lançado o livro “Caminhos do Sul”, do jornalista Wladimir Brandão, que descreve oito caminhos históricos que foram usados para ocupação e desenvolvimento do Sul do Brasil.

Uma peça de teatro com tema ambiental, apresentada por funcionários da empresa Tupy, retratando os problemas que a falta de conscientização ambiental provoca na vida das pessoas, fechou a programação do evento.

A Apremavi conquistou o prêmio na categoria Conservação de Recursos Naturais, com o projeto Integração e Capacitação de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de Unidades de Conservação Federais e Estaduais – Oeste de SC e Centro-Sul do PR.

O projeto foi desenvolvido de fevereiro de 2011 a novembro de 2012, e envolveu a participação de comunidades, conselheiros e gestores de 04 Unidades de Conservação federais e 02 estaduais.

Cerca de 850 pessoas foram envolvidas nas atividades do projeto, com destaque para  a capacitação dos conselhos das Unidades de Conservação (UCs) envolvidas, renovação dos conselhos consultivos do Parque Nacional das Araucárias e Parque Estadual das Araucárias, cursos, seminários e intercâmbios. O projeto também editou um vídeo com a história da Floresta Nacional de Chapecó e publicou o livro "Gestão Participativa em Unidades de Conservação – uma experiência na Mata Atlântica".

O projeto teve a anuência e parceria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA), teve o apoio do PDA Mata Atlântica e parceria de diversas instituições.

A Apremavi recebeu outras 04 edições do prêmio com os projetos Agroecoeducação (1998), Conservando a Mata Atlântica através do Enriquecimento de Florestas Secundárias (2002), Planejando Propriedades e Paisagens (2007) e Programa Matas Legais (2008).

O Instituto Carijós, parceiro da Apremavi nas atividades realizadas no Parque Nacional das Araucárias, recebeu o prêmio na categoria Conservação da Vida Silvestre,  com o projeto de Reintrodução do Papagaio-de-peito-roxo no parque.

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RMA lança manifesto de apoio a ambientalistas

A Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA) divulgou um manifesto que repudia os crimes contra ambientalistas que defendem um dos biomas mais ameaçados do mundo: a Mata Atlântica. A RMA está organizando um ato público de protesto contra o assassinato do biólogo Gonzalo Alonso Hernandez, ocorrido nas proximidades do Parque Estadual do Cunhambebe, Rio Claro, RJ, e às agressões sofridas pelo casal Wigold Schaffer e Miriam Prochnow, em Atalanta, Santa Cantarina, ambos membros da  Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi).

A manifestação será dia 19 de agosto, segunda-feira, em frente à Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio, na Central do Brasil, às 12h. Os participantes exigem o rápido esclarecimento da morte do biólogo Gonzalo, cujo corpo foi encontrado dia 6 deste mês, e proteção a quem luta contra crimes ambientais, como é o caso do casal Wigold e Miriam.

O manifesto assinado pela RMA, que congrega 300 entidades que trabalham na Mata Atlântica, chama a atenção para a falta de fiscalização e de recursos para que os órgãos ambientais e de controle cumpram o que determina a legislação ambiental. Será enviado para autoridades das esferas federal, como Ministério do Meio Ambiente, Ibama e Ministério Público Federal, dos Estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina e dos municípios de Rio Claro e Atalanta, respectivamente.

No próximo domingo, integrantes da Apremavi também irão se reunir para planejar uma campanha de combate à caça de animais silvestres.

Confira a íntegra do documento:

MANIFESTO

De repúdio a agressões a ambientalistas defensores da Mata Atlântica

A Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA) que congrega 300 entidades que trabalham e lutam pelo bioma mais ameaçado do Brasil e um dos mais degradados do mundo vem a público repudiar os crimes que tem ocorrido contra justamente àqueles que defendem com unhas e dentes o que ainda resta de Mata Atlântica.

Os episódios de assassinato do biólogo espanhol Gonzalo Alonso Hernandez, de 49 anos, cujo corpo foi encontrado boiando no Parque Estadual Cunhambebe, em Rio Claro, Rio de Janeiro, em 6 de agosto, e da agressão aos conselheiros da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) Wigold Schaffer e Miriam Prochnow, ocorrida em 4 de agosto, em Atalanta, Santa Catarina, são inadmissíveis.

Não podemos permitir que pessoas que protegem e defendem um patrimônio natural brasileiro e Reserva da Biosfera da Unesco – a Mata Atlântica – se tornem vítimas de situações que denotam o descaso com a conservação ambiental em nosso país. Estes fatos não podem ser tolerados. As famílias de Miriam, que foi coordenadora geral e uma das fundadoras da RMA, Wigold e de Gonzalo merecem nosso total apoio e solidariedade.

Reivindicamos mais fiscalização e recursos para que os órgãos de controle e policiamento ambiental cumpram o que já é previsto em lei. Pois a violência contra qualquer pessoa que atue em prol da proteção da vida é um grave precedente que sinaliza retrocesso e o ataque direto à liberdade de expressão e aos princípios democráticos.

Esperamos que todas as instâncias, Polícias Civil, Militar e Ambiental, bem como o Ministério Público Estadual e Federal e as demais autoridades tomem todas as medidas necessárias para que a justiça seja feita.

Por fim, esperamos que casos como esses não se repitam em um país cujos governos tem demonstrado pouco interesse em cumprir a legislação ambiental, uma conquista de todos, para o bem dessa e das futuras gerações.

Bellô Monteiro – Coordenador geral da RMA (Fundação SOS Mata Atlântica SP)
Adriano Wild – Coordenador institucional da RMA (Mater Natura PR)

Contatos com a imprensa no Rio:
Instituto Terra de Preservação Ambiental (ITPA)
Mauricio Ruiz
Secretário-Executivo
21 2570-0926
21 8563-6919
mauricio@itpa.org.br
Juliana Bustamente
21 9552-9187

Silvia Franz Marcuzzo
Jornalista
51. 9341 62 13
Skype: simarcuzzo

Seminário marca 5 anos do Matas Legais no PR

Aconteceu em 01/08/2013 em Curiúva PR, o 8º Seminário Regional do Programa Matas Legais, uma  realização da parceria Apremavi e Klabin.

Aproximadamente 130 pessoas participaram do evento, entre agricultores, técnicos e estudantes universitários dos municípios de Curiúva, Figueira, São Jerônimo da Serra, Ibaiti, Castro, Piraí, Telêmaco Borba, Imbaú, Sapopema, Ventania, Tibagi, Congoinhas e Ponta Grossa.

O seminário teve como objetivos demonstrar integrações sustentáveis na área florestal, possíveis de implementação nas propriedades rurais da região.

A Apremavi realizou palestra mostrando os principais resultados do programa Matas Legais no PR. Segundo Emilio André Ribas, técnico do programa, em cinco anos foram distribuídas 341.000 mudas de árvores nativas, demarcados 993 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs), envolvendo 482 propriedades rurais. O programa tem dado apoio aos parceiros do fomento florestal da empresa Klabin a adequarem passivos ambientais nas propriedades rurais, através da doação de mudas nativas, recuperação de áreas ciliares e orientação técnica aos produtores, oportunizando-os a ficarem legais frente à legislação florestal.

Foram abordadas também pela Apremavi questões relacionadas ao novo código florestal. A palestra mostrou as principais mudanças advindas com a nova lei e também a importância da implantação do Cadastro Ambiental Rural, o CAR.

A diversificação na produção agrícola é hoje na propriedade rural uma importante estratégia na agregação de renda, no seminário a Klabin apresentou experiências realizadas com a integração entre florestas de eucalipto e gado bovino, sistema conhecido como silvopastoril.

A pecuária de corte é uma importante e expressiva atividade desenvolvida na região, justificando esse fato a empresa Facholi contribuiu com o seminário realizando uma palestra sobre as principais espécies de gramíneas adaptadas a região para melhoramento de pastagens.

Nas fotos abaixo uma demonstração de área em restauração, comparando o antes e depois. A área fica na propriedade de Andrea de Fátima de Oliveira, no municipio de Curiúva (PR).

Área em março de 2010

Mesma área em maio de 2013

Ambientalistas publicam nota de agradecimento

Agradecemos de coração o apoio e solidariedade de milhares de pessoas da região, do estado, do Brasil e do exterior, diante do lamentável fato ocorrido no último domingo dia 4 de agosto. Todo carinho e atenção que recebemos é muito importante na superação do trauma e também no encaminhamento de ações para que as autoridades apurem os fatos e façam prevalecer a justiça.

Como expressa o nome da Apremavi – Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida – sempre trabalhamos para melhorar as condições de vida de toda a população e o respeito à vida de todos os demais seres (animais e plantas) que conosco dividem este planeta finito. Vamos continuar lutando e demonstrando caminhos de convivência harmoniosa entre os humanos e demais animais, respeito às florestas e a outros recursos naturais.

Além de agradecer pedimos a todos que nos ajudem para lançarmos uma campanha, dirigida às autoridades nos três níveis de poder, para que cumpram seu dever constitucional e legal de implementar ações concretas contra a caça, o aprisionamento e tráfico de animais silvestres e a circulação de armas.

Wigold B. Schaffer
Miriam Prochnow
Carolina C. Schaffer
Gabriela L. Schaffer

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