Parcerias viabilizam Centro de Educação Ambiental da Apremavi

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) está com muitas novidades para 2012, ano em que completa 25 anos de atividades.

Uma das prioridades é a construção do Centro de Educação Ambiental e Alojamento para estagiários. Este empreedimento já está sendo construído em um imóvel que a Apremavi adquiriu em 2003 no município de Atalanta (SC).

Atualmente neste terreno, está instalada parte da estrutura do Viveiro Jardim das Florestas e também algumas áreas demonstrativas de restauração florestal com espécies nativas.

O Centro de Educação Ambiental, após concluído, terá espaço para administração do viveiro, sala de exposições e educação ambiental, auditório para eventos e alojamento para estagiários e visitantes.

A obra foi projetada para atender os conceitos de sustentabilidade, com sistema de captação de água e energia solar. Ao todo serão 570 metros quadrados de área construída, divididos em três pisos. A parte térrea abrigará o escritório administrativo do viveiro, além de espaço para reuniões e área de alimentação. O segundo piso será adaptado para alojamento de estagiários e visitantes, ao todo serão oito cômodos, dividido em duas alas, masculina e feminina, com capacidade para atender 32 pessoas. O terceiro piso será transformado em auditório para eventos, cursos e palestras.

Com a conclusão deste Centro a Apremavi suprirá uma de suas maiores deficiências em termos de infraestrutura. Pois a entidade recebe anualmente dezenas de estagiários entre estudantes universitários, colegiais e técnicos de várias regiões do Brasil e do exterior e, a cada ano que passa, essa demanda vem aumentando.

As parcerias com os diferentes setores foram a chave do sucesso da Apremavi nestes 25 anos, e para enfrentar os novos desafios, estamos buscando novas parcerias. Neste sentido, para concretização deste empreendimento, toda a equipe e sócios da Apremavi estão mobilizados, seja  na captação de recursos ou nos trabalhos de construção.

A diretoria da Apremavi credenciou o Presidente Edegold Schäffer, e a Secretária Executiva Grasiela Hoffmann, para realizar visitas a empresas do setor privado do Alto Vale do Itajaí e também de outras regiões do estado, com vistas a firmar parcerias e obter contribuições para a construção do Centro de Educação Ambiental e Alojamento.

Em pouco mais de dois meses importantes contribuições e parcerias com empresas e outras instituições comprometidas com a causa ambiental foram firmadas e já estão apoiando este projeto. São elas: BUND de Heilderberg (Alemanha), Bravo Consultoria Ambiental de São Paulo, Riomed Distribuição, Flash Pack Embalagens, Telhas Hobus, Fundição Fundisul, Casa do Agricultor Atalantense, Delsoft Sistemas, Cerâmica Zepê, Curt Schroeder, CFC Motocar, Cerâmica Princesa, Comercial F. Tomio, Comccal Material de Construção, Dresch Tratorvale, H Bremer, Boa Vida Serviços Póstumos, Revestir Tintas (Palhoça), Melchioretto Engenharia, Frigorífico El`Golli, DB Telecom, Gráfica Tambosi, Atacado Juriel, Madeiras Venturi e MB Rolamentos.

Além das empresas, pessoas físicas também estão contribuindo, a exemplo dos empresários Germano Purnhagen (Rio do Sul) e Nara Guichon (Florianópolis).  

Até o momento já foram captados aproximadamente 60% dos recursos e materiais necessários para a realização da obra.

Abrace esta ideia!  

Você também pode participar fazendo a sua doação ou contribuição.

Entre em contato através dos e-mails grasiela@apremavi.org.br  ou edegold@apremavi.org.br, ou pelo telefone (47) 3521-0326.

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Apremavi apresenta projetos na Junior Chamber International

No dia 03 de abril, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), participou da 5a Reunião Plenária de 2012 da JCI (Junior Chamber International) de Rio do Sul (SC).

A JCI é uma federação mundial de jovens profissionais e empreendedores, com idades entre 18 e 40 anos, que buscam, por meio do aprimoramento do indivíduo, as bases para o crescimento pessoal e de suas comunidades.

A reunião contou com aproximadamente 40 membros, entre empresários e estudantes que ouviram atentamente o histórico da Apremavi e suas prioridades para este ano, enfatizando os 25 anos de existência que a instituição completará em julho. O objetivo da palestra era mostrar, além do histórico, a missão, seus principais projetos e parcerias, sua estrutura atual e também os resultados e o reconhecimento que a Apremavi tem recebido desde sua fudanção, em 1987.

A maioria dos empresários presentes afirmou que já ouviram falar da Apremavi, mas não faziam ideia da amplitude dos trabalhos e do profissionalismo da instituição.

O presidente da Apremavi, Edegold Schäffer, e a secretária executiva, Grasiela Hoffmann, mostraram também aos presentes a atual estrutura física da instituição no município de Atalanta, envolvendo o viveiro de mudas nativas “Jardim das Florestas” e o alojamento para estagiários.

Grasiela ressaltou ainda que a Apremavi possui convênio com várias Universidades de Santa Catarina, do Brasil e também com algumas Fundações e Instituições de outros países como Alemanha, Espanha e Estados Unidos que enviam estudantes para o programa de estágio da Apremavi. Edegold comentou que a procura por estágios é cada ano maior e que a atual estrutura do alojamento não atende mais as necessidades da entidade. Como marco dos 25 anos, a instituição estabeleceu como prioridade a construção do Centro de Educação Ambiental e Alojamento, para que seja possível atender melhor os estagiários e visitantes.

A construção foi projetada para ser um centro de referência, não só em educação ambiental, mas também um modelo de construção sustentável com sistema de captação de água da chuva e energia solar.

Na palavra livre da Plenária, além dos agradecimentos, houve também elogios pelo trabalho que a Apremavi realiza. Rudolf Marzall Filho, sócio fundador da JCI de Rio do Sul, destacou o reconhecimento da Apremavi, não só no Brasil, mas também em nível internacional. Rudolf comentou que sua sobrinha, que morou e estudou no Canadá, realizou seu trabalho de conclusão de curso na Apremavi em Atalanta.

A Apremavi presenteou os participantes com uma muda de Ipê-Amarelo.

Reunião na JCI. Foto: Flavia Tomio.

Conheça o Jardim das Florestas

Jardim das Florestas é o nome do viveiro de mudas de árvores nativas da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). Iniciado com 18 mudinhas no fundo do quintal, na cidade de Ibirama (SC), em 1987, mesmo ano da fundação da associação, hoje ele tem capacidade instalada para a produção de cerca de 1 milhão de mudas por ano. Completando 25 anos de existência em 2012, o viveiro já chegou a abrigar, de uma só vez, mais de 120 espécies diferentes de mudas da Mata Atlântica, já que a diversidade também é um dos objetivos do trabalho.

Situado na comunidade de Alto Dona Luiza, no município de Atalanta (SC), o Jardim das Florestas é um dos pilares dos projetos da Apremavi. As mudas produzidas são, em sua maioria, utilizadas nas atividades de restauração florestal, dentro dos Programas Clima Legal e Matas Legais.

Uma equipe de oito pessoas, coordenada pelo Presidente da Apremavi e por um técnico da instituição, trabalha diretamente na produção das mudas que compreende várias etapas, cada qual com sua particularidade e cuidados necessários:  coleta de sementes, extração e tratamento das sementes, semeadura, preparação do substrato, preenchimento das embalagens (função popularmente conhecida como “encher saquinho”), repicagem e  armazenamento das mudas nos canteiros e  estufas. O trabalho desta equipe já mostra resultados em 2012. Só no mês de janeiro foram produzidas 63.400 mudas de árvores nativas.

Desde o início do ano foram coletadas inúmeras sementes dentre as quais podemos destacar o camboatá vermelho, a canjerana e o chal-chal. Também já foram semeadas espécies como baguaçu, ipê amarelo, timbauva e baga de macaco, que dentro de algumas semanas já serão plântulas prontas para repicagem. Importante ressaltar que todas as mudas produzidas são direcionadas para recuperação de áreas degradadas principalmente matas ciliares e nascentes.

A Apremavi espera poder inspirar mais pessoas e instituições a pensarem no valor e na importância da preservação dos mais diversos ecossistemas, mesmo que seja  plantando uma ou duas árvores no jardim de  sua casa ou na sua rua. Por menores que os números possam ser, o efeito multiplicador e coletivo terá se ampliado para muito além dos  limites e contribuirá para a valorização e incentivo às práticas de conservação.

Seja e faça a diferença, contribua com a conservação da natureza plantando árvores, porque nada mais atual do que um antigo provérbio de autoria desconhecida: a melhor época para se plantar árvores foi há vinte anos atrás, a segunda melhor época é hoje!.

Maiores informações:
Fone: (47) 35350119
Email: viveiro@apremavi.org.br

Fotos: Daiana Tânia Barth, Stphan Pucher e Edegold Schaffer.

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Código Florestal aprovado no Senado é retrocesso

O texto do Código Florestal aprovado esta semana no Senado Federal representa o maior retrocesso ambiental da história do Brasil. Todos precisam se engajar na campanha pelo veto da presidente.

Vejam abaixo dois textos com opiniões importantes sobre o Código Florestal aprovado. O primeiro texto é um artigo de André LimaAndré Lima, advogado, mestre em gestão e Política Ambiental (UnB), membro da Comissão de Direito Ambiental da OAB-DF, Assessor de Políticas Públicas do IPAM e Consultor Jurídico da Fundação SOS Mata Atlântica e foi escrito no dia posterior à aprovação do texto no Senado.

O segundo texto é uma nota de Wigold Schaffer, ambientalista com mais de 25 anos de experiência e um dos sócios fundadores da Apremavi.

Código florestal é aprovado no Plenário do Senado, com dezenas de emendas fantasmas

André Lima

Sem conhecimento das emendas e sem debates sobre as mesmas, com votação às escuras e com voto de lideranças que contrariaram em alguns casos a maioria de parlamentares o substitutivo do Senador Jorge Viana foi aprovado por 59 votos contra oito. É uma maioria considerável, aliás rara, mas longe de ser o grande consenso pleno que se tentou vender e que a mídia de massa comprou.

Até durante a votação poucos no plenário do Senado tinham conhecimento mínimo razoável das emendas que estavam sendo acatadas, rejeitadas, destacadas e votadas. Em certos momentos até mesmo o próprio Senador Jorge Viana, relator da matéria, se confundiu sobre qual emendas estava sendo discutida. Mas isso não foi suficiente para frear o ímpeto do "acordão" de bastidores. Segundo vários parlamentares que se utilizaram da tribuna por mais de cinco horas o acordo teria sido costurado e avalisado pela Ministra de Meio Ambiente Izabella Teixeira e os senadores Kátia Abreu, Jorge Viana, Rodrigo Rollemberg, Waldemar Moka, Blairo Maggi e Luiz Henrique durante almoço no restaurante do Senado.

Durante as mais de cinco horas de discursos ambíguos emendas eram negociadas nos corredores como títulos da bolsa de valores. Assessor surgiam com um papel nas mãos e chamavam pessoas para o cafezinho para ver e avalisar a nova redação. Versões eram feitas e refeitas na última hora e apresentadas à mesa apenas no papel (conforme o art. 235,II,d do regimento interno do Senado permite). Com isso, dezenas de emendas foram apresentadas na última hora sem que a grande maioria tivesse acesso aos textos que só existiam no papel. E assim foram acatadas, rejeitadas e votadas em bloco.

O acolhimento de emendas foi lido pelo relator em velocidade de cruzeiro e eu consegui anotar o acolhimento das seguintes emendas: 4, 12, 34, 36, 39, 51, 52, 53, 54, 55, 58, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 76, 77, 78, 79, 80, e 81. Mas até agora não tenho a redação dessas emendas.

Nos destaques que foram a voto individualmente com direito a uma defesa, apenas quatro emendas foram votadas,  de mais de 80 emendas apresentadas. Discutiu-se:

a)  Moratória do desmatamento na Amazônia, que obteve apoio de mais de 20 senadores, mas como a votação não foi nominal, lideranças como Jucá, Kátia Abreu decidiram a fatura contrariamente apesar da maioria ser a favor;

b)    Aumento da pena para desmatamento em APP, que assim como no caso da moratória do desmatamento, a maioria era a favor mas no voto de lideres foi derrubada;

c)     E outras duas que envolviam temas não menos relevantes ( prova de desmatamento anterior a lei e obrigatoriedade de desapropriação para criação de APPs pelo poder executivo), mas que também foram enterradas pelos líderes selando o grande acórdão que mais uma vez impediu um debate de fundo, assim como foi feito nas 4 comissões por onde tramitou o projeto, onde os debates foram sacrificados.

Portanto, acreditem se quiser, até agora (manhã do dia seguinte à votação), o Brasil (exceto a CNA e poucos senadores) não sabe o que foi aprovado. E não estamos tratando de um regimento de condomínio privado de abastados. Estamos falando do código florestal brasileiro, uma lei que protege a biodiversidade, no país com maior biodiversidade do planeta,.que protege as águas, no País que detém mais de 12% de toda água doce superficial do Planeta. Enfim…assim são feitas as salsichas, como dizia Bismarck.

Dito isso a respeito do método, abaixo indicamos alguns dispositivos que (sem prejuízo de um exame necessário mais apurado após o conhecimento pleno das emendas aprovadas) poderão ser objeto de veto se a Presidente Dilma resolver cumprir seu compromisso de não sancionar anistias a desmatamentos ilegais, redução de áreas de preservação e incentivos a novos desmatamentos.

1)    Definição de área rural consolidada (art. 3º, IV)- Razão do veto: constitui anistia, principalmente nos casos de desmatamento de APP que constituem crime ambiental desde a entrada em vigor da Lei de crimes e Infrações contra o mio ambiente 9605/98, contrariando frontalmente a art. 225 CF/88.

2)    Atividade de Carcinicultura (criatório de camarão) em apicuns (manguezal) – Razão do veto: reduz área de proteção ao separar os apicuns do manguezal e anistia ocupações ilegais ocorridas até a data da entrada em vigor da lei (supostamente artigo 64, mas ainda não vimos a emenda aprovada em detalhe).

3)    Artigo que elimina APP em lagoas naturais com menos de 1 hectares de lâmina dágua(parágrafo 4º do artigo 4º). Razão do veto: reduz área de proteção  e autorizará desmatamento em áreas de que hoje são consideradas de preservação permanente.

4)    Artigo que reduz reserva legal em estados que tiverem mais de 65% de UC e TI. Razão do veto:  a redução desse percentual poderá valer para autorizar novos desmatamentos, ou seja, não está ressalvado (como foi feito no parágrafo 4º para o caso dos municípios com mais de 50% de UC e TI) que se trata apenas de regularização de desmatamentos anteriores a julho de 2008  (parágrafos 4º e 5º do artigo 12)

5)    Consolidação de atividades agropecuárias que desmataram áreas de preservação permanente até julho de 2008 (artigo 61)- Razão do veto: Anistia a desmatamentos que constituem crime ambiental desde a entrada em vigor da Lei 9605, de 1998.

6)    Recomposição de reserva legal com 50% de espécies exóticas. Razão do veto: reduz em 50% a área de conservação de vegetação nativa (art. 67 parágrafo 3º).

7)    Anistia de recomposição de RL em imóveis com até 4 módulos fiscais (art. 68). Razão do veto: Constitui anistia, é redução de proteção e tratará desigualmente os que cumpriram a lei e os que infringiram a lei beneficiando os infratores em detrimento dos que respeitaram a Lei.

8)    Aceitação de indícios inconsistentes e de impossível confirmação pelo poder público para aplicação do benefício da dispensa ou redução de percentual de Reserva Legal para proprietário que desmatou área antes de criação ou aumento da reserva legal. O dispositivo trata dos tipos de prova de uso da propriedade conforme a lei em vigor à época do desmatamento (parágrafo 1º do artigo 68).

Esta análise dos pontos passíveis de veto, seja em função de inconstitucionalidade ou de contrariedade ao interesse público nacional na preservação das florestas e dos processos ecológicos essenciais, ainda é preliminar e será objeto de revisão após o conhecimento pleno das emendas aprovadas na noite do dia 06 de dezembro.

Código (não) Florestal

Wigold Schaffer

É hora de ler o texto com a redação final do Código (não) Florestal aprovado no Senado e que agora será apreciado pela Câmara dos Deputados. O mais difícil é entender o que querem dizer com uma série de artigos que foram escritos de forma confusa e com segundas intenções (pro mal).  

A título de exemplo, abaixo algumas das exceções (ou regras?) para detonação de APP….previstas no art. 62 que trata das Áreas Consolidadas em Áreas de Preservação Permanente:

§ 6o Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais da agricultura familiar e dos que, em 22 de julho de 2008, detinham até 4 (quatro) módulos fiscais e desenvolviam atividades agrossilvipastoris nas áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente, para o fim de recomposição das faixas marginais a que se referem os §§ 4o e 5o deste artigo, é garantido que a exigência de recomposição, somadas as áreas das demais Áreas de Preservação Permanente do imóvel, não ultrapassará o limite da Reserva Legal estabelecida para o respectivo imóvel.

§ 7o Para os imóveis rurais com área superior a 04 (quatro) módulos fiscais e que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, com largura superior a 10 (dez) metros, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição das faixas marginais, observados critérios técnicos de conservação do solo e da água definidos pelos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente ou órgãos colegiados estaduais equivalentes que estabelecerão suas extensões, respeitado o limite correspondente à metade da largura do curso d’água, observado o mínimo de 30 (trinta) metros e o máximo de 100 (cem) metros.

§ 8o Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação Permanente no entorno de nascentes e olhos d’água, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo de 30 (trinta) metros.

Art. 65. Serão mantidas, excepcionalmente, para garantir a continuidade do uso antrópico consolidado, as ocupações em apicum e salgado existentes em 22 de julho de 2008.

Já o art. 69 é uma das maiores aberrações jurídicas do texto pois premia o "ruralista desmatador" e o torna "mais igual" perante a lei do que o agropecuarista que cumpriu a lei e preservou vegetação. Ou seja, quem tinha "escravo" tem autorização eterna (inclusive para seus filhos e netos) para manter "escravo"…em outras palavras, quem degradou o meio ambiente tem autorização para continuar degradando e prejudicando a vida alheia…

Art. 69. Nos imóveis rurais que detinham, em 22 de julho de 2008, área de até 4 (quatro) módulos fiscais e que possuam remanescente de vegetação nativa em percentuais inferiores ao previsto no art. 13, a Reserva Legal será constituída com a área ocupada com a vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008, vedadas novas conversões para uso alternativo do solo.

Esses são apenas alguns poucos exemplos da "obra-prima" que vai "consolidar" a degradação das florestas e demais formas de vegetação nativa no Brasil… Tem muito mais, para entender é necessário ler o texto (e talvez reler algumas vezes) pois as maldades estão escondidas nas entrelinhas….

É hora de mobilização geral contra as aberrações aprovadas…

Apremavi recebe Prêmio Muriqui

No dia 06 de outubro de 2011 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) recebeu em São Paulo, o Prêmio Muriqui, concedido pela Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. A solenidade aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, durante o II Fórum de Cooperação Internacional São Paulo protagonista em Biodiversidade. Miriam Prochnow, coordenadora de políticas públicas da Apremavi, recebeu o prêmio das mãos  de Celso Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores e atual presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

O Prêmio Muriqui, foi criado em 1993 com o objetivo de incentivar ações que contribuam para a conservação da biodiversidade, o fomento e divulgação dos conhecimentos tradicional e científico e a promoção do desenvolvimento sustentável, na área da Mata Atlântica.

Os premiados são escolhidos pelo voto dos membros do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em suas ações anuais.

A premiação de 2011 comemora os 20 anos da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, sendo condecorados:  Márcia Hirota e Rui Barbosa da Rocha na categoria Pessoa Física, o Instituto Baleia Jubarte e a Apremavi na categoria Pessoa Jurídica e na categoria Prêmio Especial, foram homenageados Elizete Shering Siqueira (in memorian), Henrique Berbet de Carvalho (in memorian) e o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica.  

Durante o evento também foi entregue pelo Governo do Estado de São Paulo a Medalha João Pedro Cardoso para Paulo Nogueira-Neto, Almirante Ibsen de Gusmão Câmara, Russel Mittermeier e Thomas Lovejoy pela contribuição para a educação, a preservação e a recuperação ambiental do Estado de São Paulo. Na solenidade Paulo Nogueira-Neto, que foi o primeiro Secretário Nacional do Meio Ambiente e tem o título de Sócio Honorário da Apremavi, foi aplaudido de pé pelos participantes.

A Apremavi dedica esse prêmio a todos os colaboradores que nesses 24 anos de atividades tem contribuído para preservação do meio ambiente e da vida!

Para saber mais o prêmio visita a página da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

Estagiárias da primavera

Três estagiárias colocaram a mão na terra no viveiro Jardim das Floresta da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), no início da primavera.

Sirléia Lopes, de Ituporanga (SC), é uma delas. Ela é acadêmica do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental, pela UNOPAR (Universidade Norte do Paraná). Mila Bryant, da Espanha, é a segunda estagiária. Mila é psicóloga educacional e fez mestrado em Cooperação para o Desenvolvimento e Ajuda Humanitária, colabora com diversas ONGs da Espanha e América Latina, tem maior interesse na relação entre desenvolvimento sustentável e participação. A terceira estagiária é Patrícia Regina Maier, de Ponte Serrada (SC).

Questionada sobre o que está achando de seu estágio, Sirléia diz que: “Fui muito bem recebida desde o primeiro instante. Me passam todos os dias inúmeras informações.Todos os colaboradores que se encontram no Viveiro Jardins das Florestas são de extrema importância, cada qual com conhecimento suficiente para auxiliar os futuros estagiários que por lá também vierem estagiar, como estão fazendo comigo. Procurei a APREMAVI, pois sei que enfrentarei inúmeras barreiras no futuro e convivendo com pessoas que tentam diariamente fazer um trabalho sério, terei um bom alicerce para minha futura profissão. Sou enorme admiradora do trabalho da Miriam, que para mim é um orgulho poder estar fazendo um pouquinho do que ela fez sua vida inteira, muitas vezes leio o que encontro na internet sobre a pessoa dela e me impressiono com tamanha vontade de ser diferente naquilo que todos deveríamos ser iguais. Com a APREMAVI me sinto como um afluente, tentando se juntar a outras águas para unidas alcançar o oceano”.

Como Mila é da Espanha, perguntamos como ela ficou conhecendo o trabalho da Apremavi, e diz que: “Conocí Apremavi cuando nuestro socio, Sergio Blanco, entró en contacto con ella siguiendo la recomendación de la Fundación Natura, en España.  Sergio quería invertir en la protección del bosque atlántico, y firmó un acuerdo con Apremavi para reforestar una pequeña propiedad en Atalanta, que antes había estado destinada, en parte, a usos agrícolas y ganaderos.  Al visitar la propiedad, quedé admirada de la belleza natural de este bosque, pero todavía más de la labor de Apremavi.  No sólo tuve la oportunidad de conocer su extraordinario vivero de mudas nativas, sino que fui testigo, en vivo y en directo, de su capacidad de reacción ante un delito de contaminación ambiental, cuando la cachoeira del Alto de Dona Luiza se volvió vermelha por un vertido ilegal.”  Quanto a seu estágio, Mila fala que: “Nada es equiparable a la experiencia directa. En estos primeros días de mi estagio, he podido comprobar con cuánto mimo y cuidado se tratan las mudinhas en el vivero.  El trabajo aquí transpira un profundo respeto y amor por la naturaleza.  El ambiente de trabajo es muy bueno, y los compañeros, siempre abiertos a enseñar incluso a quienes como yo, todavía nos cuesta un poco hacernos con el idioma.  Al principio pensé que me pasaría varios días haciendo la misma cosa, hasta poder aprender algo nuevo.  Sin embargo, en una semana he aprendido a hacer muchas cosas diferentes: hacer sacos, repicar, encanterar, limpiar, encachetar, ordenar, colectar simientes, trasplantar, etc., lo que hace que el trabajo sea muy variado y entretenido.  En pocos días he conocido decenas de especies: simientes, mudinhas, mudas, árboles… y voy adquiriendo al mismo tiempo una visión del trabajo del vivero en su conjunto.”

Patrícia é acadêmica do curso de Ciências Biológicas, pela Universidade do Contestado e realizou seu estágio dos dias 12 a 30 de outubro.

Sobre seu estágio, Patrícia diz que "foi fascinante o período de estagio na Apremavi.  Tanto pelos amigos e a acolhida que foi simplesmente maravilhosa, como pelas atividades desenvolvidas no Viveiro Jardim das florestas, um trabalho feito com muito amor e respeito pela natureza, em todo o processo de produção de mudas desde a coleta de sementes até o destino final, todos os amigos do Viveiro nos auxiliaram em todas as atividades, repassando todo o conhecimento sobre sementes, coletas, mudas etc. Aprendi muito durante o estágio, foi muito mais que uma formação, foi uma lição de vida, me sinto orgulhosa em poder fazer parte por alguns dias deste trabalho lindo que é desenvolvido pela equipe da Apremavi, em prol do meio ambiente."

Para a Apremavi, é muito importante receber estagiários por que, com isto, difundimos o trabalho para os mais variados cantos do país e do mundo, bem como podemos proporcionar conhecimento aos estudantes que recebemos. O desejo da Apremavi é que os mesmos possam difundir os aprendizados com outras pessoas e instituições e que consigamos cada vez mais aumentar a consciência ambiental nas comunidades.

A estrutura da Apremavi para abrigar os estagiários está necessitando de algumas reformas. Por este motivo, o número de estagiários que temos condições de atender está bem reduzido. Esperamos em breve contar com a nova estrutura para receber os estagiários de uma melhor forma, proporcionando mais conforto e aprendizado.

A Apremavi tem um programa de estágio voltado para estudantes de ensino médio de escolas agrotécnicas e técnicas, estudantes de ensino superior e formandos das áreas de biologia, engenharia florestal, ambiental e afins. Todo ano, recebemos vários estudantes de todo o país, inclusive do exterior.

Veja o depoimento completo de Mila, no anexo

Apremavi tem nova Diretoria e faz plantio do Clima Legal na chuva

No dia 11 de julho de 2009, aconteceu no auditório do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica em Atalanta (SC), a Assembleia da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). Apesar do dia frio e nublado, 28 associados se fizeram presentes, inclusive alguns de lugares distantes, como Antonio Padilha de São Paulo, Felipe Bonfanti e esposa de Bento Gonçalves, Nara Guichon de Florianópolis, Sergio Blanco de Jaraguá do Sul e Odair e Zeli Andreani de Blumenau, além claro dos sempres presentes sócios de Rio do Sul e Atalanta.

Na pauta, estavam os seguintes assuntos: prestação e aprovação das contas do ano de 2008; avaliação dos projetos em andamento e relato das atividades da gestão 2007/2009; mudança da sede da Apremavi para Atalanta e criação de filial em Rio do Sul; outorga do diploma “Associado Honorário”; e eleição da nova diretoria.

Em sua avaliação, Edegold Schaffer, presidente da Apremavi, comentou que durante a gestão 2007/2009, a Associação teve um grande crescimento em termos de diversidade de projetos, além da ampliação da equipe de trabalho e também das fronteiras, que ultrapassaram os limites de Santa Catarina, com projetos sendo executados por exemplo no Paraná: “isso representa também um grande desafio, que é o de executar com eficiência e incrementar os trabalhos iniciados, em plena crise econômica, e o de conseguir manter a instituição,sempre pensando na sua sustentabilidade”, destaca Edegold.

A Assembleia outorgou o título de Associado Honorário às seguintes pessoas: Paulo Nogueira Neto, Leonardo Boff, Marina Silva e Augusto Carneiro, em reconhecimento às relevantes ações em defesa, preservação e recuperação do meio ambiente e dos recursos naturais da Terra.

A nova diretoria executiva e respectivos conselhos ficaram com a seguinte composição:
Diretoria Executiva:
Presidente: Edegold Schaffer
Vice-Presidente: Urbano Schmitt Junior
1a Tesoureira: Valburga Schneider
2º Tesoureiro: Milton Pukall
1a Secretária: Maria Luiza Schmitt Francisco
2º Secretário: Davide Moser

Conselho Fiscal:
Titulares: Eugênio César Stramosk, Pedro Adenir Floriani e Rainer Prochnow
Suplentes: Maria Rosélia G. da Costa e Rubens Scheller

Conselho Consultivo: Alexandre Tkotz, Almir da Luz, Cleusa M. K. Boing, Fábio Roussenq, Gabriel Schmitt, João de Deus Medeiros, Lauro Eduardo Bacca, Lucia Sevegnani, Miriam Prochnow, Neide Maria de S. M. Areco, Noemia Bohn, Odair Luiz Andreani, Silene Rebelo, Solange Steinheuser, Valmor Chiquetti.

Após a eleição, agora já num dia com chuva, os presentes puderam saborear um delicioso almoço no Paraíso das Trutas, em comemoração aos 22 anos da Apremavi e em seguida participar do plantio de algumas mudas de árvores para o Programa Clima Legal. Esse bosque tem uma característica especial, uma vez que foram plantadas mudas de árvores frutíferas nativas, com o objetivo de formar um bosque para futuras coletas de sementes.

Para o plantio, um grupo de abnegados associados enfrentaram a chuva e o frio, comprovando que uma das características da Apremavi é a garra e a coragem de quem faz parte dela, Este plantio faz parte do Bosque comemorativo do Clima Legal, das Bodas de Prata da Miriam e do Wigold. As mudas que não puderam ser plantadas no sábado por causa da chuva, foram plantadas na segunda feira pela equipe da Apremavi.

Fotos: Miriam Prochnow e Gabriel Schmitt

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Feliz Natal! Feliz 2009

A atmosfera Natalina transforma os espíritos.
Deixa-nos mais sensíveis, alegres e sociáveis.
Um clima de Paz parece nos envolver…

Nasce a oportunidade de uma nova proposta de vida
Que requer uma resposta e um compromisso

O Sim é o compromisso de respeito e cuidado
Com a nossa Mãe Terra – Paxa Mama – Gaia

O paraíso pode ser aqui e agora
Depende do amor que dedicarmos uns aos outros,
Do cuidado que dispensarmos a toda natureza
Se nosso viver for mais CONVIVER que consumir.

Como presente de final de ano, brindamos os leitores com 12 imagens do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, uma para cada mês de 2009. Que essas imagens sirvam para nos lembrarmos do nosso compromisso com esta Unidade de Conservação tão importante para o povo de Santa Catarina e que está ameaçada por um Projeto de Lei equivocado que tramita na Assembléia Legislativa.

O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é patrimônio catarinense e precisa ser preservado.

O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é a maior Unidade de Conservação do Estado de Santa Catarina, com quase 90.000 hectares e foi criado em 1975. Protege uma vegetação muito variada e uma fauna exuberante.

É responsável pelo fornecimento de água para toda a população da cidade de Florianópolis, capital do Estado. Outro destaque do parque é a formação geológica da planície costeira, que apresenta a mais evoluída flora da restinga do Sul do Brasil, assumindo grande importância em âmbito mundial como fonte de pesquisas científicas.

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Apremavi faz reunião de avaliação

No dia 06 de dezembro de 2008, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) reuniu parte de sua equipe de técnicos e da diretoria, para fazer uma avaliação das atividades do ano de 2008.

A avaliação foi feita levando em conta as atividades previstas no Planejamento Estratégico da Apremavi, que compreende os anos de 2008 a 2012.

A avaliação do ano de 2008 foi muito positiva, pois conseguimos avançar em vários pontos, inclusive além dos elencados no planejamento. Alguns dos avanços que consideramos mais significativos foram: a ampliação do leque de atuação; maior divulgação da entidade através dos meios de comunicação, do site e do vídeo institucional; maior aproximação com os atuais parceiros, conseguindo atingir melhor as metas propostas e participando ativamente na coordenação do Diálogo Florestal.

A avaliação também serviu para mostrar alguns pontos que precisam ser reavaliados no sentido de atingir os objetivos propostos no Planejamento.

O Planejamento Estratégico da Apremavi vem sendo realizado desde o ano de 2003 e auxilia a entidade de forma a direcionar o seu rumo, buscando atingir a sustentabilidade. É extremamente importante que uma organização saiba onde está, onde quer chegar e como vai fazer para tornar isso possível.

A reunião terminou com um delicioso jantar à base de trutas, elaborado com muito carinho pela “Dona Isolete”, esposa do Edegold Schäffer, presidente da Apremavi.

Leonardo Boff visita a Apremavi

O dia 31 de outubro foi um dia muitíssimo especial para a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). Tivemos a honra de receber, em Atalanta, a visita do Prof. Dr. Leonardo Boff, acompanhado de sua esposa Márcia.

Leonardo Boff, nome mundialmente conhecido: teólogo, filósofo, ecologista, dispensa apresentação. Ex-frade franciscano, doutor em Teologia pela Universidade de Munique e detentor de vários títulos de “doutor honoris causa”. Respeitado no mundo inteiro, conferencista e palestrante disputado  por entidades e organizações dos mais variados matizes de todo o mundo, – sua casa é o avião -, conseguiu um “intermezzo” em sua disputadíssima agenda e passou algumas horas no viveiro Jardim das Florestas da Apremavi.

Ciceroneado pelo Presidente Edegold e pelos Diretores Urbano, Milton e Davide, percorreu com calma todo nosso complexo de produção de mudas, mostrando-se agradavelmente surpreso com nosso parque e incentivando-nos a alçarmos vôos cada vez mais altos na nossa ânsia de recuperação e salvação de nossa mãe terra – Gaia, como ele gosta de definir nosso habitat – e salvá-la da destruição que, infelizmente, se prenuncia com cores cada vez mais sombrias.

O casal, acostumado aos estrelados restaurantes da alta cozinha internacional, degustou com prazer a cozinha genuinamente colonial de Da. Isolete, esposa de nosso Presidente, tecendo-lhe elogios sinceros e prazeirosos, em especial, ao marreco que ofereceu aos presentes.

Vejam abaixo, o comentário que Leonardo Boff encaminhou, após conhecer a Apremavi:

"No dia 31 de outubro visitamos, eu e minha companheira Márcia, levados pelo meu entranhável amigo de toda uma vida Davide Moser, o Viveiro Jardim das Florestas da APREMAVI, no município de Atalanta.

Foi uma das surpresas mais belas que tivemos ultimamente. Encontramos uma experiência de altíssima qualidade, primeiramente pelas pessoas que lá trabalham com sentido ecológico e integradas na natureza. Quero citar o Edelgold (que belo nome, que significa traduzido do alemão “ouro nobre”, enquanto eu sou um pobre Boff) que com cuidado, inteligência junto com sua família e outros, levam avante o projeto. Souberam envolver muitíssimas pessoas com o mesmo propósito: recuperar a floresta nativa. São produzidas a partir de sementes, cerca de um milhão de mudas por ano. Somente da Mata Atlântica são aproximadamente 120 espécies nativas.

Era emocionante para quem se engaja na ecologia ver aqueles viveiros cheios de plantinhas em distintas fases de crescimento. Tudo ao redor era inspirador: a mata circundante, as araucárias soberbas, as flores por todas as partes especialmente nas janelas das casas. Aí eu me imaginei: toda a Terra, se cuidada como é feito pela APREMAVI, poderia voltar a ser um jardim do Éden, um paraíso resgatado, onde natureza e seres humanos viveriam em perfeita sintonia e com um profundo laço de pertença.

Recebemos a literatura que a ONG tem apoiado e produzido sobre a Mata Atlântica e as Araucárias, e outras além de vídeos educativos com ilustrações encantadoras.

Pessoalmente não me cansarei de  admirar e de apoiar uma iniciativa destas. Salvaríamos o Brasil inteiro, diria mais, o próprio Planeta se houvessem milhares de APREMAVI no mundo. Mas a semente do novo paradigma de reconciliação com a Mãe Terra e de paz perene com o Planeta está lançada. A semente contém todo o vigor da planta. É esta planta que a semente intenciona. E ela vai triunfar pelo mundo afora, pois cremos que aquilo que deve ser tem força própria e sempre acaba triunfando. O que deve ser, é o reflorestamento, o resgate das plantas nativas e a nova benevolência para com a natureza, como pude constatar no Viveiro Jardim das Florestas.

Não sei como agradecer por esta experiência estimuladora, senão divulgando esta iniciativa e pedindo às pessoas que não deixem de visitar o viveiro, se entusiasmar e se encher de esperança de que nunca é tarde para potenciar a natureza e a vida".

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Apremavi e Klabin são vencedoras do Prêmio Expressão de Ecologia

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Klabin S/A, conquistaram em conjunto o 16º Prêmio Expressão de Ecologia, com o case “Programa Matas Legais”, na categoria Conservação de Recursos Naturais.

O Programa Matas Legais, é uma parceria da Apremavi e Klabin iniciada em 2005 no estado de Santa Catarina e, devido ao grande sucesso das atividades e ótimos resultados até o momento, o programa foi estendido, este ano, para o estado do Paraná. O objetivo do Programa Matas Legais é desenvolver ações de Conservação, Educação Ambiental e Fomento Florestal que ajudem a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

Em matéria recente, o Matas Legais foi mostrado no Programa Globo Rural.

Resultados

O Programa Matas Legais tem um forte componente no que se refere à questão de educação ambiental, e por isso, quantificar momentaneamente os resultados é uma meta difícil. Seu resultado no médio e longo prazo é algo transformador.

O programa disponibiliza uma série de materiais didáticos direcionados aos fomentados: livros e cartilhas com temáticas ambientais, jogos educativos, visando despertar o interesse das crianças com relação ao meio ambiente. Somente a educação é um fator gerador de mudanças. O programa também disponibiliza camisetas, bonés e placas para o fomentado, trazendo o reconhecimento como participante do Programa Matas Legais.

Como grande meta o programa tem como missão desenvolver na região de atuação a conquista de uma tradição florestal que desperte além do interesse pela atividade produtiva, a recuperação e a conservação dos remanescentes florestais nativos, visando o desenvolvimento de uma silvicultura sustentável.

A mudança de paradigma com relação ao uso sustentável da atividade florestal, no que se refere principalmente ao respeito as Áreas de Preservação Permanente (nascentes, riachos e rios) é uma conquista muito importante que poderá se traduzir na revitalização dos recursos hídricos da região, já em alguns casos comprometidos. Dessa forma temos não só beneficiados diretos com esses ganhos ambientais, como também beneficiados indiretos: toda a sociedade a qual são usuários de água da bacia hidrográfica.

Ao se considerar que pela primeira vez na região ou talvez no país, um programa ambiental de parceria de uma empresa do setor de base florestal e uma ONG ambientalista exigem o cumprimento de aspectos legais por parte de seus fomentados no sentido de se adequarem ambientalmente à atividade florestal produtiva, nota-se aí uma inovação.

Como resultados quantitativos podemos apontar que, até julho de 2008 o programa Matas Legais já promoveu:

  • Cadastramento de 232 produtores fomentados nas regiões do Alto Vale do Itajaí e do Planalto Catarinense;
  • 17 cidades atendidas pelo programa;
  • Visitas técnicas para o planejamento da propriedade;
  • Entrega de 258 mil mudas de espécies nativas e conscientização ambiental, com a distribuição de cartilhas e cartazes;
  • Realização de cerca de 50 eventos, entre seminários, cursos e exposição.

O exemplo do Programa Matas Legais tem um forte potencial de replicação, pois, outros setores, além do florestal, seriam importantes para somarem forças nesse “novo modelo econômico”. No Alto Vale do Itajaí a economia é baseada no setor primário, principalmente na agricultura, portanto, proprietários rurais e empresas diretamente ligadas a esse setor teriam também um papel importante nesse contexto, como é o caso de agricultores ligados à rizicultura, fumicultura e também empresas fumageiras, pelo seu potencial de alcance no meio rural e capacidade de gerar impactos positivos.

Os bons resultados do programa no Estado de Santa Catarina serviram de estímulo para a replicação do programa no estado do Paraná, em julho de 2008.

16º Edição do Prêmio

Esta é a 16º edição do Prêmio Expressão de Ecologia e é a quarta vez que a Apremavi é selecionada. Em 1998, a entidade venceu a 6ª edição com o case “Programa Agroeducação” na categoria Educação Ambiental; em 2002, na 10ª edição, a Apremavi venceu com o case “Conservando a Mata Atlântica através do enriquecimento de florestas secundárias” na categoria Conservação dos Recursos Naturais; e em 2007 a entidade venceu a 15ª edição com o case “Planejando Propriedades e Paisagens” na categoria Conservação dos Recursos Naturais.

A coordenação do Prêmio Expressão de Ecologia também concedeu um prêmio especial denominado “Ação Ambiental Especial” para o Diálogo Florestal para a Mata Atlântica, no qual a Apremavi participa da coordenação geral.

O Prêmio Expressão de Ecologia foi criado em 1993 pela Editora Expressão, um ano após a Conferência Mundial do Meio Ambiente no Rio de Janeiro – Eco 92. Para a Apremavi, é uma honra ser vencedora de mais uma edição deste prêmio que é referência nacional.

A cerimônia de premiação dos ganhadores, deve ocorrer no mês de março de 2009.

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Eventos de Primavera

Como já foi noticiado em matéria anterior, setembro foi um mês muito movimentado no Viveiro Jardim das Florestas. Mas a movimentação não aconteceu só no viveiro. Várias atividades de educação ambiental também foram desenvolvidas e vários eventos importantes aconteceram. Confira.

Apremavi e Rotary em busca de Objetivos Comuns

No dia 22 de setembro de 2008, o vice-presidente da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), Urbano Schmitt Júnior, juntamente com o tesoureiro, Milton Pukall e o secretário, Davide Moser, participaram da reunião do Rotary Club de Rio do Sul. O convite partiu de Eugênio César Stramoski, associado da Apremavi e membro do Rotary Club.

Na oportunidade, apresentaram o vídeo institucional da Apremavi, falaram sobre o programa Planejando Propriedades e Paisagens e o Clima Legal. Após as explanações, foi aberto espaço para perguntas, que de acordo com Urbano, “enriqueceram o encontro e serviram para constatarmos muitos pontos em comum nas atividades e objetivos das duas entidades, como: servir a comunidade; difusão da ética; busca da melhoria da qualidade de vida da comunidade e cooperação em vista da paz”

Encontros como esse se mostram muito importantes, na medida em que estimulam a continuidade dos trabalhos e oportunizam a junção de forças em vista dos objetivos comuns.

Metalúrgica Riosulense plantando árvores

No dia 27 de setembro de 2008, aconteceu na Metalúrgica Riosulense, o plantio simbólico de árvores nativas, na propriedade da empresa. O evento acontece todos os anos para comemorar o dia da árvore e o início da primavera. Foram convidados para participar do plantio 120 colaboradores, que completaram aniversário de casa, múltiplos de cinco anos, assim, participaram pessoas com vínculo de cinco, dez e até 25 anos de empresa.

Além dos funcionários homenageados, estiveram presentes os diretores da empresa, o chefe do Ibama local e representando a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), o vice-presidente, Urbano Schmitt Júnior.

Segundo Urbano, “com essa atividade, a empresa faz um ótimo trabalho educativo e contribui para melhorar a qualidade do ambiente de trabalho e da vida da comunidade”.

Iniciativas como essa, têm um significado muito especial, que ratifica o princípio norteador de que luta pela preservação e recuperação do meio ambiente – Pensar Globalmente e Agir Localmente.

Parabéns à Metalúrgica Riosulense. Que esse exemplo contagie muitos outros empresários e cidadãos do nosso país.

Mais um bosque sendo plantado na Metalúrgica.

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