Apremavi e Grupo Mirador promovem campanha ambiental

No dia 12 de março aconteceu na praça Ermenbergo Pellizzetti, Rio do Sul (SC), o primeiro evento de 2012 da Campanha de Educação Ambiental, da parceria entre a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e o Grupo Mirador de Telecomunicações. A campanha que já está em sua 4°edição tem como objetivo sensibilizar a população sobre a importância da preservação do meio ambiente através de pequenas atitudes diárias.

Na edição de 2011 o lema da campanha foi, "a gente muda o mundo com a mudança na nossa mente". O lema para 2012 ainda será escolhido através de um concurso para escolares. Para este ano estão previstos três encontros na praça com distribuição de mudas. Haverá também o recolhimento de embalagens de agrotóxicos, pilhas e baterias e a distribuição de sementes de hortaliças.

As atividades de 2012 irão contar também com o apoio de outras organizações, entre elas a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Rio do Sul, que no evento do dia 12 ajudou a distribuir mais de 900 mudas de árvores nativas, em duas horas de exposição na praça. Foram distribuídas mudas de araçá-vermelho, pitanga, ingá-feijão, ingá-anão, cereja, cortiça-lisa, pau-ferro, ipê-amarelo, ipê-roxo, caroba, entre outras, produzidas no viveiro de mudas da Apremavi “Jardim das Florestas”, localizado em Atalanta (SC). Mais de mil pessoas passaram pelo local a procura de mudas de árvores nativas.

A estudante Andressa Naiara comentou: “passei próximo à Praça e vi a concentração de pessoas, chegando mais perto, vi que estavam distribuindo mudas de árvores, aproveitei e peguei três espécies para plantar em casa!”.

Edegold Schäffer, presidente da Apremavi, disse estar bastante satisfeito com o resultado do evento: “fiquei muito feliz com o grande número de pessoas que prestigiaram o evento. O sucesso se deu por que cada vez as pessoas estão mais engajadas na conservação ambiental e preocupadas com os dados alarmantes da destruição do Meio Ambiente”.

Ainda temos muito a fazer em prol do bem-estar e da qualidade de vida das atuais e da futuras gerações. Parcerias como essa entre a Apremavi e o Grupo Mirador mostram que não só é possível o trabalho coletivo, como é essencial para que se avance rumo ao desenvolvimento sustentável de verdade.  Uma sociedade participativa e consciente da importância das questões ambientais é fundamental. Com gestos aparentemente corriqueiros e esforços conjuntos é possível gerar mudanças significativas.

Agrademos a todas as pessoas que prestigiaram e que de uma forma ou de outra contribuíram para que o evento na praça fosse um sucesso. Fica também o convite para os próximos eventos. Plantar árvores é uma das atitudes mais efetivas de conservação ambiental. Quem planta terá no mínimo a oportunidade de sentar à sombra de uma árvore ouvindo o cantarolar dos pássaros.

Programa Clima Legal recupera áreas

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), em parceria com a empresa Bravo Consultoria Ambiental de São Paulo, estão desenvolvendo desde junho de 2010 o projeto de recuperação de áreas através do Programa Clima Legal.

Até o momento foram plantadas 21.240 mudas de árvores nativas nas cidades catarinenses de Atalanta, Agrolândia, Santa Terezinha e Trombudo Central, objetivando a restauração florestal para contribuir com a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica, a manutenção de recursos hídricos e a compensação de emissões de gases de efeito estufa.

As perspectivas para o ano de 2012 são animadoras.  Além do plantio de árvores nativas a parceria promove a educação ambiental através de atividades de informação e conscientização nas comunidades.

Edegold Schäffer, coordenador do projeto e presidente da Apremavi, comenta que o projeto foi concebido visando realizar a recuperação de áreas de Preservação Permanente (APPs), anteriormente utilizadas para pastagens e que se encontravam em processo avançado de erosão: "Algumas dessas áreas encontravam-se totalmente desprovidas de vegetação”.

O projeto visa também contribuir com a ligação entre fragmentos florestais remanescentes, através da restauração das matas ciliares, formando corredores ecológicos, propiciando assim refúgio à fauna local e estimulando o seu fluxo gênico.

Confira no mapa as áreas plantadas até o momento:

Participe você também! Saiba mais sobre as espécies da Mata Atlântica.

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Grupo Força Jovem visita o Parque Mata Atlântica

No último domingo de fevereiro, o grupo “Força Jovem” da cidade de Rio do Sul, passou uma tarde de lazer no Parque Natural Municipal da Mata Atlântica em Atalanta (SC).

O grupo formado por aproximadamente 40 jovens chegou ao parque no início da tarde de domingo e foram recepcionados no auditório “Erich Gropp”. Em uma conversa inicial, os jovens falaram das suas expectativas em visitar o parque e receberam informações a respeito da área. Depois de passadas todas as orientações, o grupo foi convidado a realizar a “Trilha da Lontra”.  

Os jovens percorreram cerca de 800 metros até chegarem na “Cachoeira Perau do Gropp” com 41 metros de queda. Durante a caminhada também puderam observar os paredões rochosos, espécies nativas como o cedro, a araucária, canela sassafrás, xaxim, dentre outras e observar a cascata Córrego do Rio Caçador, com 18 metros de altura.

No retorno da trilha os jovens visitaram o Museu Histórico Municipal Wogeck Kubiack, ficando impressionados com os utensílios agrícolas e domésticos que eram utilizados pelos antepassados, bem como, com a idade dos objetos que compõem o acervo do local.

O grupo aproveitou o restante da tarde para realizar jogos e dinâmicas, ouvir musica e fazer um delicioso piquenique no parque.  

Conforme relatado no Blog do Força Jovem Rio do Sul, a visita ao parque proporcionou ao grupo uma tarde bem diferente que mostrou que os jovens aprenderam a cuidar do meio ambiente e também aproveitar a vida com as coisas de Deus se divertindo sem a necessidade de drogas e álcool.

Conheça você também o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica. Agende sua visita!
Telefone: (47) 3535-0229
E-mail: info@apremavi.org.br

Sobre o movimento Força Jovem

A Força Jovem Brasil é uma instituição que conta com jovens em todo país, envolvendo atividades sociais, esportivas, educacionais, culturais, profissionalizantes e é reconhecido em nível mundial. No Brasil, já beneficiou milhares de pessoas, transformando vidas que outrora enfrentavam os mais diversos tipos de problemas e hoje fazem a diferença na sociedade como profissionais de sucesso, atletas de destaque em campeonatos esportivos, ganhando medalhas e até entrando no Livro dos Recordes.

Todas as atividades realizadas pelos programas da Força Jovem Brasil são abertas a todos. Jovens da comunidade, amigos e familiares também participam dos programas sociais, recebem diplomas e até se tornam voluntários como professores, instrutores ou palestrantes. Coordenada pelo pr. Jean Madeira, a FJB realiza grandes campanhas contra as drogas. As campanhas Crack, tire essa pedra do seu caminho, Driblando o Crack e Nocaute ao Crack mobilizou a juventude de todo o país e arrecadou toneladas de alimentos que foram destinados a entidades sociais.

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ONGs avaliam primeiro ano do governo Dilma

No dia 06 de março de 2012, diversas organizações da sociedade civil, entre elas a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) lançaram em São Paulo um documento para alertar a sociedade brasileira sobre os retrocessos que vêm sendo constatados na área socioambiental e estimular a reflexão para incentivar ações que revertam esse quadro. Já o dia 07 de março foi marcado por uma grande mobilização em Brasília, pelo veto ao texto do novo Código Florestal. A Apremavi também esteve presente na mobilização.

O documento está disponível para ser assinado por pessoas e organizações que concordam com o seu teor. Para tanto basta acessar o seguinte link: Retrocessos na agenda socioambiental do governo Dilma – Petições on line.

As alterações no Código Florestal, a redução de Unidades de Conservação, a redução do poder de fiscalização do Ibama, os atropelos no licenciamento ambiental, a paralisação da agenda climática, a lentidão no saneamento, na mobilidade urbana, na regularização fundiária, o aumento da violência no campo e um Ministério do Meio Ambiente inerte são os itens apontados no documento intitulado “Sobre os retrocessos do governo Dilma”, lançado nesta terça-feira, 6/3,em São Paulo.

João Paulo Capobianco, do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) explicou que as ONGs decidiram avaliar o conjunto de medidas tomadas pelo atual governo em relação à agenda socioambiental do Brasil e daí concluíram que houve uma inversão em relação ao que vinha sendo aprimorado nos últimos 20 anos. “A decisão de fazer o documento foi para mostrar essa situação e oferecer uma reflexão à sociedade paras estimular iniciativas que possam reverter esse quadro”. Para Márcio Santilli, do ISA, o governo Dilma está rifando o patrimônio socioambiental brasileiro. “Jogamos no lixo o que demoramos muitos anos para acumular”. Santilli foi contundente ao dizer que a presidente precisa ficar atenta. “Dilma precisa saber que o zelo pelo patrimônio nacional é dela”.

Maria Cecilia Wey de Brito da WWF e Paulo Barreto, do Imazon também chamaram a atenção para os retrocessos e para o projeto do Código Florestal aprovado pelo Senado, que será submetido novamente à apreciação da Câmara dos Deputados esta semana.

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assistiu à coletiva e ao final foi entrevistada por repórteres presentes. Ela afirmou que não só não houve avanço na agenda socioambiental como se está retrocedendo. Mas afirmou que tem esperança de que se a sociedade brasileira mostrar que zela pelo seu patrimônio, a presidente Dilma possa corrigir os rumos.

Veja aqui um quadro resumo do documento.

Íntegra do documento

O primeiro ano do governo da Presidente Dilma Rousseff foi marcado pelo maior retrocesso da agenda socioambiental desde o final da ditadura militar, invertendo uma tendência de aprimoramento da agenda de desenvolvimento sustentável que vinha sendo implementada ao longo de todos os governos desde 1988, cujo ápice foi a queda do ritmo de desmatamento na Amazônia no Governo Lula. Os avanços acumulados nas duas últimas décadas permitiram que o Brasil fosse o primeiro país em desenvolvimento a apresentar metas de redução do crescimento das emissões de carbono e contribuíram decisivamente para nos colocar numa situação de liderança internacional no plano socioambiental.

Ao contrário do anúncio de que a presidente aprofundará as boas políticas sociais do governo anterior, na área socioambiental, contrariando o processo histórico, há uma completa descontinuidade. A flexibilização da legislação, com a negociação para aprovação de um Código Florestal indigno desse nome e a Regulamentação do Artigo 23 da Constituição Federal, através da Lei Complementar 140, recentemente aprovada, são os casos mais graves. A lista de retrocessos inclui ainda a interrupção dos processos de criação de unidades de conservação desde a posse da atual administração, chegando mesmo à inédita redução de várias dessas áreas de preservação na Amazônia através de Medida Provisória, contrariando a legislação em vigor e os compromissos internacionais assumidos pelo país. É também significativo desse descaso o congelamento dos processos de reconhecimento de terras indígenas e quilombolas ao mesmo tempo em que os órgãos públicos aceleram o licenciamento de obras com claros problemas ambientais e sociais.

Esse processo contrasta com compromissos de campanha assumidos de próprio punho pela presidente em 2010, como o de recusar artigos do Código Florestal que implicassem redução de Áreas de Proteção Permanente e Reservas Legais e artigos que resultassem em anistia a desmatadores ilegais. Todos esses pontos foram incluídos na proposta que deve ir a votação no Congresso nos próximos dias, com apoio da base do governo.

Os ataques às conquistas socioambientais abrem espaço para outros projetos de alteração na legislação já em discussão no Congresso. São exemplos a Proposta de Emenda Constitucional que visa dificultar a criação de novas Unidades de Conservação e reconhecimento de Terras Indígenas; o projeto de lei que fragiliza a Lei da Mata Atlântica; os inúmeros projetos para diminuição de unidades de conservação já criadas; a proposta de Decreto Legislativo para permitir o plantio de cana de açúcar na Amazônia e no Pantanal e a discussão de mineração em áreas indígenas.

As organizações da sociedade – que apoiam o desenvolvimento não destrutivo e estão preocupadas com a preservação do equilíbrio socioambiental no país – subscrevem este documento, alertando a opinião pública para o fato de que o Brasil vive um retrocesso sem precedentes na área socioambiental, o que inviabiliza a possibilidade do país continuar avançando na direção do desenvolvimento com sustentabilidade e ameaça seriamente a qualidade de vida das populações atuais e futuras.

CÓDIGO FLORESTAL – É o ponto paradigmático desse processo de degradação da agenda socioambiental a iminente votação de uma proposta de novo Código Florestal que desfigura a legislação de proteção às florestas, concede anistia ampla para desmatamentos irregulares cometidos até julho de 2008, instituindo a impunidade que estimulará o aumento do desmatamento, além de reduzir as reservas legais e Áreas de Proteção Permanente em todo o País. A versão em fase final de votação nos próximos dias afronta estudos técnicos de muitos dos melhores cientistas brasileiros, que se manifestam chocados com o desprezo pelos alertas feitos sobre os erros grosseiros e desmandos evidentes das propostas de lei oriundas da Câmara Federal e do Senado.

Em outras oportunidades, durante os oito anos da administração Fernando Henrique Cardoso e nos dois mandatos da administração de Luís Inácio Lula da Silva, houve tentativas de reduzir os mecanismos legais de proteção a florestas e ao meio ambiente. Mas a maior parte delas foi barrada pelo Executivo, devido à forte contestação da sociedade. Hoje o Executivo se mostra inerte e insensível à opinião pública, a começar pelo Ministério do Meio Ambiente que interrompeu a realização das Conferências Nacionais de Meio Ambiente e tem sido conivente e passivo frente ao desmonte da legislação pertinente à sua área de atuação.

Invertendo aquela tradição, a atual administração deixou sua base parlamentar fazer o que bem entendesse, entrando na discussão quando o fato já estava consumado e de forma atabalhoada. Setores do governo interferiram para apoiar, às vezes veladamente, às vezes nem tanto, as propostas que reduzem as florestas, enquanto a tendência mundial, diante das mudanças climáticas, é aumentar a cobertura florestal.

REDUÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – Nesse primeiro ano, o governo Dilma não criou nenhuma unidade de conservação e, numa atitude inédita, enviou ao Congresso a Medida Provisória nº 558 que excluiu 86 mil hectares de sete Unidades de Conservação federais na Amazônia para abrigar canteiros e reservatórios de quatro grandes barragens, nos rios Madeira e Tapajós. Além de não ter havido prévia realização de estudos técnicos e debate público sobre as hidrelétricas do Tapajós, a Constituição Federal estabelece que a alteração e supressão de áreas protegidas só poderia se dar através de lei, o que levou a Procuradoria Geral da República a impetrar Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) junto ao Supremo Tribunal Federal contra o uso de Medida Provisória pela Presidente.

REDUÇÃO DO PODER DE FISCALIZAÇÃO DO IBAMA – O governo federal eleito com a maior bancada de apoio da história do país, que deveria ser capaz de implementar as reformas necessárias para avançar o caminho da democracia, da governança política, da economia ágil e sustentável, vem dando sinais de ser refém dos grupos mais atrasados encastelados no Congresso. O que o levou a aceitar e sancionar sem vetos a citada Lei Complementar 140, que retirou poderes de órgãos federais, tais como o Ibama e o Conama, fragilizando esses órgãos que tiveram importância fundamental na redução do desmatamento da Amazônia e na construção da política ambiental ao longo dos últimos anos.

ATROPELOS NO LICENCIAMENTO – Mais do que omitir-se diante dos ataques à floresta, o governo federal vem atropelando as regras de licenciamento ambiental, que visam organizar a expansão dos projetos de infraestrutura no Brasil. Diferente do tratamento dado ao licenciamento da BR 163 num passado recente, quando o governo construiu junto com a sociedade um Plano de Desenvolvimento Sustentável da região de abrangência da obra, o licenciamento da Hidrelétrica de Belo Monte é marcado pelo desprezo às regras, às condicionantes ambientais e à necessidade de consulta às populações indígenas afetadas. Esse novo “modus operandi” vem tornando-se prática rotineira, o que ameaça a integridade da região amazônica, onde pretende-se instalar mais de 60 grandes hidrelétricas e 170 hidrelétricas menores. O conjunto de grandes e pequenas hidrelétricas provocará não só mais desmatamento associado à migração e especulação de terras como, ao alterar o regime hidrológico dos rios da região, afetará de forma irreversível populações indígenas e comunidades locais.

PARALISIA NA AGENDA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS – Entre 2005 e 2010 o Brasil vinha dando passos decisivos ano após ano para avançar a agenda de enfrentamento das mudanças climáticas no cenário nacional e internacional. Esse esforço culminou, em 2009, com a acertada definição de metas para redução de gases de efeito estufa incorporadas na Lei da Política Nacional de Mudanças Climáticas que pautaram a virada de posição das economias emergentes. A regulamentação da lei em 2010 determinou a construção dos planos setoriais para redução de emissões em 2011. Porém o que se viu em 2011 foi uma forte retração da agenda e nenhum dos planos setoriais previstos para serem desenvolvidos no primeiro ano do governo Dilma foram finalizados nem sequer passaram por qualquer tipo de consulta publica.

LENTIDÃO NA MOBILIDADE – A agenda socioambiental caminha vagarosamente mesmo nas áreas apontadas pelo governo como prioritárias — a construção de obras de infraestrutura. O PAC da Copa, lançado em 2009, prevê investimentos de R$ 11,8 bilhões em melhoria da mobilidade urbana, mas só foram efetivados 10%. Já é de conhecimento público que os sistemas metroviários não estarão em operação em 2014. No início deste governo foi lançado o PAC da Mobilidade, mas até o presente momento ainda não foram selecionados os projetos e nenhum contrato para desembolso de verba foi assinado.

LENTIDÃO NO SANEAMENTO – Os investimentos em saneamento também andaram mais devagar do que fazia crer a intensa propaganda eleitoral. Com um orçamento inicial de R$ 3,5 bilhões, o governo investiu efetivamente apenas R$ 1,9 bilhões, valor 21% menor que em 2010. A liberação de recursos pela Caixa Econômica Federal também deixou a desejar (R$ 2,3 bilhões até novembro, apenas 25% do contratado). Peça fundamental de uma estratégia de redução da poluição de nossas águas, o saneamento básico no Brasil tem números vergonhosos: apenas 44,5% da população brasileira está conectada a redes de esgotos; e desse esgoto coletado, somente 38% é tratado (o que significa que mais de 80% do esgoto produzido no Brasil é despejado na natureza).

LENTIDÃO NA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA E AUMENTO DA VIOLÊNCIA NO CAMPO – Não é apenas na criação de unidades de conservação e terras indígenas e quilombolas que a hegemonia dos setores mais retrógrados do país se faz presente. O primeiro ano do governo Dilma foi marcado pelo pior desempenho na área de criação de assentamentos da reforma agrária desde, pelo menos, 1995. O desembolso de recursos com ações para estruturar produtivamente os assentamentos já existentes foi o mais baixo da última década: R$ 65,6 milhões. O processo de titulação de terras indígenas e de quilombos também se arrasta – em 2011, só uma terra de quilombo foi titulada e três terras indígenas homologadas.

Esses retrocessos coincidiram com o aumento da violência no campo. Segundo levantamento do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), 38 índios foram assassinados nos nove primeiros meses do ano passado, sendo 27 no Mato Grosso do Sul, cenário de tensas disputas por direitos territoriais. Esses números são engrossados por pelo menos oito assassinatos de agricultores familiares e/ou extrativistas em disputas com grileiros de terras, principalmente na região norte.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INERTE – Diante desses ataques contra a estrutura e competências de sua pasta, o Ministério do Meio Ambiente, de forma inédita, tem acatado com subserviência inaceitável os prejuízos para as atribuições de órgãos    , como a fragilização do Conama e a redução dos poderes do Ibama na fiscalização e no licenciamento. Frente as agressões ao bom senso e à ciência contidas na proposta do Código Florestal, a Ministra deu seu beneplácito ao aceitar a alegação de que o texto não continha cláusulas de anistia, quando ele claramente concede perdão amplo, geral e irrestrito para a grande maioria dos desmatadores ilegais.

Diante desses retrocessos apontados, as organizações sociais signatárias apelam para que a Presidente cumpra os compromissos assumidos em campanha e retome a implementação da agenda de sustentabilidade no País. Somente uma ação forte nesse sentido evitará os graves prejuízos para a sociedade brasileira e que o Brasil viva o vexame de ser ao mesmo tempo anfitrião e vilão na Rio + 20, em junho deste ano.

Instituto Socioambiental – ISA
Instituto Democracia e Sustentabilidade – IDS
Fundação SOS Mata Atlântica
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – Ipam
Instituto Vitae Civilis
Rios Internacionais – Brasil
Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA)
Grupo de Trabalho Amazônica (Rede GTA)
Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi)
Associação Alternativa Terrazul
WWF Brasil
Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará-CEDENPA

Parque Estadual das Araucárias vai renovar seu conselho

O Parque Estadual (PE) das Araucárias é uma Unidade de Conservação (UC) estadual criada pelo Decreto nº 293 de 30 de maio de 2003 e localiza-se nos municípios de São Domingos e Galvão (SC), abrangendo uma área de 625,11 hectares.  

Tem como objetivo conservar uma amostra de Floresta com Araucárias, bem como, promover atividades de educação ambiental com a comunidade do entorno, pesquisas científicas e extensão e contribuir para a proteção dos recursos hídricos da bacia do Rio Jacutinga. O parque também objetiva contribuir para o desenvolvimento do potencial turístico da região, apesar de oficialmente ainda não estar aberto para visitação.

O conselho consultivo do PE Araucárias foi formado em 2008, sendo composto por diversas instituições governamentais e da sociedade civil com atuação na região do Parque. O conselho é principalmente um espaço de participação da sociedade na gestão da UC, tendo como objetivo principal auxiliar o Parque no cumprimento de seus objetivos de criação.

Atualmente, encontra-se aberto o processo de renovação do conselho do Parque, no período de 01/03/2012 a 20/03/2012.  Dessa maneira, convidamos as instituições já integrantes do conselho a manifestar continuidade ou desligamento deste espaço, assim como, convidamos demais instituições da sociedade civil, representantes comunitários, dos proprietários de imóveis inseridos na UC e governamentais interessadas e que tenham relação com o Parque a se manifestarem formalmente até o dia 20 de março de 2012, entrando em contato diretamente com a representante da FATMA e chefe do PE Araucárias, Patrícia Maria Soliani, através do telefone (48) 3216-1755 ou e-mail: patricia@fatma.sc.gov.br ou Marcos Alexandre Danieli (Apremavi) marcos@apremavi.org.br (49) 8834-8397.

Ressaltamos que as entidades interessadas em integrar o conselho deverão indicar dois representantes, sendo necessário o comprometimento e participação destes nas diversas atividades relacionadas ao conselho e Parque, bem como, da oficina de renovação do conselho, a ser realizada no dia 28 de março de 2012, em local a ser informado.

Esse processo de renovação do conselho está sendo conduzido pela Fundação do Meio Ambiente de SC (FATMA) em parceria com a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), por meio do projeto “Integração de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de UCs ”, que tem como objetivo principal o fortalecimento dos conselhos consultivos envolvidos.

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Novo Código Florestal promove anistia aos desmatadores

O relator da reforma do Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), admitiu que a proposta promove anistias para quem desmatou ilegalmente e a redução de áreas protegidas em propriedades privadas. O texto deve ser votado na Câmara nas próximas semanas.

“Nas disposições transitórias, vai haver perdas, sim. O que você está chamando de anistia. É anistia”, disse o parlamentar, ao responder a uma pergunta feita em debate ontem, na Câmara. As disposições transitórias são a parte do projeto que trata da legalização de desmatamentos irregulares realizados até 2008.

Piau negou que o projeto poderá estimular novos desmatamentos. Mas fez uma ressalva em relação ao artigo que permite a redução da Reserva Legal, de 80% para 50% da propriedade, em municípios da Amazônia que alcançarem mais de 50% de seu território ocupado por terras indígenas ou unidades de conservação.

“Talvez esse seja um ponto, um dos pontos, na Amazônia, que pode ter alguma coisa em termos de desmatamento. Pode ser”, arriscou.

Defensores do agronegócio e os diversos relatores da matéria sempre negaram que a reforma significaria o perdão a quem desmatou e novos desmatamentos. A questão tornou-se importante porque, na campanha eleitoral, a presidenta Dilma Roussef comprometeu-se a vetar qualquer dispositivo que implique as duas consequências.

Rio+20

O deputado disse que o governo tem interesse em votar a matéria o quanto antes para evitar a proximidade com a conferência da ONU sobre meio ambiente que acontece em junho, no Rio de Janeiro. “Essa questão da Rio+20, essa é uma posição – vocês vão ver – até de governo. Estamos ouvindo que, por interesse do governo brasileiro, [não interessa] misturar essas duas coisas [Rio+20 e Código Florestal]”.

O governo teme que, caso a votação seja adiada para perto de junho, a posição do País na conferência saia enfraquecida. O Brasil poderia ser acusado de promover uma lei que flexibiliza a proteção às florestas enquanto cobra de outros países mais empenho na conservação. Ruralistas receiam que a pressão force a rediscussão do projeto que está hoje na Câmara.

As afirmações de Piau foram feitas no seminário “O Código Florestal e a Ciência: o que os legisladores ainda precisam saber”, promovido pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas.

Um documento da assessoria do deputado obtido pela reportagem do ISA revela que seu parecer deverá resgatar alguns dos maiores retrocessos aprovados pela Câmara, no início do ano passado, e alterados pelo Senado, em dezembro. Trata-se de uma tabela que compara os textos aprovados nas duas casas e a provável nova redação proposta pelo deputado (veja o documento) (saiba mais).

Segundo o regimento, na nova votação, os deputados terão de optar, em cada um dos artigos, pela versão do Senado ou a original da Câmara. Podem ser feitas apenas emendas de redação.

Vaia

O coordenador da mesa do seminário, professor José Eli da Veiga, da USP (Universidade de São Paulo), questionou Paulo Piau se ele estaria disposto a pedir o adiamento da votação. O deputado disse que essa decisão caberia ao presidente da Câmara e assegurou que não tem pressa em apresentar seu parecer.

Pouco depois, irritou-se e foi vaiado. “O senhor não é deputado e está se metendo em coisas que são da Câmara. Quem entende de processo legislativo são os deputados, por favor. Vocês têm o direito, como sociedade, de participar de tudo. Agora, representativos somos nós, os deputados. Nós é que temos voto. Não se metam em coisas que não são suas”, disse o relator.

Apesar disso, respondendo a outra pergunta, Piau concordou que a votação poderia ser adiada para dar mais tempo a seus colegas para entender e discutir o assunto. O parlamentar informou que seu parecer estaria pronto provavelmente hoje. Ele vem se reunindo com líderes e bancadas para sondar opiniões e apresentar suas propostas.

Seminário

No seminário, foi lançada uma publicação com artigos de cientistas sobre as consequências do novo Código Florestal (veja o documento). O evento reuniu ainda parlamentares, técnicos, representantes da sociedade civil e do Ministério Público.

A tônica foi de grande descontentamento com a reforma. Os autores da publicação ressaltaram a ausência de embasamento científico e as inúmeras impropriedades conceituais dos textos já votados na Câmara e no Senado.

Eli da Veiga insistiu que o tema tem sido tratado com atropelo no Congresso. “Eu desafio algum deputado a dizer que conhece o projeto do Senado. Ele é um projeto complexo, cujos resultados podem implicar riscos imensos. O que queremos dizer, junto com nossos colegas cientistas, é que numa democracia não se pode votar um assunto dessa importância com esse afogadilho.”

Vários dos palestrantes, incluindo a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reiteraram a opinião de que a bancada ruralista estaria usando a estratégia de carregar nas reivindicações e críticas ao projeto vindo do Senado para desgastar o governo e evitar os vetos da presidenta Dilma. Ainda assim, destacaram a preocupação de que o texto possa ser piorado na sua volta à Câmara.

Acesse a matéria na página do ISA.

Mesa de abertura do seminário. Foto: Miriam Prochnow

Personalidade do futebol visita a Apremavi

No sábado (18/02/12), o município de Atalanta (SC), recebeu a visita do ídolo do futebol, nacional e internacional, Thiago Marcelo Silveira Cocito.

Cocito, como é conhecido no meio futebolístico, visitou o Pesque Pague e Pousada Paraíso das Trutas e aproveitou para conhecer o viveiro de mudas nativas “Jardim das Florestas’’ da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), além de ver de perto um pouco do trabalho que a entidade vem fazendo na região e no estado de Santa Catarina.

Durante a visita ao viveiro, Edegold Schaffer, presidente da Apremavi, fez um breve histórico da entidade e comentou que este ano a ONG completará 25 anos de atuação.

Cocito, que esteve acompanhado da esposa, seus dois filhos e alguns amigos e familiares, ficou bastante impressionado, não só pelo trabalho que a Apremavi realiza, mas principalmente  pelo reconhecimento que esse trabalho vem tendo em outras regiões do Brasil e até em outros países.

O atleta também contou um pouco da sua trajetória no futebol. No início da carreira, Cocito foi convocado várias vezes para a seleção brasileira de base.

Já como profissional, jogou por grandes equipes do Brasil, como Grêmio, Corinthians, Atlético Paranaense entre outros. Cocito também se destacou no futebol europeu, onde defendeu por várias temporadas o Real Múrcia e o Tenerife da Espanha.

A conquista que mais marcou a vida do atleta no futebol brasileiro, foi o título do brasileirão de 2001 pelo Clube Atlético Paranaense, onde foi apontado como um dos principais responsáveis por esta conquista. Também foi tri-campeão paranaense pelo mesmo clube em 2000, 2001 e 2002.

Cocito também disputou quatro edições da Copa Libertadores da América, sendo vice-campeão em 2005 defendendo o Clube Atlético Paranaense.

Para o atleta, esse foi um final de semana diferente, além de levar a família para conhecer as belezas e a tranquilidade do interior de Atalanta, ainda se divertiu pescando trutas, “Gostaria de dizer que fiquei realmente maravilhado pelo trabalho realizado pelo Sr. Edegold a frente da Apremavi, pois infelizmente não é o que vemos comumente na nossa sociedade. Fiquei muito feliz em ver que existem ainda muitas pessoas preocupadas e dispostas a preservar o meio ambiente, o que nos faz crer num mundo melhor e com mais consciência. Se cada um fizer a sua parte, com certeza estará ajudando e conscientizando outras pessoas!”

Ao se despedir, Cocito comentou que pretende retornar em breve para conhecer também o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica em Atalanta.

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Pesquisas aumentam conhecimento sobre o PARNA das Araucárias

De 06 a 10 de fevereiro de 2012, pesquisadores da Unochapecó e analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estiveram no Parque Nacional das Araucárias para mais uma etapa de pesquisas.

Dentre as pesquisas, destaca-se o inédito inventário da comunidade de peixes dos corpos d’água do PARNA e o estudo de composição, abundância e diversidade de macroinvertebrados aquáticos, com ênfase em odonatofauna, as conhecidas libélulas, conduzidos, respectivamente, pelos mestrandos Jerri Andre Berto e Bruna Laís Turra, ambos orientados da Profª Dra. Gilza Maria de Souza Franco, do programa de Mestrado em Ciências Ambientais da Unochapecó.

Segundo Jerri Andre Berto, as pesquisas com peixes são importantes, pois poucos são os estudos para a região, onde em grande parte, o conhecimento se deve a inventários superficiais realizado por empreendimentos hidrelétricos. Conhecer a diversidade de peixes, sua distribuição e sua abundância é importante, pois se podem sugerir ações para preservação e recuperação da fauna íctica.

De acordo com Bruna Laís Turra, pesquisas com macroinvertebrados aquáticos são de extrema importância por serem bioindicadores de qualidade ambiental, ou seja, através deles podemos avaliar a saúde biológica dos corpos d’água. Concomitante às análises biológicas, estão sendo medidas as variáveis físicas e químicas, assim será possível um levantamento detalhado da situação dos ambientes aquáticos do Parque. Devido à carência de estudo no local, esperam-se ótimas contribuições quanto ao conhecimento de diversidade da Odonatofauna (libélulas) e demais macroinvertebrados aquáticos, tanto para o Parque, como para Santa Catarina.

Além destas, destacam-se as pesquisas realizadas durante o projeto de elaboração do Plano de Manejo do PARNA das Araucárias, realizado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) no período de julho de 2007 a março de 2010, com apoio do Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA Mata Atlântica. O plano de manejo do Parque foi aprovado em outubro de 2010, sendo uma importante ferramenta de planejamento da Unidade de Conservação (UC), pois traz, inclusive, uma lista de pesquisas prioritárias para o Parque.

Durante a elaboração do plano de manejo foram estudados diversos grupos da fauna e flora (invertebrados aquáticos, anfíbios, aves e mamíferos), contexto socioeconômico da região e potencial turístico, além de informações sobre clima, geologia, geomorfologia, solos e hidrografia.  Estes estudos permitiram verificar a importância do Parque para a conservação da biodiversidade, e da necessidade de novos estudos que aprofundem o conhecimento desta área e auxiliem no planejamento e implementação de estratégias de conservação. Acesse aqui os relatórios destas pesquisas

Em continuidade às prioridades apontadas pelos estudos do plano de manejo, outras pesquisas estão em andamento, como o projeto de reintrodução do papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea). Este papagaio não possui registros recentes no Parque, e está ameaçado de extinção.

Segundo Adrian Eisen Rupp, biólogo responsável pelo levantamento de aves para o plano de manejo, a ausência desta espécie no PARNA é atribuída aos impactos causados pela atividade humana, relacionados principalmente à caça, captura, coleta desordenada de pinhões e desmatamentos, fatores que comprometem a viabilidade da manutenção de sua população.

O projeto de reintrodução iniciado em 2010 na R3 Animal, é executado pelo Espaço Silvestre- Instituto Carijós desde 2011 em parceria com ICMBio, IBAMA, Policia Militar Ambiental de Santa Catarina, UFSC e Fundação O Boticário

Destaca-se também a pesquisa relacionada aos javalis (Sus scrofa), que objetiva fornecer subsídios para o manejo destas populações em Santa Catarina, e outra relacionada à identificação de espécies exóticas aquáticas presentes no PARNA.

Segundo Juliano Rodrigues Oliveira, analista ambiental do ICMBio e chefe do PARNA das Araucárias, a expectativa é que mais pesquisas sejam realizadas na área, pois é por meio delas que se aprofundará o conhecimento que se tem desta UC, de sua biodiversidade, da sua importância no contexto da conservação da biodiversidade, de seus potenciais e de estratégias que podem ser implementadas para possibilitar sua conservação a longo prazo.

Contato para interessados em fazer pesquisas no PARNA das Araucárias, através do e-mail juliano.oliveira@icmbio.gov.br, ou pelo fone (46) 3262-5099, em Palmas (PR).

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Apremavi e Grupo Mirador ampliam parceria

Aconteceu na última sexta-feira (10/02/2012) uma importante reunião entre representantes da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e do Grupo Mirador de Telecomunicação. O objetivo da reunião era discutir a continuação e ampliação da campanha ambiental realizada entre a Apremavi e a Rádio 93.3 FM nos anos de 2010 e 2011. Ficou decidido na reunião que a campanha não só continuará em 2012, como também será ampliada e contará com a participação dos demais meios de comunicação do Grupo Mirador, que envolve a Rádio Mirador AM, a 93.3 FM e a Rede RBA de Comunicação. Estiveram presentes na reunião pela Apremavi, o presidente Edegold Schäffer, o vice-presidente Urbano Schmitt Jr. e a secretária executiva Grasiela Hoffmann. O Grupo Mirador esteve representado pelos comunicadores Rodrigo Horst e Charles Bogo.

A campanha deste ano, bem como nas edições anteriores, tem como objetivo principal, a sensibilização da população sobre importantes temas ambientais. Porém, para este ano teremos algumas novidades. Uma delas é a realização de um concurso entre as escolas do município para a escolha da  logomarca da campanha. Como premiação para o aluno vencedor do concurso, será entregue uma bicicleta, e para a escola onde o aluno estuda um kit de materiais e produtos da Apremavi.

O Edital do concurso será divulgado em breve nas redes sociais, Twitter, Facebook e pelo Grupo Mirador.

Outra novidade para este ano será a participação de outras instituições nesta parceria. A população riosulense contará com uma ampla estrutura na Praça Ermenbergo Pellizzetti para coleta de materiais recicláveis, lixo agrícola, descarte correto de pilhas e baterias, entre outros. Como já vinha acontecendo nas edições anteriores, para esse ano também teremos as tradicionais campanhas de distribuição de mudas de árvores nativas na Praça.

As campanhas serão realizadas de três em três meses, sempre dentro da programação do Sábado Feliz da cidade de Rio do Sul. A primeira campanha de distribuição de mudas acontecerá no próximo dia 03 de março.

Muitas novidades estão por vir! Acompanhe-nos e nos ajude nessa luta por uma população mais consciente!

Abaixo você pode conferir fotos das campanhas que foram realizadas em 2010 e 2011.

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Conheça o Jardim das Florestas

Jardim das Florestas é o nome do viveiro de mudas de árvores nativas da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). Iniciado com 18 mudinhas no fundo do quintal, na cidade de Ibirama (SC), em 1987, mesmo ano da fundação da associação, hoje ele tem capacidade instalada para a produção de cerca de 1 milhão de mudas por ano. Completando 25 anos de existência em 2012, o viveiro já chegou a abrigar, de uma só vez, mais de 120 espécies diferentes de mudas da Mata Atlântica, já que a diversidade também é um dos objetivos do trabalho.

Situado na comunidade de Alto Dona Luiza, no município de Atalanta (SC), o Jardim das Florestas é um dos pilares dos projetos da Apremavi. As mudas produzidas são, em sua maioria, utilizadas nas atividades de restauração florestal, dentro dos Programas Clima Legal e Matas Legais.

Uma equipe de oito pessoas, coordenada pelo Presidente da Apremavi e por um técnico da instituição, trabalha diretamente na produção das mudas que compreende várias etapas, cada qual com sua particularidade e cuidados necessários:  coleta de sementes, extração e tratamento das sementes, semeadura, preparação do substrato, preenchimento das embalagens (função popularmente conhecida como “encher saquinho”), repicagem e  armazenamento das mudas nos canteiros e  estufas. O trabalho desta equipe já mostra resultados em 2012. Só no mês de janeiro foram produzidas 63.400 mudas de árvores nativas.

Desde o início do ano foram coletadas inúmeras sementes dentre as quais podemos destacar o camboatá vermelho, a canjerana e o chal-chal. Também já foram semeadas espécies como baguaçu, ipê amarelo, timbauva e baga de macaco, que dentro de algumas semanas já serão plântulas prontas para repicagem. Importante ressaltar que todas as mudas produzidas são direcionadas para recuperação de áreas degradadas principalmente matas ciliares e nascentes.

A Apremavi espera poder inspirar mais pessoas e instituições a pensarem no valor e na importância da preservação dos mais diversos ecossistemas, mesmo que seja  plantando uma ou duas árvores no jardim de  sua casa ou na sua rua. Por menores que os números possam ser, o efeito multiplicador e coletivo terá se ampliado para muito além dos  limites e contribuirá para a valorização e incentivo às práticas de conservação.

Seja e faça a diferença, contribua com a conservação da natureza plantando árvores, porque nada mais atual do que um antigo provérbio de autoria desconhecida: a melhor época para se plantar árvores foi há vinte anos atrás, a segunda melhor época é hoje!.

Maiores informações:
Fone: (47) 35350119
Email: viveiro@apremavi.org.br

Fotos: Daiana Tânia Barth, Stphan Pucher e Edegold Schaffer.

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Projeto de Gestão Participativa completa um ano

Em fevereiro de 2011 iniciaram as atividades do projeto “Integração e Capacitação de Conselhos e Comunidades na Gestão Participativa de Unidades de Conservação (UCs) Federais e Estaduais – Oeste de SC e Centro Sul do PR”, coordenado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), com apoio do Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA Mata Atlântica.

O projeto abrange 04 UCs federais e 02 estaduais, localizadas próximas geograficamente: Floresta Nacional de Chapecó, situada nos municípios de Chapecó e Guatambu (SC), Estação Ecológica Mata Preta em Abelardo Luz (SC), Parque Nacional das Araucárias em Passos Maia e Ponte Serrada (SC), Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas localizado em Palmas e General Carneiro (PR), Parque Estadual das Araucárias em Galvão e São Domingos (SC) e Parque Estadual Fritz Plaumann, Concórdia (SC).

Como forma de incrementar e potencializar a gestão participativa nestas UCs, o projeto tem como público alvo, os gestores das UCs, os integrantes dos conselhos consultivos e pessoas das comunidades localizadas na zona de amortecimento, além de professores com atuação nesta área.

Em março e maio de 2011 foram realizadas, respectivamente, a oficina de integração entre UCs e a oficina de trabalho da equipe do projeto e gestores das UCs. Nos meses posteriores, foram desenvolvidas oficinas de capacitação com cada conselho consultivo das UCs envolvidas no projeto, as quais foram divididas em três etapas: Modulo I, Modulo II e Enriquecimento Prático. No total, participaram das oficinas 286 pessoas, entre conselheiros, gestores, equipe do projeto e convidados.

Nos dois primeiros módulos de capacitação, participaram os representantes do conselho consultivo de cada UC, considerando titulares e suplentes. Destaca-se que os temas trabalhados nas oficinas foram demandados pelos conselheiros e gestores das UCs, a partir de seus anseios e necessidades de aprofundar o conhecimento sobre determinada área e mediante análise da situação atual do conselho. As principais temáticas sugeridas para as oficinas estiveram voltadas, principalmente, ao funcionamento do conselho gestor, papel do conselheiro e ferramentas de um conselho; histórico e aspectos gerais da UC; legislação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC); plano de manejo; e experiências de sucesso em zonas de amortecimento e conselhos de UCs.

A análise das demandas revelou que as principais dificuldades dos conselhos envolvem a participação, sendo esta relacionada à pouca motivação das instituições em participar das atividades do conselho; seguida de comunicação e informação, principalmente, pela falta de integração e comunicação entre os conselheiros e destes com pessoas externas ao conselho. Destacam-se ainda, dificuldades na representatividade dos conselheiros, em relação a sua atuação de elo entre o conselho e os membros de sua instituição ou grupo de interesse; e institucionalização, envolvendo dificuldades do conselho, como por exemplo, de conciliar as atividades profissionais com a função de conselheiro, e dos órgãos gestores das UCs (quadro funcional reduzido, entraves burocráticos e dificuldades financeiras).

A partir dos módulos realizados, os conselheiros construíram planos de trabalho e/ou ação, destinados ao fortalecimento dos conselhos, com previsão de implementação ainda no primeiro semestre de 2012, com auxílio e acompanhamento do projeto. Dentre as ações demandadas, a Apremavi vai contribuir, especialmente, na produção de materiais informativos, realização de visitas de integração entre UCs, organização de reuniões comunitárias para a aproximação com a UC, dentre outras ações. 

Em julho de 2012 será realizado um seminário para a socialização e avaliação das atividades realizadas, em que serão convidados os conselheiros e gestores das 06 UCs, além de parceiros do projeto, professores e acadêmicos interessados.

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Matas Legais inicia 2012 com entusiasmo

Desenvolvido desde 2005 em Santa Catarina e desde 2008 no Paraná, o programa Matas Legais, uma parceria entre a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e a Klabin, tem como objetivo desenvolver ações de conservação e restauração florestal, educação ambiental e fomento Florestal, que ajudem a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

O público prioritário do programa são os proprietários rurais que plantam pinus e/ou eucalipto em parceria com a Klabin, os chamados fomentados. Em 2011, em Santa Catarina, onze municípios do Planalto Serrano e do Alto Vale do Itajaí fizeram parte das atividades. Já no Paraná, foram 12 municípios da região do Norte Pioneiro Paranaense.

O trabalho realizado pelos técnicos da Apremavi consiste em visitas técnicas de cunho ambiental nas propriedades parceiras. Nestas visitas são repassadas aos proprietários, as informações sobre o programa e também é feita a demarcação das Áreas de Preservação Permanente (APP), visando sua restauração, uma vez que estas áreas não podem ser utilizadas para o plantio de florestas exóticas com fins econômicos.

No Paraná, o ano de 2012 inicia com números bem promissores pois o programa Matas Legais tem mais de 400 propriedades parceiras cadastradas e o número de mudas de espécies nativas doadas é superior a 270.000. Bons resultados também são observados nas propriedades. Nestes quase quatro anos, muitos agricultores realmente abraçaram a causa e se tornaram ótimos parceiros na restauração de áreas degradadas.

Segundo Evilásio Puttkamer, técnico da Apremavi que atua no projeto no Paraná, é interessante observar a mudança da consciência ambiental destes agricultores que ajudam a conservar a natureza: “Eles acreditam que a conservação e restauração das áreas degradadas, principalmente as beiras de nascentes e córregos, são necessárias para sua própria sobrevivência”. Esse é caso da agricultora Maria do Carmo Pereira do município de Ibaiti. Sua família utiliza água de uma nascente para consumo, onde as margens estavam completamente degradadas, primeiro pela retirada da vegetação e depois pelo uso do pasto para animais domésticos. “O incentivo do programa Matas Legais veio em boa hora, além de financiar o cultivo do eucalipto estamos resolvendo um problema que nós não estávamos enxergando…nossa água está acabando!” diz a agricultora Maria do Carmo. A família da agricultora está fazendo um ótimo trabalho dentro do projeto para restaurar esta APP.

Em Santa Catarina o ano de 2011 foi marcado com o II Seminário de Integração das Mulheres Agricultoras no Alto Vale do Itajaí. Neste evento tiveram presentes principalmente esposas de fomentados. A ideia do evento foi ajudá-las a entender como funciona o programa e como elas podem tirar proveito das mudas nativas doadas. Para tal, houve a participação de Ursula Berschinock, agricultora agroecológica do município de Atalanta. Ursula contou sua experiência, trajetória, desafios, erros e acima de tudo mostrou para todas que é possível cultivar produtos de excelente qualidade, sem o uso de agrotóxicos.

Para estimular as mulheres participantes, o evento também contou com a participação de Rafael Sittoni Goelzer, contando sua experiência com a Fazenda Quinta da Estância Grande, em Viamão(RS) e com Ney Germano Stolf, que além de ser fomentado da Klabin, em sua propriedade no município de Imbuia (SC),  é um entusiasta da natureza.

Para Leandro Casanova, Coordenador do Projeto, 2012 realmente promete ser um excelente ano de atividades para o programa Matas Legais: “no Viveiro Jardim das Florestas já estão preparadas milhares de mudas para serem utilizadas na restauração de matas ciliares e outras áreas importantes, além de estarmos programando todas as atividades de Educação Ambiental e de capacitação de proprietários. Esperamos aumentar bastante o número de parceiros do programa”.

Maiores informações sobre o Programa Matas Legais:
Santa Catarina – (47) – 88518268 –  Leandro Casanova
Paraná – (43)3545 1002 – Evilásio Puttkamer

Fotos: Evilásio Puttkamer, Leandro Casanova e Vanessa Souza.

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Visite o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica

Localizado em Atalanta (SC), o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica é uma Unidade de Conservação Municipal (UC), que oferece a seus visitantes a oportunidade de contemplar belas paisagens e vivenciar a tranqüilidade e qualidade da vida interiorana.

O parque está localizado a 2km do centro do município, na comunidade de Vila Gropp. O principal atrativo do local é a Cachoeira “Perau do Gropp”, com 41 metros de queda. Além desta, o parque possui também a cascata “Córrego do Rio Caçador”, com 18 metros de altura.

O acesso até a cachoeira e a cascata, são feitos pelas Trilhas da Lontra e do Quati. A Trilha da Lontra tem aproximadamente 1.000 metros de extensão e pode ser percorrida entre 30 e 40 minutos. Nessa caminhada, os visitantes podem observar os paredões rochosos cobertos por samambaias, avencas e musgos, além de terem a oportunidade de conhecer algumas espécies nobres da Mata Atlântica como o cedro (Cedrella fissilis), a canela sassafrás (Ocotea odorifera) e o xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana). É também na Trilha da Lontra que está localizada a “Cascata Córrego do Rio Caçador” e no final da caminhada, o visitante pode contemplar a “Cachoeira Perau do Gropp” com seus 41 metros de altura.

Na Trilha do Quati, o visitante enfrenta um grau de dificuldade um pouco mais alto. Essa caminhada possui aproximadamente 2.000m e leva ao interior do Parque, fazendo a travessia do rio em dois pontos. A travessia é feita por cima de pedras. Ao percorrer essa trilha, os visitantes permanecem mais tempo em contato com a natureza. O tempo de duração aproximada desta trilha é de 1h30 e no final da caminhada a chegada também é na “Cachoeira Perau do Gropp”.

Além das trilhas, os visitantes podem conhecer também o Museu Histórico Municipal Wogeck Kubiack e o centro de visitantes, com recepção, auditório e sala de reuniões.

Além do Parque, é possível conhecer outros atrativos em Atalanta. Entre em contato conosco e agende sua visita.

Horário de atendimento:
Segunda à sexta-feira: 7h30 às 12h – 13h30 às 18h
Sábados e Domingos: 9h às 12h – 14h às 18h

Telefone para contato: (47) 3535-0229

Atenção visitante para as normas de visitação no Parque Mata Atlântica:

•    Dirigir-se primeiro a recepção do Centro de Visitantes
•    Ler com atenção as placas de sinalização e respeitá-las
•    Zelar pela estrutura do Parque
•    Usar roupas e calçados adequados (tênis ou botas)
•    Aconselha-se uso de repelentes e filtros solares
•    Manter-se nas trilhas e demais locais permitidos
•    Estar atento à presença de cobras – em especial no verão
•    Proibido coletar qualquer tipo de material encontrado no Parque
•    Proibido ingerir bebida alcoólica na trilha
•    Guardar todo lixo que for produzido e depositá-lo nas lixeiras
•    Não deixar alimentos nas trilhas e nem alimentar os animais
•    Proibido a entrada de animais domésticos
•    Proibido fogueiras e churrascos.

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A importância das parcerias para a preservação

A importância das parcerias para a preservação

A importância das parcerias para a preservação

O ano de 2011 chega ao seu final. Foi um ano de muitos acontecimentos na área ambiental: avanços e retrocessos. Na área das políticas públicas infelizmente o balanço não é bom, especialmente se analisarmos a questão do Código Florestal e de outras legislações que ainda correm o risco de serem desmanteladas em nome de um “falso progresso”.  Muitas das análises apontam que em 2011 tivemos os maiores retrocessos dos últimos 20 anos na área ambiental no Brasil.

Para contrapor um pouco esse balanço negativo, felizmente temos no Brasil e no mundo, inúmeras iniciativas que mostram que não podemos desistir e que na verdade precisamos ampliar essas experiências e projetos. Na Apremavi  um desses projetos é a parceria  com a organização alemã BUND (Bund Für Umwelt und Naturschutz Deutschland) e tem como objetivo desenvolver o Projeto “Heidelberger Wäldchen in Brasilien” (Bosques de Heidelberg no Brasil).

A parceria existe desde 1998 e já plantou cerca de 90 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica. Desde 2008 representantes da Apremavi também participam de uma semana de palestras sobre a Mata Atlântica, para estudantes em Heidelberg. Este ano a responsável pelas palestras foi a Bióloga e sócia da Apremavi, Carolina Schaffer. Ela esteve em Heidelberg de 05 a 09 de dezembro, conversando com cerca de 570 alunos, com idade de 10 a 13 anos, de 9 escolas, públicas e particulares. O objetivo dessas palestras foi conscientizar os estudantes sobre a importância da Mata Atlântica e também sobre as questões ambientais globais e o que cada um pode fazer para contribuir. Nas palestras, Carolina esteve acompanhada de Brigitte Heinz, representante do BUND e de Rose Bopp, estagiária brasileira do BUND.

Para Brigitte Heinz as palestras foram muitos boas: “A nossa semana foi muito proveitosa e nossas palestras muito boas porque conseguimos ver que a maioria das crianças ficaram bastante comovidas com as imagens de destruição e isso fez com que elas se interessassem em agilizar uma mobilização para continuar ajudando o projeto das Florestas de Heidelberg no Brasil.” Ela complementa:  “As imagens da destruição eram fortes mas serviram para motivar as crianças que é importante ajudar e que cada um pode fazer alguma coisa. Outra percepção importante foi que as crianças fizeram muitos comentários positivos sobre as imagens da natureza brasileira e sobre as espécies que existem no Brasil, principalmente dos bichos. O Puma foi o mais adorado!”

Para Carolina Schaffer, o ciclo de palestras “Der RegenWald Komnt in die Klassenzimmer” foi sensacional: “Tivemos uma semana muito proveitosa na companhia das crianças. A percepção que fica é que na maioria das escolas as crianças já estavam bem informadas sobre os problemas relacionados à destruição das florestas. Muitos se posicionaram a favor de uma mudança urgente de hábitos. As principais mudanças de hábito discutidos entre os alunos sempre eram: o uso de papel reciclado (nos cadernos, guardanapos, papel higiênico, lenços de papel), o uso de madeira legal (que não venha dos trópicos), comer menos carne ou comer “carne bio” (carne certificada e que não promova o desmatamento das florestas tropicais), comprar ração que seja feita de soja certificada. Todos também ficaram felizes em saber que podem se mobilizar  na Alemanha para que florestas sejam restauradas no Brasil”.

Carolina ainda avalia que o grau de informação dos estudantes de lá é alto. Em uma das turmas um menino levantou o dedo e perguntou: “mas de que adianta a gente continuar plantando ou juntando dinheiro aqui para plantar árvores no Brasil se eu li no jornal hoje que as leis ambientais no Brasil vão mudar e para pior?”. Carolina comenta: “Pelo visto até as crianças da Alemanha sabem o que nossos políticos não sabem e aproveitamos a oportunidade para explicar a eles a importância das atividades de mobilização”.

Muitos se interessaram em visitar a Apremavi e plantar árvores, a exemplo de Jonas Pucher, que estagiou durante 3 meses na Apremavi, de setembro a novembro de 2011. Durante sua estada em Atalanta, Jonas traduziu algumas das seções do site da Apremavi para a língua alemã e plantou algumas árvores junto com seu pai Stephan Pucher, da diretoria do BUND, durante sua  rápida passagem pelo Brasil, em novembro.

A Apremavi aposta que a multiplicação de parcerias como esta com o BUND é uma das saídas para a crise ambiental local e mundial. As pessoas precisam urgentemente se dedicar mais à preservação do meio ambiente se quiserem garantir um futuro sustentável para seus filhos e netos. Que 2012 seja um ano melhor para as florestas ao redor do mundo.

Autoras: Carolina Schaffer e Miriam Prochnow.

Apremavi tem Natal de confraternização e despedida

No dia 22 de dezembro de 2011, o presidente da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) fez a entrega de cestas de natal às funcionárias do escritório em Rio do Sul em tom de despedida.

Na ocasião, a Secretaria Executiva Maria Luiza Schmitt Francisco brindou os seus colegas de trabalho com um café de despedida.

Já no dia 23 de dezembro, foi realizado em Atalanta, a confraternização com funcionários do viveiro de mudas nativas, Jardim das Florestas.

Os funcionários confraternizaram o final de ano com um almoço na propriedade Paraíso das Trutas, onde puderam ter momentos de alegria para comemorar as conquistas de 2011.

Despedida

Maria Luiza, que está em licença maternidade, anunciou, no final de novembro, sua saída da Apremavi. Lu, como é carinhosamente chamada por todos, iniciou suas atividades na Apremavi no ano de 2000 como auxiliar de escritório.

Inicialmente ela havia sido contratada por um período temporário de apenas 30 dias para substituir outra funcionária que estava de licença saúde.

Desde o início, ela demonstrou empenho, dedicação e interesse pela causa ambiental. Passados os 30 dias, a Apremavi não teve dúvidas e anunciou a sua contratação definitiva.  Foi a partir dali que ela deu início a uma carreira vitoriosa, brilhante e cheia de conquistas.

Em 2006, a Apremavi fez uma reestruturação interna e Maria Luiza passou a ocupar o cargo de Secretária Executiva. Ela também faz parte da diretoria da Apremavi, ocupando o cargo de 1º secretária.

Após assumir a secretaria executiva, Maria Luiza passou a exercer várias funções, destacando-se na área de captação de recursos e na busca de novas parcerias para a instituição.

Boa parte dos projetos e parcerias em andamento na Apremavi tiveram participação dela. Entre as principais conquistas podemos citar as parcerias com empresas como a Malwee Malhas, a Metalúrgica Riosulense, a Klabin, a Adami e mais recentemente com a Bravo Consultoria de São Paulo.

Em 2008, Maria Luiza viajou à Europa juntamente com o presidente da Apremavi Edegold Schäffer, onde visitaram instituições parceiras na Espanha e Alemanha. A viagem foi importante para fortalecer as parcerias já existentes e iniciar outras. Em 2010, Maria Luiza e Edegold voltaram a Europa, onde participaram de uma série de palestras na cidade de Heidelberg na Alemanha.

Ao longo desses quase 11 anos de Apremavi, Maria Luiza conquistou o coração de todos os colegas de trabalho, não só pelo profissionalismo, competência e respeito, mas principalmente pela maneira sempre muito simpática e carinhosa com que ela tratava a todos.

Ao mesmo tempo que lamentamos a sua saída, queremos deixar também os nossos mais sinceros agradecimentos pelo serviços prestados, não só para a Apremavi, mas também pela preservação do meio ambiente e,  desejar todo o sucesso possível nessa nova fase de sua vida.

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O Natal chegou. Um novo ano começa a nascer

O Natal chegou. Um novo ano começa a nascer.

Tempo para agradecer as coisas boas e avaliar e aprender com nossos erros e decepções, para assim podermos planejar melhor as estratégias e sonhos de um mundo melhor.

Que esse momento traga saúde e fortaleça os laços de solidariedade, dando garra para o trabalho em prol da preservação do meio ambiente.

Feliz Natal e que muitas florestas sejam conservadas e restauradas em 2012.

São os votos da Apremavi.

Plantadores de Florestas

Liana John esteve em Atalanta em outubro de 2011 para coletar informações para mais um capítulo da premiada série "Plantadores de Florestas" do site da National Geographic Brasil.

Da visita resultou o Capítulo VI, ao qual ela deu o título de "A guardiã do verde nas pequenas propriedades catarinenses" e que ela anunciou assim: "Acaba de ir para o ar, no site da National Geographic Brasil, mais uma reportagem especial da série Plantadores de Florestas. Desta vez com nossa primeira (e valente) plantadora mulher: Miriam Prochnow. Leiam o texto, vejam as fotos, assistam ao vídeo! Está tudo neste clic".

Sobre a matéria, Miriam escreveu em sua página no Facebook: "Liana. Foi um prazer receber você no Jardim das Florestas da Apremavi. A matéria ficou linda. Muito obrigada. Agradeço e parabenizo a equipe da Apremavi por todo o trabalho realizado nestes 25 anos de existência da instituição. Nosso sonho (meu, do Wigold Schaffer e dos outros fundadores da Apremavi), que começou com 18 mudinhas no fundo do quintal, virou realidade faz tempo, porque é um sonho sonhado junto…junto com milhares de pessoas que plantaram e continuam plantando florestas conosco. Obrigada a todos".

Confiram a matéria e as fotos.

Confiram o vídeo.

Liana fotografando sementes no Viveiro Jardim das Florestas da Apremavi. Foto: Miriam Prochnow

 

Código Florestal aprovado no Senado é retrocesso

O texto do Código Florestal aprovado esta semana no Senado Federal representa o maior retrocesso ambiental da história do Brasil. Todos precisam se engajar na campanha pelo veto da presidente.

Vejam abaixo dois textos com opiniões importantes sobre o Código Florestal aprovado. O primeiro texto é um artigo de André LimaAndré Lima, advogado, mestre em gestão e Política Ambiental (UnB), membro da Comissão de Direito Ambiental da OAB-DF, Assessor de Políticas Públicas do IPAM e Consultor Jurídico da Fundação SOS Mata Atlântica e foi escrito no dia posterior à aprovação do texto no Senado.

O segundo texto é uma nota de Wigold Schaffer, ambientalista com mais de 25 anos de experiência e um dos sócios fundadores da Apremavi.

Código florestal é aprovado no Plenário do Senado, com dezenas de emendas fantasmas

André Lima

Sem conhecimento das emendas e sem debates sobre as mesmas, com votação às escuras e com voto de lideranças que contrariaram em alguns casos a maioria de parlamentares o substitutivo do Senador Jorge Viana foi aprovado por 59 votos contra oito. É uma maioria considerável, aliás rara, mas longe de ser o grande consenso pleno que se tentou vender e que a mídia de massa comprou.

Até durante a votação poucos no plenário do Senado tinham conhecimento mínimo razoável das emendas que estavam sendo acatadas, rejeitadas, destacadas e votadas. Em certos momentos até mesmo o próprio Senador Jorge Viana, relator da matéria, se confundiu sobre qual emendas estava sendo discutida. Mas isso não foi suficiente para frear o ímpeto do "acordão" de bastidores. Segundo vários parlamentares que se utilizaram da tribuna por mais de cinco horas o acordo teria sido costurado e avalisado pela Ministra de Meio Ambiente Izabella Teixeira e os senadores Kátia Abreu, Jorge Viana, Rodrigo Rollemberg, Waldemar Moka, Blairo Maggi e Luiz Henrique durante almoço no restaurante do Senado.

Durante as mais de cinco horas de discursos ambíguos emendas eram negociadas nos corredores como títulos da bolsa de valores. Assessor surgiam com um papel nas mãos e chamavam pessoas para o cafezinho para ver e avalisar a nova redação. Versões eram feitas e refeitas na última hora e apresentadas à mesa apenas no papel (conforme o art. 235,II,d do regimento interno do Senado permite). Com isso, dezenas de emendas foram apresentadas na última hora sem que a grande maioria tivesse acesso aos textos que só existiam no papel. E assim foram acatadas, rejeitadas e votadas em bloco.

O acolhimento de emendas foi lido pelo relator em velocidade de cruzeiro e eu consegui anotar o acolhimento das seguintes emendas: 4, 12, 34, 36, 39, 51, 52, 53, 54, 55, 58, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 76, 77, 78, 79, 80, e 81. Mas até agora não tenho a redação dessas emendas.

Nos destaques que foram a voto individualmente com direito a uma defesa, apenas quatro emendas foram votadas,  de mais de 80 emendas apresentadas. Discutiu-se:

a)  Moratória do desmatamento na Amazônia, que obteve apoio de mais de 20 senadores, mas como a votação não foi nominal, lideranças como Jucá, Kátia Abreu decidiram a fatura contrariamente apesar da maioria ser a favor;

b)    Aumento da pena para desmatamento em APP, que assim como no caso da moratória do desmatamento, a maioria era a favor mas no voto de lideres foi derrubada;

c)     E outras duas que envolviam temas não menos relevantes ( prova de desmatamento anterior a lei e obrigatoriedade de desapropriação para criação de APPs pelo poder executivo), mas que também foram enterradas pelos líderes selando o grande acórdão que mais uma vez impediu um debate de fundo, assim como foi feito nas 4 comissões por onde tramitou o projeto, onde os debates foram sacrificados.

Portanto, acreditem se quiser, até agora (manhã do dia seguinte à votação), o Brasil (exceto a CNA e poucos senadores) não sabe o que foi aprovado. E não estamos tratando de um regimento de condomínio privado de abastados. Estamos falando do código florestal brasileiro, uma lei que protege a biodiversidade, no país com maior biodiversidade do planeta,.que protege as águas, no País que detém mais de 12% de toda água doce superficial do Planeta. Enfim…assim são feitas as salsichas, como dizia Bismarck.

Dito isso a respeito do método, abaixo indicamos alguns dispositivos que (sem prejuízo de um exame necessário mais apurado após o conhecimento pleno das emendas aprovadas) poderão ser objeto de veto se a Presidente Dilma resolver cumprir seu compromisso de não sancionar anistias a desmatamentos ilegais, redução de áreas de preservação e incentivos a novos desmatamentos.

1)    Definição de área rural consolidada (art. 3º, IV)- Razão do veto: constitui anistia, principalmente nos casos de desmatamento de APP que constituem crime ambiental desde a entrada em vigor da Lei de crimes e Infrações contra o mio ambiente 9605/98, contrariando frontalmente a art. 225 CF/88.

2)    Atividade de Carcinicultura (criatório de camarão) em apicuns (manguezal) – Razão do veto: reduz área de proteção ao separar os apicuns do manguezal e anistia ocupações ilegais ocorridas até a data da entrada em vigor da lei (supostamente artigo 64, mas ainda não vimos a emenda aprovada em detalhe).

3)    Artigo que elimina APP em lagoas naturais com menos de 1 hectares de lâmina dágua(parágrafo 4º do artigo 4º). Razão do veto: reduz área de proteção  e autorizará desmatamento em áreas de que hoje são consideradas de preservação permanente.

4)    Artigo que reduz reserva legal em estados que tiverem mais de 65% de UC e TI. Razão do veto:  a redução desse percentual poderá valer para autorizar novos desmatamentos, ou seja, não está ressalvado (como foi feito no parágrafo 4º para o caso dos municípios com mais de 50% de UC e TI) que se trata apenas de regularização de desmatamentos anteriores a julho de 2008  (parágrafos 4º e 5º do artigo 12)

5)    Consolidação de atividades agropecuárias que desmataram áreas de preservação permanente até julho de 2008 (artigo 61)- Razão do veto: Anistia a desmatamentos que constituem crime ambiental desde a entrada em vigor da Lei 9605, de 1998.

6)    Recomposição de reserva legal com 50% de espécies exóticas. Razão do veto: reduz em 50% a área de conservação de vegetação nativa (art. 67 parágrafo 3º).

7)    Anistia de recomposição de RL em imóveis com até 4 módulos fiscais (art. 68). Razão do veto: Constitui anistia, é redução de proteção e tratará desigualmente os que cumpriram a lei e os que infringiram a lei beneficiando os infratores em detrimento dos que respeitaram a Lei.

8)    Aceitação de indícios inconsistentes e de impossível confirmação pelo poder público para aplicação do benefício da dispensa ou redução de percentual de Reserva Legal para proprietário que desmatou área antes de criação ou aumento da reserva legal. O dispositivo trata dos tipos de prova de uso da propriedade conforme a lei em vigor à época do desmatamento (parágrafo 1º do artigo 68).

Esta análise dos pontos passíveis de veto, seja em função de inconstitucionalidade ou de contrariedade ao interesse público nacional na preservação das florestas e dos processos ecológicos essenciais, ainda é preliminar e será objeto de revisão após o conhecimento pleno das emendas aprovadas na noite do dia 06 de dezembro.

Código (não) Florestal

Wigold Schaffer

É hora de ler o texto com a redação final do Código (não) Florestal aprovado no Senado e que agora será apreciado pela Câmara dos Deputados. O mais difícil é entender o que querem dizer com uma série de artigos que foram escritos de forma confusa e com segundas intenções (pro mal).  

A título de exemplo, abaixo algumas das exceções (ou regras?) para detonação de APP….previstas no art. 62 que trata das Áreas Consolidadas em Áreas de Preservação Permanente:

§ 6o Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais da agricultura familiar e dos que, em 22 de julho de 2008, detinham até 4 (quatro) módulos fiscais e desenvolviam atividades agrossilvipastoris nas áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente, para o fim de recomposição das faixas marginais a que se referem os §§ 4o e 5o deste artigo, é garantido que a exigência de recomposição, somadas as áreas das demais Áreas de Preservação Permanente do imóvel, não ultrapassará o limite da Reserva Legal estabelecida para o respectivo imóvel.

§ 7o Para os imóveis rurais com área superior a 04 (quatro) módulos fiscais e que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, com largura superior a 10 (dez) metros, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição das faixas marginais, observados critérios técnicos de conservação do solo e da água definidos pelos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente ou órgãos colegiados estaduais equivalentes que estabelecerão suas extensões, respeitado o limite correspondente à metade da largura do curso d’água, observado o mínimo de 30 (trinta) metros e o máximo de 100 (cem) metros.

§ 8o Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação Permanente no entorno de nascentes e olhos d’água, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo de 30 (trinta) metros.

Art. 65. Serão mantidas, excepcionalmente, para garantir a continuidade do uso antrópico consolidado, as ocupações em apicum e salgado existentes em 22 de julho de 2008.

Já o art. 69 é uma das maiores aberrações jurídicas do texto pois premia o "ruralista desmatador" e o torna "mais igual" perante a lei do que o agropecuarista que cumpriu a lei e preservou vegetação. Ou seja, quem tinha "escravo" tem autorização eterna (inclusive para seus filhos e netos) para manter "escravo"…em outras palavras, quem degradou o meio ambiente tem autorização para continuar degradando e prejudicando a vida alheia…

Art. 69. Nos imóveis rurais que detinham, em 22 de julho de 2008, área de até 4 (quatro) módulos fiscais e que possuam remanescente de vegetação nativa em percentuais inferiores ao previsto no art. 13, a Reserva Legal será constituída com a área ocupada com a vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008, vedadas novas conversões para uso alternativo do solo.

Esses são apenas alguns poucos exemplos da "obra-prima" que vai "consolidar" a degradação das florestas e demais formas de vegetação nativa no Brasil… Tem muito mais, para entender é necessário ler o texto (e talvez reler algumas vezes) pois as maldades estão escondidas nas entrelinhas….

É hora de mobilização geral contra as aberrações aprovadas…

Capacitação em gestão participativa em UCs Federais

No mês de novembro de 2011, importantes eventos de capacitação em gestão participativa de Unidades de Conservação (UCs) foram promovidos pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), destacando-se as oficinas de capacitação dos conselhos consultivos da Estação Ecológica Mata Preta, Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas e Floresta Nacional de Chapecó, que reuniram, respectivamente, 24, 28 e 30 participantes, entre conselheiros, gestores das UCs, equipe do projeto e convidados. A moderação das oficinas foi realizada por Marcelo Limont.

Estação Ecológica (ESEC) Mata Preta

A oficina da ESEC ocorreu em dois momentos, sendo o Módulo I e o Módulo II no dias 07 e 23 de novembro de 2011, respectivamente. Ambos os eventos tiveram como objetivo principal o nivelamento do conhecimento dos conselheiros sobre participação e a ação dos conselheiros e do conselho consultivo, por meio de palestras expositivas dialogadas e trabalhos em grupos.

Outros temas também foram trabalhados, focados no Sistema Nacional de Unidades de Conservação, histórico e contexto da ESEC, na abordagem de Fábio Moreira Corrêa, chefe da UC, ferramentas de gestão participativa e experiências de outros conselhos como momento para reflexão.

Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) dos Campos de Palmas

Realizada nos dias 09 e 10 de novembro, o Módulo I da oficina do conselho do REVIS teve como objetivo entender o papel do conselho e conselheiro na gestão da UC. Inicialmente, Rodrigo Filipak Torres, ex-gestor desta UC, apresentou o contexto de criação do REVIS e do conselho, tendo em seguida, a abordagem de Márcia Casarin Strapazzon, sobre a situação atual desta Unidade.

Posteriormente, em grupos, foi discutido o papel do conselho e do conselheiro na gestão da UC, com a socialização das informações em plenária pelos conselheiros.

O segundo dia esteve voltado à exposição dialogada sobre as ferramentas do conselho e às apresentações sobre o plano de manejo (PM), em relação aos conceitos envolvidos, na fala de Marcelo Limont, experiência da elaboração do plano de manejo do Parque Nacional das Araucárias, na abordagem de Marcos Alexandre Danieli, e situação atual do processo de elaboração do PM do REVIS, em apresentação realizada por Márcia Casarin Strapazzon. Tais apresentações visaram subsidiar a discussão sobre as formas de envolvimento do conselho na elaboração deste importante instrumento de planejamento.

Floresta Nacional (FLONA) de Chapecó

Em continuidade a primeira capacitação realizada na FLONA de Chapecó, o segundo momento (Módulo II) teve como objetivo a elaboração de um plano de trabalho visando fortalecer o conselho desta UC. Neste sentido, inicialmente os conselheiros identificaram as dificuldades que o conselho enfrenta, seguido de sua tematização e priorização. Para auxiliar no levantamento das ações necessárias para o fortalecimento do conselho, foram apresentados os resultados da aplicação da ferramenta “Mapeamento de Mudanças na Gestão Participativa”,  adequada ao contexto do projeto e preenchida pelos conselheiros no Módulo I, realizado anteriormente.

Após a definição das metas do trabalho, foi realizado o planejamento pelos conselheiros, com a descrição das atividades que devem ser realizadas para fortalecer o conselho da FLONA. Em seguida, tais informações foram apresentadas em plenária.

Posteriormente, este plano de trabalho será refinado, dando continuidade à fase de enriquecimento prático, onde as atividades planejadas devem ser implementadas pelos conselheiros, com o acompanhamento e auxílio da equipe do projeto da Apremavi.

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RMA entrega prêmio Motosserra a Senador LHS

A Rede de Ongs da Mata Atlântica (RMA) é formada por 320 organizações não governamentais, de 17 estados brasileiros. Foi fundada em 1992, durante a Rio 92, com o objetivo de unir e fortalecer as entidades que atuam pela conservação e restauração da Mata Atlântica, bioma que encontra-se extremamente ameaçado.

No contexto das discussões para a alteração do Código Florestal de 1965, legislação que protege as florestas e a biodiversidade de todos os biomas brasileiros e regulariza a utilização destas, a RMA entregou no dia 24 de novembro de 2011, o Prêmio Motosserra ao Senador Luiz Henrique da Silveira, como símbolo do retrocesso provocado nesta legislação que foi conquistada ao longo de décadas de luta da sociedade em prol da conservação do meio ambiente.

O Prêmio Motosserra é um tradicional instrumento da RMA e de suas entidades filiadas, para denunciar à sociedade pessoas físicas ou jurídicas, responsáveis direta ou indiretamente por ações significativas e comprovadas de degradação ambiental, como é o caso do senador agraciado com o prêmio.

O Senador Luiz Henrique da Silveira, ao relatar o processo de alteração do Código Florestal, não considerou os benefícios da Mata Atlântica e outras formações florestais, como biodiversidade, recursos hídricos, recursos florestais, entre outros serviços ecossistêmicos que podem garantir a qualidade de vida e desenvolvimento da sociedade brasileira. Assim como não considerou a realidade dos agricultores familiares que aliam a produção á proteção das suas florestas.

Ao entregar o Prêmio Motosserra ao Senador Luiz Henrique da Silveira, a RMA conclamou o poder executivo e legislativo que não permitam o retrocesso em tramitação no Congresso Nacional.

A entrega do prêmio aconteceu durante a votação do Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente do Senado, quando representantes da RMA pacificamente ergueram cartazes agraciando o Senador com a premiação.

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