Livro Apremavi – 30 anos, 30 causas é lançado na Fundação Cultural de Rio do Sul

Livro Apremavi – 30 anos, 30 causas é lançado na Fundação Cultural de Rio do Sul

Livro Apremavi – 30 anos, 30 causas é lançado na Fundação Cultural de Rio do Sul

Ontem, dia 26 de abril de 2018, foi realizado o lançamento do Livro Apremavi – 30 Anos, 30 Causas, a mais nova publicação da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). O evento ocorreu na Fundação Cultural de Rio do Sul (SC), e reuniu amigos, parceiros e funcionários da Apremavi.

Ambientalistas de Santa Catarina como o professor Lauro Eduardo Bacca, que assina a apresentação do livro, estiveram presentes. “Sempre achei que os que lutam por uma causa tão nobre merecem apoio, e esse é o caso da Apremavi“, afirma Bacca.

Além do lançamento os participantes também puderam apreciar a exposição fotográfica “Belezas da Mata Atlântica”, do fotógrafo e conselheiro da Apremavi Wigold B. Schäffer. A exposição nasceu da ideia de divulgar a riqueza da Mata Atlântica, um Bioma biodiverso em sua fauna, flora e população.

Para a Apremavi é uma honra lançar mais uma publicação em meio a tantos amigos e parceiros. Foto: Carolina Schäffer.

A obra

Resultado de uma compilação dos melhores momentos vividos pela Apremavi ao longo dos 30 anos de sua trajetória, o livro retrata a história de uma vida dedicada à causa ambiental de um grupo de pessoas que ousaram sonhar e agir.

Escrito pela jornalista Maura Campanili, a obra tem apoio da Lei de Incentivo à Cultura e apresenta 30 causas emocionantes escolhidas para dar vida a esta publicação comemorativa das três décadas da instituição. Além de belíssimos ensaios fotográficos sobre a Mata Atlântica e sobre o Viveiro de Mudas Jardim das Florestas, realizados pelos fotógrafos Wigold B. Schäffer e Vitor Sá, a obra conta com ilustrações encantadoras feitas pelo artista Ismael Martinez.

Confira imagens do lançamento

Matéria e fotografia: Carolina Schäffer.

Lançamento do Livro Apremavi 30 anos, 30 causas acontece esta semana

Lançamento do Livro Apremavi 30 anos, 30 causas acontece esta semana

Lançamento do Livro Apremavi 30 anos, 30 causas acontece esta semana

Apremavi – 30 anos, 30 causas retrata a história de uma vida dedicada à causa ambiental de um grupo de pessoas que ousaram sonhar e agir.

O livro é resultado de uma compilação dos melhores momentos vividos pela Apremavi ao longo dos 30 anos de sua trajetória. Escrito pela jornalista Maura Campanili, a obra tem apoio da Lei de Incentivo à Cultura e apresenta 30 causas emocionantes escolhidas para dar vida a esta publicação comemorativa das três décadas da instituição.

Além de três belíssimos ensaios fotográficos sobre a Mata Atlântica e sobre o Viveiro de Mudas Jardim das Florestas, a obra conta histórias que corroboram o sucesso da caminhada que a Apremavi vem trilhando. São programas pioneiros que envolvem desde ações voltadas para a proteção da Mata Atlântica até iniciativas com o propósito de facilitar o acesso de pequenos produtores e agricultores a conhecimentos e ferramentas que incentivam o uso sustentável de suas terras.

As atividades incluem a disseminação da educação ambiental, legalização de propriedades rurais, capacitação, comunicação, promoção da cidadania, proteção de florestas, apoio à criação de reservas particulares, recuperação de nascentes e combate à caça e captura de animais silvestres, entre tantas outras que envolvem o setor privado, governos e terceiro setor.

O presidente em exercício da Apremavi, Edinho Pedro Schäffer, diz que se emocionou com o resultado final. “Em cada página você acaba conhecendo um pouco da história da Apremavi, em cada causa você se envolve e quer saber qual a próxima, com os depoimentos de pessoas você se emociona e sente orgulho de fazer parte da história da instituição”, comenta Edinho.

Capa da livro “Apremavi – 30 anos, 30 causas”. Foto: Arquivo Apremavi.

Depoimento dos artistas

Ismael Martinez, autor das ilustrações que abrem cada um dos 30 capítulos, comenta que foi uma honra fazer parte deste projeto. “Desde o convite para participar do projeto até a entrega da última ilustração, o desafio foi o de corresponder à altura todo o significado deste livro e desta organização. Tecnicamente, a missão era fazer com que as ilustrações servissem de transição entre os textos e as fotografias. A resposta para essa missão encontramos no meio de muitas linhas e espirros coloridos, mantendo o estilo de arte o mais orgânico possível. Que esta obra seja mais uma das sementes plantadas pela Apremavi”, afirma Ismael.

Vitor Sá, fotógrafo desde os 11 anos, acredita que o trabalho da Apremavi é um exemplo de força e determinação. “Desde a primeira vez que eu botei os pés e os olhos nas instalações da Apremavi eu me encantei com a dedicação, a seriedade e o impacto gerado graças ao trabalho deles. Todas as etapas do processo, desde a coleta da semente, até o plantio de uma muda, é fruto de 30 anos de muita pesquisa e profissionalismo. É lindo ver milhares de pequenas araucárias, canelas, ingás, imbuias, palmitos, aos poucos se tornando milhares de Km de florestas restauradas“.

Para o autor do ensaio fotográfico sobre o Viveiro de Mudas Nativas Jardim das Florestas “foi um prazer e uma honra ter sido convidado para fazer parte dessa memória dos 30 anos da Apremavi, fotografando o dia a dia dos profissionais que colocam a mão e a alma e transformam positivamente a vida de tantas pessoas“, disse Vitor.

Autor dos outros dois ensaios fotográficos que estão no livro, o conselheiro e fundador da Apremavi, Wigold Bertoldo Schäffer, relembra que no passado, 30 anos atrás, nenhum dos fundadores da Apremavi sequer imaginava que a caminhada seria tão cheia de resultados e vitórias. “A causa principal era e sempre foi a Mata Atlântica, que na década de 1980 caminhava a passos largos rumo à extinção e era difícil imaginar que isso fosse parado e revertido, mas foi, com muita luta, perseverança, parcerias e trabalho diuturno de uma equipe, mais tarde carinhosamente chamada de família Apremavi em parceria com instituições de todo o Brasil e do mundo“, comenta Wigold.

Quando questionado se valeu a pena o trabalho, ele responde que faria tudo novamente, “claro que se fosse começar hoje, com o aprendizado, encurtaria alguns caminhos e tentaria convidar e envolver ainda mais gente”, responde Wigold.

Wigold acredita ainda que “as novas gerações que chegaram e começam a assumir os rumos da Apremavi terão agora novos 30 anos para manter as conquistas e buscar o desenvolvimento verdadeiramente sustentável, onde todas as espécies de plantas e animais possam viver em harmonia com os seres humanos”.

Lançamento

O lançamento do Livro Apremavi – 30 Anos, 30 Causas acontecerá no próximo dia 26 de abril de 2018 (quinta-feira) na Fundação Cultural de Rio do Sul (SC), a partir das 19h30, e você é nosso convidado!

Confirme a sua presença até dia 24 de abril pelo e-mail info@apremavi.org.br ou pelo telefone (47) 3521-0326.

Autora: Carolina Schäffer.

Projeto Matas Sociais conquista Prêmio Expressão de Ecologia

Projeto Matas Sociais conquista Prêmio Expressão de Ecologia

Projeto Matas Sociais conquista Prêmio Expressão de Ecologia

O Projeto Matas Sociais – Planejando Propriedades Sustentáveis, uma iniciativa da Klabin, em parceria com a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), The Nature Conservancy (TNC) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae), com apoio das prefeituras de Imbaú, Ortigueira e Telêmaco Borba, no Paraná, conquistou o 25º Prêmio Expressão de Ecologia, a maior premiação ambiental do Sul do Brasil.

 

O Prêmio Expressão de Ecologia é um dos maiores prêmios do Sul do Brasil. Foto: Arquivo Apremavi.

Iniciado em maio de 2015, o projeto desenvolve ações que auxiliam o produtor rural na adequação ambiental, legal e paisagística da propriedade, no planejamento e diversificação da produção, fortalecendo iniciativas de associação e cooperativismo, e facilitando o acesso às novas oportunidades de mercado e de desenvolvimento regional. É realizado nos municípios de Imbaú, Ortigueira, Telêmaco Borba e Reserva, no Paraná.

Entre as ações, destaque à realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para 690 propriedades do município de Imbaú e 1.888 de Ortigueira e para o atendimento de 337 propriedades rurais que estão em processo de adequação ambiental. Para isso, foram produzidas e doadas mais de 136 mil mudas de diferentes espécies nativas da Mata Atlântica.

Mais de 100 hectares de áreas de preservação permanente e reserva legal estão em processo de conservação e/ou recuperação. Também houve a implantação de sistemas agroflorestais em 15 hectares e a proteção de 17 nascentes a partir da implantação da metodologia Caxambu, incluindo nesse processo mais de 252 visitas de monitoria.

O trabalho de planejamento de propriedades vai ganhando força e escala e é fortalecido com a análise da paisagem. Destaque à realização da oficina técnica participativa sobre Diálogo do Uso do Solo, que permitiu a identificação de 15 áreas rurais prioritárias para conservação da biodiversidade e dos recursos naturais, 11 para restauração, 16 com potencial para o desenvolvimento de atividades de produção sustentável e 8 áreas urbanas e comunitárias que merecem especial atenção.

O projeto também promove ações voltadas à Educação Ambiental com a comunidade escolar, por meio de palestras, doação e plantios de mudas nativas, visitas técnicas e oficinas teórico-práticas. Essas atividades abordam os temas trabalhados no projeto para promover a integração entre as escolas e a realidade do campo e já envolveram mais de 450 estudantes e funcionários das escolas.

A assistência técnica e extensão rural é feita em mais de 164 propriedades rurais, buscando o fortalecimento econômico e social. Soma-se a esse trabalho o desenvolvimento de mais de 50 ações de capacitação em questões ambientais, sociais e econômicas; o apoio à conversão para a agricultura orgânica em 20 propriedades rurais e a formação de um grupo de agricultores orgânicos qualificado como Organização de Controle Social (OCS).

Todo esse esforço possibilitou o reconhecimento do Projeto Matas Sociais – Planejando Propriedades Sustentáveis com o Selo SESI Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), em 2017, premiação destinada a instituições que possuem práticas voltadas à promoção dos ODS, agenda global da Organização das Nações Unidas (ONU) para o desenvolvimento sustentável do planeta em suas três dimensões: econômica, social e ambiental.

O programa Matas Sociais é a concretização do que prevê nossa Política de Sustentabilidade: apoiar o desenvolvimento das comunidades onde temos operações”, afirma Uilson Paiva, gerente de Relações com a Comunidade da Klabin.

Rosana de Oliveira Silva, gestora de projetos do SEBRAE/PR, ressalta que a iniciativa contribui para que a Agricultura Familiar da região se organize cada vez mais, melhore sua capacidade produtiva, desenvolva suas ações comerciais e com isso, alcancem melhor qualidade de vida. “Os efeitos do projeto são evidentes na vida de cada um dos produtores envolvidos. Fazer parte das instituições parceiras dessa ação é motivo de honra para nós”, comenta Rosana.

Os resultados mostram o trabalho e esforço conjunto que vem sendo desenvolvido em campo pela equipe do projeto, parceiros e apoiadores, com destaque aos agricultores da região, num grande time que abraça a ideia, “põem a mão na massa” e acredita que é possível planejar propriedades e construir cenários para implementar paisagens produtivas sustentáveis que permitam organização social, aumento de produtividade e conservação da biodiversidade”, destaca Marcos Alexandre Danieli, coordenador de projetos na Apremavi.

O Prêmio Expressão de Ecologia

É a maior premiação ambiental do Sul e de maior longevidade no país, com a participação de 2.643 cases inscritos das principais empresas, ONGs, prefeituras e entidades da região durante esses 25 anos.

O Prêmio Expressão de Ecologia foi criado em 1993 pela Editora Expressão, um ano após a Conferência Mundial do Meio Ambiente no Rio de Janeiro – Eco 92. A ideia do prêmio era divulgar as ações ambientais das empresas da região Sul do Brasil e incentivar que outras seguissem o mesmo caminho.

Os projetos vencedores desta edição e também das edições anteriores do Prêmio serão publicados no Livro Trajetória Ambiental do Sul. Esta publicação especial da Editora Expressão circula em julho e será lançada no evento de premiação.

O evento de premiação (Fórum de Gestão Sustentável) será realizado no dia 20 de julho de 2018, na sede da FIESC, em Florianópolis (SC).

Conheça aqui os projetos vencedores  da 25ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia.

Autor: Marcos Alexandre Danieli.

Apremavi esteve na inauguração da RPPN Papagaios de Altitude

Apremavi esteve na inauguração da RPPN Papagaios de Altitude

Apremavi esteve na inauguração da RPPN Papagaios de Altitude

A Apremavi participou, no dia 14 de abril de 2018, da inauguração da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Papagaios de Altitude, em Urupema (SC). A solenidade ocorreu no auditório do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Após o evento, todos foram até a reserva natural para uma interação entre amigos, realizando uma trilha interpretativa dos diferentes ambientes que a reserva natural preserva. A área, de 36 hectares, que está sob responsabilidade da Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA) em parceria com a Universidade de Passo Fundo (UPF) e o Projeto Charão, estará aberta para atividades educativas e de pesquisa.

O nome “papagaios-de-altitude” foi escolhido pelo fato de que, na região, encontram-se as duas espécies de papagaios que o projeto pesquisa e atua em sua conservação, que são o papagaio-charão e o papagaio-de-peito-roxo, e que mantêm uma forte interação com as araucárias. A Floresta com Araucárias, sua rica biodiversidade, a exemplo do Papagaio-de-peito-roxo, e o Papagaio-charão contam com mais uma ação para garantir sua sobrevivência!

A RPPN Papagaios de Altitude tem cenários de tirar o folego. Foto: Arquivo Apremavi.

Conforme o professor da UPF Jaime Martinez, que coordena o Projeto Charão, um dos motivos que levou a equipe a optar por essa área é decorrente do fato de ela localizar-se dentro da área que o papagaio-charão utiliza quando migra para Santa Catarina em busca do pinhão. “Escolhemos essa área também pela grande quantidade de pinheiros que preserva, com objetivo de garantir um estoque estratégico de alimento para os papagaios que voam centenas de quilômetros desde o Rio Grande do Sul em busca desse recurso alimentar”, comenta. “A RPPN Papagaios-de-Altitude apresenta uma parte da área com cobertura de floresta com araucária, áreas com predominância do xaxim e áreas abertas com campos localizadas a uma altitude de 1.450 metros em relação ao nível do mar, onde existe uma ampla turfeira cobrindo os afloramentos rochosos”, descreve Martinez.

Para Edinho Pedro Schäffer, presidente em exercício da Apremavi, poder celebrar a criação de mais uma RPPN foi um momento memorável para a conservação da biodiversidade. A Apremavi que também é proprietária de uma reserva particular, a RPPN Serra do Lucindo, sabe da importância das RPPNs para o bem-estar de todas as formas de vida. Durante a trilha na RPPN Papagaios de Altitude Edinho comentou com os outros participantes o que para ele representa a floresta com araucárias: “lembro muito de minha infância, porque meu avô plantou um bosque de araucárias e sempre me levava lá para coletar pinhões no inverno. Aprendi a gostar, respeitar e trabalhar por sua preservação”, comenta Edinho.

Encontro da Associação RPPN Catarinense

Ainda no dia 14 aconteceu uma reunião da Associação RPPN Catarinense, que teve como um dos pontos de o V Congresso Brasileiro de RPPN, que acontecerá de 26 a 29 de julho de 2018, em Florianópolis, tendo como tema “O Futuro das RPPNs”. São previstos mais de 500 participantes, entre proprietários(as) e gestores de reservas, gestores públicos, representantes de organizações não governamentais, consultores de empresas, pesquisadores, estudantes e demais interessados no tema.

O congresso está sendo organizado pela RPPN CATARINENSE com o apoio da Confederação Nacional de RPPNs (CNRPPN). As inscrições podem ser feitas no seguinte site: www.vcbrppn.com.

Vários proprietários de RPPN também estiveram presentes na inauguração da RPPN Papagaios de Altitude. Foto: Arquivo Projeto Charão.

Autora: Carolina Schäffer.

Parque Nacional dos Campos Gerais trabalha na formação de seu Conselho Consultivo

Parque Nacional dos Campos Gerais trabalha na formação de seu Conselho Consultivo

Parque Nacional dos Campos Gerais trabalha na formação de seu Conselho Consultivo

O Parque Nacional dos Campos Gerais é uma Unidade de Conservação Federal criada em 2006 para proteger a floresta com araucária e os campos nativos. Localizada nos Campos Gerais do Paraná, nos municípios de Ponta Grossa, Castro e Carambeí, a Unidade de Conservação é gerida pelo ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão federal vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Desde 2017, além de ações de regularização fundiária, ordenamento do turismo, educação ambiental, fiscalização, entre outras, a gestão da Unidade vem priorizando a formação de seu conselho consultivo.

O conselho de uma Unidade de Conservação tem como papel principal promover a participação social na gestão da Unidade, sendo um espaço de negociação, discussão, construção coletiva e formação de parcerias que auxiliam na tomada de decisões por parte da chefia e equipe da unidade e no cumprimento de seus objetivos de criação.

Para Valter Silvio Martins Filho, proprietário de Chácara na região do Rio São Jorge, o processo de criação do conselho consultivo é o passo mais importante a ser dado para a gestão democrática de uma unidade de conservação. “A oportunidade de participar deste processo, além de gratificante, garante a gestão participativa prevista na Legislação Brasileira, com a oportunidade de contribuir para a preservação da Biodiversidade  e do Patrimônio Natural da nossa região“, comentou Valter.

Grupo de Trabalho para a formação do conselho do Parque. Foto: Arquivo Apremavi

Todo processo de formação do conselho vem sendo desenvolvido por um Grupo de Trabalho coordenado pelo ICMBio e composto pelas Prefeituras dos municípios de Ponta Grossa, Castro e Carambeí, a Universidade Estadual de Ponta Grossa e a Sanepar, em parceria com a APREMAVI – Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida.

Fazer parte do Grupo de Trabalho nos trouxe um melhor entendimento sobre a região onde está localizado o Parque Nacional. A atuação dos vários agentes envolvidos neste processo, todos buscando um mesmo objetivo nos traz a certeza que bons resultados acontecerão.” Henrique Salgado, Superintendente de Meio Ambiente de Castro.

Com o intuito de garantir uma ampla publicidade ao processo o ICMBio, com apoio do Grupo de Trabalho e da Apremavi, realizou mais de 50 reuniões setoriais e individuais. Comunidades, sindicatos, universidades, organizações não governamentais, instituições públicas, proprietários rurais, etc. foram convidados à participar do processo e  mais de 200 pessoas compareceram às reuniões.

Reunião com representantes do setor produtivo e Instituições governamentais. Foto: Edilaine Dick.

Participe do Conselho Consultivo

O edital de chamamento para Manifestação de Interesse em Participar do Conselho Consultivo do Parque Nacional dos Campos Gerais está aberto até o dia 05 de maio de 2018.

Mais informações podem ser obtidas na sede do ICMBio em Ponta Grossa no endereço: Rua Jaime Pinto Rosas n° 81, Bairro Jardim Carvalho; pelo telefone (42) 3229-0140; ou, pelo e-mail pn_camposgerais@icmbio.gov.br.

Autora: Lilian Vieira Miranda Garcia.

Fórum Florestal do Extremo Sul da Bahia lança novo edital para Monitoramento da Cobertura Vegetal na Bahia

Fórum Florestal do Extremo Sul da Bahia lança novo edital para Monitoramento da Cobertura Vegetal na Bahia

Fórum Florestal do Extremo Sul da Bahia lança novo edital para Monitoramento da Cobertura Vegetal na Bahia

Tendo como objetivo principal dar continuidade ao Programa de Monitoramento Independente da Cobertura Vegetal do Extremo Sul da Bahia. O Fórum Florestal torna público o interesse em contratar um novo processo de monitoramento da cobertura vegetal em 21 municípios do extremo sul e dois municípios do sul.

Este Programa, que teve início em 2010, está iniciando assim sua terceira fase, buscando oferecer para a região uma base de dados confiável e em escala compatível com as diversas necessidades regionais, sejam estes para o planejamento da paisagem, ordenamento territorial, conservação, proteção e, educação ambiental, dentre outros possíveis usos.

Os sistemas de monitoramento geram dados valiosos, que auxiliam a tomada de decisões, contribuindo assim para a gestão e a fiscalização dos recursos florestais e a consequente manutenção da biodiversidade, sendo ferramenta indispensável para a adoção de políticas públicas para a conservação e preservação dos recursos naturais. As informações geradas pelo estudo serão disponibilizadas em formato de mapas em ambiente web, com acesso gratuito, e atualizadas a cada três anos.

É objeto de concorrência a seleção da melhor proposta técnica e comercial para este monitoramento.

Estão habilitadas para participar deste edital organizações sem fins lucrativos, institutos de pesquisa, universidades e empresas, individualmente ou por meio de consórcios ou acordos de parceria estabelecidos entre estas. Os candidatos deverão demonstrar conhecimento da região de monitoramento, principalmente no que se refere às fisionomias da vegetação e à dinâmica do uso do solo regional.

As propostas deverão ser encaminhadas até 17 horas do dia 10 de maio de 2018, por meio de mensagem eletrônica para o endereço de e-mail apoioadmfflorestal@gmail.com

Autor: Oscar Artaza.

Seminário comemora os 10 anos do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina

Seminário comemora os 10 anos do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina

Seminário comemora os 10 anos do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina

No ano de 2018 o Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina está completando 10 anos. Como parte da comemoração, no dia 27 de março de 2018 este Fórum realizou o Seminário – Planejamento da Paisagem e Conservação, na sede do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) – Campus Lages (SC).

O evento reuniu 115 participantes, incluindo representantes de empresas do setor florestal, ONGs, plantadores de florestas, agricultores, extensionistas rurais, órgãos ambientais e poder público municipal, conselhos municipais de meio ambiente, comitês de bacia hidrográfica, empresas de consultoria, estudantes e demais interessados no tema.

O seminário teve início com as boas vindas dadas pelo Prof. Vilson Heck Junior, da direção de ensino do IFSC Câmpus Lages, que enalteceu a importância destes eventos e do papel do Instituto na geração e difusão do conhecimento.

Marcos Alexandre Danieli, secretário executivo do Fórum Florestal PR e SC, abordou sobre o Diálogo Florestal e ações deste Fórum. Enalteceu o diálogo que vem sendo promovido e fortalecido nos 10 anos de existência do Fórum e a importância desse processo para buscar solucões que aliem  produção florestal com conservação da biodiversidade.

Miriam Prochnow, presidente da Apremavi, trouxe a importância do planejamento de paisagens para ambientes sustentáveis, citando o exemplo do arranjo estabelecido entre Prefeitura de Lages e Programas Matas Legais, parceria da Apremavi e Klabin, que viabilizou a elaboração do Plano Municipal de Conservação e Restauração da Mata Atlântica (PMMA).

O PMMA, instituído pela Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/2006) e regulamentado pelo Decreto 6.660/2008, é um instrumento de política pública e tem por finalidade diagnosticar e mapear os remanescentes de vegetação nativa; indicar os vetores de desmatamento e destruição da vegetação nativa; indicar áreas prioritárias para conservação e recuperação da vegetação nativa; e indicar ações preventivas aos desmatamentos ou destruição da vegetação nativa e de conservação e utilização sustentável da Mata Atlântica no âmbito do Município.

Lages, terra da festa do pinhão e capital do turismo rural, é o maior município catarinense e está integralmente na Mata Atlântica com dois tipos de vegetação: Floresta Ombrófila Mista e Campos de Altitude. A elaboração do plano mostrou que o município preserva mais de 173 mil hectares (66%) de sua vegetação nativa, sendo 18% de florestas e 48% de campos de altitude naturais. Para Miriam, “este dado aumenta a responsabilidade dos moradores do município de continuar protegendo, recuperando e utilizando de forma sustentável esse patrimônio para as presentes futuras gerações. As autoridades públicas e a população em geral agora passam a contar com uma importante ferramenta para orientar a conservação e recuperação da Mata Atlântica no município de Lages, para as presentes e futuras gerações”, conclui Miriam.

Michelle Pelozato, bióloga da Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente de Lages, agradeceu e enalteceu as parcerias para a elaboração do Plano da Mata Atlântica no município. “O plano vai nortear toda a política pública e gestão ambiental e precisará do apoio de toda a população para a sua implementação após aprovação”, destaca.

Ivone Namikawa, responsável pelo setor de sustentabilidade florestal da Klabin, falou sobre a certificação florestal como estratégia para o planejamento de propriedades e paisagens.

A certificação é um meio eficaz de ter reconhecimento público e do consumidor pelo manejo responsável das florestas. Representa um compromisso voluntário com os mais elevados padrões sociais e ambientais do mercado e permite o controle dos produtos florestais ao longo da cadeia de abastecimento, desde a floresta de origem”, frisa Ivone.

Um exemplo é apoio do Programa Matas Legais (parceria Apremavi e Klabin) à certificação de pequenos produtores e fornecedores no Paraná, ação que contou com o trabalho de consultoria especializada, 2Tree Consultoria. De 2014 a 2017 já foram certificados com o selo FSC® (Forest Stewardship Council®) 748 produtores no Paraná, o que perfaz mais de 174 mil hectares, sendo 83 mil de efetivo plantio. Este trabalho também vem sendo realizado em Santa Catarina e contribui para agregar valor ambiental, social e econômico às propriedades certificadas, destaca Ivone.

A Prof. Luciane Costa de Oliveira, docente do IFSC Lages, abordou sobre a importância deste Instituto no avanço na sustentabilidade da agricultura familiar na serra catarinense, citando como exemplo os seis anos de trabalho com a agroecologia.

Ela relembrou a grande mobilização da agricultura familiar serrana para a implantação do curso de agroecologia em Lages e do esforço conjunto para colocá-lo em funcionamento, o que tem contribuído para a realização de diversas pesquisas e cursos de qualificação que apromixam o IFSC da comunidade da região.

A grande maioria dos egressos estão no ensino superior e procuraram os cursos das agrárias para seguir seu itinerário formativo, destaca a Prof. Luciane. “Como ciência, a agroecologia atuará diretamente na formação e atuação profissional de nossos egressos. Em médio prazo, a adoção de práticas e comportamentos sustentáveis devem ser notados na serra”, frisa a Prof. Luciane.

Divulgação de materiais do Diálogo Florestal e instituições parceiras. Foto: Marcos Alexandre Danieli.

Reunião do Fórum

No dia seguinte ao Seminário o Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina realizou sua XXIX reunião em Campo Belo do Sul (SC), na sede da empresa Florestal Gateados. Além de discutir assuntos gerais, os participantes puderam conhecer mais sobre a Florestal Gateados na apresentação de Bruna Salami, analista de certificação e meio ambiente. Entre os temas apresentados, Bruna falou sobre a RPPN Emílio Einsfeld Filho, a maior do Estado de Santa Catarina e de propriedade da empresa.

Ao final do encontro foi realizada visita técnica em Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC), percorrendo a trilha da cachoeira e área onde é conduzido o projeto de realocação da bromélia Dyckia distachya, espécie endêmica e ameaçada de extinção que ocorria exclusivamente em ambientes rochosos e de correreiras na Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai e que teve quase todas as suas populações extintas na natureza devido a construção de Usinas Hidreléticas, como a de Barra Grande.

O Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina agradece à equipe do Instituto Federal de Santa Catarina e da Florestal Gateados pelo apoio e parceria na realização destes eventos.

Participe do Fórum Florestal

Você é representante de empresa do setor florestal, de organização ambientalista ou movimento social com atuação no Paraná e Santa Catarina e tem interesse em participar do Fórum? Entre em contato com a secretaria executiva para mais informações: Marcos A. Danieli – marcos@apremavi.org.br

Os encontros do Fórum constituem-se em importantes momentos para a troca de experiências entre os participantes, de maneira que experiências bem sucedidas possam servir de exemplos e replicadas para o setor florestal e organizações ambientalistas.

Autor: Marcos Alexandre Danieli.

Veja como foi o trabalho voluntário que Nara Guichon e Natália Seeger fizeram na Apremavi

Veja como foi o trabalho voluntário que Nara Guichon e Natália Seeger fizeram na Apremavi

Veja como foi o trabalho voluntário que Nara Guichon e Natália Seeger fizeram na Apremavi

Na semana de 19 a 23 de março estiveram aqui no Centro Ambiental Jardim das Florestas a cientista social recém formada, Natália Seeger Duarte, e, a artesã e sócia da Apremavi, Nara Guichon. Participando voluntariamente dos trabalhos no Viveiro Jardim das Florestas, elas ajudaram a coletar e limpar sementes, fizeram canteiros para semear as sementes recém limpas, ajudaram a limpar canteiros de mudas e, entre outras atividades, acompanharam o dia a dia da nossa Equipe.

Natália Seeger acredita que o convívio na Apremavi trouxe uma percepção de que conhecer a terra é conhecer a si mesmo. “A oportunidade de conhecer moradores de Atalanta, assim como os sábios trabalhadores da Apremavi, que com seu conhecimento prático de plantio e uso de diversas espécies de plantas transformaram meu olhar em relação ao ambiente em que vivo, me trazendo inspiração e conhecimento para que eu também possa ser uma semente de transformação e conscientização no local em que eu vivo, de forma simples, prática e eficiente“, comenta Seeger.

Movida pela vontade vital de colaborar de forma prática na restauração do meio ambiente, Nara Guichon é sócia da Apremavi desde março de 1988. Artesã sustentável, Nara comenta que ter passado uma semana na Apremavi, trouxe imensa satisfação. “O convívio com funcionários dos mais diversos setores, a oportunidade de conhecer algumas das atividades da entidade e principalmente de fazer o que para mim é vital, foi uma oportunidade de valor inestimável e que almejo repetir“, afirma Guichon.

Nara e Natália limpando sementes recém coletadas. Foto: Miriam Prochnow.

A artesã sustentável

Nara Guichon é uma artesã fora do comum, uma verdadeira ativista do consumo responsável e da moda sustentável. Em seu Ateliê cria peças únicas a partir de materiais reaproveitados, tinturas naturais, algodão e fibras orgânicas. Transparecendo os cuidados ambientais em cada etapa do seu trabalho, Nara produz desde roupas, como xales, vestidos e echarpes; acessórios como bolsas e colares; até artigos para casa como tapetes, mantas e jogos americanos.

Ganhadora do 30° Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira, na categoria Têxtil, em 2016, Nara preza muito pela preservação das matérias-primas. “Sei que estou ‘remando contra a maré’, mas não me interessa, sigo os meus princípios”, observa.

Atualmente, a artista vende seus produtos em seu ateliê no Sul de Florianópolis, em uma loja localizada dentro do Mercado São Jorge no bairro Itacorubi, e em dois bazares que realiza anualmente em São Paulo. E para quem quiser conferir de perto algumas bolsas, feitas com resíduos da indústria moveleira, é só dar uma passadinha aqui no Centro Ambiental Jardim das Florestas.

Confira abaixo uma galeria de fotos de alguns dos produtos do Ateliê Nara Guichon Têxtil Sustentável, e também um resumo sobre duas iniciativas que Nara desenvolve: as Esponjas rede e o Ecoprint.

Ecoprint

O ecoprint nasce da necessidade de repensar a forma de produzir moda. Ecoprint é uma técnica de estamparia artesanal que proporciona resultados únicos, conexão e respeito com a natureza, independência na produção e um caminho para a produção de moda sustentável.

Entenda um pouco mais sobre a técnica do Ecoprint. Vídeo: Nara Guichon Têxtil Sustentável.

Esponjas rede

Feitas com material oriundo das redes de pesca industriais, que originalmente seriam descartadas, as esponjas rede tem alta durabilidade se comparada as esponjas convencionais.

A esponja comum que utilizamos para a limpeza doméstica é feita de poliuretano, material oriundo do petróleo. Além de não ser reciclável, essa esponja dura em média apenas três semanas por conta dos germes e bactérias que se desenvolvem nela. Uma alternativa eficaz para substituir a esponja comum, e que ao mesmo tempo incentiva a cultura de comunidades tradicionais, são as esponjas feitas com redes de pesca industriais. Sendo eficaz para higiene pessoal, limpeza de alimentos e da casa em geral, além de ser costurada à mão, assim como a rede de relações que surge com ela. Incentive o artesão que produz com responsabilidade social e ambiental”, comenta Nara.

Veja como são feitas as esponjas de rede de pesca. Vídeo: Nara Guichon Têxtil Sustentável.

Suas escolhas criam redes. Compre de quem faz.

Autora: Carolina Schäffer.

Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Lages é apresentado ao prefeito

Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Lages é apresentado ao prefeito

Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Lages é apresentado ao prefeito

O Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Lages (SC), elaborado por equipe técnica da Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Meio Ambiente em parceria com a Associação de Proteção do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), foi apresentado ao prefeito Antonio Ceron, na manhã da última quinta-feira (22 de março).

Na ocasião, os técnicos que elaboraram este importante documento, o qual tem como diretrizes básicas as normas e legislação ambiental em vigor, fizeram explanação geral do trabalho realizado e defenderam a necessidade da aprovação do plano. “Quem aprova é o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), e esperamos que isto entre na pauta da primeira reunião do mês de abril”, disse a presidente da Apremavi, Miriam Prochnow.

O prefeito parabenizou a equipe pelo trabalho e solicitou avaliação técnica adicional em relação, por exemplo, aos futuros licenciamentos ambientais que terão a competência do município. “Sabemos que o plano é importante e foi elaborado dentro das normas e leis ambientais, daí a necessidade de uma consciência municipal diante do documento a ser aprovado”, destacou Ceron.

Miriam entrega cópia do Plano ao Prefeito. Foto: Greik Pacheco.

O Plano

O Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica do município de Lages apresenta um diagnóstico completo da situação da Mata Atlântica no município, realiza uma avaliação da capacidade de gestão ambiental do município, integra ações do Plano Diretor Municipal e dos Planos Setoriais, indica áreas e ações prioritárias para conservação da biodiversidade, apresenta o Mapa de Áreas Prioritárias para Conservação e Recuperação da Vegetação Nativa e sugere um Plano de Ação.

A indicação de áreas e ações prioritárias para conservação e recuperação da vegetação nativa também é um dos requisitos exigidos pelo Decreto 6.660/2008 (art. 43, inciso III) para os Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica.

O Mapa de Áreas e Ações Prioritárias para Conservação e Recuperação da Vegetação Nativa apresenta 11 zonas, todas descritas no Plano de Ação.

O Plano de Ação aponta um conjunto de ações para promover a conservação da vegetação nativa e a recuperação de áreas que tenham sido convertidas ou utilizadas em desacordo com a legislação vigente, a exemplo de áreas de preservação permanente ocupadas com agricultura ou silvicultura.

Além do conjunto de ações, o Plano indica o grau de prioridade das ações, metas, prazos e os atores envolvidos para que o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica se torne uma ferramenta a disposição das autoridades públicas e da população em geral e passe a orientar a conservação e recuperação da Mata Atlântica no município de Lages, para as presentes e futuras gerações.

Wigold Schaffer mostra o Mapa de Áreas Prioritárias para Conservação e Recuperação da Vegetação Nativa do Município de Lages. Foto: Greik Pacheco.

Próximos passos

O Plano segue para aprovação pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Uma vez aprovado, Lages será o segundo município de Santa Catarina a cumprir com determinação legal do Ministério Público. “Pode-se afirmar que 66% do território municipal de Lages é coberto por vegetação nativa, sendo que a média do Estado de Santa Catarina, é de 40%. Lages está bem acima da média nacional, quando se fala em conservação da Mata Atlântica, o que é excelente”, afirma Schäffer.

Plantações Florestais na Paisagem é tema de encontro do Diálogo Florestal

Plantações Florestais na Paisagem é tema de encontro do Diálogo Florestal

Plantações Florestais na Paisagem é tema de encontro do Diálogo Florestal

O Diálogo Florestal Internacional (The Forest Dialogue – TFD), em conjunto com o Diálogo Florestal Brasileiro e a plataforma Nova Geração de Plantações (New Generation Plantation – NGP/WWF), realizou no Brasil, um diálogo de campo sobre Plantações Florestais na Paisagem (Tree Plantations in Landscape – TPL). O evento ocorreu de 12 a 16 de março, na região do extremo sul da Bahia e norte do Espírito Santo, com a presença de mais de 50 representantes de empresas, ONGs ambientalistas e sociais, academia e governo de mais de 10 países.

Atualmente o cultivo de árvores representa apenas 7% da área florestal mundial e fornece um terço da madeira industrial do mundo, proporção que deve aumentar expressivamente nas próximas décadas. É conhecido seu potencial para a prestação de serviços ambientais e para a geração de benefícios sociais, a exemplo do combate às mudanças climáticas e aos esforços de conservação. No entanto, diversos aspectos das plantações florestais mundiais ainda são controversos, e geram custos ambientais e sociais correlatos que podem superar os benefícios gerados.

A iniciativa “TPL” visa explorar a evolução das questões acerca das plantações de árvores no contexto integrado da paisagem, ao envolver as principais partes interessadas a nível internacional, nacional e local; e ao mostrar em campo cases de sucesso e desafiadores.

A iniciativa foi lançada em setembro de 2015, pelo The Forests Dialogue (TFD) durante o XIV Congresso Mundial Florestal, na África do Sul; e o primeiro diálogo de campo foi realizado no Chile, em 2016. A Iniciativa TPL no Brasil se baseou nos resultados da primeira reunião do TFD sobre Silvicultura com Manejo Intensivo (Intensively Managed Planted Forests – IMPF), realizada em 2008, a qual identificou medidas ambientais e sociais prioritárias.

A TPL no Brasil visou revisitar estas medidas para avaliar seu nível de desenvolvimento e implementação efetiva; e propor soluções para os próximos 10 anos, por meio da troca de experiências entre os participantes do diálogo.

 

A seguir compartilhamos uma edição especial feita pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), sobre as visitas realizadas e os pontos prioritários do debate.

Abertura

O Diálogo foi iniciado com uma visita a área da estação ecológica da Veracel, onde Luís Neves Silva, coordenador do NGP Internacional, e Gary Dunning, secretário executivo do TFD, apresentaram as respectivas plataformas, um histórico da discussão sobre as plantações florestais no mundo e as expectativas para a semana de visitas e diálogo.

O presidente da Veracel, Andreas Birmoser, participou da abertura e destacou a importância do histórico do diálogo na região e desta ferramenta como processo de construção conjunta. E reiterou a necessidade de que o diálogo possa trazer soluções e ações concretas para o desenvolvimento da atividade no campo.

Áreas de Conservação – RPPN

A Estação Veracel é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) e se soma a outras seis Áreas de Alto Valor de Conservação da empresa, que correspondem a quase 10 mil hectares (ha). O Plano de Plano de Manejo (PM) da RPPN, revisado no último ano, foi o primeiro no Brasil a incorporar a visão de mudanças climáticas.

Algumas comunidades e fazendas habitam o entorno da área e diversos cuidados são tomados para prover renda e disponibilidade de água, entre outras necessidades, às partes interessadas. Parte da RPPN é caracterizada por vegetação “mussununga”, com solo arenoso exclusivo da região.

A área possui monitoramento de fauna e flora e a equipe vai sempre a campo para verificação. A biodiversidade local é rica, podendo chegar a mais de 300 espécies de árvores em um único hectare. São encontradas importantes espécies de fauna como mutum, jaguatirica, bugio, harpia e onça pintada.

O principal desafio enfrentado pela companhia é a caça ilegal. Uma das grandes vantagens de manter este tipo de reserva nas mãos das empresas é a dedicação. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estima que se tenha um colaborador para uma área de 50 mil m² de Unidades de Conservação Federal, enquanto os 10 mil ha da empresa possuem 18 pessoas envolvidas nas atividades ligadas a gestão da área.

A trilha recebe diversos visitantes e está prevista a implementação de uma trilha inclusiva para que a natureza possa ser percebida e valorizada cada vez mais pela sociedade.

A visita visou mostrar áreas de conservação do setor que vão além dos requisitos legais e demandam significativos investimentos. A apresentação dos programas na RPPN, bem como a implementação de corredores ecológicos foram apontados pelos participantes do evento como um progresso notório desde o início do diálogo na região.

Fomento e Restauração

Em visita à fazenda de um fomentado da empresa Veracel, na região de Porto Seguro, os participantes tiveram a oportunidade de entender o modelo de parcerias florestais entre as empresas e produtores. Entre os pontos que chamaram a atenção do grupo, estão os detalhes do contrato de fomento, em especial da formação de preço da madeira.

O processo de certificação também foi destaque na visita: os fomentados da empresa na região passam por um processo de certificação coletiva, que conta com o apoio da empresa, de consultorias, como a 2Tree, e de entidades, como  a Associação dos Produtores de Eucalipto do Extremo Sul da Bahia (Aspex). O produtor reforçou a importância do apoio da empresa para conseguir a certificação, que seria economicamente inviável de forma independente.

Projeto Assentamentos Agroecológicos

Realizadas visitas a duas áreas pertencentes ao Projeto Assentamentos Agroecológicos, fruto da parceria entre a empresa Fibria e o Movimento dos Sem Terra (MST), na região de Teixeira de Freitas, na Bahia. Foi um momento importante em que os visitantes puderam notar em campo o valor dos processos de diálogo.

Na área visitada, ocupada há 1 ano e 3 meses, cada família possui 10 hectares de área produtiva, em que são realizados plantios integrados como pimenta, banana, coco, mandioca e morango, entre outros.

O assentamento conta com uma escola popular, com um corpo técnico formado por pedagogos e agrônomos, e cujo objetivo é formar a consciência de agroecologia das famílias de assentados. É da escola que saem as principais experiências que serão aplicadas nas áreas produtivas das famílias.

Em apresentações dos coordenadores do projeto do MST para essa área, foi destacado o histórico de conflito com as empresas na região, os principais resultados desta parceria e os desafios que ainda são enfrentados pelos assentamentos, como a ausência de políticas públicas. O coordenador do MST reiterou ao grupo o importante papel das empresas na resolução do parcelamento da terra, de forma que as famílias possam ali se estruturar. Notória tambem a relevância das parcerias entre universidades e estas comunidades, que auxiliam na assistência técnica e no planejamento das propriedades e produção.

Restauração de Áreas

Em visita a áreas de restauração da Suzano foram abordadas as exigências e políticas de uso da terra – federais e estaduais – que demandam a recuperação de áreas, apontadas as dificuldades para o ganho de escala da recuperação, e a importância de parcerias com viveiros locais e institutos de pesquisa para a definição de espécies e modelos a serem implementados.

Além do custo dos processos de enriquecimento e implantação de áreas de florestas nativas, houve grande discussão sobre a necessidade de controle químico de pragas e doenças em áreas de Reserva Legal (RL). Apesar de reconhecerem os esforços do projeto de restauração, ONGs e empresas estrangeiras participantes do diálogo levantaram inúmeras questões quanto ao uso de defensivos químicos.

As ONGs questionaram sobre o impacto ambiental e social das plantações na paisagem (principalmente solo e cursos d’água) e na saúde humana. A empresa defendeu a necessidade contínua de estudos – há alguns ainda inconclusivos – e reiterou seus esforços em pesquisa e estudos para monitorar e mitigar eventuais impactos do uso de defensivos.

Apontados estudos recentes que indicam que estes produtos, na dosagem aplicada no setor, não atingem o lençol freático (não ultrapassam mais que 25 cm do solo). Reiterado que não é possível identificar a origem de alguns dos efeitos – plantio florestal vs cultura agrícola vizinha; e apresentadas as práticas de manejo adotadas para mitigar impactos sociais e ambientais, tanto nos plantios comerciais quanto nas áreas de restauração.

Foi um momento fundamental para a avaliação dos desafios de dar escala aos projetos de restauração no Brasil.

Comunidades tradicionais

No último dia de campo, os participantes visitaram alguns casos de sucesso de programas de relacionamento com as comunidades tradicionais da Fibria: duas comunidades quilombolas e uma aldeia indígena, no Sul da Bahia e no Espírito Santo. Por meio do Programa de Desenvolvimento Rural Territorial, a empresa atua na busca pelo desenvolvimento de fontes de renda e garantia de alimentação e autossuficiência das comunidades.

Nas comunidades quilombolas, o grupo questionou a atuação do estado, principalmente nas questões de saúde e de água, e a existência de espaço para as empresas preencherem essa lacuna governamental. Outros pontos que chamaram atenção dos participantes foram a demanda por geração de emprego, ao mesmo tempo em que se quer assegurar a manutenção das novas gerações aderentes a cultura da comunidade e fixadas na região.

Apresentado também o relacionamento da empresa com as comunidades indígenas da região de Aracruz (ES): desde a demarcação do território pelo governo brasileiro, há 10 anos, abriu-se espaço para diálogo, cessando o pior momento do conflito. Além da demarcação de terras, outro grande benefício foi a certificação, que incentivou o desenvolvimento de um bom relacionamento entre indígenas e empresas. Considerado notável o trabalho das mulheres nas tribos, responsáveis pela confecção e inovação na comercialização de artesanatos.

Observou-se que tais fatores podem ter criado um ambiente favorável, pois houve aumento significativo da população que habita a comunidade. No entanto, as lideranças indígenas reiteraram que ainda existem disputas, mas que a demarcação foi uma grande conquista.

No aspecto ambiental, foi reiterado que as empresas auxiliam no processo de recuperação das áreas, o que permite o retorno da fauna, mesmo em locais próximos aos centros urbanos. Porém, as lideranças indígenas enfatizaram que nem toda a biodiversidade foi recuperada. Ainda são necessários avanços na conexão da paisagem, hoje fragmentada, com importante papel do planejamento da mesma, para melhor uso da terra e recuperação da vegetação natural.

Os participantes reconheceram que a relação das empresas com as comunidades indígenas foi a maior mudança dos últimos 10 anos, desde a última visita do diálogo a região.

Temas prioritários

Os temas considerados prioritários para o desenvolvimento de ações e diálogo no Encontro do TPL no Brasil incluem:

  • Novos modelos de plantações, considerando intensificação sustentável e mudanças climáticas;
  • Engajamento de outros setores produtivos e governo, pensando em modelos de governança;
  • Justiça social na escala da paisagem, considerando aspectos culturais e promoção da autonomia;
  • Novos modelos de restauração florestal, considerando aumento da abrangência;
  • Diversificação na escala da paisagem, com foco em uso da terra, espécies cultivadas e produtos gerados;
  • Plataformas neutras de diálogo, com participação equitativa e equilibrada;
  • Monitoramento e reporte dos resultados alcançados, contemplando aspectos ambientais, sociais e econômicos.

Soluções potenciais e agenda futura

Após os momentos de diálogo e discussões em grupo dos desafios quanto aos temas prioritários, foram apresentadas potenciais soluções para a implementação de ações. O TFD, o NGP e seus membros têm um papel relevante nesta agenda e as soluções propostas serão tema para os futuros diálogos e projetos destas plataformas. Algumas das soluções apontadas nas discussões incluem:

  • O aprimoramento da comunicação sobre o conceito de intensificação sustentável, considerando os esforços já realizados para reduzir consumo e uso de recursos por parte das empresas, e não negligenciando a crescente demanda por produtos de base florestal;
  • A discussão do papel da intensificação sustentável na conservação, restauração e gestão da paisagem, trazendo para o diálogo os benefícios ambientais e sociais (incluindo geração de empregos, transferência de tecnologias, etc) associados a este modelo de produção e uso de tecnologias;
  • Desenvolvimento de ferramentas de monitoramento para a avaliação da performance de modelos de produção baseados em intensificação sustentável; e também do sucesso e da qualidade das áreas restauradas, incluindo qualidade e disponibilidade da água, aumento da biodiversidade e uso de defensivos;
  • Investimento em pesquisa e desenvolvimento para que se tenha evidências para modelos de produção sustentável e para modelos de restauração;
  • Engajamento de diversos níveis de governo para o estabelecimento de políticas que possibilitem a restauração em escala, a geração de benefícios sociais e o estabelecimento de baselines e metodologias de contabilidade, que permitam o entendimento sobre o papel das florestas na mitigação das mudanças climáticas;
  • Incentivar e expandir modelos de fóruns multistakeholder, a exemplo dos comitês de bacias, que possam discutir modelos e mecanismos criativos para garantir financiamento para os projetos de restauração e seus benefícios associados (biodiversidade, água, estoque de carbono, etc);
  • Engajamento e mobilização de outros setores de uso da terra para a proposição de soluções e ações que considerem a gestão da paisagem;
  • Articulação e engajamento de lideranças comunitárias para garantia de participação nas tomadas de decisão na gestão da paisagem;
  • Dar visibilidade para essa necessidade de promoção de justiça social e atuar junto à sociedade para politicas públicas que priorizem a educação.

Ressalta-se o reconhecimento pelos participantes do diálogo, da evolução das condições ambientais, relacionamento com comunidades e interação dos produtores na cadeia de produção florestal da região.

O próximo encontro do TPL foi anunciado e deve acontecer em outubro, na Nova Zelândia.

Autora: Miriam Prochnow.
Pontos em destaque: Indústria Brasileira de Árvores – IBÁ.

Seminário sobre Planejamento da Paisagem e Conservação será realizado em Lages (SC)

Seminário sobre Planejamento da Paisagem e Conservação será realizado em Lages (SC)

Seminário sobre Planejamento da Paisagem e Conservação será realizado em Lages (SC)

No ano de 2018 o Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina está completando 10 anos. Como parte da comemoração, realizará no dia 27 de março de 2018 o Seminário – Planejamento da Paisagem e Conservação.

Planos municipais de Conservação e Restauração da Mata Atlântica, Certificação Florestal e Agricultura Familiar serão os temas apresentados durante o evento que acontecerá na sede do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) – Campus Lages (SC).

O seminário é aberto para participação de empresas do setor florestal, ONGs, plantadores de florestas, agricultores, extensionistas rurais, representantes dos órgãos ambientais e poder público municipal, conselhos municipais de meio ambiente e comitês de bacia hidrográfica, estudantes e demais interessados no tema.

Informações sobre o evento

  • Data: 27 de março de 2018 (terça-feira).
  • Hora: das 13h30 às 17h30.
  • Local: Auditório do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Rua Heitor Vila Lobos, 222 – Bairro São Francisco. Lages (SC).
Programação

13h30 Recepção e inscrição.

13h45 Boas-vindas | Prof. Thiago Meneghel, Diretor-geral do Instituto Federal de Santa Catarina/Campus Lages.

14h00 O Diálogo Florestal e os 10 anos do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina | Marcos Alexandre Danieli, Secretário Executivo do Fórum.

14h20 Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica como ferramenta para o planejamento da paisagem | Miriam Prochnow, Presidente da Apremavi.

15h10 Intervalo e café.

15h40 Certificação Florestal como estratégia para o planejamento de propriedades e paisagens | Ivone Namikawa, Setor de Sustentabilidade Florestal da Klabin.

16h30 Importância do IFSC – Campus Lages no avanço da sustentabilidade da agricultura familiar na serra catarinense: 6 anos de Agroecologia | Luciane Costa de Oliveira, Docente do IFSC – Compus Lages.

17h30 Encerramento.

Para confirmar sua inscrição, que é gratuita, ou para mais informações, entre em contato com Marcos até o dia 23/03/18, no e-mail: marcos@apremavi.org.br.

A discussão sobre o Planejamento da Paisagem e Conservação é imprescindível para garantir o uso adequado do solo e a proteção da biodiversidade. Foto: Arquivo Apremavi.

Sobre o Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina

O Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina é fruto do Diálogo Florestal, uma iniciativa que reúne empresas do setor de papel e celulose e organizações ambientalistas dos estados do Paraná e Santa Catarina, com vistas a construir uma visão comum entre esses setores que leve a ações economicamente viáveis, aumente a escala dos esforços e os resultados para a conservação do meio ambiente, gerando benefícios tangíveis para os participantes do Diálogo e para a sociedade em geral.

Este fórum tem como objetivo geral discutir e encaminhar em nível local os temas que dizem respeito à silvicultura e à conservação. Busca influenciar positivamente em ações de conservação de remanescentes florestais e campos nativos, ser um espaço de diálogo e planejamento que influencie políticas públicas voltadas à conservação ambiental e atuar no desenvolvimento e divulgação de boas práticas para conservação de remanescentes da Mata Atlântica.

Diálogo Florestal: construindo soluções, escrevendo uma nova história. Vídeo: Diálogo Florestal.

Autores: Edilaine Dick e Marcos Alexandre Danieli.

Presidente da Apremavi recebe Troféu Anitas Libertas

Presidente da Apremavi recebe Troféu Anitas Libertas

Presidente da Apremavi recebe Troféu Anitas Libertas

Na última quinta-feira, dia 8 de março, a ONG Anitas Libertas, de Florianópolis (SC), realizou uma cerimônia em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. O auge da cerimônia foi a entrega do troféu que leva o nome da ONG – Troféu Anitas Libertas. Mais de 30 mulheres foram agraciadas com o prêmio, entre elas a atual presidente da Apremavi, Miriam Prochnow.

Além da premiação, a segunda edição do Troféu Anitas Libertas contou com palestras sobre empoderamento feminino, ativismo e ocupação de espaços na sociedade pelas mulheres. Além disso, a programação também contou com atrações musicais, debates e o lançamento do livro Tem Saída?, de autoria da escritora Joana Burigo.

Para a presidente da ONG Anitas Libertas, Albertina Rosso, o prêmio é o reconhecimento da atuação feminina em vários segmentos da sociedade, tanto no mercado de trabalho como junto à família. “Mas, principalmente, queremos incentivar àquelas que se encontram no anonimato”, disse Albertina.

Miriam posa com o Troféu Anitas Libertas. Foto: Arquivo Apremavi.

Dedicatória

Para Miriam é uma grande satisfação receber esta premiação, “dedico esse troféu às ambientalistas do Brasil e também às minhas ancestrais e minhas decendentes. Enquanto mulheres precisamos nos lembrar de nunca perdermos nossa conexão com nossa essência, que é a Natureza. Somos o link direto com a vida e por isso também temos uma grande responsabilidade para com a manutenção da vida no planeta. Que consigamos ser protagonistas de um mundo sustentável e feliz para todas as espécies”.

Autora: Carolina Schäffer.

Apremavi apresenta e entrega o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Lages

Apremavi apresenta e entrega o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Lages

Apremavi apresenta e entrega o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de Lages

No último dia 07 de março, a Apremavi apresentou e entregou à representantes da Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, da Secretaria de Agricultura e Pesca e da Secretaria de Planejamento e Obras do município de Lages o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) do Município.

Em elaboração desde 2016, o Plano é uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Lages, coordenada pela Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente e sua elaboração teve o apoio da Apremavi através do Programa Matas Legais. O Programa Matas Legais é uma parceria entre a Apremavi e a Klabin. Recebeu ainda a colaboração do Ministério Público Estadual, de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e de técnicos da SOS Mata Atlântica, além de instituições locais como a UDESC, UNIPLAC, Epagri, Polícia Militar Ambiental, SESC, CBH Canoas, entre outras.

Presidente e equipe da Apremavi entregam em mãos o PMMA de Lages. Foto: Arquivo Apremavi.

O Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA), instituído pela Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/2006) e regulamentado pelo Decreto 6.660/2008, é um instrumento de política pública e tem por finalidade diagnosticar e mapear os remanescentes de vegetação nativa; indicar os vetores de desmatamento e destruição da vegetação nativa; indicar áreas prioritárias para conservação e recuperação da vegetação nativa; e indicar ações preventivas aos desmatamentos ou destruição da vegetação nativa e de conservação e utilização sustentável da Mata Atlântica no âmbito do Município.

A elaboração do PMMA é também requisito para os municípios que assinam o Termo de Delegação de Atribuições com a Fundação do Meio Ambiente – FATMA, com vistas à execução de programa de gestão florestal compartilhada, mediante delegação de competência ambiental, especialmente em relação ao cumprimento da legislação ambiental vigente.

O Plano

O Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica do município de Lages apresenta um diagnóstico completo da situação da Mata Atlântica no município, realiza uma avaliação da capacidade de gestão ambiental do município, integra ações do Plano Diretor Municipal e dos Planos Setoriais, indica áreas e ações prioritárias para conservação da biodiversidade, apresenta o Mapa de Áreas Prioritárias para Conservação e Recuperação da Vegetação Nativa e sugere um Plano de Ação.

A indicação de áreas e ações prioritárias para conservação e recuperação da vegetação nativa também é um dos requisitos exigidos pelo Decreto 6.660/2008 (art. 43, inciso III) para os Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica.

O Mapa de Áreas e Ações Prioritárias para Conservação e Recuperação da Vegetação Nativa apresenta 11 zonas, todas descritas no Plano de Ação.

O Plano de Ação aponta um conjunto de ações para promover a conservação da vegetação nativa e a recuperação de áreas que tenham sido convertidas ou utilizadas em desacordo com a legislação vigente, a exemplo de áreas de preservação permanente ocupadas com agricultura ou silvicultura.

Além do conjunto de ações, o Plano indica o grau de prioridade das ações, metas, prazos e os atores envolvidos para que o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica se torne uma ferramenta a disposição das autoridades públicas e da população em geral e passe a orientar a conservação e recuperação da Mata Atlântica no município de Lages, para as presentes e futuras gerações.

Capa do PMMA de Lages. Foto: Arquivo Apremavi.

Próximos passos

O Plano passa agora por uma análise da Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente e outras secretarias do município. Depois será apresentado ao prefeito e na sequência segue para aprovação pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente.

O lançamento oficial do PMMA está previsto para abril e a programação do evento será divulgada em breve.

Autores: Carolina Schäffer e Wigold B. Schäffer.
Colaboração: Daiana Barth.

Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica de Santa Catarina é atualizado

Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica de Santa Catarina é atualizado

Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica de Santa Catarina é atualizado

A divulgação pela SOS Mata Atlântica/INPE, do estudo que mostra que o estado de Santa Catarina tem hoje 41,4% (3.967.603 ha) de cobertura vegetal nativa é uma boa notícia. No entanto, devemos analisar esses dados com bastante cautela, pois quantidade não significa necessariamente qualidade. Primeiro porque nem tudo isso são florestas, pois os números incluem todos os tipos de vegetação: florestas, campos de altitude, manguezais e restingas. Segundo porque inclui desde as capoeiras em estágio inicial de regeneração até os raríssimos  fragmentos de floresta bem conservada, boa parte deles dentro de parques e reservas. Terceiro porque esse novo estudo incluiu, pela primeira vez, áreas menores do que 3 hectares, que representam 11,9% desse total, e pela própria condição de fragmentação e isolamento, são áreas pobres em biodiversidade, além de sujeitas a todos os tipos de efeito de borda, como fogo, vento e muitas vezes tratores de esteira.

Segundo o Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC) “menos de 5% das florestas tem características de florestas maduras, enquanto mais de 95% dos remanescentes florestais do Estado são florestas secundárias, formadas por árvores jovens de espécies pioneiras e secundárias, com troncos finos e altura de até 15 metros e baixo potencial de uso. Um quinto das espécies arbóreas registradas há 50 anos pelos botânicos Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein, publicados na Flora Ilustrada Catarinense (REITZ, 1965), não foram mais observadas. Além disso, 32% de todas as espécies arbóreo-arbustivas foram encontrados com menos de 10 indivíduos no Estado”.

Outro dado extremamente preocupante apontado pelo IFFSC é que as florestas estão empobrecidas: na Floresta Ombrófila Mista foram encontradas, em média, apenas 36 espécies lenhosas por remanescente florestal, na Floresta Estacional Decidual 38 e na Floresta Ombrófila Densa 58. O ideal seria que esse índice de espécies lenhosas por hectare variasse de 60 a 100 espécies. Na regeneração ocorre uma situação mais preocupante: na Floresta Ombrófila Mista foram observadas somente 14 espécies, na Floresta Estacional Decidual 15 e na Floresta Ombrófila Densa 57 espécies regenerantes e de sub-bosque. O ideal seria que esse índice variasse de 60 a 100.

Entre as dez espécies dominantes na Floresta Ombrófila Mista encontram-se oito espécies pioneiras e secundárias, isto quer dizer que há pouquíssimos indivíduos de espécies climácicas entre as árvores dominantes na Floresta com Araucárias.

Ainda Segundo o IFFSC, o empobrecimento das florestas catarinenses decorre das “constantes intervenções humanas na floresta, como a exploração indiscriminada de madeira, roçadas e, principalmente no planalto e no oeste catarinense, o pastoreio de bovinos dentro da floresta, surtiram estes efeitos. Eles são potencializados pelo intensivo uso agrícola nos entornos dos remanescentes pequenos (quanto menor a área do remanescente, mais suscetível ele fica às influências dos impactos no entorno, como o uso do fogo e de pesticidas, perda de umidade devido à maior incidência do vento e do sol). Pesa assim o fato de 85% dos fragmentos florestais de Santa Catarina terem área menor que 50 hectares”.

Os efeitos do pequeno tamanho das áreas florestais e de seu uso inadequado resultam num significativo empobrecimento da floresta e na simplificação de sua estrutura. Estes fatores, por sua vez, prejudicam as suas funções protetoras do solo e dos mananciais, bem como sua função de reservatório de carbono e guardião da biodiversidade”, conclui o IFFSC.

O Estado de Santa Catarina está totalmente inserido na Mata Atlântica conforme o Mapa da Área de Aplicação da Lei nº 11.428 de 2006 (IBGE, 2008). Mesmo pobre em biodiversidade, essa cobertura vegetal nativa é um patrimônio considerável que coloca Santa Catarina numa posição ainda privilegiada entre os estados brasileiros da Mata Atlântica, e que apesar do seu empobrecimento estrutural, a cobertura vegetal nativa está em fase de recuperação. Justamente por esta razão ela precisa ser protegida, por exemplo, dos efeitos devastadores do pastoreio bovino no interior dos remanescentes florestais e do uso do fogo, principalmente nos campos naturais no entorno dos remanescentes florestais.  Precisa também ser protegida da exploração clandestina de madeiras nobres e de qualquer tentativa de reabrir o corte ou a exploração com finalidade comercial de espécies climácicas e espécies secundárias.

 

A Mata Atlântica é formada por diferentes tipos de vegetação, incluindo formações florestais nativas e ecossistemas associados. Foto: Wigold B. Schäffer.

O Atlas dos Remanescentes Florestais

O Atlas dos Remanescentes Florestais é uma iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da Arcplan. O levantamento existe há 31 anos e incluía a identificação de áreas preservadas com mais de 3 ha. Ao ampliar o detalhamento dessa leitura, foi possível incorporar áreas naturais, vegetação de porte florestal natural com sinais de alteração (como clareiras) e em estágio inicial de regeneração.

Detalhamento do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica de Santa Catarina. Fonte: SOS Mata Atlântica.

Clique aqui para acessar o mapa do detalhamento do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica de Santa Catarina.

Autor: Wigold B. Schäffer

Entenda porque o PL 6.268/16 é uma ameaça para a Fauna brasileira

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Entenda porque o PL 6.268/16 é uma ameaça para a Fauna brasileira

A caça de animais silvestres no Brasil está proibida desde 1967. Não se pode dizer que tenha acabado, mas de certa forma tem diminuído, principalmente nos estados onde a atuação das polícias ambientais é mais forte e a educação ambiental se faz presente na gestão pública.

Valdir Collato é um dos “maiores expoentes” da bancada ruralista no Congresso, sempre disposto a apresentar ou apoiar projetos de lei que enfraqueçam a legislação ambiental e permitam desmatamento e degradação. Ele é autor do PL nº 6.268/16, que legaliza a caça de animais silvestres. Seu  principal argumento é que “o exercício da caça, desde que controlada, pode ajudar a combater espécies exóticas que oferecem riscos ao ecossistema”, citando o caso do javali, que tem a caça liberada pelo Ibama desde 2013. O deputado, convenientemente, esquece-se que isto é exceção e que, mesmo assim, caçadores certamente aproveitam a oportunidade para matar outros animais.

O javali não é nativo da fauna brasileira e por isso não existem predadores naturais no Brasil. Estes animais europeus foram introduzidos no Rio Grande do Sul na década de 90 e tiveram sua criação permitida por órgãos do governo, a princípio para servir como carne “exótica”. A carne do javali não foi bem recebida pelos brasileiros, e por isso, sem medidas preventivas de controle e fiscalização eficientes, os javalis eram soltos por antigos criadores ou fugiam e encontravam um ambiente favorável para reprodução, ao longo dos anos, a população de javalis cresceu massivamente. Agora a espécie é considerada uma “praga invasora” e como resultado, milhares de animais agora são injustamente submetidos à perseguição e a uma morte cruel como “solução” para um problema que foi causado e perpetuado pelo homem.

Reconhecemos que, ainda assim, este é um problema ambiental, sanitário e social crítico e que precisa ser atendido. No entanto, incentivar que a população pratique a caça é uma medida arriscada e imoral que vai contra os esforços do país para promover práticas de bem-estar animal. A crueldade da matança estende-se não só a esses animais, como também aos cães, que estão sendo criados para matar esse animais silvestres, muitos cães morrem durante a caçada ou são abandonados pelos caçadores, por não terem mais utilidade. Além de ser desumana, a matança de animais silvestres também prejudica outras espécies. O restante da fauna também está ameaçado pelas armadilhas, perseguição por cães e ferimentos de bala e muitas vezes, enfrentando horas de sofrimento antes de morrer. A arara azul, a onça pintada, o mico leão dourado, a capivara e tamanduá são alguns dos integrantes de uma lista com mais de 350 animais nativos que estão ameaçados.

A caça na verdade serve para o gozo dos caçadores, uma verdadeira exteriorização do prazer pelo abate ou simplesmente para o tráfico de material biológico. A caça de animais silvestres nativos de nossa fauna deve ser repudiada, continuar sendo crime e fiscalizada. Nossa fauna, já tão pressionada e devastada, deve ser protegida e não destruída.

Fundamental lembrar que a aprovação deste PL interessa diretamente a indústria armamentista brasileira e suas congêneres, principalmente americanas, maiores exportadoras de armas do planeta. E será forte estímulo à liberação de venda de armas no país, bandeira constante das mesmas e daqueles que as representam no Congresso. Não há melhor exemplo do que os EUA onde anualmente morrem dezenas de pessoas, inclusive crianças, boa parte delas com “armas de caça”.

Liberar a caça significa envolver crianças que aprenderão e assimilarão a crueldade com a morte de animais, numa sociedade em que  a violência já atingiu níveis perigosos. Certamente perseguir, caçar e mata-los num ritual que pode se comparar à Idade Média , não contribui para uma cultura de busca de paz.

Vale ressaltar ainda de que se esta proposta for aprovada, assistiremos ao aceleramento absurdo de extinção de espécies animais no país e, isto é inaceitável.

Em dezembro de 2017 o PL foi rejeitado pelo então presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara. Mas conhecendo a trajetória de muitos deputados que tem legislaturas atuais, a qualquer momento o assunto pode novamente vir a ser pauta. Nossa única esperança de impedir a aprovação de uma proposta como estas é expressar a nossa indignação. Mande uma mensagem de repúdio para o Deputado Valdir Colatto (dep.valdircolatto@camara.leg.br). Faça parte da campanha #ContraACaça. Espalhe essa ideia!

Analisando os artigos do PL

A Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) tem analisado os artigos do Projeto de Lei nº 6.268/2016 usando como como base o parecer do deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados, que rejeitou o projeto em dezembro do ano passado.

  • Artigo 15 e as tais reservas cinegéticas

Para quem desconhece o termo, cinegética é a ‘arte de caçar com cães’, um termo arcaico que, adjetivando a palavra ‘reserva’, procura ser mais simpático que fazenda de caça“, explicou Tatto.

Os caçadores levam cães treinados para matar, que perseguem o animal, às vezes por horas, levando-o ao estresse e ao cansaço extremos. Ele então é “abatido” (Valdir Colatto nunca usa o termo “morto”) a tiros ou estraçalhado pelos cães.

  • Artigo 20 e sugestão de eutanásia e abate de animais silvestres

O artigo 20 sugere que a eutanásia e o abate (leia-se “caça”) de animal silvestre só são admissíveis: (“só são”? como se fosse apenas excepcional!)

I – para espécimes que sofreram graves injúrias (quando forem muito xingados? – INEXPLICÁVEL!)

III – quando o animal for considerado nocivo às atividades agropecuárias e correlatas, mediante apresentação de laudo comprobatório pelo órgão competente  (e quando a atividade agropecuária é nociva à sobrevivência deles por destruir seus habitats e poluir as águas? Prevê-se o “abate” dos responsáveis? – INCONCEBÍVEL!)

VI – para os espécimes provenientes de resgates em áreas de empreendimentos sujeitos a licenciamento ambiental, de acordo com critérios estabelecidos em regulamento estabelecido pelo órgão ambiental competente (no licenciamento atual, há, pelo menos no papel, critérios claros de proteção da fauna silvestre [não se incluem exóticos, como javali e lebres] em empreendimentos licenciados, que prevêem a possibilidade de resgate e reintrodução em outros locais. O “nobre” parlamentar deve achar que isto dá trabalho e tem custo. E encontrou a solução: matar todos eles. Algum paralelo com a máxima que ainda vale para muitos: “índio bom é índio morto”? – INACREDITÁVEL!)

Parágrafo único. O manejo previsto no caput deste artigo pode ser realizado em unidades de conservação da natureza (os lugares onde os animais vivem são invadidos e destruídos, inclusive em torno de unidades de conservação. Eles ficam com fome e saem em busca de comida. E aí podem ser caçados porque estão prejudicando os lucros de quem destruiu seu habitat. E não é suficiente: se o coitado conseguir fugir para dentro do parque, os caçadores podem entrar e matá-lo. Um proprietário cria uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) para proteger o meio ambiente, que inclui os animais, e o deputado Colatto quer que o vizinho “incomodado” tenha direito de entrar nela e matar. Seria cômico, se não fosse tanto cinismo! – INSANO!).

 

A Apremavi repudia, de forma veemente, todas as iniciativas que pretendem alterar a legislação federal brasileira, a fim de autorizar a caça de animais silvestres.

A campanha no Change ainda está no ar. Nos ajude a conseguir mais assinaturas contra o projeto de lei que autoriza a caça de animais silvestres!

Autoras: CarolinaSchäffer e Miriam Prochnow

Unidavi recebe exposição As Belezas da Mata Atlântica

Unidavi recebe exposição As Belezas da Mata Atlântica

Unidavi recebe exposição As Belezas da Mata Atlântica

A Mata Atlântica é o local onde vivemos. Venha conferir a exposição que mostra as suas belezas e se apaixone!

 

A exposição itinerante “As Belezas da Mata Atlântica” do fotógrafo Wigold B. Schäffer está na sua segunda exibição. A mostra está exposta na UNIDAVI ao longo do mês de fevereiro. A abertura é hoje, dia 15 de fevereiro de 2018, a partir das 18h.

Convite para abertura da exposição. Foto: Arquivo Apremavi.

Sobre a exposição

A exposição “Belezas da Mata Atlântica”, do fotógrafo e conselheiro da Apremavi Wigold B. Schäffer, nasceu da ideia de divulgar a riqueza da Mata Atlântica, um Bioma biodiverso em sua fauna, flora e população. Composta com 115 quadros com belas imagens da Floresta Atlântica, a mostra teve sua primeira exibição no Centro Ambiental Jardim das Florestas no dia do aniversário de 30 anos da Apremavi.

Iniciativa da Apremavi, a exposição contou com o patrocínio da Klabin e o apoio para impressão e moldura do Foto Marzall.

A exposição fotográfica é montada de forma a ser itinerante, permitindo que outros ambientes culturais e/ou educacionais também recebam a mostra. Além disso, todas as fotografias estão à venda e o dinheiro arrecado será doado inteiramente para a Apremavi.

Se você tem sugestões de onde a exposição pode ser exibida e / ou tem vontade de adquirir uma das fotografias da mostra, entre em contato com o artista através do e-mail wigold.schaffer@gmail.com.

Autora: Carolina Schäffer.

Apremavi ajuda a arborizar praça central em Rio do Sul

Apremavi ajuda a arborizar praça central em Rio do Sul

Apremavi ajuda a arborizar praça central em Rio do Sul

Na manhã de terça-feira, 13 de fevereiro, aconteceu o plantio de 16 mudas de árvores nativas no centro da cidade de Rio do Sul (SC). A ação foi realizada na Praça Ermembergo Pellizzetti como medida compensatória pela substituição de sete outras árvores que foram retiradas do mesmo local. As árvores retiradas eram de espécies exóticas e apresentavam sinais de podridão.

Segundo o coordenador geral da Apremavi, Edegold Schäffer, é de extrema importância a substituição dessas árvores antigas para garantir a segurança dos pedestres que caminham pela calçada ou frequentam a Praça. “Optamos pelo plantio de mudas de espécies nativas que apresentam um sistema radicular e uma copa mais apropriada para o local. Para proporcionar sombra em menor tempo, foram plantadas mudas com tamanho superior a 2 metros de altura”, complementa Edegold.

Visando o embelezamento da Praça foram plantadas árvores ornamentais que produzem, além de sombra, flores e frutos para atrair a fauna e também para o consumo da população local. Foram plantados exemplares das seguintes espécies de árvores nativas: Cereja, Uvaia, Ipê-amarelo, Jambo, Pau-ferro, Sete-capotes, Guamirim e Canelinha.

Edegold mostra a muda nativa que irá substituir a árvore exótica recém cortada pela Prefeitura de Rio do Sul. Foto: Grasiela Hoffmann.

A iniciativa

A iniciativa para deixar a cidade mais verde e florida é fruto da parceria iniciada em novembro de 2017 entre Apremavi, a Prefeitura Municipal de Rio do Sul e a RBA TV. As ações de plantio na área urbana de Rio do Sul terão continuidade no decorrer do ano. Novos plantios serão anunciados em breve.

Autores: Grasiela Hoffmann e Edegold Schäffer.
Revisão: Carolina Schäffer.

Faça parte da equipe da Apremavi

Faça parte da equipe da Apremavi

Faça parte da equipe da Apremavi

Você tem interesse e é engajado na conservação e restauração de florestas?

 

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) está com 02 (duas) vagas abertas para atuação em projetos ambientais. As vagas são para a sede da Apremavi em Atalanta, Santa Catarina. Confira os detalhes a seguir.

O processo seletivo

Entre 14 e 28 de fevereiro de 2018, a Apremavi está em processo seletivo para contratação de profissionais que tenham interesse em atuar nos projetos de Conservação e Restauração Florestal desenvolvidos pela instituição, em especial no âmbito do projeto Restaura Alto Vale. São 02 (duas) vagas, 01 (uma) para Nível Médio e 01 (uma) para Nível Superior.

Perfil

  • Formação em Técnico Florestal, Ambiental, Agropecuário ou outras áreas relacionadas;
  • Graduação em Ciências Biológicas, Agronomia, Engenharia Florestal, Engenharia Ambiental ou outras áreas relacionadas;
  • Desejável conhecimentos sobre meio ambiente e comprometimento com as causas ambientais;
  • Facilidade de comunicação e disposição para trabalhar com os diferentes públicos envolvidos nos projetos;
  • Estar habituado a estabelecer prioridades e cumpri-las com pontualidade e com atenção a detalhes.

Atividades

Os trabalhos a serem realizados pelos profissionais envolvem o planejamento e mapeamento de propriedades rurais, recuperação de áreas degradadas, educação ambiental, entre outras atividades.

Confira os demais pré-requisitos nos termos de referência abaixo:

  • TDR Técnico de Nível Médio
  • TDR Técnico de Nível Superior

Como faço para me candidatar?

Interessados em participar do processo seletivo devem enviar o currículo para o e-mail info@apremavi.org.br com o assunto “VAGA – Nível Médio” ou “VAGA – Nível Superior” até o dia 28 de fevereiro de 2018. Candidatos pré-selecionados serão contatados para a realização de entrevista.

Atenção: só serão contatados os selecionados para as fases seguintes.

Desde 1987 a equipe da Apremavi encara os desafios e põe a mão na massa. Foto: Vitor Sá.

Autora: Edilaine Dick.

Apremavi inicia projeto Restaura Alto Vale

Apremavi inicia projeto Restaura Alto Vale

Apremavi inicia projeto Restaura Alto Vale

Restaura Alto Vale é o mais novo projeto da Apremavi. Iniciado em janeiro de 2018 tem como objetivo restaurar áreas degradadas da Mata Atlântica, contribuindo com a adequação de propriedades rurais e a conservação de mananciais hídricos e da biodiversidade no Alto Vale do Itajaí.

O Restaura Alto Vale é uma ótima oportunidade para o agricultor familiar recuperar as áreas de preservação permanente de sua propriedade e adequar-se a legislação ambiental. O projeto conta com o patrocínio do BNDES e tem como parceiros a AMAVI, a UNIDAVI, a EPAGRI, a Prefeitura Municipal de Atalanta e o ICMBio, assim como vários outros atores locais.

Time de parceiros do projeto Restaura Alto Vale. Foto: Arquivo Apremavi.

As atividades práticas já começaram

Durante o mês de janeiro uma equipe de técnicos e viveristas da Apremavi, com apoio do consultor Beto Mesquita, visitou três (03) viveiros no Estado de São Paulo. As visitas serviram para buscar conhecimento e novas tecnologias que podem auxiliar na modernização do processo de produção de mudas nativas do Viveiro Jardim das Florestas.

Já no dia 1º de fevereiro, a equipe da Apremavi participou do “Seminário interno sobre Produção de Mudas e Restauração Florestal” para conversar sobre o conhecimento adquirido pela Apremavi ao longo dos seus 30 anos de experiência e aprofundar o debate a cerca das inovações que devem vir a ser adotadas nos próximos anos.

Beto Mesquita, que também acompanhou o seminário na Apremavi, comenta que para ele foi uma oportunidade única participar deste momento tão importante para a instituição. “Há 30 anos a Apremavi realiza um trabalho fantástico pela proteção e restauração da Mata Atlântica. Raras são as organizações que após três décadas de lutas e resultados se mantêm pujantes e olhando para o futuro. Pouquíssimas tem a estrutura sólida que eles têm. Estou tendo o privilégio de colaborar com este momento, ajudando a planejar as inovações que farão a diferença no Viveiro Jardim da Floresta e nos projetos de restauração que eles executam“, disse Beto.

A reunião técnica de lançamento do projeto ocorreu no dia 06 de fevereiro, no Centro Ambiental Jardim das Florestas em Atalanta (SC) e contou com a presença dos parceiros do projeto.

Para Miriam Prochnow, presidente da Apremavi, todas as atividades executadas no âmbito do projeto até aqui são de muito aprendizado e integração. “Tenho certeza que os próximos passos serão decisivos para ampliar agenda da restauração no Alto Vale do Itajaí e em Santa Catarina“, comentou.

Como fazer parte do projeto?

A Apremavi já possui um cadastro inicial com uma lista de propriedades que serão as parceiras deste projeto. Entretanto poderemos ampliar nosso cadastro e, por isso, solicitamos que todos os agricultores interessados em participar do projeto entrem em contato da seguinte forma:

  • Comunicando interesse a um agente da Epagri ou da Secretaria de Agricultura do seu município; ou,
  • Diretamente com a Apremavi pelos telefones (47) 3521-0326 e 3535-0119 ou pelo e-mail: info@apremavi.org.br

Entenda o projeto

O Projeto Restaura Alto Vale, que será executado de 2018 a 2020,  tem como objetivo restaurar áreas degradadas da Mata Atlântica, contribuindo com a adequação de propriedades rurais e a conservação de mananciais hídricos e da biodiversidade no Alto Vale do Itajaí.

Tem o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, tendo sido aprovado no edital BNDES Restauração Ecológica – Foco 01/2015.  O edital tem como objetivo propiciar o aumento da cobertura vegetal com espécies nativas, além de fortalecer a estrutura técnica e de gestão da cadeia produtiva do setor de Restauração Ecológica no Brasil.

O público beneficiário são agricultores familiares, que tenham propriedades com tamanho de até quatro módulos fiscais. A região prioritária será o Alto Vale do Itajaí, mas existe a possibilidade de atuação também no Médio Vale do Itajaí e Planalto Norte de Santa Catarina. Para estarem aptas a receber apoio do projeto, as propriedades deverão estar cadastradas no Cadastro Ambiental Rural, o CAR.

O Restaura Alto Vale é uma ótima oportunidade para o agricultor familiar recuperar as áreas de preservação permanente de sua propriedade e adequar-se a legislação ambiental.

Para saber sobre o projeto clique aqui.

Restauração de áreas degradadas é o objetivo principal do Restaura Alto Vale. Foto: Arquivo Apremavi.

Autoras: Carolina Schäffer e Edilaine Dick.

Parque Nacional dos Campos Gerais inicia formação do conselho consultivo

Parque Nacional dos Campos Gerais inicia formação do conselho consultivo

Parque Nacional dos Campos Gerais inicia formação do conselho consultivo

Em 2017, o Parque Nacional dos Campos Gerais deu um importante passo, com o início da formação do conselho consultivo da Unidade.

Com o objetivo de aproximar diferentes atores com a gestão do Parque Nacional (PARNA) dos Campos Gerais, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) iniciou no ano de 2017, o processo de formação do conselho consultivo desta Unidade de Conservação (UC).

O conselho é um espaço de participação da sociedade, de negociação, discussão, construção coletiva e formação de parcerias que auxiliam na tomada de decisões por parte da gestão da unidade e no cumprimento do objetivo de criação da UC.

A formação dos conselhos em UCs é prevista no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei nº 9.985/2000), e tem seu processo orientado pela Instrução Normativa ICMBio nº 9, de 05 de dezembro de 2014.

O processo de formação do conselho consultivo do Parna dos Campos Gerais é coordenado pelo ICMBio, em parceria com Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e apoiado por um  Grupo de Trabalho formado por representantes das Prefeituras Municipais de Castro, Carambeí e Ponta Grossa, Sanepar e Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Atualmente, o processo está na fase de mobilização das instituições e atores com atuação e/ou que possuem relação com o Parque, através da realização de reuniões setoriais.

Essas reuniões têm como objetivo passar informações sobre o Parna dos Campos Gerais, sobre o processo de formação do conselho consultivo, ouvir os diferentes atores envolvidos, tirar dúvidas e divulgar os próximos passos.

De setembro até dezembro de 2017, foram realizadas mais de 30 reuniões envolvendo diferentes setores, comunidades rurais, associações, sindicatos, prefeituras, câmaras de vereadores, proprietários com áreas localizadas no interior da Unidade entre outros atores.

A etapa de mobilização da sociedade está prevista para ser finalizada no primeiro semestre de 2018 com a publicação de edital para cadastramento das organizações interessadas em fazer parte do conselho consultivo do Parna dos Campos Gerais.

Confira o resumo das atividades realizadas até o momento.

Etapas para formação do conselho consultivo. Fonte: ICMBio, 2015.

Sobre o Parque Nacional dos Campos Gerais

O Parque Nacional dos Campos Gerais é uma Unidade de Conservação (UC) Federal e tem como objetivo preservar os ambientes naturais ali existentes com destaque para os remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e de Campos Sulinos, realizar pesquisas científicas e desenvolver atividades de educação ambiental e turismo ecológico.

O Parna foi criado por Decreto Federal s/nº no dia 26 de março de 2006, possui área de 21.286 hectares e abrange parte dos municípios de Ponta Grossa, Castro e Carambeí no Estado do Paraná. É administrado pelo ICMBio.

A Cachoeira da Mariquinha, a Furna do Buraco do Padre, a Cachoeira do Rio São Jorge, as Furnas Gêmeas, são alguns dos atrativos turísticos localizado no interior da Unidade. Associado aos Campos Nativos e aos Capões com Floresta com Araucárias, são encontrados espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção.

Formação de campo nativa no Parna dos Campos Gerais. Foto: Edilaine Dick.

Informações sobre o Parna Campos Gerais e o processo de formação do conselho consultivo

Lilian Vieira Miranda – Chefe do Parna dos Campos Gerais
ICMBio – Ponta Grossa (PR)
Rua: Jaime Pinto Rosas, 81 – Jardim Carvalho
Tel: (42)32290140
E-mail: pn_camposgerais@icmbio.gov.br

Autora: Edilaine Dick.

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