No 10º aniversário, OCF avalia a implementação do Código Florestal em evento

No 10º aniversário, OCF avalia a implementação do Código Florestal em evento

No 10º aniversário, OCF avalia a implementação do Código Florestal em evento

Nos dias 25 e 26 de outubro a Apremavi participou do evento realizado pelo Observatório do Código Florestal (OCF) para discutir a implementação do regramento ambiental. O encontro celebrou uma década de criação do observatório.

A sequência de reuniões ocorreu em Brasília e contou com a participação das organizações da sociedade civil que compõem a rede e com representantes dos governos federal, estaduais e municipais. Entre os temas debatidos nos grupos de trabalhos temáticos estão os desafios e gargalos para implementação do Código e boas práticas, como: o Cadastro Ambiental Rural (CAR), Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs), o Programa de Regularização Ambiental (PRA), restauração, incentivos econômicos, fiscalização e transparência. 

Maíra Ratuchinski, Técnica Ambiental da Apremavi e representante da instituição  no evento, falou sobre a experiência da implementação do Código Florestal no âmbito do projeto Implantando o Código Florestal, com foco em Santa Catarina: “No estado de SC o PRA ainda não foi implementado. Porém, a Apremavi tem apoiado fortemente os proprietários rurais no planejamento e adequação ambiental dessas propriedades.

Além disso, ela relatou como a implementação é realizada na prática: “Realizamos visitas em propriedades rurais para verificar as informações do Cadastro Ambiental Rural. Identificamos inconsistências, se houver, planejamos medidas ambientais e discutimos a restauração com os proprietários. Em seguida, doamos mudas e usamos drones para mapear o uso do solo. Acreditamos que a regulamentação dos Programas de Regularização Ambiental (PRAs) pelos estados proporcionará segurança jurídica aos proprietários rurais”.

Encontro realizado pelo Observatório do Código Florestal entre os dias 25 e 26 de outubro em Brasília para discutir a implementação do Código. Foto: Maíra Ratuchinski,
Encontro realizado pelo Observatório do Código Florestal entre os dias 25 e 26 de outubro em Brasília para discutir a implementação do Código. Foto: Maíra Ratuchinski
O Observatório do Código Florestal

O Observatório do Código Florestal (OCF) foi criado há dez anos, e hoje conta com uma rede de cerca de 40 organizações brasileiras, que atuam coletivamente para monitorar a implementação bem-sucedida da Lei Florestal, fortalecendo o papel da sociedade civil na defesa da vegetação nativa brasileira. Com isso, visa a proteção dos biomas e dos valores culturais, a produção sustentável e a recuperação de ambientes naturais.

Nessa década, construímos muito conhecimento, ferramentas e informações para viabilizar a implementação da lei. Agora precisamos tornar essas ferramentas conhecidas e de uso para o poder público, para os produtores rurais, para o próprio Ministério Público e para a sociedade como um todo”, comenta Roberta del Giudice, secretária executiva da rede. “São instrumentos que possibilitam a formulação e implementação de políticas públicas para a implementação da lei”, completa.  

Apesar dos avanços e das ferramentas criadas ao longo da última década, os desafios para a efetiva implementação do código ainda são diversos e exigem esforços de todos os envolvidos – de produtores rurais aos governos em níveis municipais, estaduais e federais. O trabalho a ser feito é essencial para diminuição dos números de desmatamento e de degradação ambiental do país e para o cumprimento em compromissos firmados internacionalmente contra a crise climática, visto que regula diretamente as formas de uso e ocupação do território brasileiro.  

“Trabalhar para que as leis ambientais sejam cumpridas e implementadas é um dos objetivos da Apremavi. O Código Florestal é uma das leis mais importantes no Brasil e sua efetiva implementação é uma das formas de se combater as consequências das mudanças climáticas e garantir o bem-estar de todas as espécies. Participar de uma rede como o OCF faz com esse trabalho seja mais forte e eficiente, além de promover um importante intercâmbio e troca de experiências entre as organizações parceiras”, comenta Miriam Prochnow, co-fundadora, diretora e coordenadora de projetos da Apremavi.

 

> Saiba mais sobre o trabalho do OCF


O Observatório do Código Florestal também é a entidade responsável por agrupar os atores da Sociedade Civil que constituem o consórcio executor do projeto Políticas, Práticas, Transparência e Governança para Implementação do Código Floresta. A iniciativa tem como objetivo geral reverter e reduzir a perda de florestas no Brasil, e conta com a Apremavi para desenvolver atividades para a retificação do Cadastro Ambiental Rural, desenvolvimento de Projetos de Recuperação Ambiental (PRA) e de incidência política para a implantação plena do Código Florestal. 

 

 

Autora: Maíra Ratuchinski, com informações do OCF.
Revisão: Thamara Santos de Almeida e Vitor Lauro Zanelatto.
Foto de capa: Comunicação do Observatório do Código Florestal.

Apremavi e parceiros avançam no monitoramento da restauração ecológica

Apremavi e parceiros avançam no monitoramento da restauração ecológica

Apremavi e parceiros avançam no monitoramento da restauração ecológica

Entre os dias 18 a 21 de setembro, a Apremavi e a Klabin, por meio dos times técnicos dos programas Matas Legais e Matas Sociais de Santa Catarina e do Paraná – com apoio da equipe do Projeto + Floresta – realizaram mais uma semana de monitoramento em áreas restauradas nas cidades de Arapoti, Cândido de Abreu, Curiúva, Imbaú, Ortigueira e Reserva, no Paraná. A iniciativa faz parte de um acompanhamento constante realizado pelas equipes, a fim de verificar de perto o desenvolvimento e evolução das áreas atendidas pelos projetos Matas Legais e Matas Sociais.

As ações também visam proporcionar mais um momento de troca com os proprietários parceiros, incentivando a aplicação dos indicadores que regem o “Guia de Monitoramento de Projetos de Restauração de Áreas Degradadas e Alteradas” elaborado pela Apremavi com apoio da Klabin, cujo objetivo é planejar ações necessárias visando à recuperação da vegetação nativa, buscando fortalecer os corredores ecológicos do Estado do Paraná. A primeira avaliação do guia ocorreu em maio deste ano e essas novas ações dão continuidade aos esforços da Apremavi na melhoria do monitoramento da restauração dos projetos executados pela instituição.

No total, foram visitadas 27 propriedades atendidas pelo Matas Legais com monitoramento em 44 áreas de intervenção, somando 35,58 hectares distribuídas entre as seguintes metodologias: condução da regeneração natural, plantio de mudas em área total e enriquecimento ecológico. Já pelo Matas Sociais, 23 propriedades foram visitadas com aplicação de monitoramento em 28 áreas de intervenção. As áreas monitoradas somam 9,9 hectares distribuídas nas mesmas metodologias citadas anteriormente.

“Como a Apremavi possui atuação em diferentes regiões, oportunizar momentos como esse é fundamental para promover o engajamento da Equipe. Além da execução da atividade principal que é o monitoramento, foi um período para troca de experiência e compreensão da realidade de cada Programa”, comenta Maurício Reis, Coordenador de Projetos da Apremavi.

“Além de prestar a consultoria inicial, mais importante que isso é o acompanhamento periódico. É gratificante ver o desenvolvimento e o avanço que os proprietários e as áreas têm ao longo da parceria, evoluindo passo a passo”, disse Henrique Luvison, gerente de Responsabilidade Ambiental da Klabin.

Apremavi e parceiros avançam no monitoramento da restauração ecológica. Foto: Maurício Reis

Registros das ações de monitoramento da restauração ecológica realizado em propriedades atendidas pelo Matas Legais no Paraná. Fotos: Maurício Reis e Edilaine Dick.

Matas Legais

É uma iniciativa da parceria entre a Apremavi e a Klabin que ocorre em Santa Catarina e no Paraná. O projeto desenvolve ações para o planejamento de propriedades e paisagens, estratégias de conservação e sustentabilidade para o fomento florestal, que ajudam a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, e a melhorar a qualidade de vida da população.

A palavra legal procura traduzir dois sentidos: o de cumprimento da legislação ambiental e o de expressão de um lugar agradável, bonito e bom para viver.

> Conheça o Matas Legais

 

Matas Sociais

É uma parceria entre a Klabin, a Apremavi e o Sebrae que também ocorre em Santa Catarina e no Paraná. O objetivo é contribuir para o fortalecimento social, econômico e ambiental de pequenas e médias propriedades rurais em benefício da agricultura familiar e do desenvolvimento sustentável.

> Conheça o Matas Sociais

 

Autor: Maurício Reis.
Revisão: Thamara Santos de Almeida, Edilaine Dick e Elder Monteiro.

Apremavi participa de encontro do Comitê Brasileiro da IUCN

Apremavi participa de encontro do Comitê Brasileiro da IUCN

Apremavi participa de encontro do Comitê Brasileiro da IUCN

No último dia 18 de outubro, a Apremavi esteve presente no encontro do Comitê Brasileiro da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), em Brasília (DF).

Para avançar na discussão de agendas relevantes para a conservação da biodiversidade no Brasil, nesse primeiro encontro presencial pós-pandemia, o comitê reuniu representantes das organizações membro, entre elas, além da Apremavi, SAVE Brasil, Instituto Ekos, Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), Ipê Pesquisas Ecológicas, WCS Brasil, Fundação Grupo Boticário, Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (CEPAN), Associação de Zoológicos do Brasil, Ecoa e Associação de RPPN e Outras Reservas Privadas de Minas Gerais (ARPEMG).

O encontro, que aconteceu na sede do ISPN, também contou com a presença do Diretor do Escritório Regional da IUUICN para a América do Sul, Gabriel Quijandría, da Coordenadora Regional do Programa IUCN América do Sul, Connie Espinoza, e de Carlos Eduardo Marinelli, secretário substituto da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais.

 

Representantes das instituições membro do Comitê Brasileiro da IUCN. Foto: Arquivo Apremavi.

O grupo pretende definir os temas prioritários para atuação em rede nos próximos anos, bem como construir uma agenda de fortalecimento da organização no país e rumar para postular pautas nos encontros regionais e mundiais de conservação da natureza que vão acontecer nos anos vindouros.

Carolina Schäffer, vice-presidente da Apremavi, e atual Secretária Executiva do Comitê da IUCN no Brasil, participou da reunião e destacou a relevância da atuação em rede: “A IUCN tem potencial para orientar decisões e influenciar os rumos da conservação de ecossistemas no mundo, primordial para o combate das crises globais em curso”.

A IUCN agrega membros governamentais, organizações não governamentais, povos e comunidades tradicionais, propiciando o diálogo e as trocas de informações e cooperações diversas entre todas as regiões do mundo. No Brasil, o Comitê é composto por mais de vinte organizações com representatividade em todos os biomas.

 

A IUCN

Criada em 1948, a IUCN (sigla em inglês para International Union of Conservation of Nature) é a maior e mais antiga rede para a conservação da natureza do mundo, agregando mais de 1.400 organizações membros e contando com a contribuição de cerca de 15.000 especialistas voluntários de 160 países que influenciam os rumos da conservação da biodiversidade através da ótica da crise do clima, das comunidades tradicionais e do desenvolvimento sustentável.

Dentre as inúmeras contribuições da rede para a temática, está a publicação da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, que tem servido de base para governos, ONGs e empresas tomarem decisões que afetam os habitats naturais que remanescem no planeta. Outro ponto importante é a colaboração com governos nacionais e locais, comunidades e outros organismos, para que sistemas de áreas protegidas sejam criados e geridos corretamente.

A troca de experiências entre os membros começa nos comitês nacionais em cada país que promovem o diálogo, compartilham experiências e suportam cooperações diversas entre todas as regiões do mundo, e também no debate no âmbito das comissões, que são:

  1. Comissão de Educação e Comunicação – CEC (sigla em inglês);
    2. Comissão de Políticas Ambientais, Econômicas e Sociais – CEESP (sigla em inglês);
    3. Comissão de Espécies Ameaçadas – SSC (sigla em inglês);
    4. Comissão Mundial em Legislação Ambiental – WCEL (sigla em inglês);
    5. Comissão de Manejo de Ecossistemas – CEM (sigla em inglês); e,
    6. Comissão Mundial de Áreas Protegidas – WCPA (sigla em inglês).

Autora: Carolina Schäffer.
Revisão: Thamara Santos de Almeida.

Guabiroba-crespa, endêmica da Mata Atlântica e ameaçada de extinção

Guabiroba-crespa, endêmica da Mata Atlântica e ameaçada de extinção

Guabiroba-crespa, endêmica da Mata Atlântica e ameaçada de extinção

A guabiroba-crespa (Campomanesia reitziana) é uma espécie endêmica da Mata Atlântica, com ocorrência na Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) e Restinga dos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Ela também é chamada de Guabiroba-de-reitz ou guabiroba-morango, pois seu fruto tem gosto de morango no final.

A polpa da guabiroba-crespa é doce e por isso muito utilizada em sucos, geléias, licores e sorvetes. Além dos frutos, a sua árvore é de grande beleza, desabrochando com uma deslumbrante profusão de flores brancas que atraem abelhas, possuindo assim um potencial melífero. 

Pesquisas investigaram as propriedades medicinais da espécie e observaram propriedades relativas a efeitos anti-inflamatórios da dimetil-cardamonina (DMC), o principal constituinte do extrato metanólico de frutas de C. reitziana. Conhecimentos tradicionais associam a infusão das folhas da espécie a uma melhora no mal-estar gástrico e em quadros diarreicos.

A espécie pode ser utilizada na restauração de áreas degradadas, pois atrai animais silvestres, principalmente as aves, que apreciam seus frutos. Também é recomendada para arborização urbana. 

Mudas de guabiroba-crespa. Foto: Arquivo Apremavi

Detalhes das mudas e sementes da guabiroba-crespa. Fotos: Arquivo Apremavi

Guabiroba-crespa

Nome científico: Campomanesia reitziana D. Legrand
Família: Myrtaceae
Utilização: madeira utilizada para cabo de ferramentas, tábuas e lenha. Seus frutos são comestíveis, servindo de alimento para vários animais.
Coleta de sementes: diretamente da árvore quando começar a queda espontânea dos frutos ou recolhê-los do chão.
Época de coleta de sementes: outubro a novembro.
Fruto:  verde, arredondado, contendo até 4 sementes, possuindo aproximadamente 2 cm.
Flor: branca.
Crescimento da muda: médio
Germinação: normal.
Plantio: mata ciliar, área aberta, solo degradado.
Status de conservação: consta como Vulnerável na Lista Vermelha de Ameaça da Flora Brasileira

* Os dados sobre usos medicinais das espécies nativas são apenas para informação geral, onde os estudos foram feitos com propriedades isoladas em uma quantidade específica. O uso de medicamentos fitoterápicos deve ser seguido de orientações médicas

 

Referências:

Brasil. Lista Vermelha de Ameaça da Flora Brasileira. 2014. Disponível em: https://specieslist.sibbr.gov.br/speciesListItem/list/drt1565629935045. Acesso em: 23 out. 2023.

Cury, B. J., Boeing, T., Somensi, L. B., Campos, A., Cechinel‐Filho, V., de Souza, P., & da Silva, L. M. (2022). Dimethyl cardamonin from fruits of Campomanesia reitziana D. Legrand promotes gastroprotection and gastric healing effects in rodents. Chemistry & Biodiversity, 19(12), e202200727. http://dx.doi.org/10.1002/cbdv.202200727.

Mariott, M., Mariano, L. N. B., Boeing, T., Cechinel Zanchett, C. C., Salamanca, E., Bella Cruz, A., … & da Silva, L. M. (2022). Preparations from Campomanesia reitziana reduce the gastrointestinal motility and castor oil‐induced diarrhea in a non‐opioid and non‐dopaminergic pathway in mice and display antimicrobial activity in vitro. Neurogastroenterology & Motility, 34(2), e14277.http://dx.doi.org/10.1111/nmo.14277.

Oliveira, M.I.U.; Costa, I.R.; Proença, C.E.B. Campomanesia in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB10327>. Acesso em: 21 out. 2023 

Prochnow, M. (org) (2007). No Jardim das Florestas. Rio do Sul: Apremavi.

 

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Vitor Lauro Zanelatto e Carolina Schäffer.

Novo decreto do Governo Federal cria diretoria do Cadastro Ambiental Rural (CAR), por OCF

Novo decreto do Governo Federal cria diretoria do Cadastro Ambiental Rural (CAR), por OCF

Novo decreto do Governo Federal cria diretoria do Cadastro Ambiental Rural (CAR), por OCF

No mesmo dia, nota técnica com sugestões para disponibilização dos dados do cadastro é divulgada pelo Observatório do Código Florestal, ICV e Imaflora 

DO OBSERVATÓRIO DO CÓDIGO FLORESTAL | Recém-criada por decreto do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), a diretoria do Cadastro Ambiental Rural (CAR) terá trabalho pela frente. 

É o que aponta a nota técnica “Medidas para aprimoramento na disponibilização e acesso aos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR)” divulgada nesta quarta-feira, 11, de autoria do Observatório do Código Florestal em parceria com o Instituto Centro de Vida (ICV) e o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).

Criado pelo Código Florestal (Lei 12.651 de 2012), o CAR é o registro de todos os imóveis rurais no Brasil em um sistema nacional, o Sicar, que permite monitorar a conformidade dos imóveis rurais e promover a regularização ambiental de acordo com o previsto pela legislação.

A nova diretoria, estabelecida pelo Decreto nº 11.731, publicado nesta quarta-feira, 11,  faz parte da mudança da estrutura regimental do MGI, que assumiu a gestão do sistema em junho deste ano por determinação da Lei nº 14.600/2023.

Até então, o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), alocado dentro do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), era o responsável por apoiar a gestão e integração das bases de dados ambientais do CAR.

O diretor de políticas públicas do WWF Brasil, Raul do Valle, avalia a criação da diretoria como uma oportunidade para melhorias na operacionalização do sistema. 

“Esperamos que ele possa ser usado tanto pelo governo como pela sociedade para cruzar informações com outras bases de dados, fazer análises e permitir a identificação não apenas daqueles que não cumprem a lei, mas também daqueles que voluntariamente protegem florestas e outras formas de vegetação nativa para além do mínimo previsto em lei, para que possam ser reconhecidos por políticas públicas e privadas”, comenta.

Dentre as competências da nova diretoria do CAR estabelecidas pelo decreto, está a promoção do o acesso dos demais órgãos públicos aos dados do CAR em articulação com MMA e a Secretaria de Governo Digital, aprimoramento da infraestrutura do Sicar, a adoção das medidas administrativas, técnicas e tecnológicas necessárias à acessibilidade e à transparência dos dados públicos do CAR e à integração das bases de dados dos entes federativos à base de dados do mecanismo, em âmbito nacional.

A base de dados do CAR revela o nível de adequação das propriedades rurais ao estabelecido pelo Código Florestal e, consequentemente, o andamento do processo de implementação dessa política pública. Dessa forma, é essencial para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, além do combate ao desmatamento no país.

 

NOTA TÉCNICA

A nova publicação técnica, enviada ao MGI e ao SFB, descreve, avalia e apresenta limitações ao acesso da sociedade aos dados do CAR e, a partir disso, apresenta recomendações de aprimoramento para melhoria da disponibilidade das informações ao público.

Dentre os problemas identificados, a nota descreve a falta de sincronia de atualização pelas diferentes rotas de acesso aos dados, o que provoca inconsistências em informações, a falta de consolidação de dados em um sistema único e a ausência de dados de histórico de cadastros.

“Já tivemos um grande avanço na transparência quando, em 2016, foram disponibilizados os dados do CAR à sociedade via consulta pública. Depois de alguns anos com pouco progresso, é o momento de retomar o diálogo e continuar aprimorando a disponibilização desses dados”, avaliou Ana Paula Valdiones, coordenadora de Transparência Ambiental do ICV.

Uma consulta pública realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no âmbito da formulação de seu Plano de Dados Abertos, em 2021, mostra que o CAR figura como a base mais votada pela sociedade na priorização de dados a serem abertos.

A secretária executiva do OCF, Roberta del Giudice, explica que os problemas apontados na nota afetam a integridade e a utilidade das informações. “Superar esses desafios é crucial para compreender melhor a situação dos imóveis rurais no Brasil, viabilizando o desenvolvimento de políticas para a implantação da Lei, com foco na restauração, valorização das commodities agrícolas brasileiras, políticas destinadas à valorização da agricultura familiar, dentre outras. O Observatório deseja sucesso à nova diretoria do MGI no cumprimento de sua atribuição e se coloca à disposição para contribuir com o que for necessário. Esperamos que o SFB e o MGI trabalhem de forma coordenada para garantir os resultados à sociedade”, diz. 

Os dados são subsídios, aponta a nota, para elaboração de políticas públicas, cumprimento de metas nacionais e estaduais para restauração de ecossistemas, fiscalização e licenciamento ambiental, além de identificação de requerimento de terras em áreas que não deveriam ser conhecidas como de uso privado, como Unidades de Conservação de Proteção Integral ou Terras Indígenas (TIs).

Além de apontamentos de melhorias específicas para cada rota de acesso, que são três, a nota apontou diferentes caminhos para melhor integração das bases de dados e detalhou dados ainda não disponíveis que poderiam ser publicados para melhorias na transparência ativa.

A equipe técnica também reforçou orientação, enviada ao MGI e ao SFB, para garantia da preservação das rotas de acesso durante e após a migração do CAR aos sistemas da pasta.

“O acesso ao CAR tem grande relevância para diferentes grupos que atuam conciliando produção agropecuária com conservação ambiental no Brasil. Com a transferência de sua gestão para o MGI, avaliamos que é importante estreitar o diálogo com os órgãos públicos para garantir a manutenção e o aprimoramento da disponibilidade e transparência desses dados”, afirma Bruno Vello, analista de políticas públicas do Imaflora e um dos autores do trabalho. 

Confira a nota técnica completa aqui.

 

Sobre o Observatório do Código Florestal

O Observatório do Código Florestal é uma rede de 43 entidades ligadas à questão ambiental criada com objetivo de monitorar a implementação da Lei Florestal, defender a vegetação e a produção sustentável no país.  O Instituto Centro de Vida (ICV) e o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) são membros da rede. 

Informações para imprensa

Observatório do Código Florestal – Júlia Beatriz Oliveira – julia.oliveira@observatorioflorestal.org.br – 92 98427-8828

Instituto Centro de Vida – Rodrigo Vargas – rodrigo.vargas@icv.org.br

Imaflora – Jéssica Tabuti – jessica.tabuti@imaflora.org.br

Texto: Júlia Beatriz Oliveira
Edição: Simone Milach

Apremavi participa da Semana ODS na Prática

Apremavi participa da Semana ODS na Prática

Apremavi participa da Semana ODS na Prática

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) compõem uma ampla iniciativa global composta por 17 metas interligadas e um total de 169 realizações a serem cumpridas até 2030. A concepção dos ODS foi resultado de um processo extenso que envolveu múltiplos setores da comunidade global, concluso em 2015, quando os países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) chegaram a um acordo final durante uma Assembleia Geral.

A Apremavi deu início a um movimento para identificar em suas atividades os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em 2020, por meio de um estudo que mapeou como trabalhamos diariamente. Além disso, iniciou um processo para incorporar novas metas ​​relacionadas à Agenda 2030 no seu planejamento estratégico decenal.

> Conheça os ODS no trabalho da Apremavi

 

Palestra “Uma história de empreendedorismo”

Visando contribuir para os ODS a Apremavi participou de mais uma edição da Semana ODS na Prática organizada pelo Movimento ODS SC. A primeira ação ocorreu no dia 26/09 em Rio do Sul (SC) no Colégio Dom Bosco com os alunos do curso de empreendedorismo consciente, em parceria com o signatário Jean Pier Xavier de Liz. A palestra abordou a história do empreendedorismo do Viveiro Jardim das Florestas como visionário na busca pela produção de mudas nativas da Mata Atlântica. 

“Falar com jovens adultos é sempre uma oportunidade para inspirá-los, com base na nossa história de sucesso, a se tornarem líderes ativos na sociedade e impulsionarem ações de conservação da biodiversidade e restauração dos ecossistemas“ comenta Carolina Schäffer, diretora da Apremavi, coordenadora de projetos e da comunicação institucional.

Além da palestra, nos próximos dias será realizado um plantio de 360 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica ao redor de uma nascente em uma propriedade em Rio do Sul (SC).

 

O Movimento ODS SC

Desde 2020, a instituição faz parte do Movimento ODS de Santa Catarina, que tem como missão facilitar a incorporação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no dia-a-dia das pessoas e na prática das organizações catarinenses, bem como discutir a implementação da Agenda 2030. Em SC somos 736 signatários, entre pessoas físicas e jurídicas, de 68 municípios que estão articulados em 13 comitês. O nosso é o Comitê do Vale Europeu.

Anualmente, o Movimento organiza a “Semana ODS na Prática” com ações realizadas pelos Comitês Locais para dar visibilidade às iniciativas relacionadas aos ODS em parceria com os signatários do Movimento. A semana ocorre duas vezes por ano, a primeira na última semana do mês de maio e a segunda na última semana do mês de setembro. Neste ano, a Apremavi participou da segunda semana, realizada de 25 a 30 de setembro.

> Conheça o Movimento ODS SC 

 

 

Essa ação está relacionada com os ODS:

 

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Vitor Lauro Zanelatto e Carolina Schäffer.

Novas árvores são plantadas em comemoração aos 25 anos do Bosque de Heidelberg

Novas árvores são plantadas em comemoração aos 25 anos do Bosque de Heidelberg

Novas árvores são plantadas em comemoração aos 25 anos do Bosque de Heidelberg

Visando celebrar os 25 anos do projeto Bosque de Heidelberg, fruto da parceria entre a Apremavi e a ONG alemã Bund Für Umwelt und Naturschutz Deutschland (BUND), dois plantios foram realizados em Santa Catarina

O primeiro deles ocorreu no Dia da Árvore (21/09), no Centro Educacional Infantil Luize Heidrich em Taió (SC), em uma propriedade próxima à escola. Na ocasião, a Apremavi além de realizar o plantio com os alunos explicou sobre a importância do mesmo e também da restauração e conservação da Mata Atlântica.

As atividades fizeram parte de um projeto já existente na escola, conforme relata a professora Aline Becker Eyng: “O projeto do Dia da Árvore da escola é uma iniciativa importante para conscientizar as crianças sobre a importância das árvores e da preservação ambiental. Por meio de atividades lúdicas e educativas, as crianças aprendem sobre os benefícios das árvores para o meio ambiente e a vida humana, além de desenvolver habilidades e valores importantes como responsabilidade  ambiental, cooperação, criatividade e empatia”.

   + Confira a reportagem produzida pela Rede Web TV sobre a ação

Plantio em Taió (SC) no Dia da Árvore em parceria com o  Centro Educacional Infantil Luize Heidrich. Fotos: Miriam Prochnow

Plantio em Taió (SC) no Dia da Árvore em parceria com o  Centro Educacional Infantil Luize Heidrich. Fotos: Miriam Prochnow

Já no dia 3/10, ocorreu o segundo plantio, em Cerro Verde I, no município de Ponte Alta (SC), em parceria com a Epagri. A proposta surgiu por demanda dos moradores que queriam mais sombra e cores na praça e parquinho da comunidade.

Além do plantio, foi realizado uma conversa sobre paisagismo na propriedade rural com a extensionista rural do município de Ponte Alta, Adelina Berns; e a apresentação do Projeto Bosques de Heidelberg pela Coordenadora de Projetos da Apremavi, Tatiana Arruda Correa. A parte prática contou com a montagem de um canteiro no formato de uma mandala com as mudas de plantas que os moradores trouxeram para compartilhar e embelezar ainda mais o local.

Ao final da tarde, foi realizado um café solidário, como forma de integração e fortalecimento dos vínculos entre os participantes. Segundo Adelina, uma das idealizadoras da ação, a data do plantio é simbólica: “um dia para ficar marcado e reforçar que as ações só são possíveis com as parcerias e comprometimento dos envolvidos“.

Plantio em Ponte Alta (SC) em parceria com a Epagri. Foto: Arquivo Apremavi

Plantio em Ponte Alta (SC) em parceria com a Epagri. Foto: Arquivo Apremavi

Bosques de Heidelberg

A doação das mudas para o plantio foi possível através do projeto Bosques de Heidelberg,  uma parceria entre a Apremavi e a ONG alemã Bund für Umwelt und Naturschutz Deutschland – BUND. A BUND é uma organização sediada em Heidelberg, sul da Alemanha, que trabalha desde 1976 pela proteção e conservação ambiental desenvolvendo projetos com foco especial na educação e conscientização de jovens e adultos.


A Epagri 

A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), atua em atividades que buscam o aperfeiçoamento das atividades agrícolas em território catarinense. Desenvolve pesquisas e presta atividades de extensão a produtores rurais de forma gratuita. É parceira de longa data da Apremavi, em diversas ações e projetos, como nas atividades do projeto Implantando o Código Florestal

Essa ação está relacionada com os ODS:

 

Autoras: Adelina Cecilia de Andrade Bernes e Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Vitor Lauro Zanelatto e Carolina Schäffer.
Foto da capa: Plantio em Taió (SC) realizado no Dia da Árvore em parceria com o Centro Educacional Infantil Luize Heidrich. Foto: Miriam Prochnow

Dia da árvore na Apremavi é sinônimo de ação

Dia da árvore na Apremavi é sinônimo de ação

Dia da árvore na Apremavi é sinônimo de ação

O Dia da Árvore é uma data emblemática que nos convida a refletir sobre a vital importância dessa forma de vida para todas as espécies. 

O plantio de mudas desempenha um papel fundamental na restauração ecológica de ecossistemas e também amplia a presença de árvores em áreas urbanas. Por meio das doações diretas e vendas de mudas para organizações que também realizam a distribuição de mudas nativas no Dia da Árvore, a Apremavi busca associar as atividades de educação e mobilização com a prática, promovendo o plantio de árvores e sensibilizamos sobre a necessidade da conservação e restauração para o enfrentamento das crises socioambientais do presente.

Ao lado de parceiros de longa data e centros de ensino de diferentes municípios, foram articuladas e apoiadas diversas atividades, buscando a distribuição das mudas e o compromisso de que as mesmas serão plantadas. Confira algumas ações realizadas pela Apremavi em rede com parceiros nesta data:

Doação de mudas

O projeto Matas Sociais – planejando propriedades sustentáveis, executado em parceria com a Klabin e o Sebrae, doou 2.640 mudas para instituições de ensino e governamentais de sete municípios:

  • Telêmaco Borba: Instituto Federal do Paraná – Campus Telêmaco Borba e Secretaria do Meio Ambiente;
  • Ventania: Secretaria do Meio Ambiente;
  • Ortigueira: Escola Municipal Professor Mercimeire Teodoro de Oliveira e Secretaria do Meio Ambiente;
  • Reserva: Secretaria do Meio Ambiente;
  • Imbaú: Centro Municipal de Educação Infantil Tia Lu, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE e Câmara Municipal dos Vereadores de Imbaú (CEMEI);
  • Figueira: Secretaria Municipal de Figueira.
Plantio de mudas no Centro Municipal de Educação Infantil em Imbaú (PR). Crédito: Centro Municipal de Educação Infantil em Imbaú (PR)

Plantio de mudas no Centro Municipal de Educação Infantil Tia Lu em Imbaú (PR). Crédito: Adriana Sokulski Paes.

Distribuição de mudas na rede Archer

Por mais de duas décadas, no Dia da Árvore, a rede de Supermercados Archer, com sede em Brusque (SC), tem presenteado seus clientes com mudas de árvores nativas da Mata Atlântica. Em 2023  foram distribuídas 30.000 mudas, todas provenientes do Viveiro Jardim das Florestas. A campanha de doação foi marcada pela chamada inspiradora “Preservar é fazer do futuro uma parte do seu dia a dia.”

Carregamento de mudas adquiridas pela rede Archer para doação. Foto: Taís Fontanive

Carregamento de mudas adquiridas pela rede Archer para doação. Foto: Taís Fontanive

Essa ação está relacionada com os ODS:

 

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Vitor Lauro Zanelatto.

Fauna, Flora e Funga

Fauna, Flora e Funga

Fauna, Flora e Funga

“Precisamos urgentemente adicionar um terceiro “F” – funga – nas discussões sobre o enfrentamento dos desafios planetários frente às crise climática e da perda de biodiversidade” – Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade.

Os fungos estão por toda a parte do planeta e estima-se que mais de 90% das plantas dependem deles para existir, onde por meio de uma relação de simbiose eles fornecem nutrientes essenciais. Além da sua importância ecológica, eles fazem parte do nosso dia a dia, sendo utilizados para remédios e até a produção de pão, queijo e vinhos, por exemplo.

Apesar da sua enorme importância, eles não recebem a mesma atenção que outros reinos, como os animais e as plantas. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), 625 espécies de fungos foram avaliadas no mundo, sendo que 46% delas estão categorizadas em alguma das categorias de ameaça. Em contrapartida, 62.666 espécies de plantas e 87.082 espécies de animais já foram avaliadas. Estima-se que possam existir 10 vezes mais espécies de fungos no mundo do que espécies de plantas, algo em torno de 2,2 até 3,8 milhões de espécies, mas apenas 8% disso já foi descrito pela ciência. 

O Brasil ainda não tem uma lista de espécies ameaçadas, porém a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) organizou uma lista não oficial com as espécies categorizadas pela IUCN que ocorrem em território brasileiro. Em janeiro deste ano, a Comissão de Sobrevivência de Espécies (SSC) da IUCN criou um novo grupo de especialistas com foco na conservação de fungos brasileiros para incluir fungos em programas de conservação de espécies, legislação ambiental, políticas públicas, gestão de ecossistemas e iniciativas de divulgação científica.

A lista da Flora e Funga do Brasil conta com 8.169 espécies de fungos, contrastando com 43.982 espécies de plantas. Além dos cortes na ciência nos últimos anos, a taxonomia, ciência que estuda e dá nome às espécies, sofre com grande desvalorização frente às demais áreas de estudos da Biologia. Isso se reflete muito nos números que vemos acima. 

Além de dar visibilidade para a Funga perante a sociedade, também precisamos de investimento e esforços para conhecer a real diversidade de espécies de fungos que ocorrem no país, conhecido por ser hiper diverso“, relata Bárbara Schünemann doutoranda em Botânica (UFRGS) que se dedica a descobrir novas espécies de fungos e estudar a história evolutiva deles.

 

Fauna, Flora e Funga

Falar sobre os fungos, da mesma forma que fazemos para os animais e as plantas, é necessário para a conservação deles. Para isso, pesquisadores, dentre eles Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos do Departamento de Botânica (UFSC) propuseram em 2018 o termo Funga visando valorizar a forma como nos referimos à diversidade de fungos. Assim, quando comunicamos sobre a diversidade da vida na Terra, é sugerida a utilização dos 3Fs: Fauna, Flora e Funga.

Segundo eles, essa valorização abre caminho para mudanças substanciais nas políticas educacionais e de conservação, dentre outras, facilitando a incorporação do estudo dos fungos em questões de interesse nacional, além da utilização em assembleias internacionais como as da IUCN e a Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas (CDB).

Bárbara ainda comenta sobre a importância dos 3Fs: “Essa inclusão é uma maneira de demonstrar que os fungos, assim como as plantas e os animais, desempenham um papel fundamental para a manutenção da vida de todos os seres vivos. O que também facilita o ensino e a divulgação científica desses organismos, pois assim os nomeamos de uma forma simples e mais direta”.

Além disso, ela relata a importância para a conservação dessa inclusão: “Já se é sabido, que a gente só preserva aquilo que conhecemos. Se damos nome e divulgamos a diversidade da Funga, é mais provável que a sociedade se interesse e queira preservar também esses organismos”.

 

O movimento 3F

Com o objetivo de incluir a Funga negligenciada nos quadros de política agrícola e de conservação internacional e desbloquear financiamentos para investigação micológica e programas educativos no mundo, a Fungi Foundation e a Earth Rights Advocacy (ERA) criaram uma comunidade global que reúne cientistas, artistas, ativistas e amantes da natureza que trabalham para obter essa proteção legal.

Pessoas físicas e organizações podem se juntar a outras pessoas no mundo todo fazendo parte do movimento usando a linguagem inclusiva “Flora, Fauna e Funga” e assinando a declaração presente no site.

Autoras: Thamara Santos de Almeida e Bárbara Schünemann.
Revisão: Carolina Schäffer.

Apremavi participa do encontro da Rede de ONGs da Mata Atlântica

Apremavi participa do encontro da Rede de ONGs da Mata Atlântica

Apremavi participa do encontro da Rede de ONGs da Mata Atlântica

A Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA) retomou as reuniões presenciais pós-pandemia de Covid-19 com a realização do encontro de suas filiadas na Região Sul, que contou com a participação da Apremavi e outras organizações.

O objetivo foi debater as principais pautas da região para a construção de projetos colaborativos em defesa da Mata Atlântica. O encontro aconteceu em Florianópolis no dia 14 de setembro, a partir da parceria entre a RMA e a Fundação SOS Mata Atlântica, com o apoio da Fundação Hempel.O evento contou com a presença de 30 pessoas, representando 20 organizações filiadas. 

“É muito significativo que depois desse período de pandemia estarmos reunidos de forma presencial, o objetivo desse encontro é buscar fortalecer o trabalho da RMA”, comenta João de Medeiros, Coordenador Geral da RMA na abertura do evento.

A Apremavi, que é uma das fundadoras da RMA, esteve representada por Miriam Prochnow, co-fundadora e diretora da Apremavi, que já foi Coordenadora Geral da RMA. ”O evento foi muito importante, foram debatidas pautas extremamente relevantes para os estados da região, que no caso da RMA, inclui também o Mato Grosso do Sul, além do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Além disso, Miriam aponta os temas prioritários do encontro e os desafios partilhados: “São comuns os problemas com desmatamentos ilegais, falta de fiscalização, impactos com obras de infraestrutura e especulação imobiliária. Temas prioritários considerados importantes por todas as organizações presentes são a defesa e implementação da Lei da Atlântica e a retomada da implantação e criação de Unidades de Conservação”.

Encontro Rede de ONGs da Mata Atlântica da região Sul. Foto: Miriam Prochnow e RMA

Registros do encontro da região Sul da Rede de ONGs da Mata Atlântica no dia 14 de setembro em Florianópolis. Fotos: Miriam Prochnow e Rede de ONGs da Mata Atlântica.

Bellô Monteiro, Coordenador da Fundação SOS Mata Atlântica, que também já foi Coordenador da RMA, comenta sobre a participação da Apremavi em projetos colaborativos e como o encontro foi apoiado: “A Apremavi é uma das organizações líderes da RMA e está empenhada em construir em conjunto com as outras organizações projetos colaborativos, é fundamental que esses projetos saiam da Rede para fortalecer a governança com a parceria da Fundação Hempel, que oportunizou o encontro”.

Outros dois encontros ainda serão realizados no âmbito dessa parceria, um da região Sudeste, em Itu (SP), no 29 de setembro, e outro da região Nordeste, em Salvador (BA), no dia 26 de outubro.

 

A Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA) 

A RMA possui 156 organizações filiadas, distribuídas em 17 estados brasileiros, que se encontram no domínio da Mata Atlântica. Criada em 1992, a Rede tem por objetivo a defesa, preservação, conservação e recuperação da Mata Atlântica, por meio da promoção do intercâmbio de informações, da mobilização, da ação política coordenada e do apoio mútuo entre as ONGs. 

 

Autora: Miriam Prochnow.
Revisão: Thamara Santos de Almeida e Carolina Schäffer.
Foto de capa: Encontro da região Sul da Rede de ONGs da Mata Atlântica no dia 14 de setembro em Florianópolis. Créditos: Rede de ONGs da Mata Atlântica.

Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental lança nova etapa de formação

Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental lança nova etapa de formação

Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental lança nova etapa de formação

Estão abertas as inscrições da segunda Etapa da Formação Continuada e Multiplicadora (FCM) do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental (FMJCS), com início no dia 19 de outubro.

Um dos espaços do FMCJS é o Processo de Formação Continuada e Multiplicadora (FCM) que em âmbito nacional busca ampliar os conhecimentos a respeito do complexo e importante tema das mudanças climáticas, suas causas, suas consequências, as estratégias para enfrentá-las ou para mitigá-las.

A primeira etapa de formação deste ano contou com três encontros à distância acerca da situação global e brasileira em relação às mudanças climáticas, sobre qual a formação que os membros desejam promover, e um terceiro com o compartilhamento de metodologias e ferramentas utilizadas por parceiros do Fórum nos processos de educação e formação, conforme consta a seguir:

> Live: Mudanças Climáticas: Desafios da Conjuntura Global e Nacional – 14/06

> Encontro: Que formação queremos – 27/06

> Encontro: Metodologias e ferramentas – 28/06

A segunda etapa de formação terá a participação da Apremavi e iniciará no dia 19 de outubro. Essa formação terá dois focos centrais: a compreensão atualizada do que causa e dos efeitos das mudanças climáticas, sempre com atenção especial às injustiças socioambientais e compreensão atualizada das mudanças climáticas em cada um dos biomas brasileiros e suas interrelações, com destaque às boas práticas que promovem a convivência sustentável com o planeta.

Programação prevista:

Dia 19 de outubro, às 19h (Horário de Brasília)
Diálogo sobre os desafios do “decênio decisivo” que a humanidade tem pela frente para enfrentar as mudanças climáticas com a presença do pesquisador Luiz Marques, que, retomando seu livro “Capitalismo e Colapso Ambiental”, acaba de publicar “O Decênio Decisivo” (Ed. Elefante, SP).

Dia 26 de outubro, às 19h (Horário de Brasília)
“Breve história do Ativismo e sua influência no Brasil e no mundo” com Wigold Schäffer, co-fundador da Apremavi, especialista em políticas públicas, conservação e restauração da Mata Atlântica.

Novembro (ainda sem data definida)
A pauta é o bioma Mata Atlântica, onde a programação detalhada será enviada para os inscritos, que contará com encontros virtuais ao vivo, vídeos, apostilas, livros, textos e outros materiais complementares.

> Faça a sua inscrição 

“Com as mudanças climáticas se transformando numa dura e muitas vezes, fatal realidade, os processos de formação são cada vez mais importantes. Precisamos estar preparados para o enfrentamento não só das emergências, mas principalmente para a implantação de um novo modo de vida, que tenha como peça central o combate, a mitigação e a adaptação às consequências do aquecimento global“ comenta Miriam Prochnow, co-fundadora da Apremavi que ministrará uma das formações sobre a Mata Atlântica.

Em 2021 a Apremavi e o FMCJS se uniram para realizar uma formação sobre a produção de mudas nativas, com ênfase na produção de araucárias. Por conta da pandemia de Covid-19, a primeira parte da formação ocorreu à distância, e com a melhora no cenário pandêmico uma visita presencial ao Viveiro Jardim das Florestas foi realizada. 

 

Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental 

A instituição é uma articulação de entidades que atuam em rede para enfrentar as mudanças do clima, com o intuito de despertar uma consciência crítica e enfrentamento em relação às causas do aquecimento global, com atenção especial para os povos, comunidades e pessoas que as sociedades marginalizadas.

A Apremavi é uma das entidades que faz parte do Fórum e colabora com a articulação do Núcleo do Fórum em Santa Catarina e também na interligação entre os vários Biomas brasileiros.

> Conheça o trabalho da instituição

 

Autora: Thamara Santos de Almeida, com informações do FMJCS.
Revisão: Vitor Lauro Zanellato e Miriam Prochnow.

Cabriúva, o “bálsamo” da Mata Atlântica

Cabriúva, o “bálsamo” da Mata Atlântica

Cabriúva, o “bálsamo” da Mata Atlântica

A cabriúva (Myrocarpus frondosus) também é conhecida popularmente como cabriúna em Santa Catarina e cabreúva no Paraná. Nativa do Brasil, também ocorre na Argentina e no Paraguai. É encontrada na Mata Atlântica, especificamente na Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila e Floresta Ombrófila Mista.

O seu nome popular vem da língua tupi, kabu’ré iwa, que quer dizer “árvore-do-caburé”, já em relação ao seu nome científico Myrocarpus significa “fruto de bálsamo”; já o epíteto específico frondosus é porque a árvore apresenta copa ampla e frondosa. 

A espécie possui diversos usos, como comercial, medicina popular, paisagístico, apícola e para a restauração de áreas degradadas. No âmbito comercial destaca-se o uso do seus óleos essenciais, a planta produz um líquido aromático chamado de bálsamo que tem propriedades repelentes e é utilizado para aromatizar roupas, além de incensos e na indústria de perfumaria e tintas.

Do ponto de vista da medicina popular, a seiva é utilizada para doenças pulmonares,  casca e a resina para feridas e os frutos como anti-sépticos. Os índios de várias etnias do Paraná e Santa Catarina costumam usar a casca do caule para o tratamento de bronquite e contusão interna. Além disso, no sul da Bahia, é produzida uma cachaça afrodisíaca.

Cabriúva é apropriada para a arborização urbana e é indicada especificamente para parques. Além disso, as suas flores são melíferas, ou seja, são polinizadas por abelhas, assim a espécie é apropriada para práticas apícolas.

Em relação a restauração, ela é secundária inicial a secundária tardia, portanto ela não pode ser plantada a pleno sol. Recomenda-se que seja utilizada em plantios de enriquecimento de sub-bosque mistos com outras espécies pioneiras ou espécies secundárias iniciais de crescimento rápido.

O Instituto Hórus publicou algumas recomendações para o plantio da espécie, confira.

Prancha de cabripuva (Myrocarpus frondosus). Créditos: Wikimedia Commons

Aspectos da prancha, árvore, tronco e folhas da Cabriúva. Fotos: Christian Ostrosky (CC BY-NC-ND 2.0), Trap Hers (CC-BY-SA), Paul Hermann Wilhelm Taubert (domínio público via Wikimedia Commons) e Ramón Portal (CC BY-SA 2.0)

Cabriúva

Nome científico: Myrocarpus frondosus Allemão
Família:  Fabaceae
Utilização: madeira usada para a fabricação de móveis, carrocerias e dormentes. Também é muito utilizada na construção civil, como caibros, ripas, sarrafos, assoalhos, etc. Utilizada medicinalmente (bálsamo) e para fins paisagísticos.
Coleta de sementes: no chão após a queda espontânea dos frutos, quando estes mudam de cor.
Época de coleta de sementes: novembro a janeiro.
Fruto: secos.
Flor: amarela.
Crescimento da muda: lento.
Germinação: normal.
Plantio: mata ciliar e área aberta.
Observação: devido a dificuldade de separação da semente junto ao fruto, estes deverão ser semeados como se fossem sementes.
Status de conservação: consta na lista de plantas ameaçadas de extinção no Paraná, na categoria rara. 

* Os dados sobre usos medicinais das espécies nativas são apenas para informação geral, onde os estudos foram feitos com propriedades isoladas em uma quantidade específica. O uso de medicamentos fitoterápicos deve ser seguido de orientações médicas

 

Referências:

Aimi, S. C. (2018). Qualidade de diásporos e crescimento de mudas de Myrocarpus frondosus allemão no viveiro e no campo (Dissertação de doutorado, Universidade Federal de Santa Maria). 

Carvalho, P. (2003). Cabriúva: Myrocarpus frondosus.

Prochnow, M. (org) (2007). No Jardim das Florestas. Rio do Sul: Apremavi.

Sartori, Â.L.B. Myrocarpus in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB83493>. Acesso em: 08 set. 2023 

 

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Vitor Lauro Zanelatto.
Foto de capa: Árvore de cabriúva (Myrocarpus frondosus). Créditos: Ramón Portal (CC BY-SA 2.0)

Conhecendo a atuação da Apremavi em Áreas Prioritárias para a Biodiversidade

Conhecendo a atuação da Apremavi em Áreas Prioritárias para a Biodiversidade

Conhecendo a atuação da Apremavi em Áreas Prioritárias para a Biodiversidade

A biodiversidade está sendo reduzida em uma velocidade alarmante em todo mundo. Segundo a IUCN (Internacional Union for the Conservation of Nature), 42.000 espécies estão ameaçadas mundialmente. No Brasil, há 1.253 espécies ameaçadas, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Identificar áreas prioritárias para a biodiversidade é primordial para a conservação das espécies e ecossistemas. Pensando nisso, treze das principais organizações que trabalham em prol da conservação da natureza no mundo lançaram um mapeamento de Áreas Chave para a Biodiversidade (do inglês Key Biodiversity Areas – KBAs) com objetivo de identificar e conservar os lugares mais importantes para a natureza. O programa está sendo executado desde janeiro de 2018 e tem previsão até dezembro de 2024. 

As organizações consultaram dados científicos disponíveis e critérios globalmente padronizados. Até o momento, 15.000 KBAs foram mapeadas seguindo os seguintes critérios: biodiversidade ameaçada; biodiversidade geograficamente restrita; integridade ecológica; processos biológicos; e, insubstituibilidade da biodiversidade. Os critérios KBA têm limites quantitativos e podem ser aplicados a espécies e ecossistemas em ambientes terrestres, de águas interiores e marinhos.

A ideia é que esse mapeamento oriente a expansão de áreas protegidas pelos governos, informe a implementação de acordos ambientais internacionais, apoiem o ordenamento do território nacional e regional, informe entidades sobre a priorização de investimentos de conservação e comunidades locais e indígenas sobre os esforços de conservação.

Saiba mais sobre as KBAs neste vídeo produzido pelas organizações:

 

 

Sobreposição dos KBAs com as áreas de atuação da Apremavi

Em Santa Catarina, quatro Áreas Chaves para a Biodiversidade têm sobreposição com as áreas de atuação da Apremavi: o Parque Nacional da Serra do Itajaí, o Parque Nacional de São Joaquim, e as cidades de Urubici e Urupema.

A Apremavi acredita que a melhor estratégia para a conservação da biodiversidade é a criação de Unidades de Conservação. Por isso, há uma área temática institucional dedicada ao tema, que tem como intuito ampliar a conservação “in situ” dos remanescentes florestais de Mata Atlântica existentes em Santa Catarina, através da criação, implantação e apoio às Unidades de Conservação, em especial as de proteção integral.

Um dos exemplos de atuação é em prol do Parque Nacional da Serra do Itajaí, em Blumenau (SC), onde a Apremavi junto a Rede de ONGs da Mata Atlântica em 2004, reivindicou a criação do Parque junto ao governo federal e desde então, tem atuado na defesa do parque. No ano passado, parlamentares de SC buscaram alterar a categoria de proteção da Unidade de Conservação, tentativa essa que foi denunciada pela Apremavi e outras organizações.

Esforços também são dedicados à defesa do Parque Nacional de São Joaquim em Urubici (SC). Em 2020, entidades científicas e ambientais de Santa Catarina, entre elas a Apremavi, assinaram em conjunto uma carta aberta com um manifesto contra um Projeto de Lei que buscava diminuir a área protegida. E em 2021, a Apremavi passou a integrar a Rede de Amigas e Amigos do Parque São Joaquim e participou da campanha “São Joaquim é Sagrado” com o intuito de tornar a sociedade aliada na luta contra as ameaças a Unidade de Conservação.

Ainda em Urubici, um casal está implantando uma agrofloresta, com o apoio do projeto Matas Legais, com o objetivo de incentivar o agroturismo na região e propiciar o retorno da biodiversidade na área. Já próxima à região do Parque Nacional de São Joaquim, a Fazenda Santa Bárbara é alvo de área piloto do projeto Conservador das Araucárias. Mais de 87 hectares estão sendo restaurados.

> Conheça as Áreas Chave para a Biodiversidade no mundo

 

Autora: Thamara Santos de Almeida com informações da Key Biodiversity Areas (KBAs).
Revisão:  Vitor Lauro Zanelatto e Carolina Schäffer.
Foto de capa: Parque Nacional da Serra do Itajaí, uma das Áreas Chave para a Biodiversidade. Crédito:©️ Carolina Schäffer

Projeto +Floresta inicia atividades de Educação Ambiental em Abelardo Luz (SC)

Projeto +Floresta inicia atividades de Educação Ambiental em Abelardo Luz (SC)

Projeto +Floresta inicia atividades de Educação Ambiental em Abelardo Luz (SC)

O Geração +Floresta, iniciativa de Educação Ambiental desenvolvida pelo projeto +Floresta da Apremavi, já promoveu trocas de conhecimento com mais de 120 estudantes.

A criação do programa busca integrar e sensibilizar a comunidade escolar sobre a atuação da Apremavi junto às temáticas relacionadas à restauração e conservação utilizando a educação ambiental como ferramenta. 

As atividades serão concentradas em Abelardo Luz (SC). Seis instituições de ensino localizadas no território de atuação do projeto fazem parte do programa, são elas: EBM 25 de Maio, EBM José Maria, EIEF Cacique Karenh, EEM Paulo Freire, EEM Semente da Conquista e IFC Campus Avançado de Abelardo Luz. As atividades teóricas e práticas foram conduzidas por Marluci Pozzan e Vanderson de Oliveira, técnicos da Apremavi.

Antes do início das atividades a equipe técnica da Apremavi se reuniu com os professores, direção das instituições envolvidas e Secretaria Municipal de Educação da cidade para apresentar a ideia e entender as demandas específicas de cada instituição. Assim, o programa foi dividido em temas específicos para cada fase do ensino básico: Ensino Fundamental será ministrada a temática de Biodiversidade com a apresentação da flora e fauna nativas da Floresta Ombrófila Mista e a conservação dos recursos hídricos; enquanto no Ensino Médio o tema norteador é o Planejamento de Propriedades e Paisagens com a apresentação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), legislação ambiental aplicada às pequenas propriedades, recuperação de áreas degradadas e a importância da reserva legal para a comunidade.

João Vitor Gris, estudante da EEM Paulo Freire, comenta sobre o que aprendeu na ação de educação ambiental: “A atividade mostrou como devem ser as medidas de mata que precisam ser deixadas em um tamanho específico, conforme o tamanho do terreno, e as consequências do não cumprimento das leis. Eu gostei bastante de saber sobre um assunto que eu não sou tão familiarizado, e o que mais me chamou a atenção foi como tudo isso é importante para todos”

Geração +Floresta em ação na EBM 25 de Maio. Foto: Marluci Pozzan

Geração +Floresta em ação na EBM 25 de Maio. Foto: Marluci Pozzan

+Floresta

A educação ambiental é apenas um dos objetivos do +Floresta, que tem um grande escopo de atuação em Abelardo Luz: contribuir com a restauração da vegetação nativa na Floresta Ombrófila Mista, no Oeste de Santa Catarina, com o incremento de espécies vegetais ameaçadas de extinção como a araucária, a imbuia e o xaxim-bugio, ambas com histórico de intensa exploração no estado.

É financiado pelo Ibama através do Acordo de Cooperação Técnica nº 34/2021 e supervisionado pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina (MPF/SC), pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pela Justiça Federal de Santa Catarina, na forma da ação n° 5001458-53.2017.4.04.7200/SC.

Essa ação está relacionada com os ODS:

 

Autores: Edilaine Dick, Marluci Pozzan e Vanderson de Oliveira
Revisão: Thamara Santos de Almeida e Vitor Lauro Zanellato
Foto da capa: início das atividades do Geração +Floresta ©️ Marluci Pozzan.

Apoie a campanha ‘Pare o Tsunami de Plástico’

Apoie a campanha ‘Pare o Tsunami de Plástico’

Apoie a campanha ‘Pare o Tsunami de Plástico’

O Brasil produziu 13,7 milhões de toneladas de plástico só no ano passado, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2022 elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), além de estar na lista dos maiores poluidores por plástico no mundo.

Grande parte desses plásticos são descartáveis, também chamados de plástico de uso único. Eles são concebidos para que sejam utilizados apenas uma vez e descartados em seguida, como por exemplo: copos, pratos, talheres, canudos, sacos e sacolas.

Apesar de serem usados apenas uma vez, eles persistem no meio ambiente por décadas indo parar em rios e mares. Por isso, hoje encontramos os plásticos em todos os lugares do planeta, afetando inúmeras espécies marinhas e colaborando para a crise climática. Além disso, a poluição plástica também afeta a nossa saúde, pois já foram encontrados microplásticos em vários dos nossos órgãos devido ao consumo de água e alimentos contaminados. 

 

Apenas incentivar a redução, reutilização e a reciclagem do plástico de uso único não é o suficiente, os consumidores precisam ter alternativas possíveis e acessíveis para fazer escolhas sustentáveis que levem a recusa desse tipo de material. A lógica atual da gestão de resíduos é transferir a culpa para os consumidores que falham na separação e nas cidades que não realizam a coleta seletiva. Contudo, a responsabilidade é compartilhada, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos

É necessário exigir que as empresas e indústrias vão além da reciclagem e ofereçam opções sem plástico. Para isso, os governos precisam desenvolver e apoiar políticas que limitem a produção de plásticos descartáveis.

 

 

Responsabilidades compartilhadas na gestão de resíduos segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Créditos: Atlas do Plástico 2020

Vamos juntos parar o Tsunami de Plástico

Dentro dessa perspectiva, a ONG Oceana Brasil, com o apoio de mais de 60 organizações, entre elas a Apremavi, lançou na última quarta (16/08) a campanha “Pare o Tsunami de Plástico” com o objetivo de criar uma rede de apoio e chamar atenção da sociedade civil e do Congresso Nacional em prol do Projeto de Lei 2524/2022.

O projeto propõe a implementação da Economia Circular do Plástico no Brasil, pondo fim à produção de plástico de uso único. “A ideia é propor um novo modelo de produção e uso a fim de reduzir a quantidade desnecessária de plástico descartável colocado no mercado, além de manter os itens em circulação através de reuso e reciclagem, ou ainda com produtos comprovadamente compostáveis”, segundo o texto produzido pela Oceana para a campanha.

O PL também traz avanços na valorização e reconhecimento do protagonismo dos catadores e catadoras de materiais recicláveis no Brasil, que apesar de ser uma profissão regulamentada e primordial para a reciclagem, são os mais explorados ao longo da cadeia produtiva. Assim, o PL inclui as atividades das cooperativas e associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis no Programa Federal de Pagamento por Serviços Ambientais. 

 

 

Durante o lançamento da campanha já tivemos a adesão de vários senadores e deputados com diversas orientações políticas, é uma disputa importante contra a indústria do plástico de uso-único. O PL passou por muita pressão até chegar onde está hoje, foi e está sendo uma luta“, relata Kellen Pasqualeto, Secretária Executiva da Aliança Resíduo Zero Brasil do Instituto Pólis pela empresa Apoena Socioambiental que esteve presente no evento de lançamento da campanha em Brasília.

O PL já está em tramitação no Senado Federal e foi construído de forma coletiva com organizações da sociedade civil, movimentos sociais, associações e indústrias. A proposta está em sintonia com o panorama global, um comitê da ONU (Organização das Nações Unidas) recentemente definiu o primeiro rascunho do Tratado Global Contra a Poluição Plástica

O Brasil é um dos países que não tem nenhuma lei que restringe esses tipo de produção desenfreada, esse alinhamento internacional é necessário. A previsão de aprovação do Tratado é até o final de 2024, a perspectiva é que ele impulsione, nos países signatários, a reparação das comunidades que foram impactadas pela extração e produção de plástico”, comenta Kellen.

+ Apoie a campanha ‘Pare o Tsunami de Plástico’

Autora: Thamara Santos de Almeida
Revisão: Carolina Schäffer
Foto de capa: Mutirão de coleta de resíduos na margem da Marina do Davi e Foz do Igarapé do Gigante em Manaus (AM) no dia 29 de abril de 2023. ©️ Pitiu Produções para o Projeto Remada Ambiental

Plataforma de dados sobre animais ameaçados de extinção é lançada pelo ICMBio

Plataforma de dados sobre animais ameaçados de extinção é lançada pelo ICMBio

Plataforma de dados sobre animais ameaçados de extinção é lançada pelo ICMBio

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças do Clima (MMA), lançou no início de agosto uma plataforma que reúne informações de espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção. Segundo consta no site da plataforma, ela foi desenvolvida com o objetivo de facilitar a gestão do processo de avaliação do risco de extinção, ação coordenada e executada pelo ICMBio.

Intitulada SALVE (abreviatura de Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade) a plataforma apresenta uma interface amigável acerca dos dados de avaliação de 14.785 espécies. Sendo que 5.513 dessas espécies possuem ficha publicada com informações de características, distribuição, ameaças, ações de conservação, dentre outras. No total, 1.253 espécies dos sete biomas brasileiros estão em alguma categoria de ameaça (vulnerável, em perigo ou criticamente em perigo). 

O sistema está disponível para o público em geral para consultar informações sobre as espécies ameaçadas da fauna brasileira, podendo o usuário realizar a busca pelo nome comum ou científico da espécie pretendida e/ou combinar filtros sobre a categoria de ameaça da espécie, bioma, estado, região, Unidade de Conservação, grupo, ameaçada, endemismo, dentre outros. Os dados também podem ser baixados após a consulta.

Em relação a Mata Atlântica, dados de 6.696 espécies constam na plataforma, dessas 598 foram categorizadas como ameaçadas de extinção: 179 criticamente em perigo, 210 em perigo e 209 vulneráveis. Dentre as espécies categorizadas como criticamente em perigo podemos citar o bugio-ruivo (Alouatta guariba guariba), a jararaca-ilhôa (Bothrops insularis), a saíra-apunhalada (Nemosia rourei), a toninha (Pontoporia blainvillei).

Além disso, 498 espécies foram classificadas como dados insuficientes, ou seja, que não há informações suficientes necessárias para categorizar essas espécies. Isso significa dizer que o número de espécies ameaçadas ainda pode estar subestimado.

 

 

Quantidade e porcentagem das espécies de animais avaliados na Mata Atlântica divididos pelas distintas categorias. Créditos: SALVE ICMBio 2023

Santa Catarina possui 2.448 espécies avaliadas, dessas 131 estão ameaçadas de extinção, sendo 33 criticamente ameaçadas, 39 em perigo e 59 vulneráveis

“A plataforma, além de ajudar na implementação de políticas públicas voltadas à biodiversidade, também facilita o trabalho dos pesquisadores, pois por meio dela é possível conferir de forma rápida e fácil informações das espécies ameaçadas de extinção. Além da área da pesquisa, a SALVE auxilia na difusão de informações confiáveis sobre a essa biodiversidade, pois por meio dela podemos ter acesso a informações produzidas por especialistas”, relata Thamara Santos de Almeida, que colaborou com os dados do seu mestrado em Biologia Animal (UFRGS) para a plataforma e é colaboradora da Apremavi.

Esse lançamento é fruto de um trabalho colaborativo dos 14 Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação do ICMBio. A Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (Dibio) é operada pelos servidores do ICMBio e conta com diversos parceiros e especialistas da comunidade científica que atuam na inclusão, atualização, revisão e correção dos dados sobre as espécies da fauna brasileira, além da realização de oficinas de risco de extinção. No total 1499 especialistas foram envolvidos.

 

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Carolina Schäffer.
Foto de capa: Jacutinga (Aburria jacutinga) no Parque Estadual Intervales em Ribeirão Grande (SP). ©️ Nick Athanas, (CC BY-NC-SA 2.0).

Canela-preta, Criticamente em Perigo de extinção em Santa Catarina

Canela-preta, Criticamente em Perigo de extinção em Santa Catarina

Canela-preta, Criticamente em Perigo de extinção em Santa Catarina

A canela-preta (Ocotea catharinensis) é uma árvore nativa da Mata Atlântica encontrada principalmente na Floresta Ombrófila Densa nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

É uma espécie característica do estágio sucessional de clímax, o último estágio alcançado por comunidades ecológicas ao longo da sucessão ecológica, com crescimento muito lento. Apresenta folhas grandes e aromáticas, casca escura e frutos em forma de cápsulas. 

Historicamente, a canela-preta era a árvore mais comum e característica da Floresta Ombrófila Densa de Santa Catarina, chegando a representar um terço do volume de todas as árvores existentes em um hectare. Contudo, desde a década de 1940 a espécie foi muito explorada, para o uso como recurso madeireiro. Devido a redução das suas populações e a essa exploração hoje ela está ameaçada de extinção.

Um estudo identificou compostos de óleo essencial do tipo linalol, que possui valor econômico e é apreciado por seu aroma de rosa. Assim, poderia ser explorado o seu potencial de perfumaria na fabricação de cosméticos.

É tradicionalmente utilizada pelos povos indígenas de várias etnias dos estados de Santa Catarina e Paraná como fortificantes. Além disso, pesquisas identificaram a presença de compostos antitumorais.

Do ponto de vista ecológico, a espécie é recomendada para a restauração de ecossistemas degradados. Sua dispersão é zoocórica, ou seja, é realizada por animais, principalmente aves e mamíferos. O muriqui-do-sul (Brachyteles hypoxanthus), considerado o maior primata das Américas, é uma das espécies de mamíferos ameaçados de extinção que se alimenta da canela-preta.

O Instituto Hórus publicou algumas recomendações para o plantio da espécie, confira.

Canela-preta. Créditos: Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA)
Detalhes da árvore, sementes, folhas e flores da canela-preta. Créditos: Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), Equipe Apremavi, Anita Stival, Marcio Verdis e Marcelo L. Brotto
Canela-preta

Nome científico: Ocotea catharinensis Mez
Família: Lauraceae
Utilização: econômica, medicinal e ecológica.
Produção de sementes: os frutos devem ser coletados diretamente da árvore quando adquirem coloração verde-amarelada com manchas pretas intensas, iniciando a queda espontânea ou podem ser recolhidos no chão, após a queda. Estes devem ser lavados em água, macerados e, em seguida, postos em peneira para secagem.
Época de coleta de sementes: julho a agosto.
Fruto: é uma cápsula lenhosa de formato oval ou elipsoide que pode medir de 1 a 2 centímetros de comprimento e geralmente apresenta uma coloração marrom escuro quando maduro.
Frutificação: os frutos amadurecem de maio a agosto, no Paraná e no Estado de São Paulo e, de novembro a dezembro, em Santa Catarina.
Flor: pequenas e verde-amareladas.
Floração: de junho a janeiro, no Paraná; de julho a março, em Santa Catarina e em setembro, no Estado de São Paulo.
Crescimento da muda: moderado.
Germinação: com início entre 30 e 120 dias após a semeadura, as mudas atingem tamanho adequado para plantio, cerca de 9 meses após a semeadura.
Plantio: sub-bosque; áreas degradadas.
Status de conservação: encontra-se ameaçada de extinção na categoria de Vulnerável na Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção do Brasil do Ministério do Meio Ambiente (MMA) assim como na Lista do Paraná do Instituto Água e Terra (IAT); Já em SC a espécie se encontra como Criticamente em Perigo na lista do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).

* Os dados sobre usos medicinais das espécies nativas são apenas para informação geral, onde os estudos foram feitos com propriedades isoladas em uma quantidade específica. O uso de medicamentos fitoterápicos deve ser seguido de orientações médicas

 

Fontes consultadas:

Carvalho, PER (2014) Espécies arbóreas brasileiras.

CNCFlora. Ocotea catharinensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Ocotea catharinensis>. Acesso em 14 julho 2023.

Prochnow, M (2007) No Jardim das Florestas. Rio do Sul: Apremavi, 147p.

Tarazi, R (2006) Caracterização da estrutura genética e conservação de populações naturais de canela-preta (Ocotea catharinensis Mez) no estado de Santa Catarina.

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Vitor Lauro Zanelatto e Carolina Schäffer.

Visitas na Apremavi no segundo trimestre do ano proporcionam troca de conhecimento sobre restauração

Visitas na Apremavi no segundo trimestre do ano proporcionam troca de conhecimento sobre restauração

Visitas na Apremavi no segundo trimestre do ano proporcionam troca de conhecimento sobre restauração

Ao conhecer de perto a Apremavi os estudantes têm a oportunidade de aprender na prática, entre as trilhas nas áreas demonstrativas de restauração, nascentes e no viveiro de mudas. Conceitos trabalhados em sala de aula se materializam durante a visita e ilustram algumas das formas de trabalhar em defesa da conservação e da restauração.

Durante o segundo trimestre deste ano, o Centro Ambiental e o Viveiro Jardim das Florestas da Apremavi receberam a visita de mais de 550 pessoas.  Dezenove instituições de ensino, como escolas e universidades, estiveram em Atalanta para aprender mais sobre a proteção, conservação e restauração da Mata Atlântica.

Grupos organizados por prefeituras e sociedade civil de Santa Catarina também conheceram a rotina de produção de mudas e das ações desenvolvidas na Apremavi no segundo trimestre. Houve também a visita da Conectando Biomas, uma organização ambiental com sede em Manaus, que está realizando o mapeamento de áreas com vegetação nativa no Brasil. Outra recepção foi dedicada a visitantes da Alemanha,  que estavam de passagem na região e, ouvindo falar sobre a Apremavi, decidiram conhecer de perto a instituição.

Já outros visitantes são  de lugares próximos, e é justamente a proximidade que possibilita conexões e a continuidade do contato com a Apremavi, seja através da parceria em outras atividades de educação ambiental ou no auxílio sempre necessário para compartilhar os projetos desenvolvidos pela Apremavi para a restauração ecológica. “Foi muito interessante conhecer a Apremavi e ver que temos uma organização tão ativa e engajada pertinho de nós. Muitos alunos se espelham no conhecimento aprendido para aplicar em suas propriedades. Além disso, também percebemos como os alunos se sentiram bem de estar em contato com a natureza e o ar puro do local”, relata Sabrina Helena Silva Marafon, professora que leciona em uma cidade próxima a Atalanta, onde está a sede da Apremavi.

Já a professora Luciane Costa de Oliveira, do IFSC de Lages, comenta sobre quais aspectos da visita foram importantes para os estudantes: “Na visita pudemos conhecer o viveiro e toda sua evolução ao longo dos anos, as áreas degradadas que foram recuperadas, o embelezamento do meio rural, as novas metodologias para planejamento do território, a visão sustentável a longo prazo, a aquisição de RPPNs para garantias futuras, entre tantos outros exemplos são presenciados durante as visitas das turmas. Em cada visita, uma vasto horizonte de conhecimentos se abre diante dos olhos dos estudantes…. e da professora deles, também!”

> Conheça os principais atrativos da visita

Visita no Parque Natural Municipal Mata Atlântica. Créditos: CE Padre Dionísio Peluso

Registros das visitas realizadas no Centro Ambiental, Viveiro Jardim das Florestas e Trilha da Restauração da Apremavi, bem como, ao Parque Natural Municipal Mata Atlântica. Fotos: Edegold Schäffer e Taís Fontanive

O Programa de Visitas Guiadas é uma iniciativa institucional da Apremavi. Visitas de grupos com mais de cinco pessoas demandam agendamento prévio.

> Agenda a sua visita

Essa ação está relacionada com os ODS:

 

Autores: Thamara Santos de Almeida, Taís Fontanive e Vitor Lauro Zanelatto

Apremavi colabora para agenda da Década da Restauração em Nova Veneza (SC)

Apremavi colabora para agenda da Década da Restauração em Nova Veneza (SC)

Apremavi colabora para agenda da Década da Restauração em Nova Veneza (SC)

Nova Veneza (SC) foi palco do seminário “Década da Restauração de Ecossistemas: o que estamos fazendo?”, que ocorreu nos dias 4 e 5 de julho, e contou com participação da Apremavi.

Na semana em que o planeta bateu o recorde de aumento da temperatura global, por dois dias seguidos em decorrência da emergência climática, a Apremavi participou de um evento sobre restauração de ecossistemas. O envolvimento nessa agenda representa a importância de unir esforços a fim de evitar o colapso climático. Pensar globalmente e agir localmente, nunca se fez tão necessário.

O evento foi realizado pela Fundação do Meio Ambiente de Nova Veneza (SC) em decorrência da “Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas (2021-2030)” que tem como objetivo inspirar toda a sociedade ao redor do mundo em prol da restauração. 

Miriam Prochnow, co-fundadora da Apremavi, abriu o evento com a palestra intitulada “A Década da Restauração de Ecossistemas”. No final da apresentação, Edegold Schäffer, coordenador do Viveiro Jardim das Florestas da Apremavi falou sobre o trabalho realizado no Viveiro.

Apremavi colabora para agenda da Década da Restauração em Nova Veneza (SC). Foto: Taís Fontanive

Palestra da Apremavi na abertura do seminário “Década da Restauração de Ecossistemas: o que estamos fazendo?” em Nova Veneza (SC). Foto: Taís Fontanive

Além das apresentações, a equipe da Apremavi exibiu em um estande os materiais elaborados pela instituição e realizou a doação de mudas, oportunizando assim vários momentos de troca de informações sobre restauração, produção e comercialização de mudas e divulgação do Programa de Estágios oferecido pela instituição.

 

Apremavi colabora para agenda da Década da Restauração em Nova Veneza (SC). Foto: Miriam Prochnow

Equipe da Apremavi apresentando o trabalho da instituição em um estande no evento. Foto: Miriam Prochnow

Já no segundo dia do evento, a Apremavi participou de uma ação prática onde colaborou com informações sobre como fazer o plantio de mudas nativas e sua manutenção para obtenção de um bom resultado. 

A equipe também teve a oportunidade de visitar a Reserva Biológica Estadual (REBIO) do Aguaí, a Reserva São Francisco e a sede e museu do Instituto Felinos do Aguaí. A REBIO Aguaí inclusive estava de aniversário, completou 40 anos no dia 01 de julho e é muito importante para toda a região. De suas florestas e escarpas fluem as águas que formam a Represa de São Bento, que abastece vários municípios. Importante lembrar que um dos objetivos de se restaurar ecossistemas é o de conservar os recursos hídricos.

Foi também um momento muito rico para realizar intercâmbio com diversas instituições que trabalham em prol do meio ambiente na região, como o Instituto Alouatta, Instituto Reflorar, Sicoob Credisulca com o programa Amigos da Mata, do Agro e da Biodiversidade (AmaBio), Herbário CRI da Unesc, Parque Natural Municipal Xokleng e o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA-SC).

Edegold Schaffer ressalta a importância do evento para a região: “O seminário foi o primeiro evento realizado no município com foco na participação de órgãos ambientais, entidades e instituições que trabalham em prol do meio ambiente na região sul de Santa Catarina. A Apremavi foi destaque no evento e assumiu  protagonismo onde várias pessoas que visitaram o estande da instituição se interessaram pelo trabalho desenvolvido”.

 

Plantio de mudas. Foto: Taís Fontanive

Atividade de plantio de mudas, visita a Reserva Biológica Estadual (REBIO) do Aguaí,  Parque Natural Municipal Xokleng, Reserva São Francisco e a sede e museu do Instituto Felinos do Aguaí. Fotos: Miriam Prochnow, Taís Fontanive e Edegold Schäffer

Essa ação está relacionada com os ODS:

 

Autoras: Miriam Prochnow, Taís Fontanive e Thamara Santos de Almeida.
Foto da capa: estande da Apremavi no seminário “Década da Restauração de Ecossistemas: o que estamos fazendo?” de Nova Veneza (SC), por Miriam Prochnow.

Apremavi em sala de aula: educação ambiental e restauração em debate

Apremavi em sala de aula: educação ambiental e restauração em debate

Apremavi em sala de aula: educação ambiental e restauração em debate

A educação ambiental tem um papel importante em todas as etapas do ensino. Por meio dela os estudantes são encorajados a refletir sobre problemas ambientais e suas causas, identificar formas de reduzir seu impacto ambiental e promover mudanças positivas nos mais diversos níveis.

Na educação infantil as crianças podem ser protagonistas de atividades lúdicas e interativas. Já no ensino fundamental, principalmente nos anos finais, ações de pesquisa e discussões que visam incentivar o pensamento crítico e a ação coletiva são práticas sugeridas. Em todas as fases do ensino e da vida, a sensibilidade e o sentimento de responsabilidade pela proteção da Natureza devem estar presentes. 

Desde a sua fundação, há 36 anos, a Apremavi apoia e promove ações de Educação Ambiental, tanto participando de ações pontuais em escolas quanto em espaços não formais de ensino. Confira algumas das últimas ações realizadas em escolas:

 

Passo a passo da produção de mudas na Educação Infantil 

No dia 13 de junho a CEI Montão de Carinho, localizada em Atalanta (SC) recebeu a visita da Apremavi para uma ação de educação ambiental. O objetivo foi apresentar para as crianças o passo a passo da produção de mudas que ocorre no Viveiro Jardim das Florestas da Apremavi. Além disso, foi apresentado como cada um pode contribuir para o cuidado das árvores e da natureza. 

A atividade foi conduzida pela Técnica Ambiental da Apremavi, Daiana Tânia Barth, que conquistou a atenção das crianças envolvendo-as no processo de semeadura e repicagem das mudinhas. No total, 60 crianças participaram da ação.

Em relação à oportunidade de ministrar a atividade, Daiana relata: “Pude mostrar como é produzida uma muda de árvore e o que ela representa para a qualidade de vida das pessoas e da biodiversidade e como isso é precioso. As crianças serão nossos futuros representantes e que sejam melhores e mais responsáveis ambientalmente”.

Apremavi em sala de aula: educação ambiental e restauração em debate. Foto: Maíra Ratuchinski

Daiana Tânia Barth, Técnica Ambiental da Apremavi,explicando como são produzidas as mudas, desde a semeadura até a repicagem nas embalagens Ellepot. Foto: Maíra Ratuchinski

Restauração e recursos hídricos no Ensino Fundamental

Já no dia 29 de junho a Apremavi, a convite do Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi), ministrou uma palestra na EEB Maria Regina de Oliveira, em Agronômica (SC). O objetivo foi apresentar o trabalho da instituição na recuperação, proteção e restauração de nascentes no Alto Vale do Itajaí. 

A palestra foi ministrada por Leandro Casanova, Coordenador de Projetos da Apremavi. Participaram da atividade aproximadamente 60 pessoas, entre alunos, pais e responsáveis.

A ação se soma ao projeto “Recursos Hídricos e Consciência Ambiental: o despertar para o hoje” que realiza um diagnóstico do processo de captação, uso e potabilidade da água consumida pelas famílias dos estudantes do ensino fundamental da cidade. O projeto é executado pela Unidavi com os alunos do sexto ao nono ano da escola. O propósito é desenvolver ações de educação ambiental por meio de metodologias ativas e incentivar o cuidado e a recuperação de nascentes e dos recursos hídricos. 

 

Apremavi em sala de aula: educação ambiental e restauração em debate. Foto: Luciana Patricia Rosa Dias

Leandro Casanova apresentando o trabalho da Apremavi com foco na região do Alto Vale do Itajaí. Créditos: Luciana Patricia Rosa Dias

Essa ação está relacionada com os ODS:

 

Autores: Daiana Tânia Barth, Leandro Casanova, Robson Carlos Avi e Thamara Santos de Almeida
Revisão: Carolina Schäffer e Vitor Lauro Zanelatto

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