Apremavi deverá voltar às ondas da rádio Mirador

Apremavi deverá voltar às ondas da rádio Mirador

Apremavi deverá voltar às ondas da rádio Mirador

No último dia 20 de maio, integrantes da equipe da Apremavi se reuniram com representantes das rádios Mirador e 93.4 FM da cidade de Rio do Sul (SC) com o propósito de retomar a campanha “A Gente Muda o Mundo com a Mudança da Nossa Mente”. A reunião aconteceu de forma presencial nas dependências da emissora, seguindo as normas de segurança em relação a Covid-19. Iniciado há 10 anos, o projeto contou com a parceria da Apremavi e tinha como objetivo principal compartilhar informações sobre temas ambientais ao público ouvinte das emissoras, além da distribuição de mudas nativas em eventos que aconteciam na Praça Central da cidade em que a rádio está sediada.

Reunião para definir nova etapa da Campanha “A Gente Muda o Mundo com a Mudança da Nossa Mente. Foto: Arquivo Apremavi.

A iniciativa

O lançamento da nova etapa da campanha deverá acontecer no dia 05 de junho, integrando uma programação especial alusiva à Semana do Meio Ambiente. Na prática, a Apremavi ganhará espaço na programação das rádios para difundir conteúdos, informar a população sobre a importância da preservação ambiental e divulgar suas ações e projetos em andamento. A parceria prevê ainda a realização de vários eventos durante o decorrer do ano. Entre eles, a distribuição de mudas nativas, atividades de educação ambiental e o plantio de um bosque em alguma área pública do município de Rio do Sul para homenagear as vítimas da Covid-19, seguindo o exemplo da Campanha Bosques da Memória.

Estamos felizes com a retomada dessa parceria, pois ela permite mais uma forma de conscientização ambiental para a população da região, principalmente em um momento de tantos desafios e de pautas urgentes e necessárias. Todos têm a ganhar com esta parceria mas, principalmente, a natureza”, relata Maria Luiza Schmitt Francisco, Coordenadora Administrativa da Apremavi.

O entusiasmo para reviver o projeto é compartilhado pela equipe da rádio, conforme sinalizou Fernanda Cardoso, colaboradora da Mirador: “alegria por retomar a parceria com a Apremavi. Estar lado a lado, mais uma vez, de uma das mais bem conceituadas e premiadas ONGs do Sul do Brasil é de grande importância para nós e com certeza nossa campanha de conscientização será novamente virtuosa”.

Parceria de longa data

A Apremavi tem um histórico extenso de colaboração com os veículos de imprensa do Alto Vale do Itajaí. Através da vontade compartilhada com jornais, rádios e emissoras de televisão em difundir a pauta ambiental para a sociedade civil foi possível produzir matérias, campanhas e até mesmo eventos.

Em parceria com a Mirador destaca-se as campanhas ambientais realizadas na Praça Ermembergo Pellizzetti, que viabilizou promoção de diversas entrevistas de membros da equipe Apremavi para a divulgação do trabalho da instituição e a distribuição de mudas de árvores nativas para a população de Rio do Sul.

Foto da 2ª edição da Campanha “A Gente Muda o Mundo com a Mudança da Nossa Mente, realizada em 2013. Foto: Arquivo Apremavi.

Autores: Edegold Schaffer e Taís Fontanive.
Revisão: Vitor Zanelatto.

A conservação e a restauração da Mata Atlântica andam juntas

A conservação e a restauração da Mata Atlântica andam juntas

A conservação e a restauração da Mata Atlântica andam juntas

De beleza e sons impressionantes, percebidos através das cores e formas da vegetação, do canto das aves, do rugir dos animais e dos ruídos da água e do vento, a Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo, mas infelizmente, é também o segundo mais ameaçado de extinção. Mais de 70% da população brasileira mora sob seu domínio. Por isso, viver na Mata Atlântica é um grande privilégio, mas também uma grande responsabilidade. Esse foi um dos motivos para a criação do Dia Nacional da Mata Atlântica, comemorado hoje, 27 de maio.

A data foi instituída através do Decreto Presidencial de 21 de setembro de 1999. O dia 27 de maio foi escolhido em memória da famosa “Carta de São Vicente”, onde o Padre Anchieta teria descrito pela primeira vez as belezas e a biodiversidade das florestas tropicais do Brasil, em 1560.

Calcula-se que na Mata Atlântica já tenham sido descritas ao todo, mais de 20.200 espécies de vegetais (CNCFlora, 2013), muitos deles utilizados na alimentação humana ou com finalidades medicinais e ornamentais. Aproximadamente oito mil dessas espécies são consideradas endêmicas, ou seja, só existem na Mata Atlântica, e inúmeras estão ameaçadas de extinção, como a araucária, a canela-preta, o xaxim-bugio e a canela-sassafrás.

Quanto à presença de animais, estima-se que sejam encontradas mais de 1,6 milhões de espécies, incluindo os insetos e demais invertebrados. São 298 espécies de mamíferos, 600 espécies de anfíbios (Revisões em Zoologia, 2017), 200 espécies de répteis, 350 espécies de peixes e 992 espécies de aves (Pinto et al, 2012), sendo que é na Mata Atlântica que se concentra o maior nível de endemismo de aves do planeta.

A Mata Atlântica é considerada Patrimônio Nacional pela Constituição Federal e abrange total ou parcialmente 17 Estados brasileiros e mais de 3.400 municípios. Originalmente, cobria 15% do território brasileiro, área equivalente a 1.310.299 Km2. Após o processo de colonização e industrialização do país, restam 12,4% de remanescentes originais (Atlas da Mata Atlântica, 2020). Se considerarmos fragmentos bem conservados, acima de 100 hectares, o número diminui, fica em apenas 8,5%.

Dados recentes mostram que os Estados de Santa Catarina e do Paraná figuram entre os cinco com maiores taxas de desmatamento, tendo respectivamente desmatado 887 e 2.151 hectares a mais do que quando comparados com o ano anterior. Esse cenário se agrava quando lembramos que existem muito poucos remanescentes primários de Mata Atlântica, a grande maioria dos remanescentes ainda existentes é composta de florestas secundárias em diferentes estágios de desenvolvimento.

A reversão da destruição da Mata Atlântica deve ser prioridade na política ambiental do país e ser inserida na agenda global do combate à crise climática.

Os eventos extremos causados pela crise do clima são o risco mais imediato pairando sobre a humanidade nos próximos dez anos. O Planeta está cada vez mais quente e por conta disso furacões, enchentes, enxurradas, crises hídricas, secas, queimadas e muitos outros eventos extremos já são uma constante na vida da população mundial. Essa crise também amplifica a perda da biodiversidade e aumenta a crise hídrica que já afeta milhões de pessoas em diversas partes do planeta.

Diante desse cenário de emergência climática, a conservação e a restauração de paisagens e ecossistemas tem se tornado prioridade em âmbito internacional. As florestas captam dióxido de carbono da atmosfera, refletem calor, ajudam a reter a água da chuva e trazem vários outros benefícios para os seres humanos e o meio ambiente. Por isso, muitos estudos apontam que evitar o desmatamento das florestas remanescentes, conservar a biodiversidade e plantar árvores são uma das melhores formas de ajudar a combater e mitigar os efeitos da mudança do clima.

Considerando-se os benefícios para a conservação da biodiversidade e a mitigação das mudanças climáticas, a Mata Atlântica deve ser um dos Biomas com maior prioridade para a restauração no mundo,

Segundo estudo publicado na revista Nature, o bioma faz parte de um grupo de ecossistemas em que a restauração de 15% da sua área evitaria 60% da extinção de espécies previstas e, ao mesmo tempo, sequestraria o equivalente a 30% do CO2 lançado na atmosfera desde o início da revolução industrial.

Para maximizar os benefícios climáticos oferecidos pelas florestas, precisamos manter intactos os remanescentes de floresta nativa, conservar a biodiversidade, impulsionar a regeneração e restaurar as áreas que costumavam ter floresta. A conservação e restauração andam juntas!

Conservação e Restauração andam juntas

Conservação e Restauração andam juntas” é uma série criada pela Apremavi para mostrar que os dois processos são colaborativos e complementares e se pensados de forma conjunta, mais eficientes. Ilustracões: Vitor Sá.

Estamos na Década da Restauração e neste contexto a Apremavi se apresenta com uma experiência de mais de 30 anos em conservação e restauração. Já ajudou a criar e implantar várias Unidades de Conservação e executa projetos de restauração. Todas as mudas doadas e plantadas pelo projeto são produzidas pela Apremavi no Viveiro Jardim das Florestas.

Venha conosco. Cada árvore é importante. Cada muda conta. Cada atividade faz diferença.

Autoras: Miriam Prochnow e Carolina Schäffer.

Desmatamento sobe e SC é o 4° estado do ranking segundo Atlas da Mata Atlântica

Desmatamento sobe e SC é o 4° estado do ranking segundo Atlas da Mata Atlântica

Desmatamento sobe e SC é o 4° estado do ranking segundo Atlas da Mata Atlântica

A Mata Atlântica, bioma mais devastado do país, perdeu o equivalente a 18 mil campos de futebol entre 2019 e 2020, como mostram os dados do Atlas da Mata Atlântica divulgados nesta quarta-feira (26).

 

Da SOS – Entre 2019 e 2020, o desmatamento da Mata Atlântica se intensificou em dez dos 17 estados que compreendem o bioma: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Espírito Santo. Nos quatro últimos (RJ, MS, SP e ES), o aumento foi de mais de 100% em relação ao período anterior – sendo que em São Paulo e no Espírito Santo este ultrapassou 400%. A manutenção do alto patamar de perda da vegetação nativa, com o crescimento do desmatamento em diversos estados, ameaça intensamente o bioma e reforça a necessidade de ações de preservação e restauração florestal.

As informações são do Atlas da Mata Atlântica, estudo realizado desde 1989 pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, unidade vinculada ao Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação (INPE/MCTI), lançado na quarta-feira, 26 de maio, véspera da data em que é celebrado o Dia Nacional da Mata Atlântica (27/5). A execução técnica ficou a cargo da Arcplan.

No total, foram desflorestados 13.053 hectares (130 quilômetros quadrados) da Mata Atlântica no período – dado que, apesar de 9% menor que o levantado em 2018-2019 (14.375 hectares), representa um crescimento de 14% em relação a 2017-2018 (11.399 hectares), quando se atingiu o menor valor da série histórica.

Os três estados que mais desmataram no período anterior seguem no topo do ranking, embora mostrem ligeiras reduções em seus índices: Minas Gerais (de 4.972 para 4.701 hectares), Bahia (de 3.532 para 3.230 hectares) e Paraná (de 2.767 para 2.151 hectares). Junto de Santa Catarina e do Mato Grosso do Sul, respectivamente o quarto e o quinto da lista, eles acumulam 91% da perda de vegetação da Mata Atlântica entre 2019 e 2020.

Mesmo que tenhamos uma diminuição de 9% do desmatamento em relação a 2018-2019, ali o aumento havia sido de 30%, então não podemos falar em tendência de queda”, explica Luís Fernando Guedes Pinto, diretor de Conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica. “Além disso, no que se refere à Mata Atlântica, 13 mil hectares é muito, porque se trata de uma área onde qualquer perda impacta imensamente a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, como regulação do clima e disponibilidade e qualidade da água”, afirma.

Segundo ele, a grande preocupação é ver estados que já estiveram muito próximos de zerar o desflorestamento voltando a mostrar aumentos expressivos. “São Paulo e Espírito Santo são os maiores exemplos disso, completa.

Oito dos 17 estados aparecem nessa condição próxima ao desmatamento zero, ou seja, menor de 100 hectares. Alagoas, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. No período de 2017-2018 e de 2018-2019, nove estados apareciam com menos de 100 hectares desflorestados.

Enquanto nos estados que abrangem a maior parcela de desmatamento do bioma no país a ocupação agrícola pode ser apontada como principal vetor, em regiões como as de São Paulo e do Rio de Janeiro, onde, proporcionalmente, o desmatamento se mostrou muito acentuado, a pressão está no entorno das áreas metropolitanas e no litoral – ocorrendo, acima de tudo, por conta da expansão imobiliária e pelo turismo.

Para Luís Fernando, o principal problema é a falta de fiscalização. “Os governos precisam fazer valer a Lei da Mata Atlântica, que não permite a conversão de áreas florestais avançadas, e garantir o desmatamento ilegal zero por meio do combate às derrubadas não autorizadas”, explica.

Um estado que chama a atenção é o Piauí, que teve uma queda drástica no desmatamento neste último período. Entre 2017-2018 aparecia no quarto lugar da lista, com 2.100 hectares, no período 2018-2019 foram desflorestados 1.558 hectares e neste último período, apenas 372 hectares,76% de redução, caso a ser comemorado.

 

Desflorestamento (dec) da Mata Atlântica identificados no período 2019-2020 em comparação ao período anterior (em hectare):

UF Área UF UF na Lei MA % UF na LMA Mata 2020 % mata dec mata 19-20 variação do anterior dec mata 18-19
AL 2.783.066 1.523.382 55% 142.746 9,40% 7    
BA 56.476.046 17.988.591 32% 1.991.644 11,10% 3.230 -9% 3.532
CE 14.889.445 866.840 6% 63.489 7,30% 42 65% 25
ES 4.607.445 4.606.378 100% 482.260 10,50% 75 462% 13
GO 34.024.282 1.190.894 4% 31.177 2,60% 7 61% 5
MG 58.651.394 27.621.839 47% 2.814.998 10,20% 4.701 -3% 4.852
MS 35.714.708 6.386.440 18% 688.021 10,80% 851 127% 375
PB 5.646.724 599.370 11% 54.571 9,10%     85
PE 9.806.788 1.689.578 17% 192.309 11,40% 38 -52% 79
PI 25.175.549 2.661.852 11% 899.643 33,80% 372 -76% 1.558
PR 19.929.898 19.635.642 99% 2.314.954 11,80% 2.151 -22% 2.767
RJ 4.375.042 4.375.042 100% 819.868 18,70% 91 106% 44
RN 5.280.960 350.839 7% 12.136 3,50% 14    
RS 26.863.785 13.845.176 52% 1.083.234 7,80% 252 73% 146
SC 9.573.069 9.572.179 100% 2.183.862 22,80% 887 25% 710
SE 2.193.819 1.021.622 47% 69.100 6,80% 117 -16% 139
SP 24.821.948 17.071.791 69% 2.341.618 13,70% 218 402% 43
TOTAL  340.813.966 131.007.456 38% 16.185.632 12,40% 13.053 -9% 14.375

 

Acesse o Atlas da Mata Atlântica 2019-2020

O levantamento é realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o INPE/MCTI, por meio de imagens de satélite e tecnologias na área da informação, do sensoriamento remoto e do geoprocessamento. O projeto é fruto de um acordo de cooperação técnica pioneiro, estabelecido em 1989, voltado a determinar a distribuição espacial dos remanescentes florestais e de ecossistemas associados da Mata Atlântica, monitorar as alterações da cobertura vegetal e gerar informações permanentemente aprimoradas e atualizadas desse bioma.

Os avanços tecnológicos na área da informação, do sensoriamento remoto, do processamento de imagens de satélites e da geoinformática vêm contribuindo favoravelmente para a realização do Atlas, tornando-o mais preciso e detalhado, além de mais acessível ao público em geral”, afirma Silvana Amaral, coordenadora técnica do Atlas da Mata Atlântica pelo INPE.

Todos os dados também estarão disponíveis no aplicativo www.aquitemmata.org.br, com mapas interativos e gráficos que trazem a informação atualizada sobre o desmatamento e o estado de conservação de florestas, mangues e restingas nos 3.429 municípios da Mata Atlântica.

Mapa dos remanescentes de Mata Atlântica em Santa Catarina. Fonte: Atlas da Mata Atlântica 2019 – 2020.

Fonte: SOS Mata Atlântica.
Foto da capa: área desmatada em Santa Terezinha (SC), por Carolina Schäffer.

Apremavi participa de feira de mudas no Dia da Biodiversidade

Apremavi participa de feira de mudas no Dia da Biodiversidade

Apremavi participa de feira de mudas no Dia da Biodiversidade

No dia 22 de maio de 2021, Dia da Biodiversidade, a Apremavi participou do I Feirão de Mudas Frutíferas e Ornamentais e de Artesanato da cidade de Ituporanga (SC). O evento foi promovido pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente do município.

Nossa equipe foi convidada pelo Prefeito, Gervásio Maciel, e pela Secretária de Agricultura e Meio Ambiente, Sandra Loffi Petry, que estiveram no Centro Ambiental Jardim das Florestas no dia 13 de maio para conhecer as novas instalações do viveiro e fazer o convite.

Registros feitos duante a visita do Prefeito e da Secretária de Agricultura e Meio Ambiente de Ituporanga (SC) à Apremavi. Fotos: Arquivo Prefeitura de Ituporanga.

A Feira

Por conta da pandemia e respeitando as regras de isolamento social, apenas dois representantes da equipe estiveram no evento. Gabriela Schäffer e Wigold Schäffer, ambos integrantes do Conselho Consultivo e já vacinados, ficaram responsáveis pela exposição ao ar livre e venda de mudas nativas da Mata Atlântica de 25 espécies diferentes, principalmente frutíferas e ornamentais.

Os feirantes passaram o dia respondendo questionamentos sobre espécies nativas. Segundo Gabriela muitas pessoas tinham perguntas sobre o crescimento das espécies e sobre a atratividade delas para a fauna. “Os que estavam em busca de espécies que não estavam à venda no local, foram orientados a procurar o Viveiro Jardim das Florestas em Atalanta (SC) para conhecer as 200 espécies que temos disponíveis aqui“, complementou a conselheira.

Ao final do evento, tinham sido vendidas 458 mudas das 600 que estavam disponíveis. As ornamentais preferidas do público foram as espécies de palmeira (palmeira-real, palmito e butiá) e os diferentes tipos de ipê (branco, roxo, amarelo-do-brejo e amarelo-da-serra). Já entre as frutíferas, as mais queridas foram cereja-do-rio-grande, jabuticaba, grumixama e pitanga.

O movimento foi intenso durante todo o dia, mas na parte da tarde, Wigold Schaffer conseguiu para dar uma entrevista ao vivo para a Rádio Sintonia, que estava cobrindo o evento. O sócio fundador falou sobre a importância do Dia da Biodiversidade e deu detalhes sobre o trabalho da Apremavi, com destaque para o Projeto Restaura Alto Vale. “O evento foi um sucesso, estamos muito felizes com o convite e esperamos continuar estreitando os laços com a Prefeitura de Ituporanga para mais projetos e parcerias“, afirmou Wigold.

Autoras: Gabriela Schäffer e Carolina Schäffer
Revisão: Miriam Prochnow 

Clima e Sustentabilidade na cobertura jornalística em Santa Catarina

Clima e Sustentabilidade na cobertura jornalística em Santa Catarina

Clima e Sustentabilidade na cobertura jornalística em Santa Catarina

Entre os dias 10 a 13 de maio, a Apremavi teve a oportunidade de participar do curso “Clima e Sustentabilidade na cobertura jornalística”, realizado pelo Instituto ClimaInfo. O curso, que foi realizado virtualmente, teve foco na realidade catarinense, tratando dos principais temas de interesse da região sob a ótica ambiental, econômica e científica. As aulas foram ministradas por especialistas em Comunicação, Ciência, Sustentabilidade e Meio Ambiente e contaram com a facilitação da jornalista Silvia Marcuzzo. Miriam Prochnow, fundadora da Apremavi, fez uma apresentação sobre soluções baseadas na natureza e Carolina Schaffer, Coordenadora de Comunicação da Apremavi, participou do evento como aluna. No dia 14 de maio, Carolina já aplicou os aprendizados numa entrevista para a Rádio Jovem Pan News – Difusora Rio do Sul (a entrevista começa no minuto 5:32).

O Instituto ClimaInfo é uma organização sem fins lucrativos filiada ao Global Strategic Communications Council (GSCC), focada na comunicação da ciência climática e nos debates nacionais e internacionais sobre a mudança do clima e idealizou o curso para jornalistas e comunicadores de Santa Catarina interessados na cobertura ambiental e científica do tema.

Todas as aulas estão disponíveis no canal do ClimaInfoNews no YouTube.

Aula ministrada por Miriam Prochnow durante o curso de formação em clima para jornalistas de Santa Catarina. Fonte: ClimaInfo.

Sobre as aulas

Panorama Brasil e o Mundo – A emergência climática é um dos desafios da humanidade atualmente e envolve a necessidade de adoção de medidas para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Paulo Artaxo, professor titular do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da USP. É membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), deu uma aula sobre o Panorama Internacional das Mudanças Climáticas e o diretor-executivo no ClimaInfo sobre o Panorama Brasil.

Panorama do Clima em Santa Catarina e as soluções catarinenses – O estado de Santa Catarina vem sofrendo eventos extremos, como o ciclone bomba, que ocasionaram prejuízos à sociedade e à economia catarinense. O Panorama do Clima em Santa Catarina foi ministrado pelo professor Francisco Aquino , professor associado do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e as soluções catarinenses foram expostas pela ambientalista, ativista climática, pedagoga e especialista em Ecologia, a fundadora da Apremavi, Miriam Prochnow.

Clima e Economia em Santa Catarina – Energia é uma dos temas que envolve a economia catarinense, nesta aula foi traçado um panorama do tema no contexto de Clima e Sustentabilidade e como fazer uma transição justa para uma economia de baixa emissão de gases de efeito estufa garantindo empregabilidade e desenvolvimento da economia. Neste dia ministraram as aulas o coordenador Sênior do Portfólio de Energia do Instituto Clima e Sociedade (iCS) Roberto Kishinami e o diretor de Biodiversidade e Clima (DBLIC) da Secretaria Executiva do Meio Ambiente (SEMA) do Estado de Santa Catarina, Luciano Henning.

Desafios da imprensa na cobertura do meio ambiente – As aulas fomentaram uma reflexão sobre as práticas jornalísticas na cobertura ambiental. O coordenador de Comunicação do Observatório do Clima, Claudio Angelo, trouxe em sua aula os principais desafios dos jornalistas. Também participaram professoras da faculdade e da pós-graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, Raquel Longhi — que ministrou uma aula sobre Narrativas na cobertura do Clima — e Rita Paulino que ensinou sobre o uso de ferramentas de busca de dados para a cobertura sobre o tema.

Autora: ClimaInfo – Tatiane Matheus.
Comentários iniciais: Miriam Prochnow.

Câmara aprova “mãe de todas as boiadas”, o fim do licenciamento

Câmara aprova “mãe de todas as boiadas”, o fim do licenciamento

Câmara aprova “mãe de todas as boiadas”, o fim do licenciamento

O texto-base do projeto é considerado o pior sobre o tema em 17 anos. Para Miriam Prochnow, vice-presidente da Apremavi, o texto é um verdadeiro desastre e que vai colocar em risco a vida das pessoas e abrir espaços para destruição ambiental. Também traz ao já conturbado cenário de retrocessos socioambientais ainda mais possibilidades de disputas judiciais.

DO ISA – O plenário da Câmara aprovou, na madrugada desta quinta (13), por 300 votos contra 122, o texto principal do relatório do deputado Neri Geller (PP-MT) sobre o Projeto de Lei (PL) nº 3.729/2004, da Lei Geral do Licenciamento Ambiental. A votação dos destaques está prevista para às 10h desta quinta-feira.

O PL restringe, enfraquece ou, em alguns casos, até extingue parte importante dos instrumentos de avaliação, prevenção e controle de impactos socioambientais de obras e atividades econômicas no país. Trata-se da pior e mais radical proposta já elaborada no Congresso sobre o assunto e que, na prática, torna o licenciamento convencional uma exceção, na avaliação da Frente Parlamentar Ambientalista, pesquisadores e organizações da sociedade civil.

Para eles, se transformado em lei, o projeto pode produzir recordes de desmatamento em série, em especial por eliminar restrições à derrubada da floresta estimulada por grandes obras de infraestrutura na Amazônia, como estradas e hidrelétricas.

O parecer não foi debatido publicamente, dentro ou fora do Congresso. O documento foi repassado a alguns deputados só no final da semana passada. Ontem, em plena votação, parlamentares reclamaram por não ter conhecimento do texto, elaborado a portas fechadas por ruralistas, a Casa Civil e o lobby de grandes indústrias e empresas de infraestrutura.

Com apoio do “Centrão” e de bolsonaristas, a bancada ruralista derrotou, um a um, os requerimentos apresentados pela oposição e os parlamentares ambientalistas para obstruir a votação ao longo de parte da tarde e da noite. O texto de Geller foi levado diretamente ao plenário porque teve regime de urgência aprovado em 2017, depois de passar pelas comissões de Agricultura, Meio Ambiente, Finanças e Tributação.

Após apreciação dos destaques, o PL segue para o Senado. Se sofrer mudanças, volta a ser debatido na Câmara, mas apenas as alterações serão analisadas. Se for aprovado pelos senadores como está, segue para sanção presidencial.

Leia a notícia completa no site do Instituto Socioambiental.

 

Fonte: Observatório do Clima com texto do Instituto Socioambiental.
Foto da capa: Pablo Valadares – Câmara dos Deputados.

Equipe administrativa recebe formação e busca aumentar a eficiência

Equipe administrativa recebe formação e busca aumentar a eficiência

Equipe administrativa recebe formação e busca aumentar a eficiência

Buscar eficiência e inovação. Esse é o principal objetivo de uma longa parceria entre a Apremavi e a Databox Sistemas, empresa especializada em softwares para gestão empresarial, incumbida pelo desenvolvimento de várias tecnologias da informação utilizadas no departamento administrativo da Apremavi. Estas tecnologias permitem a otimização do trabalho e a obtenção de registros precisos sobre os processos gerenciais da instituição.

A partir de uma atualização do sistema fiscal, realizado para aprimorar e otimizar as atividades administrativas, Taís Fontanive e Sirlene Ceola, funcionárias da Apremavi, receberam um treinamento para uso da nova versão da ferramenta. A formação ocorreu no dia 19 de abril, na sede da Databox, seguindo todos os protocolos de prevenção à Covid-19.

A partir do que aprendemos com a Databox será possível melhorar nossas rotinas de trabalho a fim de termos resultados mais precisos”, comenta Sirlene, que atua como auxiliar administrativo no escritório da Apremavi em Rio do Sul (SC).

Além de apresentar as atualizações e analisar o aproveitamento do sistema, foi possível sanar dúvidas e questionamentos que surgem no dia-a-dia do trabalho. Para as participantes, a formação foi sinônimo de muito aprendizado.“O treinamento foi importante para tirarmos dúvidas pontuais referentes às atividades corriqueiras dentro do sistema da Apremavi, é sempre bom estarmos atualizadas sobre o sistema”, relata Taís, que trabalha no setor administrativo no Centro Ambiental e Viveiro Jardim das Florestas, em Atalanta (SC).

Autoras: Sirlene Ceola e Taís Fontanive

Comitê da IUCN no Brasil tem novo secretariado

Comitê da IUCN no Brasil tem novo secretariado

Comitê da IUCN no Brasil tem novo secretariado

Como integrante da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a Apremavi participou no dia 28 de abril, dia em que se comemora o Dia Nacional da Caatinga, da Assembleia que elegeu o novo secretariado do Comitê Brasileiro da IUCN.

Quem assumiu a coordenação eleita pelo comitê brasileiro, para o triênio 2021-2024, foi Miguel Moraes, da Conservação Internacional Brasil. Angela Pellin, do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), assumiu a vice-presidência e a secretaria executiva ficou com Roberto Palmieri, do Imaflora.

A IUCN tem grande abrangência internacional, influenciando tomadores de decisão a partir de suas comissões, que são: (1) Educação e Comunicação; (2) Políticas Públicas; (3) Espécies Ameaçadas; (4) Legislação Ambiental; (5) Manejo de Ecossistemas; e, (6) Áreas Protegidas. Milheres de voluntários compõem essas Comissões, sendo que muitos de seus integrantes estão dentre os maiores especialistas das suas áreas de conhecimento.

É a maior rede para a conservação do mundo, agregando membros governamentais,  organizações não governamentais povos e comunidades tradicionais, propiciando o diálogo e as trocas de informações e cooperações diversas entre todas as regiões do mundo. Hoje, a IUCN é uma referência na geração de conhecimentos, ao levantar questões e ajudar a fornecer dados para guiar ações nos mais diversos campos da conservação.

Destaca-se por seu potencial de orientar decisões e ajuda a influenciar rumos de questões variadas ligadas à conservação. Dentre suas inúmeras publicações está, por exemplo, a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, que tem servido de base para governos, ONGs e empresas tomarem decisões que afetam os habitats naturais que remanescem no planeta.

O governo brasileiro não é mais membro da IUCN desde 2016. No entanto, há 26 membros brasileiros afiliados à IUCN que formam o comitê brasileiro dessa rede de organizações.

As pautas para este triênio são: 

  • Grupos de trabalho em: advocacy, comunicação e captação de recursos;
  • Campanha “Brazil Matters”;
  • Acompanhamento da implementação do programa no Brasil.
Reunião IUCN Brasil

Encontro virtual marca a assembleia que elegeu novo secretariado do Comitê Brasileiro na União Internacional para a Conservação da Natureza.

Autoras: Miriam Prochnow e Carolina Schäffer

Ativismo marca mês em prol da Terra

Ativismo marca mês em prol da Terra

Ativismo marca mês em prol da Terra

O mês de abril é um mês ativista e marca uma série de datas comemorativas como o Dia da Terra, o Dia das Populações Indígenas e o Dia da Luta pela Reforma Agrária.

Além de reafirmar o seu compromisso com a Carta da Terra, a Apremavi participou de inúmeras atividades, como o plantio de árvores nativas realizado no Assentamento Filhos do Contestado e o lançamento da série Mulheres que Restauram. Essas atividades foram inclusive notícia em veículos de grande divulgação como o Mídia Ninja, com um inspirador artigo do socioambientalista e articulista Márcio Santilli, e a página do Movimento ODS de Santa Catarina.

Mas o mês foi realmente de grandes destaques.

Articulação dos movimentos socioambientais junto à Cúpula do Clima

A Cúpula Mundial de Líderes pelo Clima 2021 foi um evento convocado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em resposta a sua preocupação com a mudança climática mundial e o que está sendo feito pelos países para melhorar a questão ambiental. Houve uma grande mobilização da sociedade, para chamar a atenção do governo americano para a gravidade da questão ambiental no Brasil e todos os retrocessos em andamento. A Apremavi foi signatária de cartas coletivas nesse sentido. Muitos nomes famosos também se juntaram no apelo à Biden para não fechar acordo com o presidente brasileiro.

A ativista climática Greta Thunberg também divulgou um vídeo impactante chamando a atenção para a necessidade de ações urgentes para lidar com a emergência climática e as conferências e reuniões precisam ir além de somente palavras bonitas e vazias. Os próximos passos serão realmente decisivos para o futuro da humanidade e todas as pessoas devem se engajar nesse movimento.

“Mind the Gap” é um curta lançado por Greta Thunberg no Dia da Terra, um chamado para a ação contra a crise climática.

Diálogo do Uso do Solo lança guia em português, espanhol e inglês

O Guia Diálogo do Uso do Solo, conhecido pela sigla LUD (inglês para Land Use Dialogue) foi lançado no dia 22 de abril nas suas versões em português e em espanhol. A versão em inglês já havia sido lançada no dia 01 de dezembro de 2020, junto das comemorações do aniversário de 20 anos do Diálogo Florestal Internacional, o The Forest Dialogue (TFD).

O guia traz informações sobre a iniciativa e explica o passo-a-passo para se instalar um Diálogo do Uso do Solo. Miriam Prochnow, vice-presidente da Apremavi e primeira secretária executiva do Diálogo Florestal no Brasil, comenta que “planejar paisagens sustentáveis começa em casa, no terreno de cada um. Quando pensamos em paisagens sustentáveis e uso sustentável do solo temos que levar em conta tudo o que nos une. Todos precisamos de água limpa, ar puro, solo conservado. Todos gostamos de um ambiente agradável cheio de animais silvestres e pássaros cantando. Todos sofremos com os efeitos das mudanças climáticas, da perda da biodiversidade, do mau uso da água.

No Brasil, o Diálogo do Uso do Solo foi realizado pela primeira vez em 2016 e 2017 na região do Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

guia lua

Guia para o LUD, lançado nas versões português, espanhol e inglês, apresenta a metodologia e traz informações importantes sobre o Diálogo do Uso do Solo.

Diálogo com o cientista e ativista Antonio Donato Nobre

Este encontro fez parte do primeiro módulo da Formação Continuada e Multiplicadora do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental (FMCJS) de 2021, e que tem como tema a interligação dos biomas brasileiros: os biomas, sua relação conosco e nossa relação com eles.

O objetivo desses encontros é que eles sejam um espaço de formação para todos que atuam com o FMCJS, junto com as pessoas que farão parte dos Grupos de Multiplicadores e que vivenciarão todo o processo de formação deste ano.

Vale muito a pena assistir  o vídeo do evento, pois, como resume Nobre: “a conexão com o amor é a conexão com a felicidade”.

Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social está organizando uma Formação Continuada e Multiplicadora, o primeiro módulo foi em diálogo com o cientista Antonio Nobre.

O Desafio da Transição Energética com Protagonismo Popular

Esse evento foi realizado no dia 29 de abril e é uma iniciativa do Núcleo da Região Sul do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, do qual a Apremavi faz parte. O objetivo do evento foi debater a necessidade de se fazer a transição energética o mais rápido possível, uma vez que deixar de usar combustíveis fósseis é urgente para se combater o aquecimento global. Essa transição também pode e deve ser feita de forma inclusiva, contribuindo para a geração de empregos e renda.

Papo de Bicho e Frente Parlamentar Ambientalista

E seguindo a onda dos eventos online, Miriam Prochnow, vice-presidente da Apremavi, participou ainda de duas lives importantes.

A primeira foi no Dia da Terra, no Papo de Bicho do Falaí Bicho, conversando com o Johnne Rocha sobre a sua história no movimento ambientalista e os desafios que a humanidade enfrenta. Foi uma conversa inspiradora.

E no dia 30 de abril foi a vez da Frente Parlamentar Ambientalista de Floripa. Miriam participou do lançamento da Frente a convite do Vereador Marquito: “o lançamento foi incrível, com uma grande troca de conhecimentos e experiências! Gratidão à todes que participaram e acompanharam conosco! Seguimos na construção de uma Florianópolis socialmente mais justa e ambientalmente mais equilibrada”.

A Frente Parlamentar Ambientalista é um espaço suprapartidário que propõe fomentar a integração urbana com o ecossistema de forma harmoniosa, buscando benefícios ambientais, sociais, culturais e econômicos. É composta por vereadores e representantes da sociedade civil, e propõe aprofundar a discussão no legislativo e o diálogo com o Poder Público.

Lançamento da frente parlamentar ambientalista

Apremavi esteve no lançamento virtual da Frente Parlamentar Ambientalista de Floripa.

Autoras: Miriam Prochnow e Carolina Schäffer

Apremavi recebe Troféu Onda Verde durante cerimônia virtual

Apremavi recebe Troféu Onda Verde durante cerimônia virtual

Apremavi recebe Troféu Onda Verde durante cerimônia virtual

Em junho de 2020 a Apremavi venceu, em duas categorias, o 27º Prêmio Expressão de Ecologia, a maior premiação ambiental do país. A cerimônia de entrega do Troféu Onda Verde, que normalmente é realizada presencialmente logo após a divulgação dos vencedores, teve que ser adiada por conta da pandemia de COVID-19 e, por isso, a Editora Expressão inovou ao realizar virtualmente a cerimônia de celebração.

Além do Viveiro Jardim das Florestas ser premiado na categoria Tecnologia, por conta do Sistema Ellepot e da Solarização, a Apremavi também recebeu o Troféu Onda Verde na categoria Restauração de Áreas Degradadas pelo Projeto Restaura Alto Vale. Desde que foi iniciado, o projeto já mapeou 263 hectares de áreas degradadas e restaurou 218 hectares de áreas de preservação permanente (APP) localizadas em 34 municípios das regiões do Alto Vale do Itajaí e Planalto Norte de Santa Catarina. No total, 254 mil mudas de árvores nativas foram entregues.

A equipe da Apremavi ficou tão feliz com essa conquista que resolveu fazer um vídeo comemorativo agradecendo a Editora Expressão. O vídeo, que tem aproximadamente 3 minutos, mostra nossos funcionários em diversos lugares do Centro Ambiental e do Viveiro “passando” o troféu e obedecendo o distanciamento social.

Apremavi venceu o 27º Prêmio Expressão de Ecologia em duas categorias e foi assim que a Equipe comemorou o recebimento do Troféu Onda Verde. Vídeo: Arquivo Apremavi.

Entrega do Troféu Onda Verde

A cerimônia virtual acontece no dia 30 de abril. Transmitido pelo Youtube da Editora Expressão, sem público presencial por conta das restrições, o evento conta com apresentação de vídeos, cases e palestras. Além disso, durante o evento a Editora realiza o lançamento do Guia de Sustentabilidade, a revista anual que apresenta os vencedores do Prêmio.

Além dos vencedores deste ano, todos os 164 projetos inscritos na premiação serão divulgados no Guia de Sustentabilidade 2020.

Sobre o Prêmio Expressão

Criado pela Editora Expressão em 1993, um ano após a Conferência Mundial do Meio Ambiente no Rio de Janeiro – Eco 92, com o propósito de divulgar as ações ambientais das empresas da região Sul do Brasil e incentivar que outras seguissem o mesmo caminho, o Prêmio Expressão de Ecologia tem o reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente e já contou com a participação de 2.920 cases inscritos, tendo a Apremavi vencido por 11 vezes. Conheça aqui os vencedores de 2020.

Autoras: Carolina Schäffer e Gabriela Schäffer

Empresa de seguros promove plantio às margens do Rio Itajaí

Empresa de seguros promove plantio às margens do Rio Itajaí

Empresa de seguros promove plantio às margens do Rio Itajaí

Recuperação da mata ciliar do Rio Itajaí. Esse é o objetivo de Carlos Ropelato, proprietário da Ropelato Seguros, de Rio do Sul, que há mais de dez anos promove o plantio de mudas nativas às margens do rio, em sua propriedade no bairro Taboão. A ação mais recente ocorreu em março e contou com algumas dezenas de mudas adquiridas no Viveiro Jardim das Florestas, incluindo espécies nobres da Mata Atlântica, como Canela-preta (Ocotea catharinensis), Canela-sassafrás (Ocotea odorifera) e Peroba (Aspidosperma polyneuron).

Segundo o idealizador do plantio, a restauração da área é um grande desafio, pois as frequentes enchentes que ocorrem na região afetam as mudas. Mas Carlos é persistente e está determinado em ver a floresta crescer: “todos os anos fazemos a reposição das plantas não vingaram com mudas obtidas com produtores da região, como a Unidavi e a Apremavi. Já temos mudas com vários anos que se desenvolveram bem e estão com grande porte”.

As mudas com altura aproximada de 1 metro foram plantadas em fileiras conforme orientação técnica, procurando colocar mais próximo do rio as mudas que aparentemente são mais resistentes a alagamentos. Além das espécies nativas, foi realizada a limpeza da margem e ajardinamento de parte do terreno nas imediações da Estrada Blumenau com flores e arbustos.

Além da recuperação da mata, queremos proporcionar uma área de lazer, com um bosque que tenha a Canela-sassafrás, árvore símbolo de Rio do Sul. Na nossa visão as pessoas e empresas que possuem propriedades extremantes com o rio deveriam se responsabilizar pela conservação, limpeza da área e também pela recuperação da mata ciliar”, conta Carlos quando indagado sobre os resultados que espera proporcionar com a ação.

Rios limpos e protegidos

Registros do último plantio realizado às margens do Rio Itajaí, em Rio do Sul. Fotos: Carlos Ropelato.

Matas Ciliares

As matas ciliares são florestas, ou outros tipos de cobertura vegetal nativa, que ficam às margens de rios, igarapés, lagos, olhos d´água e represas. O nome “mata ciliar” vem do fato de serem tão importantes para a proteção de rios como são os cílios para nossos olhos.

Elas atuam na contenção de enxurradas, na absorção do excesso de nutrientes, na retenção de sedimentos e poluentes, colaboram na proteção da rede de drenagem e ajudam a reduzir o assoreamento da calha do rio. Também são essenciais para a conservação da fauna, já que conferem abrigo e alimento aos animais.

O Código Florestal inclui as matas ciliares na categoria de Áreas de Preservação Permanente (APPs). Portanto toda a vegetação nativa (arbórea ou não) presente ao longo das margens dos rios, lago e/ou ao redor de nascentes deve ser preservada e/ou restaurada. É de responsabilidade do proprietário restaurar e conservar as APPs, tando em áreas urbanas quanto rurais.

Autor: Vitor Lauro Zanelatto
Colaboração: Sirlene Ceola

Ercília e o sonho de ter uma floresta | Mulheres da Restauração

Ercília e o sonho de ter uma floresta | Mulheres da Restauração

Ercília e o sonho de ter uma floresta | Mulheres da Restauração

Era o ano de 1996 quando Ercília Felix Leite voltou para casa dos pais, Silveira Felix Leite e Zulmira Guethen Leite, Taió (SC), para cuidar deles. Ela deixou o trabalho na secretaria da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês, em Curitiba (PR) e foi trabalhar como professora do ensino fundamental. Recebendo de herança um pequeno terreno, o sonho dela era ter uma floresta. Esse sonho começou a se concretizar em 1997, quando junto com Ewald Heidrich, plantaram as primeiras mudas de árvores nativas. Ercília é uma das parceiras da Apremavi nos projetos de restauração da Mata Atlântica. Ao todo foram plantadas mais de 18 mil mudas de 45 espécies nativas. Ercília estima que com a ação de enriquecimento que ela vem fazendo durante os anos e o próprio processo de regeneração, hoje existam cerca de 30 mil espécimes de flora na área.

Ela conta com muito orgulho que conseguiu realizar o sonho e que esse sonho é um verdadeiro milagre porque está trazendo inúmeros benefícios: “as águas voltaram. Nascentes que estavam secas renasceram e hoje temos uma fartura de água pura que abastece nossa casa, o jardim e o pomar. Além disso tem os animais que ajudam a espalhar sementes de palmito juçara e outras espécies. Têm as abelhas que produzem mel e já colhemos muitos pinhões das araucárias que foram plantadas. Sem falar nos banhos de natureza, que são fundamentais para a saúde. Eu vivo imersa na natureza”, conta Ercília, que hoje divide os cuidados da floresta com o companheiro Roberto Odebrecht.

Dos 20 hectares da propriedade “Pequeno Paraíso” onde Ercília e Roberto moram, 5 são arrozeiras, o restante é área de restauração, jardins e pomares. Ela fala que na comunidade muitos já se inspiraram no exemplo: “mudou muito a nossa comunidade. A vizinhança cultiva jardins, planta árvores e pomares. Do jeito que estava, com destruição, não tinha futuro. Aqui é nosso paraíso”.

Ercília é uma mulher que restaura.

Neste #DiaDaTerra a Apremavi celebra as Mulheres que Restauram compartilhando essa história emocionante de uma verdadeira #PlantadoraDeFlorestas, Ercília Felix Leite. Fotos e vídeo: Arquivo Apremavi.

Mulheres que Restauram

Mulheres que Restauram é uma série realizada pela Apremavi para a Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas.

A Década da Restauração de Ecossistemas (2021 – 2030) tem como principal objetivo aumentar os esforços para restaurar ecossistemas degradados, criando medidas eficientes para combater a crise climática, alimentar, hídrica e da perda de biodiversidade.

Autora: Miriam Prochnow

Apremavi e MST plantam 3.500 árvores no Assentamento Filhos do Contestado

Apremavi e MST plantam 3.500 árvores no Assentamento Filhos do Contestado

Apremavi e MST plantam 3.500 árvores no Assentamento Filhos do Contestado

No sábado, dia 17 de abril de 2021, a Apremavi esteve no Assentamento Filhos do Contestado, em São Cristóvão do Sul (SC), para ajudar num mutirão de plantio de árvores nativas da Mata Atlântica. As 3.500 mudas, doadas pela Apremavi, formarão um novo Bosque de Heidelberg, projeto executado com apoio da organização alemã BUND. O plantio é de responsabilidade das 27 famílias assentadas, com apoio do Movimento Sem Terra (MST) de Santa Catarina.

As mudas plantadas no entorno dos 23 hectares da área do assentamento, formam um bosque proteção, que no futuro também servirá para uso múltiplo, uma vez que dentre as espécies plantadas estão frutíferas nativas, erva-mate e araucária. Desse modo, além dos benefícios ao meio ambiente, a comunidade também poderá contar com os produtos oriundos da floresta para incrementar a alimentação e a fonte de renda das famílias.

MST e Apremavi plantaram 3.500 árvores da Mata Atlântica em assentamento em São Cristóvão do Sul (SC). Foto: Gabriela Schaffer.

O plantio é também uma homenagem às vítimas do massacre de Carajás que ocorreu em 1996. Na época, trabalhadores sem terra que estavam acampados na região, e seguiram em marcha de Curionópolis até Belém do Pará, pela estrada estadual PA-150, reivindicando a desapropriação da fazenda Macaxeira, foram alvo de uma operação da polícia militar. Com ordens do governador do Pará na época, Almir Gabriel, para “tirar” os trabalhadores sem terra do local, muitos tiros foram disparados pela polícia contra as pessoas que participavam do protesto por terra e justiça. 21 camponeses foram assassinados no local e outras 79 pessoas ficaram feridas, duas das quais acabariam morrendo no hospital.

Em homenagem àqueles que perderam a vida em Eldorado dos Carajás, 21 das mudas destinadas ao assentamento foram plantadas em torno da bandeira do MST, exposta em uma colina do assentamento. O massacre, que no último dia 17 de abril completou 25 anos, deu origem ao Dia Nacional e Internacional da Luta pela Reforma Agrária. Saiba mais sobre o episódio aqui.

Para Vilson Santin, membro da direção do MST/SC e responsável por articular a parceria que resultou no plantio, essa ação deve ser apenas o começo de uma colaboração que ainda vai produzir muitos frutos, lembrando da campanha do MST de plantar 100 milhões de árvores em assentamentos de todo o país nos próximos 10 anos. Em Santa Catarina a meta é de 4 milhões de árvores plantadas.

Para Wigold Schaffer, fundador, voluntário e conselheiro da Apremavi, o plantio nas terras do Assentamento Filhos do Contestado é sinônimo de exemplo para a sociedade. “Nós precisamos construir um mundo diferente, com mais solidariedade, mais paz, participação e parcerias. O exemplo deste assentamento, onde 27 famílias dividem 23 hectares e mesmo assim encontram lugar para plantar 3.500 mudas nativas é gratificante e mostra o rumo que o mundo deveria tomar; onde todos têm o seu espaço: os animais silvestres, as plantas e os seres humanos. Todos vivendo em harmonia”, afirma Wigold.

As mudas plantadas formam um bosque proteção, que no futuro também servirá para uso múltiplo. Foto: Miriam Prochnow.

Mariana Lemos, uma das líderes do assentamento, falou da importância de homenagear as pessoas que morreram. “Estamos plantando em memória ao massacre de Carajás. Esse aqui é um simples exemplo, mas se todo mundo fizesse um ato desses, teríamos mais vida e ar mais puro. É uma homenagem também às vítimas do coronavírus. Espero que meus filhos tenham um futuro melhor, um mundo melhor, do que eu tive”, relata Mariana.

Para a coordenadora do MST, Joscimar (Jô) Santin, o dia foi de muita gratidão: “é um sonho que está sendo realizado. Desde a época em que estávamos acampados com as famílias, eu tinha o desejo de plantar árvores. Na terra onde pisava o boi, agora vai ter feijão, arroz, hortaliças, árvores”. Jô menciona também que no pedaço de chão conquistado já há frutos, frutos que a natureza nos dá de graça, é só sabermos cuidar: “há a araucária, essa árvore linda que fornece uma semente maravilhosa, o pinhão. Também estamos plantando a erva-mate, para o nosso chimarrão; é aí que está a importância de reflorestar. Onde no passado as árvores foram derrubadas, vamos plantar novamente, mudas que darão vida nova ao nosso assentamento”, completa Jô.

“Na terra onde pisava o boi, agora vai ter feijão, arroz, hortaliças, árvores”, comenta Joscimar Santin, coordenadora do MST. Foto: Gabriela Schaffer.

Já José Siderlei dos Santos, um dos líderes do assentamento, lembrou a importância da participação de todos: “Nós não podemos mudar o mundo inteiro, mas com o ato de cada um que está aqui, podemos fazer a nossa parte e, se todo mundo fizer a sua parte, o mundo será bem melhor”.

Esta não é a primeira vez que a Apremavi atua junto aos assentamentos. Em 2019, através do Projeto Restaura Alto Vale, foram doadas 970 mudas de espécies nativas para a recuperação de uma nascente no Assentamento Morro do Taió, em Santa Terezinha (SC). O responsável pelo plantio, Henrique Smitka, foi beneficiário do Programa Nacional de Reforma Agrária. Saiba mais sobre o trabalho desenvolvido na propriedade no Portal Ambiental da Apremavi.

Bosques de Heidelberg, um projeto da Apremavi

O Projeto Bosques de Heidelberg é fruto de uma parceria iniciada em 1999 entre a Apremavi e a Bund für Umwelt und Naturschutz Deutschland – BUND, uma organização ambientalista sediada em Heidelberg, no sul da Alemanha.

O intercâmbio entre as duas instituições têm como principal atividade o plantio de mudas nativas da Mata Atlântica para restauração de áreas degradadas e a realização de ações de educação ambiental. Essas atividades contribuem diretamente para o atingimento das metas de três dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: ODS 4, ODS 13 e ODS 15.

Um dos primeiros bosques do projeto foi implantado ainda em 1999 na Escola Municipal de Ensino Fundamental Ribeirão Matilde, em Atalanta (SC). Na época o projeto ficou conhecido como Heidelberger Wäldchen in Atalanta (Bosques de Heidelberg em Atalanta), entretanto, com o passar dos anos, e com a parceria gerando cada vez mais resultados, o projeto passou a ser chamado de Bosques de Heidelberg no Brasil. Hoje as atividades se concentram nos municípios da região do Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

O Projeto Bosques de Heidelberg, que completa 22 anos em 2021, já plantou mais de 161 mil árvores de espécies nativas da Mata Atlântica, em 31 municípios distribuídos nos estados de SC, PR e SP.

Autores: Miriam Prochnow, Vitor L. Zanelatto, Carolina Schäffer e Gabriela Schäffer.
NOTA: em todos os momentos da atividade relatada foram seguidas e respeitadas as normas de prevenção à Covid-19.

Um ano de energia solar na Apremavi

Um ano de energia solar na Apremavi

Um ano de energia solar na Apremavi

Em março de 2021 a Apremavi celebrou um ano de solarização. A sede, que já contava com placas solares para aquecimento de água, instalou no ano passado, 80 painéis fotovoltaicos para produção de energia.

Os primeiros meses foram de adaptação (veja gráfico abaixo), mas pode-se observar que mesmo nos meses de inverno, onde a incidência solar é menor, o saldo final entre produção e consumo é positivo. A energia produzida é capaz de suprir o consumo de toda a estrutura do Viveiro Jardim das Florestas, do Centro Ambiental e das outras bases da Apremavi em Santa Catarina, como o escritório administrativo em Rio do Sul.

Gráfico de produção e cinsumo de energia solar.

Gráfico de Energia Solar: produzida, consumida e saldo gerados. Fonte: indicadores de desempenho da Apremavi.

Como a energia solar provém do sol, ela é considerada uma fonte limpa e renovável. Os painéis solares têm uma vida útil de mais de 20 anos e tem baixa necessidade de manutenção. Após os custos iniciais com instalação, estima-se que os gastos com a conta de luz tenham uma queda de 95%.

Com a crise climática cada vez mais grave, iniciativas que investem em energias renováveis e alternativas são um passo na direção certa. As mudanças nos modelos de produção, consumo e acesso a energia fazem parte do Objetivo 7, Energia Limpa e Acessível, nos chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Esse objetivo preza por garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos.

Edinho Pedro Schaffer, Presidente da Apremavi, afirma que os resultados alcançados até aqui mostram que a instalação dos painéis solares foi muito benéfica: “de maneira geral, em um ano já produzimos mais de 30 megawatts de energia e com isso Apremavi já economizou mais de 4 mil reais em conta luz. Possuímos crédito disponível para utilizar nos próximos meses, onde a produção de energia é menor por conta do inverno. Isso confirma que o investimento é sim vantajoso, além de ser um exemplo, pois investimentos nessa linha são cada vez mais importantes para a garantia do nosso futuro”, completa Edinho.

Para a Apremavi, organização que implementa a Agenda 2030 no seu dia-a-dia e acompanha o debate dos ODS via Movimento ODS SC, a instalação dessa fonte de energia renovável e sustentável é apenas um dos meios de combater o aquecimento global e a crise climática. O plantio de árvores nativas para restauração de áreas degradadas é outra forma, por exemplo.

Autora: Gabriela Schäffer.

Aroeira-vermelha, uma pimenta aromática do Brasil

Aroeira-vermelha, uma pimenta aromática do Brasil

Aroeira-vermelha, uma pimenta aromática do Brasil

A Aroeira-vermelha, conhecida cientificamente por Schinus terebinthifolia, é natural da América do Sul e, no Brasil, ocorre desde Pernambuco e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul, podendo ser encontrada nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Pampa.

Considerada uma árvore de pequeno a médio porte, com altura entre 5 a 10 metros, é bastante utilizada na arborização urbana, raramente precisando de poda. Quando necessária, a poda deve ser feita com cuidado para evitar danos à árvore e exposição de “feridas” que deixam uma porta de entrada para organismos (fungos, cupins, etc.) danosos. Suas flores são esbranquiçadas, melíferas e muito apreciadas por abelhas e vespas, que fazem a polinização da espécie. Floresce entre os meses de setembro a janeiro.

A madeira, resistente e durável, pode ser manuseada para fazer mourões, esteios, lenha e carvão. Sua casca contém taninos e é utilizada para curtimento de couros e fortalecer redes de pesca. Antigamente, os jesuítas usavam a aroeira no preparo do chamado “Bálsamo das Missões”, tanto é que até hoje sua casca e suas folhas são aproveitadas em preparações com propriedades medicinais*.

A aroeira também é chamada de pimenta-rosa por conta do seus frutos, que são drupas globosas de coloração vermelha brilhante. Disseminados e apreciados pelos pássaros, são colhidos diretamente da árvore quando estão maduros, entre janeiro e julho, e, por possuírem pouca polpa, podem ser utilizados como se fossem “sementes”. Estima-se que um quilo de sementes contém aproximadamente 44 mil unidades de aroeira. Por esse motivo a espécie possui um alto valor econômico sendo recomendada nos plantios de restauração de áreas degradadas.

Usada na culinária, a pimenta-rosa é um condimento aromático e saboroso, levemente adocicado e picante, sendo empregada tanto na cozinha salgada, como também na confeitaria, onde se fazem até brigadeiros de aroeira-vermelha. Já pensou? Hummm…

Aroeira-vermelha

Nome científico: Schinus terebinthifolia Raddi.
Família: Anacardiaceae.
Utilização: árvore ornamental, muito indicada para arborização de ruas e praças. A casca é utilizada para curtimento de couro e fortalecimento de redes de pesca. As flores são melíferas, os frutos são muito apreciados pela avifauna e as sementes são usadas na culinária. A madeira é empregada para fazer mourões, esteios, lenha e carvão.
Coleta de sementes: entre janeiro e julho, diretamente da árvore quando maduros.
Número de sementes por quilo: 44.000.
Frutos: drupas globosas de cor vermelho brilhante quando maduras, agrupados em cachos, com pouca polpa, muito aromáticos, de sabor levemente picante e adocicado.
Flores: pequenas, numerosas e de cor branca.
Floração: entre setembro e janeiro e atraem abelhas.
Crescimento da muda: rápido.
Germinação: rápida, entre 10 a 15 dias.
Plantio: mata ciliar, paisagismo urbano e plantio comercial.

* Os dados sobre usos medicinais das espécies nativas são apenas para informação geral. O uso de medicamentos fitoterápicos deve ser seguido de orientações de profissionais habilitados.

Fontes consultadas

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 5ª edição.

​ROSSETO, V.; SAMPAIO, T. M.; OLIVEIRA, R.; GRALA, K. A Aroeira-vermelha. Disponível em <https://sites.unipampa.edu.br/programaarborizacao/aroeira-vermelha/>. Acesso em 12, abril e 2021.

Pastoral dos Migrantes planta árvores nativas com apoio da Apremavi

Pastoral dos Migrantes planta árvores nativas com apoio da Apremavi

Pastoral dos Migrantes planta árvores nativas com apoio da Apremavi

Para celebrar o mês das águas e das florestas, a Pastoral dos Migrantes, da Diocese de Rio do Sul, promoveu uma ação de plantio de mudas nativas, envolvendo 12 famílias de migrantes haitianos e venezuelanos que moram na região.

A Apremavi fez a doação de 408 mudas de espécies da Mata Atlântica, muitas delas frutíferas, com apoio do Projeto Bosques de Heidelberg. As mudas foram plantadas nos quintais e jardins das casas das famílias.

A ação foi coordenada pela Irmã Carmela Panini, que tem um histórico de atividades em prol da qualidade de vida e do meio ambiente. Que essa ação possa inspirar muitas outras.

 

Migrantes haitianos e venezuelanos plantam árvores nativas em ação coordenada pela Pastoral dos Migrantes.

Autora: Miriam Prochnow.

Março de 2021, um mês pra lá de simbólico

Março de 2021, um mês pra lá de simbólico

Março de 2021, um mês pra lá de simbólico

Imersa em uma desafiadora realidade, a humanidade enfrenta não apenas a crise da pandemia, mas também a climática, da exclusão social e dos preconceitos. Em pleno 2021, o mês de março, com tantos dias internacionais de luta, como o Dia Internacional da Mulher, Dia Internacional das Florestas e Dia Mundial da Água, não pode ser encarado apenas como um mês simbólico. Deve servir de fato para ressaltar a importância dessas pautas na busca da transformação da sociedade. É momento de lançar e fortalecer redes, coalizões, movimentos e iniciativas a fim de mitigar o preconceito de gênero, combater a violência e estimular as ações de proteção e restauração das florestas e da água.

Países liderados por mulheres tiveram desempenho destacado no combate à pandemia, e estão vendo relativamente menos mortes pela covid-19. De igual modo, são elas que lideram pesquisas e produções na academia, grande parte das lutas por políticas públicas inclusivas, pelos direitos humanos e também protagonizam o combate à crise climática, a maior ameaça ao futuro das espécies; sobretudo, a humana. Queremos aqui também dar destaque ao papel das mulheres na agenda da restauração, começando pelo time de casa. Vejam só quantos depoimentos importantes. A Apremavi está prestes a lançar uma série de histórias chamada “Mulheres que Restauram”. Será uma das formas também de participação das atividades da Década da Restauração.

A Apremavi esteve presente também num debate internacional sobre a importância da atuação das mulheres na defesa da vida. No dia 17 de março de 2021, Miriam Prochnow participou do evento paralelo “Protegendo o planeta e as pessoas – Vozes de Mulheres Ambientalistas, Defensoras dos Direitos Humanos“, organizado pela delegação da União Européia junto à ONU, por ocasião da 65ª sessão da Comissão sobre o Status da Mulher (CSW65). Foi um evento com cinco mulheres cujo trabalho, em diferentes partes do mundo e abordando problemas ambientais muito diferentes, está fazendo a diferença para a proteção do planeta e das pessoas. O painel de discussão proporcionou oportunidades de ouvir sobre suas experiências e os desafios específicos das mulheres defensoras dos direitos humanos ambientais em todos os continentes. O objetivo foi contribuir para o tema prioritário da 65ª Sessão, trazendo recomendações sobre como promover a participação e a tomada de decisões de mulheres defensoras dos direitos humanos ambientais na vida pública e para garantir sua proteção. O evento teve o apoio da Missão Permanente dos Estados Unidos, Front Line Defenders e FRIDA Young.

Para quem não teve a oportunidade de acompanhar o evento ao vivo, segue abaixo a fala principal feita por Miriam e também o vídeo com todo painel.

“Nós só sobreviveremos como espécie se a natureza puder viver. Eu ainda acredito num futuro sustentável, mas ele só será possível com equidade de gênero, solidariedade, justiça climática e muito ativismo” – Miriam Prochnow para o evento da ONU Mulheres.

Mulheres conectadas, como árvores na floresta

“Cumprimento todas e todos e agradeço a oportunidade de compartilhar um pouco das minhas vivências e sentimentos, nesse momento tão difícil para o planeta e especialmente difícil para o Brasil. Aqui temos defensoras ambientais e de direitos humanos e da natureza. É triste constatar que atualmente tanto as defensoras, quanto a natureza e os direitos humanos estão sob constante ameaça.

O Brasil, infelizmente, está colapsando. Detém recordes mundiais de ataques a ativistas e estamos vivenciando retrocessos enormes na agenda socioambiental, com altos índices de desmatamentos e queimadas em praticamente todos os biomas brasileiros e desmonte da legislação e das instituições responsáveis. Nossa democracia está em perigo e parece que o uso de fakenews e do negacionismo viraram uma forma de governar. A falta de coordenação nacional da pandemia só piora esse quadro e já passamos do triste número de 280 mil mortos pela Covid 19. A situação para as mulheres é grave, os índices de violência doméstica aumentaram e foram as mulheres que mais perderam postos de trabalho nesse período.

Esse é um pequeno resumo. Diante disso aonde vamos achar a esperança? A educação, inclusive a educação ambiental, é uma resposta óbvia e é uma das ferramentas mais efetivas de empoderamento. A questão é como fazer com que todos tenham acesso a uma educação de qualidade? Precisamos pensar e investir em processos educativos para além da educação formal. É preciso apoiar cada vez mais as redes e comunidades de aprendizagem, promovendo a inclusão e garantindo a participação efetiva. Não adianta fornecer uma ótima capacitação online, se as pessoas não tem nem computador ou internet. Eu acredito muito nessas redes de integração. São espaços de aprendizagem, mas também de acolhimento e de proteção. Eu já fui ameaçada várias vezes, inclusive de morte, e sei da importância de ter informações sobre como enfrentar essa situação, bem como ter apoio para garantir a segurança. Essas são estratégias que merecem atenção e investimento, inclusive em se tratando de acordos e parcerias internacionais.

Essas redes também podem ajudar na reconstrução pós covid e no enfrentamento da crise climática. Nós temos muitas soluções disponíveis e elas podem e devem ser utilizadas para a implantação de uma economia mundial que seja sustentável, verde e inclusiva. Por exemplo, envolver as mulheres nas atividades de desenvolvimento e instalação de energias sustentáveis como a solar e também nas atividades da cadeia produtiva da restauração, será decisivo para o empoderamento e transformação. Eu falo de restauração porque é uma das minhas frentes de trabalho. Sou uma ativista boca no trombone e mão na massa. Na Apremavi, organização da qual sou fundadora, ajudei a implantar um viveiro de mudas de árvores nativas, que começou com 18 mudinhas no fundo do quintal e hoje tem capacidade para produzir mais de 1 milhão de mudas da Mata Atlântica por ano. Temos milhares de parceiros, muitas mulheres, que já estão engajadas na agenda da restauração e por isso eu entendo a força e o potencial dessa agenda.

Como dizemos na comunidade de aprendizagem de gênero e clima, no âmbito do Observatório do Clima, da qual eu faço parte: “Nós mulheres não somos nem salvadoras do planeta, e nem naturalmente vulneráveis. Vivenciamos a crise climática de formas diferentes: depende da cor, classe, sexualidade, faixa etária e tantas outras questões. Nossa relação com a preservação da vida e da natureza não é uma inclinação biológica. É uma questão existencial e política”.

Eu quero de fato encorajar cada vez mais as redes de aprendizagem, de convivência e de proteção. E sim, nós precisamos de apoio para avançar. Precisamos de oportunidades de falar (como esse evento está fazendo) para que mulheres compartilhem as suas histórias; de projetos nos quais as mulheres tenham protagonismo no planejamento das propriedades e paisagens; ações que incentivem jovens mulheres a ocuparem cargos públicos; que criem campanhas e ações para reaproximar as mulheres da natureza e de suas soluções; que ajudem a cuidar dos espaços democráticos, inclusivos e de diálogo.

Como seria interessante, por exemplo, termos um aplicativo de celular que conecte mundialmente todas as defensoras e ativistas pelo planeta, possibilitando que as mulheres estejam conectadas, como as árvores numa floresta. Mulheres indígenas, quilombolas, extrativistas, agricultoras, professoras, estudantes, enfim…todas. Precisamos dessa conexão mundial para a defesa dos direitos das pessoas e do planeta.”

Vídeo transmissão do evento “Protegendo o planeta e as pessoas – Vozes de Mulheres Ambientalistas, Defensoras dos Direitos Humanos“, organizado pela delegação da União Européia junto à ONU.

Autora: Miriam Prochnow.

Apremavi lança Relatório de Atividades de 2020

Apremavi lança Relatório de Atividades de 2020

Apremavi lança Relatório de Atividades de 2020

O ano de 2020 foi desafiador e o Relatório de Atividades da Apremavi, que acaba de ser divulgado, reflete cada um dos desafios que o ano trouxe. Além disso, reporta as ações e atividades realizadas pela instituição na consolidação da agenda da restauração, no enfrentamento à crise climática, na manutenção das políticas ambientais, no fortalecimento das redes e coletivos socioambientais, na busca pela sustentabilidade em todas as esferas e na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS.

Mesmo que em isolamento, trabalhamos em união com a nossa equipe e nossa comunidade para cumprir com as metas de cada um dos projetos que desenvolvemos e para viabilizar a agendas das seis áreas temáticas com as quais atuamos. O trabalho integrado com diversas organizações do terceiro setor e parceiros da iniciativa privada, com o poder público e com instituições acadêmicas também foi fundamental para viabilizar todas as ações desenvolvidas.

O Relatório de Atividades de 2020, que pode ser acessado na íntegra nesse link, é apresentado por Noemia Bohn, Miriam Prochnow, Orival Grahl, Philipp Stumpe e Wigold Bertoldo Schäffer – fundadores da Apremavi e pode ser lido abaixo.

Carta dos Fundadores

No final de 2019, quando falamos que estávamos preparados para o ano de 2020, nós na verdade não fazíamos ideia do que estava por vir…

Falar de 2020 é inevitavelmente falar sobre a Covid-19. Ainda que os meses de janeiro e fevereiro estivessem indo de vento em popa, a pandemia chegou e tudo foi colocado em pausa. Atividades de campo, encontros com a comunidade, reuniões e palestras, mutirões de plantio… muitos dos nossos planos foram adiados, alguns foram reajustados e passaram a ser virtuais, outros ficaram para depois e tivemos também planos novos tendo que ser implementados. Por isso o ano de 2020 teve uma cara diferente, um jeitão todo dele. E isso está refletido neste Relatório de Atividades.

Ao mesmo tempo em que nos mantemos ativistas frente às catástrofes socioambientais, tentamos mostrar que existem maneiras de proteger e utilizar os recursos naturais de forma sustentável. Isso tem ajudado a conseguir o engajamento das pessoas, mas o momento nos mostra que precisamos de muito mais. E a pandemia que estamos enfrentando indica que é necessário e urgente rever nossos conceitos e valores.

Por um lado, o enfrentamento da Covid-19 está mostrando que o mundo tem condições de se mobilizar para combater e evitar catástrofes, uma vez que a maioria dos países, de alguma forma, vem se mobilizando e grande parte da população entendeu e está participando dessa mobilização. Essa é uma boa notícia. Por outro lado, infelizmente no Brasil, temos um governo que nega a ciência, adota práticas antidemocráticas, não se importa com a vida das pessoas e está promovendo o maior desmonte ambiental de nossa história. Isso nos coloca diante de um desafio a mais a ser superado. E ainda nem mencionamos a crise climática, que está quase chegando no ponto de não retorno.

Se atentarmos para o que dizem a unanimidade dos cientistas, veremos que os efeitos das mudanças climáticas poderão ser, no médio e longo prazo, muito mais sérias e seus efeitos muito mais devastadores, não apenas para os humanos mas para toda a vida na Terra. Apenas para lembrar, os seis anos mais quentes da história ocorreram de 2015 até 2020, sendo que 2016 e 2020 empataram como sendo os mais quentes.

A diferença em relação à pandemia da Covid-19 é que os efeitos das mudanças climáticas não são sentidos assim tão rapidamente e isso tem resultado, em que pese todos os alertas dos cientistas, ambientalistas e de jovens como Greta Thunberg, em letargia, falta de mobilização e ação dos atores políticos e empresariais, com honrosas exceções.

Diante da dura realidade que o coronavírus está impondo é hora de pensar no mundo que vai emergir após a pandemia. Os mesmos atores que agora lutam para salvar vidas humanas e evitar que a economia entre em colapso, terão que trabalhar para que a retomada das relações sociais e econômicas realmente seja num rumo muito mais sustentável e com maior empatia, colaboração, parceria, diálogo e solidariedade do que tem sido até hoje.

Não é possível imaginar que o mundo saia dessa catástrofe sanitária e continue no rumo do abismo. Os riscos existem e tem muita gente pensando em como reorientar a economia num modelo mais sustentável. A natureza precisa de toda a sociedade, num movimento urgente para evitar que os retrocessos se concretizem. Somente com a proteção e restauração da Mata Atlântica e dos outros biomas brasileiros, teremos alguma chance de combater os efeitos da grave crise climática em andamento.

Existem inúmeras ações que precisam ser implementadas, rumos corrigidos, parcerias e colaborações estabelecidas. Só a paz, a solidariedade, a democracia e a colaboração entre pessoas, empresas, governos, países, ouvindo a voz dos cientistas e corrigindo os erros do passado, poderão levar ao caminho da sustentabilidade ambiental planetária e, dessa forma, garantir a continuidade da vida, inclusive dos humanos, neste planeta azul, único lugar conhecido do universo onde a vida floresce.

Acesse os Relatórios

Acesse os documentos na íntegra:

Autora: Carolina Schäffer.

Sem água não existe vida, precisamos valorizar esse bem precioso

Sem água não existe vida, precisamos valorizar esse bem precioso

Sem água não existe vida, precisamos valorizar esse bem precioso

O Dia Mundial da Água foi criado em 1992 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, para estimular ações e campanhas de conscientização sobre a necessidade da conservação, valorização e uso racional dos recursos hídricos, um dos preceitos dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). O tema da campanha deste ano é “Valorizar a Água”. A Apremavi se junta a inúmeras organizações e pessoas para trazer este alerta aos líderes e à sociedade em geral. Não existe vida sem água e precisamos dar o valor devido a esse bem precioso para todos nós.

Entre as ações em curso no dia de hoje estão o plantio de árvores no Parque Natural Municipal Chapéu das Águas em Vidal Ramos; o lançamento do vídeo “Histórias do Rio Dona Luiza” que marca a participação da Apremavi na campanha pela Declaração dos Direitos dos Rios coordenada pelo Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social – FMCJS; o evento virtual “O Canto das Águas: Pela Proteção de Rios Limpos e Livres no Brasil”; e a live Diálogos Sempre Verdes organizada pelo Galo Verde.

Veja os detalhes das ações abaixo.

 

Plantio de 3 mil árvores nativas

Na manhã desta segunda-feira, dia 22 de março, a Apremavi plantará 3.340 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica para restaurar 3,34 hectares do Parque Natural Municipal Chapéu das Águas, em Vidal Ramos (SC).

A ação é uma realização do Projeto Restaura Alto Vale, executado pela Apremavi com patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Iniciado em 2018, o Projeto já restaurou 218 hectares em 589 propriedades localizadas em 34 municípios das regiões do Alto e Médio Vale do Itajaí e Planalto Norte de Santa Catarina.

O Restaura Alto Vale é uma ótima oportunidade para o agricultor familiar recuperar as áreas de preservação permanente, especialmente as beiras de rios e nascentes, de sua propriedade e adequar-se à legislação ambiental.

 

Campanha pela Declaração dos Direitos dos Rios

Liderada pelo Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social (FMCJS), a mobilização pela Declaração Universal dos Direitos dos Rios é um chamado para a sociedade criar uma onda de publicações de vídeos nas redes sociais tendo como tema prioritário a importância dos rios nas nossas vidas.

Para participar é só gravar um pequeno depoimento contando uma história que envolva algum rio que marcou ou marca a sua vida. Pode mostrar um rio preservado e falar da sua importância, ou um vídeo denúncia, mostrando alguma situação crítica.

Ao postar o vídeo nas redes sociais, sugerimos usar as #declaraçãodosdireitosdosrios #riodaminhavida e marcar a @apremavi e o @fmcjs.

Você também pode apoiar a campanha assinando a Declaração Universal dos Direitos dos Rios. Para assinar acesse este link.

 

#RioDaMinhaVida

Histórias do Rio Dona Luiza é um vídeo depoimento da vice-preidente da Apremavi, Miriam Prochnow, sobre momentos vivenciados junto a esse rio. Ela fala da importância de se proteger e restaurar as nascentes e matas ciliares e da necessidade de todas as pessoas se tornarem atuantes no trabalho de valorização dos rios e suas águas. Mostra um exemplo de restauração que ela ajudou a implementar, em Atalanta (SC). O vídeo marca a participação da Apremavi na campanha pela Declaração dos Direitos dos Rios.

O Canto das Águas: Pela Proteção de Rios Limpos e Livres no Brasil

Para celebrar a importância dos rios e reconhecer ações de resistência e de cuidado com as águas em todos os biomas brasileiros, a Coalizão pela Proteção Permanente de Rios no Brasil, com apoio da ONG International Rivers e do FMCJS, realizará às 17h de hoje, 22 de março, o evento virtual “O Canto das Águas: Pela Proteção de Rios Limpos e Livres no Brasil”.

No evento serão apresentados vídeos destacando a necessidade de ações para proteção e iniciativas inovadoras de restauração dos rios em diversas regiões, e uma mesa com participantes que possuem olhares diferenciados e essenciais sobre o tema.

Acompanhe o webinário pelo Canal Youtube do FMCJS.

#Live Diálogos Sempre Verdes

Diálogos Sempre Verdes é uma iniciativa do Programa Ambiental Galo Verde , um projeto ecumênico do Sínodo Vale do Itajaí (IECLB) que conta com a participação e a colaboração de pessoas e entidades preocupadas com a causa ambiental.

Na edição do dia 22 de março, os moderadores Evandro Meurer e Felipe Gruetzmacher receberão o Coordenador Geral da Rede Mata Atlântica, João de Deus Medeiros, e o Conselheiro da Apremavi, Wigold B. Schäffer, para um bate-papo sobre a importância do Parque Nacional de São Joaquim e suas nascentes para o abastecimento hídrico da população.

Acompanhe a live, a partir das 20h, no Facebook do Programa Galo Verde.

Autoras: Carolina Schäffer e Miriam Prochnow.

Programa Matas Sociais ajuda a restaurar mais 8 hectares em Sapopema (PR)

Programa Matas Sociais ajuda a restaurar mais 8 hectares em Sapopema (PR)

Programa Matas Sociais ajuda a restaurar mais 8 hectares em Sapopema (PR)

Ao todo, 11.286 mudas nativas da Mata Atlântica serão doadas pela Apremavi, através do Programa Matas Sociais – Planejando Propriedades Sustentáveis, para a restauração, plantio de agrofloresta, paisagismo e enriquecimento de uma propriedade do município de Sapopema, no Paraná.

Os proprietários, Laércio Gomes Sardinha e sua esposa Isabel Lisandra de Sales, residentes em Londrina (PR), adquiriram a propriedade em 2020, até então utilizada para a pecuária. Após conhecerem os benefícios e as oportunidades do Programa Matas Sociais, decidiram restaurar um pouco mais de 08 hectares da propriedade com o plantio de espécies nativas da região e colocar em prática um sonho do casal.

 “Cresci na região, então meu sonho sempre foi comprar uma propriedade e ajudar a promover uma mudança na paisagem local utilizando as técnicas de restauração para devolver o verde, cuidar das águas e trazer de volta a fauna. Futuramente também queremos morar na propriedade”, comentou Laércio.

Situado no Bairro Serra Fria, o imóvel apresenta uma relevante riqueza hídrica – possui 05 nascentes que formam, juntamente com outras nascentes de propriedades vizinhas, um volume hídrico significativo para a região. Além do interesse na restauração das áreas degradadas e no desenvolvimento de técnicas produtivas sustentáveis, o casal também pretende desenvolver o turismo rural e ecológico na propriedade.

A primeira visita da equipe da Apremavi à área, em novembro de 2020, foi para realização do planejamento da restauração e as primeiras mudas foram disponibilizadas logo em seguida, em dezembro de 2020. Além da Apremavi, a comunidade local e os parceiros do programa, a Klabin e o SEBRAE, foram mobilizados para colocar a mão na terra e ajudar os proprietários no plantio das mudas nas áreas antes ocupadas com pastagem.

Árvores recém plantadas na propriedade de Sapopema (PR). Foto: Laércio Gomes Sardinha.

O Programa Matas Sociais

O Programa Matas Sociais – Planejando Propriedades Sustentáveis, é resultado de uma parceria entre a Klabin, a Apremavi, o SEBRAE, e as prefeituras dos municípios da região de atuação do projeto, entre eles Sapopema (PR). Além da recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal e da conservação de remanescentes florestais, a iniciativa busca conciliar beleza e qualidade de vida com produtividade e rentabilidade, através da agricultura familiar, desenvolvimento da cadeia de produção e fortalecimento do empreendedorismo local.

Conheça mais sobre o programa aqui. 

Autores: Rafaela Cristine Sella Ertha, Vitor Lauro Zanelatto e Carolina Schäffer.

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