Lançamento: vozes femininas pela recuperação econômica verde

Lançamento: vozes femininas pela recuperação econômica verde

Lançamento: vozes femininas pela recuperação econômica verde

Aproximadamente 80% das pessoas deslocadas pelas mudanças climáticas são mulheres, de acordo com o relatório Women in Finance Climate Action Group. Em contrapartida, muitas delas mudaram os hábitos para combater as mudanças climáticas, de acordo com o levantamento feito pelo Fórum de Mulheres para Economia e Sociedade (WFES). Porém, mesmo representando a metade da população mundial e sendo as mais impactadas pelos efeitos do aquecimento global, as mulheres não possuem uma representatividade proporcional nas principais esferas de decisão; nem nas possíveis soluções das quais poderiam ser beneficiadas, elas são contempladas.

A partir do olhar de gênero, se quisermos realmente lutar por uma sociedade mais justa e mais verde, para quais questões devemos olhar, e com qual olhar? Estas foram as perguntas que nortearam o livro-reportagem “Vozes femininas pela Recuperação Econômica Verde”, da jornalista do Instituto ClimaInfo Tatiane Matheus e membro do Grupo de Trabalho Gênero e Clima do Observatório do Clima. Entre o final de 2020 e início de 2022 foram entrevistadas diversas mulheres. Como a sociedade que buscamos valorizar, as mulheres deste livro têm diferentes percursos, cores, origens (social e geográfica), idades, formação. Em comum, todas elas dedicam suas vidas e trabalho a causas importantes que trazem como ônus à sociedade mais justiça social e climática.

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Evento de lançamento do Vozes Femininas

Evento de lançamento da publicação. Fonte: Observatório do Clima

Colaboração da Apremavi

Miriam Prochnow, co-fundadora, conselheira e coordenadora de projetos da Apremavi foi uma das entrevistadas para a publicação. Ela participou da sessão de Soluções Baseadas na Natureza com o texto intitulado “Por que não uma ‘Bolsa Restauração’ atrelada às políticas relacionadas ao gênero?”, onde um pouco da história da Miriam e da Apremavi é apresentada, bem como algumas soluções como a criação de um sistema de financiamento e crédito para que os imóveis rurais e propriedades se tornem sustentáveis.

“Precisamos estimular e ajudar a construir um novo contrato ou pacto social, no qual a equidade de gênero, o combate ao racismo e a proteção da natureza estejam inseridos como questões centrais e inegociáveis”, comenta Miriam para a publicação.

Plantas nativas ornamentais atentam para conservação da Restinga

Plantas nativas ornamentais atentam para conservação da Restinga

Plantas nativas ornamentais atentam para conservação da Restinga

A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos de biodiversidade no Planeta, abrigando milhares de espécies de plantas, animais e fungos, muitas delas ameaçadas de extinção em diferentes ecossistemas. Dentre eles destaca-se a restinga, que se estende pela região litorânea do país. A restinga compreende um conjunto diversificado de tipos de vegetação situadas em terrenos predominantemente arenosos, de origens diversas, que em geral possuem solos pouco desenvolvidos. 

Apesar de serem consideradas legalmente como Áreas de Preservação Permanente (APPs) (Lei nº 12.651/2012) a restinga é um dos ecossistemas mais ameaçados da Mata Atlântica, devido à urbanização, especulação imobiliária constante, poluição hídrica e plantio de espécies exóticas como o Pinus sp. Além de estarem ameaçadas, essas paisagens naturais ainda são pouco exploradas por pesquisas

 

Guia de Plantas Nativas Ornamentais de Restinga

Pensando nisso, um projeto desenvolvido pelo Laboratório de Ecologia Vegetal do Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (FLORAM), publicou um guia de plantas nativas ornamentais de restinga. 

Gabriela Goebel, Técnica Ambiental da Apremavi, mestranda em Botânica pela UFSC e uma das autoras da obra, comenta: “as restingas catarinenses possuem uma das maiores diversidades de espécies vegetais do Brasil, mas que, infelizmente, ainda é desconhecida pela maior parte da população. Além disso, muitas dessas espécies possuem potencial ornamental, podendo ser utilizadas no paisagismo que é uma forma de valorização da flora nativa e de promover a conservação dessas espécies, assim como de substituir as espécies exóticas que usualmente são utilizadas”.

Como parte da pesquisa para obterem algumas das informações que compõem o guia, o grupo de pesquisadores selecionou diferentes espécies nativas da restinga de Florianópolis (SC), com potencial ornamental, e realizou, durante um ano, saídas de campo para observar os períodos de floração e frutificação dessas espécies, bem como para coletar sementes para produção de mudas. Esse processo culminou na coleta de informações sobre o cultivo, fenologia e propagação das espécies a fim de incentivar o uso para fins paisagísticos. 

Gabriela destaca ainda que “muitas dessas espécies não tinham informações sobre germinação de sementes, época de produção de flores e frutos, e esse tipo de conhecimento é essencial para produção de mudas e utilização em projetos de restauração e paisagismo, por exemplo”.

 

Guia Plantas Nativas Ornamentais de Restinga
Importância da Restinga

Do ponto de vista da conservação, a restinga exerce diversas funções, como a fixação das dunas litorâneas que protegem o litoral contra eventos de ondas e marés, onde a sua vegetação atua como uma barreira para esses eventos. Além disso, as restingas têm um potencial imenso para o turismo ecológico nessas regiões. 

“A pesquisa realizada pelo projeto foi muito importante por gerar conhecimento sobre espécies nativas da restinga que tem esse potencial ornamental e divulgá-lo à comunidade em geral na forma de um guia ilustrado, com informações acessíveis que podem ser utilizadas por diferentes públicos e regiões do Brasil, já que muitas dessas espécies ocorrem em restingas de outros estados”, ressalta Gabriela.

 

Vídeo feito pela Apremavi que explora a beleza da Restinga.

#GeraçãoRestauração na restinga de SC

O manejo de plantas exóticas invasoras e o desenvolvimento de metodologias para a restauração do ambiente natural da restinga são urgentes, já que o tempo beneficia a dispersão de plantas invasoras, como o Pinus sp. Silvia Ziller, fellow Ashoka e fundadora do Instituto Hórus, estuda e trabalha com projetos relativos ao tema no litoral catarinense há décadas. 

A estratégia do Instituto Hórus envolve disseminar informações, aumentar a conscientização, projetar métodos de controle, desenvolver políticas públicas, criar tecnologias apropriadas e gerenciar ou erradicar a vegetação não-destrutiva. Ela trabalha com os melhores cientistas e especialistas em agricultura de todo o mundo para elaborar planos para a proteção da flora e fauna nativa, além de executar projetos para a remoção das plantas invasoras. Como todas as iniciativas de restauração, o sucesso depende da participação de vários atores locais e regionais, como governos municipais, institutos de pesquisa, lideranças locais e financiadores. 

+ Faça sua inscrição no programa de voluntariado do Instituto Hórus

Um dos grandes parceiros do Instituto Hórus é o Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (LEIMAC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O grupo é coordenado pela professora Michele de Sá Dechoum, e se dedica a estudar a introdução (intencional e acidental) de espécies associadas a atividades humanas e os impactos decorrentes, bem como a pesquisar e desenvolver metodologias de restauração em diferentes ecossistemas da Mata Atlântica. Além das pesquisas universitárias desenvolvidas, mensalmente o laboratório promove mutirões de controle de plantas exóticas invasoras nas praias de Florianópolis (SC).

 

Antes e depois de uma das áreas de restinga que recebeu manejo de Pinus sp. e posterior restauração. Foto: Michele de Sá Dechoum

Antes e depois de uma das áreas de restinga que recebeu manejo de Pinus sp. e posterior restauração. Foto: Michele de Sá Dechoum

Autores: Thamara Santos de Almeida, Vitor Lauro Zanelatto e Gabriela Goebel.
Revisão: Carolina Schäffer.

Apaixonar é urgente: causas e soluções possíveis para combater a negligência com as plantas

Apaixonar é urgente: causas e soluções possíveis para combater a negligência com as plantas

Apaixonar é urgente: causas e soluções possíveis para combater a negligência com as plantas

Observe a foto a seguir:

Papagaio-charão

Qual espécie você viu primeiro na foto? Primeiro o papagaio e depois a araucária ou então o todo: o ecossistema da Floresta de Araucárias?

Geralmente as pessoas tendem a ver os animais primeiro, observando as plantas apenas como um cenário na foto sem identificar qual espécie se trata. Em muitos casos, também não conseguem identificar a relação entre as espécies e seu ambiente.

Essa incapacidade ou tendência em não perceber ou ignorar a presença das plantas e sua relação ecológica, seja em uma foto ou ao nosso redor, fez surgir o termo “Cegueira Botânica”, introduzida nos anos 2000 pelos pesquisadores estadunidenses  James H. Wandersee e Elisabeth E. Schussler.

A cegueira botânica é um grande obstáculo para o enfrentamento da crise da perda da biodiversidade e das mudanças do clima; uma vez que, uma menor apreciação pelas plantas pode levar a uma menor preocupação com a conservação e a preservação delas, tornando-as vulneráveis à exploração e à degradação do habitat.

Alteração do termo cegueira botânica para impercepção botânica

Em 2020, a pesquisadora Kathryn Parsley, que possui deficiência visual, chamou atenção para a inconveniência do termo “Cegueira Botânica”, uma vez que tem a conotação capacitista. Capacitismo é a discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência, que muitas vezes resulta da crença de que as pessoas com deficiências são inferiores ou incapazes de realizar as mesmas tarefas que as pessoas sem deficiências.

Assim, no ano passado, pesquisadores brasileiros propuseram o termo impercepção botânica para o português, que é mais apropriado. Tanto porque as pessoas cegas também podem perceber e identificar as plantas por outros sentidos, como o tato e o olfato, quanto porque nós enxergamos as plantas, mas percebemos menos a existência delas em comparação com os animais que se movem. Assim, vamos tratar do assunto daqui para frente utilizando o termo impercepção botânica.

Causas da impercepção botânica
Educação 

A impercepção botânica pode ter muitas causas, uma das principais inicia ainda no ensino fundamental e pode permanecer durante toda a vida, até mesmo durante a formação dos biólogos. O ensino de botânica na maioria das escolas e universidades é considerado limitado, desestimulante e pouco conectado com o cotidiano dos alunos, ainda muito focado em memorização e nomenclatura, com pouca prática.

Urbanização

A falta de acesso às áreas verdes e a natureza também contribui para a negligência com as plantas, uma vez que, em áreas rurais ou pouco urbanizadas as pessoas percebem mais a existência delas. Possivelmente isso acontece porque nos centros urbanos os alimentos já chegam processados nos supermercados, assim como as frutas e legumes já estão prontas para serem consumidas, inviabilizando a vivência com as plantas que estamos ingerindo. 

Limitações visuais

Uma pesquisa evidenciou que a percepção visual das pessoas tende a detectar mais animais do que plantas em sequências de fotos apresentadas rapidamente, como o exemplo que ilustra o início dessa matéria. Apontando assim que uma das causas da negligência botânica é biológica, mas não excluindo as causas culturais apontadas anteriormente.

Psicologia

Por fim, pesquisas na área da psicologia evidenciam que as pessoas têm mais empatia por seres mais semelhantes a sua espécie e com características em comum, não é à toa que programas de conservação que tem espécies de animais silvestres carismáticos recebem muita atenção e engajamento.

 

Soluções possíveis para superarmos a impercepção botânica

Uma das principais soluções começa pela educação, seja em espaços formais como escolas e universidades, ou espaços não formais, como a educação ambiental em uma trilha, por exemplo. Algumas estratégias são indicadas por pesquisadores, como investir na formação de professores ao oferecer cursos que abordem experiências práticas, inovadoras e que estejam aliadas à realidade dos alunos, utilização de conteúdos que chamem a atenção das pessoas em meios de comunicação e oferecer materiais atualizados para professores.

Outra sugestão apontada recentemente é para projetos de conservação, que podem promover práticas diretas com as plantas enfatizando algumas semelhanças delas com as pessoas e sua importância, além de utilizar a arte para promover a empatia e a contação de histórias.

 

O trabalho da Apremavi

Na Apremavi acreditamos que apaixonar as pessoas pela biodiversidade, em todas as suas dimensões, é urgente. Por isso, há 35 anos já executamos as ações que os pesquisadores recomendaram em artigos recentes, sempre buscamos produzir conteúdos atualizados e interessantes sobre as plantas para todos e oferecemos vivências práticas com elas por meio das visitas no Viveiro Jardim das Florestas e na Trilha da Restauração.

Buscamos tornar as plantas mais conhecidas em todos os projetos que executamos e produzimos matérias mensais no guia de espécies com foco nas espécies de plantas da Mata Atlântica

+ Conheça o Guia de Espécies

 

Referências:

BALAS, Benjamin; MOMSEN, Jennifer L. Attention “blinks” differently for plants and animals. CBE—Life Sciences Education, v. 13, n. 3, p. 437-443, 2014.

BALDING, Mung; WILLIAMS, Kathryn JH. Plant blindness and the implications for plant conservation. Conservation Biology, v. 30, n. 6, p. 1192-1199, 2016.

HERSHEY, David. Plant blindness:” we have met the enemy and he is us”. Plant Science Bulletin, v. 48, n. 3, p. 78-84, 2002

PARSLEY, Kathryn M. Plant awareness disparity: A case for renaming plant blindness. Plants, People, Planet, v. 2, n. 6, p. 598-601, 2020.

PIASSA, Gabriel; NETO, Jorge Megid; SIMÕES, André Olmos. Os conceitos de cegueira botânica e zoochauvinismo e sua consequências para o ensino de biologia e ciências da natureza. Revista Internacional de Pesquisa em Didática das Ciências e Matemática, v. 3, p. e022003-e022003, 2022.

SALATINO, Antonio; BUCKERIDGE, Marcos. Mas de que te serve saber botânica?. Estudos avançados, v. 30, p. 177-196, 2016.

THOMAS, Howard; OUGHAM, Helen; SANDERS, Dawn. Plant blindness and sustainability. International Journal of Sustainability in Higher Education, v. 23, n. 1, p. 41-57, 2022.

URSI, Suzana; SALATINO, Antonio. Nota Científica-É tempo de superar termos capacitistas no ensino de Biologia: impercepção botânica como alternativa para” cegueira botânica”. Boletim de Botânica, v. 39, p. 1-4, 2022.

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Vitor Lauro Zanelatto.

 

Para inspirar mais Meninas e Mulheres na Ciência e onde mais elas quiserem

Para inspirar mais Meninas e Mulheres na Ciência e onde mais elas quiserem

Para inspirar mais Meninas e Mulheres na Ciência e onde mais elas quiserem

Com o objetivo de combater a desigualdade de gênero, reconhecer a contribuição das mulheres e promover a participação delas na ciência, a ONU estabeleceu o dia 11 de fevereiro como o Dia Internacional das Meninas e Mulheres na Ciência. A desigualdade de gênero na ciência é um desafio global, onde segundo a UNESCO, apenas 35% dos cientistas no mundo todo são mulheres.

 

O desafio é maior para algumas mulheres

A pandemia da Covid-19 aumentou ainda mais a desigualdade de gênero para além desse recorte. É o que aponta um estudo desenvolvido pelo Parent Science, composto por pesquisadores da UFRGS e outras Universidades, onde eles viram que as mulheres negras e mulheres brancas com filhos (principalmente pequenos) foram os grupos mais afetados pela pandemia em relação a sua produtividade acadêmica. Ou seja, é mais fácil para uma mulher branca que não tem filhos ser “bem sucedida” na ciência, do que para uma mulher que é mãe ou negra, demonstrando como além da questão de gênero o recorte de raça e a questão da maternidade também são importantes de serem considerados.

 

Para inspirar

Precisamos garantir que todas as mulheres tenham acesso às mesmas oportunidades de aprendizagem e de trabalho em condições de igualdade. Acreditamos que essa data representa uma luta por esses direitos, além de trazer a oportunidade de destacar as contribuições de mulheres para a ciência, mas também, em outros espaços que elas desejam estar, na política ambiental, no setor socioambiental, na restauração, na luta pelo direito à terra e moradia e nos espaços de tomada de decisão. 

Confira uma série de iniciativas que separamos para você se inspirar em mulheres que fizeram ou têm feito a diferença em diversos espaços.

 

Maíra Ratuchinski, técnica ambiental da Apremavi manuseando um drone.

Maíra Ratuchinski, técnica ambiental da Apremavi manuseando um drone. Foto: Arquivo Apremavi

Série “Mulheres que Restauram”

A série foi lançada em 2021 pela Apremavi para a Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas, com apoio do GT de Gênero e Clima do Observatório do Clima. O objetivo foi divulgar histórias de mulheres protagonistas na restauração e no planejamento de propriedades e paisagens, como forma de conscientizar a sociedade sobre a importância da atuação feminina na mitigação da crise do clima e promover o plantio de árvores nativas e a recuperação de áreas degradadas.

 

Cartilha “Paisagens florestais e o protagonismo das mulheres”

Publicação desenvolvida pelo Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina e do interesse das (os/es) integrantes em colaborar com a pauta dePaisagens florestais e o protagonismo das mulheres gênero no setor florestal. A publicação tem apoio do Diálogo Florestal, na Década da Restauração de Ecossistemas. 

 

Cartilhas “SEMEANDO EQUIDADE: perceptivas de gênero na restauração de paisagens florestais”

Lançado pelo GT de Gênero e Diversidade do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica as as publicações visam fomentar o debate sobre como se ter um ganho de escala na promoção de projetos de restauração que incluam a temática de gênero no Brasil.

 

Projeto “Mulheres na Conservação”

A iniciativa Mulheres na Conservação, idealizado pela jornalista Paulina Chamorro e pelo fotógrafo João Marcos Rosa, é uma iniciativa que envolve a produção de podcast, vídeos no YouTube e matérias especiais sobre a história de mulheres que se destacam em grandes projetos de conservação pelo Brasil.

 

Plataforma “Open Box da Ciência

Criado pela organização Gênero e Número, que atua entre o jornalismo e a pesquisa de dados, a plataforma Open Box da Ciência apresenta um mapeamento de 250 mulheres que se destacam na pesquisa científica brasileira em cinco áreas do conhecimento: ciências sociais aplicadas, ciências exatas e da Terra, engenharias, ciências biológicas e ciências da saúde.

 

Teatro “Companhia delas de Teatro”

A Companhia Delas de Teatro é um grupo de produção e pesquisa teatral formado apenas por mulheres, dentro os espetáculos delas alguns contam a história de mulheres cientistas para crianças  e estão disponíveis no YouTube. “Maria e os Insetos” conta a história de Maria Sybilla Merian, ilustradora e entomóloga alemã, que no início do século XVII decide explorar as enigmáticas florestas tropicais do Suriname. “Mary e os monstros marinhos” conta a história da mulher que era caçadora de fósseis e que se tornou uma pioneira da Paleontologia!

 

Publicação “Dossiê Temático: Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência”

A publicação reúne textos extraídos de vivências, depoimentos, entrevistas realizadas ao longo do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência e conta com a participação significativa de mulheres em espaços de liderança, pesquisa, educação e em áreas essenciais e estratégicas como a comunicação, a informação, a assistência e o planejamento e gestão em saúde.

 

Cartilha “Mulheres na Ciência, Meninas na Escola programa Mulheres na Ciência” 

Uma publicação do Museu do Amanhã e o British Council é destinado aos professores e professoras da educação básica e traz informações e recursos que podem ser usados para incentivar o interesse das meninas e jovens por carreiras nas áreas da ciência

 

Livro “Pioneiras da Ciência no Brasil”

Lançado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência a obra conta a história de mulheres cientistas que foram importantes para o desenvolvimento científico do Brasil.

 

Jogo “Quem são elas? Cientistas que mudaram o mundo” 

Neste jogo para crianças a partir de 6 anos de idade, a Rede Kunhã Asé traz 10 mulheres que fizeram história na ciência, para inspirar meninas e mulheres e mostrar que lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive fazendo ciência!

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Carolina Schäffer.

Fique legal com o Clima: plante árvores com o Clima Legal

Fique legal com o Clima: plante árvores com o Clima Legal

Fique legal com o Clima: plante árvores com o Clima Legal

Diante do cenário atual de emergência climática enfrentado pela humanidade, a conservação e a restauração de paisagens e ecossistemas tem se tornado prioridade no âmbito internacional. O plantio de árvores é uma das formas mais eficientes de ajudar a combater e mitigar os efeitos da mudança do clima.

Pensando nesse desafio, a Apremavi idealizou o Clima Legal, um projeto que tem o intuito de plantar árvores nativas para amenizar os efeitos da crise climática ao neutralizar emissões de CO², contribuindo com a conservação e restauração da biodiversidade na Mata Atlântica.

Além do plantio de árvores são desenvolvidas atividades voltadas à conscientização e educação ambiental como aulas temáticas, palestras, oficinas e mobilizações sobre a importância da preservação e conservação da natureza.

 

Diferentes modalidades de adesão

O Clima Legal possui 3 modalidades de adesão:

Diferentes modalidades de adesão do Clima Legal
 
Confira a opinião de quem já aderiu

No ano passado, 6.429 novas árvores foram plantadas na Mata Atlântica pelo projeto, e isso só foi possível graças ao apoio de vários aderentes. Dentre eles, Isis Sousa Oliveira, empreendedora da Intrínseca Perfumaria e Cosméticos, uma marca de cosméticos natural, sustentável e vegana, ela comenta: “a iniciativa é muito legal pois possibilita uma participação bastante acessível”.

Além disso, ela pontua que um dos diferenciais que o projeto possui é transparência e envio de um relatório de monitoramento do plantio para os aderentes. “Muita gente pergunta no que a Intrinseca investe; não consigo investir muito, mas faço o que é possível. Algumas pessoas ficam curiosas para saber o que vai ser feito com o recurso doado, e eu sempre indico o trabalho da Apremavi por fazerem questão que a pessoa veja o que é feito com o dinheiro”, comenta Isis.

 

Como aderir ao Programa

Escolha uma das três modalidades: Bosque, Jardim ou Floresta (fique atento às quantidades mínimas de cada categoria), e preencha este formulário de adesão tendo em mente a quantidade de árvores que você deseja ajudar a plantar.

Após o preenchimento do formulário de adesão, você deverá realizar o pagamento para garantir a adesão ao projeto.

  + Confira mais informações na página do projeto

 

Autores: Carolina Schäffer, Miriam Prochnow e Thamara Santos de Almeida.
Foto de capa: Taís Fontanive.

Camboatá-vermelho, uma árvore muito apreciada pelas aves

Camboatá-vermelho, uma árvore muito apreciada pelas aves

Camboatá-vermelho, uma árvore muito apreciada pelas aves

O camboatá-vermelho (Cupania vernalis), também conhecido como camboatá, cuvantã, arco-de-pipa, arco-de-peneira e miguel-pintado é uma espécie de árvore nativa da América do Sul. No Brasil é encontrada nos biomas da Mata Atlântica, Cerrado e no Pantanal. 

A origem do nome do seu gênero, cupania, é uma homenagem ao monge e botânico italiano Francesco Cupani (1657 – 1710), autor de diversos trabalhos botânicos importantes. Já o vernalis vem do latim vernalis (vernal), relativo à primavera.

É uma espécie secundária encontrada na Floresta com Araucárias que atinge até 25 metros de altura e até 80 cm de diâmetro, tendo uma grande importância na estrutura e na composição ecológica da floresta.

É muito utilizada em projetos de restauração ecológica sobretudo nos plantios mistos destinados à recuperação de áreas degradadas, principalmente as Áreas de Preservação Permanente (APPs), uma vez que seus frutos são muito apreciados pelas aves, que comem somente o arilo e, ao desprezar as sementes, ajudam na dispersão da espécie.

Para fins paisagísticos, a espécie é comumente usada em plantios de arborização de parques, praças e ruas. Também possui uma importância medicinal*, já que a sua casca pode contribuir no tratamento de contra asma, tosse e feridas. Além disso, sua madeira é muito utilizada na marcenaria, carpintaria e carvão. 

Cupania vernalis. Foto: João Medeiros Attribution 2.0 Generic (CC BY 2.0)

Detalhes da árvore, frutos e sementes do camboatá-vermelho. Fotos: João Medeiros Attribution 2.0 Generic (CC BY 2.0), Frutos Atrativos do Cerrado e Carolina Schäffer

Camboatá-vermelho

Nome científico: Cupania vernalis Cambess.

Família: Sapindaceae

Utilização: sua madeira é utilizada em construções internas e na marcenaria, no geral. Espécie indicada para paisagismo em parques, praças e ruas

Fruto: setembro a novembro

Flor: branco-amarelada

Frutificação: setembro a dezembro

Floração: março a maio

Sementes: é recomendado semear em sacos de polietileno, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio. Quando necessária, a repicagem pode ser feita de 35 a 45 dias após a semeadura

Crescimento da muda: geralmente lento, as plântulas do camboatá não suportam a luz direta, motivo pelo qual devem ser plantadas em canteiros cobertos por esteiras ou ripados

Status na Lista Vermelha da IUCN: pouco preocupante (Least Concern), ou seja, a espécie não está ameaçada de extinção.

* Os dados sobre usos medicinais das espécies nativas são apenas para informação geral, onde os estudos foram feitos com propriedades isoladas em uma quantidade específica. O uso de medicamentos fitoterápicos deve ser seguido de orientações médicas

 

Fontes consultadas

CARVALHO, PER. Cuvatã: Cupania vernalis. 2006.

GLUFKE, Clarice. Espécies florestais recomendadas para recuperação de áreas degradadas. Porto Alegre: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 1999.

LORENZI, Harri. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992.

SOUZA, V. C. et al. Guia das plantas da Mata Atlântica-Floresta Estacional. Piracicaba: Liana, 2019.

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Carolina Schäffer.
Foto de capa: Frutos Atrativos do Cerrado.

10 rios de Santa Catarina estão na lista dos rios mais poluídos do mundo

10 rios de Santa Catarina estão na lista dos rios mais poluídos do mundo

10 rios de Santa Catarina estão na lista dos rios mais poluídos do mundo

A The Ocean Cleanup, ONG internacional que tem como objetivo desenvolver e ampliar tecnologias para livrar rios e oceanos do plástico, divulgou uma lista dos 1000 rios mais poluídos por plástico do mundo em um mapa em seu site. Santa Catarina (SC) tem 10 rios figurando na lista e este não pode ser um motivo de orgulho para os catarinenses.

Além disso, um estudo publicado por pesquisadores da mesma ONG na revista Science Advance avaliou a emissão de plásticos no mundo todo e chegou a conclusão que os 1000 rios mais poluídos são responsáveis por 80% das emissões globais anuais, correspondendo a 2,17 milhões de toneladas de plástico enviados para os mares e oceanos todo ano. 

 

Rios mais poluídos do mundo. Figura: The Ocean Cleanup.<br />

Mapa com avaliação da quantidade de plástico nos rios ao redor do mundo, em vermelho estão os rios mais poluídos. Figura: The Ocean Cleanup.

Santa Catarina é o terceiro Estado brasileiro a ter mais rios contemplados na lista, são 10 rios, conforme consta no ranking a seguir. Chama atenção a situação mais grave que é o caso do Rio Itajaí-Açu, o maior rio em extensão do Estado (são 300 km das nascentes no Alto Vale até a foz em Itajaí) que perpassa cidades como Blumenau, e que atualmente apresenta um nível de poluição equivalente a 641,8 mil quilos de plástico sendo despejado no rio por ano.

Segundo no ranking catarinense de mais poluídos por plástico, o Rio Cachoeira é um curso de água inteiramente localizado na cidade de Joinville, a mais populosa do Estado. Este rio, assim como os demais que figuram na lista, sofrem não só pela contaminação por resíduos como plástico, mas também pela degradação da vegetação em vários pontos do leito dos rios.

 

Ranking de poluição dos rios de Santa Catarina
10 rios mais poluídos de Santa Catarina. Figura: Marquito Agroecologia

Ranking dos 10 rios de Santa Catarina que fazem parte da lista. Figura: Marquito Agroecologia

As soluções para esse desafio são várias e estão integradas, mas começam com a gestão eficiente dos resíduos por meio da implementação de programas de reciclagem e coleta seletiva, da oferta de saneamento e de ações que fomentem a redução do consumo de plásticos, sobretudo os de uso único. 

Além disso, a conservação e restauração ecológica das matas ciliares, que são consideradas pelo Código Florestal como Áreas de Preservação Permanente (APPs), auxiliam na manutenção dos recursos hídricos, pois sem as florestas ciliares os rios estão suscetíveis à erosão e assoreamento que aumentam o nível de sedimento nos corpos d’água, diminuindo a quantidade de água, piorando a sua qualidade e muitas vezes impedindo sua balneabilidade. 

Em muitas áreas rurais são visíveis os efeitos negativos nos rios que não possuem a proteção da APP, pois nos períodos de estiagem percebe-se pouca água em seus leitos. Já nas épocas de chuvas ocorrem enchentes e enxurradas.

A Apremavi atua na restauração de áreas degradadas desde 1987 e acredita que a restauração ecológica é uma das soluções para diversas crises que a sociedade enfrenta nos dias de hoje, como as crises climática, hídrica e de biodiversidade. Faça parte da #geraçãorestauração, plante árvores e seja você também um agente da solução!

Autoras: Thamara Santos de Almeida e Carolina Schäffer.

31 de janeiro: Dia Nacional das RPPN’s

31 de janeiro: Dia Nacional das RPPN’s

31 de janeiro: Dia Nacional das RPPN’s

No dia 31 de janeiro é comemorado o Dia Nacional das RPPN’s, que foi instituído pelo Congresso Nacional em 2017 por meio da Lei nº 13.544

As RPPNs, sigla para Reservas Particulares do Patrimônio Natural, que são uma das categorias de áreas protegidas criada por decreto em 1990, que passaram a ser consideradas Unidades de Conservação por meio da Lei 9.985 publicada em 2000 que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e são reguladas pelo Decreto nº 5.746/2006. 

Atualmente, o Brasil conta com 1.802 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) que juntas somam quase 821 mil hectares de áreas preservadas.

O objetivo de uma RPPN é conservar a biodiversidade, proteger recursos hídricos, desenvolver pesquisas científicas, atividades de ecoturismo, educação ambiental, além de preservar belezas cênicas e ambientes históricos, pois nesse tipo de Unidade de Conservação são permitidas apenas atividades de pesquisa, ecoturismo e educação ambiental.  

No âmbito da Mata Atlântica essa estratégia é uma das mais importantes e efetivas, uma vez que a maioria do que resta da vegetação original está em propriedades privadas. A criação pode ser feita por pessoas físicas, empresas ou até mesmo por ONGs onde a administração da UC é feita não pelo poder público, mas por essas pessoas ou instituições interessadas na conservação ambiental, como é o caso da Apremavi.

 

RPPN Serra do Lucindo

Em 2010, a Apremavi criou uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, a RPPN Serra do Lucindo, que está localizada no município de Bela Vista do Toldo, no Planalto Norte de Santa Catarina, e preserva 316,05 hectares de um importante remanescente da Mata Atlântica do estado.

A RPPN é constituída por florestas primárias pouco exploradas e secundárias em diferentes estágios de regeneração e apresenta espécies ameaçadas de extinção como o pinheiro-brasileiro (Araucaria angustifolia), a imbuia (Ocotea porosa), a canela-sassafrás (Ocotea odorifera), o xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana) e diversas espécies raras e endêmicas da Floresta Ombrófila Mista.

A RPPN também conserva recursos hídricos fundamentais para a região e preserva um importante marco histórico, a Trilha do Monge ou Trilha das Onze Voltas, local por onde teria passado o Monge João Maria. A trilha ainda é usada para peregrinações religiosas.

A RPPN conta com uma sede, que serve como centro de referência e abrigo para pesquisadores e visitantes.

> Conheça a RPPN

 

 

RPPN Serra do Lucindo

Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra do Lucindo localizada no município de Bela Vista do Toldo, no Planalto Norte de Santa Catarina. Foto: Arquivo Apremavi.

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Carolina Schäffer.

Plante árvores: a melhor forma de amenizar o calor do verão!

Plante árvores: a melhor forma de amenizar o calor do verão!

Plante árvores: a melhor forma de amenizar o calor do verão!

O verão, além de ser um momento para aproveitar o calor e desenvolver atividades ao ar livre, é também uma estação que permite o plantio de árvores em jardins, bosques ou florestas. O clima quente combinado com as chuvas proporcionam um ambiente que facilita o rápido crescimento das árvores. É nesta época do ano também que o Viveiro Jardim das Florestas da Apremavi, localizado em Atalanta (SC), concentra sua maior produção de mudas, seguido da primavera.

Além dos benefícios para a conservação e restauração, plantar árvores garante o bem-estar da população, ajuda a manter o corpo e a mente saudáveis e contribui para regular a temperatura e a umidade assegurando o conforto térmico, sobretudo nas cidades. Ao fornecer sombra as árvores reduzem o efeito das ilhas de calor, resfriando os ambientes cada vez mais afetados pelo calor intenso. 

soluções para ilhas de calor. Fonte: Árvore Água.

Soluções para ilhas de calor. Fonte: Árvore Água.

Investir no plantio de árvores é uma das soluções para combater o forte calor do verão. Aproveite a estação, compre árvores nativas no viveiro da Apremavi e plante florestas!

 

Principais espécies disponíveis a pronta entrega no Viveiro:

 
Araucária

A araucária (Araucaria angustifolia) é uma árvore ameaçada de extinção da Floresta Ombrófila Mista, também conhecida como Floresta com Araucárias, uma das formações florestais da Mata Atlântica. É uma das espécies mais produzidas pelo Viveiro, sobretudo porque é muito utilizada em plantios de restauração já que é uma espécie com viés econômico através da colheita de seus frutos.

Muda de Araucária disponível para venda. Foto: Carolina Schäffer

Muda de araucária disponível para venda. Foto: Carolina Schäffer.

Erva-mate

A erva-mate (Ilex paraguariensis) é originária da Mata Atlântica e pode ser encontrada nas florestas dos três estados do sul do Brasil. Sua árvore pode atingir mais de oito metros de altura. A espécie também é muito utilizada em plantios de restauração e enriquecimento por conta do uso econômico associado a extração de suas folhas para produzir o mate usado para fazer chimarrão.

Muda de Erva-mate disponível para venda. Foto: Carolina Schäffer

Mudas de erva-mate disponíveis para venda. Foto: Carolina Schäffer.

Palmito

O palmito-juçara (Euterpe edulis) é uma espécie ameaçada de extinção, sendo uma das palmeiras mais características da Mata Atlântica. Aparece também em algumas áreas no cerrado, perto dos cursos dos rios e das matas úmidas. Essas palmeiras desempenham um papel essencial para a manutenção do ecossistema, uma vez que são vitais para a fauna e ocupam lugar de destaque no sub-bosque.

Mudas de Palmito-juçara disponíveis para venda. Foto: Vitor Lauro Zanelatto

Mudas de palmito-juçara disponíveis para venda. Foto: Vitor Lauro Zanelatto.

Pioneiras
  • Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolia Raddi.)
  • Bracatinga (Mimosa scabrella)
  • Capororoca-branca (Myrsine coriacea)
  • Paineira-rosa (Chorisia speciosa A. St.-HIl)
  • Caliandra (Calliandra brevipes)
  • Tucaneira (Citharexyllum myrianthum)
  • Pessegueiro-bravo (Prunus sellowii)

 

Secundárias
  • Canela-fogo (Cryptocarya aschersoniana)
  • Louro-pardo (Cordia trichotoma)
  • Jacarandá  (Jacaranda mimosaefolia)

 

Ornamentais
  • Hortênsia (Hydrangea macrophylla)
Preço das mudas do Viveiro da Apremavi.

Aviso: a Apremavi não entrega e/ou envia mudas. A compra e a retirada das mudas deve ser feita diretamente no Viveiro. 

    Autoras: Thamara Santos de Almeida e Carolina Schäffer.
    Revisão: Miriam Prochnow e Taís Fontanive.

    Visite a Apremavi

    Visite a Apremavi

    Visite a Apremavi

    Embalada pelo som das nascentes e dos pássaros, o Programa Visitas Guiadas da Apremavi oferece um dia de troca de saberes longe da sala de aula, em meio às paisagens conservadas e restauradas da Mata Atlântica.

    O Programa de Visitas Guiadas ocorre no Centro Ambiental Jardim das Florestas, sede da Apremavi, localizado na comunidade de Alto Dona Luiza, em Atalanta (SC). Ao visitar a propriedade, emoldurada pelas serras e montanhas do Alto Vale do Itajaí, é possível aprender sobre restauração ecológica, produção de mudas nativas e sobre a biodiversidade, utilizando como ferramentas de aprendizado o Viveiro Jardim das Florestas e a Trilha da Restauração. A estrutura do Centro Ambiental foi construída em 2013 com o apoio de inúmeros parceiros da região.

    Em 2022 o programa de visitas foi retomado, após um período de fechamento decorrente da pandemia de Covid-19. Nossa sede recebeu cerca de 1.219 pessoas, através de 52 instituições. Desse modo, a Apremavi contribui com a formação de estudantes e viabiliza atividades de educação ambiental de qualidade para centro de ensino, ao mesmo passo que acolhe sugestões e tem contato com pesquisas, curiosidades e conhecimentos que os visitantes apresentam. 

    Confira os principais motivos para você visitar a Apremavi:

    Centro Ambiental 

    É palco de inúmeras atividades de educação ambiental que aliam teoria e prática e diversas ações que são diretamente vinculadas aos projetos desenvolvidos pela Apremavi, tornando-o uma referência para outras organizações do Brasil e do exterior. 

    No térreo fica a recepção com uma pequena exposição dos prêmios e notícias históricas da Apremavi, bem como, publicações e uma Ecoloja. Já no 1° andar estão os alojamentos dos estagiários e visitantes e uma aconchegante sala de convivência com lareira. O 2° andar conta com um escritório, uma sala de reuniões e uma biblioteca com acervo histórico da instituição. Por fim, é do mirante, localizado no telhado do prédio, o visitante tem uma bela vista para a Serra do Pitoco.

    O Centro Ambiental também disponibiliza locação de seu espaço para reuniões, encontros, cursos, palestras e eventos de outras instituições. Para saber mais entre em contato pelo e-mail info@apremavi.org.br ou pelo telefone (47) 3535-0119.

     

    Centro Ambiental da Apremavi, localizado em Atalanta (SC). Foto: Arquivo Apremavi.

    Viveiro Jardim das Florestas

    O Viveiro Jardim das Florestas é o carro-chefe da Apremavi e está equipado com estufas e galpões que dão suporte para todo o processo de produção das mudas nativas da Mata Atlântica. É mantido com apoio de vários projetos através da demanda de mudas desses projetos para plantios de restauração. O excedente das mudas é comercializado para o público em geral. Atualmente, o Viveiro tem capacidade instalada para produzir mais de um milhão de mudas todos os anos de 200 espécies nativas diferentes.

     

    Viveiro Jardim das Florestas. Foto: Carolina Schäffer

    Viveiro Jardim das Florestas. Foto: Carolina Schäffer

    Trilha da Restauração

    Possui uma extensão de 1.7 km onde podem ser observadas diferentes áreas em restauração, exemplos de metodologia de plantio e banners de como era a área antes dos plantios. Além disso, também são observadas áreas em regeneração natural, e, na encosta da Serra do Pitoco, remanescentes de vegetação nativa da Mata Atlântica.

     

    Banner do antes na Trilha da Restauração

     Banner na Trilha da Restauração de como era a área antes dos plantios. Foto: Arquivo Apremavi

    Parque Natural Municipal da Mata Atlântica

    O Parque Natural Municipal da Mata Atlântica não fica localizado junto à sede da Apremavi, entretanto é sempre uma parada obrigatória para quem vem até Atalanta.

    Criado em 2000 com o apoio da Apremavi, o Parque é uma Unidade de Conservação Municipal (UC) localizado na comunidade de Villa Gropp, a 2 km do centro do município. Oferece atrativos como a Cachoeira Perau do Gropp, com 41 metros de altura, a cascata Córrego do Rio Caçador, com 18 metros de altura e trilhas.

    A visita oportuniza a observação de paredões rochosos cobertos por samambaias, avencas e musgos e espécies nobres da Mata Atlântica, como o cedro (Cedrella fissilis), a canela sassafrás (Ocotea odorifera) e o xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana).

     

    Banner do antes na Trilha da Restauração

    Parque Natural Municipal da Mata Atlântica. Foto: Arquivo Apremavi

    O programa de visitas da Apremavi está com agenda aberta a partir de fevereiro, venha nos visitar!

    + Faça seu agendamento no formulário

     

    Autoras: Thamara Santos de Almeida e Taís Fontanive.
    Revisão: Carolina Schäffer e Vitor Lauro Zanelatto.

    Biofilia: a sensação de bem estar na natureza já foi nomeada pela ciência

    Biofilia: a sensação de bem estar na natureza já foi nomeada pela ciência

    Biofilia: a sensação de bem estar na natureza já foi nomeada pela ciência

    Você também se sente bem quando fica perto da natureza? A ciência tem um nome para isso: Biofilia.

    A hipótese de biofilia foi introduzida e popularizada em 1984 por Edward O. Wilson, que foi um renomado biólogo da área de entomologia, ecologia e evolução e sociobiologia. Em seu livro de mesmo nome ele define a biofilia como o desejo que temos de nos afiliarmos com outras formas de vida.

    Em um mundo cada vez mais urbanizado e frenético, é frequente perdemos essa conexão com a natureza e isso pode levar a um maior desprezo pela conservação dos ecossistemas e suas espécies. Portanto, é importantíssimo, até mesmo por uma questão de saúde, restabelecer essa conexão com a natureza.

    Em 1982, a Agência Florestal do Japão começou a estimular esse contato com a natureza como uma forma de terapia, os chamados Banhos de Floresta – Shinrin-Yoku

    Benefícios do "Banho de Floresta". Figura: Reprodução arvoreagua

    Benefícios do “Banho de Floresta”. Figura: Reprodução @arvoreagua (CC BY-NC 4.0) 

    O que diz as pesquisas

    Nos últimos anos, um número crescente de estudos acerca do banho de floresta foi realizado em pessoas com doenças crônicas, como pacientes com hipertensão ou pressão arterial anormal. Um deles, publicado na revista Scientific Reports da Nature, evidenciou a importância das florestas para sensações de satisfação com a vida de maneira global. Eles viram que a proporção de fotografias da natureza foi associada com pontuações nacionais de satisfação, mostrando como a nossa conexão com a natureza serve de pano de fundo para memórias positivas. Além disso, foi verificado que esse banho de floresta, ou banho de natureza, pode melhorar significativamente a saúde física e psicológica das pessoas, reduzindo o estresse e a ansiedade, atuando como um método preventivo

    Por aqui, sempre que caminhamos na Trilha da Restauração no Centro Ambiental da Apremavi, no Parque Natural Municipal da Mata Atlântica e até mesmo na RPPN Serra do Lucindo evidenciamos essa sensação de bem estar. Além do convite para tomar um “Banho de Floresta” nesse verão, relembramos a importância e responsabilidade que temos em preservar e apoiar a boa gestão das Unidades de Conservação, seja durante a visita ou em movimentos para a valorização do patrimônio natural. 

    > Conheça outras Unidades de Conservação de Santa Catarina 

    Cachoeira da RPPN da Serra do Pitoco

    Paisagens da RPPN Serra do Lucindo, Parque Natural Municipal da Mata Atlântica e Trilha da Restauração no Centro Ambiental da Apremavi. Fotos: Arquivo Apremavi

    Referências:

    Chang, C. C., Cheng, G. J. Y., Nghiem, T. P. L., Song, X. P., Oh, R. R. Y., Richards, D. R., & Carrasco, L. R. (2020). Social media, nature, and life satisfaction: global evidence of the biophilia hypothesis. Scientific reports, 10(1), 1-8.
    HANSEN, Margaret M.; JONES, Reo; TOCCHINI, Kirsten. Shinrin-yoku (forest bathing) and nature therapy: A state-of-the-art review. International journal of environmental research and public health, v. 14, n. 8, p. 851, 2017.
    WEN, Ye et al. Medical empirical research on forest bathing (Shinrin-yoku): A systematic review. Environmental health and preventive medicine, v. 24, n. 1, p. 1-21, 2019.
    WILSON, Edward O. Biophilia. In: Biophilia. Harvard university press, 1984.

     

     

    Autora: Thamara Santos de Almeida.
    Revisão: Vitor Lauro Zanelatto e Carolina Schäffer.
    Foto de capa: Carolina Schäffer.

    Epagri é premiada no 28° Prêmio Fritz Müller por projeto desenvolvido em parceria com a Apremavi

    Epagri é premiada no 28° Prêmio Fritz Müller por projeto desenvolvido em parceria com a Apremavi

    Epagri é premiada no 28° Prêmio Fritz Müller por projeto desenvolvido em parceria com a Apremavi

    O projeto “Revitalização do rio Água Verde em Canoinhas” conquistou o 28° Prêmio Fritz Müller na categoria de recuperação de áreas degradadas. Ele teve início em 2020 em Canoinhas (SC) pela Epagri e contou com a parceria da Apremavi por meio do projeto Restaura Alto Vale.

    “O projeto surgiu por uma demanda da própria comunidade por falta de água. Os moradores procuraram a Epagri e, junto ao comitê do rio Canoinhas, começamos a pensar em ações que logo nos aproximaram também da Polícia Militar Ambiental, do IMA e da Apremavi”, relata Juliano de Oliveira extensionista da Epagri, responsável pela inscrição no prêmio.

    A iniciativa, ainda em andamento, já beneficiou 28 famílias e possibilitou o plantio de 20.350 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, em especial a erva-mate. Além de mutirões para o plantio das áreas degradadas em torno do rio, outras ações foram desenvolvidas como atividades de educação ambiental nas escolas da região.

     

    Registro feito com drone de uma das áreas de APP restauradas. Foto: Maíra Ratuchinski

    Registro feito com drone de uma das áreas de APP restauradas. Foto: Maíra Ratuchinski

    Parceria da Apremavi

    A participação da Apremavi na iniciativa premiada se deu por meio do projeto Restaura Alto Vale, executado entre 2018 e 2022 com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que fez a doação das mudas de árvores nativas além de fornecer orientações para o plantio e para a adequação das propriedades conforme a legislação ambiental. Além disso, o Restaura Alto Vale promoveu uma capacitação sobre Restauração de Áreas Degradadas para a comunidade atendida pelo projeto.

    “O prêmio só foi possível graças às parcerias, e a principal foi a Apremavi, pois conseguimos conciliar os objetivos do Restaura Alto Vale com a necessidade da comunidade e isso nos permitiu concluir uma etapa da restauração do rio Água Verde. Ainda temos muito o que fazer no projeto e na questão ambiental, a melhora de algumas coisas para os agricultores é uma luta constante”, relata Juliano. 

    “Sempre tivemos uma boa receptividade nas propriedades e foi gratificante retornar alguns meses depois para realizar a visita de monitoramento e perceber o sucesso da restauração, assim como a satisfação dos agricultores em terem participado do projeto” relata Maíra Ratuchinski, Técnica Ambiental da Apremavi.

     

     

    Reuniões, formações e plantios realizados com a comunidade local em Canoinhas/SC. Foto: Maíra Ratuchinski

    Reuniões, formações e plantios realizados com a comunidade local em Canoinhas (SC). Foto: Maíra Ratuchinski .

    Prêmio Fritz Muller 

    Visa reconhecer iniciativas de destaque no estado de Santa Catarina e é concedido pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). O nome do Prêmio é uma homenagem ao famoso naturalista alemão Johann Friedrich Theodor Müller, que viveu em Blumenau por 45 anos. Considerado um revolucionário, estudioso do meio ambiente e precursor da ecologia, Fritz Müller foi aclamado como príncipe dos observadores da natureza.

    O Prêmio Fritz Müller é destinado a projetos e iniciativas que vão além da legislação ambiental e que resultam em benefícios para a conservação do meio ambiente. Podem participar empresas públicas e privadas, instituições, órgãos governamentais, cooperativas, ONGs, institutos e organizações que atuam em Santa Catarina, com projetos desenvolvidos no estado.

     

    Troféus do 28° Prêmio Fritz Müller durante a cerimônia de premiação. Foto: Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina

    Troféus do 28° Prêmio Fritz Müller durante a cerimônia de premiação. Foto: Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina

    Autoras: Thamara Santos de Almeida e Maíra Ratuchinski com informações da Epagri.
    Revisão: Carolina Schäffer.
    Foto de capa: Maíra Ratuchinski.

    Apremavi participa de reportagem especial sobre Araucária no Globo Rural

    Apremavi participa de reportagem especial sobre Araucária no Globo Rural

    Apremavi participa de reportagem especial sobre Araucária no Globo Rural

    Em comemoração aos 43 anos do Globo Rural uma matéria especial sobre a Araucária foi feita na região Sul do Brasil com a participação da Apremavi.

    A reportagem mostra a história da Araucária, também conhecida como Pinheiro Brasileiro (Araucaria angustifolia) e como a exploração da sua madeira a levou a figurar na lista de espécies ameaçadas de extinção. Uma história parecida com a da etnia indígena Xokleng que quase foi dizimada pelo desbravamento do Sul do Brasil durante o tropeirismo. A Floresta com Araucárias e os Xokleng têm histórias interligadas.

    O programa também  apresentou o resultado de pesquisas desenvolvidas com a espécie e a importância dela para agricultores da região Sul do Brasil, com a coleta do pinhão. Mostraram em detalhes todo o processo de coleta e beneficiamento, receitas tradicionais como o entrevero e a novidade da utilização do pinhão para produção de farinha e outros alimentos.

    Edilaine Dick, coordenadora de projetos da Apremavi, concedeu uma entrevista no bloco de apresentação do Parque Nacional das Araucárias, apresentando o trabalho desenvolvido pela Apremavi na criação do parque, na elaboração do Plano de Manejo e junto aos agricultores na área de amortecimento do Parque, este último trabalho oriundo do Projeto Araucária. “A Unidade de Conservação apresenta um ganho para a propriedade, uma vez que há uma melhora na qualidade de água”, comenta Edilaine.

     Confira a entrevista no Globo Play.

    A Apremavi tem trabalhado arduamente pela conservação da Floresta com Araucárias, desde o combate ao desmatamento e o apoio à criação e implementação de Unidades de Conservação, até a restauração de seu ecossistema, que vai da produção de mudas, até o plantio. Por conta do risco de extinção, o corte da araucária está proibido desde 2000. Somente é permitido o corte de araucárias comprovadamente plantadas, com fins econômicos e em áreas que não sejam de preservação permanente. 

    Atualmente, a Apremavi está desenvolvendo o projeto + Floresta, que tem como objetivo restabelecer populações de espécies ameaçadas de extinção, sendo uma delas a Araucária.

     

    Projeto Araucária

    Teve como objetivo promover a conservação e recuperação de remanescentes florestais e espécies-chave da Mata Atlântica, através da implantação de sistemas agroflorestais, recuperação de áreas degradadas e enriquecimento de florestas secundárias, possibilitando o uso sustentável dos recursos naturais.

    Com 2 anos de duração, entre 2013 e 2015, o projeto foi realizado em Santa Catarina abrangendo 13 municípios inseridos na Mata Atlântica. O público alvo envolveu escolas, ONGs, universidades, prefeituras, comitês de bacia, lideranças comunitárias e agricultores familiares.

    O Projeto Araucária teve apoio da Petrobras por meio do programa Petrobras Socioambiental.

     

    A Floresta com Araucárias

    A floresta com araucárias, chamada cientificamente de Floresta Ombrófila Mista, é um ecossistema da Mata Atlântica, característico da região sul do Brasil e de algumas áreas da região Sudeste, que abriga uma grande variedade de espécies, algumas das quais só são encontradas neste ecossistema. Sua fisionomia natural é caracterizada pelo predomínio da Araucaria angustifolia, uma árvore de grande porte popularmente conhecida como pinheiro-brasileiro.

    Originalmente ocupava 200.000 km², estando presente em 40% do território do Paraná, 30% de Santa Catarina e 25% do Rio Grande do Sul. Também ocorria em maciços descontínuos nas partes mais elevadas das Serras do Mar, Paranapiacaba, Bocaina e Mantiqueira, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e também na Argentina.

    Gravado em 2005, durante a Semana da Mata Atlântica realizada em Campos do Jordão (SP), o depoimento do professor Dr. Paulo Nogueira Neto (em memória) fala da importância e urgência de se proteger os remanescentes da Floresta com Araucárias e da necessidade de se criar Unidades de Conservação em todos os ecossistemas. 

    Autoras: Thamara Santos de Almeida e Miriam Prochnow com informações do Globo Rural.
    Revisão: Carolina Schäffer

    Apremavi inspira casal na implantação de agrofloresta com o apoio do projeto Matas Legais

    Apremavi inspira casal na implantação de agrofloresta com o apoio do projeto Matas Legais

    Apremavi inspira casal na implantação de agrofloresta com o apoio do projeto Matas Legais

    Paulo Zanetti e Bárbara Sicuro, proprietários do Vale Mandaçaia em Urubici (SC) na Serra Catarinense, estão implantando uma agrofloresta na propriedade com o apoio do Matas Legais.

    Tudo começou, segundo eles, quando avistaram uma placa em uma propriedade vizinha, que continha informações sobre área de amortecimento do Parque Nacional de São Joaquim, onde era possível visualizar logo de instituições parceiras, dentre elas, a da Apremavi.

    Desde então, o casal acompanha o trabalho da instituição pelas mídias sociais e foi por meio da história de outro casal da Serra Catarinense, que também contou com o apoio do projeto Matas Legais para implantar uma agrofloresta, que a aproximação foi feita e a parceria para o plantio de 100 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica foi concretizada.

     

    Vale do Mandaçaia após o plantio de 100 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica para implantação da agrofloresta. Foto: Paulo Zanetti e Bárbara Sicuro (Vale Mandaçaia)

    Vale do Mandaçaia após o plantio de 100 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica para implantação da agrofloresta. Foto: Paulo Zanetti e Bárbara Sicuro (Vale Mandaçaia)

    Paulo Zanetti, proprietário do Vale Mandaçaia, relatou como ocorreu o contato com a Apremavi, bem como a parceria com o programa Matas Legais:

    “E foi assim, vendo uma das publicações sobre o projeto Matais Legais em uma propriedade bem aqui, pertinho da gente, que encontramos o ponto desse cruzamento. Foi muito legal ver que seria possível, ainda que propondo um projeto pequeno, participar desse programa.

    Rapidamente os dedos foram às teclas, e pela página sobre o Matas Legais, pude aprender sobre o projeto, realizado já há muitos anos pela Klabin e Apremavi. Gostei muito do conceito do projeto, dos objetivos e dos resultados. Entrei em contato pelas redes sociais e a equipe da Apremavi rapidamente nos respondeu, passando todas as orientações sobre como participar, e quando menos percebemos estávamos lá, a caminho para conhecer a Associação”.

    Com o apoio do Matas Legais, a propriedade rural localizada em Urubici recebeu, além das mudas nativas, assistência técnica e apoio para realizar as primeiras etapas da restauração. 

    No caminho, a paisagem que a gente já está bem acostumado: monocultura de Pinus, cebola e milho. Alguns fragmentos de mata nativa em terrenos acidentados faziam com que a imaginação fosse longe. Como será que é o viveiro? Como será que eles conseguem produzir tantas mudas? Onde coletam as sementes? Como é que funciona esse lance do vasinho biodegradável?

    Fomos recebidos com muita hospitalidade pelo Leandro e Daiana, que nos contaram desde como tudo começou, as conquistas, evoluções, aumento e melhoria dos espaços da Associação até os detalhes das mudas, dicas de plantio, beneficiamento das sementes e outras curiosidades que iam surgindo no meio da conversa. Me impressionei com a organização e tamanho. Não só do volume de mudas produzidas, mas do que conquistaram com muito suor para chegar naquele ponto. Escritório amplo, alojamento para os programas de estágio, espaço para cursos, eventos e muito mais. Tudo impecável. 

    Depois da pausa para o almoço, fomos direto ao assunto. No nosso caso, iríamos selecionar 100 mudas de espécies nativas para ajudar na implantação do nosso primeiro sistema agroflorestal. E vou contar para vocês… não é nada fácil escolher as espécies entre as mais de 200 produzidas pelo viveiro que iriam compor esse plantio. Sorte a nossa que a experiência do pessoal é tamanha, que foram direto indicando aquelas mais aptas para sobreviver ao clima da serra catarinense.

    Na hora da despedida, praticamos um pouco a identificação das espécies que estávamos levando. Mais um tanto enorme de aprendizado! São tantos detalhes que só o olhar treinado para diferenciar a Cereja do Rio Grande da Uvaia. Aos poucos a gente vai aprendendo, e um dia a gente chega lá!

    Chegando no Vale Mandaçaia, foi hora de colocar a mão na terra e mesmo debaixo de chuva, plantar cada uma das 100 futuras árvores em sua nova casa. Cansados e cheios de esperança, a gente foi dormir, sonhando com o dia em que mais uma floresta estaria enfim, de pé novamente.”

     

    Muda de Uvaia plantada pelo casal no Vale Mandaçaia. Foto: Paulo Zanetti e Bárbara Sicuro (Vale Mandaçaia)

    Muda de Uvaia plantada pelo casal no Vale Mandaçaia. Foto: Paulo Zanetti e Bárbara Sicuro (Vale Mandaçaia)

    O programa Matas Legais

    É uma iniciativa da parceria entre a Apremavi e a Klabin que acontece em Santa Catarina e no Paraná. Busca desenvolver ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal, que ajuda a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e a aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

    A palavra legal procura traduzir dois sentidos: o de cumprimento da legislação ambiental e o de expressão de um lugar agradável, bonito e bom para viver.

    O Vale Mandaçaia se junta às outras mais de 1.300 propriedades rurais apoiadas pelo programa em atividades de restauração e planejamento da paisagem, buscando a restauração, conservação e uso sustentável dos recursos.

     

    Autora: Thamara Santos de Almeida.
    Revisão: Carolina Schäffer, Vitor Lauro Zanelatto e comunicação da Klabin.

    Prazo de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) é prorrogado

    Prazo de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) é prorrogado

    Prazo de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) é prorrogado

    Prazo de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) foi prorrogado no último dia 26 de dezembro através da publicação da Medida Provisória n° 1.150

    O PRA compreende o conjunto de ações a serem desenvolvidas por proprietários e posseiros rurais com o objetivo de adequar e promover a regularização do imóvel e de firmar o compromisso do proprietário em manter, recuperar ou recompor as Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e as áreas de uso restrito do imóvel rural, ou ainda o compromisso de compensar áreas de Reserva Legal quando for necessário. Junto com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o PRA é uma ferramenta do Código Florestal, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012.

    De acordo com essa nova Medida Provisória, o proprietário ou possuidor do imóvel rural terá 180 dias para aderir ao PRA após ser convocado pelo órgão competente estadual ou distrital. Pelo Código Florestal, o prazo de adesão terminaria no próximo dia 31 de dezembro de 2022.

    “É evidente que a MP mais uma vez beneficia quem não cumpriu a lei e dificulta o trabalho de quem segue a legislação e trabalha pela conservação e restauração dos ecossistemas, além de trazer novas inseguranças jurídicas”, comenta Wigold Schäffer, conselheiro e fundador da Apremavi.

    A medida provisória ainda será analisada pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado e pode ter seu texto alterado.

    Autora: Carolina Schäffer.
    Revisão: Miriam Prochnow.

    Santa Catarina estabelece Corredor Ecológico Caminho das Nascentes

    Santa Catarina estabelece Corredor Ecológico Caminho das Nascentes

    Santa Catarina estabelece Corredor Ecológico Caminho das Nascentes

    O Governo de Santa Catarina criou o Corredor Ecológico Caminho das Nascentes, que liga as nascentes dos Estados de Santa Catarina às do Rio Grande do Sul e Paraná.

    O Decreto 2.367/2022, publicado no Diário Oficial no dia 22 de dezembro, instituiu o Corredor Ecológico Caminho das Nascentes com 1.519 km de extensão. Ele é composto predominantemente por Áreas de Preservação Permanente (APP) contemplando 46 municípios do Estado. O objetivo é proteger as nascentes, conservar a biodiversidade e recuperar as áreas degradadas, beneficiando também a população de Santa Catarina.

     

    Mapa da localização do Corredor Ecológico Caminho das Nascentes. Figura:   Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável do Governo de Santa Catarina<br />

    Mapa da localização do Corredor Ecológico Caminho das Nascentes. Figura: Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável do Governo de Santa Catarina

    Decreto de criação do corredor

    O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,  no  uso  das  atribuições  privativas  que  lhe  conferem  os  incisos  I  e  III  do  art.  71  da Constituição do Estado, conforme o disposto na Lei federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e de acordo com o que consta nos autos do processo nº IMA 52817/2022,

     

    DECRETA:

     

    Art.  1º  Fica  instituído  o  Corredor  Ecológico  Caminho  das Nascentes, que segue no sentido norte-sul do Estado de Santa Catarina. 

     

    Parágrafo único. A área do Corredor Ecológico Caminho das Nascentes engloba a linha de cumeada, em território catarinense, da Serra Geral e da Serra do Mar, respeitando a largura de 1.000 m (mil metros) para cada lado do eixo estabelecido pelo divisor de águas, que inclui as nascentes dos principais rios formadores das bacias contidas na vertente do Interior e na vertente do Atlântico, incluindo 2 (duas) derivações ao longo do Corredor Ecológico Caminho das Nascentes, uma ligando a Serra do Mar e a Estação Ecológica do Bracinho, localizada nos Municípios de Joinville e Schroeder, e outra ligando a Serra Geral até o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.

    > Confira o decreto completo

     
    Apresentação da iniciativa

    Representantes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), por meio da Secretaria Executiva do Meio Ambiente (Sema), fizeram uma apresentação do Corredor Ecológico recém criado.

    > Confira a apresentação

     
    Participação da Apremavi

    A Apremavi participou de diversas reuniões presenciais e virtuais sobre o assunto e manifestou apoio para criação do Corredor desde o início da proposta. “A criação do corredor é um importante passo para a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos de uma região prioritária de Santa Catarina. A expectativa é que novos projetos de proteção ambiental sejam implantados na área“ comenta Wigold Schaffer, conselheiro e fundador da Apremavi.

    Autora: Thamara Santos de Almeida com informações da Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável do Governo de Santa Catarina.
    Revisão: Miriam Prochnow.

    Apremavi participa do Simpósio Internacional Rio Uruguai dos Encontros

    Apremavi participa do Simpósio Internacional Rio Uruguai dos Encontros

    Apremavi participa do Simpósio Internacional Rio Uruguai dos Encontros

    Nos dias 01 e 02 de dezembro a Apremavi apresentou projetos e participou do Simpósio Internacional Rio Uruguai dos Encontros: União pela Conservação em Itá (SC).

    A iniciativa teve como objetivo fomentar ações, acordos de cooperação e integração referentes à conservação e uso racional do Rio Uruguai e aquíferos relacionados, de acordo com os princípios da Carta de Itá. A programação incluiu a participação de instituições de vários setores em mesas redondas e apresentações individuais, promovendo a integração das cidades e sociedades civis, parlamentos e autoridades por meio de pessoas físicas, jurídicas, entidades públicas e privadas que atuam na bacia do rio Uruguai. 

    Entre as atividades do evento houve o lançamento do livro “Peregrinos del Río”, do Fórum Permanente de Conservação e Uso Racional de Rio Uruguai e Aquífero Guarani, e a apresentação do Plano de Uso do Entorno dos Reservatórios das Usina Hidrelétrica de Itá.

    Foi promovido pela Secretaria Executiva do Meio Ambiente (SEMA), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), Instituto do Meio Ambiente (IMA) – Governo de Santa Catarina, União de Parlamentares Sul-americanos e do Mercosul (UPM), Fórum Permanente de Conservação e Uso Racional do Rio Uruguai e Aquífero Guarani, Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (SEMA/RS) e Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

    Participação da Apremavi

    Representando a Apremavi, a coordenadora de projetos Edilaine Dick apresentou a instituição e os projetos desenvolvidos, dando ênfase à atuação da Apremavi na região hidrográfica do Rio Uruguai. Edilaine também divulgou a “Campanha de adesão ao PRA”, liderada pela Apremavi através do projeto Implementando o Código Florestal, chamando a atenção dos presentes para o prazo de adesão ao PRA que está em curso, e solicitou apoio da divulgação da campanha junto aos agricultores.

     

    Apremavi participa do Simpósio Internacional Rio Uruguai dos Encontros. Foto: Marluci Pozzan

    Apresentação do trabalho da Apremavi durante o Simpósio Internacional Rio Uruguai dos Encontros. Foto: Marluci Pozzan

    O projeto Conservador das Araucárias também fez parte da apresentação, tendo Edilaine destacado o potencial de implementação do projeto e contribuição do mesmo para a restauração e conservação de florestas na bacia do Rio Uruguai. 

    A participação no evento abriu portas para muitas parcerias que podem ser formadas, além de possibilitar levar informação em tempo sobre a necessidade de adesão ao PRA até 31/12/2022, visto que ao final do evento várias foram as solicitações do material da campanha para auxiliar na divulgação”, comenta Edilaine.

    Um dos encaminhamentos do evento foi a assinatura da ratificação da Carta de Itá, documento firmado em 2012 pelos participantes da Terceira Reunião do Fórum de Conservação do Rio Uruguai, da União dos Parlamentares Sul-americanos e Mercosul (UPM).

    Autora: Marluci Pozzan.
    Revisão: Edilaine Dick, Thamara Santos de Almeida e Carolina Schäffer.

    Programa Clima Legal da Apremavi planta 6429 novas árvores

    Programa Clima Legal da Apremavi planta 6429 novas árvores

    Programa Clima Legal da Apremavi planta 6429 novas árvores

    Em 2022 a Apremavi realizou diversos plantios do programa Clima Legal, que contaram com a colaboração de agricultores, instituições e escolas. 

    No segundo semestre de 2022, a equipe da Apremavi se empenhou para a realização de plantios referentes às adesões ao programa Clima Legal. No total, foram plantadas 6429 mudas de espécies de árvores nativas da Mata Atlântica. Os plantios aconteceram em 10 cidades de Santa Catarina: Agrolândia, Agronômica, Angelina, Atalanta, Ituporanga, Lebon Régis, Pouso Redondo, Rio do Oeste e Rio do Sul. 

    Entre os locais escolhidos para o plantio estão a Escola de Educação Básica 30 de Outubro e a Prefeitura Municipal de Atalanta, além de propriedades rurais. Agricultores, cidadãos e instituições, colaboraram com a participação em mutirões de plantio e também no interesse em recuperar suas áreas, ao todo, contamos com a parceria de 12 famílias e/ou instituições.

    “O Programa Clima Legal deu oportunidade para vários agricultores e outros proprietários de terras recuperarem suas nascentes e córregos dentro das propriedades. Além de fornecer as mudas sem nenhum custo, a Apremavi ainda auxilia no plantio. Durante o ano de 2022 foram plantadas milhares de mudas em várias propriedades do Alto Vale do Itajaí e outras regiões”, comenta Edegold Schäffer, um dos coordenadores do Viveiro da Apremavi.

    Os plantios foram possíveis graças aos aderentes de 2022, são eles: Pinheiro Neto Advogados Associados, adesão por intermédio da empresa Bravo Consultoria, Ambev, adesão por intermédio da empresa Bravo Consultoria, Intrínseca Perfumaria e Cosméticos, Andicrose Wooden Bikes Indústria e Comércio Ltda, Mormaii Emotors e Plant For the Planet (através da The Plant For The Planet Platform).

    Plantio do Clima Legal. Foto: Edegold Schaffer

    Plantios do Clima Legal de 2022. Fotos: Edegold Schäffer, Taís Fontanive e Edilaine Dick

    Clima Legal

    O Programa Clima Legal foi idealizado pela Apremavi com o objetivo de realizar plantios de árvores nativas visando a neutralização das emissões de CO2, amenizando os efeitos da crise climática e contribuindo com a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica, e, para estimular o ativismo climático na sociedade.

    Além do plantio de árvores, feito principalmente para restaurar e proteger áreas de nascentes, mananciais e margens dos rios, são desenvolvidas atividades voltadas à conscientização e educação ambiental como aulas temáticas, palestras, oficinas e mobilizações sobre a importância da preservação da natureza.

    O Clima Legal é um projeto permanente da Apremavi e, por ter diferentes modalidades de adesão, é uma excelente opção para pessoas que querem transformar o ativismo climático numa ação prática, faça parte você também!

    > Saiba mais

    Autoras:  Taís Fontanive e Thamara Santos de Almeida.
    Revisão: Carolina Schäffer.
    Foto de capa: Taís Fontanive.

    Apremavi participa de cerimônia de premiação das Melhores ONGs

    Apremavi participa de cerimônia de premiação das Melhores ONGs

    Apremavi participa de cerimônia de premiação das Melhores ONGs

    No dia 25 de outubro, a Apremavi participou da cerimônia oficial de premiação das 100 Melhores ONGs do Brasil em 2022, realizada no Unibes Cultural, em São Paulo (SP). 

    Pela primeira vez, a Apremavi é reconhecida como uma das 100 melhores organizações da Sociedade Civil brasileira, fruto do impacto dos projetos, robustez nas estratégias de administração e transparência e relevância das estratégias de comunicação.  A lista das finalistas do ano havia sido anunciada em outubro, ocasião em que ficamos muito felizes ao descobrir que a Apremavi estava entre as premiadas; esse prêmio é um reconhecimento positivo do trabalho em prol da Mata Atlântica”, comenta a vice-presidente da instituição, Carolina Schäffer.

    Durante a cerimônia oficial, transmitida ao vivo no Canal Futura, além da entrega dos troféus, foram divulgados os nomes das organizações destaque por estado, causa, as dez melhores de pequeno porte e a melhor ONG do ano.Edilaine Dick, coordenadora de projetos da Apremavi, e Wigold Schaffer, co-fundador e conselheiro da Apremavi, participaram da cerimônia representando a Apremavi.

    “O Prêmio Melhores ONGs representa o reconhecimento de um trabalho que começou há mais de 35 anos, um trabalho de respeito à natureza e a todos os seres, sejam plantas ou animais, que dissemina esperança, amor e paz, que planta e restaura ecossistemas, um trabalho que planta um futuro viável para a humanidade, feito a muitas mãos e com muitos parceiros. Parabenizo a todos que fizeram e fazem a Apremavi”, destaca Wigold Schäffer.

    No site da iniciativa é possível conhecer o nome de todas as organizações reconhecidas por suas boas práticas em quesitos como governança, transparência, comunicação e financiamento.

    Premiação das Melhores ONGs 2022. Foto: Melhores ONGs

    Membros da Apremavi participando da premiação das Melhores ONGs 2022. Fotos: Wigold Schäffer e Melhores ONGs

    O Prêmio Melhores ONGs

    O Prêmio Melhores ONGs é realizado desde 2017, num esforço coletivo do Instituto O Mundo que Queremos, pelo Instituto Doar e pelo Ambev VOA, com apoio de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Instituto Humanize e da Fundação Toyota do Brasil. Ele tem como missão reconhecer e divulgar as ONGs do Brasil que mais se destacam anualmente pela sua excelência em gestão, governança, sustentabilidade financeira e transparência.

    Além disso, incentiva boas práticas, contribuindo também para a melhoria na gestão de todas as participantes, incluindo as que não são premiadas, que também recebem um feedback detalhado da avaliação.

    Doare Melhores ONGs

    Autora: Thamara Santos de Almeida.
    Revisão: Carolina Schäffer e Vitor Lauro Zanelatto.

    Mata Atlântica é tema de palestras da Apremavi na Alemanha

    Mata Atlântica é tema de palestras da Apremavi na Alemanha

    Mata Atlântica é tema de palestras da Apremavi na Alemanha

    Entre os dias 21 e 25 de novembro de 2022, a Mata Atlântica foi tema de palestras ministradas pela Apremavi em escolas de Heidelberg, cidade localizada no sul da Alemanha.

    Na semana passada, representantes da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), Carolina Schäffer e Miriam Prochnow, estiveram em Heidelberg, na Alemanha, e ministraram 10 palestras na língua alemã para 729 alunos, com idade entre 07 e 15 anos, de nove escolas diferentes da cidade. Elas estavam acompanhadas de Brigitte Heinz, representante da ONG alemã BUND – Bund Für Umwelt und Naturschutz Deutschland, parceira da Apremavi na ação.

    Com duração de 1 hora e 30 minutos, as palestras abordam temas relacionados com a Mata Atlântica no Brasil, suas riquezas e belezas naturais e também os problemas e ameaças que afetam a sua biodiversidade. Um dos pontos altos do encontro foi a apresentação de um filme sobre os biomas brasileiros, elaborado pela Apremavi especialmente para este intercâmbio, além da distribuição de materiais de Educação Ambiental.

    “Carolina, Miriam e eu corremos de escola em escola por cinco dias e mostramos às crianças como nossos hábitos cotidianos na Alemanha podem estar diretamente conectados com o estado de conservação da Mata Atlântica; da carne no nosso prato às cadeiras de jardim feitas com madeira tropical, nosso comportamento de consumidor pode fazer a diferença e é isso que tentamos mostrar para as crianças que sempre ficam maravilhadas com o tema”, comenta Brigitte ao mesmo tempo em que se diz orgulhosa da parceria e do projeto. 

    Realizada desde 2008, a ação “Der Regenwald kommt in die Klassenzimmer (nome em alemão para “a Mata Atlântica vai à sala de aula”), faz parte do projeto Bosques de Heidelberg no Brasil, da parceria entre a Apremavi, o BUND e a cidade de Heidelberg.

    “Essa ação in loco na Alemanha é uma excelente oportunidade para trazer consciência ambiental para as crianças e jovens, pois expõe a imensa biodiversidade da Mata Atlântica e também a importância da sua preservação para o Brasil e o mundo. Além disso, incentiva os estudantes a tomarem ação no enfrentamento dos problemas ambientais globais”, comenta Carolina, atual vice-presidente da Apremavi.

    Mata Atlântica é tema de palestras da Apremavi na Alemanha. Foto: Miriam Prochnow

    Registros das palestras ministradas pela Apremavi em escolas de Heidelberg. Fotos: Carolina Schäffer e Miriam Prochnow

    Inspirados na Mata Atlântica

    Numa das escolas, High School English Institute, além de abrir as portas da sala de aula para a semana sobre a Mata Atlântica, os alunos também desenvolveram uma atividade artística e se inspiraram nas belezas da floresta tropical mais ameaçada do Brasil para criar desenhos que são verdadeiras obras de arte.

    Além disso, também está nos planos desenvolver uma ação ainda este ano, provavelmente no Natal, para arrecadar fundos para o projeto. No âmbito do projeto, a cada dois euros arrecadados pelos alunos na Alemanha, uma árvore nativa é plantada num bosque no Brasil.

    Pinturas feitas pelos alunos em uma escola da Alemanha sobre as belezas da Mata Atlântica. Fotos: Carolina Schäffer e Miriam Prochnow

    Os Bosques de Heidelberg

    Um dos primeiros Bosques de Heidelberg foi plantado no Brasil em 1999, na EMEF Ribeirão Matilde, depois do início da parceria firmado em 1998 numa reunião entre representantes da Apremavi, do BUND e da Prefeitura de Heidelberg.

    Desde então, o projeto, conhecido em alemão como “Heidelberger Wäldchen in Brasilien”, já soma 169.045 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica plantadas em Santa Catarina e em São Paulo com a ajuda de estudantes da região. Este ano o projeto também recebeu o Prêmio Expressão de Ecologia na categoria Parcerias pelo Clima.

    Miriam Prochnow, conselheira e sócia fundadora da Apremavi, saiu da semana bastante animada: “ver que um projeto que ajudei a construir quase 25 anos atrás ainda está caminhando e gerando tantos resultados positivos reforça que um trabalho em parceria é muito valioso para as instituições e sobretudo para o Planeta”, comenta.

     Bosques de Heidelberg no Brasil, mais de 20 anos de parceria entre a Apremavi e a ONG alemã Bund Für Umwelt und Naturschutz Deutschland.

    Autora: Carolina Schäffer.
    Revisão: Thamara Santos de Almeida.

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