Presidência do IBAMA ratifica desdobramentos da “Operação Araxá”, na Coxilha Rica

Presidência do IBAMA ratifica desdobramentos da “Operação Araxá”, na Coxilha Rica

Presidência do IBAMA ratifica desdobramentos da “Operação Araxá”, na Coxilha Rica

Em despacho, Jair Schmitt, Presidente Substituto do IBAMA, nega a hipótese de conciliação com a legislação catarinense, utilizada por desmatadores como argumento de defesa. 

A decisão é um desdobramento da Operação Araxá, realizada em julho de 2022 na região da Coxilha Rica, município de Lages (SC), que fiscalizou e autuou propriedades rurais que promoverem mudança no uso do solo, convertendo áreas naturais dos Campos de Altitude para a realização de atividades agrossilvipastoris. 

Em 2018 o IBAMA havia realizado uma fase da Operação Campereada na região, visando investigar ilícitos da mesma natureza. A Lei da Mata Atlântica prevê que toda vez que houver supressão ou conversão de áreas com vegetação nativa, a exemplo dos Campos de Altitude e de áreas de florestas, maiores que 50 hectares, é necessário solicitar o licenciamento ambiental junto ao órgão estadual e este tem que ouvir o Ibama. Na ocasião, cerca de 30 proprietários rurais foram notificados pela destruição completa de áreas entre  50 e 700 hectares na região da Coxilha Rica no município de Lages (SC), e autuações por infrações ambientais foram lavradas.  

Contando com a defesa incansável de deputados federais catarinenses e após um encontro em janeiro de 2019 na sede do IBAMA, o então Presidente do órgão, Eduardo Bim, arquivou todas as multas em uma única canetada, segundo publicou a Agência Pública

O Ministério Público Federal de Santa Catarina (MPF-SC) abriu um processo de investigação sobre a decisão de Bim, partindo de um dossiê que aponta irregularidades no questionável processo de advocacia que culminou na anulação das autuações da Operação Campereada. Através de documentos que constam do dossiê, os proprietários que promoveram supressão de vegetação buscaram defesa diretamente ao então ministro Ricardo Salles (MMA) e do Ibama, invocando a promessa feita por Jair Bolsonaro na campanha de 2018,  de acabar com o que chamava de “indústria de multas” ambientais. 

Além disso, na  época servidores do IBAMA relataram intimidações vindas dos produtores autuados, sobretudo por ligações telefônicas, que buscavam exaltar o apoio e defesa que estavam recebendo de congressistas brasileiros. “A situação da ligação [telefônica] ofensiva e até ameaçadora coloca em risco não apenas o trabalho do Ibama, mas do próprio servidor público no exercício das suas funções”, escreveu a fiscal que registrou formalmente o acontecido. O episódio demonstra que a Operação Campereada, pela pressão das bancadas ruralistas gaúcha e catarinense, acabou desmontada pelo próprio Ibama.

Agora o IBAMA dá sinais de que os tempos de impunidade a desmatadores estão no passado, tendo sido findadas junto com o término do governo de Jair Bolsonaro. Em ofício publicado em nove de fevereiro, o atual presidente substituto do órgão, Jair Schmitt, apresenta oito considerações sobre o caso para decidir sobre a continuidade dos processos da operação, sem considerar a hipótese de Mediação junto à Procuradoria Federal Especializada. 

O texto também é claro quanto à inconstitucionalidade da legislação catarinense, em desacordo completo com a regras federais sobre o licenciamento ambiental de atividades agrícolas em áreas naturais. Schmitt citou o precedente jurídico produzido no estado do Tocantins para ilustrar a inquestionável soberania da Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/2006) para regulamentar o tema em questão: “A Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 5312/TO, que  foi julgada procedente pelo Supremo Tribunal Federal e  declarou inválidos trechos da Lei Estadual nº 2.713/13, que visava dispensa de licenciamento ambiental as atividades agrossilvipastoris (DJ 11/02/19), revela entendimento da Suprema Corte contrário ao dispositivo da lei catarinense que objetivou o mesmo propósito”



Coxilha Rica

Imagem aérea na região de Coxilha Rica, Lages (SC). Foto: Wigold B. Schaffer.

Apremavi atuou na elaboração do Plano da Mata Atlântica de Lages

Após quase dois anos de trabalho, especialistas em conservação, restauração e planejamento territorial da Apremavi apresentaram em 2018 uma proposta de Plano Municipal da Mata Atlântica do município. O documento foi apresentado ao Executivo Municipal de Lages (SC), contemplando um diagnóstico completo da situação da Mata Atlântica no município, uma avaliação da capacidade de gestão ambiental do município, integra ações do Plano Diretor Municipal e dos Planos Setoriais, indicações de áreas e ações prioritárias para conservação da biodiversidade, apresenta um Mapa de Áreas Prioritárias para Conservação e Recuperação da Vegetação Nativa e sugestão de um Plano de Ação.

Na oportunidade, Antonio Ceron, Prefeito de Lages, chegou a parabenizar a equipe responsável pela robustez da proposta: “Sabemos que o plano é importante e foi elaborado dentro das normas e leis ambientais, daí a necessidade de uma consciência municipal diante do documento a ser aprovado”, destacou Ceron.

Curiosamente, o mesmo político integrou a comitiva à Brasília dos produtores autuados na Operação Araxá, buscando a revogação de autuações por infrações ambientais e a liberação de áreas embargadas junto a congressistas ruralistas. Neste mês, o político foi um dos presos numa operação que investiga corrupção e lavagem de dinheiro em contratos de coleta de lixo.

A proposta do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica do município de Lages, que deveria ter seguido na época para aprovação pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente, não teve avanços na tramitação até a data de publicação dessa matéria (28/02/2023).

Miriam Prochnow, então Presidente e demais integrantes da equipe Apremavi entregam em mãos o PMMA de Lages (03/2018). Foto: Arquivo Apremavi.

Autores:  Vitor Lauro Zanelatto e Wigold B. Schaffer

Pintura rupestre inédita de araucária é descoberta no Paraná

Pintura rupestre inédita de araucária é descoberta no Paraná

Pintura rupestre inédita de araucária é descoberta no Paraná

O achado arqueológico está em uma formação de arenito numa propriedade privada, no município de Piraí do Sul (PR). As figuras representam 13 araucárias e 20 representações humanas.

O Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas (GUPE), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), publicou no último mês um artigo que registra a descoberta da única pintura rupestre conhecida com representações da árvore de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze. Toda a região dos Campos Gerais do Paraná, onde ocorreu a recente descoberta, tem vasta presença de materiais arqueológicos. Centenas de sítios que abrigam vestígios cerâmicos, materiais líticos, gravuras e pinturas rupestres, mas nunca antes uma araucária havia sido encontrada dentre as figuras.

Nair Fernanda Mochiutti, professora da UEPG, contou ao Conexão Planeta que a descoberta ocorreu de forma despretensiosa: “Estávamos cadastrando uma caverna e um colega nos chamou para contar o que tinha visto. Fomos todos juntos olhar para o painel das araucárias e lembro que mostrei o braço toda arrepiada, porque realmente foi na hora que percebemos e reconhecemos que eram as araucárias. Foi de arrepiar, bem emocionante”.

Circundado por pastagens e florestas secundárias em diferentes estágios de regeneração, uma cavidade rochosa guarda a descoberta rupestre. O painel das araucárias foi elaborado tem cerca de 0,36 m², onde é possível observar 13 araucárias e 20 antropomorfos (representações humanas). O conjunto possui continuidade e consistência, reforçando a hipótese dos autores do artigo, de que as gravuras representam uma floresta com araucárias, com ampla ocorrência na região.

Suspeita-se que a “tinta” utilizada para as pinturas era obtida a partir da trituração de hematita (óxido de ferro), minério encontrado em rochas. Fotos: Divulgação/GUPE.

Segundo os especialistas, é possível identificar o grupo que realizou as gravuras, considerando a seleção da superfície na qual os grafismos foram produzidos, a reunião de representações de espécimes vegetais e figuras humanas e o alto grau de detalhes das pinturas. Os elementos culturais e aspectos cronológicos apontam a autoria do painel pictórico rupestre à etnia Macro-Jê, grupo linguístico de povos como os Kaingang e os Xokleng, que habitaram o Paraná há ao menos 3 mil anos.

“Essas pinturas rupestres não pertencem ao proprietário das terras ou ao GUPE, mas a todo povo brasileiro, à história e à cultura. É emocionante fazer parte dessa descoberta, para que as pessoas tenham conhecimento de que já há muito tempo essa árvore é importante, desde os povos originários”, destaca a professora Laís Massuqueto, co-autora do artigo que descreveu a descoberta.

O trabalho dos pesquisadores não encerrou, pelo contrário; muitas são as questões levantadas a partir das pinturas rupestres. Uma delas é a possibilidade da araucária estar presente na região há mais de 1,4 mil anos. Datações futuras do material, estudos históricos sobre os povos que habitaram a região e atividades de educação patrimonial estão previstas. Além disso, o grupo pretende utilizar softwares de imagens para definir os limites das pinturas em meio digital, buscando restaurar as áreas deterioradas.

> Leia a íntegra do artigo “Primeiro registro de arte rupestre com representações de Araucaria angustifolia, Sul do Brasil” (inglês)

 

Projetos de pesquisa são essenciais

A descoberta arqueológica só foi possível por contas das atividades do “EspeleoPiraí: patrimônio espeleológico arenítico da Escarpa Devoniana em Piraí da Serra”, projeto promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) como medida compensatória aos impactos negativos irreversíveis às cavidades naturais subterrâneas de atividades de mineração. A execução das pesquisas é coordenada pelo GUPE, com ênfase na Área de Proteção Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana.

Até o início da execução do projeto, não existiam cavidades cadastradas no Canie na área de estudo. Agora já são mais de 200 cavernas cadastradas no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (Canie), o que corresponde a 50% do montante do estado, a região pode ser considerada um hotspot da espeleologia brasileira. Estudos preliminares no setor da APA indicam um elevado potencial para registros de novas cavidades subterrâneas.
A identificação e a caracterização de novas cavernas somarão dados e esforços para subsidiar ações de conservação e educação patrimonial, essenciais para a proteção do patrimônio espeleológico e arqueológico da região.

 

Mapa de localização da área de estudo do projeto, com a área do recente achado rupestre em vermelho, e áreas protegidas. Fonte: ICMBio.

Extinção ou restauração, humanos colocaram o futuro da araucária em ameaça

As grandes dimensões e formato singular da Araucária (Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze) torna a Floresta Ombrófila Mista única, impressionando pela beleza e exuberância. Ao longo do tempo a espécie foi explorada de modo extensivo para utilização da madeira, colocando a espécie na lista das espécies ameaçadas de extinção no Brasil e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Especialistas estimam que a extensão de florestas com araucária já encolheu 98%, de 182 mil km² para 3,6 mil km².

A espécie corresponde ao grupo de coníferas mais primitivo ainda vivo, tendo aparecido há aproximadamente 200 milhões de anos. Atualmente, os membros da família Araucariaceae ocorrem exclusivamente no Hemisfério Sul. A espécie foi descrita pela primeira vez em 1820 pelo naturalista europeu Antonio Bertolini, com base em uma árvore coletada do Pico do Corcovado.

 

Gravura a bico-de-pena por Percy Lau (Arequipa, 1903 – Rio de Janeiro, 1972). Fonte: Tipos e Aspectos do Brasil (IBGE, 1966).

A Araucária, assim como qualquer árvore nativa, tem corte proibido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) desde 2001. Contudo, existem exceções, como as obras de infraestrutura de interesse público, que muitas vezes ignoram os aspectos socioambientais no projeto e na execução. “Critérios técnicos são falhos e não há alternativas locacionais para as obras. Órgãos ambientais são coniventes com isso e licenciam o que é mais cômodo para os empreendedores. Buscar melhores alternativas de traçado reduziria impactos sociais e ambientais”, afirmou João de Deus Medeiros, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e conselheiro da Apremavi.

Além disso, iniciativas como o novo Código Ambiental de Santa Catarina, aprovado às pressas pela Assembleia Legislativa na última semana de 2021, continuam colocando em risco a Mata Atlântica. Segundo uma apresentação remetida pela Apremavi e outras 27 organizações da Sociedade Civil ao Procurador de Justiça de Santa Catarina, o novo Código Ambiental  “incentiva a exploração da Mata Atlântica de forma ilegal” uma vez que as medidas compensatórias são indiscutívelmente vantajosas, em contrariedade com a jurisprudência dos Tribunais Superiores em matéria ambiental. 

Ante a clara inconstitucionalidade do novo Código, o Ministério Público de Santa Catarina ajuizou cinco ações diretas de inconstitucionalidade (ADI). Num cenário onde resta tão pouco da floresta em pé, e os poucos remanescentes são alvos constantes de ameaças, zerar o desmatamento não é suficiente. É preciso restaurar o que foi degradado nas últimas décadas. 

A Apremavi está atuando de forma contundente para que novas araucárias cresçam. Entre 2013 e 2015 executou o Projeto Araucária, responsável por restaurar 92 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reserva Legal. E, desde 2022 está implantando o Conservador das Araucárias, iniciativa em parceria com a Tetra Pak que pretende restaurar 7.000 hectares, com ênfase na Floresta Ombrófila Mista.

> Leia mais sobre a araucária em nosso guia de espécies

Aspectos da (Araucaria angustifolia (Bertol.)  Kuntze. Fotos: Arquivo Apremavi

Referências:

BRASIL. Governo Federal. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Expedição percorre áreas do projeto EspeleoPiraí em Piraí da Serra/PR. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/centros-de-pesquisa/cecav/patrimonio-espeleologico-em-pauta-1/expedicao-percorre-areas-do-projeto-espeleopirai-em-pirai-da-serra-pr. Acesso em: 17 fev. 2023.

PONTES, Henrique Simão et al. First Rupestrian Representations of Araucaria angustifolia in Southern Brazil. Caderno de Geografia (2023), Belo Horizonte, v. 72, p. 174-201, 2023. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/geografia/article/view/29976/20593. Acesso em: 17 fev. 2023.

SUZANA CAMARGO. Conexão Planeta. Descoberta a primeira pintura rupestre de araucárias do Brasil, feita há cerca de 4 mil anos. 2023. Disponível em: https://conexaoplaneta.com.br/blog/descoberta-a-primeira-pintura-rupestre-de-araucarias-do-brasil-feita-ha-cerca-de-4-mil-anos/#fechar. Acesso em: 17 fev. 2023.

Autor: Vitor L. Zanelatto | Revisão: Carolina Schäffer e Thamara Almeida
Foto de Capa: Pintura rupestre encontrada em Piraí do Sul (PR). Foto: Divulgação/GUPE.

Seja #GeraçãoRestauração: faça estágio ou voluntariado na Apremavi

Seja #GeraçãoRestauração: faça estágio ou voluntariado na Apremavi

Seja #GeraçãoRestauração: faça estágio ou voluntariado na Apremavi

O Programa de Estágios Acadêmicos e Serviço Voluntário, suspenso desde o início da pandemia de Covid-19, é relançado no Dia Mundial da Educação Ambiental para toda a comunidade.

As atividades são concentradas em Atalanta (SC), no Viveiro Jardim das Florestas, onde os residentes podem aprender com os profissionais que lideram a produção de mudas nativas, desde a coleta de sementes até a preparação das mudas para o plantio. As estufas do viveiro, áreas em processo de restauração ecológica e Unidades de Conservação são alguns dos cenários onde o residente poderá atuar, contribuindo em ações para a produção de mudas nativas, restauração ecológica de áreas degradadas e monitoramento de ambientes em processo de restauração.

Com a perspectiva de possibilitar o acesso de toda a comunidade ao programa, são oferecidas duas modalidades:
・Estágio Acadêmico: dedicado a estudantes de algum curso formal que demanda a realização de estágio obrigatório e/ou associado a uma instituição de ensino;
・Serviço Voluntário: permite até 14 dias de atividades para qualquer pessoa interessada em aprender mais sobre as linhas de atuação da Apremavi, seguindo o previsto na legislação que regulamenta o serviço voluntário.

Todos os residentes são acompanhados por um orientador, responsável por fornecer as principais orientações da residência, elaborar a agenda de atividades e avaliar o desempenho do participante de acordo com as orientações da instituição de ensino de origem, em caso de Estágio Acadêmico. Os estagiários e voluntários podem contar com o Centro Ambiental para hospedagem em Atalanta. O prédio dispõe de estrutura dedicada para receber os residentes, com dormitórios, cozinha compartilhada, biblioteca (durante o horário do expediente da Apremavi) e espaços de convivência.

Clique e confira algumas das atividades possíveis durante a residência no Programa de estágios e Serviço Voluntário:

 

Para acompanhar essas e outras atividades, que podem ser alocadas durante os dias de vivência no Centro Ambiental, não é preciso habilidades específicas ou significativos conhecimentos prévios sobre a rotina de um viveiro, pois a equipe Apremavi está preparada e disposta em fornecer todas as orientações necessárias e trocar conhecimentos com os participantes do programa.

Em compensação, disposição e interesse na temática socioambiental são essenciais para que a residência cumpra seu principal objetivo, que é contribuir na formação profissional e social dos participantes.

O relançamento do Programa ocorre no Dia Mundial da Educação Ambiental. O dia 26 de janeiro foi definido como efeméride na Conferência de Estocolmo, realizada em 1975 pela Unesco, quando aconteceu um Encontro Internacional de Educação Ambiental em Belgrado.

Na Década da Restauração de Ecossistemas da ONU e em um cenário otimista para a implementação de iniciativas sistêmicas na área socioambiental brasileira, a Apremavi pretende contribuir ainda mais na capacitação, educação e consciência da sociedade. Numa realidade definida pela necessidade de mudanças em busca da sustentabilidade real, todos podem contribuir e todos têm o poder de transformar.

Confira os detalhes do programa e faça sua inscrição aqui.

Atividades realizadas durante estágio e voluntariado na Apremavi.
Fotos: Arquivo Apremavi. 

Conhece alguém que possa se interessar pelo Programa de Estágios Acadêmicos e Serviço Voluntário? compartilhe essa matéria!

Autor: Vitor Lauro Zanelatto | Revisão: Carolina Schäffer e Thamara S. Almeida

Nota de repúdio da Apremavi ante os ataques terroristas aos poderes da República Brasileira

Nota de repúdio da Apremavi ante os ataques terroristas aos poderes da República Brasileira

Nota de repúdio da Apremavi ante os ataques terroristas aos poderes da República Brasileira

“A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância” Karl Popper

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) repudia, com todo o ímpeto que um ataque à democracia demanda, os atos de terrorismo e vandalismo perpetrados contra os poderes da República Brasileira buscando impor um golpe de estado, na data de ontem (08/01/2023). A destruição causada nas sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário demanda a responsabilização imediata dos seus autores, apoiadores e financiadores, que demonstraram desprezo e desrespeito pelo Estado Democrático de Direito, bem como pela História, Cultura e Patrimônio brasileiro, além de vilipendiarem a Constituição.

As cenas registradas em Brasília jamais poderão ser confundidas com manifestações pacíficas ou com liberdade de expressão, mas sim como explícito vandalismo e terrorismo contra os bens públicos e à Nação brasileira, materializada em cada um dos bens públicos fraturados ontem.

O constante trabalho em defesa da biodiversidade brasileira demandou a presença da Sociedade Civil em inúmeras manifestações, sempre buscando a valorização da democracia e promoção dos princípios republicanos na atuação, compromisso explícito na Carta de Princípios da Apremavi.

A Apremavi se solidariza com as instituições violadas e, coerente com sua missão e valores, se coloca à disposição para contribuir com o fortalecimento da nossa DEMOCRACIA, atacada covardemente, mas que se mantém resistindo, como faz uma Araucária da Mata Atlântica. A valorização e busca constante pelo fortalecimento da Democracia é dever de todas as instituições e cidadãos.

Democracia Sempre!

Redes e coletivos da Sociedade Civil Brasileira se posicionaram em defesa da Democracia e demandando a responsabilização dos envolvidos no ataque ao Estado Democrático de Direito.

 
Nota da Rede de ONGs da Mata Atlântica

A Rede de ONGs da Mata Atlântica – RMA organização da sociedade civil sem fins lucrativos que congrega 150 entidades ambientalistas, manifesta seu repúdio aos atos terroristas perpetrados nesta triste tarde de 08 de janeiro de 2023, perpetrados por aqueles que desprezam a Constituição Federal, o Estado Democrático de Direito e a soberania popular. Ocupação criminosa e depredação das sedes dos três poderes da República são atos inaceitáveis e que precisam ser veementemente rechaçados pela sociedade.

O grave atentado contra a democracia, agravado com o ataque ao patrimônio público brasileiro, precisa ser prontamente apurado, responsáveis identificados e devidamente punidos nos termos da legislação vigente, incluindo dentre esses as autoridades públicas que por incentivo, conivência ou omissão, concorreram para o desfecho desses lamentáveis episódios em Brasília.

Precisamos cobrar das autoridades que esses lamentáveis atos conduzidos por golpistas inescrupulosos nunca mais se repitam. A imensa parcela da sociedade brasileira que condena esses atos confia na democracia, e acredita que a necessária e pronta reação indica que ela, a Democracia, sai reforçada com esses atos que envergonham a memória nacional.

Coalizão Brasil condena ataques às instituições em Brasília

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento formado por mais de 300 representantes de empresas, do agronegócio, setor financeiro, sociedade civil e academia, repudia veementemente a invasão e depredação do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto ocorridas este domingo em Brasília. Mais do que atos de vandalismo, estas ações representam uma inaceitável afronta ao Estado Democrático de Direito.

É vital, portanto, que o planejamento e a realização dos ataques sejam investigados e que seus responsáveis e financiadores sejam identificados e punidos nos rigores da lei. A Coalizão Brasil espera que a defesa da democracia permaneça como um princípio básico aos Três Poderes e à nossa sociedade.

Nota do Observatório do Clima

O Observatório do Clima repudia os atos golpistas e terroristas que tomaram Brasília neste domingo, com conivência e omissão das forças de segurança. Não se trata apenas de ataques a prédios públicos, o alvo é a democracia. Uma horda criminosa que perdeu as eleições quer retomar o poder à força. Governo, Congresso e Justiça precisam agir. A democracia não é auto-realizável, depende de vigilância e cuidados constantes. Identificar e punir os responsáveis pelo que ocorreu, os que agiram ou se omitiram, além de seus financiadores, é o mínimo que se espera para a manutenção do Estado Democrático de Direito no país. O projeto bolsonarista de destruição e ódio foi derrotado em 30 de outubro. O resultado das urnas deve ser respeitado.

Nota do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento  (FBOMS)

O FBOMS – Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Desenvolvimento e o Meio Ambiente, aliança criada em junho de 1990 (vide informações em anexo) ao manifestar publicamente seu repúdio aos atos de ataque ao Estado Democrático de Direito e às autoridades constitucionalmente no exercício de suas funções e mandatos, bem como aos atos de depredação de patrimônio público,  declara sua expectativa que as altas autoridades dos Poderes da República adotem as mais rigorosas medidas de investigação dos fatos e dos danos para, no devido processo administrativo, judicial e legal, sejam aplicadas as sanções aos participantes, aos financiadores e, inclusive, àqueles agentes públicos que, por omissão ou ação, contribuíram para tais fatos.

O FBOMS, seus integrantes, organizações e alianças que subscrevem esta Nota,  também reafirmam o compromisso com a democracia participativa e declaram a expectativa de que as lideranças governamentais do Brasil possam, apesar desses fatos, implementar políticas públicas que coloquem o país na retomada da superação da desigualdade social e econômica, da promoção da sustentabilidade e do respeito à justiça.

Democracia Sempre! Ditadura Nunca Mais!

Autor: Vitor Lauro Zanelatto | Revisão: Carolina Schäffer e Wigold B. Schäffer

#Oportunidade | Apremavi contrata estagiário

#Oportunidade | Apremavi contrata estagiário

#Oportunidade | Apremavi contrata estagiário

Se você tem interesse na causa ambiental e em atividades de geoprocessamento e planejamento de propriedades e paisagens, esse é o momento de trabalhar conosco!

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (APREMAVI) apresenta oportunidade de estágio remunerado, no âmbito do projeto Políticas, Práticas,
Transparência e Governança para Implementação do Código Florestal (Implantando o Código Florestal), que tem como objetivo geral reverter e reduzir a perda de florestas no Brasil.

Serão consideradas à vaga candidaturas de discentes cursando ensino superior em Agronomia, Gestão Ambiental, Ciências Biológicas, Engenharia Florestal, Engenharia Ambiental e/ou áreas afins. As atividades serão baseadas no escritório da Apremavi em Curiúva (PR). Serão recebidas propostas até o próximo dia 20/01/2023, através do e-mail edilaine@apremavi.org.br

+ Confira o Termo de Referência (TDR) com o detalhamento da oportunidade.

A Apremavi tem como princípios a equidade e a diversidade. Incentivamos profissionais de grupos minoritários (de origem e raça, étnicos, gênero, orientação sexual, sociais, culturais, etários, e físicos) a apresentar proposta.

Ajude a Apremavi: compartilhe essas oportunidades de trabalho com profissionais que você conheça.

Autor: Vitor L. Zanelatto.

Apremavi participa da Conferência Brasileira de Restauração Ecológica

Apremavi participa da Conferência Brasileira de Restauração Ecológica

Apremavi participa da Conferência Brasileira de Restauração Ecológica

O evento reuniu mais de 600 estudantes, pesquisadores, especialistas e atores da restauração, em uma programação de troca de saberes e experiências.

Realizada pela Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE) a cada dois anos, a Conferência Brasileira de Restauração Ecológica busca promover o debate e a exposição das principais pesquisas e inovações realizadas em solo brasileiro sobre o tema. Em 2022, o evento ocorreu entre 28 de novembro e 02 de dezembro de 2022, em Vitória (ES).

Nesta edição o tema da conferência foi “Restauração Multifuncional e Mudanças Climáticas”, buscando evidenciar o potencial da restauração para o combate à emergência climática e debater ações que façam com que a Década da Restauração de Ecossistemas, declarada pela ONU, seja de fato catalisadora de atividades de restauração.

O evento na capital capixaba oportunizou a apresentação dos avanços do Programa Reflorestar, iniciativa estadual apoiada pelo Banco Mundial que há mais de dez anos proporciona uma política de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Representantes do governo estadual e organizações do terceiro setor, que atuam na região, realizaram apresentações sobre como o Espírito Santo está avançando na restauração de áreas degradadas e aperfeiçoamento dos programas que buscam incentivar produtores rurais a serem protagonistas da restauração.

A Apremavi contou com a participação dos colaboradores Gabriela Goebel e Vitor Lauro Zanelatto, que participaram das principais plenárias do evento e também apresentaram dois dos cerca de duzentos trabalhos científicos aprovados para esta edição da conferência: ‘Diálogos pela Restauração – o caso do LUD Alto Vale’ e ‘Programa de Regularização Ambiental (PRA): entendimento de proprietários rurais nas regiões catarinenses do Alto Vale do Itajaí e Planalto Norte’, ambos devem ser publicados no anais da conferência.

Integrantes do Pacto Pela Restauração da Mata Atlântica reunidos na SOBRE 2022. Foto: Pacto. 

Na quinta-feira (01/12) foi realizada a Assembleia Ordinária de 2022 da SOBRE, onde foram apresentados os principais resultados da Sociedade no último ano. Entre eles: o lançamento da Vitrine da Restauração, a transformação da Aliança pela Restauração da Amazônia num capítulo da SOBRE e o fortalecimento institucional do coletivo, que agora conta com uma Secretaria Executiva. Durante as mais de 120 palestras que ocorreram na programação da conferência, algumas discussões ganharam destaque:

 
Diversidade nos espaços de debate

É preciso que os espaços de debate e liderança sejam mais diversos, valorizem os povos originários e as populações tradicionais, promovam a equidade de gênero e valorizem os diferentes saberes, imprescindíveis para promover restauração.

 
A oportunidade única que o Brasil possui

Depois de anos distante dos debates globais sobre Meio Ambiente e emergência climática, o país poderá avançar na promoção de políticas nacionais e implementar uma cadeia de restauração colaborativa entre órgãos públicos, iniciativa privada e o terceiro setor.

 
Novas áreas para a restauração e articulações locais 

Um dos grandes desafios para a agenda da restauração avançar consiste em identificar e articular novas áreas para a restauração, majoritariamente em propriedades privadas. Essas atividades dificilmente são previstas em projetos e ainda pouco valorizadas por financiadores.

A Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica

Fundada em 2014, em Antonina, Paraná, durante uma oficina de trabalho da Rede Brasileira de Restauração Ecológica (REBRE), a SOBRE trabalha para disseminar o conhecimento científico e as melhores práticas para orientar e informar os processos locais, regionais e nacionais de tomada de decisões, políticas públicas e legislação relacionadas com a restauração ecológica.

Tem como meta alcançar ampla representatividade entre as universidades, os institutos de pesquisa, as empresas de consultoria, as ONGs, as organizações ligadas à extensão rural e florestal e o setor privado, além de englobar todas as regiões, biomas, ecossistemas e as partes interessadas na restauração de ecossistemas no Brasil.

> Saiba mais

Autor: Vitor Lauro  Zanelatto
Revisão: Thamara Santos Almeida

Apremavi desenvolve parceria com o IFC para reprodução de xaxim-bugio

Apremavi desenvolve parceria com o IFC para reprodução de xaxim-bugio

Apremavi desenvolve parceria com o IFC para reprodução de xaxim-bugio

No âmbito do projeto +Floresta, três espécies da Mata Atlântica têm destaque para a restauração da vegetação nativa da Floresta Ombrófila Mista, no Oeste de Santa Catarina: araucária (Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze), imbuia (Ocotea porosa (Nees & Mart.) Barroso) e o xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana Hook.).

Essas espécies-alvo serão consorciadas juntamente com outras espécies nativas da Mata Atlântica e de ocorrência na região de abrangência do projeto para o trabalho de restauração de uma área de 260 ha. A ação contribuirá com a proteção e recuperação de espécies e habitats, como forma de restaurar e conservar a biodiversidade nos ecossistemas.

Contudo, um dos grandes desafios no desenvolvimento do projeto é a produção e reprodução do xaxim-bugio, uma vez que os trabalhos de pesquisa visando a produção em escala de mudas da espécie são escassos. Além disso, o xaxim-bugio demanda habitat e condições específicas para que a reprodução ocorra, demandando técnicas que não são usuais em viveiros de mudas.

Visando preencher esta lacuna de conhecimento, o Instituto Federal Catarinense (IFC) Câmpus de Rio do Sul e a Apremavi firmaram parceria com o objetivo de pesquisar a reprodução de D. sellowiana. A iniciativa foi da Agrosul – soluções agronômicas, empresa júnior formada por acadêmicos do câmpus, que buscou a Apremavi para entender as demandas da instituição e compreendeu a dificuldade na produção em larga escala do xaxim-bugio.

Sob a coordenação da professora Dra. Denise Fernandes, a pesquisa intitulada “Propagação in vitro de esporófitos de xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana) a partir de esporos de populações naturais visando a restauração florestal” vem sendo desenvolvida no laboratório de Biotecnologia Vegetal do campus, com apoio dos estudantes Adriel Schneider, Eduardo Hellman e Samuel Tiggemann, além de Ricardo kozoroski Veiga, coordenador da empresa júnior Agrosul Soluções. 

Exemplar de xaxim-bugio adulto. Foto: Arquivo Apremavi.

A primeira etapa da pesquisa está voltada ao desenvolvimento e aplicação de um protocolo de introdução in vitro de esporos de D. sellowiana para germinação, produção de mudas e aclimatação das plantas, por meio da aplicação de técnicas de cultura de tecidos vegetais.

A segunda etapa está sendo executada no Viveiro da Apremavi, onde foi construída uma estufa apropriada para receber as primeiras mudas, visando testar protocolos e técnicas para o seu desenvolvimento e aclimatação, para posterior plantio em campo.“A efetivação das mudas visará a diminuição do risco de extinção da D. sellowiana, é possível dizer que a pesquisa é pioneira no Brasil, as primeiras mudas produzidas in vitro já foram disponibilizadas a Apremavi”, relata Eduardo.

Para a coordenadora do projeto, Edilaine Dick, “A pesquisa é um grande ganho para a ciência e para a conservação da espécie, pois até o momento não foram encontrados estudos que evidenciem a produção de mudas de xaxim em viveiros, bem como o plantio e reprodução em campo”.

A parceria entre a Apremavi e a Academia evidencia a importância das universidades públicas para o desenvolvimento de novas tecnologias e para o progresso da agenda sustentável no país. A pesquisa realizada pelo IFC Rio do Sul aos poucos se transformará em novas florestas e permitirá que uma das mais ameaçadas espécies da Mata Atlântica seja reintroduzida em seu habitat.

Em Destaque: Equipe responsável pela execução da pesquisa apresenta as primeiras mudas de xaxim-bugio produzidas no laboratório. Fotos: Edilaine Dick. 

O Projeto +Floresta

O projeto é financiado pelo Ibama através do Acordo de Cooperação Técnica nº 34/2021 e supervisionado pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina, pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pela Justiça Federal de Santa Catarina, na forma da ação n° 5001458-53.2017.4.04.7200/SC.

As ações previstas buscam o enriquecimento, expansão e conexão de fragmentos existentes e a formação de novas florestas, contribuindo para melhorar a conectividade na paisagem, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, favorecer a manutenção da biodiversidade, proteger o solo e os recursos hídricos e assegurar o bem-estar das populações humanas.

Será desenvolvido ao longo de oito anos, de 2022 a 2030, no município de Abelardo Luz, em Santa Catarina, sendo que as unidades de implantação estão localizadas nas Reservas Legais de sete Projetos de Assentamento (PAs) da Reforma Agrária.

> Saiba +

Autores: Edilaine Dick, Eduardo Hellmann e Marluci Pozzan
Revisão: Thamara Santos de Almeida e Vitor Lauro Zanelatto

Apremavi é parceira oficial da Década da Restauração das Nações Unidas

Apremavi é parceira oficial da Década da Restauração das Nações Unidas

Apremavi é parceira oficial da Década da Restauração das Nações Unidas

Restaurar Ecossistemas da Mata Atlântica é uma realidade no dia-a-dia da Apremavi desde que a instituição foi fundada, em 1987; não à toa, agora a Apremavi se torna parceira oficial das Nações Unidas para a Década da Restauração (2021 – 2030).

Ao lado de parceiros como a Plant for the Planet e a SOS Mata Atlântica, a Apremavi apresenta seus mais de 35 anos de experiência em conservação e restauração e se une às Nações Unidas, como Supporting Partner, para fortalecer a proteção e revitalização dos ecossistemas em todo o mundo, em benefício das pessoas e da natureza, visando deter a degradação dos ecossistemas e restaurá-los para atingir objetivos globais.

O movimento, liderado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO), surge da necessidade de união e esforços em todos os países, cidades e comunidades para enfrentar a atual realidade onde diversas crises colocam em cheque a justiça, o direito à saúde e ao meio ambiente equilibrado. A Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas é uma chance de restabelecer o mundo natural que nos sustenta.

Miriam Prochnow, conselheira e fundadora da Apremavi, recebe a notícia com entusiasmo e muita satisfação: “ser reconhecida como parceira das Nações Unidas é uma chance de verdadeiramente implementar a Década no Brasil e dar escala à restauração; a Mata Atlântica é nossa casa e todos os esforços para conservar e restaurar esse riquíssimo Bioma são valiosos e extremamente necessários”, comenta Miriam.

A contribuição da Apremavi

A Apremavi já ajudou a criar e implantar várias Unidades de Conservação e executa projetos de restauração de áreas degradadas em Santa Catarina, no Paraná e em São Paulo, tendo expertise na produção de mudas nativas da Mata Atlântica. É do Viveiro Jardim das Florestas que saem anualmente 1 milhão de mudas nativas de até 200 espécies diferentes da Mata Atlântica para os plantios de restauração. Ao todo a Apremavi estima que já produziu e plantou 9 milhões de árvores.

Também participou ativamente da construção da Lei da Mata Atlântica, que conferiu ao bioma proteção única e inédita no país, e das discussões sobre o novo Código Florestal, aprovado em 2012 e que, se implementado, pode alavancar os esforços de restauração nos estados.

E para fortalecer ações e dar escala para a restauração dos ecossistemas no nível das paisagens, compõe redes como o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, a Rede de ONGs da Mata Atlântica e a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

“Uma das metas que temos como parceiros oficiais da Década é de produzir e plantar três milhões de novas árvores até 2025”, comenta Carolina Schäffer, Vice-presidente da Apremavi.

Antes, em 1997, e depois, em 2021, de propriedade restaurada pela Apremavi em Atalanta (SC). Fotos: Acervo Apremavi.

Muito além da Restauração

A mobilização para a restauração começa na educação ambiental e na conscientização da população. Nesse sentido, a Apremavi, além de colocar a mão na massa produzindo e plantando árvores, também desenvolve atividades de educação ambiental e campanhas de conscientização nas suas redes para impulsionar a luta por um futuro sustentável. Veja exemplos de atividades desenvolvidas recentemente:

 

+ Curta | A restauração transforma paisagens e pessoas

Lançado em dezembro de 2021, o curta animado “A restauração transforma paisagens e pessoas” é um filme de 3:55 minutos produzido pela Apremavi que tem como principal público crianças e adolescentes e que contou com ilustrações dos artistas Skopien e Vitor Sá e teve seu roteiro escrito por Carolina Schaffer e Miriam Prochnow.

+ Série | Mulheres que Restauram

Em 2021, o Dia da Terra marcou o lançamento da série Mulheres que Restauram, produzida pela Apremavi com o apoio do GT de Gênero e Clima do Observatório do Clima para tornar conhecida a história das mulheres brasileiras protagonistas do trabalho promovendo a recuperação das paisagens no Brasil e que são exemplo para gerações atuais e futuras.

+ Campanha | Conservação e Restauração andam juntas

No Dia da Mata Atlântica, 27 de maio de 2021, com ilustrações do artista Vitor Sá, a Apremavi lançou a campanha “Conservação e Restauração andam juntas” para mostrar que os dois processos são colaborativos e complementares e, se pensados de forma conjunta, mais eficientes.

Conservação e Restauração andam juntas
10 anos para restaurar o nosso planeta

Uma década pode soar como muito tempo, mas cientistas dizem que os próximos dez anos são os que mais contam na luta para evitar a mudança climática e a perda de milhões de espécies.

Por isso, todos estão convidados a participar da Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas, sobretudo as organizações que podem se candidatar como parceiras oficiais assumindo compromissos de longo prazo.

Conheça dez ações da estratégia que podem fazer de você e da sua organização mais uma voz ativa na construção de uma #GeraçãoRestauração:

1. Empoderar um movimento global;
2. Financiar a restauração no território;
3. Estabelecer os incentivos corretos;
4. Celebrar a liderança;
5. Mudar comportamentos;
6. Investir em pesquisa;
7. Desenvolver capacidades;
8. Celebrar uma cultura de restauração;
9. Construir a próxima geração;
10. Ouvir e aprender.

Autores: Carolina Schäffer e Vitor L. Zanelatto.
Revisão: Miriam Prochnow.

Eleições: oportunidade para construir o país que queremos

Eleições: oportunidade para construir o país que queremos

Eleições: oportunidade para construir o país que queremos

O território que abriga parte da maior floresta tropical do mundo, que registra uma biodiversidade incomparável e tem potencial para liderar as mudanças na economia global para o combate à emergência climática, se chama Brasil. Votar no segundo turno das eleições será uma oportunidade para construirmos o país que queremos.

Neste próximo domingo o povo brasileiro irá decidir qual o destino da nação. As duas candidaturas que estão no segundo turno da disputa apresentam propostas cristalinas para o futuro: continuaremos como nos últimos anos, trilhando a atual rota para o colapso; ou iremos dar o primeiro passo para que o Brasil sociobiodiverso, plural, democrático e sustentável, há tanto tempo idealizado e que se tornou um sonho distante, comece a ser construído.

Os programas das candidaturas que estão no segundo turno são incomparáveis, porque não há propostas equivalentes a serem comparadas. A candidatura liderada por Lula e Alckmin, apoiada por uma frente ampla de lideranças de diferentes partidos e setores da sociedade civil organizada, incluindo cientistas, juristas, economistas, artistas, empresários e tantos outros, é simbolizada pela reconstrução das políticas de inclusão social, retorno das estratégias para o fomento à agricultura familiar, recuperação dos órgãos de controle e fiscalização ambiental, retorno da titulação e demarcação de terras para os povos tradicionais e indígenas.

Lula e Alckmin pretendem também retomar o bem sucedido plano de combate ao desmatamento que reduziu o desmatamento na Amazônia em mais de 80% e promoveu a criação de dezenas de novas Unidades de Conservação, que totalizaram 26 milhões de hectares, ações essas implementadas em suas gestões anteriores, e que representam o compromisso em proteger as florestas e defender a reputação do Brasil como líder ambiental.

A candidatura de Lula e Alckmin se comprometeu com o documento Brasil 2045 – Construindo uma potência ambiental, elaborado pelo Observatório do Clima, uma rede da qual a Apremavi faz parte e que reúne 73 organizações da sociedade civil. As propostas para a reconstrução do país a partir de 2023 se dividem em oito temas principais: política climática e acordos internacionais; prevenção e controle do desmatamento; bioeconomia e atividades agrossilvopastoris; justiça climática; energia; biodiversidade e áreas costeiras; indústria e gestão urbana; governança e financiamento da política ambiental nacional.

“A política ambiental será tratada de forma transversal. Ou seja, todos os ministros terão obrigação com a questão climática. Não é o ministro do Meio Ambiente o único responsável, a política será responsabilidade de todos, do presidente ao ministério menor”. – Lula, ao receber um conjunto de 26 compromissos de “resgate atualizado da agenda socioambiental brasileira”, ainda antes do primeiro turno das eleições. Veja mais. 

Por outro lado, o atual presidente do país e candidato à reeleição é antagônico às propostas relativas à sustentabilidade e proteção da biodiversidade. Tem como legado até aqui o incentivo ao desmatamento e mineração, cumpriu sua promessa de não demarcar qualquer Terra Indígena, e liberou uma centena de agrotóxicos, muitos proibidos em outros países. Seus anos no Planalto entraram para a história como os piores para as políticas ambientais.

A Sociedade Civil, sem espaço para participação ativa nas políticas públicas e com assentos reduzidos nos principais colegiados participativos, acompanhou com desgosto décadas de trabalho serem reduzidas a pó e viu crescer o ódio e as agressões contra os ativistas. Bolsonaro também é responsável pela completa negligência com as chamas que arderam no Pantanal e na Amazônia e por exonerar Ricardo Galvão, ex-diretor do INPE, por se sentir incomodado com os dados que evidenciaram o aumento do desmatamento em sua gestão.

Após combater retrocessos diuturnamente por mais de três anos, acreditamos que chegou a hora do Brasil retomar seu rumo e protagonismo de potência ambiental diante do mundo. Precisamos ter um presidente comprometido com a vida de todas as espécies, que coloque um freio na liberação de agrotóxicos cancerígenos, na venda de armas, na liberação da caça aos animais silvestres e na desconstrução dos parques nacionais. Precisamos evitar o risco do Brasil sofrer novos embargos e sanções econômicas por conta do catastrófico cenário ambiental promovido nos últimos quatro anos, prejudicando a economia e a qualidade de vida de milhões de brasileiros.

As tomadas de decisão da Apremavi são pautadas na democracia, igualdade e diversidade, conforme prevê a Carta de Princípios da instituição. Sem democracia plena, independência entre os Poderes, atuação efetiva das instituições e confiança da sociedade no Estado brasileiro não será possível avançar no desenvolvimento sustentável e na promoção de justiça climática.

Em observância ao compromisso histórico da Apremavi em preservar, defender e proteger o meio ambiente e todas as formas de vida, alertamos para a importância de elegermos um Presidente comprometido com a vida e a verdade, com um histórico de preservação e com apoio majoritário de ambientalistas, cientistas e de todos os protetores da floresta. A escolha é livre, não é difícil, e cabe a cada um, diante das realizações pretéritas e das propostas colocadas para o futuro.

Sempre defenderemos a democracia, todas as formas de vida e as florestas. Por isso, neste domingo, recomendamos um voto na oportunidade em fazer com que o Brasil seja coerente com sua vocação: sustentável, biodiverso e comprometido com a vida de todas as espécies.

Ipês-amarelos em floração, Brasília. Fotos: Wigold B. Schäffer. 

Revista Nature publica editorial sobre eleições brasileiras

Um artigo assinado pela pesquisadora Luciana Gatti para a revista Nature demonstra que os dois primeiros anos de governo de Bolsonaro provocaram na Amazônia um efeito equivalente ao evento extremo de grandes proporções El Niño. Segundo a pesquisa, em 2019 e 2020, as emissões de dióxido de carbono, o CO2, um dos principais gases de efeito estufa, dobraram na região devido ao enfraquecimento dos órgãos de fiscalização ambiental, o que teria resultado em um aumento no desmatamento e degradação, entre outros fatores.

Em editorial publicado nesta semana, a Nature também defendeu o voto em Lula e Alckmin, e destacou que “um segundo mandato para Jair Bolsonaro representaria uma ameaça à ciência, à democracia e ao meio ambiente“. O texto evidencia a consciência da comunidade internacional dos ataques de Bolsonaro à ciência, ilustrado pela recusa das ofertas da Pfizer e resistência para a compra de vacinas durante a pandemia, assim como o contínuo estrangulamento do orçamento para universidades e institutos de pesquisa e interferência da autonomia universitária. Confira um fragmento do editorial:

“Nenhum líder político se aproxima de algo como perfeito. Mas os últimos quatro anos do Brasil são um lembrete do que acontece quando aqueles que elegemos desmantelam ativamente as instituições destinadas a reduzir a pobreza, proteger a saúde pública, impulsionar a ciência e o conhecimento, salvaguardar o meio ambiente e defender a justiça e a integridade das evidências. Os eleitores do Brasil têm uma oportunidade valiosa de começar a reconstruir o que Bolsonaro derrubou. Se Bolsonaro tiver mais quatro anos, o dano pode ser irreparável”.

Observatório do Clima escancara a destruição promovida pelo atual governo

Nas últimas semanas, o Observatório do Clima (OC) mobilizou suas mídias sociais para divulgar as principais “boiadas” que o governo Bolsonaro promoveu. Agressões às Unidades de Conservação, desmonte das políticas de fiscalização e autuações por crimes ambientais e desprezo por qualquer agenda climática são apenas alguns dos fatídicos exemplos.

“O atual presidente sequer tenta disfarçar o desprezo pelo meio ambiente, o negacionismo das mudanças climáticas e a aversão aos povos originários. Se você se preocupa com o que será do Brasil caso ele seja reeleito, compartilhe essas informações nas suas redes para que mais pessoas entendam as consequências de mais um (des)governo como esse”, OC via Instagram.

Confira alguns fatos que comprovam o desprezo de Bolsonaro pelo Meio Ambiente:

Clipping com algumas manifestações da Sociedade Civil
Manifesto pela Democracia e Sustentabilidade

Centenas de brasileiros e brasileiras lançaram um manifesto pela Democracia e o desenvolvimento com sustentabilidade e diálogo. Confira:

Aos Brasileiros e Brasileiras, um chamamento em nome da Democracia, do desenvolvimento com sustentabilidade e do diálogo.

Entendemos a gravidade do momento pelo qual passa o Brasil. A eleição presidencial deste ano é diferente de todas as que vivemos até hoje, pois nela se joga a sobrevivência da democracia brasileira. Sem democracia o Brasil não será confiável e sem confiança não haverá investimentos, emprego, crescimento e nem liberdade. Nossas exportações, principalmente do agronegócio, serão duramente afetadas. Em resumo, todos perdem e perde a natureza.

Neste momento histórico 135 brasileiras e brasileiros – agricultores, cientistas, artistas, professores, empresários, ambientalistas, advogados, engenheiros, biólogos, geógrafos, jornalistas, microempreendedores, médicos, enfermeiros, arquitetos, procuradores, economistas, sociólogos, antropólogos, historiadores, filósofos, administradores, estudantes, jovens, adultos e idosos, pessoas de diferentes ideologias – apresentam à sociedade este Manifesto aos Brasileiros e Brasileiras em busca da unidade e da construção da Frente Ampla pela DEMOCRACIA e retomada do desenvolvimento com sustentabilidade.

O Brasil é o quinto maior país do mundo, aquele que detém a maior floresta tropical do mundo, o maior volume de água doce do mundo e a maior biodiversidade do mundo. Infelizmente, nos últimos 4 anos temos um governo que estimulou e promoveu a degradação ambiental e o desmantelamento das instituições democráticas, promoveu o ódio, o aumento da pobreza e da fome e aumentou o desmatamento em mais de 70% na Amazônia e também nos outros biomas.

Por isso, mesmo que nossas posições políticas sejam divergentes, nos unimos em três pontos fundamentais: a defesa da democracia, o desenvolvimento com sustentabilidade e a abertura ao diálogo. Estes pontos nos levam a votar em Lula neste segundo turno de 2022.

Conclamamos a você que reflita sobre a gravidade deste momento, venha juntar-se a nós e ajude a salvar o Brasil da barbárie, do obscurantismo, do ódio e da destruição da natureza.

Veja quem já assinou, assine você também e compartilhe com seus amigos e amigas para que também o assinem.

Depoimento
Nosso voto é para proteger a vida

Posicionamento da Agapan sobre o segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Avaliamos que, mais do que eleger um governante, neste momento estamos definindo o nosso futuro. A nossa decisão há de repercutir pelas próximas décadas. Entre tantas questões sociais e ambientais, as mudanças climáticas se colocam como mais urgentes e impõem que tenhamos estratégias para enfrentarmos o que vem pela frente, resistindo e, ao mesmo tempo, tentando reverter este processo degradante que abala o mundo todo, ainda que alguns negacionistas do clima continuem tentando esconder. Quando olhamos para os fenômenos extremos que estão acontecendo pelo mundo, concluímos que o momento é dramático e pode piorar. E não é de agora que alertamos para isso.

O atual modelo não tem futuro e nossos filhos vão ter que pagar a conta e vão nos amaldiçoar por isso”, já dizia José Lutzenberger.

> Veja o posicionamento na íntegra

Vote pelo Pantanal. Vote pela Democracia.

Posicionamento da Ecoa – Ecologia e Ação sobre o segundo turno e a relação com o Pantanal.

Nos últimos quatro anos, vivenciamos no Pantanal o cotidiano da violência, do medo, da fragilização das políticas ambientais e de proteção social, particularmente aquelas dirigidas para os assentados, os pescadores artesanais e as famílias que vivem ao longo dos rios. Os devastadores incêndios de 2020 têm relação direta com a falta de recursos para o trabalho efetivo de fiscalização, prevenção e o combate direto. Fiscalizar foi uma palavra que desapareceu do dicionário dos órgãos públicos federais.

(…) Como organização ambientalista, consideramos que os compromissos públicos de Lula com políticas de proteção ambiental, somadas ao apoio da ex-ministra Marina Silva em bases programáticas, são garantias de que poderemos estabelecer novas condições no trato dos imensos bens naturais do País“.

> Confira o texto completo

Manifesto da Rede de ONGs da Mata Atlântica.

O acirramento da crise ambiental decorrente das nefastas políticas do atual governo federal tem acentuado sobremaneira o nível de vulnerabilidade de nossa população aos efeitos cada vez mais intensos e recorrentes das mudanças climáticas. É pela reversão desse quadro atual, com o restabelecimento de uma convivência social pacífica e respeitosa, que poderemos avançar na consolidação da democracia brasileira, condição essencial para que possamos seguir defendendo e protegendo nossa enorme diversidade socioambiental.

Entendemos que nesse segundo turno das eleições presidenciais não há espaço para omissão, e como representação de uma Rede de Organizações comprometidas com a defesa e recuperação da Mata Atlântica externamos o apoio a Chapa Lula/Alckmin.

> Confira o documento

Autores: Vitor Zanelatto, Carolina Schaffer, Wigold Schäffer e Thamara S. de Almeida.
Foto de capa: Ipês do jardim do Palácio do Planalto, Brasília. Foto: Wigold B. Schäffer.

Apremavi é uma das 100 Melhores ONGs de 2022

Apremavi é uma das 100 Melhores ONGs de 2022

Apremavi é uma das 100 Melhores ONGs de 2022

Finalistas nas categorias especiais serão anunciados neste sábado, 22 de outubro, durante o Festival Internacional de Inovação Social.

O Prêmio Melhores ONGs acaba de anunciar as 100 organizações brasileiras do terceiro setor vencedoras em 2022 e a Apremavi é uma delas. Na lista, que já está disponível no site da iniciativa, é possível conhecer o nome das organizações reconhecidas por suas boas práticas em quesitos como governança, transparência, comunicação e financiamento.

A divulgação das organizações eleitas neste ano foi realizada pelo jornal Folha de São Paulo hoje (21/10). O Prêmio Melhores ONGs é realizado desde 2017, num esforço coletivo do Instituto O Mundo que Queremos, pelo Instituto Doar e pelo Ambev VOA, com apoio de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Instituto Humanize e da Fundação Toyota do Brasil.

Os destaques nas categorias especiais serão conhecidos durante a cerimônia oficial de premiação, que este ano volta a ser presencial e já está marcada para o dia 25 de novembro, no Unibes Cultural, em São Paulo. Além das 100 melhores, serão premiadas as melhores ONGs por estado, causa, as dez melhores de pequeno porte e a melhor entre elas.

“A lista das 100 Melhores ONGs é uma homenagem às organizações que conseguiram atingir o grau mais alto de gestão e eficiência para ajudar a sociedade em suas causas. Elas são feitas de pessoas que tiveram a determinação e a liberdade para atuar em prol de uma causa justa”, afirma Alexandre Mansur, diretor de projetos do O Mundo Que Queremos. Ele ressalta que, essas organizações, com sua diversidade de áreas de atuação, mostram o papel fundamental que os cidadãos têm numa democracia para se reunir e atuar para melhorar a sociedade e o meio ambiente.

Carolina Schaffer, vice-presidente da Apremavi, comenta com alegria o resultado: “sabemos que hoje o Brasil tem mais de 800 mil organizações não-governamentais e, diante desse universo, ser reconhecida como uma das 100 melhores é um resultado incrível que mostra que o trabalho desenvolvido pela Apremavi nos últimos 35 anos tem consistência. Estamos muito felizes e também confiantes com o anúncio da Melhor ONG de 2022 no dia 25 de novembro.”

O reconhecimento do Prêmio Melhores ONGs 2022 reflete os 35 anos de atuação diuturna da Apremavi para a preservação do Meio Ambiente e da Vida. 

Finalistas serão anunciadas no Fiis

Este ano, o Prêmio Melhores ONGs também vai participar do Fiis – Festival Internacional de Inovação Social, que acontece no dia 22 de outubro, às 10h30, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo. Durante o evento, a iniciativa Prêmio Melhores ONG reuniu organizações para uma conversa sobre o que está sendo feito para estimular as doações no Brasil.

Na ocasião, além da entrega de troféus aos selecionados, serão anunciadas as finalistas das categorias especiais. Também será lançada, oficialmente, a tradicional plataforma para ajudar as 100 organizações que foram destaque a captar doações. A ferramenta possibilita que qualquer pessoa doe online diretamente para qualquer uma das 100 ONGs vencedoras.

“Se as pessoas não doavam porque não sabiam para quem doar, agora não tem mais desculpa”, afirma Marcelo Estraviz, diretor do Instituto Doar, um dos organizadores do Prêmio. “Estamos felizes de poder voltar ao presencial e celebrar juntos”, completa.

 

O Prêmio

Desde 2017, o Prêmio Melhores ONGs reconhece o trabalho fundamental prestado pelas instituições não-governamentais no Brasil e também funciona como um farol para orientar doações. Além disso, incentiva boas práticas, contribuindo também para a melhoria na gestão de todas as participantes, incluindo as que não são premiadas, que também recebem um feedback detalhado da avaliação.

 

Autora: Miriam Prochnow.
Revisão: Vitor Zanelatto.
Foto de Capa: Antes e Depois em área restaurada pela Apremavi, em Atalanta (SC). Crédito: Arquivo Apremavi.

Celebramos as educadoras e defensoras da agrobiodiversidade

Celebramos as educadoras e defensoras da agrobiodiversidade

Celebramos as educadoras e defensoras da agrobiodiversidade

Nas salas de aula, em atividades no campo no interior das cidades, em aldeias ou mesmo nos viveiros de produção de mudas nativas para a restauração. Não há limites para que trocas de saberes ocorram e, através delas, possamos ensinar e aprender.

Este sábado (15/10) é momento oportuno para destacar a atuação dos professores e de todas as educadoras para a promoção de uma consciência ambiental genuína, o primeiro ato para as mudanças individuais e coletivas em prol do Planeta. Instituído em 1963 pelo então Presidente da República, celebra-se hoje o Dia do Professor, no intuito de valorizar o papel dos profissionais da educação no desenvolvimento de cidadãos e da Nação, tornando-a mais igualitária, justa, sustentável e democrática.

Também é o Dia Internacional das Mulheres Rurais, data instituída pela ONU em 1995, com a proposta de elevar a consciência mundial sobre o papel da mulher do campo. Embora pouco conhecida no Brasil, essa celebração tem profunda relevância, já que as mulheres constituem 40% da mão de obra agrícola nos países em desenvolvimento [Organização Internacional do Trabalho – OIT]. A promoção da equidade de gênero no campo e em outros ambientes de trabalho ainda é um grande desafio em nosso país, e por isso o tema deve ser uma prioridade.

Embora seja coincidência, as duas efemérides se encontram nas iniciativas da Apremavi. O apoio de professores e produtoras rurais é essencial para as atividades de educação ambiental, como a realização de palestras e debates, plantios em áreas de restauração e visitas em propriedades que são exemplos de planejamento de uso do solo. Essas classes também ajudam a construir as publicações da instituição e integram as redes e coletivos que a Apremavi co-lidera para a promoção de consensos e soluções sustentáveis.

Camponesa e filhos plantando uma muda nativa em um assentamento de SC, 2021.
Foto: Gabriela Schäffer.

Educadoras e camponesas se destacam pela promoção de conhecimentos, dialogando, entendendo realidades do território e cativando outras pessoas. A Apremavi acredita que todas as pessoas podem ser transformadoras da realidade, florescendo seus conhecimentos e compartilhando sementes de esperança ao longo da floresta, tornando-a ainda mais diversa; assim, como um Ipê-amarelo faz.

Já na década de 1960 Paulo Freire, patrono da educação brasileira e o terceiro pensador mais citado do mundo em universidades da área de humanas [London School of Economics] indicava o caminho para a construção de uma educação libertadora e (bio)diversa. É com um trecho de sua obra que homenageamos as educadoras e mulheres do campo do Brasil:

“O conhecimento exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica invenção e reinvenção. Reclama a reflexão crítica de cada um sobre o ato mesmo de conhecer, pelo qual se reconhece reconhecendo e, ao reconhecer-se assim, percebe o ‘como’ de seu conhecer e os condicionamentos a que está submetido seu ato.
A educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é a transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados”
.
Adaptado de ‘Extensão ou Comunicação?’ – Paulo Freire.

Para Inspirar

A Apremavi selecionou histórias que evidenciam os resultados de genuínas trocas de conhecimento, que reconheçam e valorizem os saberes plurais, as particularidades e diferentes formações socioculturais. Na escola ou no campo, essas características que representam o povo brasileiro e precisam ser consideradas nas ações que se propõem serem educativas:


Mão na terra, bosque na escola

Conheça a atuação de educadores de Atalanta (SC) na implantação de um Bosque de Heidelberg na Escola Municipal de Ensino Fundamental do Ribeirão Matilde, em Atalanta (SC). O bosque foi plantado há mais de 20 anos e é um dos locais favoritos dos alunos, onde eles realizam atividades de lazer e também atividades curriculares. A unidade escolar do interior de Atalanta desenvolve vários projetos de educação ambiental e se destaca por valorizar os conhecimentos e a realidade do território para as atividades educativas. Conheça a escola.

Diálogo do Uso do Solo na Universidade

A partir do contato com o Diálogo do Uso do Solo (LUD) no Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina a professora Luciane Consta, do IFSC Lages, teve a ideia de inserir em suas aulas o compartilhamento da experiência brasileira e catarinense no uso do LUD para o planejamento do território. Cerca de trinta alunos de pós-graduação do IFSC, de vários estados brasileiros (MA, MG, PA, PR, RJ, RS, SC e SP), tiveram acesso a uma formação sobre a metodologia, que valoriza as particularidades e aspectos socioambientais do território para o planejamento territorial. Saiba mais sobre essa iniciativa.

Agricultoras e a construção da Agroecologia

Agricultoras familiares, indígenas, quilombolas que promovem a defesa da agrobiodiversidade ao longo do Brasil e inspiram a resistência são algumas das vencedoras do prêmio “A história que eu cultivo” da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). Conheça a história.

#MulheresRurais, Mulheres com Direitos

O compilado “#MulheresRurais, Mulheres com Direitos”, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e à Agricultura (FAO) no Brasil, traz a história de mulheres rurais diversas que atuam em áreas distintas como a agricultura, o extrativismo, a pesca e a pecuária de todos os cantos do país. Elas participaram da campanha “15 dias de ação para iniciativas transformadoras na vida de mulheres rurais” desenvolvida em outubro de 2020. Veja aqui.

Autor: Vitor Lauro Zanelatto.

Foto de capa: Joscimar Santin, protagonista do sexto episódio da Série ‘Mulheres que Restauram’ e uma colega plantando sementes de araucária no assentamento Filhos do Contestado. Foto: Arquivo Apremavi.

Diálogo Florestal realiza encontro para planejar atuação nos próximos anos

Diálogo Florestal realiza encontro para planejar atuação nos próximos anos

Diálogo Florestal realiza encontro para planejar atuação nos próximos anos

O Encontro Nacional de 2022 do Diálogo Florestal ocorreu em Curitiba, entre os dias 20 e 21 de setembro, e foi marcado pela formulação de um novo planejamento estratégico.

Cerca de trinta representantes dos fóruns regionais, Conselho de Coordenação e do Comitê Executivo estiveram reunidos para revisar os princípios e missão que orienta a atuação do Diálogo Florestal, além de propor novas metas e atividades para os próximos cinco anos. Na oportunidade, também foi definida a visão de futuro (2030) da iniciativa, em consonância com a Década para a Restauração de Ecossistemas, que ocorre no mesmo período e tem apoio do Diálogo Florestal.

Após dois anos de encontros realizados totalmente online, essa edição contou com participantes reunidos presencialmente e outros à distância, através de ferramentas digitais. A pluralidade de perspectivas e territórios representados no encontro trouxeram sugestões para o aprimoramento das atividades nos próximos anos. Entre os anseios estão: continuar avançando na promoção da inclusão, influências na implementação das políticas públicas do setor florestal e influência para o desenvolvimento de estratégias que promovam a conservação da natureza. Essas e outras sugestões foram aprimoradas entre pares, com a sugestão de ações e caminhos para a execução.

Participantes do Encontro Nacional 2022. Foto: Divulgação – Diálogo Florestal. 

Desse modo, o Diálogo Florestal irá dispor de perspectivas aprimoradas para orientar suas atividades e continuar crescendo; evoluindo na representatividade dos personagens interessados no setor florestal no Brasil e catalisando a construção de soluções sustentáveis para o uso e conservação das paisagens.

Vitor Lauro Zanelatto, secretário executivo do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina (FF PR e SC) e integrante da equipe Apremavi, destaca a importância do evento: “O Diálogo Florestal já é uma iniciativa estabelecida no Brasil, respeitada e com inegável mérito para que o diálogo promova soluções no setor florestal. O tom desse encontro se deu pela busca de aprimoramentos. O futuro dessa iniciativa exemplar aos demais setores produtivos do Brasil deve estar no caminho da diversidade e da atuação constante em busca da sustentabilidade”, destaca.

Na oportunidade, o (FF PR e SC) também realizou a distribuição dos primeiros exemplares da cartilha “Paisagens Florestais e o Protagonismo das Mulheres”. A publicação apresenta ensaios de seis integrantes do Fórum Florestal que atuam em diferentes posições do setor, buscando a conservação dos recursos, a equidade de gênero, e a promoção de diálogos capazes de construir soluções.

O Diálogo Florestal
O Diálogo Florestal é uma iniciativa inédita e independente que facilita a interação entre representantes de empresas do setor de base florestal e organizações ambientalistas e movimentos sociais com o objetivo de construir visão e agendas comuns entre esses setores. Visa promover ações efetivas associadas à produção florestal, ampliar a escala dos esforços de conservação e restauração do meio ambiente.

A iniciativa reúne empresas, organizações da sociedade civil, instituições de ensino e pesquisa que participam dos Fóruns Regionais. Para deliberar sobre pautas nacionais o Diálogo Florestal realiza Encontros Nacionais, no máximo a cada dois anos.

Autores: Vitor Lauro Zanelatto.
Revisão: Thamara Santos de Almeida.

Gestores de parques catarinenses visitam Apremavi

Gestores de parques catarinenses visitam Apremavi

Gestores de parques catarinenses visitam Apremavi

Nos dias 24 e 25 de agosto gestores de Unidades de Conservação (UCs) Estaduais de Santa Catarina vinculados ao Instituto de Meio Ambiente (IMA) do Estado estiveram na Apremavi para uma visita técnica no Viveiro Jardim das Florestas e na Trilha da Restauração. Além das instalações da Apremavi, o grupo visitou a RPPN Serra do Pitoco e o PNM Mata Atlântica.

O propósito da visita foi trocar experiências com a equipe técnica da Apremavi sobre o processo de produção de mudas, os cuidados com um viveiro de espécies nativas e as etapas para construção de um viveiro. “Muitos parques e reservas aqui no estado tem uma demanda alta de mudas nativas para atender os projetos de restauração de áreas degradadas que ficam dentro das UCs; nossa ideia é criar viveiros próprios e também fomentar uma rede de viveiristas para suprir com esse passivo”, comenta Marcos Maes, gestor da Reserva Biológica Estadual do Sassafrás localizada em Doutor Pedrinho e Benedito Novo.

Além do interesse no trabalho dos viveiristas, também foram trocadas informações sobre os processos de coleta de sementes, os desafios do processo de restauração, sobre as diferentes metodologias de restauração que a Apremavi vem aplicando nos seus projetos, sobre o desafio do controle de espécies invasoras, bem como sobre maneiras de fortalecer os programas de visitação e educação ambiental desenvolvidos no âmbito das unidades.

Para o Gerente de Áreas Naturais Protegidas do IMA, Aurélio José de Aguiar, que já teve a oportunidade de visitar todas as UCs do estado, há coisas que precisam ser sentidas e vivenciadas; “O laboratório vivo da Apremavi é uma dessas coisas, todos que vem aqui saem com a absoluta certeza de que é possível fazer restauração na prática”, comenta Aurélio.

Gestores na Trilha da Restauração. Foto: Miriam Prochnow. 

Os gestores estão à frente das dez Unidades de Conservação Estaduais de Santa Catarina: o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, o Parque Estadual da Serra Furada, o Parque Estadual do Rio Canoas, o Parque Estadual do Rio Vermelho, o Parque Estadual Fritz Plaumann, o Parque Estadual das Araucárias, o Parque Estadual Acaraí a Reserva Biológica Estadual do Sassafrás, a Reserva Biológica do Aguaí, e a Reserva Biológica da Canela Preta.

O próximo passo é a formalização de uma parceria concreta entre a Apremavi e o IMA. “Para nós da Apremavi essa visita é um momento bastante oportuno para retomarmos o trabalho conjunto em prol da conservação dos ecossistemas naturais de Santa Catarina“, comenta Carolina Schäffer, vice-presidente da instituição. Ideia que é corroborada pelo Diretor de Biodiversidade e Florestas, Rogerio Rodrigues, que menciona a necessidade de uma parceria direta entre o IMA e a Apremavi: “precisamos de trabalho em conjunto, visão estratégica de futuro e de ações de longo prazo”.

Registros das visitas em diferentes espaços da Apremavi. Fotos: Miriam Prochnow. 

Autora: Carolina Schäffer
Revisão: Miriam Prochnow.

Novo Bosque de Heidelberg é plantado em Pouso Redondo

Novo Bosque de Heidelberg é plantado em Pouso Redondo

Novo Bosque de Heidelberg é plantado em Pouso Redondo

No dia 19 de agosto um novo Bosque de Heidelberg foi implementado na comunidade de Santa Rita em Pouso Redondo (SC). Ao todo foram plantadas 1.500 mudas de espécies frutíferas nativas numa área com plantio total e mais 1.000 mudas de erva-mate e palmito numa área de enriquecimento.

Leomar Andrade, proprietário da área, comenta que resolveu plantar árvores porque precisava cuidar da saúde: “Eu tive intoxicação por uso de agrotóxicos na lavoura de fumo, fui internado três vezes em menos de um mês. Esse episódio foi marcante e por conta disso resolvi começar a plantar alimentos orgânicos e a restaurar as áreas da minha propriedade. Plantamos as primeiras árvores há quatro anos e como sempre tive a ideia de fazer um corredor ecológico, resolvi ampliar a área plantada e proteger todas as nascentes que temos aqui”.

Além da equipe da Apremavi e do proprietário da área, acompanharam o plantio o Secretário de Desenvolvimento Rural de Pouso Redondo, Luiz Nelson Borghesan, e o estudante Thibault Vermeulen, da Universidade de Yale que trabalha com o Diálogo Florestal Internacional (The Forests Dialogue – TFD).

“Essa propriedade é um orgulho e um exemplo para o nosso município por ser uma das primeiras que é totalmente certificada para a produção de orgânicos. Esperamos agora ver os frutos do plantio que estamos fazendo hoje”, comenta o secretário Borghesan. O estudante de Yale partilha do sentimento de orgulho, já que acompanhava pela primeira vez na vida um mutirão de plantio: “Foi uma experiência muito bacana poder estar aqui hoje no meu último dia de estágio, sobretudo depois de ter podido acompanhar todo o processo de produção das mudas lá no Viveiro Jardim das Florestas”, comenta Thibault.

Fotos do plantio realizado na propriedade. Fotos: Carolina Schäffer e Vitor Zanelatto. 

O projeto Bosques de Heidelberg

Vencedor do 22 Prêmio Expressão de Ecologia (2022), a iniciativa é fruto da parceria teuto-brasileira entre a Apremavi e a Bund für Umwelt und Naturschutz Deutschland – BUND, que já realizavam intercâmbios e apoio mútuo nas ações desenvolvidas pela causa socioambiental. A iniciativa tomou forma em 1998, quando os primeiros bosques foram plantados no coração de Santa Catarina.

Na prática, a Apremavi promove a produção de mudas nativas da Mata Atlântica e o plantio em áreas públicas e privadas, identificadas como paisagens degradadas ou outras que apresentam as características necessárias para que uma floresta possa crescer. Na Alemanha, a BUND realiza junto aos alunos das escolas da cidade a captação de recursos para viabilizar os plantios em terras brasileiras, através da venda de alimentos, como cucas e panquecas, durante as feiras organizadas pela comunidade escolar, sobretudo na época das festas de final de ano.

Além dos plantios, desde 2008, é realizada bianualmente a ação “Der Regenwald kommt in die Klassenzimmer” (A Mata Atlântica vai às salas de aula) na qual representantes da Apremavi realizam em Heidelberg uma semana de palestras em todas as escolas que fazem parte do projeto. As palestras são ministradas em alemão, para estudantes de 09 a 17 anos (Ensino Fundamental e Médio), envolvendo a cada ano cerca de 600 alunos. A palestra aborda principalmente temas como a Mata Atlântica no Brasil, suas riquezas e belezas naturais e também os problemas e ameaças que afetam a sua biodiversidade.

 

Autora: Carolina Schäffer

Apremavi promove encontro para o diálogo pela restauração em SC

Apremavi promove encontro para o diálogo pela restauração em SC

Apremavi promove encontro para o diálogo pela restauração em SC

O “1º encontro dos projetos aprovados pelo Chamamento Público nº 02/2018 do IBAMA” aconteceu no auditório do Centro Ambiental Jardim das Florestas, sede da Apremavi em Atalanta (SC), no último dia 12/08/2022, em modo híbrido.

A intenção do encontro foi reunir representantes das organizações executoras de projetos aprovados no Chamamento Público nº 02/2018, realizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que visa a Restauração de populações da flora ameaçadas de extinção da Mata Atlântica em Santa Catarina.

Além disso, atores interessados nos projetos, como lideranças locais, representantes de organizações da sociedade civil e servidores públicos de órgãos e divisões ambientais marcaram presença. Representantes do IBAMA e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) sanaram dúvidas sobre os procedimentos e atividades administrativas previstas. Os diálogos entre os presentes também evidenciaram sinergias entre os projetos aprovados.

Na oportunidade, pesquisadores do Instituto Federal Catarinense – Campus Rio do Sul (SC) apresentaram resultados preliminares dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos em laboratório para a produção em escala de mudas de espécies nativas fastidiosas, como o Xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana Hook). As descobertas e procedimentos estabelecidos deverão fornecer mudas para as atividades de restauração.

O encontro foi liderado pela Apremavi por meio do Projeto +Floresta, aprovado no Chamamento. O projeto está sendo desenvolvido nos próximos oito anos no município de Abelardo Luz e as unidades de implantação estão localizadas nas Reservas Legais de sete Projetos de Assentamento (PAs) da Reforma Agrária. O objetivo é contribuir com a restauração da vegetação nativa na Floresta Ombrófila Mista, no Oeste de Santa Catarina, com o incremento de espécies vegetais ameaçadas de extinção como a araucária, a imbuia e o xaxim, ambas com histórico de intensa exploração no estado.

O encontro foi co-realizado pelo Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina (FF PR e SC). O Fórum Florestal é responsável por reunir empresas do setor florestal, empresas de consultoria, organizações da sociedade civil e academia para o debate e proposição de soluções para assuntos que dizem respeito à silvicultura e à conservação. O FF PR e SC acompanhou o processo de chamamento público e chancelou propostas das organizações que integram a iniciativa, como Apremavi, Vianei e Mater Natura.

O encontro foi realizado no Centro Ambiental Jardim das Florestas. Fotos: Vitor L. Zanelatto. 

O Projeto +Floresta

O +Floresta foi lançado para contribuir com a restauração da vegetação nativa na Floresta Ombrófila Mista, no Oeste de Santa Catarina, com o incremento de espécies vegetais ameaçadas de extinção como a araucária, a imbuia e o xaxim, ambas com histórico de intensa exploração no estado.

Será desenvolvido ao longo de oito anos, de 2022 a 2030, no município de Abelardo Luz, em Santa Catarina, sendo que as unidades de implantação estão localizadas nas Reservas Legais de sete Projetos de Assentamento (PAs) da Reforma Agrária – 13 de Novembro, Bela Vista, José Maria, Maria Silverstone, Recanto Olho D’Água, Roseli Nunes e Volta Grande, e em uma Área de Preservação Permanente da Terra Indígena – T.I. Toldo Imbu.

O Projeto +Floresta é financiado pelo IBAMA através do Acordo de Cooperação Técnica Nº 34/2021 e supervisionado pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina, Instituto Socioambiental (ISA) e Justiça Federal de Santa Catarina, na forma da ação n° 5001458- 53.2017.4.04.7200/SC.

Autor: Vitor L. Zanelatto.

Comitê brasileiro da IUCN elege nova diretoria

Comitê brasileiro da IUCN elege nova diretoria

Comitê brasileiro da IUCN elege nova diretoria

Membros do Comitê Brasileiro da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês para International Union of Conservation of Nature) se reuniram no último dia 15 de agosto em Assembleia Geral Extraordinária que elegeu um novo secretariado.

Entre os eleitos para guiar as atividades do Comitê no triênio 2022-2025 estão Maria Cecília Wey de Brito, do Instituto Ekos, como presidente, Carlos Durigan, do WSC Brasil, como vice-presidente, e Carolina Schäffer, da Apremavi, como secretária executiva.

Maria Cecília, que assume a nova diretoria, acredita que “a promoção do desenvolvimento econômico e social sustentável e inclusivo, em harmonia com a natureza é urgente, por isso fortalecer o comitê brasileito da IUCN é um passo importante na agenda global da conservação da natureza”.

A nova diretoria pretende continuar o trabalho que já vinha sendo feito na gestão anterior, de fortalecimento do Comitê Nacional ao ampliar as ações de advocacy e comunicação, ao amplificar o contato com as instâncias de governança da IUCN na América Latina e também ao retomar a campanha Brazil Matters, lançada durante o Congresso Mundial de Conservação da Natureza de 2021. Brazil Matters é uma carta que expõe a visibilidade do Brasil como fundamental na agenda da conservação da natureza e da biodiversidade global. Acesse a íntegra aqui.

O Comitê Brasileiro conta hoje com 25 organizações membro espalhadas pelo território nacional e que atuam em defesa de todos os biomas brasileiros.

Registro da reunião que elegeu o novo secretariado da IUCN no Brasil. Figura: Arquivo Apremavi.

A IUCN

Criada em 1948, a IUCN é a maior e mais antiga rede para a conservação da natureza do mundo, agregando mais de 1.400 organizações membros e contando com a contribuição de cerca de 15.000 especialistas voluntários de 160 países que influenciam os rumos da conservação da biodiversidade através da ótica da crise do clima, das comunidades tradicionais e do desenvolvimento sustentável.

Dentre as inúmeras contribuições da rede para a temática, está a publicação da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, que tem servido de base para governos, ONGs e empresas tomarem decisões que afetam os habitats naturais que remanescem no planeta. Outro ponto importante é a colaboração com governos nacionais e locais, comunidades e outros organismos, para que sistemas de áreas protegidas sejam criados e geridos corretamente.

A troca de experiências entre os membros começa nos comitês nacionais em cada país que promovem o diálogo, compartilham experiências e suportam cooperações diversas entre todas as regiões do mundo, e também no debate no âmbito das comissões, que são:

1. Comissão de Educação e Comunicação – CEC (sigla em inglês);
2. Comissão de Políticas Ambientais, Econômicas e Sociais – CEESP (sigla em inglês);
3. Comissão de Espécies Ameaçadas – SSC (sigla em inglês);
4. Comissão Mundial em Legislação Ambiental – WCEL (sigla em inglês);
5. Comissão de Manejo de Ecossistemas – CEM (sigla em inglês); e,
6. Comissão Mundial de Áreas Protegidas – WCPA (sigla em inglês).

Autora: Carolina Schäffer
Foto de capa: Encontro de membros do Comitê Sul-Americano da IUCN e lançamento do Manifesto Brazil Matters (2021). Foto: Comitê Brasileiro da IUCN.

Matas Sociais presente em eventos da agricultura familiar

Matas Sociais presente em eventos da agricultura familiar

Matas Sociais presente em eventos da agricultura familiar

Técnicos da Apremavi participaram de atividades em Imbaú e Tibagi (PR), realizadas em homenagem aos produtores locais e para o reconhecimento da agricultura familiar da região.

Os eventos contaram com a presença dos representantes do Sindicato dos trabalhadores rurais dos municípios, secretarias do Meio Ambiente e Agricultura e representantes da Klabin. Além da doação de mudas, também foram realizadas palestras educacionais relacionadas ao meio ambiente e o desenvolvimento da agricultura familiar regional.

Segundo Marcos Danieli, Consultor de Responsabilidade Social e Relações com a Comunidade da Klabin, a participação do Matas Sociais foi de grande valor: “ambos os eventos foram um sucesso, ficamos gratos e felizes em ver a receptividade e o grande interesse por parte dos agricultores. Somos gratos, como equipe, em poder contribuir de forma significativa com os eventos”. Através do Programa Matas Sociais, foram doadas aproximadamente 2.600 mudas para os produtores rurais que visitaram o estande da Apremavi e da Klabin.

O secretário geral da agricultura do município de Imbaú, Jocelino Couto Ribeiro, destacou a importância do Programa Matas Sociais e afirmou o apoio da secretaria do município para fortalecimento e ampliação do programa. “Devemos unir forças e somar juntos em favor da agricultura familiar e do nosso meio ambiente. Eventos como estes são de grande importância, para a valorização do produtor rural, e também para o desenvolvimento da agricultura sustentável”.

Registro das atividades desenvolvidas pelo Matas Sociais. Fotos: Marcos Danieli e William V. de Castro Ribas.

Os técnicos do projeto aproveitaram a oportunidade para apresentar objetivos e resultados da iniciativa: desde o apoio na produção de produção e comercialização de alimentos, adequação ambiental, promoção de ações de formação, diversificação da propriedade e incentivo ao associativismo e cooperativismo. Nos últimos cinco anos do programa, mais de 70% dos agricultores relataram aumento de renda, resultado que vem associado à ampliação dos canais de comercialização, apropriação de novas tecnologias, organização produtiva e cuidados ambientais.

“Ações como esta de educação ambiental, tem um papel fundamental na agricultura familiar e só vem a somar para a preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Através de nossas visitas e monitorias sempre estamos em contato direto com os produtores, e em eventos como esses temos a oportunidade de apresentar e divulgar nossas ações para a comunidade em geral”, comenta Emílio Ribas, coordenador técnico da Apremavi para o projeto Matas Sociais no Paraná.

O Programa Matas Sociais 

O ‘Matas Sociais – Planejando Propriedades Sustentáveis’ é um projeto da parceria entre a Klabin, a Apremavi e o Sebrae que tem o objetivo de contribuir para o fortalecimento econômico, ambiental e social das pequenas e médias propriedades rurais nos 11 municípios onde o projeto atua (Telêmaco Borba, Imbaú, Ortigueira, Curiúva, Sapopema, São Jerônimo da Serra, Cândido de Abreu, Rio Branco do Ivaí, Reserva, Tibagi e Ventania).

Por isso o Matas Sociais auxilia agricultores familiares a encontrar soluções para a adequação das propriedades e comunidades em demandas ambientais. Auxilia na realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e no Plano de Recuperação Ambiental (PRA). Também contribui no planejamento sustentável e na diversificação do uso da propriedade. Incentiva assim a agricultura familiar, a permanência no campo, o desenvolvimento da cadeia de produção e consumo na região e o empreendedorismo.

Autor: William V. de Castro Ribas
Revisão: Vitor L. Zanelatto

LUD Alto Vale em estudo por estudante de Yale

LUD Alto Vale em estudo por estudante de Yale

LUD Alto Vale em estudo por estudante de Yale

Em julho, a Apremavi recebeu a visita de Thibault Vermeulen, estudante da Universidade de Yale que trabalha com o Diálogo Florestal Internacional (The Forests Dialogue – TFD) e esta no Brasil, entre junho e agosto, para fazer um estágio. O foco do trabalho será o Diálogo do Uso do Solo (Land Use Dialogue – LUD), além de uma pesquisa relacionada aos impactos do Diálogo Florestal nos territórios onde aconteceram as edições da iniciativa.
Na Apremavi, Thibault realizou entrevistas com atores do LUD Alto Vale, teve contato com as ações do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina e acompanhou os trabalhos do Viveiro Jardim das Florestas, em Atalanta (SC).

Após fazer a trilha da restauração, o estudante falou que foi uma experiência incrível. Também disse que bebeu água da nascente e que talvez tenha sido a melhor água que bebeu na vida. “Escolhi vir ao Brasil para meu estágio com o Diálogo Florestal para entender melhor como as práticas de uso do solo se cruzam com as realidades sociais locais. A semana que passei em Atalanta me ajudou a aprofundar minha compreensão dessas questões. Uma coisa que admiro muito na Apremavi é a dedicação dos funcionários em tomar o tempo para conhecer e engajar com os atores locais. Isso ajuda a construir legitimidade e implementar projetos que podem gerar mudanças.”

Registros dos diálogos já realizados por Thibault no Alto Vale. Fotos: Miriam Prochnow, Arquivo Apremavi. 

O pesquisador destacou o trabalho da Apremavi para a promoção de mudanças sistêmicas: “Fiquei impressionado com a disposição da organização em se envolver em várias questões, incluindo políticas públicas, bem como educação e engajamento dos jovens. A Apremavi entende a importância do diálogo e da construção de parcerias com empresas privadas, mas segue com as raízes ativistas de sua fundação, dando prioridade à justiça social. A nível pessoal, também desenvolvi excelentes relações com o pessoal com quem trabalhei no viveiro, bem como com as partes interessadas locais que tive a oportunidade de entrevistar.”

Numa avaliação geral sobre o LUD Alto Vale, os entrevistados têm uma visão positiva da iniciativa, que oportunizou um olhar integrado do território e de parcerias que foram fortalecidas, além de novas que surgiram. Também fortaleceu parcerias bilaterais, com o surgimento de novos projetos. Como exemplos de projetos que utilizaram as informações e articulações do LUD AVI há o Restaura Alto Vale, executado pela Apremavi, e o projeto de criação de RPPNs, executado pela Associação Ambientalista Pimentão. Todos os atores acham que uma nova fase do LUD é necessária e que temos um LUD latente.

As impressões iniciais,compiladas por Thibault, resultantes das entrevistas são:

Participação de lideranças locais

・O LUD permite o envolvimento de lideranças locais. Quanto mais as lideranças confiam no processo de diálogo, mais participação haverá e, consequentemente, a mudanças de políticas e práticas;
・Ensino Eurocêntrico e problema geracional e cultural;
・As práticas de uso do solo continuam sendo o resultado do legado da educação e transmissão de práticas eurocêntricas;
・Possibilidade de promoção de um bloqueio cultural, o produtor considera que suas práticas são as melhores porque eram aquelas dos seus antepassados.

Educação ambiental

・Para enfrentar esse problema cultural, a educação ambiental é primordial. Podem ser aplicadas atividades como palestras para crianças e capacitação técnica para agricultores.

Engajamento dos jovens

・Necessidade de envolver mais jovens no processo do diálogo;
・Pode ajudar também a resolver o problema geracional, ajudar e tratar o problema do uso do solo de uma maneira mais interseccional (pensando nos aspectos sociais e ambientais de forma integrada).

Articulação após as etapas de diálogo

・Foi interessante observar que representantes de setores bem-organizados (governo, ONG) acharam que a articulação/engajamento após o Diálogo foi um sucesso;
・Representantes de setores menos organizados (agricultores) avaliam que o processo de engajamento parou depois do encontro.

Mensuração de resultados
・Muitos participantes destacaram a dificuldade de mensurar os resultados da iniciativa;
・O LUD é visto como um processo de longo prazo que permite criar relações de confiança.

Anseios por novas edições
・Anseios de realizar um outro LUD e de continuar o processo de articulação;
・Uma fração dos participantes avaliou que seria melhor fazer um LUD em escala local (municípios, por exemplo) para falar de desafios mais específicos.

Registros da fase de campo do LUD Alto Vale. Fotos: Arquivo Apremavi.

O Diálogo do Uso do Solo (LUD)

O Diálogo do Uso do Solo é uma plataforma de participação de múltiplas partes interessadas, com o propósito de reunir conhecimento e liderar processos que influenciam negócios responsáveis, melhorem a governança de territórios e promovam o desenvolvimento inclusivo em paisagens relevantes. O Diálogo do Uso do Solo já contou com várias edições ao redor do mundo, como em Gana, Uganda, República Democrática do Congo e Tanzânia.

Foi realizado pela primeira vez entre 2016 e 2017, no Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Em 2019, foi iniciado na Amazônia, na cidade de Belém com foco no Centro de Endemismo Belém (CEB), em 2020 na Bahia e em 2021 em São Paulo. Atualmente, novas iniciativas estão em fase de articulação nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.

+ Acesse o Guia sobre o LUD

A edição do Alto Vale  promoveu a discussão de cenários sustentáveis no longo prazo para a Mata Atlântica, levando em conta a paisagem e as diferentes formas de uso do solo. O conhecimento existente no território e envolvimento os diversos setores da sociedade para discutir cenários que permitam uma melhor governança e o desenvolvimento inclusivo em paisagens em risco de destruição foram pilares para as discussões.

Conheça alguns dos participantes e atividades do LUD Alto Vale:

Autores: Miriam Prochnow e Vitor L. Zanelatto.
Revisão: Carolina Schäffer​ e Thamara Almeida.

Matas Legais promove educação ambiental

Matas Legais promove educação ambiental

Matas Legais promove educação ambiental

Desenvolvidas em diversas datas e instituições, as atividades de educação ambiental foram concebidas a partir da Semana do Meio Ambiente, com o objetivo de propor momentos de conscientização e formação sobre a Mata Atlântica e biodiversidade aos alunos.

Entre os centros de ensino que receberam as atividades do Matas Legais estão: Colégio Jandira Ferreira Rosa; Universidade UNOPAR e o Colégio Estadual Pedro Marcondes Ribas. Além disso, o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), unidade Vila Rural Chave de Ouro, em Ortigueira (PR), também foi cenário para uma oficina.

Nas escolas estaduais foram realizadas palestras em sala de aula, com a exposição de espécies nativas da Mata Atlântica para que os alunos tivessem contato mais próximo com as mudas. Após as exposições foram aplicadas dinâmicas para a fixação dos conhecimentos. Por fim, foram doadas algumas mudas para os estudantes. Na atividade com as crianças do CRAS foi realizada uma conversa envolvendo as crianças atendidas pela instituição. Também foi realizado o plantio de algumas mudas para a proteção de uma nascente.

Foram envolvidos estudantes, professores e membros administrativos dos centros de ensino. Participaram também produtores já engajados no projeto Matas Legais. A atividade em parceria com a universidade estendeu o convite para toda a comunidade, impactando cerca de 650 pessoas.

Atividades de educação ambiental desenvolvidas desde junho deste ano pelo Matas Legais.
Fotos: Pedro Ferreira e Mauricio Reis.

O Matas Legais

Matas Legais é um projeto da parceria entre a Apremavi e a Klabin que objetiva desenvolver ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal, que ajudem a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e a aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

A palavra legal procura traduzir dois sentidos: o de cumprimento da legislação ambiental e o de expressão de um lugar agradável, bonito e bom de se viver.

O projeto hoje tem duas frentes de atuação, uma em Santa Catarina e uma no Paraná, que trabalham no desenvolvimento de um modelo de planejamento de propriedades que leva em conta tanto a produção e o processo produtivo como a conservação dos ecossistemas e dos recursos naturais.

Autor:  Pedro Ferreira
Revisão: Vitor L. Zanelatto

Precisamos de mais Curupiras. Vamos proteger as florestas?

Precisamos de mais Curupiras. Vamos proteger as florestas?

Precisamos de mais Curupiras. Vamos proteger as florestas?

No folclore brasileiro, o dia 17 de julho é o dia do protetor da floresta, nosso conhecido Curupira, que também atende pelo nome de Pai do Mato, Caipora, Caiçara, Anhangá e outros. Ele é um espírito mágico que habita as florestas e ajuda a protegê-las. Segundo a lenda, o Curupira tem cabelos vermelhos e os pés virados para trás e isso o ajuda a enganar os inimigos, uma vez que seus passos ficam na posição trocada, dando a impressão de que estão indo na direção contrária. Assim ele consegue afastar os caçadores e madeireiros.

Por isso, esse dia também é o Dia de Proteção às Florestas, uma data que tem como objetivo lembrar a importância da conservação dos biomas brasileiros, casa de milhares de espécies de plantas e animais, inclusive a espécie humana. É uma forma de chamar a atenção para a destruição das florestas e fazer um convite para que todas as pessoas se engajem em atividades de preservação, restauração e combate ao desmatamento.

É uma data importante para realizar ações práticas que possam mostrar para a população os perigos que aguardam a humanidade, caso não seja feito algo para proteger a natureza.

Para celebrar a data, a Apremavi chama a atenção para uma ação muito importante na restauração de florestas, que é a produção de mudas de árvores nativas. O Viveiro Jardim das Florestas produz mais de 200 espécies diferentes e a época de outono/inverno é o período de se produzir mudas de uma espécie muito especial, que é a araucária, conhecido também como pinheiro-brasileiro. É a época do pinhão, semente da araucária. Este ano a Apremavi deve produzir 100 mil mudas de araucária para atender diversos projetos, entre eles o Conservador das Araucárias, o Matas Legais e o Matas Sociais.

Fases de crescimento das mudas de Araucária. Fotos: Vitor Zanelatto e Gabriela Schäffer. 

Tivemos até uma participação especial de Valéria Michel, diretora de Sustentabilidade da Tetra Pak e da Karen Vasconcellos, head de Assuntos Corporativos da empresa, que ajudaram a semear pinhões, para o projeto Conservador das Araucárias. Elas estiveram na Apremavi no dia 06 de junho, ocasião em que visitaram o Centro Ambiental, o Viveiro Jardim das Florestas e a Trilha da Restauração. Também conheceram os primeiros plantios na área piloto do projeto, em Urubici, onde ajudaram a plantar uma araucária.

A visita foi acompanhada pelo Secretário de Meio Ambiente do estado de Santa Catarina, Leonardo Porto Ferreira. Além da equipe da Apremavi, a visita à área piloto teve a participação do proprietário da área, Giem Guimarães, e da prefeita de Urubici, Mariza Costa.

Visita dos representantes da Tetra Pak em Santa Catarina. Fotos: Carolina Schäffer. 

O Conservador das Araucárias

Lançado em abril, o Conservador das Araucárias é um projeto de restauração ambiental que traz um modelo inovador focado na recuperação de áreas rurais degradadas por meio do plantio de espécies nativas, com benefícios para as comunidades locais, fauna e flora da Mata Atlântica e sequestro de carbono.

Desenvolvido em parceria com a Tetra Pak, líder mundial em soluções para processamento e envase de alimentos, o projeto tem a ambição de restaurar pelo menos 7 mil hectares da Mata Atlântica em um período de dez anos – o equivalente a 9.800 campos de futebol.

O Conservador das Araucárias conta com o acompanhamento da Conservation International (CI), da The Nature Conservancy Brasil (TNC) e da Klabin, fornecedora de matéria prima da Tetra Pak e parceira de longa data da Apremavi nos Programas Matas Legais e Matas Sociais. Saiba mais sobre o projeto aqui.

Autoras: Miriam Prochnow e Carolina Schäffer

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