Apremavi é parceira oficial da Década da Restauração das Nações Unidas

Apremavi é parceira oficial da Década da Restauração das Nações Unidas

Apremavi é parceira oficial da Década da Restauração das Nações Unidas

Restaurar Ecossistemas da Mata Atlântica é uma realidade no dia-a-dia da Apremavi desde que a instituição foi fundada, em 1987; não à toa, agora a Apremavi se torna parceira oficial das Nações Unidas para a Década da Restauração (2021 – 2030).

Ao lado de parceiros como a Plant for the Planet e a SOS Mata Atlântica, a Apremavi apresenta seus mais de 35 anos de experiência em conservação e restauração e se une às Nações Unidas, como Supporting Partner, para fortalecer a proteção e revitalização dos ecossistemas em todo o mundo, em benefício das pessoas e da natureza, visando deter a degradação dos ecossistemas e restaurá-los para atingir objetivos globais.

O movimento, liderado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO), surge da necessidade de união e esforços em todos os países, cidades e comunidades para enfrentar a atual realidade onde diversas crises colocam em cheque a justiça, o direito à saúde e ao meio ambiente equilibrado. A Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas é uma chance de restabelecer o mundo natural que nos sustenta.

Miriam Prochnow, conselheira e fundadora da Apremavi, recebe a notícia com entusiasmo e muita satisfação: “ser reconhecida como parceira das Nações Unidas é uma chance de verdadeiramente implementar a Década no Brasil e dar escala à restauração; a Mata Atlântica é nossa casa e todos os esforços para conservar e restaurar esse riquíssimo Bioma são valiosos e extremamente necessários”, comenta Miriam.

A contribuição da Apremavi

A Apremavi já ajudou a criar e implantar várias Unidades de Conservação e executa projetos de restauração de áreas degradadas em Santa Catarina, no Paraná e em São Paulo, tendo expertise na produção de mudas nativas da Mata Atlântica. É do Viveiro Jardim das Florestas que saem anualmente 1 milhão de mudas nativas de até 200 espécies diferentes da Mata Atlântica para os plantios de restauração. Ao todo a Apremavi estima que já produziu e plantou 9 milhões de árvores.

Também participou ativamente da construção da Lei da Mata Atlântica, que conferiu ao bioma proteção única e inédita no país, e das discussões sobre o novo Código Florestal, aprovado em 2012 e que, se implementado, pode alavancar os esforços de restauração nos estados.

E para fortalecer ações e dar escala para a restauração dos ecossistemas no nível das paisagens, compõe redes como o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, a Rede de ONGs da Mata Atlântica e a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

“Uma das metas que temos como parceiros oficiais da Década é de produzir e plantar três milhões de novas árvores até 2025”, comenta Carolina Schäffer, Vice-presidente da Apremavi.

Antes, em 1997, e depois, em 2021, de propriedade restaurada pela Apremavi em Atalanta (SC). Fotos: Acervo Apremavi.

Muito além da Restauração

A mobilização para a restauração começa na educação ambiental e na conscientização da população. Nesse sentido, a Apremavi, além de colocar a mão na massa produzindo e plantando árvores, também desenvolve atividades de educação ambiental e campanhas de conscientização nas suas redes para impulsionar a luta por um futuro sustentável. Veja exemplos de atividades desenvolvidas recentemente:

 

+ Curta | A restauração transforma paisagens e pessoas

Lançado em dezembro de 2021, o curta animado “A restauração transforma paisagens e pessoas” é um filme de 3:55 minutos produzido pela Apremavi que tem como principal público crianças e adolescentes e que contou com ilustrações dos artistas Skopien e Vitor Sá e teve seu roteiro escrito por Carolina Schaffer e Miriam Prochnow.

+ Série | Mulheres que Restauram

Em 2021, o Dia da Terra marcou o lançamento da série Mulheres que Restauram, produzida pela Apremavi com o apoio do GT de Gênero e Clima do Observatório do Clima para tornar conhecida a história das mulheres brasileiras protagonistas do trabalho promovendo a recuperação das paisagens no Brasil e que são exemplo para gerações atuais e futuras.

+ Campanha | Conservação e Restauração andam juntas

No Dia da Mata Atlântica, 27 de maio de 2021, com ilustrações do artista Vitor Sá, a Apremavi lançou a campanha “Conservação e Restauração andam juntas” para mostrar que os dois processos são colaborativos e complementares e, se pensados de forma conjunta, mais eficientes.

Conservação e Restauração andam juntas
10 anos para restaurar o nosso planeta

Uma década pode soar como muito tempo, mas cientistas dizem que os próximos dez anos são os que mais contam na luta para evitar a mudança climática e a perda de milhões de espécies.

Por isso, todos estão convidados a participar da Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas, sobretudo as organizações que podem se candidatar como parceiras oficiais assumindo compromissos de longo prazo.

Conheça dez ações da estratégia que podem fazer de você e da sua organização mais uma voz ativa na construção de uma #GeraçãoRestauração:

1. Empoderar um movimento global;
2. Financiar a restauração no território;
3. Estabelecer os incentivos corretos;
4. Celebrar a liderança;
5. Mudar comportamentos;
6. Investir em pesquisa;
7. Desenvolver capacidades;
8. Celebrar uma cultura de restauração;
9. Construir a próxima geração;
10. Ouvir e aprender.

Autores: Carolina Schäffer e Vitor L. Zanelatto.
Revisão: Miriam Prochnow.

Eleições: oportunidade para construir o país que queremos

Eleições: oportunidade para construir o país que queremos

Eleições: oportunidade para construir o país que queremos

O território que abriga parte da maior floresta tropical do mundo, que registra uma biodiversidade incomparável e tem potencial para liderar as mudanças na economia global para o combate à emergência climática, se chama Brasil. Votar no segundo turno das eleições será uma oportunidade para construirmos o país que queremos.

Neste próximo domingo o povo brasileiro irá decidir qual o destino da nação. As duas candidaturas que estão no segundo turno da disputa apresentam propostas cristalinas para o futuro: continuaremos como nos últimos anos, trilhando a atual rota para o colapso; ou iremos dar o primeiro passo para que o Brasil sociobiodiverso, plural, democrático e sustentável, há tanto tempo idealizado e que se tornou um sonho distante, comece a ser construído.

Os programas das candidaturas que estão no segundo turno são incomparáveis, porque não há propostas equivalentes a serem comparadas. A candidatura liderada por Lula e Alckmin, apoiada por uma frente ampla de lideranças de diferentes partidos e setores da sociedade civil organizada, incluindo cientistas, juristas, economistas, artistas, empresários e tantos outros, é simbolizada pela reconstrução das políticas de inclusão social, retorno das estratégias para o fomento à agricultura familiar, recuperação dos órgãos de controle e fiscalização ambiental, retorno da titulação e demarcação de terras para os povos tradicionais e indígenas.

Lula e Alckmin pretendem também retomar o bem sucedido plano de combate ao desmatamento que reduziu o desmatamento na Amazônia em mais de 80% e promoveu a criação de dezenas de novas Unidades de Conservação, que totalizaram 26 milhões de hectares, ações essas implementadas em suas gestões anteriores, e que representam o compromisso em proteger as florestas e defender a reputação do Brasil como líder ambiental.

A candidatura de Lula e Alckmin se comprometeu com o documento Brasil 2045 – Construindo uma potência ambiental, elaborado pelo Observatório do Clima, uma rede da qual a Apremavi faz parte e que reúne 73 organizações da sociedade civil. As propostas para a reconstrução do país a partir de 2023 se dividem em oito temas principais: política climática e acordos internacionais; prevenção e controle do desmatamento; bioeconomia e atividades agrossilvopastoris; justiça climática; energia; biodiversidade e áreas costeiras; indústria e gestão urbana; governança e financiamento da política ambiental nacional.

“A política ambiental será tratada de forma transversal. Ou seja, todos os ministros terão obrigação com a questão climática. Não é o ministro do Meio Ambiente o único responsável, a política será responsabilidade de todos, do presidente ao ministério menor”. – Lula, ao receber um conjunto de 26 compromissos de “resgate atualizado da agenda socioambiental brasileira”, ainda antes do primeiro turno das eleições. Veja mais. 

Por outro lado, o atual presidente do país e candidato à reeleição é antagônico às propostas relativas à sustentabilidade e proteção da biodiversidade. Tem como legado até aqui o incentivo ao desmatamento e mineração, cumpriu sua promessa de não demarcar qualquer Terra Indígena, e liberou uma centena de agrotóxicos, muitos proibidos em outros países. Seus anos no Planalto entraram para a história como os piores para as políticas ambientais.

A Sociedade Civil, sem espaço para participação ativa nas políticas públicas e com assentos reduzidos nos principais colegiados participativos, acompanhou com desgosto décadas de trabalho serem reduzidas a pó e viu crescer o ódio e as agressões contra os ativistas. Bolsonaro também é responsável pela completa negligência com as chamas que arderam no Pantanal e na Amazônia e por exonerar Ricardo Galvão, ex-diretor do INPE, por se sentir incomodado com os dados que evidenciaram o aumento do desmatamento em sua gestão.

Após combater retrocessos diuturnamente por mais de três anos, acreditamos que chegou a hora do Brasil retomar seu rumo e protagonismo de potência ambiental diante do mundo. Precisamos ter um presidente comprometido com a vida de todas as espécies, que coloque um freio na liberação de agrotóxicos cancerígenos, na venda de armas, na liberação da caça aos animais silvestres e na desconstrução dos parques nacionais. Precisamos evitar o risco do Brasil sofrer novos embargos e sanções econômicas por conta do catastrófico cenário ambiental promovido nos últimos quatro anos, prejudicando a economia e a qualidade de vida de milhões de brasileiros.

As tomadas de decisão da Apremavi são pautadas na democracia, igualdade e diversidade, conforme prevê a Carta de Princípios da instituição. Sem democracia plena, independência entre os Poderes, atuação efetiva das instituições e confiança da sociedade no Estado brasileiro não será possível avançar no desenvolvimento sustentável e na promoção de justiça climática.

Em observância ao compromisso histórico da Apremavi em preservar, defender e proteger o meio ambiente e todas as formas de vida, alertamos para a importância de elegermos um Presidente comprometido com a vida e a verdade, com um histórico de preservação e com apoio majoritário de ambientalistas, cientistas e de todos os protetores da floresta. A escolha é livre, não é difícil, e cabe a cada um, diante das realizações pretéritas e das propostas colocadas para o futuro.

Sempre defenderemos a democracia, todas as formas de vida e as florestas. Por isso, neste domingo, recomendamos um voto na oportunidade em fazer com que o Brasil seja coerente com sua vocação: sustentável, biodiverso e comprometido com a vida de todas as espécies.

Ipês-amarelos em floração, Brasília. Fotos: Wigold B. Schäffer. 

Revista Nature publica editorial sobre eleições brasileiras

Um artigo assinado pela pesquisadora Luciana Gatti para a revista Nature demonstra que os dois primeiros anos de governo de Bolsonaro provocaram na Amazônia um efeito equivalente ao evento extremo de grandes proporções El Niño. Segundo a pesquisa, em 2019 e 2020, as emissões de dióxido de carbono, o CO2, um dos principais gases de efeito estufa, dobraram na região devido ao enfraquecimento dos órgãos de fiscalização ambiental, o que teria resultado em um aumento no desmatamento e degradação, entre outros fatores.

Em editorial publicado nesta semana, a Nature também defendeu o voto em Lula e Alckmin, e destacou que “um segundo mandato para Jair Bolsonaro representaria uma ameaça à ciência, à democracia e ao meio ambiente“. O texto evidencia a consciência da comunidade internacional dos ataques de Bolsonaro à ciência, ilustrado pela recusa das ofertas da Pfizer e resistência para a compra de vacinas durante a pandemia, assim como o contínuo estrangulamento do orçamento para universidades e institutos de pesquisa e interferência da autonomia universitária. Confira um fragmento do editorial:

“Nenhum líder político se aproxima de algo como perfeito. Mas os últimos quatro anos do Brasil são um lembrete do que acontece quando aqueles que elegemos desmantelam ativamente as instituições destinadas a reduzir a pobreza, proteger a saúde pública, impulsionar a ciência e o conhecimento, salvaguardar o meio ambiente e defender a justiça e a integridade das evidências. Os eleitores do Brasil têm uma oportunidade valiosa de começar a reconstruir o que Bolsonaro derrubou. Se Bolsonaro tiver mais quatro anos, o dano pode ser irreparável”.

Observatório do Clima escancara a destruição promovida pelo atual governo

Nas últimas semanas, o Observatório do Clima (OC) mobilizou suas mídias sociais para divulgar as principais “boiadas” que o governo Bolsonaro promoveu. Agressões às Unidades de Conservação, desmonte das políticas de fiscalização e autuações por crimes ambientais e desprezo por qualquer agenda climática são apenas alguns dos fatídicos exemplos.

“O atual presidente sequer tenta disfarçar o desprezo pelo meio ambiente, o negacionismo das mudanças climáticas e a aversão aos povos originários. Se você se preocupa com o que será do Brasil caso ele seja reeleito, compartilhe essas informações nas suas redes para que mais pessoas entendam as consequências de mais um (des)governo como esse”, OC via Instagram.

Confira alguns fatos que comprovam o desprezo de Bolsonaro pelo Meio Ambiente:

Clipping com algumas manifestações da Sociedade Civil
Manifesto pela Democracia e Sustentabilidade

Centenas de brasileiros e brasileiras lançaram um manifesto pela Democracia e o desenvolvimento com sustentabilidade e diálogo. Confira:

Aos Brasileiros e Brasileiras, um chamamento em nome da Democracia, do desenvolvimento com sustentabilidade e do diálogo.

Entendemos a gravidade do momento pelo qual passa o Brasil. A eleição presidencial deste ano é diferente de todas as que vivemos até hoje, pois nela se joga a sobrevivência da democracia brasileira. Sem democracia o Brasil não será confiável e sem confiança não haverá investimentos, emprego, crescimento e nem liberdade. Nossas exportações, principalmente do agronegócio, serão duramente afetadas. Em resumo, todos perdem e perde a natureza.

Neste momento histórico 135 brasileiras e brasileiros – agricultores, cientistas, artistas, professores, empresários, ambientalistas, advogados, engenheiros, biólogos, geógrafos, jornalistas, microempreendedores, médicos, enfermeiros, arquitetos, procuradores, economistas, sociólogos, antropólogos, historiadores, filósofos, administradores, estudantes, jovens, adultos e idosos, pessoas de diferentes ideologias – apresentam à sociedade este Manifesto aos Brasileiros e Brasileiras em busca da unidade e da construção da Frente Ampla pela DEMOCRACIA e retomada do desenvolvimento com sustentabilidade.

O Brasil é o quinto maior país do mundo, aquele que detém a maior floresta tropical do mundo, o maior volume de água doce do mundo e a maior biodiversidade do mundo. Infelizmente, nos últimos 4 anos temos um governo que estimulou e promoveu a degradação ambiental e o desmantelamento das instituições democráticas, promoveu o ódio, o aumento da pobreza e da fome e aumentou o desmatamento em mais de 70% na Amazônia e também nos outros biomas.

Por isso, mesmo que nossas posições políticas sejam divergentes, nos unimos em três pontos fundamentais: a defesa da democracia, o desenvolvimento com sustentabilidade e a abertura ao diálogo. Estes pontos nos levam a votar em Lula neste segundo turno de 2022.

Conclamamos a você que reflita sobre a gravidade deste momento, venha juntar-se a nós e ajude a salvar o Brasil da barbárie, do obscurantismo, do ódio e da destruição da natureza.

Veja quem já assinou, assine você também e compartilhe com seus amigos e amigas para que também o assinem.

Depoimento
Nosso voto é para proteger a vida

Posicionamento da Agapan sobre o segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Avaliamos que, mais do que eleger um governante, neste momento estamos definindo o nosso futuro. A nossa decisão há de repercutir pelas próximas décadas. Entre tantas questões sociais e ambientais, as mudanças climáticas se colocam como mais urgentes e impõem que tenhamos estratégias para enfrentarmos o que vem pela frente, resistindo e, ao mesmo tempo, tentando reverter este processo degradante que abala o mundo todo, ainda que alguns negacionistas do clima continuem tentando esconder. Quando olhamos para os fenômenos extremos que estão acontecendo pelo mundo, concluímos que o momento é dramático e pode piorar. E não é de agora que alertamos para isso.

O atual modelo não tem futuro e nossos filhos vão ter que pagar a conta e vão nos amaldiçoar por isso”, já dizia José Lutzenberger.

> Veja o posicionamento na íntegra

Vote pelo Pantanal. Vote pela Democracia.

Posicionamento da Ecoa – Ecologia e Ação sobre o segundo turno e a relação com o Pantanal.

Nos últimos quatro anos, vivenciamos no Pantanal o cotidiano da violência, do medo, da fragilização das políticas ambientais e de proteção social, particularmente aquelas dirigidas para os assentados, os pescadores artesanais e as famílias que vivem ao longo dos rios. Os devastadores incêndios de 2020 têm relação direta com a falta de recursos para o trabalho efetivo de fiscalização, prevenção e o combate direto. Fiscalizar foi uma palavra que desapareceu do dicionário dos órgãos públicos federais.

(…) Como organização ambientalista, consideramos que os compromissos públicos de Lula com políticas de proteção ambiental, somadas ao apoio da ex-ministra Marina Silva em bases programáticas, são garantias de que poderemos estabelecer novas condições no trato dos imensos bens naturais do País“.

> Confira o texto completo

Manifesto da Rede de ONGs da Mata Atlântica.

O acirramento da crise ambiental decorrente das nefastas políticas do atual governo federal tem acentuado sobremaneira o nível de vulnerabilidade de nossa população aos efeitos cada vez mais intensos e recorrentes das mudanças climáticas. É pela reversão desse quadro atual, com o restabelecimento de uma convivência social pacífica e respeitosa, que poderemos avançar na consolidação da democracia brasileira, condição essencial para que possamos seguir defendendo e protegendo nossa enorme diversidade socioambiental.

Entendemos que nesse segundo turno das eleições presidenciais não há espaço para omissão, e como representação de uma Rede de Organizações comprometidas com a defesa e recuperação da Mata Atlântica externamos o apoio a Chapa Lula/Alckmin.

> Confira o documento

Autores: Vitor Zanelatto, Carolina Schaffer, Wigold Schäffer e Thamara S. de Almeida.
Foto de capa: Ipês do jardim do Palácio do Planalto, Brasília. Foto: Wigold B. Schäffer.

Apremavi é uma das 100 Melhores ONGs de 2022

Apremavi é uma das 100 Melhores ONGs de 2022

Apremavi é uma das 100 Melhores ONGs de 2022

Finalistas nas categorias especiais serão anunciados neste sábado, 22 de outubro, durante o Festival Internacional de Inovação Social.

O Prêmio Melhores ONGs acaba de anunciar as 100 organizações brasileiras do terceiro setor vencedoras em 2022 e a Apremavi é uma delas. Na lista, que já está disponível no site da iniciativa, é possível conhecer o nome das organizações reconhecidas por suas boas práticas em quesitos como governança, transparência, comunicação e financiamento.

A divulgação das organizações eleitas neste ano foi realizada pelo jornal Folha de São Paulo hoje (21/10). O Prêmio Melhores ONGs é realizado desde 2017, num esforço coletivo do Instituto O Mundo que Queremos, pelo Instituto Doar e pelo Ambev VOA, com apoio de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Instituto Humanize e da Fundação Toyota do Brasil.

Os destaques nas categorias especiais serão conhecidos durante a cerimônia oficial de premiação, que este ano volta a ser presencial e já está marcada para o dia 25 de novembro, no Unibes Cultural, em São Paulo. Além das 100 melhores, serão premiadas as melhores ONGs por estado, causa, as dez melhores de pequeno porte e a melhor entre elas.

“A lista das 100 Melhores ONGs é uma homenagem às organizações que conseguiram atingir o grau mais alto de gestão e eficiência para ajudar a sociedade em suas causas. Elas são feitas de pessoas que tiveram a determinação e a liberdade para atuar em prol de uma causa justa”, afirma Alexandre Mansur, diretor de projetos do O Mundo Que Queremos. Ele ressalta que, essas organizações, com sua diversidade de áreas de atuação, mostram o papel fundamental que os cidadãos têm numa democracia para se reunir e atuar para melhorar a sociedade e o meio ambiente.

Carolina Schaffer, vice-presidente da Apremavi, comenta com alegria o resultado: “sabemos que hoje o Brasil tem mais de 800 mil organizações não-governamentais e, diante desse universo, ser reconhecida como uma das 100 melhores é um resultado incrível que mostra que o trabalho desenvolvido pela Apremavi nos últimos 35 anos tem consistência. Estamos muito felizes e também confiantes com o anúncio da Melhor ONG de 2022 no dia 25 de novembro.”

O reconhecimento do Prêmio Melhores ONGs 2022 reflete os 35 anos de atuação diuturna da Apremavi para a preservação do Meio Ambiente e da Vida. 

Finalistas serão anunciadas no Fiis

Este ano, o Prêmio Melhores ONGs também vai participar do Fiis – Festival Internacional de Inovação Social, que acontece no dia 22 de outubro, às 10h30, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo. Durante o evento, a iniciativa Prêmio Melhores ONG reuniu organizações para uma conversa sobre o que está sendo feito para estimular as doações no Brasil.

Na ocasião, além da entrega de troféus aos selecionados, serão anunciadas as finalistas das categorias especiais. Também será lançada, oficialmente, a tradicional plataforma para ajudar as 100 organizações que foram destaque a captar doações. A ferramenta possibilita que qualquer pessoa doe online diretamente para qualquer uma das 100 ONGs vencedoras.

“Se as pessoas não doavam porque não sabiam para quem doar, agora não tem mais desculpa”, afirma Marcelo Estraviz, diretor do Instituto Doar, um dos organizadores do Prêmio. “Estamos felizes de poder voltar ao presencial e celebrar juntos”, completa.

 

O Prêmio

Desde 2017, o Prêmio Melhores ONGs reconhece o trabalho fundamental prestado pelas instituições não-governamentais no Brasil e também funciona como um farol para orientar doações. Além disso, incentiva boas práticas, contribuindo também para a melhoria na gestão de todas as participantes, incluindo as que não são premiadas, que também recebem um feedback detalhado da avaliação.

 

Autora: Miriam Prochnow.
Revisão: Vitor Zanelatto.
Foto de Capa: Antes e Depois em área restaurada pela Apremavi, em Atalanta (SC). Crédito: Arquivo Apremavi.

Celebramos as educadoras e defensoras da agrobiodiversidade

Celebramos as educadoras e defensoras da agrobiodiversidade

Celebramos as educadoras e defensoras da agrobiodiversidade

Nas salas de aula, em atividades no campo no interior das cidades, em aldeias ou mesmo nos viveiros de produção de mudas nativas para a restauração. Não há limites para que trocas de saberes ocorram e, através delas, possamos ensinar e aprender.

Este sábado (15/10) é momento oportuno para destacar a atuação dos professores e de todas as educadoras para a promoção de uma consciência ambiental genuína, o primeiro ato para as mudanças individuais e coletivas em prol do Planeta. Instituído em 1963 pelo então Presidente da República, celebra-se hoje o Dia do Professor, no intuito de valorizar o papel dos profissionais da educação no desenvolvimento de cidadãos e da Nação, tornando-a mais igualitária, justa, sustentável e democrática.

Também é o Dia Internacional das Mulheres Rurais, data instituída pela ONU em 1995, com a proposta de elevar a consciência mundial sobre o papel da mulher do campo. Embora pouco conhecida no Brasil, essa celebração tem profunda relevância, já que as mulheres constituem 40% da mão de obra agrícola nos países em desenvolvimento [Organização Internacional do Trabalho – OIT]. A promoção da equidade de gênero no campo e em outros ambientes de trabalho ainda é um grande desafio em nosso país, e por isso o tema deve ser uma prioridade.

Embora seja coincidência, as duas efemérides se encontram nas iniciativas da Apremavi. O apoio de professores e produtoras rurais é essencial para as atividades de educação ambiental, como a realização de palestras e debates, plantios em áreas de restauração e visitas em propriedades que são exemplos de planejamento de uso do solo. Essas classes também ajudam a construir as publicações da instituição e integram as redes e coletivos que a Apremavi co-lidera para a promoção de consensos e soluções sustentáveis.

Camponesa e filhos plantando uma muda nativa em um assentamento de SC, 2021.
Foto: Gabriela Schäffer.

Educadoras e camponesas se destacam pela promoção de conhecimentos, dialogando, entendendo realidades do território e cativando outras pessoas. A Apremavi acredita que todas as pessoas podem ser transformadoras da realidade, florescendo seus conhecimentos e compartilhando sementes de esperança ao longo da floresta, tornando-a ainda mais diversa; assim, como um Ipê-amarelo faz.

Já na década de 1960 Paulo Freire, patrono da educação brasileira e o terceiro pensador mais citado do mundo em universidades da área de humanas [London School of Economics] indicava o caminho para a construção de uma educação libertadora e (bio)diversa. É com um trecho de sua obra que homenageamos as educadoras e mulheres do campo do Brasil:

“O conhecimento exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica invenção e reinvenção. Reclama a reflexão crítica de cada um sobre o ato mesmo de conhecer, pelo qual se reconhece reconhecendo e, ao reconhecer-se assim, percebe o ‘como’ de seu conhecer e os condicionamentos a que está submetido seu ato.
A educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é a transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados”
.
Adaptado de ‘Extensão ou Comunicação?’ – Paulo Freire.

Para Inspirar

A Apremavi selecionou histórias que evidenciam os resultados de genuínas trocas de conhecimento, que reconheçam e valorizem os saberes plurais, as particularidades e diferentes formações socioculturais. Na escola ou no campo, essas características que representam o povo brasileiro e precisam ser consideradas nas ações que se propõem serem educativas:


Mão na terra, bosque na escola

Conheça a atuação de educadores de Atalanta (SC) na implantação de um Bosque de Heidelberg na Escola Municipal de Ensino Fundamental do Ribeirão Matilde, em Atalanta (SC). O bosque foi plantado há mais de 20 anos e é um dos locais favoritos dos alunos, onde eles realizam atividades de lazer e também atividades curriculares. A unidade escolar do interior de Atalanta desenvolve vários projetos de educação ambiental e se destaca por valorizar os conhecimentos e a realidade do território para as atividades educativas. Conheça a escola.

Diálogo do Uso do Solo na Universidade

A partir do contato com o Diálogo do Uso do Solo (LUD) no Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina a professora Luciane Consta, do IFSC Lages, teve a ideia de inserir em suas aulas o compartilhamento da experiência brasileira e catarinense no uso do LUD para o planejamento do território. Cerca de trinta alunos de pós-graduação do IFSC, de vários estados brasileiros (MA, MG, PA, PR, RJ, RS, SC e SP), tiveram acesso a uma formação sobre a metodologia, que valoriza as particularidades e aspectos socioambientais do território para o planejamento territorial. Saiba mais sobre essa iniciativa.

Agricultoras e a construção da Agroecologia

Agricultoras familiares, indígenas, quilombolas que promovem a defesa da agrobiodiversidade ao longo do Brasil e inspiram a resistência são algumas das vencedoras do prêmio “A história que eu cultivo” da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). Conheça a história.

#MulheresRurais, Mulheres com Direitos

O compilado “#MulheresRurais, Mulheres com Direitos”, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e à Agricultura (FAO) no Brasil, traz a história de mulheres rurais diversas que atuam em áreas distintas como a agricultura, o extrativismo, a pesca e a pecuária de todos os cantos do país. Elas participaram da campanha “15 dias de ação para iniciativas transformadoras na vida de mulheres rurais” desenvolvida em outubro de 2020. Veja aqui.

Autor: Vitor Lauro Zanelatto.

Foto de capa: Joscimar Santin, protagonista do sexto episódio da Série ‘Mulheres que Restauram’ e uma colega plantando sementes de araucária no assentamento Filhos do Contestado. Foto: Arquivo Apremavi.

Diálogo Florestal realiza encontro para planejar atuação nos próximos anos

Diálogo Florestal realiza encontro para planejar atuação nos próximos anos

Diálogo Florestal realiza encontro para planejar atuação nos próximos anos

O Encontro Nacional de 2022 do Diálogo Florestal ocorreu em Curitiba, entre os dias 20 e 21 de setembro, e foi marcado pela formulação de um novo planejamento estratégico.

Cerca de trinta representantes dos fóruns regionais, Conselho de Coordenação e do Comitê Executivo estiveram reunidos para revisar os princípios e missão que orienta a atuação do Diálogo Florestal, além de propor novas metas e atividades para os próximos cinco anos. Na oportunidade, também foi definida a visão de futuro (2030) da iniciativa, em consonância com a Década para a Restauração de Ecossistemas, que ocorre no mesmo período e tem apoio do Diálogo Florestal.

Após dois anos de encontros realizados totalmente online, essa edição contou com participantes reunidos presencialmente e outros à distância, através de ferramentas digitais. A pluralidade de perspectivas e territórios representados no encontro trouxeram sugestões para o aprimoramento das atividades nos próximos anos. Entre os anseios estão: continuar avançando na promoção da inclusão, influências na implementação das políticas públicas do setor florestal e influência para o desenvolvimento de estratégias que promovam a conservação da natureza. Essas e outras sugestões foram aprimoradas entre pares, com a sugestão de ações e caminhos para a execução.

Participantes do Encontro Nacional 2022. Foto: Divulgação – Diálogo Florestal. 

Desse modo, o Diálogo Florestal irá dispor de perspectivas aprimoradas para orientar suas atividades e continuar crescendo; evoluindo na representatividade dos personagens interessados no setor florestal no Brasil e catalisando a construção de soluções sustentáveis para o uso e conservação das paisagens.

Vitor Lauro Zanelatto, secretário executivo do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina (FF PR e SC) e integrante da equipe Apremavi, destaca a importância do evento: “O Diálogo Florestal já é uma iniciativa estabelecida no Brasil, respeitada e com inegável mérito para que o diálogo promova soluções no setor florestal. O tom desse encontro se deu pela busca de aprimoramentos. O futuro dessa iniciativa exemplar aos demais setores produtivos do Brasil deve estar no caminho da diversidade e da atuação constante em busca da sustentabilidade”, destaca.

Na oportunidade, o (FF PR e SC) também realizou a distribuição dos primeiros exemplares da cartilha “Paisagens Florestais e o Protagonismo das Mulheres”. A publicação apresenta ensaios de seis integrantes do Fórum Florestal que atuam em diferentes posições do setor, buscando a conservação dos recursos, a equidade de gênero, e a promoção de diálogos capazes de construir soluções.

O Diálogo Florestal
O Diálogo Florestal é uma iniciativa inédita e independente que facilita a interação entre representantes de empresas do setor de base florestal e organizações ambientalistas e movimentos sociais com o objetivo de construir visão e agendas comuns entre esses setores. Visa promover ações efetivas associadas à produção florestal, ampliar a escala dos esforços de conservação e restauração do meio ambiente.

A iniciativa reúne empresas, organizações da sociedade civil, instituições de ensino e pesquisa que participam dos Fóruns Regionais. Para deliberar sobre pautas nacionais o Diálogo Florestal realiza Encontros Nacionais, no máximo a cada dois anos.

Autores: Vitor Lauro Zanelatto.
Revisão: Thamara Santos de Almeida.

Gestores de parques catarinenses visitam Apremavi

Gestores de parques catarinenses visitam Apremavi

Gestores de parques catarinenses visitam Apremavi

Nos dias 24 e 25 de agosto gestores de Unidades de Conservação (UCs) Estaduais de Santa Catarina vinculados ao Instituto de Meio Ambiente (IMA) do Estado estiveram na Apremavi para uma visita técnica no Viveiro Jardim das Florestas e na Trilha da Restauração. Além das instalações da Apremavi, o grupo visitou a RPPN Serra do Pitoco e o PNM Mata Atlântica.

O propósito da visita foi trocar experiências com a equipe técnica da Apremavi sobre o processo de produção de mudas, os cuidados com um viveiro de espécies nativas e as etapas para construção de um viveiro. “Muitos parques e reservas aqui no estado tem uma demanda alta de mudas nativas para atender os projetos de restauração de áreas degradadas que ficam dentro das UCs; nossa ideia é criar viveiros próprios e também fomentar uma rede de viveiristas para suprir com esse passivo”, comenta Marcos Maes, gestor da Reserva Biológica Estadual do Sassafrás localizada em Doutor Pedrinho e Benedito Novo.

Além do interesse no trabalho dos viveiristas, também foram trocadas informações sobre os processos de coleta de sementes, os desafios do processo de restauração, sobre as diferentes metodologias de restauração que a Apremavi vem aplicando nos seus projetos, sobre o desafio do controle de espécies invasoras, bem como sobre maneiras de fortalecer os programas de visitação e educação ambiental desenvolvidos no âmbito das unidades.

Para o Gerente de Áreas Naturais Protegidas do IMA, Aurélio José de Aguiar, que já teve a oportunidade de visitar todas as UCs do estado, há coisas que precisam ser sentidas e vivenciadas; “O laboratório vivo da Apremavi é uma dessas coisas, todos que vem aqui saem com a absoluta certeza de que é possível fazer restauração na prática”, comenta Aurélio.

Gestores na Trilha da Restauração. Foto: Miriam Prochnow. 

Os gestores estão à frente das dez Unidades de Conservação Estaduais de Santa Catarina: o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, o Parque Estadual da Serra Furada, o Parque Estadual do Rio Canoas, o Parque Estadual do Rio Vermelho, o Parque Estadual Fritz Plaumann, o Parque Estadual das Araucárias, o Parque Estadual Acaraí a Reserva Biológica Estadual do Sassafrás, a Reserva Biológica do Aguaí, e a Reserva Biológica da Canela Preta.

O próximo passo é a formalização de uma parceria concreta entre a Apremavi e o IMA. “Para nós da Apremavi essa visita é um momento bastante oportuno para retomarmos o trabalho conjunto em prol da conservação dos ecossistemas naturais de Santa Catarina“, comenta Carolina Schäffer, vice-presidente da instituição. Ideia que é corroborada pelo Diretor de Biodiversidade e Florestas, Rogerio Rodrigues, que menciona a necessidade de uma parceria direta entre o IMA e a Apremavi: “precisamos de trabalho em conjunto, visão estratégica de futuro e de ações de longo prazo”.

Registros das visitas em diferentes espaços da Apremavi. Fotos: Miriam Prochnow. 

Autora: Carolina Schäffer
Revisão: Miriam Prochnow.

Novo Bosque de Heidelberg é plantado em Pouso Redondo

Novo Bosque de Heidelberg é plantado em Pouso Redondo

Novo Bosque de Heidelberg é plantado em Pouso Redondo

No dia 19 de agosto um novo Bosque de Heidelberg foi implementado na comunidade de Santa Rita em Pouso Redondo (SC). Ao todo foram plantadas 1.500 mudas de espécies frutíferas nativas numa área com plantio total e mais 1.000 mudas de erva-mate e palmito numa área de enriquecimento.

Leomar Andrade, proprietário da área, comenta que resolveu plantar árvores porque precisava cuidar da saúde: “Eu tive intoxicação por uso de agrotóxicos na lavoura de fumo, fui internado três vezes em menos de um mês. Esse episódio foi marcante e por conta disso resolvi começar a plantar alimentos orgânicos e a restaurar as áreas da minha propriedade. Plantamos as primeiras árvores há quatro anos e como sempre tive a ideia de fazer um corredor ecológico, resolvi ampliar a área plantada e proteger todas as nascentes que temos aqui”.

Além da equipe da Apremavi e do proprietário da área, acompanharam o plantio o Secretário de Desenvolvimento Rural de Pouso Redondo, Luiz Nelson Borghesan, e o estudante Thibault Vermeulen, da Universidade de Yale que trabalha com o Diálogo Florestal Internacional (The Forests Dialogue – TFD).

“Essa propriedade é um orgulho e um exemplo para o nosso município por ser uma das primeiras que é totalmente certificada para a produção de orgânicos. Esperamos agora ver os frutos do plantio que estamos fazendo hoje”, comenta o secretário Borghesan. O estudante de Yale partilha do sentimento de orgulho, já que acompanhava pela primeira vez na vida um mutirão de plantio: “Foi uma experiência muito bacana poder estar aqui hoje no meu último dia de estágio, sobretudo depois de ter podido acompanhar todo o processo de produção das mudas lá no Viveiro Jardim das Florestas”, comenta Thibault.

Fotos do plantio realizado na propriedade. Fotos: Carolina Schäffer e Vitor Zanelatto. 

O projeto Bosques de Heidelberg

Vencedor do 22 Prêmio Expressão de Ecologia (2022), a iniciativa é fruto da parceria teuto-brasileira entre a Apremavi e a Bund für Umwelt und Naturschutz Deutschland – BUND, que já realizavam intercâmbios e apoio mútuo nas ações desenvolvidas pela causa socioambiental. A iniciativa tomou forma em 1998, quando os primeiros bosques foram plantados no coração de Santa Catarina.

Na prática, a Apremavi promove a produção de mudas nativas da Mata Atlântica e o plantio em áreas públicas e privadas, identificadas como paisagens degradadas ou outras que apresentam as características necessárias para que uma floresta possa crescer. Na Alemanha, a BUND realiza junto aos alunos das escolas da cidade a captação de recursos para viabilizar os plantios em terras brasileiras, através da venda de alimentos, como cucas e panquecas, durante as feiras organizadas pela comunidade escolar, sobretudo na época das festas de final de ano.

Além dos plantios, desde 2008, é realizada bianualmente a ação “Der Regenwald kommt in die Klassenzimmer” (A Mata Atlântica vai às salas de aula) na qual representantes da Apremavi realizam em Heidelberg uma semana de palestras em todas as escolas que fazem parte do projeto. As palestras são ministradas em alemão, para estudantes de 09 a 17 anos (Ensino Fundamental e Médio), envolvendo a cada ano cerca de 600 alunos. A palestra aborda principalmente temas como a Mata Atlântica no Brasil, suas riquezas e belezas naturais e também os problemas e ameaças que afetam a sua biodiversidade.

 

Autora: Carolina Schäffer

Apremavi promove encontro para o diálogo pela restauração em SC

Apremavi promove encontro para o diálogo pela restauração em SC

Apremavi promove encontro para o diálogo pela restauração em SC

O “1º encontro dos projetos aprovados pelo Chamamento Público nº 02/2018 do IBAMA” aconteceu no auditório do Centro Ambiental Jardim das Florestas, sede da Apremavi em Atalanta (SC), no último dia 12/08/2022, em modo híbrido.

A intenção do encontro foi reunir representantes das organizações executoras de projetos aprovados no Chamamento Público nº 02/2018, realizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que visa a Restauração de populações da flora ameaçadas de extinção da Mata Atlântica em Santa Catarina.

Além disso, atores interessados nos projetos, como lideranças locais, representantes de organizações da sociedade civil e servidores públicos de órgãos e divisões ambientais marcaram presença. Representantes do IBAMA e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) sanaram dúvidas sobre os procedimentos e atividades administrativas previstas. Os diálogos entre os presentes também evidenciaram sinergias entre os projetos aprovados.

Na oportunidade, pesquisadores do Instituto Federal Catarinense – Campus Rio do Sul (SC) apresentaram resultados preliminares dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos em laboratório para a produção em escala de mudas de espécies nativas fastidiosas, como o Xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana Hook). As descobertas e procedimentos estabelecidos deverão fornecer mudas para as atividades de restauração.

O encontro foi liderado pela Apremavi por meio do Projeto +Floresta, aprovado no Chamamento. O projeto está sendo desenvolvido nos próximos oito anos no município de Abelardo Luz e as unidades de implantação estão localizadas nas Reservas Legais de sete Projetos de Assentamento (PAs) da Reforma Agrária. O objetivo é contribuir com a restauração da vegetação nativa na Floresta Ombrófila Mista, no Oeste de Santa Catarina, com o incremento de espécies vegetais ameaçadas de extinção como a araucária, a imbuia e o xaxim, ambas com histórico de intensa exploração no estado.

O encontro foi co-realizado pelo Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina (FF PR e SC). O Fórum Florestal é responsável por reunir empresas do setor florestal, empresas de consultoria, organizações da sociedade civil e academia para o debate e proposição de soluções para assuntos que dizem respeito à silvicultura e à conservação. O FF PR e SC acompanhou o processo de chamamento público e chancelou propostas das organizações que integram a iniciativa, como Apremavi, Vianei e Mater Natura.

O encontro foi realizado no Centro Ambiental Jardim das Florestas. Fotos: Vitor L. Zanelatto. 

O Projeto +Floresta

O +Floresta foi lançado para contribuir com a restauração da vegetação nativa na Floresta Ombrófila Mista, no Oeste de Santa Catarina, com o incremento de espécies vegetais ameaçadas de extinção como a araucária, a imbuia e o xaxim, ambas com histórico de intensa exploração no estado.

Será desenvolvido ao longo de oito anos, de 2022 a 2030, no município de Abelardo Luz, em Santa Catarina, sendo que as unidades de implantação estão localizadas nas Reservas Legais de sete Projetos de Assentamento (PAs) da Reforma Agrária – 13 de Novembro, Bela Vista, José Maria, Maria Silverstone, Recanto Olho D’Água, Roseli Nunes e Volta Grande, e em uma Área de Preservação Permanente da Terra Indígena – T.I. Toldo Imbu.

O Projeto +Floresta é financiado pelo IBAMA através do Acordo de Cooperação Técnica Nº 34/2021 e supervisionado pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina, Instituto Socioambiental (ISA) e Justiça Federal de Santa Catarina, na forma da ação n° 5001458- 53.2017.4.04.7200/SC.

Autor: Vitor L. Zanelatto.

Comitê brasileiro da IUCN elege nova diretoria

Comitê brasileiro da IUCN elege nova diretoria

Comitê brasileiro da IUCN elege nova diretoria

Membros do Comitê Brasileiro da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês para International Union of Conservation of Nature) se reuniram no último dia 15 de agosto em Assembleia Geral Extraordinária que elegeu um novo secretariado.

Entre os eleitos para guiar as atividades do Comitê no triênio 2022-2025 estão Maria Cecília Wey de Brito, do Instituto Ekos, como presidente, Carlos Durigan, do WSC Brasil, como vice-presidente, e Carolina Schäffer, da Apremavi, como secretária executiva.

Maria Cecília, que assume a nova diretoria, acredita que “a promoção do desenvolvimento econômico e social sustentável e inclusivo, em harmonia com a natureza é urgente, por isso fortalecer o comitê brasileito da IUCN é um passo importante na agenda global da conservação da natureza”.

A nova diretoria pretende continuar o trabalho que já vinha sendo feito na gestão anterior, de fortalecimento do Comitê Nacional ao ampliar as ações de advocacy e comunicação, ao amplificar o contato com as instâncias de governança da IUCN na América Latina e também ao retomar a campanha Brazil Matters, lançada durante o Congresso Mundial de Conservação da Natureza de 2021. Brazil Matters é uma carta que expõe a visibilidade do Brasil como fundamental na agenda da conservação da natureza e da biodiversidade global. Acesse a íntegra aqui.

O Comitê Brasileiro conta hoje com 25 organizações membro espalhadas pelo território nacional e que atuam em defesa de todos os biomas brasileiros.

Registro da reunião que elegeu o novo secretariado da IUCN no Brasil. Figura: Arquivo Apremavi.

A IUCN

Criada em 1948, a IUCN é a maior e mais antiga rede para a conservação da natureza do mundo, agregando mais de 1.400 organizações membros e contando com a contribuição de cerca de 15.000 especialistas voluntários de 160 países que influenciam os rumos da conservação da biodiversidade através da ótica da crise do clima, das comunidades tradicionais e do desenvolvimento sustentável.

Dentre as inúmeras contribuições da rede para a temática, está a publicação da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, que tem servido de base para governos, ONGs e empresas tomarem decisões que afetam os habitats naturais que remanescem no planeta. Outro ponto importante é a colaboração com governos nacionais e locais, comunidades e outros organismos, para que sistemas de áreas protegidas sejam criados e geridos corretamente.

A troca de experiências entre os membros começa nos comitês nacionais em cada país que promovem o diálogo, compartilham experiências e suportam cooperações diversas entre todas as regiões do mundo, e também no debate no âmbito das comissões, que são:

1. Comissão de Educação e Comunicação – CEC (sigla em inglês);
2. Comissão de Políticas Ambientais, Econômicas e Sociais – CEESP (sigla em inglês);
3. Comissão de Espécies Ameaçadas – SSC (sigla em inglês);
4. Comissão Mundial em Legislação Ambiental – WCEL (sigla em inglês);
5. Comissão de Manejo de Ecossistemas – CEM (sigla em inglês); e,
6. Comissão Mundial de Áreas Protegidas – WCPA (sigla em inglês).

Autora: Carolina Schäffer
Foto de capa: Encontro de membros do Comitê Sul-Americano da IUCN e lançamento do Manifesto Brazil Matters (2021). Foto: Comitê Brasileiro da IUCN.

Matas Sociais presente em eventos da agricultura familiar

Matas Sociais presente em eventos da agricultura familiar

Matas Sociais presente em eventos da agricultura familiar

Técnicos da Apremavi participaram de atividades em Imbaú e Tibagi (PR), realizadas em homenagem aos produtores locais e para o reconhecimento da agricultura familiar da região.

Os eventos contaram com a presença dos representantes do Sindicato dos trabalhadores rurais dos municípios, secretarias do Meio Ambiente e Agricultura e representantes da Klabin. Além da doação de mudas, também foram realizadas palestras educacionais relacionadas ao meio ambiente e o desenvolvimento da agricultura familiar regional.

Segundo Marcos Danieli, Consultor de Responsabilidade Social e Relações com a Comunidade da Klabin, a participação do Matas Sociais foi de grande valor: “ambos os eventos foram um sucesso, ficamos gratos e felizes em ver a receptividade e o grande interesse por parte dos agricultores. Somos gratos, como equipe, em poder contribuir de forma significativa com os eventos”. Através do Programa Matas Sociais, foram doadas aproximadamente 2.600 mudas para os produtores rurais que visitaram o estande da Apremavi e da Klabin.

O secretário geral da agricultura do município de Imbaú, Jocelino Couto Ribeiro, destacou a importância do Programa Matas Sociais e afirmou o apoio da secretaria do município para fortalecimento e ampliação do programa. “Devemos unir forças e somar juntos em favor da agricultura familiar e do nosso meio ambiente. Eventos como estes são de grande importância, para a valorização do produtor rural, e também para o desenvolvimento da agricultura sustentável”.

Registro das atividades desenvolvidas pelo Matas Sociais. Fotos: Marcos Danieli e William V. de Castro Ribas.

Os técnicos do projeto aproveitaram a oportunidade para apresentar objetivos e resultados da iniciativa: desde o apoio na produção de produção e comercialização de alimentos, adequação ambiental, promoção de ações de formação, diversificação da propriedade e incentivo ao associativismo e cooperativismo. Nos últimos cinco anos do programa, mais de 70% dos agricultores relataram aumento de renda, resultado que vem associado à ampliação dos canais de comercialização, apropriação de novas tecnologias, organização produtiva e cuidados ambientais.

“Ações como esta de educação ambiental, tem um papel fundamental na agricultura familiar e só vem a somar para a preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Através de nossas visitas e monitorias sempre estamos em contato direto com os produtores, e em eventos como esses temos a oportunidade de apresentar e divulgar nossas ações para a comunidade em geral”, comenta Emílio Ribas, coordenador técnico da Apremavi para o projeto Matas Sociais no Paraná.

O Programa Matas Sociais 

O ‘Matas Sociais – Planejando Propriedades Sustentáveis’ é um projeto da parceria entre a Klabin, a Apremavi e o Sebrae que tem o objetivo de contribuir para o fortalecimento econômico, ambiental e social das pequenas e médias propriedades rurais nos 11 municípios onde o projeto atua (Telêmaco Borba, Imbaú, Ortigueira, Curiúva, Sapopema, São Jerônimo da Serra, Cândido de Abreu, Rio Branco do Ivaí, Reserva, Tibagi e Ventania).

Por isso o Matas Sociais auxilia agricultores familiares a encontrar soluções para a adequação das propriedades e comunidades em demandas ambientais. Auxilia na realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e no Plano de Recuperação Ambiental (PRA). Também contribui no planejamento sustentável e na diversificação do uso da propriedade. Incentiva assim a agricultura familiar, a permanência no campo, o desenvolvimento da cadeia de produção e consumo na região e o empreendedorismo.

Autor: William V. de Castro Ribas
Revisão: Vitor L. Zanelatto

LUD Alto Vale em estudo por estudante de Yale

LUD Alto Vale em estudo por estudante de Yale

LUD Alto Vale em estudo por estudante de Yale

Em julho, a Apremavi recebeu a visita de Thibault Vermeulen, estudante da Universidade de Yale que trabalha com o Diálogo Florestal Internacional (The Forests Dialogue – TFD) e esta no Brasil, entre junho e agosto, para fazer um estágio. O foco do trabalho será o Diálogo do Uso do Solo (Land Use Dialogue – LUD), além de uma pesquisa relacionada aos impactos do Diálogo Florestal nos territórios onde aconteceram as edições da iniciativa.
Na Apremavi, Thibault realizou entrevistas com atores do LUD Alto Vale, teve contato com as ações do Fórum Florestal Paraná e Santa Catarina e acompanhou os trabalhos do Viveiro Jardim das Florestas, em Atalanta (SC).

Após fazer a trilha da restauração, o estudante falou que foi uma experiência incrível. Também disse que bebeu água da nascente e que talvez tenha sido a melhor água que bebeu na vida. “Escolhi vir ao Brasil para meu estágio com o Diálogo Florestal para entender melhor como as práticas de uso do solo se cruzam com as realidades sociais locais. A semana que passei em Atalanta me ajudou a aprofundar minha compreensão dessas questões. Uma coisa que admiro muito na Apremavi é a dedicação dos funcionários em tomar o tempo para conhecer e engajar com os atores locais. Isso ajuda a construir legitimidade e implementar projetos que podem gerar mudanças.”

Registros dos diálogos já realizados por Thibault no Alto Vale. Fotos: Miriam Prochnow, Arquivo Apremavi. 

O pesquisador destacou o trabalho da Apremavi para a promoção de mudanças sistêmicas: “Fiquei impressionado com a disposição da organização em se envolver em várias questões, incluindo políticas públicas, bem como educação e engajamento dos jovens. A Apremavi entende a importância do diálogo e da construção de parcerias com empresas privadas, mas segue com as raízes ativistas de sua fundação, dando prioridade à justiça social. A nível pessoal, também desenvolvi excelentes relações com o pessoal com quem trabalhei no viveiro, bem como com as partes interessadas locais que tive a oportunidade de entrevistar.”

Numa avaliação geral sobre o LUD Alto Vale, os entrevistados têm uma visão positiva da iniciativa, que oportunizou um olhar integrado do território e de parcerias que foram fortalecidas, além de novas que surgiram. Também fortaleceu parcerias bilaterais, com o surgimento de novos projetos. Como exemplos de projetos que utilizaram as informações e articulações do LUD AVI há o Restaura Alto Vale, executado pela Apremavi, e o projeto de criação de RPPNs, executado pela Associação Ambientalista Pimentão. Todos os atores acham que uma nova fase do LUD é necessária e que temos um LUD latente.

As impressões iniciais,compiladas por Thibault, resultantes das entrevistas são:

Participação de lideranças locais

・O LUD permite o envolvimento de lideranças locais. Quanto mais as lideranças confiam no processo de diálogo, mais participação haverá e, consequentemente, a mudanças de políticas e práticas;
・Ensino Eurocêntrico e problema geracional e cultural;
・As práticas de uso do solo continuam sendo o resultado do legado da educação e transmissão de práticas eurocêntricas;
・Possibilidade de promoção de um bloqueio cultural, o produtor considera que suas práticas são as melhores porque eram aquelas dos seus antepassados.

Educação ambiental

・Para enfrentar esse problema cultural, a educação ambiental é primordial. Podem ser aplicadas atividades como palestras para crianças e capacitação técnica para agricultores.

Engajamento dos jovens

・Necessidade de envolver mais jovens no processo do diálogo;
・Pode ajudar também a resolver o problema geracional, ajudar e tratar o problema do uso do solo de uma maneira mais interseccional (pensando nos aspectos sociais e ambientais de forma integrada).

Articulação após as etapas de diálogo

・Foi interessante observar que representantes de setores bem-organizados (governo, ONG) acharam que a articulação/engajamento após o Diálogo foi um sucesso;
・Representantes de setores menos organizados (agricultores) avaliam que o processo de engajamento parou depois do encontro.

Mensuração de resultados
・Muitos participantes destacaram a dificuldade de mensurar os resultados da iniciativa;
・O LUD é visto como um processo de longo prazo que permite criar relações de confiança.

Anseios por novas edições
・Anseios de realizar um outro LUD e de continuar o processo de articulação;
・Uma fração dos participantes avaliou que seria melhor fazer um LUD em escala local (municípios, por exemplo) para falar de desafios mais específicos.

Registros da fase de campo do LUD Alto Vale. Fotos: Arquivo Apremavi.

O Diálogo do Uso do Solo (LUD)

O Diálogo do Uso do Solo é uma plataforma de participação de múltiplas partes interessadas, com o propósito de reunir conhecimento e liderar processos que influenciam negócios responsáveis, melhorem a governança de territórios e promovam o desenvolvimento inclusivo em paisagens relevantes. O Diálogo do Uso do Solo já contou com várias edições ao redor do mundo, como em Gana, Uganda, República Democrática do Congo e Tanzânia.

Foi realizado pela primeira vez entre 2016 e 2017, no Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Em 2019, foi iniciado na Amazônia, na cidade de Belém com foco no Centro de Endemismo Belém (CEB), em 2020 na Bahia e em 2021 em São Paulo. Atualmente, novas iniciativas estão em fase de articulação nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.

+ Acesse o Guia sobre o LUD

A edição do Alto Vale  promoveu a discussão de cenários sustentáveis no longo prazo para a Mata Atlântica, levando em conta a paisagem e as diferentes formas de uso do solo. O conhecimento existente no território e envolvimento os diversos setores da sociedade para discutir cenários que permitam uma melhor governança e o desenvolvimento inclusivo em paisagens em risco de destruição foram pilares para as discussões.

Conheça alguns dos participantes e atividades do LUD Alto Vale:

Autores: Miriam Prochnow e Vitor L. Zanelatto.
Revisão: Carolina Schäffer​ e Thamara Almeida.

Matas Legais promove educação ambiental

Matas Legais promove educação ambiental

Matas Legais promove educação ambiental

Desenvolvidas em diversas datas e instituições, as atividades de educação ambiental foram concebidas a partir da Semana do Meio Ambiente, com o objetivo de propor momentos de conscientização e formação sobre a Mata Atlântica e biodiversidade aos alunos.

Entre os centros de ensino que receberam as atividades do Matas Legais estão: Colégio Jandira Ferreira Rosa; Universidade UNOPAR e o Colégio Estadual Pedro Marcondes Ribas. Além disso, o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), unidade Vila Rural Chave de Ouro, em Ortigueira (PR), também foi cenário para uma oficina.

Nas escolas estaduais foram realizadas palestras em sala de aula, com a exposição de espécies nativas da Mata Atlântica para que os alunos tivessem contato mais próximo com as mudas. Após as exposições foram aplicadas dinâmicas para a fixação dos conhecimentos. Por fim, foram doadas algumas mudas para os estudantes. Na atividade com as crianças do CRAS foi realizada uma conversa envolvendo as crianças atendidas pela instituição. Também foi realizado o plantio de algumas mudas para a proteção de uma nascente.

Foram envolvidos estudantes, professores e membros administrativos dos centros de ensino. Participaram também produtores já engajados no projeto Matas Legais. A atividade em parceria com a universidade estendeu o convite para toda a comunidade, impactando cerca de 650 pessoas.

Atividades de educação ambiental desenvolvidas desde junho deste ano pelo Matas Legais.
Fotos: Pedro Ferreira e Mauricio Reis.

O Matas Legais

Matas Legais é um projeto da parceria entre a Apremavi e a Klabin que objetiva desenvolver ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal, que ajudem a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e a aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

A palavra legal procura traduzir dois sentidos: o de cumprimento da legislação ambiental e o de expressão de um lugar agradável, bonito e bom de se viver.

O projeto hoje tem duas frentes de atuação, uma em Santa Catarina e uma no Paraná, que trabalham no desenvolvimento de um modelo de planejamento de propriedades que leva em conta tanto a produção e o processo produtivo como a conservação dos ecossistemas e dos recursos naturais.

Autor:  Pedro Ferreira
Revisão: Vitor L. Zanelatto

Precisamos de mais Curupiras. Vamos proteger as florestas?

Precisamos de mais Curupiras. Vamos proteger as florestas?

Precisamos de mais Curupiras. Vamos proteger as florestas?

No folclore brasileiro, o dia 17 de julho é o dia do protetor da floresta, nosso conhecido Curupira, que também atende pelo nome de Pai do Mato, Caipora, Caiçara, Anhangá e outros. Ele é um espírito mágico que habita as florestas e ajuda a protegê-las. Segundo a lenda, o Curupira tem cabelos vermelhos e os pés virados para trás e isso o ajuda a enganar os inimigos, uma vez que seus passos ficam na posição trocada, dando a impressão de que estão indo na direção contrária. Assim ele consegue afastar os caçadores e madeireiros.

Por isso, esse dia também é o Dia de Proteção às Florestas, uma data que tem como objetivo lembrar a importância da conservação dos biomas brasileiros, casa de milhares de espécies de plantas e animais, inclusive a espécie humana. É uma forma de chamar a atenção para a destruição das florestas e fazer um convite para que todas as pessoas se engajem em atividades de preservação, restauração e combate ao desmatamento.

É uma data importante para realizar ações práticas que possam mostrar para a população os perigos que aguardam a humanidade, caso não seja feito algo para proteger a natureza.

Para celebrar a data, a Apremavi chama a atenção para uma ação muito importante na restauração de florestas, que é a produção de mudas de árvores nativas. O Viveiro Jardim das Florestas produz mais de 200 espécies diferentes e a época de outono/inverno é o período de se produzir mudas de uma espécie muito especial, que é a araucária, conhecido também como pinheiro-brasileiro. É a época do pinhão, semente da araucária. Este ano a Apremavi deve produzir 100 mil mudas de araucária para atender diversos projetos, entre eles o Conservador das Araucárias, o Matas Legais e o Matas Sociais.

Fases de crescimento das mudas de Araucária. Fotos: Vitor Zanelatto e Gabriela Schäffer. 

Tivemos até uma participação especial de Valéria Michel, diretora de Sustentabilidade da Tetra Pak e da Karen Vasconcellos, head de Assuntos Corporativos da empresa, que ajudaram a semear pinhões, para o projeto Conservador das Araucárias. Elas estiveram na Apremavi no dia 06 de junho, ocasião em que visitaram o Centro Ambiental, o Viveiro Jardim das Florestas e a Trilha da Restauração. Também conheceram os primeiros plantios na área piloto do projeto, em Urubici, onde ajudaram a plantar uma araucária.

A visita foi acompanhada pelo Secretário de Meio Ambiente do estado de Santa Catarina, Leonardo Porto Ferreira. Além da equipe da Apremavi, a visita à área piloto teve a participação do proprietário da área, Giem Guimarães, e da prefeita de Urubici, Mariza Costa.

Visita dos representantes da Tetra Pak em Santa Catarina. Fotos: Carolina Schäffer. 

O Conservador das Araucárias

Lançado em abril, o Conservador das Araucárias é um projeto de restauração ambiental que traz um modelo inovador focado na recuperação de áreas rurais degradadas por meio do plantio de espécies nativas, com benefícios para as comunidades locais, fauna e flora da Mata Atlântica e sequestro de carbono.

Desenvolvido em parceria com a Tetra Pak, líder mundial em soluções para processamento e envase de alimentos, o projeto tem a ambição de restaurar pelo menos 7 mil hectares da Mata Atlântica em um período de dez anos – o equivalente a 9.800 campos de futebol.

O Conservador das Araucárias conta com o acompanhamento da Conservation International (CI), da The Nature Conservancy Brasil (TNC) e da Klabin, fornecedora de matéria prima da Tetra Pak e parceira de longa data da Apremavi nos Programas Matas Legais e Matas Sociais. Saiba mais sobre o projeto aqui.

Autoras: Miriam Prochnow e Carolina Schäffer

Alceo Magnanini, uma vida dedicada à Natureza

Alceo Magnanini, uma vida dedicada à Natureza

Alceo Magnanini, uma vida dedicada à Natureza

A Rede Nacional Pró Unidades de Conservação (Rede Pró UC) e a Apremavi lamentam o falecimento do professor Alceo Magnanini, um dos mais respeitados ambientalistas brasileiros.

Engenheiro agrônomo de formação, Magnanini foi um dos pioneiros nas ações de conservação da biodiversidade do Brasil, sendo um dos responsáveis pela elaboração da Lei do SNUC, Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. Atuou como Botânico do Ministério da Agricultura e Chefe do Setor de Ecologia Florestal do Centro de Pesquisas Florestais e Conservação da Natureza do Estado da Guanabara e Conselheiro do Conselho Florestal Federal. Também foi membro do grupo que delimitou a parte sul da Amazônia e o primeiro diretor do Parque Nacional da Tijuca.

Integrou a equipe técnica que elaborou o Código Florestal Brasileiro de 1965 (Lei 4.771/1965), com visão de futuro vanguardista. O regramento conferiu proteção legal aos principais bens ambientais, independentemente de sua localização, seja no ambiente rural ou urbano, em áreas privadas ou públicas e era considerado um marco na legislação ambiental brasileira, até sua revogação pela Lei 12.651/2012.

A atuação do ativista no grupo de trabalho que elaborou a redação do Código Florestal de 1965 está registrada no livro do Observatório do Código Florestal (OCF), “Uma breve história da Legislação Florestal Brasileira”:

“Em 1961, foi instituído um grupo de trabalho para elaboração da Lei Florestal13, composto por Osny Pereira, como coordenador, Alceo Magnanini, agrônomo pioneiro na área de biogeografia, e mais quatro autoridades no tema florestal. Com a renúncia do Presidente Jânio Quadros, os trabalhos foram interrompidos e retomados em 1962, com o ingresso de um especialista no grupo de trabalho, Victor Farah, primeiro diretor executivo da Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza, organização ambientalista pioneira no país. Cada item foi estudado profunda e exaustivamente, com pesquisas de campo, análise de legislações estrangeiras, consultas, debates, até se alcançar o consenso no grupo após dois anos de trabalho.”

Wigold Schäffer, ambientalista e co-fundador da Apremavi, destaca a inspiração que a trajetória de Alceu representa: “Alceo Magnanini além de um grande técnico, foi um ativista ambiental, continuamente defendeu os biomas brasileiros mesmo com idade avançada pois sabia que sem florestas não existe futuro. Foram 96 anos de dedicação à proteção da Natureza”.

O vídeo “Testemunho da história e da verdade” mostra o depoimento de Alceo sobre a elaboração do #CódigoFlorestal de 1965. As gravações ocorreram durante o Seminário “A Mata Atlântica no Ano Internacional das Florestas”, realizado em Brasília (DF), em 2011. Confira:

Autor: Vitor L. Zanelatto.

35 anos semeando ativismo pela vida de todas as espécies

35 anos semeando ativismo pela vida de todas as espécies

35 anos semeando ativismo pela vida de todas as espécies

Hoje completamos 35 anos de luta pela vida de todas as espécies. Celebramos a data relembrando nossas raízes, tronco, galhos, flores, frutos e sementes.

 

Nossas raízes

A história da Apremavi começou na virada de 1980 para 1981 quando Miriam Prochnow e Wigold B. Schaffer se conheceram em um baile de ano novo no interior de Santa Catarina. Nessa mesma década, na região da Serra da Abelha, a Terra Indígena La Klãnõ, em Ibirama (SC), que estava sendo devastada por madeireiros que atuavam sem restrições, situação que deixou o casal indignado. Na ocasião, o amigo Philipp Stumpe apresentou diversas literaturas sobre a luta ambientalista e dos povos indígenas, como o livro Não Verás País Nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão, Índios e Brancos no Sul do Brasil, de Sílvio Coelho dos Santos.

O interesse na área ambiental ficou ainda mais evidente o que os levou à procura de Lauro Bacca e Lucia Sevegnani, representantes da Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena), que sugeriram que o casal criasse uma ONG para atuar no Vale do Itajaí. Miriam e Wigold mobilizaram colegas que poderiam colaborar na nova empreitada e assim a Apremavi foi oficialmente fundada. 21 pessoas estiveram presentes na reunião de fundação, realizada em 09 de julho de 1987 em Ibirama (SC), exatamente há 35 anos.

O tronco que nos sustenta

Para cumprir nossa missão de “defender, preservar e recuperar o meio ambiente e os valores culturais, buscando a sustentabilidade em todas as dimensões e a melhoria da qualidade de vida na Mata Atlântica e outros biomas”, contamos hoje com uma equipe de quase 40 colaboradores, entre funcionários, estagiários, aprendizes, consultores e voluntários. Esses profissionais atuam em projetos para a restauração e conservação da Mata Atlântica; todos eles começam no Viveiro Jardim das Florestas, com a produção de novas árvores nativas da Mata Atlântica.

A história do viveiro começou em 1985, dois anos antes da fundação da Apremavi, com a produção das 18 primeiras mudas. Hoje o viveiro é um dos maiores viveiros do sul do Brasil, produzindo mudas de 200 diferentes espécies nativas da Mata Atlântica. Localizado na comunidade de Alto Dona Luiza, em Atalanta (SC), o viveiro é mantido com apoio de vários projetos através da demanda de mudas desses projetos para plantios de restauração ecológica, enriquecimento de florestas e recuperação de áreas degradadas.

O viveiro está equipado com estufas e galpões que dão suporte para todo o processo de produção das mudas. O viveiro é um polo tecnológico por conta de suas pesquisas, sobretudo na produção de espécies nativas da Mata Atlântica, e por conta do sistema Ellepot, implantado em 2019, ocasião em que as instalações foram ampliadas e modernizadas.

Junto ao viveiro, a Apremavi mantém um Centro Ambiental que abriga sua sede e ecoloja. Construído em 2013 com o apoio de inúmeros parceiros da região, foi idealizado para que a Apremavi pudesse desenvolver uma parte importante de sua missão institucional, que é a de compartilhar conhecimentos para a conservação da biodiversidade. Desde a sua inauguração, o Centro Ambiental já foi palco de inúmeras atividades de educação ambiental que aliam teoria e prática e diversas ações diretamente vinculadas aos projetos desenvolvidos pela Apremavi, tornando-o uma referência para outras organizações do Brasil e do exterior.

Uma rede com muitos galhos e folhas

A Apremavi acredita no intercâmbio e nas parcerias como melhor forma de enfrentar os problemas socioambientais. Esteve presente na Rio 92, onde ampliou redes, parcerias e mobilizações em prol das políticas públicas socioambientais. Ajudou a criar a Federação de Entidades Ecologistas Catarinense (FEEC) e faz parte da Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA).

Tem parcerias de sucesso com empresas, poder público, Organizações Não-Governamentais, instituições de ensino e universidades, cooperativas e associações, sempre procurando amplificar o impacto das atividades, compartilhar conhecimentos e co-construir soluções inovadoras para a proteção da Natureza. Faz parte e ajudou a criar coletivos e redes locais, nacionais e internacionais que buscam a implementação de leis ambientais e o desenvolvimento sustentável.

Integra a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais pelo Meio Ambiente e Desenvolvimento (FBOMS), o Observatório do Código Florestal, o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Também é membro e compõe o conselho do Observatório do Clima, tem assento no Conselho Brasileiro e Internacional do FSC e atua no Diálogo Florestal.

Frutos para colher

Ao longo de sua trajetória, a Apremavi mobilizou grande esforço pelo aprimoramento das políticas públicas ambientais, pela criação de unidades de conservação públicas e particulares, em ações de capacitação e educação ambiental, além de atuar diariamente na restauração e recuperação de áreas degradadas.

Atualmente desenvolve sete projetos, além de diversas iniciativas para a defesa da legislação ambiental e dos territórios, educação ambiental e desenvolvimento de saberes e tecnologias para a restauração e conservação da Mata Atlântica. Conheça os projetos que germinaram na Apremavi e estão sendo promovidos atualmente:

Clima legal: realiza plantios de árvores nativas visando a neutralização das emissões de CO2, amenizando os efeitos da crise climática e contribuindo com a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica.

Bosques de Heidelberg: desenvolvido com a ONG alemã Bund für Umwelt und Naturschutz Deutschland – BUND, promove a restauração da Mata Atlântica e a realização de ações de educação ambiental.

Matas Legais: criado em parceria com a Klabin, desenvolve ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

Matas Sociais: desenvolvido em parceria com a Klabin e o Sebrae, atua no fortalecimento econômico, ambiental e social das pequenas e médias propriedades rurais do Paraná e Santa Catarina.

Implantando o Código Florestal: atua no fomento de políticas, práticas, transparência e governança para a implantação do Código Florestal. É executado através de um consórcio liderado pelo Observatório do Código Florestal e é apoiado pela Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento – NORAD.

Conservador das Araucárias: visa a restauração florestal com espécies nativas, atrelada à captura de carbono para mitigação das mudanças climáticas, a adequação de propriedades rurais à legislação ambiental e a conservação de mananciais hídricos, do solo e da biodiversidade, bem como a melhoria da qualidade de vida da população inserida no território. É fruto da parceria entre a Tetra Pak e a Apremavi.

+Floresta: Tem como objetivo contribuir com a restauração da vegetação nativa em Abelardo Luz (SC), área de domínio de Floresta Ombrófila Mista, no Oeste do Estado de Santa Catarina, voltadas ao incremento das populações de araucária (Araucaria angustifolia), imbuia (Ocotea porosa) e xaxim (Dicksonia sellowiana), espécies vegetais ameaçadas de extinção com histórico de intensa exploração no estado.

Flores do reconhecimento

Com raízes de propósito, troncos e galhos fortes, muitas sementes germinadas, as flores vêm em forma do reconhecimento. As homenagens e os prêmios simbolizam o sucesso dos inúmeros projetos que beneficiaram a Natureza e a sociedade. Entre eles dois Prêmios Fritz Müller de Ecologia (1996 e 2021), doze Prêmios Expressão de Ecologia (1998, 2002, 2007, 2008, 2012, 2015, 2016, 2018, 2019, 2021 [2 categorias] e 2022), o Prêmio Muriqui (2010), além de estar na lista dos 500 melhores projetos ambientais do ‘Prêmios Latinoamérica Verde’ (2020).

A Apremavi também é reconhecida como uma organização que colabora com a implantação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, através do Movimento ODS SC. Também foi reconhecida como uma iniciativa de impacto e passou a integrar a plataforma Para Quem Doar, iniciativa da Rede Globo para a cultura da doação no Brasil.

Compartilhando sementes de ativismo

Com 35 anos de existência, a Apremavi aprendeu a transformar sementes em novas florestas. Esse, que um dia foi apenas ideal, hoje é realidade nos milhares de hectares restaurados na Mata Atlântica, que seguem crescendo.

Para o plantio de cada mudinha, a colaboração de muitas pessoas foi necessária. O maior ativo da organização hoje é, sem dúvidas, a poderosa rede diversa, dispersa em vários territórios e com múltiplas habilidades, mas que se unem em doação para contribuir com os projetos e praticar o constante ativismo necessário no presente.  Obrigada a cada um que faz ou já fez parte dessa história, que possamos espalhar sementes, germinar e florescer juntos!

Autores: Thamara Santos de Almeida, Carolina Schäffer e Vitor L. Zanelatto

Apremavi na nova iniciativa da Globo para fortalecer a cultura de doação

Apremavi na nova iniciativa da Globo para fortalecer a cultura de doação

Apremavi na nova iniciativa da Globo para fortalecer a cultura de doação

Lançada em junho deste ano, a iniciativa ‘Para Quem Doar’ conecta doadores e organizações da sociedade civil para o aumento do impacto de projetos socioambientais.

Educação, Negritude, LGBTQIAP+, Meio Ambiente, Saúde e Cultura são apenas algumas das causas que tiveram projetos mapeados e reconhecidos através de curadores especialistas no setor; e que agora são apresentadas a potenciais doadores, divulgando campanhas para a captação de recursos em todo o país.

A plataforma coloca em destaque iniciativas que atuam junto à causa e região geográfica de interesse do usuário. São apresentadas informações sobre a natureza do projeto, metas e objetivos, histórico da organização e o destino previsto dos recursos arrecadados. Além disso, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) associados às atividades são apresentados.

A execução da iniciativa está sendo realizada pela Benfeitoria, uma plataforma de financiamento coletivo que já possibilitou centenas de campanhas de arrecadação para transformar metas em resultados. Já a Rede Globo, que é idealizadora do portal, deverá criar conteúdos para inspirar mais pessoas a doarem, dar mídia para aumentar a visibilidade da ação e de talentos e marcas para fortalecerem causas apoiadas.

As doações são essenciais na manutenção das atividades da Apremavi. Foto: Vitor L. Zanelatto. 

Todas as organizações que integram o projeto foram selecionadas através de uma curadoria minuciosa, endossando a seriedade, transparência e relevância dos projetos e das causas para a sociedade. O processo de doação ocorre no site da própria organização beneficiada, e nenhum valor da doação é retido.

Para Vitor Lauro Zanelatto, colaborador da Apremavi, essa iniciativa significa muito para as organizações e ainda mais para o Brasil: “A plataforma ‘Para Quem Doar’ evidencia a confiança dos brasileiros no trabalho do terceiro setor. Vivemos em um país repleto de agentes de mudança, que assumem o compromisso de criar ONGs, projetos e trabalhar pelas causas em que acreditam, mas que precisam de auxílio para continuar. Queremos ver cada vez mais iniciativas ao nosso lado; no portal e na defesa de um futuro sustentável, justo e democrático”.

Autor: Vitor L. Zanelatto
Revisão: Carolina Schäffer

Parques e ambientalistas novamente sob ataque em SC

Parques e ambientalistas novamente sob ataque em SC

Parques e ambientalistas novamente sob ataque em SC

Os tempos sombrios parecem não ter fim. Ainda estamos impactados com o recente assassinato de Bruno e Dom, a vandalização da estátua de Chico Mendes e todas as questões relacionadas à destruição da Amazônia e nos deparamos com novos ataques a ambientalistas e parques em Santa Catarina.

No dia 28 de junho de 2022, Germano Woehl e Elza Nishimura Woehl foram vítimas de um atentado, com disparos de arma de fogo contra a sua residência, na cidade de Guaramirim. O casal de ambientalistas criou e mantém várias Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) na cidade de Guaramirim e em Itaiópolis. Enquanto isso, em Palhoça, a prefeitura está querendo implantar uma rodovia na área do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e, na região de Blumenau, iniciativas visam mudar a categoria do Parque Nacional da Serra do Itajaí.

Ao mesmo tempo em que manifesta sua solidariedade ao casal de ambientalistas, esperando uma ação urgente para que os culpados sejam punidos, a Apremavi se junta aos movimentos em defesa dos parques acima citados, e tantos outros, cuja manutenção é fundamental para a qualidade de vida de todas as espécies.

Entenda os casos e participe das mobilizações.

Casal de Ambientalistas sofre atentado

Confira a íntegra do relato escrito por Germano Woehl e compartilhado nas redes sociais. Germano e sua esposa, Elza Woehl, foram vítimas de um atentado no dia 28/06. Ambos são ambientalistas, proprietários da RPPN Santuário Rã-bugio, onde desenvolvem projetos em busca da proteção de áreas remanescentes da Mata Atlântica, e também ajudam no monitoramento de tais regiões, alertando e denunciando crimes ambientais.

 

“Sofremos um atentado na última terça-feira, 28/06/2022, por volta das 19h30min. Um motoqueiro parou na estrada em frente de nossa casa em Guaramirim (SC) na RPPN Santuário Rã-bugio e efetuou 3 disparos de arma de fogo, espingarda cano curto calibre 12, contra nossa residência. A PM foi acionada e chegou minutos depois e fez a inspeção. O primeiro tiro foi contra a placa da RPPN (que só vimos no dia seguinte). Outros dois tiros foram em nossa residência, a 25 metros de distância da estrada. Foram usados diferentes tipos de munição. Um tiro de um único balote acertou a parede da casa a alguns centímetros da porta e fez um buraco de 3 cm. Outro tiro, a munição continha 7 balotes que atravessaram a porta veneziana da garagem, ricochetearam na parede interna, estilhaçando a vidraça da porta interna e entraram na sala de jantar, atingindo exatamente o local da mesa onde eu fico durante horas usando o computador. Dois desses balotes ficaram incrustados na madeira e outros 5 foram encontrados pela PM espalhados pela sala.

A PM encontrou as duas cápsulas deflagradas em frente da nossa casa. Por sorte, a Elza (minha esposa) estava no piso superior da casa e nada sofreu, mas ficou em pânico e está muito traumatizada até agora. Quando escuta barulho de moto se aproximando, corre em busca de abrigo e o som estrondoso dos tiros não lhe sai da cabeça. Eu não estava em casa, viajei para Itaiópolis naquele dia e essa foi minha sorte, porque senão eu estaria na linha de tiro dos 7 balotes. Vizinhos ajudaram a acionar a PM e o vizinho de frente viu a moto de trilha barulhenta saindo meio cambaleando”.

 

Nota da Rede de ONGs da Mata Atlântica

Diversas entidades ambientalistas se manifestaram sobre mais esse atentando ao ativismo socioambiental. Confira a nota publicada pela Rede de ONGs da Mata Atlântica, da qual a Apremavi é integrante.

 

No dia 28 de junho de 2022 Germano Woehl e Elza Nishimura Woehl foram vítimas de um atentado, com disparos de arma de fogo contra a residência do casal na cidade de Guaramirim, Santa Catarina. Germano e Elza são ambientalistas, proprietários da RPPN Santuário Rã-bugio. Por meio de programas de educação ambiental desenvolvem diversos projetos que visam a proteção dos remanescentes de Mata Atlântica que, apesar de reduzidos, ainda resguardam uma das mais ricas biodiversidades do planeta e fornecem serviços ambientais indispensáveis para a população.

Como ambientalistas ativistas Elza e Germano também ajudam no monitoramento dos remanescentes de Mata Atlântica, alertando e promovendo denúncias de crimes ambientais. Por certo a insatisfação dos predadores da floresta com o trabalho do casal está na raiz da motivação de mais este atentado. Importante destacar que esse não é o primeiro que eles sofrem. Felizmente o casal não foi atingido; Germano estava fora de casa e Elza no piso superior da casa, que não foi atingido pelos disparos. Acionada a Policia Militar fez rondas pelos arredores, encontrou cápsulas de munição calibre 12, porém não mais localizou o autor dos disparos que, segundo relatos de vizinhos, se evadiu numa motocicleta.

A Rede de ONGs da Mata Atlântica – RMA externa sua total e irrestrita solidariedade ao casal Elza e Germano, repudiando de maneira veemente mais esse intolerável episódio, clamando que todos os esforços sejam envidados para a devida apuração e punição dos autores desse atentado. Não podemos mais tolerar que este cenário, de absoluta insegurança e risco àqueles que se dedicam à defesa do meio ambiente e dos interesses difusos da coletividade, se perpetue. É preciso dar um basta definitivo nesse quadro lastimável, coibindo de forma exemplar esses atentados através da rigorosa e ágil apuração de responsabilidade e aplicação da punição legal prevista.

 

Rodovia quer cortar a restinga do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro

A Prefeitura de Palhoça e o Governo de Santa Catarina estão iniciando uma obra para implantar uma rodovia com duas faixas de pista dupla onde hoje passa a Estrada do Espanhol, uma via de chão batido dentro dos limites físicos do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, possibilitando tráfego intenso numa área com baixo trânsito, que atualmente não afeta nem expõe a risco a fauna e a flora daquele local. É praticamente uma “BR 101” rasgando a restinga do parque, onde ainda existem exemplares de espécies nativas ameaçadas de extinção.

O que causa ainda maior espanto é que a obra está sendo feita sem consulta à comunidade e sem licenciamento ambiental prévio. Segundo o Art. 28 do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, “são proibidas, nas UCs, quaisquer alterações, atividades ou modalidades de utilização em desacordo com os seus objetivos, o seu Plano de Manejo e seus regulamentos”.

As mobilizações para parar esse descalabro já estão acontecendo. No dia 03 de julho a população local da Comunidade da Baixada do Maciambu fez uma manifestação em prol do Parque. Também já houve uma reunião com o Ministério Público de Santa Catarina.

 

Depoimento de João de Deus Medeiros, coordenador da RMA, na mobilização do último dia 03/07. Crédito: Arquivo RMA.

A construção de uma rodovia para tomar o lugar da atual Estrada do Espanhol, uma via de chão batido que passa pelo Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, deverá ser precedida de estudos para mitigar possíveis danos ambientais. Segundo o Promotor de Justiça José Eduardo Cardoso, há risco iminente de que a obra, que é anunciada como o principal acesso à Praia da Pinheira, possa impactar diretamente na área situada no interior da Unidade de Conservação Estadual classificada no grupo de proteção integral e uso indireto.

O Ministério Público propôs a realização dos estudos de impacto ambiental para o afastamento de riscos de danos ambientais, bem como a previsão de medidas mitigatórias e compensatórias cabíveis – como a implantação de corredores ecológicos -, a exemplo do que sucedeu por ocasião da duplicação da Rodovia BR 101, naquela mesma região.

Na reunião, realizada no dia 01 de julho, houve o consenso entre o Ministério Público e os representantes do IMA e da Prefeitura de Palhoça quanto à necessidade da realização dos estudos ambientais antes da concessão das licenças necessárias para obra, inclusive para verificar se o local é a melhor alternativa para a implantação do novo acesso à Praia da Pinheira.

O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, com 84.130 hectares, é a maior unidade de conservação de Santa Catarina. Foi criado em 1975 com base nos estudos científicos do botânico Pe. Raulino Reitz e do botânico e ecologista Roberto Miguel Klein, com o objetivo de proteger a rica biodiversidade e os mananciais hídricos da região. O Parque ocupa cerca de 1% do território catarinense, com áreas dos municípios de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí, Paulo Lopes e Garopaba. E as ilhas do Siriú, dos Cardos, do Largo, do Andrade e do Coral, e os arquipélagos das Três Irmãs e Moleques do Sul.

Aspectos da paisagem do Parque Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e registros da mobilização realizada em 03/07. Fotos: João de Deus Medeiros e Miriam Prochnow.

Proposta pretende mudar categoria do Parque Nacional da Serra do Itajaí

O Parque Nacional da Serra do Itajaí está sofrendo uma forte ameaça por parte de parlamentares catarinenses. A iniciativa pretende mudar a categoria do parque para Floresta Nacional (FLONA). Não há qualquer justificativa minimamente plausível para essa modificação.

A frente da iniciativa estão o Deputado Estadual Ivan Naatz (PL), que organizou uma audiência pública em Blumenau, no dia 29 de junho, para apresentar a proposta, e o Deputado Federal Darci de Matos (PSD), que já protocolou um projeto de lei com o mesmo teor.

O Parque Nacional da Serra do Itajaí, criado em 2004, tem 57 mil hectares distribuído por nove municípios da chamada região do Vale Europeu: Blumenau, Ascurra, Apiúna,, Botuverá, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Presidente Nereu e Vidal Ramos. É uma unidade de conservação de proteção integral, sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O Parque abriga mais de 500 espécies de árvores e arbustos, 350 espécies de aves e mamíferos, algumas delas ameaçadas de extinção, que necessitam de proteção contra exploradores e caçadores, e que ali encontram local propício para sua reprodução e vivência, podendo aumentar suas populações e recolonizar áreas degradadas e pobres em vida silvestre. A floresta do parque representa um dos melhores remanescentes da Mata Atlântica do estado de Santa Catarina. É também uma área importantíssima de recursos hídricos, para o abastecimento da população do vale do Itajaí.

A mudança de categoria da UC representa um grande retrocesso, com interesses exclusivamente destrutivos, e precisa ser impedido. Um abaixo-assinado contra a proposta foi articulado pela Associação Catarinense de Preservação da Natureza (ACAPRENA). Confira:

Sou contra o fim do PARQUE NACIONAL DA SERRA DO ITAJAÍ (57 mil hectares de Mata Atlântica) e DEFENDO o PARQUE NACIONAL como a forma mais adequada de PROTEGER os mananciais fornecedores de água de Classe UM para dezenas de municípios de Santa Catarina, o turismo e a biodiversidade e apoio a justa INDENIZAÇÃO dos proprietários.

Aspectos da paisagem do Parque Nacional da Serra do Itajaí.
Fotos:  Miriam Prochnow e Heinz Beyer.

Autora: Miriam Prochnow
Revisão: Carolina Schäffer e Vitor L. Zanelatto

Matas Sociais mobiliza comunidade para a proteção de nascente

Matas Sociais mobiliza comunidade para a proteção de nascente

Matas Sociais mobiliza comunidade para a proteção de nascente

No último dia 23 de junho o Assentamento Egideo Brunetto realizou uma atividade essencial para a proteção dos recursos hídricos. Moradores da comunidade, localizada em Rio Branco do Ivaí (PR), se reuniram para a proteção de uma nascente de água, através do plantio de mudas nativas.

A nascente é de suma importância para as necessidades das famílias, e também é utilizada nas atividades econômicas realizadas no território. Segundo Thiago Fernandes Piccini, morador da comunidade, esta ação é muito relevante para a recuperação do meio ambiente, preservação e manutenção da água e da vida no local:  “Sempre tivemos a intenção de recuperar essa área, mas somente agora, com apoio da Apremavi e da Klabin, conseguimos promover a restauração. Com o planejamento ambiental da área e a doação das mudas, estaremos contribuídos para uma melhor qualidade de vida para nossas famílias. Somos muito gratos pela presença do Programa Matas Sociais em nossa região”.

Através do programa, foram doadas 960 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, produzidas no Viveiro Jardim das Florestas. Os técnicos da Apremavi elaboram o planejamento ambiental inicial da área e orientaram o pessoal a respeito das técnicas de manejo e plantio para o pleno desenvolvimento da floresta. Os moradores locais ficaram responsáveis por plantar as mudas e realizar a manutenção da área nos próximos anos. Ao todo o Matas Sociais já realizou a doação de mais de 6 mil mudas para o assentamento.

Aspectos da área em restauração. Fotos: Emilio Ribas.

O Programa Matas Sociais

O ‘Matas Sociais – Planejando Propriedades Sustentáveis’ é um projeto da parceria entre a Klabin, a Apremavi e o Sebrae que tem o objetivo de contribuir para o fortalecimento econômico, ambiental e social das pequenas e médias propriedades rurais nos 11 municípios onde o projeto atua (Telêmaco Borba, Imbaú, Ortigueira, Curiúva, Sapopema, São Jerônimo da Serra, Cândido de Abreu, Rio Branco do Ivaí, Reserva, Tibagi e Ventania).

Por isso o Matas Sociais auxilia agricultores familiares a encontrar soluções para a adequação das propriedades e comunidades em demandas ambientais Auxilia na realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Plano de Recuperação Ambiental (PRA). Também contribui no planejamento sustentável e na diversificação do uso da propriedade. Incentiva assim a agricultura familiar, a permanência no campo, o desenvolvimento da cadeia de produção e consumo na região e o empreendedorismo.

Autor: William V. de Castro Ribas
Revisão: Vitor L. Zanelatto

Projeto +Floresta promove reuniões de mobilização

Projeto +Floresta promove reuniões de mobilização

Projeto +Floresta promove reuniões de mobilização

Os encontros reuniram cerca de 110 moradores de 07 projetos de assentamento da reforma agrária e de uma Terra Indígena do município de Abelardo Luz.

Visando apresentar os objetivos e metodologia de atuação do Projeto +Floresta, a equipe da Apremavi esteve no Oeste catarinense na primeira quinzena de junho. As reuniões foram realizadas nos assentamentos 13 de Novembro, Bela Vista, José Maria, Maria Silverstone, Recanto Olho D’Água, Roseli Nunes, Volta Grande e na Escola Indígena de Ensino Fundamental Cacique Karenh na Terra Indígena (TI) Toldo Imbu.

As reservas legais em condomínio dos PAs mobilizados e uma área de preservação permanente (APP) da TI serão as áreas de atuação do projeto, onde serão restaurados cerca de 260 hectares. Além da equipe da Apremavi, algumas reuniões nos assentamentos contaram com a presença dos técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) de Chapecó. Já na TI, a reunião teve a presença de um técnico da Fundação Nacional do Índio (FUNAI). O IBAMA é o financiador do projeto e o INCRA e FUNAI são parceiros da iniciativa.

Registro da reunião na PA Roseli Nunes – Centro Comunitário da Comunidade Padre Genuíno. Foto: Marluci Pozzan.

Elizete Alexandre, chefe na Unidade Avançada do INCRA em Chapecó, destacou a importância da iniciativa: “O Projeto +Floresta é uma oportunidade muito especial para os assentamentos, pois, irá contribuir com a restauração da vegetação nativa nas áreas de reservas legais, não haverá custos para os beneficiários que têm obrigação legal de cumprir a legislação ambiental. A mobilização realizada nos assentamentos envolvidos foi muito importante para apresentar a iniciativa e para convocar os beneficiários a colaborarem com a APREMAVI para que ele seja executado com êxito”.

O Projeto +Floresta é financiado pelo IBAMA através do Acordo de Cooperação Técnica Nº 34/2021 e supervisionado pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina, Instituto Socioambiental (ISA) e Justiça Federal de Santa Catarina, na forma da ação n° 5001458- 53.2017.4.04.7200/SC.

Autoras: Marluci Pozzan e Edilaine Dick
Revisão: Vitor L. Zanelatto

Veja nosso Relatório de Atividades de 2021, um ano para refletir e espalhar sementes

Veja nosso Relatório de Atividades de 2021, um ano para refletir e espalhar sementes

Veja nosso Relatório de Atividades de 2021, um ano para refletir e espalhar sementes

O que dizer de 2021? Podemos afirmar, com triste certeza, que ele se soma aos anos anteriores e fica marcado por um cenário de inseguranças sociais, políticas, sanitárias e ambientais.

Como aponta o Relatório de Atividades de 2021, que acaba de ser divulgado, ao longo do ano a sociedade civil reuniu esforços para garantir a integridade da legislação ambiental, mas as boiadas que passaram foram muitas. Além do ativismo permanente, na Apremavi o mão-na-massa seguiu fazendo parte da nossa realidade diária.

Muitas atividades ainda se mantiveram em ambientes virtuais em razão da pandemia, mas dos nossos dias de campo veio o resultado esperado: milhares de árvores plantadas, centenas de hectares restaurados, várias propriedades planejadas sob a perspectiva ambiental e muitas pessoas envolvidas. E claro, a semente de transformação nasceu no Viveiro Jardim das Florestas, que produziu mais de meio milhão de mudas nativas.

Assembleia Geral de 2022

No dia 27 de julho associados, diretores e conselheiros se reuniram virtualmente para a Assembleia Geral Ordinária de 2022. O encontro é previsto no estatuto e foi um momento de prestação de contas e apresentação dos destaques de 2021. Além das ações e atividades vinculadas aos projetos e áreas temáticas, das campanhas e da atuação em redes e coletivos, foram demonstrados os balanços financeiros e discutidas as articulações em andamento já em 2022.

Entre os presentes, João Paulo Capobianco, vice-presidente do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), parabenizou a instituição pelo relatório de atividades apresentado. “A Apremavi é uma instituição consolidada e reconhecida há muito tempo. É animador e reconfortante ver o trabalho florescendo e juntando tantos parceiros importantes, vejo que hoje ela está super bem posicionada para enfrentar os desafios atuais e futuros”, declarou.

Os desafios de fato são muitos, mas nossa experiência de 35 anos (a serem comemorados este ano) nos põe a seguir trabalhando com esperança e força. Esperança que nossas sementes nativas encontrem ainda mais áreas para germinar e crescer. E força para se manter vigilantes e presentes, defendendo a ciência e democracia, conservando a natureza e a biodiversidade e agregando parceiros nas atividades diárias.

Sergio Blanco, parceiro que nos ouvia diretamente da Espanha, comentou da alegria em estar presente na Assembleia: “me alegra estar entre amigos porque a Apremavi é luz em meio a tantas desesperanças. Ver o trabalho realizado nos dá força para seguir lutando diante de tantas preocupações com a realidade ambiental do Brasil e do mundo”.

Registro da Assembleia Ordinária de 2021, realizada na última segunda-feira (27/06).
Figura: Arquivo Apremavi.

Autor: Carolina Schäffer
Revisão: Vitor L. Zanelatto

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