Viveiro Jardim das Florestas é premiado pela Editora Expressão

Viveiro Jardim das Florestas é premiado pela Editora Expressão

Viveiro Jardim das Florestas é premiado pela Editora Expressão

O Viveiro de Mudas Jardim das Florestas, da Apremavi, foi um dos vencedores do 24º Prêmio Expressão de Ecologia entregue durante o Fórum de Gestão Sustentável 2017 na última sexta-feira (28) na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis.

Na categoria Conservação de Recursos Naturais, o prêmio recebido pelo Viveiro reafirma a importância do trabalho desenvolvido pela instituição na busca da sustentabilidade ambiental, pois assim como as mudas viram árvores, também é objetivo da Apremavi que as atividades em prol da natureza sejam cada vez mais sólidas e perenes.

Funcionários do Viveiro, Sidnei Prochnow, Luis Esser e Gilmar Santos, receberam o Troféu Onda Verde das mãos de Ricardo Castelli, Superintendente do Instituto Chico Mendes para Conservação da Natureza (ICMBio) para a Região Sul. Para Sidnei, na Apremavi a cerca de 20 anos, “é muito gratificante ser reconhecido pelo serviço que desenvolvemos no interior de Santa Catarina e muito importante saber que o desenvolvimento da instituição e seu crescimento estão atrelados ao ganho ambiental do Estado”.

Gilmar dos Santos, Sidnei Prochnow e Luis Esser representaram a Apremavi na premiação da categoria Conservação de Recursos Naturais entregue por Ricardo Castelli, do ICMBio. Foto: Marcos Campos.

Para o Vice-Presidente da Apremavi, Edinho Schaffer, receber o prêmio “é um exemplo para a nova geração de funcionários da Apremavi… que venham os próximos 30 anos!”.

Graziela Hoffmann, Secretária Executiva da Apremavi, comenta que é muito gratificante trabalhar numa instituição que pela 7vez recebe o Prêmio Expressão de Ecologia, “é prazeroso acompanhar o trabalho de uma instituição que não visa o lucro, mas batalha pelo objetivo de trazer consciência ambiental a toda comunidade”.

Edegold Schaffer, Coordenador Geral da Apremavi, dedica o prêmio recebido a equipe de funcionários do Viveiro. “O Prêmio vem coroar o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos e por isso precisa ser compartilhado com todos os funcionários – atores principais do Viveiro Jardim das Florestas, que fizeram que ele tenha o reconhecimento, tanto pela quantidade como pela diversidade de espécies de mudas produzidas”, comentou. Destacou ainda que “o prêmio vai servir como motivação para que a Apremavi possa cada vez mais seguir na sua jornada e lutar por um mundo mais sustentável”.

Para Daiana Barth, Técnica Ambiental da Apremavi, receber o prêmio “é muito gratificante e reforça todo o trabalho, a dedicação e o comprometimento da equipe da Apremavi com os projetos que a instituição desenvolve”.

“A Apremavi é uma família e eu me sinto muito feliz por fazer parte dela há 12 anos”, comentou Luis Esser, Viveirista.

Maria Luiza Schimtt, Coordenadora Administrativa, destaca que “receber essa homenagem no ano em que a Apremavi completa 30 anos é reconhecer a importância dos trabalhos de recuperação de áreas degradadas, do planejamento de propriedades e paisagens e do trabalho com as comunidades”.

Uma equipe da RBA TV acompanhou a Apremavi até Florianópolis e fez uma bela reportagem sobre o recebimento do Prêmio. Fonte: RBA TV.

Miriam Prochnow é escolhida Personalidade Ambiental de Santa Catarina

A fundadora e atual Presidente da Apremavi, Miriam Prochnow, recebeu o troféu Onda Verde de Personalidade Ambiental pelos visionários trabalhos desenvolvidos ao longo de sua jornada e por ser considerada uma aguerrida guardiã das florestas. “O Prêmio Expressão de Ecologia é um reconhecimento muito importante das atividades que temos desenvolvido nos últimos 30 anos. Estendo essa homenagem à família Apremavi e a todos os ambientalistas de Santa Catarina e do Brasil pelas atividades que desenvolvem em prol da qualidade de vida de todos os seres vivos”, destacou Miriam.

Aplaudida de pé durante o Fórum, Miriam fez um chamamento a toda a comunidade: “vamos juntar todas essas ondas verdes de projetos e transformá-los em um tsunami em favor do desenvolvimento de paisagens sustentáveis. Sigamos o exemplo do lema que inspirou a criação da Apremavi: boca no trombone e mão na massa para combater todos os retrocessos ambientais que estão em andamento”.

Miriam Prochnow emociona a todos durante sua fala de agradecimento. Foto: Carolina Schaffer.

Guia de Sustentabilidade

Durante o evento também foi lançado o Guia de Sustentabilidade da Editora Expressão, que apresenta investimentos, ações e os resultados dos projetos inscritos na região sul ilustrados com fotos. Além disso, o Guia traz uma ampla reportagem sobre os trabalhos visionários da Presidente da Apremavi, Miriam Prochnow, que pelas palavras deles é “uma aguerrida guardiã da Mata Atlântica, herdeira dos antigos ambientalistas que viveram em Santa Catarina, Fritz Müller, Fritz Plaumann e Padre Reitz”.

Para acessar a matéria, veja o pdf aqui.

Capa do Guia de Sustentabilidade 2007 traz nossa Personalidade Ambiental, Miriam Prochnow. Foto: Marcos Campos.

 Maior premiação ambiental do Sul

Em 24 anos de realização, o Prêmio Expressão de Ecologia já registrou 2.517 iniciativas inscritas pelas principais empresas, ONGs, fundações, institutos, prefeituras e entidades do Sul. O Prêmio foi criado em 1993 pela Editora Expressão e é reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente como a maior premiação ambiental do Sul do país.

Reportagem da BAND Cidade durante o 24º Prêmio Expressão de Ecologia. Fonte: BAND Cidade.

Autora: Carolina Schäffer.

O Viveiro de Mudas Jardim das Florestas, da Apremavi, foi um dos vencedores do 24º Prêmio Expressão de Ecologia entregue durante o Fórum de Gestão Sustentável 2017 na última sexta-feira (28) na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis.

Na categoria Conservação de Recursos Naturais, o Prêmio recebido pelo Viveiro reafirma a

Sidnei Prochnow, Luis Esser e Gilmar Santos receberam o Troféu Onda Verde das mãos do Ricardo Castelli, Superintendente do Instituto Chico Mendes para Conservação da Natureza (ICMBio). Para Sidnei, na aprwmavi a 20 anos , acampacnhar o desenvolvimento da entidade, coleta semenste e produz mudas e plantios – importante ver como a apremavi cresceu e evoliuii eo quanto o meio ambiente ganhou pelo tranbalho que fez. gratificante ver reconhcecimento de um projeto dele.

O viveiro é um dos principais pilares para a realização dos projetos ambientais desenvolvidos pela Apremavi, permitindo a instituição cumprir a sua missão que é “defesa, preservação e recuperação do meio ambiente, dos bens e valores culturais, buscando a melhoria da qualidade de vida humana na Mata Atlântica.” O viveiro é um grande apoio na busca da sustentabilidade da instituição, assim como as mudas viram árvores, também é objetivo da Apremavi que as atividades em prol da natureza sejam cada vez mais sólidas e perenes.

 

Vídeo RBA!

 

Aplaudida de pé durante o Fórum, a Apremavi, uma das maiores ONGs do Sul do Brasil, tem a missão de trabalhar pela defesa, preservação e recuperação do meio ambiente, buscando a sustentabilidade e a qualidade de vida na Mata Atlântica.

Miriam Prochnow é a Personalidade Ambiental de Santa Catarina

A fundadora e atual Presidente da Apremavi, Miriam Prochnow, recebeu o troféu Onda Verde de Personalidade Ambiental pelos visionários trabalhos desenvolvidos ao longo de sua jornada e por ser considerada uma aguerrida guardiã das florestas. “O Prêmio Expressão de Ecologia é um reconhecimento muito importante das atividades que temos desenvolvido nos últimos 30 anos. Estendo essa homenagem à família Apremavi e a todos os ambientalistas de Santa Catarina e do Brasil pelas atividades que desenvolvem em prol da qualidade de vida de todos os seres vivos”, destacou Miriam.

Aplaudida de pé durante o Fórum, Miriam fez um chamamento a toda a comunidade: “vamos juntar todas essas ondas verdes de projetos e transformá-los em um tsunami em favor do desenvolvimento de paisagens sustentáveis. Sigamos o exemplo do lema que inspirou a criação da Apremavi: boca no trombone e mão na massa para combater todos os retrocessos ambientais que estão em andamento”.

Foto!!!

Para Edinho Schaffer, vice-presidente da Apremavi, receber esse premio é um satisfacao grande para a nova geraçao da apremavi e um exemplo para as novas geracoes. o premio é dedicado a equipe do viveiro.

Edegold Schaffer, coroa o rabalkho dos ultimos anos e precisa ser compartilhado com todos os funcuonarios atores principais do viveiro e fizeram que ele tenha o reconhcimento (quantidade e diversidade de especies). Sirva de motivaçao para que a Apremavi possa cada vez mais seguir na sua jornada de lutar por um mundo mais sustentável.

Luis Esser se sente muito feliz, 12 anos na apremavi – fica feliz pela homenagem que a familia apremavi recebeu,

Almir socio, o premio vem coroar o trabakho de 30 anos da apremvi em favor do nosso meio ambiente.

Graziela gratificante trabakhar numa instituicao que  pela 7 vez recebe o premio devido as acoes ambientais que promoveu – e é feliz acompanhar o trabalho de uma instituiçao que nao visa o lucro, mas pela objetivo de trazer consciencia ambiental a toda comunidade.

Guia de Sustentabilidade

Durante o evento também foi lançado o Guia de Sustentabilidade da Editora Expressão, que apresenta investimentos, ações e os resultados dos projetos inscritos na região sul ilustrados com fotos. Além disso, o Guia traz uma ampla reportagem sobre os trabalhos visionários da Presidente da Apremavi, Miriam Prochnow, que pelas palavras deles é “uma aguerrida guardiã da Mata Atlântica, herdeira dos antigos ambientalistas que viveram em Santa Catarina, Fritz Müller, Fritz Plaumann e Padre Reitz”.

Fotos da matéria!

 Maior premiação ambiental do Sul

Em 24 anos de realização, o Prêmio Expressão de Ecologia já registrou 2.517 iniciativas inscritas pelas principais empresas, ONGs, fundações, institutos, prefeituras e entidades do Sul. O Prêmio foi criado em 1993 pela Editora Expressão e é reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente como a maior premiação ambiental do Sul do país.

Galeria

Apremavi recebe 24º Prêmio Expressão de Ecologia

Apremavi recebe 24º Prêmio Expressão de Ecologia

Apremavi recebe 24º Prêmio Expressão de Ecologia

Editora Expressão promove no dia 28 de julho o Fórum de Gestão Sustentável, evento que apresenta os projetos ambientais que estão se destacando na região sul do Brasil. Durante o evento, será entregue o Troféu Onda Verde às empresas vencedoras da 24ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia. Para participar do Fórum, que será realizado na sede da Fiesc, em Florianópolis, às 14h, basta fazer o credenciamento no site da Editora.

Com reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente, a iniciativa é considerada a maior premiação ambiental do Sul do Brasil e evidência o trabalho de valorização do meio ambiente de grandes empresas, cooperativas, ONGs, prefeituras, entidades e pequenos empreendimentos. “Ao longo dos 24 anos de história, o Prêmio Expressão de Ecologia já reconheceu e foi responsável por garantir notoriedade aos principais projetos socioambientais executados na região Sul”, comenta o Diretor Executivo da Editora Expressão, Rodrigo Coutinho.

Durante o evento, também serão apresentados cases, palestras e vídeos socioambientais de organizações com destacada atuação em sustentabilidade na região. “Além disso, todos os participantes do evento recebem uma edição do Guia Sustentabilidade, publicação que apresenta mais uma centena de ações sustentáveis desenvolvidas por organizações com sede ou atuação no Sul. A ideia é mostrar no Guia projetos que tenham potencial de serem replicados por toda a sociedade brasileira”, explica Rodrigo.

Promovido pela Editora Expressão, o Fórum de Gestão Sustentável é um evento patrocinado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e conta com apoio institucional da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e da Fundação do Meio Ambiente (Fatma).

Viveiro Ambiental Jardim das Florestas e Miriam Prochnow, presidente da Apremavi, recebem a 24ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia. Foto: Diário do Alto Vale

Viveiro de Mudas e Guardiã das Florestas

Além do Viveiro de Mudas Jardim das Florestas, que receberá o Prêmio na categoria Conservação de Recursos Naturais, a presidente da Apremavi, Miriam Prochnow, também receberá o Troféu Onda Verde de Personalidade Ambiental pela brilhante jornada em defesa do meio ambiente e das florestas nativas.

Fonte: Editora Expressão

Apremavi promove 2º curso de restauração de áreas degradadas

Apremavi promove 2º curso de restauração de áreas degradadas

Apremavi promove 2º curso de restauração de áreas degradadas

Durante os dias 25 e 26 de outubro de 2017, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) em parceria com a Universidade do Alto Vale do Itajaí (Unidavi), promoverá no Centro Ambiental Jardim das Florestas em Atalanta (SC), curso de curta duração sobre “Restauração de Áreas Degradadas”.

O curso tem como objetivo “Possibilitar o aprendizado e troca de experiências sobre a restauração de áreas degradadas, com ênfase no plantio de mudas nativas”.

Estudantes, educadores, gestores ambientais, profissionais da área, extencionistas rurais e demais interessados no tema, podem participar do curso, que será ministrado por instrutores com ampla experiência no assunto.

O curso será ministrado através de metodologias participativas, onde os alunos terão acesso aos principais assuntos:

  • Contextualização sobre a Mata Atlântica;
  • Legislação ambiental aplicada;
  • Restauração de áreas degradadas a partir do plantio de mudas nativas;
  • Outras técnicas de restauração de áreas degradadas;
  • Monitoramento e resultados obtidos em plantios de restauração;
  • Aula prática e visita à áreas restauradas pela Apremavi.
  • Visitas técnicas.

Esse é o segundo curso que a Apremavi realizará sobre o tema para publico externo da instituição. O primeiro foi realizado em novembro de 2016, e contou com a participação de 27 pessoas de diferentes perfis e formação acadêmica, que avaliaram o curso como didático, objetivo e metodologia adequada para ser aplicada no dia-a-dia.

Nos valores estão inclusos hospedagem e alimentação. As inscrições devem ser realizadas até o dia 15/10/2017. Para mais informações, entre em contato através dos e-mails: info@apremavi.org.br e edilaine@apremavi.org.br ou telefone (47)35210326.

Mata Atlântica no Paraná – Destruição e Impunidade (1995)

Mata Atlântica no Paraná – Destruição e Impunidade (1995)

Mata Atlântica no Paraná – Destruição e Impunidade (1995)

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) resgatou e compartilha um importante documentário de 1995, que mostra a destruição da Floresta com Araucárias no estado do Paraná na década de 1990 em total desrespeito à legislação vigente, em especial o Decreto 750/93 (Decreto da Mata Atlântica).

Foi produzido num esforço conjunto do Instituto Socioambiental (ISA), Fundação SOS Mata Atlântica e Apremavi, com apoio da Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA), que realizaram uma vistoria em campo nos municípios de Turvo, Bituruna, Guarapuava e Mangueirinha, no período de de 03 a 05 de julho de 1995.

A vistoria, realizada pelos ambientalistas João Paulo Capobianco (ISA), Mario Mantovani (SOS Mata Atlântica), Wigold B. Schaffer e Odair Andreani (Apremavi) e pelo cinegrafista Ailton Costa (ISA), atendeu a denúncias do agricultor e ambientalista Bernardo Hakvoort (falecido em 1997), que relatava a destruição da Floresta com Araucárias por madeireiros com a conivência dos órgãos ambientais do Paraná e do Ibama.

“Não imaginávamos encontrar tamanha destruição da Floresta com Araucárias e tamanha conivência e conluio dos órgãos ambientais com os madeireiros”
Relata Wigold B. Schäffer, participante da vistoria de campo.

Naquela época também estava no auge a pressão de políticos e setores ruralistas e madeireiros do Paraná e Santa Catarina junto ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para revogar o Decreto 750/1993 que protegia a Mata Atlântica.

O vídeo foi lançado durante reunião Conama que havia sido convocada para discutir a aprovação de moção ao Presidente da República pedindo a revogação do Decreto. Após a apresentação do vídeo e a manifestação dos ambientalistas o Conama rejeitou a moção para revogação do Decreto. No mesmo dia a Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados aprovou a proposta do Deputado Fabio Feldmann que transformava o teor do Decreto em Lei. O Decreto 750 foi fundamental para frear a sanha madeireira e vigorou até a aprovação definitiva da Lei 11.428 em 22 de dezembro de 2006.

Vale a pena conferir um pouco da história da Mata Atlântica.

Autor: Wigold Schäffer

Hoje é o aniversário da Apremavi

Hoje é o aniversário da Apremavi

Hoje é o aniversário da Apremavi

No dia 09 de julho de 2017 a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) completa 30 anos de existência. Este vídeo mostra um pouco das atividades que desenvolvemos ao longo deste período.

Começou com 19 pessoas trabalhando contra a destruição da terra Indígena Ibirama-La Klãnõ, de onde saiam diariamente centenas de caminhões de toras em direção às madeireiras. Ao mesmo tempo em que denunciou desmatamentos, caça e poluição, a Apremavi “colocou a mão na massa”, mostrando que existem maneiras de proteger e utilizar os recursos naturais de forma sustentável. A coragem dos pioneiros para enfrentar desafios motivou muita gente. Atualmente são mais de 400 associados.

Apremavi durante a primeira vistoria na Serra da Abelha em 1987. Foto: Arquivo Apremavi

E você, já pensou em como pode ajudar a defender o meio ambiente? Ajude a Apremavi a continuar cumprindo sua missão…

Porque é da nossa natureza fazer a diferença. É da nossa natureza querer que você participe. É da nossa natureza defender a natureza!

Equipe da Apremavi durante Planejamento e Reunião de Encerramento em 2016. Foto: Arquivo Apremavi.

Autora: Miriam Prochnow

Apremavi lança vídeo com os principais resultados do Diálogo do Uso do Solo no Alto Vale do Itajaí

Apremavi lança vídeo com os principais resultados do Diálogo do Uso do Solo no Alto Vale do Itajaí

Apremavi lança vídeo com os principais resultados do Diálogo do Uso do Solo no Alto Vale do Itajaí

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) acaba de lançar o vídeo “Diálogo do Uso do Solo – Planejando Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí”. O vídeo, de 7 minutos, mostra a metodologia e os principais resultados do diálogo, que está sendo realizado desde abril de 2016.

O Diálogo do Uso do Solo é uma iniciativa internacional que reúne os diferentes setores que atuam ou tem influência sobre a paisagem, para juntos definirem áreas e ações prioritárias que permitam uma melhor governança, em busca da conservação dos recursos naturais e do desenvolvimento sustentável.

No Brasil, iniciou em abril de 2016, num seminário realizado em Atalanta, Santa Catarina, com a participação de ONGs, agricultores, empresas privadas e públicas, governos locais, cooperativas e associações de produtores e universidades, da região do Alto Vale do Itajaí. Esse seminário foi a primeira etapa de um processo que tem como objetivo planejar e implementar Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí.

No Alto Vale, a iniciativa tem a coordenação da Apremavi e do Diálogo Florestal, em parceria com o Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi), a Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), a Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí (Cravil), a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a Faculdade Metropolitana de Rio do Sul (Uniasselvi-Famesul), a  Klabin, a Pamplona Alimentos SA e a Cooperativa de Crédito Cresol. O projeto tem apoio da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), do Diálogo Florestal Internacional (TFD) e do Programa de Florestas do Banco Mundial (PROFOR).

Em março de 2017 foi realizado um segundo seminário para debater e delimitar Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí”, que contou com 90 participantes representando agricultores, empresas, academia, poder público e ONGs.

Durante o seminário foi elaborado o primeiro Mapa de Áreas Prioritárias de Paisagens Sustentáveis para o Alto Vale do Itajaí e municípios adjacentes. Para isso foram considerados os resultados de um questionário sobre cenários para o futuro respondido por conhecedores da região,  e uma farta base de dados geográficos, informações técnicas e científicas disponíveis e o conhecimento dos participantes.

Foram mapeadas aproximadamente 150 áreas e regiões prioritárias em 8 temas.

1 – Áreas onde já existe ou tem potencial para o desenvolvimento do turismo rural ou turismo ecológico.

2 – Áreas onde já existem ou tem potencial para o desenvolvimento de atividades de produção sustentável tais como: produção agroecológica, sistemas agroflorestais, cordões vegetais/quebra-ventos, plantio/exploração de erva-mate, apicultura, etc.

3 – Áreas prioritárias para conservação da biodiversidade e dos recursos naturais tais como: belezas cênicas naturais, remanescentes florestais bem conservados, locais de abrigo de fauna e flora ameaçada, endêmica ou rara, nascentes de água e mananciais hídricos, etc.

4 – Áreas prioritárias para restauração tais como: Áreas de Preservação Permente (APPs), Reserva Legal e áreas para criar corredores de fauna e flora.

5 – Áreas onde existem agressões ambientais que precisam ser sanadas  tais como: poluição, desmatamento, extração ilegal de madeira nativa, caça, etc.

6 – Áreas com potencial de enriquecimento ecológico com espécies nativas (frutíferas, palmito, erva-mate, etc.)

7 – Áreas prioritárias para formação de corredores ecológicos e manejo integrado da paisagem.

8 – Áreas de maior risco de serem afetadas por enchentes e desbarrancamentos.

Também foram elencadas recomendações para os setores público e privado e para a comunidade, sobre como melhorar a ocupação e uso do solo nas áreas urbana e rural,. O objetivo dessas recomendações é a prevenção e mitigação dos riscos e efeitos de eventos climáticos extremos, a proteção do solo, a melhoria dos processos produtivos, a proteção e recuperação das florestas e da biodiversidade, a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a proteção dos recursos hídricos.

O Mapa das Áreas de Risco no Alto Vale do Itajaí apresenta um dado muito importante: apenas aproximadamente 10% da área total da região é sujeita a riscos de enchentes. Isso mostra que é possível e, acima de tudo, é urgente planejar a ampliação das cidades da região, para fora dessas áreas de risco.

É importante destacar que todas as áreas naturais são essenciais para conservação da biodiversidade e para manutenção dos serviços ambientais como a água limpa e o ar puro, e devem ser preservadas conforme a legislação vigente.

O estabelecimento de prioridades visa orientar políticas públicas, investimentos em conservação e recuperação e ainda projetos e iniciativas do setor privado.

O próximo passo é implantar as ações elencadas. E para isso, o apoio e envolvimento de toda a sociedade será fundamental.

Autores: Miriam Prochnow e Wigold Schäffer

Um vídeo para falar do futuro: do futuro do passado… e do futuro do presente.

Um vídeo para falar do futuro: do futuro do passado… e do futuro do presente.

Um vídeo para falar do futuro: do futuro do passado… e do futuro do presente.

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) lançou no dia 24 de junho de 2017, dia nacional da floresta com araucárias, o vídeo “Do futuro do passado ao futuro do presente – a contribuição dos ambientalistas”.

O vídeo documentário relata um encontro de alguns ambientalistas históricos, também chamados de dinossauros do movimento ambiental, vindos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, que se reuniram para confraternizar e falar de meio ambiente. O encontro aconteceu no Centro Ambiental Jardim das Florestas, em abril de 2017, ano em que a Apremavi completa 30 anos.

O futuro é da “cor” ou do “jeito” que o imaginávamos naquela época? Quais foram as principais conquistas e quais os desafios que ainda temos pela frente?

O documentário de 23 minutos, tem produção e edição de Wigold Bertoldo Schäffer.

Clique aqui para saber um pouco mais sobre como foi o encontro do ambientalistas históricos.

Autora: Miriam Prochnow

Apremavi Promove Curso de Planejamento de Propriedades e Paisagens

Apremavi Promove Curso de Planejamento de Propriedades e Paisagens

Apremavi Promove Curso de Planejamento de Propriedades e Paisagens

Durante os dias 11 e 12 de julho de 2017, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) em parceria com a Universidade do Alto Vale do Itajaí (Unidavi), promoverá no Centro Ambiental Jardim das Florestas em Atalanta (SC), curso de curta duração sobre “Planejamento Ambiental de Propriedades e Paisagens”.

Com o objetivo de “Promover momentos de aprendizagem e possibilitar um olhar amplo sobre os principais elementos a serem considerados no planejamento ambiental de propriedades e paisagens”, o curso é destinado para estudantes, educadores, gestores ambientais, profissionais da área, extencionistas rurais e demais interessados no tema.

Será ministrado por instrutores com ampla experiência no assunto.

O curso será ministrado através de metodologias participativas, onde os alunos terão acesso aos principais assuntos:

  • Contextualização sobre a Mata Atlântica;
  • Legislação ambiental aplicada;
  • Unidades de conservação: criação e gestão;
  • Gestão de recursos hídricos;
  • Gestão participativa de ambientes naturais;
  • Ferramentas de planejamento de paisagens e propriedades;
  • Visitas técnicas.

O investimento para estudantes e associados da Apremavi é de 550,00. Participantes de cursos anteriores realizados pela Apremavi = R$ 630,00 e Demais inscritos = R$ 700,00. Nesse valor estão inclusos hospedagem e alimentação.

As inscrições devem ser realizadas até o dia 03/07/2017, através do link https://goo.gl/GIqimx

Maiores informações através do e-mail: info@apremavi.org.br e edilaine@apremavi.org.br ou telefone (47) 35210326.

Confira no Anexo, informações sobre a ementa do curso, currículo dos palestrantes, entre outras informações importantes.

Agende também os próximos cursos que serão realizados pelas Apremavi: Dias 25 e 26/10/2017 – Restauração de Áreas Degradadas e Dias 20 e 21/02/2018 – Produção de Mudas Nativas.

Autora: Edilaine Dick

Observatório do Clima estreia nova identidade visual

Observatório do Clima estreia nova identidade visual

Observatório do Clima estreia nova identidade visual

Para comemorar seus 15 anos, o Observatório do Clima estreia hoje (6) sua nova logomarca.

O projeto do designer brasiliense André Gonzales é um redesenho da marca anterior da rede. A proposta foi manter a referência à imagem do tufão, o conceito mais presente no desenho antigo, e acrescentar a ele elementos de convergência – deixando mais clara a ideia de rede –, mantendo a paleta de cores da logomarca e atualizando-a.

O verde predomina, numa dupla referência à origem do OC como um movimento para inserir a questão florestal no debate climático e à importância das florestas para a mitigação da mudança do clima no Brasil.

O site também ganhou uma repaginação, com maior presença dos membros na homepage e acesso mais fácil às campanhas em que a rede se engaja.

Os produtos da família SEEG também ganham mais destaque: regularmente será apresentado um dado do SEEG, dos Monitores ou do MapBiomas na seção “Me mostre os dados!”, de forma a estimular o leitor a fazer suas próprias pesquisas nas plataformas.

O OC também está divulgando hoje um vídeo sobre os 15 anos de atuação, produzido durante a assembléia que ocorreu em Atalanta (SC), em abril.

Confiram!

 

 

Autor: Cláudio Angelo

O site da Apremavi está de cara nova! Vale a pena conferir…

O site da Apremavi está de cara nova! Vale a pena conferir…

O site da Apremavi está de cara nova! Vale a pena conferir…

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho), do ano em que completa 30 anos, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) deu um novo passo no mundo virtual: está lançando um novo site. Com um conceito moderno, amigável e jovial e dando destaque para imagens, a navegação ficou mais agradável e dinâmica.

O novo site traz páginas com explicações detalhadas dos principais projetos da Apremavi, uma seção com muitas curiosidades sobre a Mata Atlântica, uma página institucional que conta toda a jornada percorrida até aqui, além de páginas que mostram em detalhes as atividades realizadas no Viveiro de Mudas Nativas e no Centro Ambiental Jardim das Florestas.

Nossas páginas estão mais modernas e com muitas fotos para facilitar a sua navegação.

A Apremavi quer muito ampliar o leque de parcerias e por isso o site tem uma série de possibilidades para que todos possam participar, inclusive com doações e adesão a programas de plantio de árvores nativas, como o Clima Legal.

O novo site está sendo desenvolvido por uma equipe de voluntários e ainda não está totalmente concluído. Nessa fase de testes, algumas seções que você adorava visitar no site antigo, ainda não estão no ar. Pedimos desculpas por eventuais inconsistências ou dificuldades de acesso e navegação e solicitamos o apoio de todos com sugestões e revisões. Se você por acaso encontrar algum erro, por favor, mande uma mensagem para e-mail: info@apremavi.org.br.

O novo site é um belo presente para comemorar os 30 anos da Apremavi. Esperamos que vocês aproveitem a novidade.

Página ASSOCIE-SE traz diferentes alternativas para você começar a ajudar a Apremavi agora mesmo.

Autoras: Gabriela Schäffer e Carolina Schäffer

Carta aberta: Pedido de veto às Medidas Provisórias 756 e 758 que reduzem a proteção florestal no Brasil

Carta aberta: Pedido de veto às Medidas Provisórias 756 e 758 que reduzem a proteção florestal no Brasil

Carta aberta: Pedido de veto às Medidas Provisórias 756 e 758 que reduzem a proteção florestal no Brasil

São Paulo, 25 de maio de 2017

Ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Michel Temer,

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura – movimento composto por representantes da sociedade civil, setor empresarial e academia – solicita ao senhor Presidente da República que vete integralmente as Medidas Provisórias (MPs) 756/2016 e 758/2016. Tais medidas, aprovadas pelo plenário do Senado no dia 23 de maio, por meio dos Projetos de Lei de Conversão (PLVs) 4/2017 e 17/2017 reduziram a Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, no município de Novo Progresso (PA); o Parque Nacional (Parna) do Jamanxim, nos municípios de Itaituba e Trairão (PA); e o Parna de São Joaquim (SC).

Área do Parna de São Joaquim reduzida pela MP256. Foto Raphael Sombrio

A aprovação dessas MPs vai na direção contrária à proteção do meio ambiente e ao combate ao desmatamento crescente nos biomas brasileiros e compromete a credibilidade das necessárias iniciativas de desenvolvimento econômico no País. Essas medidas, que trazem danos irreparáveis à biodiversidade e ao clima, resultarão no beneficiamento de alguns poucos indivíduos em detrimento do interesse nacional.

A sanção desses PLVs promoverá a retirada da proteção de 588,5 mil hectares de florestas na Amazônia e a redução em 20% do Parna de São Joaquim, um dos principais refúgios da biodiversidade da Mata Atlântica, bioma mais ameaçado do País. Resultará, ainda, no estímulo por parte da mais alta autoridade da República ao aumento da exploração e depredação ilegais, criando um precedente indesejado para novas ocupações de áreas preservadas em Unidades de Conservação (UC).

A Flona do Jamanxim, criada em fevereiro de 2006, têm um importante papel na região ao se somar a outras UCs formando uma barreira verde com mais de 6,4 milhões de hectares. Esse bloqueio conseguiu conter o avanço avassalador do desmatamento ao longo da BR-163, rodovia que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), que aumentou em mais de 650% entre os anos de 2001 e 2004, em decorrência da aceleração da especulação imobiliária de terras públicas.

Setores que defendem a aprovação da redução dessas inestimáveis áreas protegidas argumentam que as dificuldades enfrentadas pelo poder público para implantá-las impediu o efetivo controle da exploração ilegal e predatória por meio do desmatamento e do garimpo. No entanto, reduzi-las é o pior caminho para solucionar esses problemas que, ao contrário, se agravarão sem a proteção legal. Prova do altíssimo risco a que serão submetidas essas áreas com a desafetação pode ser comprovada com a análise das imagens obtidas pela plataforma MapBiomas. Esses mapas, que apresentamos abaixo, revelam que de 2004 a 2016, a Flona do Jamanxim perdeu mais de 117 mil hectares de florestas, o que gerou a liberação de 70 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera, segundo cálculos do IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. Até 2030, a desafetação da área pode resultar em 280 mil hectares de florestas a menos e 140 milhões de toneladas de CO2 emitidas. Esse é um processo que precisa ser evitado.

É importante destacar que o ICMBio, órgão federal responsável pela gestão das UCs, reconheceu em relatório próprio que a ocupação na Flona do Jamanxim é recente, ao afirmar que 67,7% dos que lá estão entraram pouco antes ou logo após sua criação, em 2006. Esse dado comprova que as ocupações tiveram caráter especulativo.

Outras propostas em tramitação no legislativo e executivo ameaçam o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), que apoia a gestão de UCs na região. A aplicação dos recursos ao ARPA, cerca US$ 215 milhões proveniente de doadores internacionais, está atrelada a diversos compromissos, como a inexistência de perda de áreas protegidas.

Área do Parna de São Joaquim reduzida pela MP256. Foto Raphael Sombrio

Assim, os projetos que visam as desafetações, recategorizações e alterações de limites de unidades de conservação em curso no Governo descumprem claramente um compromisso brasileiro, podendo afetar as ações de desembolso de um dos maiores programas mundiais de conservação de florestas da história.

As medidas aprovadas pelo Senado afetarão a segurança jurídica e prejudicarão os investimentos no país, afastando investidores e consumidores exigentes de sistemas produtivos sustentáveis. Num mundo em que critérios socioambientais cada vez estão mais no centro da tomada de decisão dos grandes investidores, o Brasil se afasta ainda mais da oportunidade de se tornar uma economia competitiva e respeitada.

Em um cenário de recrudescimento do desmatamento na Amazônia verificado nos últimos dois anos, MPs como essas estimulam a ocupação predatória e o desrespeito às áreas de proteção ambiental, pondo em risco os ganhos obtidos nas tentativas de controlar o desmatamento na região e comprometem a imagem do país e do agronegócio.

A regularização fundiária de áreas que apresentaram desmatamento ilegal não pode ser autorizada pelo Governo. Caso contrário, não será factível zerar o desmatamento ilegal, conforme prevê o Código Florestal Brasileiro e cumprir os acordos internacionais de clima e biodiversidade assumidos pelo País, como a implementação da NDC, fundamentais para a construção de uma economia de baixo carbono.

O Brasil precisa de uma política de Estado para enfrentar os desafios da ocupação e do desmatamento ilegal e garantir a sustentabilidade nos projetos de logística na Amazônia, como no caso da Ferrogrão. A condução destas medidas no Congresso não foi bem sucedida e associa a ferrovia a um dano desnecessário à floresta, à biodiversidade e ao clima. Isso afasta investidores e pode resultar em questionamentos judiciais. Será preciso reiniciar esse debate, com bases técnicas e ampla participação dos interessados.

O primeiro passo nessa direção, Senhor Presidente, é, ao nosso ver, o veto integral dos Projetos de Lei de Conversão 04/2017 e 17/2017.

Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura

Sobre a Coalizão Brasil
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento multissetorial que se formou como o objetivo de propor ações e influenciar políticas públicas que levem ao desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, com a criação de empregos de qualidade, o estímulo à inovação, à competitividade global do Brasil e a geração e distribuição de riqueza a toda a sociedade. Mais de 150 empresas, associações empresariais, centros de pesquisa e organizações da sociedade civil já aderiram à Coalizão Brasil – coalizaobr.com.br

Íntegra da Carta

Fonte: Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

#Resista: Dezenas de organizações da sociedade civil se unem em movimento de resistência contra retrocessos do governo e bancada ruralista

#Resista: Dezenas de organizações da sociedade civil se unem em movimento de resistência contra retrocessos do governo e bancada ruralista

#Resista: Dezenas de organizações da sociedade civil se unem em movimento de resistência contra retrocessos do governo e bancada ruralista

Cerca de 60 entidades assinam carta denunciando medidas que violam direitos humanos e colocam em risco a proteção ambiental

Brasília, 9 de maio de 2017 – Organizações e entidades ambientalistas, indígenas, de direitos humanos e do campo decidiram se unir em um movimento de resistência contra as medidas do governo Temer e da bancada ruralista que violam direitos humanos – especialmente de indígenas e de trabalhadores rurais – e colocam em risco a proteção do meio ambiente. O grupo lança hoje uma carta pública convocando outras entidades e a sociedade a aderirem ao movimento. Até o momento, cerca de 60 organizações já assinaram o documento.

Denunciar e resistir são as palavras que unem as organizações e entidades em um movimento coordenado de resistência. Com atuação nacional e capilaridade em todas as regiões, o grupo atuará em frentes parlamentares, jurídicas e de engajamento social e não poupará esforços para impedir que o governo Temer e os ruralistas façam o Brasil retroceder décadas em termos de preservação ambiental e de direitos humanos.

Os ataques à agenda socioambiental não são recentes, mas o enfraquecimento dos sistemas de proteção do meio ambiente e dos direitos humanos cresce exponencialmente desde que Temer assumiu a cadeira da presidência e, consequentemente, a bancada ruralista passou a integrar o centro do poder. Para o movimento, Temer representa hoje a maior ameaça que o meio ambiente e a agenda de direitos tem de enfrentar.

O atual presidente já ordenou cortes de verbas no orçamento do Ministério do Meio Ambiente, determinou o sucateamento da Funai, abandonando os índios, e colocou um general na presidência do órgão, evidenciando a visão ditadora do governo para as questões indígenas. Vale lembrar também que, juntamente com o crescimento de desmatamento, 2016 registrou dois tristes recordes: o número de mortes no campo e a quantidade de conflitos por terra. Isso sem contar as barbáries mais recentes, como o brutal ataque ao povo indígena Gamela (Maranhão) e a chacina de trabalhadores rurais em Colniza (Mato Grosso). E quais são as áreas de maior conflito? Justamente as de expansão da fronteira, especialmente do agronegócio, mas também da mineração, dos projetos de geração de energia e de outras obras de infraestrutura.

Situações como essas podem ser apenas a ponta de um terrível iceberg. As MPs 756 e 758, por exemplo, reduzem áreas de proteção na Amazônia, enquanto a MP 759 beneficia a grilagem de terras, elimina o conceito de uso social da terra e extingue a reforma agrária. Outras medidas que liberam a venda de terras para estrangeiros e autorizam o uso indiscriminado de agrotóxicos já foram anunciadas por integrantes do governo. Diversos processos de demarcação de terras indígenas foram devolvidos pelo Ministério da Justiça e encontram-se paralisados – lembrando que o atual ministro da pasta ataca constantemente os povos indígenas. Já o Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que é investigado na Operação Lava Jato e também por grilagem de terras no Mato Grosso, negocia a redução de Unidades de Conservação na Amazônia e agora apoia um desastroso texto que pode reduzir a quase zero as regras de licenciamento ambiental no Brasil.

Fica claro que a aprovação de medidas propostas pela bancada ruralista resultará em maior concentração fundiária, inviabilidade econômica de pequenos produtores rurais, beneficiamento da grilagem de terras públicas e mercantilização dos assentamentos rurais e da reforma agrária, além de afastar o Brasil do cumprimento de compromissos internacionais assumidos em convenções sobre clima e sobre biodiversidade.

Muitas dessas propostas estavam paradas por falta de apoio popular ou até por desrespeitarem a Constituição, mas agora tais medidas encontram na bancada ruralista, que domina o Congresso e o Planalto, força para seguir no parlamento em velocidade recorde, via medidas provisórias, decretos e votações urgentes. Nem mesmo direitos garantidos pela Constituição estão a salvo.

Os principais retrocessos que podem vir por aí:

  • O enfraquecimento do licenciamento ambiental (PL 3.729/2004 – Lei Geral de Licenciamento)
  • A anulação dos direitos indígenas e de seus territórios (PEC 215/2000 – Acaba com demarcação de Terras Indígenas (TIs) e PEC 132/2015 – Indenização a ocupantes de TIs)
  • A venda de terras para estrangeiros (PL 2289/2007PL 4059/2012)
  • A redução das áreas protegidas e Unidades de Conservação (UCs) (MP 756/2016 e MP 758/2016 – Redução de UCs da Amazônia no Pará)
  • A liberação de agrotóxicos (PL 6299/2002 – PL do Veneno e PL 34/2015 – Rotulagem de Transgênicos)
  • A facilitação da grilagem de terras, ocupação de terras públicas de alto valor ambiental e fim do conceito de função social da terra (MP 759/2016)
  • O ataque a direitos trabalhistas de trabalhadores do campo (PL 6422/2016 – Regula normas do trabalho rural, PEC 287/2016 – Reforma previdenciária e PLS 432/2013 – Altera o conceito de trabalho escravo)
  • O ataque a direitos de populações ribeirinhas e quilombolas. (MP 759/2016 e PL 3.729/2004)
  • A flexibilização das regras de Mineração (PL 37/2011 – Código de Mineração)

Organizações que já aderiram ao movimento de resistência:

  1. org
  2. Actionaid
  3. AdT/Amigos da Terra
  4. AFES/Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade
  5. ANA/Articulação Nacional de Agroecologia
  6. Amazon Watch
  7. APIB/Articulação dos Povos Indígenas do Brasil
  8. Apremavi/Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida
  9. Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil
  10. BVRio
  11. CBJP/Comissão Brasileira Justiça e Paz
  12. CIMI/Conselho Indigenista Missionário
  13. Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil
  14. Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração
  15. Comissão Pró-Índio de São Paulo
  16. CONAQ/Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas
  17. CONECTAS
  18. CNS/Conselho Nacional das Populações Extrativistas
  19. Consulta Popular
  20. CPT/Comissão Pastoral da Terra
  21. CUT/Central Única dos Trabalhadores
  22. Engajamundo
  23. FASE/Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional
  24. Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social
  25. FURPA/Fundação Rio Parnaíba
  26. Greenpeace Brasil
  27. Grupo Carta de Belém
  28. IBASE
  29. ICV
  30. IDESAM
  31. IEMA
  32. IMAFLORA
  33. IMAZON
  34. INESC
  35. International Rivers – Brasil
  36. ISA/Instituto Socioambiental
  37. Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais
  38. MAM/Movimento pela Soberania Popular na Mineração
  39. MCP/Movimento Camponês Popular
  40. MMC/Movimento de Mulheres Camponesas
  41. MPA/Movimento dos Pequenos Agricultores
  42. MST/ Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
  43. Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos – Diversitas/USP
  44. Núcleo de Pesquisa e Extensão em Ambiente, Socioeconomia e Agroecologia/NUPEAS-UFAM
  45. Observatório do Clima
  46. Organon/Núcleo de estudo, pesquisa e extensão em mobilizações sociais da UFES
  47. PHS/Hospitais Saudáveis
  48. PJR/Pastoral da Juventude Rural
  49. RAMH/Rede Acreana de Mulheres e Homens
  50. Rede Brasileira de Informação Ambiental
  51. REDE GTA
  52. Sinfrajupe/Serviço Inter-Franciscano de Justiça, Paz e Ecologia
  53. SBE/Sociedade Brasileira de Espeleologia
  54. SOS Mata Atlântica
  55. Toxisphera Associação de Saúde Ambiental
  56. Uma Gota no Oceano
  57. União Brasileira de Mulheres/UBM
  58. UNALGBT/União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
  59. Via Campesina
  60. WWF Brasil

Baixe o texto final com as assinaturas

Projeto Matas Sociais: Planejando Propriedades Sustentáveis promove visita técnica com estudantes

Projeto Matas Sociais: Planejando Propriedades Sustentáveis promove visita técnica com estudantes

Projeto Matas Sociais: Planejando Propriedades Sustentáveis promove visita técnica com estudantes

Como parte das ações voltadas à Educação Ambiental do Projeto Matas Sociais – Planejamento de Propriedades Sustentáveis, no dia 27 de abril de 2017 foi realizada uma visita técnica com estudantes do ensino fundamental (3º ao 5º ano) da Escola Municipal Otávio Mendes Batista, do município de Imbaú, à duas propriedades rurais atendidas pelo Projeto Matas Sociais, na Comunidade Jacutinga, deste município.

A atividade promoveu a aproximação entre escola e propriedades rurais com o objetivo de sensibilizar os estudantes sobre os temas trabalhados na oficina, relacionados à agricultura familiar, alimentação saudável e conservação e recuperação ambiental. A oficina foi ministrada pela Apremavi, com apoio da Klabin, Prefeitura de Imbaú, escola envolvida e agricultores visitados e envolveu cerca de 80 participantes.

Na propriedade da Dona Dalva Aparecida dos Santos da Silva e Sr. Carlos Aparecido da Silva, que fazem parte do Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE), os estudantes conheceram de onde vem e como é produzida a merenda escolar ao visitar a horta da propriedade e ajudar no plantio de mudas de alface.

Plantio de alface. Foto: Emílio Ribas

Já na propriedade da Dona Iraci Conceição Cavalheiro e Sr. Antônio Ramos Cavalheiro, os estudantes plantaram diferentes mudas nativas da Mata Atlântica para a adequação ambiental de uma nascente, contribuindo assim com a conservação da biodiversidade e serviços ambientais associados.

Para a diretora Luciane Moraes, “a saída técnica com os alunos as propriedade rurais foi simplesmente sensacional, pois além de proporcionar aos alunos  conhecimentos de práticas de campo, essa atividade ampliou-lhes o conhecimento e despertou um olhar para além do que o livro didático e as aulas expositivas oferecem”.

Paulo Vicente Angelo, da Klabin, destaca que atividades pedagógicas fora das salas de aula são mais ricas e interativas e podem trazer muitas vantagens para a formação das crianças, como a atividade realizada, que ofereceu às crianças a oportunidade de aprender usando os sentidos (visão, tato, audição, olfato). “Seguramente esse aprendizado os acompanhará ao longo da vida no desempenho da cidadania consciente”, destaca.

Segundo Paulo, é muito provável que o evento tenha permitido às crianças compreender a importância de cuidar bem da terra porque dela brotam a comida para o sustento das pessoas, as árvores que protegem as nascentes de água que usamos para sobreviver e as árvores plantadas usadas para tantos fins, como produção do papel dos cadernos, livros, lápis e borrachas usados na escola. “A Klabin acredita e apoia ações como esta”, finaliza.

Em sala de aula, os alunos elaboraram textos e desenhos sobre a atividade prática realizada:

“Eu aprendi que temos que cuidar na natureza porque a maioria dos alimentos que nós comemos vem dela […]” (Estudante 1 – 5ª ano).

“A saída de campo me ensinou a importância da água no nosso planeta e também me ajudou a descobrir que muitos produtos que nós consumimos estão cheios de veneno. E nós também plantamos mudas de alface e muitas mudas de árvores frutíferas bem perto de uma nascente […] para protegê-la” (Estudante 2 – 5ª ano).

Orientações para plantio de árvores nativas. Foto: Marcos A. Danieli

Em continuidade às ações do projeto, será realizada uma oficina envolvendo as merendeiras da escola, onde serão elaboradas receitas que contribuam para uma alimentação saudável e que consideram a vocação agrícola da região.

A experiência da horta, juntamente com a composteira, trabalhada em uma oficina anterior, será levada para a escola com auxílio dos produtores do projeto e dos estudantes, que agora contam com a bagagem das oficinas realizadas.

Para que estas ações na escola fossem possíveis, o Projeto Matas Sociais aproveitou o momento de construção das novas estruturas da escola e, mediante diálogo com a escola e Prefeitura de Imbaú, buscou a delimitação do espaço da composteira e horta, além de ter incentivado a instalação de cisterna para a captação de água da chuva e a manutenção das árvores e gramado do terreno, que funcionarão como espaços de lazer de leitura.

O projeto

O projeto é uma iniciativa da Klabin, em parceria com a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), The Nature Conservancy (TNC) e Sebrae, com apoio das Prefeituras Municipais de Imbaú, Ortigueira e Telêmaco Borba, no Paraná.

O objetivo principal é o fortalecimento econômico, ambiental e social de pequenas e médias propriedades rurais dos municípios envolvidos. O programa auxilia o produtor na adequação ambiental, legal e paisagística da propriedade, no planejamento e diversificação da produção, fortalecendo iniciativas de associação e cooperativismo, e facilitando o acesso às novas oportunidades de mercado e de desenvolvimento regional.

Plantio em área de nascente. Foto: Marcos A. Danieli

Autor: Marcos Alexandre Danieli
Colaboradores: Emílio André Ribas e Marcos José dos Santos

Encontro de Ambientalistas Históricos movimentou o Centro Ambiental Jardim das Florestas

Encontro de Ambientalistas Históricos movimentou o Centro Ambiental Jardim das Florestas

Encontro de Ambientalistas Históricos movimentou o Centro Ambiental Jardim das Florestas

Como parte da comemoração dos 30 anos Apremavi, foi realizado um encontro de confraternização de ambientalistas “históricos” do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O evento, realizado nos dias 21, 22 e 23 de abril de 2017, no Centro Ambiental Jardim das Florestas, da Apremavi, em Atalanta-SC, teve a participação de 25 pessoas, incluindo alguns da jovem guarda da Apremavi.

O encontro teve como objetivo falar sobre o “futuro”: futuro do passado e futuro do presente. Efetivamente o tempo passou e hoje estamos no futuro do qual falávamos nos idos da década de 1980, ou 1970 no caso de alguns, como os pioneiros fundadores da Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena), Lauro Eduardo Bacca e Nelcio Lindner.

O futuro é da “cor” ou do “jeito” que o imaginávamos naquela época? Quais foram as contribuições dos sonhadores ambientalistas que já estavam na “luta” (ou na estrada) naquela época e continuam até hoje, mesmo que alguns em outras frentes (universidades, governos,  ministério público, empresas…)? Quais foram as principais conquistas ou vitórias? Quais foram as decepções e derrotas?

Momento de reunião dos ambientalistas. Foto: Arquivo Apremavi

Analucia Hartmann, Procuradora da República avalia que a contribuição do movimento ambientalista de Santa Catarina para a conservação dos recursos naturais é positiva: “nós criamos, vou falar nós porque também já participei a muito tempo desse movimento, um paradigma neste estado, os diversos movimentos por suas maneiras peculiares de agir, contribuíram muito para a proteção dos recursos naturais e o saldo é positivo, apesar de termos muito a fazer. Os desafios atuais são enormes, infelizmente a destruição e o desenvolvimentismo são muito mais rápidos do que a reação da sociedade e o desafio é conscientizar a sociedade para que ela abrace a ideia da preservação dos recursos naturais e para que possamos criar um modelo de desenvolvimento sustentável”.

O Prof. João de Deus Medeiros da UFSC e coordenador do Grupo Pau-Campeche, disse que o movimento ambientalista, com esforço de um trabalho voluntário de várias lideranças, conseguiu avanços significativos para criar um cenário mais favorável da sociedade brasileira em sua relação com o meio ambiente: “o aprimoramento da legislação ambiental como a Lei da Mata Atlântica, a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação e também a consolidação do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente tiveram uma colaboração inequívoca das entidades ambientalistas”.

Para Nélcio Lindner, fundador da Acaprena, um grande desafio é fazer com que a consciência ambiental ecoe no coração e na mente das pessoas de maneira geral.

Clovis Borges, fundador da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), de Curitiba-PR,  avalia que o resultado do trabalho de conservação da natureza, feito por um grupo pequeno de pessoas no Brasil, é extraordinário, seja na restauração de áreas degradadas, na proteção da fauna e da flora e na criação e  implementação de áreas protegidas: “o que cultivamos e conseguimos colher nesses anos é um pano de fundo para um desafio de se buscar o envolvimento de novos atores e ampliar essas conquistas. Estamos também diante de retrocessos como o Código Florestal e os órgãos ambientais estão cada vez mais desestruturados, e isso, juntamente com as influencias políticas, tem feito com que eles percam a condição de cumprimento de  sua missão”.

Lauro Eduardo Bacca, fundador da Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena) em 1973, afirma que o movimento ambientalista deu uma contribuição enorme: “se não fossem organizações e pessoas que levantassem os problemas ambientais a sociedade teria reagido de forma muito mais lenta do que reagiu à destruição. Se olharmos para a Mata Atlântica veremos que a situação hoje está muito melhor do que há 40 anos e a poluição também está muito menor. Há 40 anos os rios eram numa cloaca de tudo quanto é atividade humana. Por outro lado vemos hoje uma aparente falta de engajamento das gerações mais novas nas causas sociais. A ação ambiental quase sempre envolve questões a longo prazo e as pessoas parece que preferem ou entendem só as questões a curto prazo mas nós temos que agir e pensar a longo prazo”.

Silvia Marcuzzo entregando presente ao Presidente da Apremavi, Edegold Schäffer. Foto: Arquivo Apremavi

Para a jornalista ambiental Silvia Marcuzzo de Porto Alegre, é importante que os jovens larguem as telas dos computadores e dos celulares e observem um pouco a natureza: “a natureza tem muita coisa a nos ensinar, seja uma borboleta, uma flor ou a movimentação das nuvens…isso não vai se aprender e entender através do Youtube, mas através da conexão aqui e agora com a natureza”.

Kathia Vasconcelos Monteiro, do Instituto Augusto Carneiro de Porto Alegre, disse  que o movimento ambientalista começou de forma expontânea mas ao longo do tempo as pessoas foram chegando e muita coisa foi feita em relação às florestas, às energias limpas e aos biomas como a Mata Atlântica e o Pampa: “quando se olha pra traz vemos que os ambientalistas mudaram o mundo, mesmo que ainda não em todos os aspectos que o mundo requer”.

Segundo Noemia Bohn, da Acaprena, é importante que os jovens se dêem conta de que a vida está aqui fora e para manter a vida e a qualidade de sua própria vida é necessário trabalhar pela proteção e conservação da natureza.  E isso vale a pena: “conseguimos vitórias impressionantes, especialmente no aspecto da legislação, que acabaram se refletindo na vida prática e evitando a degradação da cobertura florestal e contribuíram no controle da poluição. O maior desafio agora é manter o que foi conquistado e evitar os retrocessos que estão em curso”.

Para Emerson Antonio de Oliveira, da Fundação Grupo Boticário, conseguimos grandes avanços com muito esforço e muito trabalho desde a década de 1980, como os acordos internacionais sobre biodiversidade, sobre clima e também uma legislação sólida e eficiente aqui no Brasil. O desafio maior do momento é evitar os retrocessos na legislação que está sofrendo ataques de setores que não querem a implementação dessa legislação.

Segundo Vanderlei Schmitt, da Acaprena, “os jovem que estão indignados com a situação de degradação ambiental no planeta tem a oportunidade de contribuir, basta procurar uma organização ambiental e colocar a mão na massa e hoje precisamos dos jovens para reverter o quadro da degradação do planeta terra”.

 

Ambientalistas durante visita na Apremavi. Foto: Arquivo Apremavi

Leocarlos Sieves, da Acaprena, diz que é importante lutar, não se deixar abater pelas adversidades por que no passado alguém já lutou para que hoje tenhamos qualidade de vida e hoje temos que lutar para que as futuras gerações também tenham qualidade de vida.

Miriam Prochnow, fundadora da Apremavi em 1987, disse que o encontro foi extremamente proveitoso: “além de reunir amigos de longa data e compartilhar histórias, foi um momento de avaliação que permitiu mostrar os resultados alcançados e pensar em como trabalhar para o enfrentamento dos desafios atuais, como a questão das mudanças climáticas.

Autor: Wigold Schäffer

Observatório do Clima realizou reunião anual em Atalanta (SC)

Observatório do Clima realizou reunião anual em Atalanta (SC)

Observatório do Clima realizou reunião anual em Atalanta (SC)

Integrantes e parceiros celebraram os 15 anos da rede e debateram a estratégia para o aumento da ambição das propostas brasileiras no Acordo de Paris.

O Observatório do Clima (OC), a maior rede de entidades da sociedade civil dedicada ao debate do clima no Brasil, reuniu suas entidades integrantes e parceiros para a sua assembleia anual, na cidade de Atalanta (SC), de 10 a 12 de abril de 2017, nas dependências do Centro Ambiental Jardim das Florestas da Apremavi. Reuniu 43 participantes, representando 21 membros e organizações observadoras.

O encontro marcou os 15 anos do OC e também os 30 anos da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), havendo oportunidade para uma celebração conjunta. A celebração incluiu um jantar com membros do Conselho da Apremavi e autoridades locais e um plantio de mudas, ampliando uma faixa de mata ciliar no local.

Edegold Schäffer, Presidente da Apremavi, mostrando o Viveiro de Mudas Jardim das Florestas. Foto: Arquivo Apremavi

O OC nasceu em 2002 para posicionar a questão florestal no debate do Protocolo de Kyoto. Em 2009, participou ativamente da Política Nacional de Mudanças Climáticas. Mais recentemente passou a gerar dados com a criação do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa, o SEEG, em 2012.

Durante os três dias de reunião houve discussões em plenária e trabalhos em grupos, tratando dos seguintes temas:

  • Adaptação e resiliência climática
  • Comunicação
  • Florestas e REDD
  • Governança
  • Monitoramento de Políticas Públicas
  • NDC de 1,5ºC
  • Ataque sistemático (governo e congresso) à governança socioambiental do Brasil

Momento do plantio de árvores durante o encontro. Foto: Arquivo Apremavi

Como resultado das discussões foi lançada a Carta de Atalanta, um documento em protesto contra o ataque coordenado do Congresso Nacional e do governo de Michel Temer à proteção ambiental e aos direitos dos povos tradicionais.

A carta lista a série de retrocessos promovidos pelo governo e por seus aliados parlamentares nos últimos meses, no que talvez seja a maior ofensiva antiambiental desde a Constituição de 1988. E alerta que o movimento põe em risco as metas climáticas do país, além da segurança de toda a sociedade.

Entre as vítimas estão as unidades de conservação – comissões especiais do Congresso reduziram a proteção de 1,1 milhão de hectares em apenas dois dias, votando propostas enviadas pelo próprio Palácio do Planalto na forma de Medidas Provisórias; as terras indígenas, com a nomeação de Osmar Serraglio (PMDB-PR), um radical da bancada ruralista, para o cargo de ministro da Justiça; as terras públicas, com a proposta da MP 759; e o licenciamento ambiental.

“Após avanços significativos na redução da taxa de desmatamento e na demarcação de terras indígenas e criação de unidades de conservação na década passada – mantendo ao mesmo tempo forte crescimento econômico, safras recorde e geração de empregos –, o Brasil parece retroceder à década de 1980, quando era um pária internacional devido à destruição acelerada de seu patrimônio natural e à violência no campo”, diz a carta.

“O país que gosta de se vender ao mundo como parte da solução da crise do clima voltou a ser um problema. A mesma agropecuária propagandeada como a mais sustentável do mundo é a responsável pela grilagem de terras públicas, pela retirada de direitos de povos e comunidades tradicionais e pequenos agricultores e por rasgar os compromissos domésticos e internacionais de redução de emissões.”

Participantes do OC em momento de reunião. Foto: Arquivo Apremavi

Acompanhe abaixo a matéria realizada pela RBA TV sobre o encontro.

http://www.rbatv.com.br/noticia-rban/acoes-serao-este-ano-22220

 

A carta de Atalanta pode ser encontrada aqui. Leia abaixo sua íntegra:

Nenhum hectare a menos!

Carta do Observatório do Clima contra os retrocessos na agenda socioambiental

Em meio à instabilidade política atual, segmentos do governo e do Congresso avançam rapidamente para desfigurar leis e políticas socioambientais consolidadas a partir da Constituição de 1988. Evidencia-se um esforço concentrado e organizado para a aprovação de um conjunto de medidas que colocam em risco o bem-estar e a segurança da sociedade e nossos compromissos contra as mudanças climáticas.

Na última terça-feira (11/4), uma comissão do Congresso Nacional retalhou um conjunto de unidades de conservação na Amazônia e na Mata Atlântica, liberando para grilagem 660 mil hectares de terras públicas que haviam sido ilegalmente ocupadas e vêm sendo desmatadas. A redução, sem precedentes, foi inicialmente pedida pelo próprio Presidente da República, Michel Temer, por meio da Medida Provisória 756. Na quarta-feira (12/4), em sete minutos, outra comissão especial do Congresso aprovou a Medida Provisória 758, que reduz outros 442 mil hectares de unidades de conservação na Amazônia – em dois dias, 1,1 milhão de hectares.

A redução de áreas protegidas por MP, proposta inicialmente pela ex-presidente Dilma Rousseff e posta em prática por Temer, é uma sinalização do governo de que o crime compensa. A prática vem animando segmentos empresariais e parlamentares a formular propostas visando extinguir, reduzir ou alterar o status de proteção de parques nacionais, reservas extrativistas e outras áreas protegidas. No exemplo mais recente, políticos do Amazonas articulam com a Casa Civil a redução de cerca de 1 milhão de hectares de unidades de conservação no sul do Estado. Tramitam no Congresso Nacional e em várias assembleias legislativas estaduais outros projetos com esses objetivos.

O presidente também editou a MP 759/2016, que, a pretexto de promover a regularização fundiária, incentiva a grilagem de áreas públicas, perenizando o caos urbano e rural, o aumento do desmatamento e a concentração de terras e de renda.

Esses movimentos ocorrem em meio à forte elevação do desmatamento da Amazônia. A devastação cresceu 60% nos últimos dois anos, pondo em risco a meta brasileira de chegar a 2020 com uma redução de 80% na taxa, lançando dúvidas sobre a seriedade do compromisso do governo brasileiro com o Acordo de Paris.

Outras áreas protegidas também estão sob ameaça. Temer nomeou um ruralista radical, Osmar Serraglio (PMDB-PR), para o Ministério da Justiça, ao qual a Funai está subordinada. Serraglio foi o relator, na Câmara, da PEC 215, que viola direitos constitucionais dos índios ao transferir do Executivo para o Congresso a prerrogativa de demarcar terras indígenas. Premiando um militante da injustiça como ministro, Temer toma partido nos conflitos que o governo deveria mediar.

Encontram-se paralisados todos os procedimentos administrativos de demarcação de terras indígenas, titulação de quilombos e criação de assentamentos da reforma agrária e unidades de conservação. O teto de gastos introduzido na Constituição projeta um longo período de arrocho orçamentário para os órgãos e políticas socioambientais – um exemplo é o corte de 43% no orçamento do Ministério do Meio Ambiente em pleno período de alta no desmatamento.

Além das ameaças diretas a áreas protegidas e territórios tradicionais, também pode ser votado na Câmara nos próximos dias o desmonte do licenciamento ambiental. A bancada ruralista, juntamente com a Confederação Nacional da Indústria, vem buscando afrouxar o licenciamento, deixando na mão de Estados e municípios a definição das atividades que precisam de licença – e isentando toda a agropecuária. A vitória dessa proposição, que atropela o diálogo entre governo, congresso e sociedade civil para o aprimoramento deste instrumento, aumentará ainda mais o potencial de tragédias como a ocorrida em Mariana em 2015, além de abrir o caminho para grandes obras, como as investigadas pela Operação Lava Jato, sem qualquer avaliação de impacto.

Nesse cenário, cresce a violência contra jovens, mulheres, trabalhadores rurais, extrativistas, quilombolas e índios. Somente em 2015 foram registrados 50 assassinatos relacionados à luta pela terra e por direitos comunitários. O Brasil é o país onde mais se mata ativistas socioambientais.

Após avanços significativos na redução da taxa de desmatamento e na demarcação de terras indígenas e criação de unidades de conservação na década passada – mantendo ao mesmo tempo forte crescimento econômico, safras recorde e geração de empregos –, o Brasil parece retroceder à década de 1980, quando era um pária internacional devido à destruição acelerada de seu patrimônio natural e à violência no campo.

O país que gosta de se vender ao mundo como parte da solução da crise do clima voltou a ser um problema. A mesma agropecuária propagandeada como a mais sustentável do mundo é a responsável pela grilagem de terras públicas, pela retirada de direitos de povos e comunidades tradicionais e pequenos agricultores e por rasgar os compromissos domésticos e internacionais de redução de emissões.

Em vista desse quadro, o Observatório do Clima: repudia os ataques ao patrimônio nacional e aos direitos da sociedade realizados pelo poder público sob influência de interesses privados; demanda ao Congresso Nacional que não aprove qualquer medida que leve à redução do status de proteção ou eliminação de áreas protegidas, como as Medidas Provisórias 756 e 758, nem qualquer outra medida que fragilize a proteção social e ambiental do país; demanda ao Presidente da República que não recorra mais a MPs para alterar áreas protegidas e vete na íntegra as alterações recentemente propostas pelo Congresso, caso aprovadas; e apoia organizações ambientais e movimentos sociais que juntam forças para fazer frente aos retrocessos, na certeza de que somente o aumento da resistência será capaz de deter e de reverter a atual conjuntura.

Atalanta (SC), 12 de abril de 2017

Assembleia Anual do Observatório do Clima

Autores: Miriam Prochnow e Cláudio Angelo

Apremavi faz palestras na Alemanha

Apremavi faz palestras na Alemanha

Apremavi faz palestras na Alemanha

As representantes da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), Gabriela Schäffer e Grasiela Hoffmann, estiveram em Heidelberg (Alemanha), de 27 a 31 de março de 2017, para realizar palestras sobre a Mata Atlântica e outros biomas do Brasil e também sobre os trabalhos da Apremavi, especialmente sobre o projeto Bosques de Heidelberg no Brasil.

Foram visitadas e feitas palestras em 9 escolas, envolvendo 22 turmas e mais de 500 alunos, com idade entre 7 e 15 anos.

Grasiela Hoffmann da Apremavi e Brigitte Heinz do BUND conversando com os alunos. Foto: Gabriela Schaffer

Em 1999 a Apremavi iniciou uma importante parceria com a ONG Alemã BUND – Freunde der Erde, que é uma organização sediada em Heidelberg, que trabalha desde 1976 pela proteção e conservação ambiental desenvolvendo projetos com foco especial na educação e conscientização de jovens e adultos.

O Projeto Bosques de Heidelberg (Die Heidelberger Wäldchen in Brasilien) tem como objetivo estimular o intercâmbio entre as cidades de Heidelberg e de Atalanta (SC), incentivando o plantio de bosques com árvores nativas da Mata Atlântica e apoiando ações de educação ambiental. Desde o início da parceria, que completa 18 anos esse ano, já foram plantadas mais de 106 mil árvores nativas.

Apremavi e BUND ensinando que cada um pode fazer a sua parte. Foto: Arquivo Apremavi

Além das palestras que a Apremavi faz para crianças e jovens na Alemanha, também são realizadas palestras com escolas na região do Alto Vale do Itajaí. Após as palestras os alunos realizam o plantio das árvores junto com o time da Apremavi. O plantio dos bosques são uma verdadeira aula de educação ambiental ao ar livre com as crianças.

Além das palestras os alunos também participaram de atividade recreativas com o Jogo da Memória da Apremavi. Foto: Gabriela Schaffer

A semana não acaba aí, Gabriela vai ficar mais algum tempo para fazer um estágio voluntário na ONG alemã e com isso ainda serão realizadas outras 4 palestras, 3 em inglês e 1 em alemão. Segundo Gabriela, a oportunidade de trabalho voluntário vai trazer ainda mais integração entre as organizações, além de muito aprendizado.

Grasiela ressalta que as palestras são um excelente processo para a Educação Ambiental das crianças, pois ajudam a mostrar a imensa biodiversidade da Mata Atlântica e também a importância da sua preservação. Além das belezas naturais do Brasil.

Autoras: Gabriela Schäffer e Grasiela Hoffmann
Revisão: Miriam Prochnow

Produzido primeiro Mapa de Áreas Prioritárias de Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí

Produzido primeiro Mapa de Áreas Prioritárias de Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí

Produzido primeiro Mapa de Áreas Prioritárias de Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí

Ao final de três dias de trabalho, os participantes do “II Seminário Diálogo do Uso do Solo na Mata Atlântica – Planejando Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí”, concluíram o primeiro Mapa de Áreas Prioritárias de Paisagens Sustentáveis para os 28 municípios do Alto Vale do Itajaí e dos municípios de Alfredo Wagner e Itaiópolis, que concentram inúmeras nascentes do rio Itajaí, e Leoberto Leal e Apiúna que integram as regiões administrativas do Alto Vale.

Momento de trabalho em grupo. Foto: Wigold Schaffer.

Foram intensas discussões de alto nível, entre 90 pessoas (algumas em tempo parcial) de praticamente todos os municípios da região, representando agricultores, empresas, academia, poder público e ONGS, além de representantes de diversas organizações de outros estados brasileiros e representantes internacionais de Portugal e Moçambique. O resultado desse esforço é o primeiro Mapa de Áreas Prioritárias para Implantação de Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaícom áreas e ações prioritárias nos seguintes temas:

1 – As áreas onde já existe ou tem potencial para o desenvolvimento do turismo rural ou turismo ecológico.

2 – As áreas onde já existem ou tem potencial para o desenvolvimento de atividades de produção sustentável tais como: produção agroecológica, sistemas agroflorestais, cordões vegetais/quebraventos, plantio/exploração de erva-mate, apicultura, etc.

3 – As áreas prioritárias para conservação da biodiversidade e dos recursos naturais tais como: belezas cênicas naturais, remanescentes florestais bem conservados, locais de abrigo de fauna e flora ameaçada, endêmica ou rara, nascentes de água e mananciais hídricos, etc.

4 – As áreas prioritárias para restauração tais como: APPs, Reserva Legal e áreas para criar corredores de fauna e flora.

5 – As áreas onde existem agressões ambientais que precisam ser sanadas tais como: poluição, desmatamento, extração ilegal de madeira nativa, caça, etc.

6 – As áreas com potencial de enriquecimento ecológico da vegetação existente com espécies nativas (frutíferas, palmito, erva-mate, etc.)

7 – As áreas prioritárias para formação de corredores ecológicos e manejo integrado da paisagem.

Versão preliminar do Mapa de Áreas Prioritárias para a Implantação de Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí. Foto: Miriam Prochnow.

Realizado no Parque Universitário Unidavi em Rio do Sul, nos dias 21, 22 e 23 de março de 2017, o seminário foi uma iniciativa da Associacão de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e do Diálogo Florestal, em parceria com o Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi), a Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), a Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí (Cravil), a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e a Faculdade Metropolitana de Rio do Sul (Uniasselvi-Famesul), e teve apoio da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), do Diálogo Florestal Internacional (TFD) e do Programa de Florestas do Banco Mundial (PROFOR).

O Grupo de Trabalho regional deve agora ser ampliado com a participação da empresa Pamplona Alimentos SA, da Cooperativa de Crédito Cresol e outras instituições.

Em breve o GT divulgará detalhes do mapa e os próximos passos que devem ser dados.

Autor: Wigold Schäffer

II Seminário Diálogo do Uso do Solo na Mata Atlântica acontecerá de 21 a 23 de março, em Rio do Sul (SC)

II Seminário Diálogo do Uso do Solo na Mata Atlântica acontecerá de 21 a 23 de março, em Rio do Sul (SC)

II Seminário Diálogo do Uso do Solo na Mata Atlântica acontecerá de 21 a 23 de março, em Rio do Sul (SC)

O Seminário Diálogo do Uso do Solo na Mata Atlântica – Planejando Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí é uma iniciativa da Associacão de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) e do Diálogo Florestal, em parceria com a Fundação Universitária para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi), a Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), a Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí (Cravil), a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e a Faculdade Metropolitana de Rio do Sul (Uniasselvi-Famesul), e tem apoio da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), do Diálogo Florestal Internacional (TFD) e do Programa de Florestas do Banco Mundial (PROFOR).

O Diálogo do Uso do Solo pretende reunir conhecimento existente sobre a região, nos diversos setores que atuam na paisagem, e a partir disso oportunizar processos de envolvimento da sociedade e seus diversos segmentos e organizações para definir cenários e ações que permitam uma melhor governança, em busca do desenvolvimento sustentável.

O trabalho começou em abril de 2016, num seminário realizado em Atalanta (SC), com a participação de ONGs, agricultores, empresas privadas e públicas, governos locais, cooperativas e associações de produtores e universidades de diferentes países e de vários estados brasileiros e da região do Alto Vale.

Como resultado desse seminário foi criado um Grupo de Trabalho para dar seguimento às discussões na região. O grupo ajudou a produzir e divulgar o vídeo Diálogo do Uso do Solo – Planejando Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí, e, ao longo do ano de 2016, realizou diversas reuniões e decidiu fazer um segundo seminário, desta vez para discutir cenários para 2030/2050.

Todos buscamos o desenvolvimento. Mas o desenvolvimento para ser duradouro tem que ser também sustentável nos aspectos ambiental, social e econômico.

Segundo a ONU, tem que ser um processo que “satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.

Por isso é tão importante dialogarmos sobre uso do solo e paisagens sustentáveis, para as presentes e futuras gerações.

O Alto Vale do Itajaí foi escolhido como área piloto para esse trabalho em razão do reconhecimento de que o uso do solo na região já atende em grande medida aos preceitos do que se entende como paisagens sustentáveis.

O que se espera do II Seminário no Alto Vale do Itajaí

1. Reunir e tornar analisáveis de forma integrada o maior volume possível de informações disponíveis sobre a região;

2. Reunir especialistas e conhecedores da região para definirem, de forma consensual, as áreas consideradas prioritárias para a conservação, recuperação e uso sustentável da paisagem regional visando alcançar o desenvolvimento sustentável;

3. Estabelecer ações prioritárias para cada área identificada, para os cenários de curto, médio e longo prazos, considerando a pressão antrópica atual e futura e a atuação e desenvolvimento dos principais setores da economia regional (agropecuária, silvicultura, construção civil, indústria e comércio, serviços, turismo).

4 – Elencar ações de caráter geral para os setores público e privado e para a comunidade sobre como melhorar a ocupação e uso do solo nas áreas urbana e rural, visando a prevenção e mitigação dos riscos e efeitos de eventos climáticos extremos, a proteção do solo, a melhoria dos processos produtivos, a proteção e recuperação das florestas e da biodiversidade, a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a proteção dos recursos hídricos.

Confira a programação

Dia 21.03.2017

13:30 horas

Abertura e contextualização 

Pelo Grupo de Trabalho: Apremavi, Amavi, Epagri, Unidavi, Uniasselvi/Famesul, Cravil, Afubra

Apresentação do vídeo Diálogo do Uso do Solo – Planejando Paisagens Sustentáveis no Alto Vale do Itajaí”

14:15 horas

Experiência brasileira: Como envolver a comunidade na construção de Corredores Ecológicos e proteção dos recursos naturais: O trabalho do Centro Ecológico Ipê no entorno do Parque Estadual Morro do Diabo – SP – Laury Cullen Jr. Ph.D. – Coordenador de Projetos e Pesquisas

15:00 horas

Experiências Internacionais:

Os trabalhos da Fundação Micaia de Moçambique – Hercília Chipanga

A experiência do WWF internacional com a iniciativa New Generation Plantations – Luis Neves Silva

15:45 horas – café

16:00 horas

Apresentação do resultado do diagnóstico “Qual a sua opinião sobre Cenários para 2030/2050 no Alto Vale do Itajaí?”. Pesquisa realizada junto a pessoas conhecedoras da realidade do Alto Vale do Itajaí.

Unidavi, Apremavi, Epagri, Amavi

17:00 horas debate

Dia 22.03.2017

08:30 horas

Apresentação detalhada da Metodologia para mapeamento das áreas, definição de ações prioritárias e discussão dos cenários futuros. A metodologia vai ser participativa e interativa entre todos os participantes do seminário. Para isso serão constituídos Grupos de Trabalho por região administrativa. Os trabalhos de cada região serão apresentados ao plenário para discussão, validação e incorporação aos trabalhos dos demais grupos.

Marcos Reis Rosa – ARCPLAN-SP

Miriam Prochnow – Diálogo Florestal e Apremavi

09:15 horas – Café

09:30 horas

Grupos de trabalho por região administrativa (4 grupos)

Os grupos trabalharão na identificação em mapas de áreas críticas/prioritárias por tema (aspectos ambientais e socioeconômicos) com elaboração de mapas temáticos e preenchimento de formulários com características e ações propostas para cada área.

11:30 horas

Apresentações dos resultados dos grupos e debate

12:15 horas – Almoço – no local do evento

13:30 horas

Continuação dos Grupos de trabalho por região administrativa (4 grupos)

15:30 horas – Café

15:45 horas

Continuação dos Grupos de trabalho por região administrativa (4 grupos)

17:00 horas

Apresentações dos resultados dos grupos e debate

Dia 23.03.2017

08:30 horas

Continuação dos Grupos de trabalho por região administrativa

Integração de dados ambientais e socioeconômicos (elaboração de mapas regionais)

09:45 horas – Café

10:00 horas

Continuação dos Grupos de trabalho por região administrativa

Integração de dados ambientais e socioeconômicos (elaboração de mapas regionais)

12:15 horas – Almoço – no local do evento

13:30 horas

Apresentação dos resultados dos Grupos de Trabalho e debate

15:30 horas – Café

15:45 horas

Plenária final e validação dos resultados.

Debate sobre governança e próximos passos.

Autor: Miriam Prochnow

Campanha da Fraternidade 2017 defende os Biomas Brasileiros e a Vida

Campanha da Fraternidade 2017 defende os Biomas Brasileiros e a Vida

Campanha da Fraternidade 2017 defende os Biomas Brasileiros e a Vida

Anualmente, desde 1962, a igreja católica no Brasil promove, no período quaresmal, que vai da quarta-feira depois do carnaval até a Páscoa, a Campanha da Fraternidade. Com o objetivo de despertar o espírito comunitário, educar para a vida fraterna e renovar a consciência de responsabilidade do cristão em relação às questões internas da igreja, à vida pessoal e às situações existenciais do povo brasileiro.

No total, já houveram sete CF abordando temas ambientais. Fato significativo é que, pela primeira vez, o tema ambiental se repete em dois anos consecutivos – 2016 “Casa comum, nossa responsabilidade”, e 2017 “Biomas brasileiros e defesa da vida”. Este fato se junta a outro mais significativo ainda, qual seja, a Carta Encíclica do Papa Francisco, “Laudato Si”, abordando a grave situação do nosso planeta, consequência do modelo econômico predador da natureza e das relações humanas.

Cartaz da Campanha da Fraternidade 2017

A CF 2017 convida-nos a conhecer e cuidar dos biomas brasileiros e de toda a vida neles existentes. Chama a atenção sobres o grave problema do aquecimento global e suas consequências na vida dos biomas e do planeta. Busca comprometer a sociedade, principalmente os cristãos, na busca de mudanças pessoais e institucionais em vista da preservação e respeito à toda criação. Tudo o que existe foi criado por amor e colocado aos cuidados do ser humano, por mandado do próprio Criador. Toda vida é “sopro do Espírito. Essa, pelo menos, é a fé cristã.

A CF 2017, bem como a “Laudato Si, colocam claramente que as crises ambientais e sociais são uma única crise socioambiental. As pessoas precisam rever e melhorar as relações com os seus irmãos humanos e com cada ser criado de todas as espécies, respeitando os direitos de cada um à vida e vida com qualidade. Da mesma forma, o uso dos recursos naturais deve levar em conta o direito das gerações futuras.

Para isso precisamos sair da cultura do antropocentrismo que considera como único ser de direitos o homem, e que tudo o mais existe só para servi-lo. Dessa mentalidade vem o consumismo, o individualismo, a ganância, as guerras, … que, em última análise, são as causas da situação extremamente preocupante por que passa o nosso planeta.

Wigold Schäffer e Urbano Schmitt gravando imagens para o vídeo da CF 2017. Foto: Arquivo Apremavi

A igreja produziu uma série de materiais impressos e um vídeo para a Campanha da Fraternidade 2017.

Um desses vídeos retrata o trabalho de 30 anos que a Apremavi desenvolve no apoio a comunidades tradicionais e pequenos produtores rurais para que recuperem as áreas de preservação permanente (APPs) e protejam os recursos hídricos. Um dos destaques é a participação do agricultor Antonio Pesenti de Atalanta, que fala sobre a importância de plantar árvores para proteger os mananciais hídricos.

A Apremavi também contribuiu com imagens e informações para o material da CF 2017, que poder ser encontrado no sítio da CNBB – www.campanhadafraternidade2017.com.br/

Benvinda a CF 2017. Que ela possa transformar-nos em homens e mulheres melhores. Que os nossos biomas tenham uma oportunidade para sobreviverem e se restaurarem. Que a nossa ecologia seja INTEGRAL.

Autor: Urbano Schmitt Junior

Propriedade Zenaide Furlani

Propriedade Zenaide Furlani

Propriedade Zenaide Furlani

A propriedade de Zenaide Furlani foi restaurada pela Apremavi no âmbito do Projeto Araucária no ano de 2015.

Dados da Propriedade

Área total da propriedade em hectares: 25 ha
Localidade: São Luiz
Município: Salete
Região: Alto Vale do Itajaí
Reserva legal Averbada: Não
Cadastro Ambiental Rural: Não
Localização geográfica: Clique aqui

Croqui da área

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Dados do Projeto

Categoria: Conservação de florestas e áreas naturais
Tipo: Entorno de rio, entorno de riacho/sanga d’água, bosque/capão de mato
Metodologia: Isolamento de área
Área em hectares: 0,5134 ha (área 1) | 0,8896 (área 2)
Espaçamento entre linhas e plantas: 2 x 2 | 3 x 3
Número de mudas: 120
Data da entrega de arame: 21/05/2015
Data da entrega das mudas: 09/07/2015
Data do plantio: Imediato
Data da avaliação: 09/07/2015

 

Espécies Utilizadas

Palmito.

Atividades e Monitoramento

(Fotos: Equipe Apremavi)

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