Casal inicia agrofloresta em São Joaquim/SC com apoio do Matas Legais

Casal inicia agrofloresta em São Joaquim/SC com apoio do Matas Legais

Casal inicia agrofloresta em São Joaquim/SC com apoio do Matas Legais

Lucas Caliari e Laís Ferrari, paranaenses de Maringá, adquiriram recentemente uma propriedade na Serra Catarinense, no município de São Joaquim (SC). Entusiastas em prol do meio ambiente, com a ajuda do Matas Legais, estão transformando a propriedade, outrora utilizada com pastagem extensiva, em um exemplo de agrofloresta.

“Tudo começou quando o casal conheceu a Apremavi em fevereiro deste ano. A visita ao Centro Ambiental e ao Viveiro Jardim das Florestas foi o estímulo que faltava para o início do trabalho de restauração na propriedade”, informa Leandro Casanova, colaborador da Apremavi e Coordenador do Matas Legais.

Segundo o casal, a ideia é restaurar cerca de 15 hectares com a implantação de uma agrofloresta com foco no plantio de frutas nativas como uvaia, cereja, pitanga, araçá, e também árvores de erva-mate, bracatinga e araucária. “A ideia é que no médio prazo novos produtos, sabores e inovações sejam provenientes dessa agrofloresta”, destaca Laís. Já para Lucas: “é um sonho realizado e um desafio motivador a cada dia transformar e restituir a paisagem e contribuir com a qualidade de vida na propriedade e na comunidade. Além disso, a prática de queima em campos na região tem me deixado um tanto perplexo”.

Mudas prontas para o olantio de agrofloresta em SC. Foto: Lucas Caliari e Laís Ferrari

Registros do plantio. Fotos: Lucas Caliari, Laís Ferrari e Leandro Casanova

Depoimento do casal

“Somos Lucas e Lais da Villadagio, uma propriedade que nasceu há apenas um ano, mas com sonhos de muitos anos antes! 

Viemos do interior do Paraná, de uma região rodeada pela monocultura, para Pericó em Santa Catarina, para viver a agricultura que acreditamos: a agrofloresta! Com muita felicidade encontramos a Apremavi, que nos presenteou com mudas nativas da Mata Atlântica para regeneração da nossa área, através de frutíferas, flores, erva mate e muitas bracatingas. Visitamos o viveiro que fica em Atalanta, para conhecer esse projeto que há mais de 30 anos conserva a natureza através de doação de mudas para propriedades como a nossa. 

Priorizamos esse como o primeiro passo da Villadagio na Serra Catarinense, a simbiose do nosso bioma para nossa futura casa, hospedagem, cantina e agroindústria. Obrigada Leandro e Daiana pelo atendimento e suporte!”

 

O Matas Legais

O plantio teve apoio do programa Matas Legais, uma iniciativa da parceria entre a Apremavi e a Klabin que acontece em Santa Catarina desde 2005. O programa tem como objetivo desenvolver ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal, que ajudem a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e a aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

A palavra legal procura traduzir dois sentidos: o de cumprimento da legislação ambiental e o de expressão de um lugar agradável, bonito e bom de se viver.

Autor: Leandro Casanova.
Revisão: Thamara Santos de Almeida e Carolina Schäffer.

Apremavi contrata PJ para elaboração de mapas de uso do solo

Apremavi contrata PJ para elaboração de mapas de uso do solo

Apremavi contrata PJ para elaboração de mapas de uso do solo

Se você ou a sua empresa tem interesse na causa ambiental e experiência na elaboração de mapas de uso do solo, esse é o momento de trabalhar conosco!

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (APREMAVI), no âmbito do Projeto ​​Políticas, Práticas, Transparência e Governança para Implementação do Código Florestal, apresenta uma oportunidade para contratação de serviço (pessoa jurídica) visando a elaboração de mapa do uso do solo de projetos de assentamento da reforma agrária localizados em Abelardo Luz (SC).

 

Vaga | Elaboração de mapa de uso do solo

Oportunidade para contratação de pessoa jurídica para elaborar um mapa único com uso do solo da área total prevista na proposta e mapas individualizados do uso do solo de cada assentamento envolvido no trabalho. A elaboração de mapas de adequação de propriedades rurais e territórios a luz do Código Florestal integra as atividades do projeto Políticas, Práticas, Transparência e Governança para Implementação do Código Florestal, que tem como objetivo geral reverter e reduzir a perda de florestas no Brasil. É executado por um consórcio de organizações que integram o Observatório do Código Florestal, sob a coordenação dos Amigos da Terra Amazônia. A Apremavi é uma das organizações que compõem o consórcio.

 

+ Confira o Termo de Referência (TDR) com o detalhamento da oportunidade.

A proposta, o currículo da equipe envolvida e o valor devem devem ser enviadas até o dia 25/09/2022 por e-mail para info@apremavi.org.br C/c edilaine@apremavi.org.br

 

A Apremavi tem como princípios a equidade e a diversidade. Incentivamos profissionais de grupos minoritários (de origem e raça, étnicos, gênero, orientação sexual, sociais, culturais, etários, e físicos) a apresentar proposta.

Ajude a Apremavi: compartilhe essas oportunidades de trabalho com profissionais que você conheça.

 

Autora: Thamara Santos de Almeida
Revisão: Vitor Lauro Zanelatto, Carolina Schäffer e Edilaine Dick
Foto de Capa: Arquivo Apremavi

ONGs apresentam dados ao STF para derrubar lei que altera APPs urbanas, por ISA

ONGs apresentam dados ao STF para derrubar lei que altera APPs urbanas, por ISA

ONGs apresentam dados ao STF para derrubar lei que altera APPs urbanas, por ISA

Legislação ameaça biodiversidade, aumenta o risco de desastres ambientais e agrava crises hídrica e climática, segundo estudos incluídos em manifestação

DO INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL | Organizações da sociedade civil protocolaram um pedido, na última sexta-feira (19), para entrar como amici curiae  (“amigos da corte”) da ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que pede a declaração de inconstitucionalidade da lei que permite a redução e até a eliminação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens de rios em cidades. O amici curiae é uma instituição ou pessoa que fornece informações e auxilia as partes em um processo judicial

A nova legislação é considerada por especialistas como o mais grave retrocesso ambiental no atual governo. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) foi protocolada, em abril, pelo PSB, PSOL, PT e Rede. Além de alegar que a norma viola a Constituição, a ADI pede medida cautelar para suspender imediatamente seus efeitos.

Votado pelo Congresso no ano passado, o Projeto de Lei (PL) que originou a Lei n.º 14.285/2021, conhecida como “Lei das APPs Urbanas”, tramitou em tempo recorde: foi aprovado sem audiências públicas, sem passar em comissões e em votações expressas nos plenários da Câmara e do Senado. A norma foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no apagar das luzes de 2021, em 29 de dezembro. 

Com a lei, cada um dos 5.570 municípios brasileiros fica autorizado a reduzir ou mesmo eliminar as APPs hídricas dentro do perímetro urbano, possibilitando o desmatamento e a instalação de imóveis e empreendimentos de impacto nessas áreas sensíveis. A medida altera o Código Florestal, que determina uma faixa de 30 a 500 metros para as áreas de proteção que não foram desmatadas antes de 2008, dependendo da largura do curso d’água, em todo país. 

Em fevereiro, a Câmara de Meio Ambiente do Ministério Público Federal manifestou-se contra as alterações. O colegiado entendeu como inconstitucional a permissão para que municípios reduzam a proteção estabelecida pela legislação federal.

De acordo com o Código Florestal, as APPs são áreas essenciais para a manutenção do equilíbrio ecológico, prestando serviços ambientais como a preservação dos recursos hídricos, da biodiversidade e a manutenção dos solos, garantindo a estabilidade do solo e prevenindo catástrofes com enxurradas e deslizamentos de terra, como a que atingiu a região serrana do Rio de Janeiro, em junho.

Na ação, o ISA, Observatório do Clima, SOS Mata Atlântica, WWF Brasil, Rede de Organizações Não Governamentais da Mata Atlântica e a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) afirmam que, entre os efeitos mais nocivos da lei, estão a autorização para novos desmatamentos e a instalação de novas ocupações e atividades poluentes de alto impacto ambiental nas margens de rios, sem qualquer estudo técnico.

Antes, apenas excepcionalmente atividades econômicas poderiam ser instaladas nessas áreas, sob justificativa de “utilidade pública, interesse social ou baixo impacto”. Agora, com a nova lei, qualquer empreendimento ou ocupação pode ser realizada nas margens de rios, desde loteamentos de casas até indústrias poluentes. A norma libera até mesmo atividades proibidas pelo próprio STF, como as de tratamento de lixo, que podem gerar contaminação dos rios.

 

Municípios já reduzem APPS

“Os rios e a biodiversidade não conhecem fronteiras municipais. Os desmatamentos e os consequentes danos cometidos por um município serão sentidos em outros municípios, estados e até países”, afirma Maurício Guetta, assessor jurídico do ISA. “Deixar que cada um dos 5.570 municípios desrespeite o piso mínimo federal e defina suas margens de proteção a rios, inclusive com a possibilidade de simplesmente eliminá-las, configura uma das mais graves ameaças ao equilíbrio ecológico”.

Vários municípios já começaram a reduzir ou eliminar APPs de cursos d’água. Menos de dois meses depois da edição da nova legislação federal e sem qualquer processo de avaliação técnica, Tiradentes do Sul (RS) aprovou uma lei municipal que prevê faixas marginais de 2,5 metros. 

Trata-se de uma proteção insignificante para manter as funções dessa vegetação, como explica João de Deus Medeiros, coordenador-geral da Rede de ONGs da Mata Atlântica. “Ter uma faixa ripária de 2,5 metros ou nenhuma faria pouca diferença, já que as funções remetidas a essa faixa ripária, com uma extensão tão reduzida, teriam um comprometimento completo de sua eficácia”.

Para ele, essa é a razão maior para defender a manutenção de um parâmetro  mínimo nacional, como estabelece o Código Florestal. “Sabemos que nos municípios há muita pressão e interesses para ocupação dessas áreas, notadamente em virtude da especulação imobiliária típica das áreas urbanas. Remeter aos municípios a competência plena nessa matéria poderá gerar prejuízos socioambientais sérios”, ressalta. 

Na contramão do mundo e da comunidade científica, a Lei das APPs Urbanas também contribui para o agravamento da crise climática nas cidades. “Nesse momento em que os efeitos de eventos extremos decorrentes das mudanças climáticas globais se expressam em diversos municípios, deixando prejuízos de toda ordem para a coletividade, sejam pelas inundações e deslizamentos de encostas, seja pelas estiagens prolongadas que afetam a segurança hídrica de milhões de pessoas, a manutenção dessa lei reflete uma grande irresponsabilidade; configura um atentado à segurança e sustentabilidade das zonas urbanas”, explica Medeiros. 

A petição das organizações da sociedade civil argumenta que o setor que mais emite gases causadores da emergência climática é o de “mudança do uso da terra”, com 46% do total, o que está diretamente ligado ao desmatamento. “Diante desse quadro, a abertura de faixas marginais de preservação permanente para novos desmatamentos atenta contra a necessidade de redução das emissões de gases causadores das mudanças do clima”, diz.

 

84% das APPs urbanas preservadas

A petição também analisa a questão hídrica no país. De acordo com estudo do MapBiomas, em pouco mais de três décadas o país perdeu mais de três milhões de hectares de superfície coberta por água, área maior do que o estado de Alagoas, ou seis vezes maior do que o Distrito Federal. O problema tem relação direta com o desmatamento das APPs. 

“O estado de Mato Grosso do Sul, no Pantanal, perdeu 57% de suas águas no período. Na Amazônia, bioma qualificado como patrimônio nacional, o Rio Negro perdeu 22% de sua superfície de água. Já o Rio São Francisco, um dos mais relevantes do país, perdeu cerca de 50% de sua superfície de água nas últimas três décadas”, diz o pedido feito na ADI. 

análise inédita das áreas ainda preservadas num raio de até 30 metros das faixas marginais de rios em perímetros urbanos produzida pelo MapBiomas foi feita para contribuir com o julgamento da ADI e incorporada à manifestação das ONGs. Em 2020, essas áreas ainda intactas representavam 84% do total. “O que significa que grande parte das faixas marginais de rios em áreas urbanas está preservada, podendo ser destruída caso prevaleçam os efeitos da Lei”, argumenta a petição.

O estudo analisou ainda 17 municípios da Amazônia Legal e da Bacia do Paraná, regiões  de alta relevância para o equilíbrio ecológico nacional. Nesses municípios, 82% das faixas ciliares de 30 metros estão cobertas por vegetação. “O atual cenário hídrico brasileiro, de rápida perda de capacidade hídrica e de seguidas e crescentes crises de abastecimento público, intensifica a necessidade de proteção efetiva das APPs para a garantia de água para as presentes e futuras gerações”, argumentam as organizações ambientalistas. 

A escassez hídrica também traz impactos econômicos que vão além da crise de abastecimento para as residências. A redução de vazão nos rios afeta o transporte de commodities e o suprimento de alimentos. A agricultura irrigada sofre com altas nos custos e perdas de produção. No setor elétrico, o aumento de custos em 2021 foi generalizado não apenas na conta de energia, mas em todos os setores produtivos. 

“De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste, que geram 70% da energia do país, operavam em 2021 com a mais baixa capacidade da história”, completa o texto do amici curiae.

Autora: Carolina Fasolo – Instituto Socioambiental (ISA)
Foto de capa: Wigold B. Schäffer

O poderoso Puma

O poderoso Puma

O poderoso Puma

O puma (Puma concolor), também conhecido como onça-parda, suçuarana ou leão-baio, é nativo das Américas, sendo o segundo maior felino dessa região. Puma vem do quéchua, a língua nativa dos povos da região dos Andes, na América do Sul, que significa “poder” ou “poderoso”. Já o concolor vem do latim e significa “da mesma cor” devido a cor acastanhada da sua pelagem que é a mesma por todo o corpo.

A coloração da pelagem varia entre regiões e até em idade, pois os filhotes nascem com pintas que desaparecem conforme crescem. Devido ao seu corpo longo é um felino muito ágil, podendo saltar de uma altura de 5,5m em um só pulo. Os machos são maiores e mais pesados que as fêmeas. São solitários e territorialistas, e só formam pares no período reprodutivo. Além disso, são noturnos e crepusculares, com maior atividade no entardecer e à noite.

É carnívoro e oportunista, se alimentando da variedade de presas que está disponível no ambiente. Em lugares que ocorre junto com a onça-pintada suas presas são menores, para evitar a competição. Há diversos relatos de ataques de pumas a animais domésticos e de criação, sendo esse um motivo de interações com humanos e conflitos em diversos lugares.

A sua distribuição é ampla pelas Américas, ocorrendo desde o Canadá até a Argentina em uma variedade de ambientes, que vão desde florestas, até montanhas e pântanos. No Brasil, há ocorrência por todos os biomas, porém suas populações estão reduzidas e até mesmo extintas em alguns locais.

Em relação ao bioma Mata Atlântica a espécie está amplamente distribuída, contudo, estima-se que o seu tamanho populacional efetivo é de 1000 indivíduos, sendo as principais ameaças: perda e fragmentação de habitat pela agropecuária e urbanização, caça, conflitos com animais domésticos e de criação e atropelamentos.

Apesar de não considerada ameaçada no Brasil pelo ICMBio e nem a nível mundial pela IUCN, no Estado de Santa Catarina a espécie está categorizada como Vulnerável (VU)  à extinção, demandando esforços em prol da sua conservação.  Desde 2010 o Projeto Conservação de Carnívoros do Parque Nacional da Serra do Itajaí procura saber mais sobre esses animais na região, em breve vamos trazer algumas descobertas em uma nova matéria.

 

Puma concolor. Foto: Arquivo Apremavi

Registros de Puma pelas Américas. Fotos: Arquivo Apremavi,                            Sarah Murray, CC BY-SA 2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0>, via Wikimedia Commons,        Bas Lammers, CC BY 2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by/2.0>, via Wikimedia Commons,  Malcolm, CC BY-SA 2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0>, via Wikimedia Commons, Malcolm, CC BY-SA 2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0>, via Wikimedia Commons

Puma

Nome científico: Puma concolor

Família: Felidae

Habitat: Vários tipos de ambientes, desde florestas a regiões montanhosas

Alimentação: Carnívoro

Peso: Machos 40-72kg, fêmeas 34-48kg

Comprimento: 1,5 a 2,75m

Hábito de vida: solitário e territorialista

Distribuição: América

Ameaças: perda e fragmentação de habitat, atropelamento, caça, retaliação e conflitos por animais doméstico e de criação

Status de conservação: Vulnerável (VU) no Estado de Santa Catarina e não ameaçada no Brasil pelo ICMBio e no mundo pela IUCN

Fontes consultadas:

AZEVEDO, Fernanda Cavalcanti et al. Avaliação do risco de extinção da Onça-parda Puma concolor (Linnaeus, 1771) no Brasil. Biodiversidade Brasileira-BioBrasil, n. 1, p. 107-121, 2013.

CONFORTI, Valeria Amorim; DE AZEVEDO, Fernando Cesar Cascelli. Local perceptions of jaguars (Panthera onca) and pumas (Puma concolor) in the Iguaçu National Park area, south Brazil. Biological conservation, v. 111, n. 2, p. 215-221, 2003.

MORENO, Ricardo S.; KAYS, Roland W.; SAMUDIO, Rafael. Competitive release in diets of ocelot (Leopardus pardalis) and puma (Puma concolor) after jaguar (Panthera onca) decline. Journal of Mammalogy, v. 87, n. 4, p. 808-816, 2006.

NIELSEN, C. et al. Puma concolor. The IUCN red list of threatened species, v. 4, 2015.

PUMA «Jaguar at the Online Etymology Dictionary. Disponível em: https://www.etymonline.com/search?q=puma

 

Autora: Thamara Santos de Almeida
Revisão: Vitor Lauro Zanelatto

Apremavi participa de Encontro Regional de Membros do FSC América Latina

Apremavi participa de Encontro Regional de Membros do FSC América Latina

Apremavi participa de Encontro Regional de Membros do FSC América Latina

Entre os dias 10 e 12 de agosto a Apremavi participou, ao lado de outros 14 membros que compunham a delegação brasileira, do Encontro Regional de Membros do FSC da América Latina que aconteceu no Panamá.

As três câmaras que compõem o sistema FSC – Ambiental, Econômica e Social – tiveram a oportunidade de se reunir pessoalmente para discutir os temas prioritários sobre os quais serão tomadas decisões na Assembleia Geral do FSC Internacional que vai acontecer em outubro, em Bali na Indonésia.

Carolina Schaffer, vice presidente da Apremavi, representou a instituição e comenta que o momento foi oportuno para troca de conhecimento, fortalecimento de espaços regionais de intercâmbio e colaboração entre os membros das diferentes câmaras. “É motivador ver que apesar das divergências os membros sempre se encontram no diálogo e na busca por soluções que vão além do interesse individual. No FSC o lema ‘florestas para todos, para sempre!’ é força para todos”, completa Carolina.

Encontro de membros da América Latina do FSC. Foto: Arquivos Apremavi

Registros do Encontro.  Fotos: Arquivo FSC e Carolina Schaffer.

O FSC

O FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal, em português) é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, criada em 1994 para promover o manejo florestal responsável ao redor do mundo, por meio de um sistema de certificação, pioneiro e único, que incorpora, de forma igualitária, as perspectivas de grupos sociais, ambientais e econômicos. Com sede na Alemanha e no México, está presente em mais de oitenta países.

No Brasil, o FSC foi oficialmente estabelecido em 2002, época em que a Apremavi se tornou parte da organização, mas as primeiras florestas certificadas brasileiras são dos anos 1990. As áreas certificadas de manejo comunitário, concessões públicas e empresariais da Amazônia, bem como de plantações florestais no país inteiro, fornecem matéria-prima para diversos setores da economia, como construção civil, papel e celulose, embalagens, alimentos e cosméticos.

Autora: Carolina Schäffer 

Por mais comunicadores do clima

Por mais comunicadores do clima

Por mais comunicadores do clima

“A ciência já fez o seu papel e deu o recado: mais claro, impossível. Agora é a vez dos comunicadores de levar essa mensagem para a população em geral. E isso é um trabalho que não é muito fácil. Vamos em frente, todos juntos, construir uma nova sociedade mais justa e mais sustentável”

É dessa forma que o Paulo Artaxo, professor e pesquisador líder do IPCC, finaliza a conversa a respeito do novo relatório sobre mudanças climáticas da organização para o podcast Vozes do Planeta no ano passado.

A urgência de comunicadores qualificados

Qualificar a cobertura das mudanças climáticas é um grande desafio, como aponta Paulo. Ainda mais em tempos de fake news, negacionismo científico e desinformação. É preciso ir além da apresentação de dados sobre a tragédia, como eventos climáticos extremos, precisamos ampliar a compreensão das pessoas sobre suas causas e soluções possíveis para mitigar a emergência climática, seja a nível individual ou coletivo.

Assim, é comum que os comunicadores se questionem sobre como falar do tema usando evidências científicas? Quais os principais desafios e soluções? Os termos que envolvem a questão com “justiça climática”, “mudanças climáticas” e “aquecimento global” são claros para quem comunica? E quando pensamos no Brasil, os impactos e soluções são iguais para todas as regiões ou existem questões específicas?

Apremavi e as soluções possíveis

Não há uma resposta simples para esses questionamentos, sabendo disso Miriam Prochnow, fundadora e conselheira da Apremavi, foi uma das professoras do curso online do Instituto ClimaInfo “Clima e sustentabilidade na cobertura jornalística” com a aula “Soluções baseadas na natureza em Santa Catarina”. Para ela, os processos de capacitação de profissionais da comunicação em temas ligados às mudanças climáticas, é extremamente importante: “Esses profissionais são influenciadores da sociedade e precisam estar muito bem informados para poder passar o melhor conteúdo possível, Também é fundamental o intercâmbio entre eles e as redes de trabalho conjunto que se formam a partir de processos como esse” destaca.

 

Aula “Soluções Baseadas na Natureza em Santa Catarina” do curso “Clima e sustentabilidade na cobertura jornalística” do instituto ClimaInfo

Na aula são apontadas algumas soluções possíveis a partir das ações da Apremavi em parceria com muitas pessoas e instituições, como o cumprimento da legislação ambiental, a mudança matriz energética para fontes renováveis, como a energia solar que é renovável. Além da restauração com o plantio de milhões de espécies nativas que contribui não só para a emergência climática, mas para a segurança alimentar, igualdade de gênero e muitos outros Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

É preciso ir além da comunicação da tragédia, precisamos apontar caminhos e soluções para a emergência climática, mostrando para as pessoas que juntos podemos construir essas soluções de forma coletiva e que todos têm um papel importante.

Em busca de uma comunicação qualificada

O curso é voltado para jornalistas interessados na cobertura ambiental e científica da emergência climática. Nele, é possível obter uma visão adaptada à realidade particular dos estados sob a ótica científica, socioeconômica e ambiental.

O projeto foi idealizado pelo diretor executivo do ClimaInfo, Délcio Rodrigues. Em 2019, a ONG fez uma edição presencial em Porto Alegre. “No ano passado,  reformulamos a metodologia usada e o formato para online. Realizamos quatro edições: em Santa Catarina, no Pará, no Amapá e no Amazonas – que estão disponíveis no canal de Youtube da instituição”, explica a jornalista e pesquisadora do ClimaInfo, Tatiane Matheus.

Tatiane, que coordena o projeto, informa que neste ano receberam o apoio da GIZ para as edições do curso na Bahia, no Ceará e em Pernambuco. “Produzimos materiais complementares como apostilas e vídeo-aulas assíncronas. Adaptamos as aulas síncronas das edições para que os interessados possam também estudar de forma assíncrona. No site, há sugestões de planos de estudos do material. Também foi realizado o primeiro edital de bolsas para reportagens sobre mudanças climáticas no Nordeste, onde resultou em muitas matérias interessantes”, informa. “A informação tem um papel fundamental para combater a emergência climática. Por isso é necessário investir na formação de profissionais da comunicação”, completa.

Os conteúdos estão organizados pelos seguintes temas: Entenda as Mudanças ClimáticasDesafios e Soluções; Jornalismo e Clima; e Justiça Climática. Também há o conteúdo Brasil dividido por região brasileira. Além de um Glossário Climático, para ajudar nos termos, conceitos e siglas envolvendo a Ciência Climática. Também há uma divisão por aula/professores em específico, além de apostilas.

Confira:

Aulas – tema/professores

Impactos econômicos e sociais das mudanças climáticas – Paulo Artaxo 

https://climainfo.org.br/2022/07/12/impactos-economicos-e-sociais-das-mudancas-climaticas-no-brasil/

Emergência climática e as consequências do aquecimento global – Sergio Margulis

https://climainfo.org.br/2022/06/28/emergencia-climatica-e-as-consequencias-do-aquecimento/

Mudanças climáticas e o futuro do planeta – Paulo Artaxo

https://climainfo.org.br/2022/07/15/mudancas-climaticas-e-o-futuro-do-planeta/

Mudanças Climáticas e o futuro global – Alexandre Costa

https://climainfo.org.br/2022/06/30/mudancas-climaticas-e-o-futuro-global/

Recursos hídricos e as mudanças climáticas em Santa Catarina – Luciano Henning 

https://climainfo.org.br/2022/06/02/recursos-hidricos-e-as-mudancas-climaticas-em-santa-catarina/

Santa Catarina e os eventos extremos decorrentes das mudanças climáticas – Francisco Aquino 

https://climainfo.org.br/2022/06/06/santa-catarina-e-os-eventos-extremos-decorrentes-das-mudancas-climaticas/

Soluções baseadas na natureza – Miriam Prochnow 

https://climainfo.org.br/2022/06/06/solucoes-baseadas-na-natureza-em-santa-catarina/

Transição justa: plano de saída ao uso do carvão mineral nas termelétricas – Roberto Kishinami

https://climainfo.org.br/2022/06/06/transicao-justa-plano-de-saida-ao-uso-do-carvao-mineral-nas-termeletricas/

Impactos das mudanças climáticas no Matopiba – Ludmila Rattis 

https://climainfo.org.br/2022/07/06/impactos-das-mudancas-climaticas-no-matopiba/

Rio São Francisco e as mudanças climáticas – Francisco Assis 

https://climainfo.org.br/2022/07/06/bacia-do-rio-sao-francisco-e-as-mudancas-climaticas/

Nordeste: seca e desertificação com a urgência climática- Humberto Alves Barbosa e Catarina de Oliveira Buriti 

https://climainfo.org.br/2022/07/04/nordeste-secas-e-desertificacao-com-a-emergencia-climatica/

Energia e emergência climática – Ilan Zugman 

https://climainfo.org.br/2022/07/11/energia-e-emergencia-climatica/

Mapbiomas Caatinga – Washington Rocha

https://climainfo.org.br/2022/07/12/mapbiomas-desmatamento-na-caatinga/

Energia renovável e o potencial no Nordeste – Ricardo Baitelo 

https://climainfo.org.br/2022/07/11/energias-renovaveis-e-o-potencial-no-nordeste/

Crise hídrica no Nordeste – Samuel Barrêto 

https://climainfo.org.br/2022/07/08/crise-hidrica-no-nordeste/

O que é fraking e seus impactos para o Nordeste – Juliano Bueno

https://climainfo.org.br/2022/07/13/transicao-justa-o-que-e-fracking-e-seus-impactos-para-o-nordeste/

O potencial do Hidrogênio Verde no Nordeste – Daniel Gabriel Lopes

https://climainfo.org.br/2022/07/13/o-potencial-do-hidrogenio-verde/

Mudanças climáticas, Amazônia e sustentabilidade – Paulo Artaxo 

https://climainfo.org.br/2022/05/25/mudancas-climaticas-amazonia-e-sustentabilidade/

Empreendedorismo e aceleradoras de startups na Amazônia – Ana Bastida 

https://climainfo.org.br/2022/06/02/empreendedorismo-e-aceleradoras-de-startups-na-amazonia/

Queimadas na Amazônia e a degradação da Floresta – Ane Alencar

https://climainfo.org.br/2022/06/02/queimadas-na-amazonia-e-a-degradacao-da-floresta/

Sistemas de Monitoramento na Amazônia – Antonio Fonseca 

https://climainfo.org.br/2022/06/02/sistemas-de-monitoramento-na-amazonia/

Sociobioeconomia para conectar as ‘Amazônias’ profunda e urbana – Ana Euler 

https://climainfo.org.br/2022/05/31/sociobioeconomia-para-conectar-as-amazonias-urbana-e-profunda/

Sistemas Marinhos e Costeiros da Amazônia – Valdenira Ferreira

https://climainfo.org.br/2022/06/02/sistemas-costeiros-e-marinhos-da-amazonia/

Saúde e emergência climática – Paulo Saldiva 

https://climainfo.org.br/2022/07/05/saude-e-a-emergencia-climatica/

Oceanos, Clima e os impactos da indústria pesqueira – Ana Paula Prattes 

https://climainfo.org.br/2022/07/05/oceanos-clima-e-os-impactos-da-industria-pesqueira/

Hidrogênio verde e a transição energética – Mônica Saraiva Panik 

https://climainfo.org.br/2022/07/13/hidrogenio-verde-e-a-transicao-energetica-no-brasil/

Ações de adaptação para enfrentar as mudanças climáticas nas cidades – Sérgio Xavier

https://climainfo.org.br/2022/07/15/acoes-de-adaptacao-para-enfrentar-a-emergencia-climatica-nas-cidades/

Como catalizar uma economia sustentável com base na bioeconomia – Carlos Koury 

https://climainfo.org.br/2022/06/06/como-catalisar-uma-economia-sustentavel-com-base-na-bioeconomia/

Economia do conhecimento da natureza – Caetano Scannavino Filho 

https://climainfo.org.br/2022/06/06/economia-do-conhecimento-da-natureza/

Mudanças climáticas, REED+ e créditos de carbono – Pedro Soares 

https://climainfo.org.br/2022/06/07/mudancas-climaticas-reed-e-creditos-de-carbono/

Uso da terra e mudanças globais – Joice Nunes Ferreira

https://climainfo.org.br/2022/06/08/usos-da-terra-e-mudancas-ambientais-globais/

Tecnologia e ferramentas de monitoramento ambiental – Tasso Azevedo

https://climainfo.org.br/2022/06/07/tecnologias-e-ferramentas-de-monitoramento-ambiental/

Oportunidades de geração e uso de biogás – Larissa Rodrigues 

https://climainfo.org.br/2022/06/07/oportunidades-de-geracao-e-uso-do-biogas-na-amazonia/

Jornalismo Socioambiental: é preciso exercita o olhar sistêmico da cobertura – Lylian Rodrigues

https://climainfo.org.br/2022/06/25/jornalismo-socioambiental-exercicio-do-olhar-sistemico-e-fundamental/

Fake News: a importância da precisão na busca de fontes e de dados – Claudio Ângelo 

https://climainfo.org.br/2022/06/25/fake-news-relevancia-da-precisao-na-busca-por-fontes-e-dados/

Investigação de dados auxilia na apuração jornalística ambiental – Rita Paulino 

https://climainfo.org.br/2022/06/25/investigacao-de-dados-auxilia-na-apuracao-jornalistica-ambiental/

Narrativas e seus vieses na cobertura socioambiental – Raquel Longhi 

https://climainfo.org.br/2022/06/25/narrativas-e-seus-vieses-na-cobertura-socioambiental/

A comunicação e as mudanças climáticas – Délcio Rodrigues

https://climainfo.org.br/2022/06/25/a-comunicacao-e-as-mudancas-climaticas/

A importância da rádio para a popularização de causas ambientais – Mara Regia di Perna 

https://climainfo.org.br/2022/06/09/a-importancia-do-radio-na-popularizacao-de-causas-ambientais/

Jornalismo periférico – Pedro Borges

https://climainfo.org.br/2022/06/25/jornalismo-periferico-na-cobertura-climatica-e-ambiental/

Jornalismo investigativo e grandes reportagens na Amazônia – Lúcio Flávio Pinto

https://climainfo.org.br/2022/06/25/jornalismo-investigativo-e-grandes-reportagens-na-amazonia/

Comunicação das mudanças climáticas – Ana Carolina Amaral 

https://climainfo.org.br/2022/07/05/comunicacao-da-crise-climatica-exige-preparo-e-transversalidade/

Cobertura climática no jornalismo local: critérios de pauta e noticiabilidade – Ana Carolina Amaral

https://climainfo.org.br/2022/06/10/cobertura-climatica-no-jornalismo-local-criterios-de-pauta-e-noticiabilidade/

Jornalismo regional ambiental – Maristela Crispim

https://climainfo.org.br/2022/07/04/jornalismo-ambiental-e-regional/

Racismo ambiental e conflitos de terra – Tania Pacheco

https://climainfo.org.br/2022/07/14/racismo-ambiental-e-a-cobertura-sobre-os-conflitos-de-terra/

 

Apostilas

Entenda as mudanças climáticas

https://climainfo.org.br/2022/07/11/entenda-as-mudancas-climaticas/

Seca, desertificação mudanças climáticas no Nordeste

https://climainfo.org.br/2022/06/28/seca-desertificacao-e-mudancas-climaticas-no-nordeste/

Água no Nordeste: desafios e oportunidades

https://climainfo.org.br/2022/07/12/agua-no-nordeste-desafios-e-oportunidades/

Cerrado e as mudanças climáticas 

https://climainfo.org.br/2022/07/15/cerrado-e-as-mudancas-climaticas/

Tempo, Clima e Saúde Humana 

https://climainfo.org.br/2022/07/11/tempo-clima-mudancas-climaticas-e-saude-humana/

Legislação e as mudanças climáticas 

https://climainfo.org.br/2022/07/05/legislacao-e-mudancas-climaticas/

Oceanos e Clima

https://climainfo.org.br/2022/07/04/oceanos-e-clima/

Glossário Climático para jornalistas

https://climainfo.org.br/cursos-climainfo/materiais/glossario/

Justiça Climática

https://climainfo.org.br/2022/06/28/entenda-a-justica-climatica/

Autora: Thamara Santos de Almeida
Revisão: Miriam Prochnow, Vitor Lauro Zanelatto e Carolina Schäffer

Forquilheira, uma espécie para a restauração e paisagismo

Forquilheira, uma espécie para a restauração e paisagismo

Forquilheira, uma espécie para a restauração e paisagismo

A forquilheira (Tabernaemontana catharinensis), conhecida popularmente como cobrina, jasmim, jasmim-pipoca, jasmim-catavento, sapirangui, leiteira, leiteira-dois-irmãos, é uma espécie de arbusto que possui látex abundante, geralmente associada a áreas degradadas, clareiras e bordas de floresta. No Brasil, ocorre principalmente no bioma Mata Atlântica e com menor ocorrência no Cerrado, abrangendo a região Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.  

Pioneira e ornamental, atinge até 10 cm de altura e diâmetro de 35 cm, possui flores brancas perfumadas com formato que lembram um cata-vento, sendo bastante utilizada para paisagismo. Os frutos atraem muitos pássaros, devido ao arilo vermelho que envolve as suas sementes, sendo esse tipo de dispersão chamada de zoocórica, fundamental para a sua propagação. Assim, ela é bastante utilizada para fins de restauração, principalmente em áreas degradadas, podendo ser plantada em áreas mais abertas ou fechadas

A espécie é tradicionalmente reconhecida como planta medicinal, sendo utilizada para o tratamento de doenças, picadas e alergias. Esse uso é de origem indígena da etnia Guarani, chamado de “Piquiri”. A ciência já evidenciou em uma série de estudos que ela possui alcalóides com propriedades antifúngicas, antivirais, antimicrobianas, antiflamatórias, cicatrizantes e analgésica*, além da sua utilização como bioinseticida. 

Flor da Forquilheira. Foto: Guilherme Peres Coelho

Flores, árvore e frutos da Forquilheira.  Fotos: Guilherme Peres Coelho, Tabernaemontana_catharinensis_1: Marcia  Stefani, CC BY 2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by/2.0>, via Wikimedia Commons, 800px Tabernaemontana_catharinensis_(2) CHUCAO, CC BY-SA 3.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0>, via Wikimedia Commons 

Forquilheira

Nome científico: Tabernaemontana catharinensis A. DC

Família: Apocynaceae

Utilização: Além do uso medicinal a madeira é utilizada para caixotaria, também pode ser cultivado para paisagismo e reflorestamentos mistos em áreas de preservação.

Coleta de sementes: os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando iniciarem sua abertura espontânea, após devem ser deixados secando à sombra para completarem sua abertura e facilitar a retirada das sementes, sem necessidade de remover a fina camada de arilo que as envolve. Um kilo de sementes contém aproximadamente 6.800 unidades.

Fruto: Frutos deiscentes, constituídos de dois mericarpos separados, com muitas sementes envoltas por arilo vermelho.

Flor: perfumadas de pétalas brancas que se abrem durante o dia.

Floração: outubro a novembro.

Crescimento da muda: rápido.

Germinação: alta.

Produção de mudas: as sementes devem ser semeadas de forma imediata em canteiros a meia-sombra preparados com substrato organo-argiloso, com a cobertura de uma fina camada do substrato peneirado. A emergência das mudas ocorre em 40-50 dias.

Plantio: áreas degradadas e paisagismo.

Status na Lista Vermelha da IUCN: pouco preocupante (Least Concern), ou seja, a espécie não está ameaçada de extinção.

* Os dados sobre usos medicinais das espécies nativas são apenas para informação geral, onde os estudos foram feitos com propriedades isoladas em uma quantidade específica. O uso de medicamentos fitoterápicos deve ser seguido de orientações médicas

Fontes consultadas

JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO (ed.). Programa REFLORA/CNPq. Disponível em: http://floradobrasil2015.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB4861/. Acesso em 27 de julho de 2022.

LORENZI, Harri. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 1992.

SOARES, Deivid Costa et al. Leishmanicidal activity of a supercritical fluid fraction obtained from Tabernaemontana catharinensis. Parasitology International, v. 56, n. 2, p. 135-139, 2007.

BÉLO, Muracy et al. Avaliação do efeito bioinseticida dos extratos de Tabernaemontana catharinensis A. DC.(Apocynaceae) e Zeyheria montana Mart.(Bignoniaceae) sobre a mosca Zaprionus indianus (Díptera: Drosophilidae)(Gupta, 1970). Revista Brasileira de Biociências, v. 7, n. 3, 2009.

FERREIRA, José Tércio B.; CORRÊA, Arlene G.; VIEIRA, Paulo Cezar. Produtos naturais no controle de insetos. In: Produtos naturais no controle de insetos. 2001. p. 176-176.

PORTAL DAS MISSÕES. Cobrina um patrimônio do Sul. Disponível em http://www.portaldasmissoes.com.br/noticias/view/id/1940/cobrina—um-patrimonio-do-sul.html

Autora: Thamara Santos de Almeida
Revisão: Carolina Schäffer
Foto de capa: Guilherme Peres Coelho

Apremavi participa da Semana FSC® Brasil 2022

Apremavi participa da Semana FSC® Brasil 2022

Apremavi participa da Semana FSC® Brasil 2022

Entre os dias 18 e 22 de julho de 2022 membros do FSC Brasil se reuniram em São Paulo para trocas de experiências e debates sobre temas relevantes para o manejo florestal responsável.

A Semana FSC® Brasil 2022, realizada entre os dias 18 e 22 de julho em São Paulo, reuniu aproximadamente 60 membros e observadores, entre eles a Apremavi, que compõe a rede desde sua fundação, em 2002.

Celebrando 20 anos de existência no Brasil, o evento proporcionou um espaço para trocas de experiências e debates sobre temas relevantes para o setor florestal, além de realizar reuniões dos órgãos de governança – Conselho Diretor (CD), Conselho Fiscal (CF), Comitê de Desenvolvimento de Padrões (CDP), Comitê de Resolução de Conflitos (CRC), bem como reuniões das câmaras ambiental, social e econômica e a Assembleia Nacional de membros.

Os órgãos de governança são compostos por membros eleitos em Assembleia, sendo que cada órgão tem sua responsabilidade. O Conselho Diretor é responsável por gerir a organização, definir políticas que orientem as atividades gerais da Diretoria Executiva, deliberar sobre patrimônio e gestão financeira, apoiar o planejamento das ações e decidir questões submetidas por elas. O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização financeira da organização e de assessoramento do CD. Já o Comitê de Resolução de Conflitos é responsável por dirigir a estratégia de Resolução de Conflitos do FSC no Brasil, analisar casos, dar encaminhamentos e aconselhar a Diretoria Executiva e o Conselho Diretor sobre casos que envolvam partes interessadas. E o Comitê de Desenvolvimento de Padrões (CDP) é responsável de conduzir os processos de construção de normas e padrões nacionais, orientando o trabalho da Diretoria Executiva nas consultas públicas e na interlocução com atores internacionais da rede FSC.

A Apremavi compõe o Conselho Diretor do FSC e finaliza seu mandato em dezembro de 2022. “Fazer parte do FSC significa apoiar o uso sustentável e responsável das florestas, sabendo que esse uso contribui com a conservação da biodiversidade e da qualidade de vida das comunidades”, afirma Carolina Schäffer, vice-presidente da Apremavi.

Semana FSC Brasil 2022

Registros da Semana FSC Brasil 2022. Fotos: FSC Brasil / Semana FSC Brasil 2022.

A programação da semana se encerrou com a Assembleia Nacional, que ocorre anualmente e é um momento para prestação de contas, deliberações sobre temáticas e votação sobre assuntos relevantes à rede. Todas as decisões no FSC são construídas por meio de negociações, acordos e consensos entre os membros das câmaras ambiental, social e econômica.

Durante a Assembleia foi apresentado o parecer do conselho fiscal e da auditoria independente relacionado às contas de 2021, debatidas e votadas propostas de mudanças estatutárias, eleitos os novos membros para as vagas nos órgãos de governança, realizado um workshop sobre o funcionamento da Assembleia Geral do FSC Internacional, debatidas moções que serão apreciadas e votadas na Assembleia Geral e também apresentado um balanço regional pelo Diretor do FSC América Latina (FSC Latinoamérica), Bruno Rath.

Semana FSC Brasil 2022. Fotos: FSC Brasil / Semana FSC Brasil 2022.
Registros dos participantes da Assembleia Geral. Fotos: FSC Brasil / Semana FSC Brasil 2022.

O FSC

O FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal, em português) é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, criada em 1994 para promover o manejo florestal responsável ao redor do mundo, por meio de um sistema de certificação, pioneiro e único, que incorpora, de forma igualitária, as perspectivas de grupos sociais, ambientais e econômicos. Com sede na Alemanha e no México, está presente em mais de oitenta países.

No Brasil, o FSC foi oficialmente estabelecido em 2002, mas as primeiras florestas certificadas brasileiras são dos anos 1990. As áreas certificadas de manejo comunitário, concessões públicas e empresariais da Amazônia, bem como de plantações florestais no país inteiro, fornecem matéria-prima para diversos setores da economia, como construção civil, papel e celulose, embalagens, alimentos e cosméticos.

O FSC tem uma estrutura de governança única, baseada nos princípios da democracia, participação e igualdade. É uma associação civil, conduzida por seus membros, que podem ser individuais (pessoa física) ou organizacionais (pessoa jurídica), e representam as câmaras social, ambiental e econômica. A principal vantagem deste modelo de governança é a possibilidade de encontrar o equilíbrio entre as diferentes visões e necessidades.

Autora: Carolina Schäffer.
Revisão: Thamara Santos de Almeida.

A restauração de ecossistemas gera trabalho, além de beneficiar a natureza

A restauração de ecossistemas gera trabalho, além de beneficiar a natureza

A restauração de ecossistemas gera trabalho, além de beneficiar a natureza

A importância da restauração de ecossistemas é inegável no combate à crise climática global, melhora da segurança alimentar, fornecimento e preservação da qualidade da água e manutenção da biodiversidade, segundo a Década da Restauração da ONU.

Além disso, as iniciativas de restauração são importantes para as atividades econômicas, principalmente para pequenas organizações e empreendimentos. Segundo um estudo recentemente publicado, foram criados 42 postos de trabalho diretos a cada 100 hectares restaurados no Brasil, sendo a maioria deles na Mata Atlântica.

Caso a meta do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), que prevê de 20 a 50% de recuperação de áreas degradadas no Brasil, for cumprida até 2030 o potencial de geração é de 1 a 2,5 milhões de empregos diretos, por meio da restauração de 12 milhões de hectares. Esses empregos correspondem a diversas atividades, como a coleta de sementes, produção de mudas e plantio, manutenção de serviços técnicos e monitoramento.

+ Confira a íntegra do estudo

Outro resultado importante foi a relação entre o trabalho, o enfraquecimento das políticas ambientais e a pandemia de Covid-19. Durante esse período, 20% dos empregos relacionados à área de restauração foram perdidos, prejudicando principalmente os pequenos agricultores, empresas de médio porte, associações, cooperativas, redes e pequenas ONGs.

Exemplos de atividades que devem gerar postos de trabalho na Agenda da Restauração. Fotos: Arquivo Apremavi.

O trabalho foi publicado por pesquisadores brasileiros na revista People and Nature da Sociedade Ecológica Britânica que consultou, por meio de um questionário online, 356 instituições no ano de 2020, que informaram seus postos de trabalho na área da restauração. Ele é fruto da parceria da Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE), Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura, e do Pacto Pela Restauração da Mata Atlântica. O estudo recebeu apoio da Aliança pela Restauração na Amazônia e apoio financeiro de importantes instituições importantes na área da conservação e recuperação de áreas naturais do Brasil, como a The Nature Conservancy Brasil e World Resources Institute Brasil.

O conhecimento das organizações propiciou tanto a criação da plataforma Vitrine da Restauração, que reúne organizações do Brasil todo que trabalham com o tema, quanto a criação de um Sumário para Políticas Públicas, que busca embasar iniciativas para ampliação dos planos e regeneração das florestas e de ecossistemas no Brasil.

Vitrine da Restauração

Desenvolvida pela SOBRE em parceria com o Pacto pela Mata Atlântica e Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, a plataforma disponibiliza informações de contato institucional organizadas por biomas, estados, municípios e papel desempenhado na cadeia da restauração.

É necessário que enfrentemos juntos a urgência das mudanças climáticas e seus efeitos, não só pela biodiversidade, mas também pelas pela criação de soluções sustentáveis para as sociedades. A restauração pode andar junto com a economia, gerando empregos verdes, promovendo equidade de gênero, criando cidades configuradas para a vida em contato com a Natureza, entre outros objetivos previstos na Década da Restauração e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Relembre a série #MulheresQueRestauram, lançada em novembro de 2021 com o apoio do GT de Gênero e Clima do Observatório do Clima, para tornar conhecida a história das mulheres brasileiras protagonistas que trabalham promovendo a recuperação das paisagens no Brasil e que são exemplo para gerações atuais e futuras.

 

Autores: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Carolina Schäffer e Vitor L. Zanelatto.

Nova lista de espécies ameaçadas de extinção é publicada pelo MMA

Nova lista de espécies ameaçadas de extinção é publicada pelo MMA

Nova lista de espécies ameaçadas de extinção é publicada pelo MMA

No dia 8 de junho o Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou uma nova lista de espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção. Apesar da Portaria MMA nº 43/2014 prever a atualização anual, a versão que precede a lista de 2022 havia sido publicada há mais de oito anos, em 2014.

A elaboração da lista da fauna foi conduzida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); já os estudos sobre a flora ficaram sob a tutela do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A produção da lista foi realizada entre o ano de 2015 e 2021, e contou com a colaboração de diversos especialistas, além da chancela da Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio). 

Segundo o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul (CEPSUL), das 1249 espécies da fauna em risco:

  • 668 representam resultados atualizados;
  • 581 não tiveram novidades, pois não completaram o ciclo de avaliação;
  • 144 espécies e subespécies saíram da categoria de ameaça;
  • 219 novos táxons foram incluídos com algum grau de ameaça, sendo que 124 espécies foram avaliadas pela primeira vez.

Conheça os critérios de ameaça criados pela IUCN:.
Categorias de ameaça

Já na flora, 7.524 espécies tiveram a população estudada. Foram listadas 3.209 espécies ameaçadas: 684 estão criticamente em perigo, 1.844 em perigo e 681 vulneráveis.

O professor João de Deus Medeiros, ex-professor do Departamento de Botânica da UFSC, relata: “tivemos um salto para 3.209 novas espécies da flora na lista. Um crescimento superior a 50%. Para um país signatário da CDB, que assumiu o compromisso de estancar o processo de extinção de espécies, estamos fracassando na meta de eliminar ou pelo menos reduzir o ritmo de extinção de espécies, a perspectiva é desalentadora”.

A Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (CDB) estabeleceu 20 metas adotadas para o período de 2011-2020, dentre elas a meta 12 determinava que a extinção de espécies ameaçadas conhecidas terá sido evitada e sua situação de conservação, em especial daquelas sofrendo um maior declínio, terá sido melhorada e mantida. Conforme João comenta, essa lista demonstra que não estamos avançando nesse sentido.

Em relação às espécies da Mata Atlântica, João destaca que a situação se agravou desde o último diagnóstico: “muitas espécies foram apontadas como ameaçadas na lista, bioma que teve aumento de desmatamento em todos os estados. A maioria das espécies descritas após 2014 já foram incluídas em algum grau de ameaça e a situação pode ser ainda mais complicada, pois mesmo com esse crescimento, sabemos que as listas são subestimadas”.

O levantamento representa a oferta de dados nacionais para a formulação de políticas conservacionistas em diferentes esferas, além do diagnóstico da situação populacional de cada táxon e da oferta de informações atualizadas para mecanismos internacionais de conservação, como o Programa Para o Meio Ambiente da ONU (UNEP) e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

 

Medidas urgentes para mitigar a perda da biodiversidade brasileira

O aumento no número de espécies ameaçadas no Brasil não foi uma surpresa para especialistas em conservação e ativistas socioambientais. A intensificação das ameaças para a biodiversidade do Brasil, como as queimadas, aumento no desmatamento e sucessivos cortes nas estruturas do Estado responsáveis por proteger a Natureza e os recursos naturais já denunciavam a negligência do poder público com a conservação natural nos últimos anos. 

Apesar do cenário não ser nada animador, a Apremavi acredita que é preciso colocar a mão na massa para reverter a situação. A maior ameaça de extinção das espécies no Brasil é a perda de habitat, gerada pela conversão da vegetação nativa para realização de atividades antrópicas como a promoção de atividades agrícolas ou especulação imobiliária urbana sem compromisso com o meio ambiente.

Trabalhamos pela restauração da Mata Atlântica em prol da conservação da biodiversidade e dos ecossistemas, mostrando que é possível praticar atividades econômicas sustentáveis, até mesmo regenerativas ao ambiente. O planejamento de paisagens, investimento na agenda da restauração, em projetos para a recuperação das populações de modo sistêmico e em pesquisas sobre a biodiversidade são atividades essenciais para garantir a proteção da biodiversidade e da nossa própria espécie.

Gato-maracajá

Algumas das espécies descritas nas novas listas de Espécies Ameaçadas de Extinção. Fotos; Arquivo Apremavi. 

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Carolina Schäffer e Vitor L. Zanelatto.

MPSC ajuíza ações para impedir alterações no Código Ambiental de SC

MPSC ajuíza ações para impedir alterações no Código Ambiental de SC

MPSC ajuíza ações para impedir alterações no Código Ambiental de SC

No dia 27 de janeiro de 2022 foi aprovada a Lei 18.350/2022 que alterou uma série de artigos da Lei Estadual 14.67/2009, conhecida como Código Ambiental de Santa Catarina.

Pelas atrocidades contra o meio ambiente propostas pelo novo texto e também pela inconstitucionalidade da lei aprovada, um conjunto de organizações e a Rede Mata Atlântica emitiram uma nota técnica e entre abril e maio, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ajuizou cinco ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) contra essas alterações que buscam flexibilizar e dificultar as normas de proteção e fiscalização de infrações ambientais.

O procurador de Justiça Paulo de Tarso Brandão, que assinou o ajuizamento, comenta que as normas estaduais mudadas são contrárias ou de menor proteção que as normas federais editadas pela União, portanto, são inconstitucionais (confira

Confira os retrocessos das principais mudanças:

Confronto em relação à Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/2006): as alterações propostas só podem ser mais protetivas do que a instância federal em locais de distribuição do Bioma Mata Atlântica e não menos protetivas, como é pretendido.

Flexibilização do licenciamento ambiental: a nova lei negligencia  o processo de emissão das licenças ambientais, uma vez que sugere que o empreendedor possa obter o licenciamento por meio de uma autodeclaração de compromisso. Vale lembrar que a União sugere que sejam três as licenças concedidas: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO). Essas três licenças visam obter um controle de prevenção de empreendimentos que possam degradar o meio ambiente, assim, esse controle é perdido nessa flexibilização.

Exploração das Araucárias: criação do Projeto Conservacionista da Araucária, que apesar do nome, visa incentivar o corte, a supressão e a exploração dessa espécie ameaçada de extinção para a silvicultura, flexibilizando, portanto, as regras de proteção da Araucária angustifólia

Restrição da fiscalização: retiram da Polícia Militar o poder de infrações, restringindo o papel dela para apenas emissão de Notificação de Fiscalização ao Instituto do Meio Ambiente de SC (IMA). Enfraquecendo assim o poder da Polícia Militar de emitir multas e infrações. Além disso, o conceito de Agente Fiscal foi revisado e eles não poderão mais tomar medidas preventivas para cessar o dano ambiental.

Exploração dos recursos hídricos: caso o proprietário tenha poço raso ou cavado basta apenas se cadastrar como propriedade usuária no Sistema de Outorga de Água de Santa Catarina, ou seja, a alteração dispensa permissões para o uso de recursos hídricos.

Em fevereiro deste ano a Apremavi, junto a diversas organizações que compõem a Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA), questionou essas alterações e ajudou a pressionar a realização dessas ações diretas, por meio da construção de um documento que apontava os retrocessos previstos.

O ajuizamento dessas ações é o primeiro passo para frear as boiadas contra a legislação ambiental em Santa Catarina.

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Carolina Schäffer e Vitor L. Zanelatto.

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