Camboatá-vermelho, uma árvore muito apreciada pelas aves

Camboatá-vermelho, uma árvore muito apreciada pelas aves

Camboatá-vermelho, uma árvore muito apreciada pelas aves

O camboatá-vermelho (Cupania vernalis), também conhecido como camboatá, cuvantã, arco-de-pipa, arco-de-peneira e miguel-pintado é uma espécie de árvore nativa da América do Sul. No Brasil é encontrada nos biomas da Mata Atlântica, Cerrado e no Pantanal. 

A origem do nome do seu gênero, cupania, é uma homenagem ao monge e botânico italiano Francesco Cupani (1657 – 1710), autor de diversos trabalhos botânicos importantes. Já o vernalis vem do latim vernalis (vernal), relativo à primavera.

É uma espécie secundária encontrada na Floresta com Araucárias que atinge até 25 metros de altura e até 80 cm de diâmetro, tendo uma grande importância na estrutura e na composição ecológica da floresta.

É muito utilizada em projetos de restauração ecológica sobretudo nos plantios mistos destinados à recuperação de áreas degradadas, principalmente as Áreas de Preservação Permanente (APPs), uma vez que seus frutos são muito apreciados pelas aves, que comem somente o arilo e, ao desprezar as sementes, ajudam na dispersão da espécie.

Para fins paisagísticos, a espécie é comumente usada em plantios de arborização de parques, praças e ruas. Também possui uma importância medicinal*, já que a sua casca pode contribuir no tratamento de contra asma, tosse e feridas. Além disso, sua madeira é muito utilizada na marcenaria, carpintaria e carvão. 

Cupania vernalis. Foto: João Medeiros Attribution 2.0 Generic (CC BY 2.0)

Detalhes da árvore, frutos e sementes do camboatá-vermelho. Fotos: João Medeiros Attribution 2.0 Generic (CC BY 2.0), Frutos Atrativos do Cerrado e Carolina Schäffer

Camboatá-vermelho

Nome científico: Cupania vernalis Cambess.

Família: Sapindaceae

Utilização: sua madeira é utilizada em construções internas e na marcenaria, no geral. Espécie indicada para paisagismo em parques, praças e ruas

Fruto: setembro a novembro

Flor: branco-amarelada

Frutificação: setembro a dezembro

Floração: março a maio

Sementes: é recomendado semear em sacos de polietileno, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio. Quando necessária, a repicagem pode ser feita de 35 a 45 dias após a semeadura

Crescimento da muda: geralmente lento, as plântulas do camboatá não suportam a luz direta, motivo pelo qual devem ser plantadas em canteiros cobertos por esteiras ou ripados

Status na Lista Vermelha da IUCN: pouco preocupante (Least Concern), ou seja, a espécie não está ameaçada de extinção.

* Os dados sobre usos medicinais das espécies nativas são apenas para informação geral, onde os estudos foram feitos com propriedades isoladas em uma quantidade específica. O uso de medicamentos fitoterápicos deve ser seguido de orientações médicas

 

Fontes consultadas

CARVALHO, PER. Cuvatã: Cupania vernalis. 2006.

GLUFKE, Clarice. Espécies florestais recomendadas para recuperação de áreas degradadas. Porto Alegre: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 1999.

LORENZI, Harri. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992.

SOUZA, V. C. et al. Guia das plantas da Mata Atlântica-Floresta Estacional. Piracicaba: Liana, 2019.

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Carolina Schäffer.
Foto de capa: Frutos Atrativos do Cerrado.

10 rios de Santa Catarina estão na lista dos rios mais poluídos do mundo

10 rios de Santa Catarina estão na lista dos rios mais poluídos do mundo

10 rios de Santa Catarina estão na lista dos rios mais poluídos do mundo

A The Ocean Cleanup, ONG internacional que tem como objetivo desenvolver e ampliar tecnologias para livrar rios e oceanos do plástico, divulgou uma lista dos 1000 rios mais poluídos por plástico do mundo em um mapa em seu site. Santa Catarina (SC) tem 10 rios figurando na lista e este não pode ser um motivo de orgulho para os catarinenses.

Além disso, um estudo publicado por pesquisadores da mesma ONG na revista Science Advance avaliou a emissão de plásticos no mundo todo e chegou a conclusão que os 1000 rios mais poluídos são responsáveis por 80% das emissões globais anuais, correspondendo a 2,17 milhões de toneladas de plástico enviados para os mares e oceanos todo ano. 

 

Rios mais poluídos do mundo. Figura: The Ocean Cleanup.<br />

Mapa com avaliação da quantidade de plástico nos rios ao redor do mundo, em vermelho estão os rios mais poluídos. Figura: The Ocean Cleanup.

Santa Catarina é o terceiro Estado brasileiro a ter mais rios contemplados na lista, são 10 rios, conforme consta no ranking a seguir. Chama atenção a situação mais grave que é o caso do Rio Itajaí-Açu, o maior rio em extensão do Estado (são 300 km das nascentes no Alto Vale até a foz em Itajaí) que perpassa cidades como Blumenau, e que atualmente apresenta um nível de poluição equivalente a 641,8 mil quilos de plástico sendo despejado no rio por ano.

Segundo no ranking catarinense de mais poluídos por plástico, o Rio Cachoeira é um curso de água inteiramente localizado na cidade de Joinville, a mais populosa do Estado. Este rio, assim como os demais que figuram na lista, sofrem não só pela contaminação por resíduos como plástico, mas também pela degradação da vegetação em vários pontos do leito dos rios.

 

Ranking de poluição dos rios de Santa Catarina
10 rios mais poluídos de Santa Catarina. Figura: Marquito Agroecologia

Ranking dos 10 rios de Santa Catarina que fazem parte da lista. Figura: Marquito Agroecologia

As soluções para esse desafio são várias e estão integradas, mas começam com a gestão eficiente dos resíduos por meio da implementação de programas de reciclagem e coleta seletiva, da oferta de saneamento e de ações que fomentem a redução do consumo de plásticos, sobretudo os de uso único. 

Além disso, a conservação e restauração ecológica das matas ciliares, que são consideradas pelo Código Florestal como Áreas de Preservação Permanente (APPs), auxiliam na manutenção dos recursos hídricos, pois sem as florestas ciliares os rios estão suscetíveis à erosão e assoreamento que aumentam o nível de sedimento nos corpos d’água, diminuindo a quantidade de água, piorando a sua qualidade e muitas vezes impedindo sua balneabilidade. 

Em muitas áreas rurais são visíveis os efeitos negativos nos rios que não possuem a proteção da APP, pois nos períodos de estiagem percebe-se pouca água em seus leitos. Já nas épocas de chuvas ocorrem enchentes e enxurradas.

A Apremavi atua na restauração de áreas degradadas desde 1987 e acredita que a restauração ecológica é uma das soluções para diversas crises que a sociedade enfrenta nos dias de hoje, como as crises climática, hídrica e de biodiversidade. Faça parte da #geraçãorestauração, plante árvores e seja você também um agente da solução!

Autoras: Thamara Santos de Almeida e Carolina Schäffer.

31 de janeiro: Dia Nacional das RPPN’s

31 de janeiro: Dia Nacional das RPPN’s

31 de janeiro: Dia Nacional das RPPN’s

No dia 31 de janeiro é comemorado o Dia Nacional das RPPN’s, que foi instituído pelo Congresso Nacional em 2017 por meio da Lei nº 13.544

As RPPNs, sigla para Reservas Particulares do Patrimônio Natural, que são uma das categorias de áreas protegidas criada por decreto em 1990, que passaram a ser consideradas Unidades de Conservação por meio da Lei 9.985 publicada em 2000 que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e são reguladas pelo Decreto nº 5.746/2006. 

Atualmente, o Brasil conta com 1.802 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) que juntas somam quase 821 mil hectares de áreas preservadas.

O objetivo de uma RPPN é conservar a biodiversidade, proteger recursos hídricos, desenvolver pesquisas científicas, atividades de ecoturismo, educação ambiental, além de preservar belezas cênicas e ambientes históricos, pois nesse tipo de Unidade de Conservação são permitidas apenas atividades de pesquisa, ecoturismo e educação ambiental.  

No âmbito da Mata Atlântica essa estratégia é uma das mais importantes e efetivas, uma vez que a maioria do que resta da vegetação original está em propriedades privadas. A criação pode ser feita por pessoas físicas, empresas ou até mesmo por ONGs onde a administração da UC é feita não pelo poder público, mas por essas pessoas ou instituições interessadas na conservação ambiental, como é o caso da Apremavi.

 

RPPN Serra do Lucindo

Em 2010, a Apremavi criou uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, a RPPN Serra do Lucindo, que está localizada no município de Bela Vista do Toldo, no Planalto Norte de Santa Catarina, e preserva 316,05 hectares de um importante remanescente da Mata Atlântica do estado.

A RPPN é constituída por florestas primárias pouco exploradas e secundárias em diferentes estágios de regeneração e apresenta espécies ameaçadas de extinção como o pinheiro-brasileiro (Araucaria angustifolia), a imbuia (Ocotea porosa), a canela-sassafrás (Ocotea odorifera), o xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana) e diversas espécies raras e endêmicas da Floresta Ombrófila Mista.

A RPPN também conserva recursos hídricos fundamentais para a região e preserva um importante marco histórico, a Trilha do Monge ou Trilha das Onze Voltas, local por onde teria passado o Monge João Maria. A trilha ainda é usada para peregrinações religiosas.

A RPPN conta com uma sede, que serve como centro de referência e abrigo para pesquisadores e visitantes.

> Conheça a RPPN

 

 

RPPN Serra do Lucindo

Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra do Lucindo localizada no município de Bela Vista do Toldo, no Planalto Norte de Santa Catarina. Foto: Arquivo Apremavi.

Autora: Thamara Santos de Almeida.
Revisão: Carolina Schäffer.

Plante árvores: a melhor forma de amenizar o calor do verão!

Plante árvores: a melhor forma de amenizar o calor do verão!

Plante árvores: a melhor forma de amenizar o calor do verão!

O verão, além de ser um momento para aproveitar o calor e desenvolver atividades ao ar livre, é também uma estação que permite o plantio de árvores em jardins, bosques ou florestas. O clima quente combinado com as chuvas proporcionam um ambiente que facilita o rápido crescimento das árvores. É nesta época do ano também que o Viveiro Jardim das Florestas da Apremavi, localizado em Atalanta (SC), concentra sua maior produção de mudas, seguido da primavera.

Além dos benefícios para a conservação e restauração, plantar árvores garante o bem-estar da população, ajuda a manter o corpo e a mente saudáveis e contribui para regular a temperatura e a umidade assegurando o conforto térmico, sobretudo nas cidades. Ao fornecer sombra as árvores reduzem o efeito das ilhas de calor, resfriando os ambientes cada vez mais afetados pelo calor intenso. 

soluções para ilhas de calor. Fonte: Árvore Água.

Soluções para ilhas de calor. Fonte: Árvore Água.

Investir no plantio de árvores é uma das soluções para combater o forte calor do verão. Aproveite a estação, compre árvores nativas no viveiro da Apremavi e plante florestas!

 

Principais espécies disponíveis a pronta entrega no Viveiro:

 
Araucária

A araucária (Araucaria angustifolia) é uma árvore ameaçada de extinção da Floresta Ombrófila Mista, também conhecida como Floresta com Araucárias, uma das formações florestais da Mata Atlântica. É uma das espécies mais produzidas pelo Viveiro, sobretudo porque é muito utilizada em plantios de restauração já que é uma espécie com viés econômico através da colheita de seus frutos.

Muda de Araucária disponível para venda. Foto: Carolina Schäffer

Muda de araucária disponível para venda. Foto: Carolina Schäffer.

Erva-mate

A erva-mate (Ilex paraguariensis) é originária da Mata Atlântica e pode ser encontrada nas florestas dos três estados do sul do Brasil. Sua árvore pode atingir mais de oito metros de altura. A espécie também é muito utilizada em plantios de restauração e enriquecimento por conta do uso econômico associado a extração de suas folhas para produzir o mate usado para fazer chimarrão.

Muda de Erva-mate disponível para venda. Foto: Carolina Schäffer

Mudas de erva-mate disponíveis para venda. Foto: Carolina Schäffer.

Palmito

O palmito-juçara (Euterpe edulis) é uma espécie ameaçada de extinção, sendo uma das palmeiras mais características da Mata Atlântica. Aparece também em algumas áreas no cerrado, perto dos cursos dos rios e das matas úmidas. Essas palmeiras desempenham um papel essencial para a manutenção do ecossistema, uma vez que são vitais para a fauna e ocupam lugar de destaque no sub-bosque.

Mudas de Palmito-juçara disponíveis para venda. Foto: Vitor Lauro Zanelatto

Mudas de palmito-juçara disponíveis para venda. Foto: Vitor Lauro Zanelatto.

Pioneiras
  • Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolia Raddi.)
  • Bracatinga (Mimosa scabrella)
  • Capororoca-branca (Myrsine coriacea)
  • Paineira-rosa (Chorisia speciosa A. St.-HIl)
  • Caliandra (Calliandra brevipes)
  • Tucaneira (Citharexyllum myrianthum)
  • Pessegueiro-bravo (Prunus sellowii)

 

Secundárias
  • Canela-fogo (Cryptocarya aschersoniana)
  • Louro-pardo (Cordia trichotoma)
  • Jacarandá  (Jacaranda mimosaefolia)

 

Ornamentais
  • Hortênsia (Hydrangea macrophylla)
Preço das mudas do Viveiro da Apremavi.

Aviso: a Apremavi não entrega e/ou envia mudas. A compra e a retirada das mudas deve ser feita diretamente no Viveiro. 

    Autoras: Thamara Santos de Almeida e Carolina Schäffer.
    Revisão: Miriam Prochnow e Taís Fontanive.

    Visite a Apremavi

    Visite a Apremavi

    Visite a Apremavi

    Embalada pelo som das nascentes e dos pássaros, o Programa Visitas Guiadas da Apremavi oferece um dia de troca de saberes longe da sala de aula, em meio às paisagens conservadas e restauradas da Mata Atlântica.

    O Programa de Visitas Guiadas ocorre no Centro Ambiental Jardim das Florestas, sede da Apremavi, localizado na comunidade de Alto Dona Luiza, em Atalanta (SC). Ao visitar a propriedade, emoldurada pelas serras e montanhas do Alto Vale do Itajaí, é possível aprender sobre restauração ecológica, produção de mudas nativas e sobre a biodiversidade, utilizando como ferramentas de aprendizado o Viveiro Jardim das Florestas e a Trilha da Restauração. A estrutura do Centro Ambiental foi construída em 2013 com o apoio de inúmeros parceiros da região.

    Em 2022 o programa de visitas foi retomado, após um período de fechamento decorrente da pandemia de Covid-19. Nossa sede recebeu cerca de 1.219 pessoas, através de 52 instituições. Desse modo, a Apremavi contribui com a formação de estudantes e viabiliza atividades de educação ambiental de qualidade para centro de ensino, ao mesmo passo que acolhe sugestões e tem contato com pesquisas, curiosidades e conhecimentos que os visitantes apresentam. 

    Confira os principais motivos para você visitar a Apremavi:

    Centro Ambiental 

    É palco de inúmeras atividades de educação ambiental que aliam teoria e prática e diversas ações que são diretamente vinculadas aos projetos desenvolvidos pela Apremavi, tornando-o uma referência para outras organizações do Brasil e do exterior. 

    No térreo fica a recepção com uma pequena exposição dos prêmios e notícias históricas da Apremavi, bem como, publicações e uma Ecoloja. Já no 1° andar estão os alojamentos dos estagiários e visitantes e uma aconchegante sala de convivência com lareira. O 2° andar conta com um escritório, uma sala de reuniões e uma biblioteca com acervo histórico da instituição. Por fim, é do mirante, localizado no telhado do prédio, o visitante tem uma bela vista para a Serra do Pitoco.

    O Centro Ambiental também disponibiliza locação de seu espaço para reuniões, encontros, cursos, palestras e eventos de outras instituições. Para saber mais entre em contato pelo e-mail info@apremavi.org.br ou pelo telefone (47) 3535-0119.

     

    Centro Ambiental da Apremavi, localizado em Atalanta (SC). Foto: Arquivo Apremavi.

    Viveiro Jardim das Florestas

    O Viveiro Jardim das Florestas é o carro-chefe da Apremavi e está equipado com estufas e galpões que dão suporte para todo o processo de produção das mudas nativas da Mata Atlântica. É mantido com apoio de vários projetos através da demanda de mudas desses projetos para plantios de restauração. O excedente das mudas é comercializado para o público em geral. Atualmente, o Viveiro tem capacidade instalada para produzir mais de um milhão de mudas todos os anos de 200 espécies nativas diferentes.

     

    Viveiro Jardim das Florestas. Foto: Carolina Schäffer

    Viveiro Jardim das Florestas. Foto: Carolina Schäffer

    Trilha da Restauração

    Possui uma extensão de 1.7 km onde podem ser observadas diferentes áreas em restauração, exemplos de metodologia de plantio e banners de como era a área antes dos plantios. Além disso, também são observadas áreas em regeneração natural, e, na encosta da Serra do Pitoco, remanescentes de vegetação nativa da Mata Atlântica.

     

    Banner do antes na Trilha da Restauração

     Banner na Trilha da Restauração de como era a área antes dos plantios. Foto: Arquivo Apremavi

    Parque Natural Municipal da Mata Atlântica

    O Parque Natural Municipal da Mata Atlântica não fica localizado junto à sede da Apremavi, entretanto é sempre uma parada obrigatória para quem vem até Atalanta.

    Criado em 2000 com o apoio da Apremavi, o Parque é uma Unidade de Conservação Municipal (UC) localizado na comunidade de Villa Gropp, a 2 km do centro do município. Oferece atrativos como a Cachoeira Perau do Gropp, com 41 metros de altura, a cascata Córrego do Rio Caçador, com 18 metros de altura e trilhas.

    A visita oportuniza a observação de paredões rochosos cobertos por samambaias, avencas e musgos e espécies nobres da Mata Atlântica, como o cedro (Cedrella fissilis), a canela sassafrás (Ocotea odorifera) e o xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana).

     

    Banner do antes na Trilha da Restauração

    Parque Natural Municipal da Mata Atlântica. Foto: Arquivo Apremavi

    O programa de visitas da Apremavi está com agenda aberta a partir de fevereiro, venha nos visitar!

    + Faça seu agendamento no formulário

     

    Autoras: Thamara Santos de Almeida e Taís Fontanive.
    Revisão: Carolina Schäffer e Vitor Lauro Zanelatto.

    Biofilia: a sensação de bem estar na natureza já foi nomeada pela ciência

    Biofilia: a sensação de bem estar na natureza já foi nomeada pela ciência

    Biofilia: a sensação de bem estar na natureza já foi nomeada pela ciência

    Você também se sente bem quando fica perto da natureza? A ciência tem um nome para isso: Biofilia.

    A hipótese de biofilia foi introduzida e popularizada em 1984 por Edward O. Wilson, que foi um renomado biólogo da área de entomologia, ecologia e evolução e sociobiologia. Em seu livro de mesmo nome ele define a biofilia como o desejo que temos de nos afiliarmos com outras formas de vida.

    Em um mundo cada vez mais urbanizado e frenético, é frequente perdemos essa conexão com a natureza e isso pode levar a um maior desprezo pela conservação dos ecossistemas e suas espécies. Portanto, é importantíssimo, até mesmo por uma questão de saúde, restabelecer essa conexão com a natureza.

    Em 1982, a Agência Florestal do Japão começou a estimular esse contato com a natureza como uma forma de terapia, os chamados Banhos de Floresta – Shinrin-Yoku

    Benefícios do "Banho de Floresta". Figura: Reprodução arvoreagua

    Benefícios do “Banho de Floresta”. Figura: Reprodução @arvoreagua (CC BY-NC 4.0) 

    O que diz as pesquisas

    Nos últimos anos, um número crescente de estudos acerca do banho de floresta foi realizado em pessoas com doenças crônicas, como pacientes com hipertensão ou pressão arterial anormal. Um deles, publicado na revista Scientific Reports da Nature, evidenciou a importância das florestas para sensações de satisfação com a vida de maneira global. Eles viram que a proporção de fotografias da natureza foi associada com pontuações nacionais de satisfação, mostrando como a nossa conexão com a natureza serve de pano de fundo para memórias positivas. Além disso, foi verificado que esse banho de floresta, ou banho de natureza, pode melhorar significativamente a saúde física e psicológica das pessoas, reduzindo o estresse e a ansiedade, atuando como um método preventivo

    Por aqui, sempre que caminhamos na Trilha da Restauração no Centro Ambiental da Apremavi, no Parque Natural Municipal da Mata Atlântica e até mesmo na RPPN Serra do Lucindo evidenciamos essa sensação de bem estar. Além do convite para tomar um “Banho de Floresta” nesse verão, relembramos a importância e responsabilidade que temos em preservar e apoiar a boa gestão das Unidades de Conservação, seja durante a visita ou em movimentos para a valorização do patrimônio natural. 

    > Conheça outras Unidades de Conservação de Santa Catarina 

    Cachoeira da RPPN da Serra do Pitoco

    Paisagens da RPPN Serra do Lucindo, Parque Natural Municipal da Mata Atlântica e Trilha da Restauração no Centro Ambiental da Apremavi. Fotos: Arquivo Apremavi

    Referências:

    Chang, C. C., Cheng, G. J. Y., Nghiem, T. P. L., Song, X. P., Oh, R. R. Y., Richards, D. R., & Carrasco, L. R. (2020). Social media, nature, and life satisfaction: global evidence of the biophilia hypothesis. Scientific reports, 10(1), 1-8.
    HANSEN, Margaret M.; JONES, Reo; TOCCHINI, Kirsten. Shinrin-yoku (forest bathing) and nature therapy: A state-of-the-art review. International journal of environmental research and public health, v. 14, n. 8, p. 851, 2017.
    WEN, Ye et al. Medical empirical research on forest bathing (Shinrin-yoku): A systematic review. Environmental health and preventive medicine, v. 24, n. 1, p. 1-21, 2019.
    WILSON, Edward O. Biophilia. In: Biophilia. Harvard university press, 1984.

     

     

    Autora: Thamara Santos de Almeida.
    Revisão: Vitor Lauro Zanelatto e Carolina Schäffer.
    Foto de capa: Carolina Schäffer.

    Epagri é premiada no 28° Prêmio Fritz Müller por projeto desenvolvido em parceria com a Apremavi

    Epagri é premiada no 28° Prêmio Fritz Müller por projeto desenvolvido em parceria com a Apremavi

    Epagri é premiada no 28° Prêmio Fritz Müller por projeto desenvolvido em parceria com a Apremavi

    O projeto “Revitalização do rio Água Verde em Canoinhas” conquistou o 28° Prêmio Fritz Müller na categoria de recuperação de áreas degradadas. Ele teve início em 2020 em Canoinhas (SC) pela Epagri e contou com a parceria da Apremavi por meio do projeto Restaura Alto Vale.

    “O projeto surgiu por uma demanda da própria comunidade por falta de água. Os moradores procuraram a Epagri e, junto ao comitê do rio Canoinhas, começamos a pensar em ações que logo nos aproximaram também da Polícia Militar Ambiental, do IMA e da Apremavi”, relata Juliano de Oliveira extensionista da Epagri, responsável pela inscrição no prêmio.

    A iniciativa, ainda em andamento, já beneficiou 28 famílias e possibilitou o plantio de 20.350 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, em especial a erva-mate. Além de mutirões para o plantio das áreas degradadas em torno do rio, outras ações foram desenvolvidas como atividades de educação ambiental nas escolas da região.

     

    Registro feito com drone de uma das áreas de APP restauradas. Foto: Maíra Ratuchinski

    Registro feito com drone de uma das áreas de APP restauradas. Foto: Maíra Ratuchinski

    Parceria da Apremavi

    A participação da Apremavi na iniciativa premiada se deu por meio do projeto Restaura Alto Vale, executado entre 2018 e 2022 com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que fez a doação das mudas de árvores nativas além de fornecer orientações para o plantio e para a adequação das propriedades conforme a legislação ambiental. Além disso, o Restaura Alto Vale promoveu uma capacitação sobre Restauração de Áreas Degradadas para a comunidade atendida pelo projeto.

    “O prêmio só foi possível graças às parcerias, e a principal foi a Apremavi, pois conseguimos conciliar os objetivos do Restaura Alto Vale com a necessidade da comunidade e isso nos permitiu concluir uma etapa da restauração do rio Água Verde. Ainda temos muito o que fazer no projeto e na questão ambiental, a melhora de algumas coisas para os agricultores é uma luta constante”, relata Juliano. 

    “Sempre tivemos uma boa receptividade nas propriedades e foi gratificante retornar alguns meses depois para realizar a visita de monitoramento e perceber o sucesso da restauração, assim como a satisfação dos agricultores em terem participado do projeto” relata Maíra Ratuchinski, Técnica Ambiental da Apremavi.

     

     

    Reuniões, formações e plantios realizados com a comunidade local em Canoinhas/SC. Foto: Maíra Ratuchinski

    Reuniões, formações e plantios realizados com a comunidade local em Canoinhas (SC). Foto: Maíra Ratuchinski .

    Prêmio Fritz Muller 

    Visa reconhecer iniciativas de destaque no estado de Santa Catarina e é concedido pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). O nome do Prêmio é uma homenagem ao famoso naturalista alemão Johann Friedrich Theodor Müller, que viveu em Blumenau por 45 anos. Considerado um revolucionário, estudioso do meio ambiente e precursor da ecologia, Fritz Müller foi aclamado como príncipe dos observadores da natureza.

    O Prêmio Fritz Müller é destinado a projetos e iniciativas que vão além da legislação ambiental e que resultam em benefícios para a conservação do meio ambiente. Podem participar empresas públicas e privadas, instituições, órgãos governamentais, cooperativas, ONGs, institutos e organizações que atuam em Santa Catarina, com projetos desenvolvidos no estado.

     

    Troféus do 28° Prêmio Fritz Müller durante a cerimônia de premiação. Foto: Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina

    Troféus do 28° Prêmio Fritz Müller durante a cerimônia de premiação. Foto: Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina

    Autoras: Thamara Santos de Almeida e Maíra Ratuchinski com informações da Epagri.
    Revisão: Carolina Schäffer.
    Foto de capa: Maíra Ratuchinski.

    Apremavi participa de reportagem especial sobre Araucária no Globo Rural

    Apremavi participa de reportagem especial sobre Araucária no Globo Rural

    Apremavi participa de reportagem especial sobre Araucária no Globo Rural

    Em comemoração aos 43 anos do Globo Rural uma matéria especial sobre a Araucária foi feita na região Sul do Brasil com a participação da Apremavi.

    A reportagem mostra a história da Araucária, também conhecida como Pinheiro Brasileiro (Araucaria angustifolia) e como a exploração da sua madeira a levou a figurar na lista de espécies ameaçadas de extinção. Uma história parecida com a da etnia indígena Xokleng que quase foi dizimada pelo desbravamento do Sul do Brasil durante o tropeirismo. A Floresta com Araucárias e os Xokleng têm histórias interligadas.

    O programa também  apresentou o resultado de pesquisas desenvolvidas com a espécie e a importância dela para agricultores da região Sul do Brasil, com a coleta do pinhão. Mostraram em detalhes todo o processo de coleta e beneficiamento, receitas tradicionais como o entrevero e a novidade da utilização do pinhão para produção de farinha e outros alimentos.

    Edilaine Dick, coordenadora de projetos da Apremavi, concedeu uma entrevista no bloco de apresentação do Parque Nacional das Araucárias, apresentando o trabalho desenvolvido pela Apremavi na criação do parque, na elaboração do Plano de Manejo e junto aos agricultores na área de amortecimento do Parque, este último trabalho oriundo do Projeto Araucária. “A Unidade de Conservação apresenta um ganho para a propriedade, uma vez que há uma melhora na qualidade de água”, comenta Edilaine.

     Confira a entrevista no Globo Play.

    A Apremavi tem trabalhado arduamente pela conservação da Floresta com Araucárias, desde o combate ao desmatamento e o apoio à criação e implementação de Unidades de Conservação, até a restauração de seu ecossistema, que vai da produção de mudas, até o plantio. Por conta do risco de extinção, o corte da araucária está proibido desde 2000. Somente é permitido o corte de araucárias comprovadamente plantadas, com fins econômicos e em áreas que não sejam de preservação permanente. 

    Atualmente, a Apremavi está desenvolvendo o projeto + Floresta, que tem como objetivo restabelecer populações de espécies ameaçadas de extinção, sendo uma delas a Araucária.

     

    Projeto Araucária

    Teve como objetivo promover a conservação e recuperação de remanescentes florestais e espécies-chave da Mata Atlântica, através da implantação de sistemas agroflorestais, recuperação de áreas degradadas e enriquecimento de florestas secundárias, possibilitando o uso sustentável dos recursos naturais.

    Com 2 anos de duração, entre 2013 e 2015, o projeto foi realizado em Santa Catarina abrangendo 13 municípios inseridos na Mata Atlântica. O público alvo envolveu escolas, ONGs, universidades, prefeituras, comitês de bacia, lideranças comunitárias e agricultores familiares.

    O Projeto Araucária teve apoio da Petrobras por meio do programa Petrobras Socioambiental.

     

    A Floresta com Araucárias

    A floresta com araucárias, chamada cientificamente de Floresta Ombrófila Mista, é um ecossistema da Mata Atlântica, característico da região sul do Brasil e de algumas áreas da região Sudeste, que abriga uma grande variedade de espécies, algumas das quais só são encontradas neste ecossistema. Sua fisionomia natural é caracterizada pelo predomínio da Araucaria angustifolia, uma árvore de grande porte popularmente conhecida como pinheiro-brasileiro.

    Originalmente ocupava 200.000 km², estando presente em 40% do território do Paraná, 30% de Santa Catarina e 25% do Rio Grande do Sul. Também ocorria em maciços descontínuos nas partes mais elevadas das Serras do Mar, Paranapiacaba, Bocaina e Mantiqueira, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e também na Argentina.

    Gravado em 2005, durante a Semana da Mata Atlântica realizada em Campos do Jordão (SP), o depoimento do professor Dr. Paulo Nogueira Neto (em memória) fala da importância e urgência de se proteger os remanescentes da Floresta com Araucárias e da necessidade de se criar Unidades de Conservação em todos os ecossistemas. 

    Autoras: Thamara Santos de Almeida e Miriam Prochnow com informações do Globo Rural.
    Revisão: Carolina Schäffer

    Apremavi inspira casal na implantação de agrofloresta com o apoio do projeto Matas Legais

    Apremavi inspira casal na implantação de agrofloresta com o apoio do projeto Matas Legais

    Apremavi inspira casal na implantação de agrofloresta com o apoio do projeto Matas Legais

    Paulo Zanetti e Bárbara Sicuro, proprietários do Vale Mandaçaia em Urubici (SC) na Serra Catarinense, estão implantando uma agrofloresta na propriedade com o apoio do Matas Legais.

    Tudo começou, segundo eles, quando avistaram uma placa em uma propriedade vizinha, que continha informações sobre área de amortecimento do Parque Nacional de São Joaquim, onde era possível visualizar logo de instituições parceiras, dentre elas, a da Apremavi.

    Desde então, o casal acompanha o trabalho da instituição pelas mídias sociais e foi por meio da história de outro casal da Serra Catarinense, que também contou com o apoio do projeto Matas Legais para implantar uma agrofloresta, que a aproximação foi feita e a parceria para o plantio de 100 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica foi concretizada.

     

    Vale do Mandaçaia após o plantio de 100 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica para implantação da agrofloresta. Foto: Paulo Zanetti e Bárbara Sicuro (Vale Mandaçaia)

    Vale do Mandaçaia após o plantio de 100 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica para implantação da agrofloresta. Foto: Paulo Zanetti e Bárbara Sicuro (Vale Mandaçaia)

    Paulo Zanetti, proprietário do Vale Mandaçaia, relatou como ocorreu o contato com a Apremavi, bem como a parceria com o programa Matas Legais:

    “E foi assim, vendo uma das publicações sobre o projeto Matais Legais em uma propriedade bem aqui, pertinho da gente, que encontramos o ponto desse cruzamento. Foi muito legal ver que seria possível, ainda que propondo um projeto pequeno, participar desse programa.

    Rapidamente os dedos foram às teclas, e pela página sobre o Matas Legais, pude aprender sobre o projeto, realizado já há muitos anos pela Klabin e Apremavi. Gostei muito do conceito do projeto, dos objetivos e dos resultados. Entrei em contato pelas redes sociais e a equipe da Apremavi rapidamente nos respondeu, passando todas as orientações sobre como participar, e quando menos percebemos estávamos lá, a caminho para conhecer a Associação”.

    Com o apoio do Matas Legais, a propriedade rural localizada em Urubici recebeu, além das mudas nativas, assistência técnica e apoio para realizar as primeiras etapas da restauração. 

    No caminho, a paisagem que a gente já está bem acostumado: monocultura de Pinus, cebola e milho. Alguns fragmentos de mata nativa em terrenos acidentados faziam com que a imaginação fosse longe. Como será que é o viveiro? Como será que eles conseguem produzir tantas mudas? Onde coletam as sementes? Como é que funciona esse lance do vasinho biodegradável?

    Fomos recebidos com muita hospitalidade pelo Leandro e Daiana, que nos contaram desde como tudo começou, as conquistas, evoluções, aumento e melhoria dos espaços da Associação até os detalhes das mudas, dicas de plantio, beneficiamento das sementes e outras curiosidades que iam surgindo no meio da conversa. Me impressionei com a organização e tamanho. Não só do volume de mudas produzidas, mas do que conquistaram com muito suor para chegar naquele ponto. Escritório amplo, alojamento para os programas de estágio, espaço para cursos, eventos e muito mais. Tudo impecável. 

    Depois da pausa para o almoço, fomos direto ao assunto. No nosso caso, iríamos selecionar 100 mudas de espécies nativas para ajudar na implantação do nosso primeiro sistema agroflorestal. E vou contar para vocês… não é nada fácil escolher as espécies entre as mais de 200 produzidas pelo viveiro que iriam compor esse plantio. Sorte a nossa que a experiência do pessoal é tamanha, que foram direto indicando aquelas mais aptas para sobreviver ao clima da serra catarinense.

    Na hora da despedida, praticamos um pouco a identificação das espécies que estávamos levando. Mais um tanto enorme de aprendizado! São tantos detalhes que só o olhar treinado para diferenciar a Cereja do Rio Grande da Uvaia. Aos poucos a gente vai aprendendo, e um dia a gente chega lá!

    Chegando no Vale Mandaçaia, foi hora de colocar a mão na terra e mesmo debaixo de chuva, plantar cada uma das 100 futuras árvores em sua nova casa. Cansados e cheios de esperança, a gente foi dormir, sonhando com o dia em que mais uma floresta estaria enfim, de pé novamente.”

     

    Muda de Uvaia plantada pelo casal no Vale Mandaçaia. Foto: Paulo Zanetti e Bárbara Sicuro (Vale Mandaçaia)

    Muda de Uvaia plantada pelo casal no Vale Mandaçaia. Foto: Paulo Zanetti e Bárbara Sicuro (Vale Mandaçaia)

    O programa Matas Legais

    É uma iniciativa da parceria entre a Apremavi e a Klabin que acontece em Santa Catarina e no Paraná. Busca desenvolver ações de conservação, educação ambiental e fomento florestal, que ajuda a preservar e recuperar os remanescentes florestais nativos, a melhorar a qualidade de vida da população e a aprimorar o desenvolvimento florestal, tendo como base o planejamento de propriedades e paisagens.

    A palavra legal procura traduzir dois sentidos: o de cumprimento da legislação ambiental e o de expressão de um lugar agradável, bonito e bom para viver.

    O Vale Mandaçaia se junta às outras mais de 1.300 propriedades rurais apoiadas pelo programa em atividades de restauração e planejamento da paisagem, buscando a restauração, conservação e uso sustentável dos recursos.

     

    Autora: Thamara Santos de Almeida.
    Revisão: Carolina Schäffer, Vitor Lauro Zanelatto e comunicação da Klabin.

    Prazo de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) é prorrogado

    Prazo de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) é prorrogado

    Prazo de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) é prorrogado

    Prazo de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) foi prorrogado no último dia 26 de dezembro através da publicação da Medida Provisória n° 1.150

    O PRA compreende o conjunto de ações a serem desenvolvidas por proprietários e posseiros rurais com o objetivo de adequar e promover a regularização do imóvel e de firmar o compromisso do proprietário em manter, recuperar ou recompor as Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e as áreas de uso restrito do imóvel rural, ou ainda o compromisso de compensar áreas de Reserva Legal quando for necessário. Junto com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o PRA é uma ferramenta do Código Florestal, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012.

    De acordo com essa nova Medida Provisória, o proprietário ou possuidor do imóvel rural terá 180 dias para aderir ao PRA após ser convocado pelo órgão competente estadual ou distrital. Pelo Código Florestal, o prazo de adesão terminaria no próximo dia 31 de dezembro de 2022.

    “É evidente que a MP mais uma vez beneficia quem não cumpriu a lei e dificulta o trabalho de quem segue a legislação e trabalha pela conservação e restauração dos ecossistemas, além de trazer novas inseguranças jurídicas”, comenta Wigold Schäffer, conselheiro e fundador da Apremavi.

    A medida provisória ainda será analisada pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado e pode ter seu texto alterado.

    Autora: Carolina Schäffer.
    Revisão: Miriam Prochnow.

    Santa Catarina estabelece Corredor Ecológico Caminho das Nascentes

    Santa Catarina estabelece Corredor Ecológico Caminho das Nascentes

    Santa Catarina estabelece Corredor Ecológico Caminho das Nascentes

    O Governo de Santa Catarina criou o Corredor Ecológico Caminho das Nascentes, que liga as nascentes dos Estados de Santa Catarina às do Rio Grande do Sul e Paraná.

    O Decreto 2.367/2022, publicado no Diário Oficial no dia 22 de dezembro, instituiu o Corredor Ecológico Caminho das Nascentes com 1.519 km de extensão. Ele é composto predominantemente por Áreas de Preservação Permanente (APP) contemplando 46 municípios do Estado. O objetivo é proteger as nascentes, conservar a biodiversidade e recuperar as áreas degradadas, beneficiando também a população de Santa Catarina.

     

    Mapa da localização do Corredor Ecológico Caminho das Nascentes. Figura:   Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável do Governo de Santa Catarina<br />

    Mapa da localização do Corredor Ecológico Caminho das Nascentes. Figura: Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável do Governo de Santa Catarina

    Decreto de criação do corredor

    O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,  no  uso  das  atribuições  privativas  que  lhe  conferem  os  incisos  I  e  III  do  art.  71  da Constituição do Estado, conforme o disposto na Lei federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e de acordo com o que consta nos autos do processo nº IMA 52817/2022,

     

    DECRETA:

     

    Art.  1º  Fica  instituído  o  Corredor  Ecológico  Caminho  das Nascentes, que segue no sentido norte-sul do Estado de Santa Catarina. 

     

    Parágrafo único. A área do Corredor Ecológico Caminho das Nascentes engloba a linha de cumeada, em território catarinense, da Serra Geral e da Serra do Mar, respeitando a largura de 1.000 m (mil metros) para cada lado do eixo estabelecido pelo divisor de águas, que inclui as nascentes dos principais rios formadores das bacias contidas na vertente do Interior e na vertente do Atlântico, incluindo 2 (duas) derivações ao longo do Corredor Ecológico Caminho das Nascentes, uma ligando a Serra do Mar e a Estação Ecológica do Bracinho, localizada nos Municípios de Joinville e Schroeder, e outra ligando a Serra Geral até o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.

    > Confira o decreto completo

     
    Apresentação da iniciativa

    Representantes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), por meio da Secretaria Executiva do Meio Ambiente (Sema), fizeram uma apresentação do Corredor Ecológico recém criado.

    > Confira a apresentação

     
    Participação da Apremavi

    A Apremavi participou de diversas reuniões presenciais e virtuais sobre o assunto e manifestou apoio para criação do Corredor desde o início da proposta. “A criação do corredor é um importante passo para a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos de uma região prioritária de Santa Catarina. A expectativa é que novos projetos de proteção ambiental sejam implantados na área“ comenta Wigold Schaffer, conselheiro e fundador da Apremavi.

    Autora: Thamara Santos de Almeida com informações da Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável do Governo de Santa Catarina.
    Revisão: Miriam Prochnow.

    Apremavi participa do Simpósio Internacional Rio Uruguai dos Encontros

    Apremavi participa do Simpósio Internacional Rio Uruguai dos Encontros

    Apremavi participa do Simpósio Internacional Rio Uruguai dos Encontros

    Nos dias 01 e 02 de dezembro a Apremavi apresentou projetos e participou do Simpósio Internacional Rio Uruguai dos Encontros: União pela Conservação em Itá (SC).

    A iniciativa teve como objetivo fomentar ações, acordos de cooperação e integração referentes à conservação e uso racional do Rio Uruguai e aquíferos relacionados, de acordo com os princípios da Carta de Itá. A programação incluiu a participação de instituições de vários setores em mesas redondas e apresentações individuais, promovendo a integração das cidades e sociedades civis, parlamentos e autoridades por meio de pessoas físicas, jurídicas, entidades públicas e privadas que atuam na bacia do rio Uruguai. 

    Entre as atividades do evento houve o lançamento do livro “Peregrinos del Río”, do Fórum Permanente de Conservação e Uso Racional de Rio Uruguai e Aquífero Guarani, e a apresentação do Plano de Uso do Entorno dos Reservatórios das Usina Hidrelétrica de Itá.

    Foi promovido pela Secretaria Executiva do Meio Ambiente (SEMA), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), Instituto do Meio Ambiente (IMA) – Governo de Santa Catarina, União de Parlamentares Sul-americanos e do Mercosul (UPM), Fórum Permanente de Conservação e Uso Racional do Rio Uruguai e Aquífero Guarani, Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (SEMA/RS) e Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

    Participação da Apremavi

    Representando a Apremavi, a coordenadora de projetos Edilaine Dick apresentou a instituição e os projetos desenvolvidos, dando ênfase à atuação da Apremavi na região hidrográfica do Rio Uruguai. Edilaine também divulgou a “Campanha de adesão ao PRA”, liderada pela Apremavi através do projeto Implementando o Código Florestal, chamando a atenção dos presentes para o prazo de adesão ao PRA que está em curso, e solicitou apoio da divulgação da campanha junto aos agricultores.

     

    Apremavi participa do Simpósio Internacional Rio Uruguai dos Encontros. Foto: Marluci Pozzan

    Apresentação do trabalho da Apremavi durante o Simpósio Internacional Rio Uruguai dos Encontros. Foto: Marluci Pozzan

    O projeto Conservador das Araucárias também fez parte da apresentação, tendo Edilaine destacado o potencial de implementação do projeto e contribuição do mesmo para a restauração e conservação de florestas na bacia do Rio Uruguai. 

    A participação no evento abriu portas para muitas parcerias que podem ser formadas, além de possibilitar levar informação em tempo sobre a necessidade de adesão ao PRA até 31/12/2022, visto que ao final do evento várias foram as solicitações do material da campanha para auxiliar na divulgação”, comenta Edilaine.

    Um dos encaminhamentos do evento foi a assinatura da ratificação da Carta de Itá, documento firmado em 2012 pelos participantes da Terceira Reunião do Fórum de Conservação do Rio Uruguai, da União dos Parlamentares Sul-americanos e Mercosul (UPM).

    Autora: Marluci Pozzan.
    Revisão: Edilaine Dick, Thamara Santos de Almeida e Carolina Schäffer.

    Programa Clima Legal da Apremavi planta 6429 novas árvores

    Programa Clima Legal da Apremavi planta 6429 novas árvores

    Programa Clima Legal da Apremavi planta 6429 novas árvores

    Em 2022 a Apremavi realizou diversos plantios do programa Clima Legal, que contaram com a colaboração de agricultores, instituições e escolas. 

    No segundo semestre de 2022, a equipe da Apremavi se empenhou para a realização de plantios referentes às adesões ao programa Clima Legal. No total, foram plantadas 6429 mudas de espécies de árvores nativas da Mata Atlântica. Os plantios aconteceram em 10 cidades de Santa Catarina: Agrolândia, Agronômica, Angelina, Atalanta, Ituporanga, Lebon Régis, Pouso Redondo, Rio do Oeste e Rio do Sul. 

    Entre os locais escolhidos para o plantio estão a Escola de Educação Básica 30 de Outubro e a Prefeitura Municipal de Atalanta, além de propriedades rurais. Agricultores, cidadãos e instituições, colaboraram com a participação em mutirões de plantio e também no interesse em recuperar suas áreas, ao todo, contamos com a parceria de 12 famílias e/ou instituições.

    “O Programa Clima Legal deu oportunidade para vários agricultores e outros proprietários de terras recuperarem suas nascentes e córregos dentro das propriedades. Além de fornecer as mudas sem nenhum custo, a Apremavi ainda auxilia no plantio. Durante o ano de 2022 foram plantadas milhares de mudas em várias propriedades do Alto Vale do Itajaí e outras regiões”, comenta Edegold Schäffer, um dos coordenadores do Viveiro da Apremavi.

    Os plantios foram possíveis graças aos aderentes de 2022, são eles: Pinheiro Neto Advogados Associados, adesão por intermédio da empresa Bravo Consultoria, Ambev, adesão por intermédio da empresa Bravo Consultoria, Intrínseca Perfumaria e Cosméticos, Andicrose Wooden Bikes Indústria e Comércio Ltda, Mormaii Emotors e Plant For the Planet (através da The Plant For The Planet Platform).

    Plantio do Clima Legal. Foto: Edegold Schaffer

    Plantios do Clima Legal de 2022. Fotos: Edegold Schäffer, Taís Fontanive e Edilaine Dick

    Clima Legal

    O Programa Clima Legal foi idealizado pela Apremavi com o objetivo de realizar plantios de árvores nativas visando a neutralização das emissões de CO2, amenizando os efeitos da crise climática e contribuindo com a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica, e, para estimular o ativismo climático na sociedade.

    Além do plantio de árvores, feito principalmente para restaurar e proteger áreas de nascentes, mananciais e margens dos rios, são desenvolvidas atividades voltadas à conscientização e educação ambiental como aulas temáticas, palestras, oficinas e mobilizações sobre a importância da preservação da natureza.

    O Clima Legal é um projeto permanente da Apremavi e, por ter diferentes modalidades de adesão, é uma excelente opção para pessoas que querem transformar o ativismo climático numa ação prática, faça parte você também!

    > Saiba mais

    Autoras:  Taís Fontanive e Thamara Santos de Almeida.
    Revisão: Carolina Schäffer.
    Foto de capa: Taís Fontanive.

    Apremavi participa de cerimônia de premiação das Melhores ONGs

    Apremavi participa de cerimônia de premiação das Melhores ONGs

    Apremavi participa de cerimônia de premiação das Melhores ONGs

    No dia 25 de outubro, a Apremavi participou da cerimônia oficial de premiação das 100 Melhores ONGs do Brasil em 2022, realizada no Unibes Cultural, em São Paulo (SP). 

    Pela primeira vez, a Apremavi é reconhecida como uma das 100 melhores organizações da Sociedade Civil brasileira, fruto do impacto dos projetos, robustez nas estratégias de administração e transparência e relevância das estratégias de comunicação.  A lista das finalistas do ano havia sido anunciada em outubro, ocasião em que ficamos muito felizes ao descobrir que a Apremavi estava entre as premiadas; esse prêmio é um reconhecimento positivo do trabalho em prol da Mata Atlântica”, comenta a vice-presidente da instituição, Carolina Schäffer.

    Durante a cerimônia oficial, transmitida ao vivo no Canal Futura, além da entrega dos troféus, foram divulgados os nomes das organizações destaque por estado, causa, as dez melhores de pequeno porte e a melhor ONG do ano.Edilaine Dick, coordenadora de projetos da Apremavi, e Wigold Schaffer, co-fundador e conselheiro da Apremavi, participaram da cerimônia representando a Apremavi.

    “O Prêmio Melhores ONGs representa o reconhecimento de um trabalho que começou há mais de 35 anos, um trabalho de respeito à natureza e a todos os seres, sejam plantas ou animais, que dissemina esperança, amor e paz, que planta e restaura ecossistemas, um trabalho que planta um futuro viável para a humanidade, feito a muitas mãos e com muitos parceiros. Parabenizo a todos que fizeram e fazem a Apremavi”, destaca Wigold Schäffer.

    No site da iniciativa é possível conhecer o nome de todas as organizações reconhecidas por suas boas práticas em quesitos como governança, transparência, comunicação e financiamento.

    Premiação das Melhores ONGs 2022. Foto: Melhores ONGs

    Membros da Apremavi participando da premiação das Melhores ONGs 2022. Fotos: Wigold Schäffer e Melhores ONGs

    O Prêmio Melhores ONGs

    O Prêmio Melhores ONGs é realizado desde 2017, num esforço coletivo do Instituto O Mundo que Queremos, pelo Instituto Doar e pelo Ambev VOA, com apoio de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Instituto Humanize e da Fundação Toyota do Brasil. Ele tem como missão reconhecer e divulgar as ONGs do Brasil que mais se destacam anualmente pela sua excelência em gestão, governança, sustentabilidade financeira e transparência.

    Além disso, incentiva boas práticas, contribuindo também para a melhoria na gestão de todas as participantes, incluindo as que não são premiadas, que também recebem um feedback detalhado da avaliação.

    Doare Melhores ONGs

    Autora: Thamara Santos de Almeida.
    Revisão: Carolina Schäffer e Vitor Lauro Zanelatto.

    Mata Atlântica é tema de palestras da Apremavi na Alemanha

    Mata Atlântica é tema de palestras da Apremavi na Alemanha

    Mata Atlântica é tema de palestras da Apremavi na Alemanha

    Entre os dias 21 e 25 de novembro de 2022, a Mata Atlântica foi tema de palestras ministradas pela Apremavi em escolas de Heidelberg, cidade localizada no sul da Alemanha.

    Na semana passada, representantes da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), Carolina Schäffer e Miriam Prochnow, estiveram em Heidelberg, na Alemanha, e ministraram 10 palestras na língua alemã para 729 alunos, com idade entre 07 e 15 anos, de nove escolas diferentes da cidade. Elas estavam acompanhadas de Brigitte Heinz, representante da ONG alemã BUND – Bund Für Umwelt und Naturschutz Deutschland, parceira da Apremavi na ação.

    Com duração de 1 hora e 30 minutos, as palestras abordam temas relacionados com a Mata Atlântica no Brasil, suas riquezas e belezas naturais e também os problemas e ameaças que afetam a sua biodiversidade. Um dos pontos altos do encontro foi a apresentação de um filme sobre os biomas brasileiros, elaborado pela Apremavi especialmente para este intercâmbio, além da distribuição de materiais de Educação Ambiental.

    “Carolina, Miriam e eu corremos de escola em escola por cinco dias e mostramos às crianças como nossos hábitos cotidianos na Alemanha podem estar diretamente conectados com o estado de conservação da Mata Atlântica; da carne no nosso prato às cadeiras de jardim feitas com madeira tropical, nosso comportamento de consumidor pode fazer a diferença e é isso que tentamos mostrar para as crianças que sempre ficam maravilhadas com o tema”, comenta Brigitte ao mesmo tempo em que se diz orgulhosa da parceria e do projeto. 

    Realizada desde 2008, a ação “Der Regenwald kommt in die Klassenzimmer (nome em alemão para “a Mata Atlântica vai à sala de aula”), faz parte do projeto Bosques de Heidelberg no Brasil, da parceria entre a Apremavi, o BUND e a cidade de Heidelberg.

    “Essa ação in loco na Alemanha é uma excelente oportunidade para trazer consciência ambiental para as crianças e jovens, pois expõe a imensa biodiversidade da Mata Atlântica e também a importância da sua preservação para o Brasil e o mundo. Além disso, incentiva os estudantes a tomarem ação no enfrentamento dos problemas ambientais globais”, comenta Carolina, atual vice-presidente da Apremavi.

    Mata Atlântica é tema de palestras da Apremavi na Alemanha. Foto: Miriam Prochnow

    Registros das palestras ministradas pela Apremavi em escolas de Heidelberg. Fotos: Carolina Schäffer e Miriam Prochnow

    Inspirados na Mata Atlântica

    Numa das escolas, High School English Institute, além de abrir as portas da sala de aula para a semana sobre a Mata Atlântica, os alunos também desenvolveram uma atividade artística e se inspiraram nas belezas da floresta tropical mais ameaçada do Brasil para criar desenhos que são verdadeiras obras de arte.

    Além disso, também está nos planos desenvolver uma ação ainda este ano, provavelmente no Natal, para arrecadar fundos para o projeto. No âmbito do projeto, a cada dois euros arrecadados pelos alunos na Alemanha, uma árvore nativa é plantada num bosque no Brasil.

    Pinturas feitas pelos alunos em uma escola da Alemanha sobre as belezas da Mata Atlântica. Fotos: Carolina Schäffer e Miriam Prochnow

    Os Bosques de Heidelberg

    Um dos primeiros Bosques de Heidelberg foi plantado no Brasil em 1999, na EMEF Ribeirão Matilde, depois do início da parceria firmado em 1998 numa reunião entre representantes da Apremavi, do BUND e da Prefeitura de Heidelberg.

    Desde então, o projeto, conhecido em alemão como “Heidelberger Wäldchen in Brasilien”, já soma 169.045 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica plantadas em Santa Catarina e em São Paulo com a ajuda de estudantes da região. Este ano o projeto também recebeu o Prêmio Expressão de Ecologia na categoria Parcerias pelo Clima.

    Miriam Prochnow, conselheira e sócia fundadora da Apremavi, saiu da semana bastante animada: “ver que um projeto que ajudei a construir quase 25 anos atrás ainda está caminhando e gerando tantos resultados positivos reforça que um trabalho em parceria é muito valioso para as instituições e sobretudo para o Planeta”, comenta.

     Bosques de Heidelberg no Brasil, mais de 20 anos de parceria entre a Apremavi e a ONG alemã Bund Für Umwelt und Naturschutz Deutschland.

    Autora: Carolina Schäffer.
    Revisão: Thamara Santos de Almeida.

    Relatório aponta redução de 69% nas populações de animais no planeta nos últimos 48 anos

    Relatório aponta redução de 69% nas populações de animais no planeta nos últimos 48 anos

    Relatório aponta redução de 69% nas populações de animais no planeta nos últimos 48 anos

    O novo relatório “Planeta Vivo 2022: em prol de uma sociedade positiva” publicado em outubro deste ano pela WWF em colaboração com o Instituto de Zoologia ZSL (Sociedade Zoológica de Londres), buscou compreender como as espécies  espécies de animais ao redor do planeta estão respondendo às mudanças climáticas e à perda de biodiversidade causada por mudanças em seus ambientes. 

    Foi observado um declínio de 69% na abundância de 32.000 populações de 5.230 espécies de mamíferos, peixes, répteis, aves e anfíbios monitorados entre 1970 e 2018 ao redor do mundo, sendo que, a América Latina é a região com a maior taxa de redução, cerca de 94%. A destruição de habitats ou fragmentação de ambientes naturais de muitas espécies, ocasionada pela mudança de uso e cobertura do solo, é a principal ameaça apontada pela publicação.

    A avaliação ocorre desde 1998 e a atual confirma que estamos em meio a uma dupla emergência global: a da biodiversidade e a climática. A publicação também traz oportunidades para agirmos em conjunto. “Todos têm um papel a desempenhar no tratamento dessas emergências, e atualmente a maioria reconhece que as transformações são necessárias. Agora, esse reconhecimento precisa ser transformado em ação” aponta o relatório.

    Mata Atlântica ameaçada

    Uma nova análise, que utiliza os dados da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas publicada pela IUCN (sigla em inglês para International Union for Conservation of Nature), permitiu sobrepor ameaças como agricultura, caça, exploração madeireira, poluição, espécies invasoras e mudanças climáticas aos vertebrados terrestres do mundo todo. Essa avaliação identifica locais que precisam de prioridade de conservação por possuírem uma intensidade maior de ameaças.

    A Mata Atlântica, juntamente com outras florestas e locais ao redor do mundo, foi considerada como uma “áreas de alta prioridade para mitigação de riscos” para todos os grupos taxonômicos em todas as categorias de ameaças. Isso significa dizer que conservar a Mata Atlântica é urgente!

    Ainda há tempo de agir, por isso, o relatório buscou trazer vozes, valores e evidências distintas e sugestões de ações individuais e coletivas para mostrar que mudanças diárias e globais podem melhorar a situação de ameaça à biodiversidade, com foco nos sistemas de alimentação, finanças e governança.

    > Confira a publicação na íntegra

     

     

    Autora: Thamara Santos de Almeida.
    Revisão: Carolina Schäffer.
    Foto de capa: Wigold Schäffer.

    Mico-leão-dourado, uma história bem-sucedida de conservação

    Mico-leão-dourado, uma história bem-sucedida de conservação

    Mico-leão-dourado, uma história bem-sucedida de conservação

    Provavelmente, você nunca viu um mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) na natureza, mas já deve ter visto ele estampado a cédula de vinte reais. A espécie está ameaçada de extinção e vive nas florestas de baixadas litorâneas da Mata Atlântica do estado do Rio de Janeiro. Especificamente na bacia do rio São João, nos municípios de Casimiro de Abreu, Silva Jardim, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu, Araruama, Rio das Ostras, Cabo Frio e Macaé.  

    Nem sempre foi assim, historicamente a espécie habitava todo litoral do Rio de Janeiro.  Séculos de desmatamento, caça e tráfico, entretanto, fizeram com que na década de 1970, sua população estivesse reduzida a menos de 200 indivíduos. Dentre as ameaças, é possível citar a fragmentação do habitat em decorrência do desmatamento da Mata Atlântica como principal. A competição por recursos por espécies invasoras de saguis (Callithrix jacchus e Callithrix penicillata) também ameaça o mico, além do tráfico e da caça.

     

    Uma história bem-sucedida de conservação

    Com o objetivo de conservar a espécie, em 1974 foi criada a Reserva Biológica de Poço das Antas para proteger a maior população em vida livre de micos-leões-dourados que existia na época. Os trabalhos de pesquisas e educação ambiental passaram a fazer com que ela fosse conhecida nacionalmente e internacionalmente. 

    Desde 1992, os esforços para aumentar a quantidade de animais na natureza e reduzir as suas ameaças são liderados pela Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD). A implantação de corredores florestais para conectar fragmentos de remanescentes de Mata Atlântica existentes na região é uma das principais estratégias da Associação, tanto é que em 2020, por orientações da AMLD, foi construído o primeiro viaduto vegetado em rodovias federais do Brasil, que permite a conexão entre a Reserva Biológica de Poço das Antas ao local onde hoje é a sede da Associação Mico-Leão-Dourado e o Parque Ecológico do Mico-Leão-Dourado.

    Todos estes esforços permitiram que as populações de micos na natureza se recuperassem e chegassem a cerca de 3.700 indivíduos. Entretanto, entre 2016 e 2017, um surto de febre amarela dizimou 1/3 das populações da espécie. Para enfrentar isso, houve o desenvolvimento de uma vacina com esforços da AMLD e da Fiocruz Bio-Manguinhos, que contou com a participação de diversas instituições como o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), a Universidade Estadual Norte Fluminense e o CPB/ICMBio e Centro Brasileiro de Pesquisa e Conservação de Primatas do ICMBio. Até o final de setembro de 2022 a iniciativa já imunizou mais de 300 micos. Confira o documentário produzido pela AMLD sobre a iniciativa.

     

    Importância da restauração florestal

    A conexão entre as florestas presentes na Mata Atlântica é fundamental para a sobrevivência da espécie. Segundo consta no site da AMLD, “O maior desafio agora é garantir a proteção e conexão das florestas nessa região onde vive o mico. Além da restauração florestal, com plantio de mudas nativas da Mata Atlântica e corredores florestais, a AMLD desenvolve programas de educação ambiental na região”. A Associação, assim como a Apremavi, é uma das unidades regionais do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, em prol justamente da recuperação das florestas não apenas no habitat do mico-leão-dourado, mas em todo o Brasil.

    Mico-leão-dourado em vida livre. Foto: Wigold Schaffer

    Registros de mico-leão-dourado em vida livre. Fotos: Wigold Schäffer e Carolina Schäffer

    Mico-leão-dourado

    Nome científico: Leontopithecus rosalia

    Família: Callitrichidae

    Habitat: Florestas de até 500m de altura, endêmico da Mata Atlântica de baixada costeira do estado do Rio de Janeiro

    Alimentação: Onívoros (se alimentam de animais invertebrados como insetos, pequenos vertebrados e frutos)

    Peso: 500g a 700g (estimado)

    Comprimento: 22 a 30cm

    Hábito de vida: monogâmicos e cooperativos

    Distribuição: Mata Atlântica (estado do Rio de Janeiro)

    Ameaças: tráfico e a caça, fragmentação do habitat, doenças como a febre amarela e espécies invasoras

    Status de conservação: Em Perigo de extinção segundo o ICMBio

     

    Fontes consultadas:

    Associação Mico-leão-dourado 

    RAMBALDI, Denise Marçal. Mico Leão Dourado: uma bandeira para proteção da Mata Atlântica. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2002.

    Autores: Thamara Santos de Almeida.
    Revisão: Duda Menegassi e Carolina Schäffer.

    Apremavi apresenta série Mulheres que Restauram no VI Vila ConsCiência

    Apremavi apresenta série Mulheres que Restauram no VI Vila ConsCiência

    Apremavi apresenta série Mulheres que Restauram no VI Vila ConsCiência

    No dia 10 de novembro a Apremavi participou de forma virtual do VI Vila ConsCiência em Porto Alegre (RS) com a apresentação do trabalho da instituição e da série Mulheres que Restauram.

    O Vila ConsCiência é um evento que tem como objetivo aproximar a comunidade das temáticas relacionadas à ciência, sustentabilidade e educação, a partir da divulgação e socialização de conhecimentos científicos de maneira inclusiva e acessível. Ele é realizado anualmente pela Apoena Socioambiental, uma empresa de inovação e redução de impacto socioambiental.

    Neste ano, o Vila ConsCiência voltou a ser realizado em dois dias de forma presencial na Associação Cultural Vila Flores, com a temática: “Mulheres e Sustentabilidade: elas cuidam do planeta, quem cuida delas?” que buscou fazer uma reflexão e crítica em relação a quem mais cuida do planeta, da casa e dos filhos que ainda é realizado majoritariamente por mulheres. 

    Como público o Vila contou com a presença de professores e alunos de escolas públicas de Porto Alegre (RS) e região metropolitana, integrantes de cooperativas de reciclagem de Porto Alegre (RS) e de Canoas (RS), pesquisadores da Unisinos e Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), além da comunidade local.

    Carolina Schäffer, vice-presidente da Apremavi, participou da abertura do evento apresentando a história da Apremavi, bem como, a série Mulheres que Restauram. “As mulheres da série são exemplos de superação, trabalho e também de sucesso na restauração, que é um dos caminhos para atingirmos a sustentabilidade no Planeta”, reflete Carolina.

    Em sua fala, a bióloga destacou ainda que as mulheres, sobretudo as periféricas, são as que mais sofrem as consequências das mudanças climáticas, portanto, além de falar de clima sob a perspectiva de gênero, é preciso também falar justiça climática uma vez que os fatores ambientais e os eventos climáticos extremos reforçam ainda mais desigualdades já existentes. 

     

    Apresentação do trabalho da Apremavi e da série Mulheres que Restauram no VI Vila ConsCiência. Foto: Thamara Santos de Almeida

    Apresentação do trabalho da Apremavi e da série Mulheres na Restauração no VI Vila ConsCiência. Foto: Thamara Santos de Almeida

    “Participar do Vila ConsCiência foi super prazeroso porque, além do momento de troca de saberes com os alunos, é saber que se está fazendo parte de um movimento que corrobora com a visão de que é preciso educar meninas e mulheres para entenderem que podem ser o que elas quiserem. Atingir a equidade de gênero na sociedade depende do papel que cada um de nós desempenha, inclusive os homens, e o debate precisa estar em todos os lugares”, comenta Carolina Schäffer.

     

    Exposição “Nós cuidamos do planeta. Quem cuida da gente?”

    O evento ainda contou com uma exposição relacionada a vida das mulheres na reciclagem, no trânsito e as múltiplas violências que elas sofrem.  

    Por meio da fotografia documental a primeira parte da exposição buscou captar almas, dores, alegrias, anseios e esperanças das catadoras de materiais recicláveis das cooperativas de reciclagem acompanhadas pela Apoena Socioambiental. 

    Já a exposição do Vida Urgente “Sou boa no Volante” desmistifica o conceito de “Mulher ao volante, perigo constante”. Por fim, a exposição do Projeto Gradiva, clínica de psicanálise que atende gratuitamente mulheres em situação de violência, propiciou uma atividade auditiva com excertos poéticos e literários relacionados a situações de violência com o objetivo de sensibilizar o público. Além de um jogo sobre violência doméstica e familiar contra a mulher conforme as definições da Lei Maria da Penha.

    Registro da exposição “Nós cuidamos do planeta. Quem cuida da gente?” Foto: Leilane Rosa da Silva

    Registros da exposição “Nós cuidamos do planeta. Quem cuida da gente?” que ocorreu durante o evento. Fotos: Leilane Rosa da Silva e Thamara Santos de Almeida

    Mulheres que Restauram

    A série foi lançada em 2021 pela Apremavi para a Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas, com apoio do GT de Gênero e Clima do Observatório do Clima. O objetivo foi divulgar histórias de mulheres protagonistas na restauração e no planejamento de propriedades e paisagens, como forma de conscientizar a sociedade sobre a importância da atuação feminina na mitigação da crise do clima e promover o plantio de árvores nativas e a recuperação de áreas degradadas.

    > Confira

    Autora: Thamara Santos de Almeida.
    Revisão: Carolina Schäffer e Vitor Lauro Zanelatto.

    RPPN Serra do Pitoco completou 25 anos de existência

    RPPN Serra do Pitoco completou 25 anos de existência

    RPPN Serra do Pitoco completou 25 anos de existência

    Criada pela Portaria Ibama 40/97, a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Serra do Pitoco abriga um pequeno, mas importante remanescente de Mata Atlântica, numa região de transição entre a floresta ombrófila densa e mista. É abrigo para várias espécies de animais. Fica na comunidade de Alto Dona Luiza, município de Atalanta (SC) e é atravessada pelo Rio Dona Luiza e uma de suas principais atrações é uma cachoeira de 10 metros de altura.

    Cachoeira da RPPN da Serra do Pitoco

    Paisagem da RPPN Serra do Pitoco e registro de ação de Educação Ambiental. Fotos: Arquivo Apremavi

    Quando criaram a RPPN, os proprietários Miriam Prochnow e Wigold B. Schaffer, tinham como objetivo mostrar que pequenas propriedades e pequenas RPPNs podem contribuir com a conservação da biodiversidade. A reserva tem apenas 3 hectares, mas é um importante refúgio natural.

    A propriedade onde está localizada a RPPN foi utilizada como modelo para o conceito de Propriedade Legal – legal porque cumpre a lei e legal por ser um lugar bom de morar, idealizado pela Apremavi, que também desenvolve atividades de Educação Ambiental na reserva. Na RPPN estão expostas peças da turbina de energia da segunda fábrica de óleo de sassafrás do município de Atalanta, que funcionou até o início da década de 1960.

     

    Biodiversidade da RPPN Serra Pitoco. Foto: Wigold Schaffer

    Biodiversidade presente na RPPN Serra do Pitoco. Fotos: Wigold Schäffer

    Além dos trabalhos que desenvolve na RPPN Serra do Pitoco, a Apremavi também criou e mantém a RPPN Serra do Lucindo, com 316 hectares, no município de Bela Vista do Toldo (SC). A RPPN tem uma base que pode ser utilizada por pesquisadores, estagiários e visitantes.

    Na RPPN Serra do Pitoco, a visitação pública para o lazer em contato com a natureza, é livre.

     

    As Reservas Particulares do Patrimônio Natural

    A maior parte dos remanescentes florestais em Santa Catarina está em propriedades privadas, inclusive em pequenas propriedades, a maioria delas com menos de 50 hectares. Levando em conta que menos de 3% do território catarinense está protegido sob a forma de Unidades de Conservação de proteção integral, isso aumenta a responsabilidade dos proprietários como importantes parceiros na preservação e recuperação do meio ambiente.

    Cada proprietário rural é responsável pela manutenção da Reserva Legal em sua propriedade e também pelas Áreas de Preservação Permanente. Além disso, os proprietários podem optar pela criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).

    As Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) são reservas privadas que têm como objetivo preservar áreas de importância ecológica ou paisagística. São criadas por iniciativa do proprietário, que solicita ao órgão ambiental o reconhecimento de parte ou do total do seu imóvel como RPPN. A RPPN é perpétua e também deve ser averbada no cartório, à margem do registro do imóvel.

    Diferente da Reserva Legal, onde pode ser feito uso sustentável dos recursos naturais, inclusive de recursos madeireiros, na RPPN só podem ser desenvolvidas atividades de pesquisa científica, ecoturismo, recreação e educação ambiental.

    A área transformada em RPPN torna-se isenta do Imposto Territorial Rural (ITR) e o proprietário pode solicitar auxílio do poder público para elaborar um plano de manejo, proteção e gestão da área. Os proprietários também não precisam pagar ITR sobre as reservas legais e áreas de preservação permanente, conforme dispõe a Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996.

    Em Santa Catarina, as RPPNs se organizam numa associação, a RPPN Catarinense, que tem como objetivos articular, organizar e assessorar os interesses ambientais e institucionais dos associados, otimizando as importantíssimas ações de proteção da biodiversidade das reservas particulares, no contexto das demais Unidades de Conservação e esforços de proteção da biodiversidade no Brasil e no Mundo. 

    > Saiba mais

    Autora: Miriam Prochnow. 
    Revisão: Carolina Schäffer.

    Apremavi ministra palestras sobre restauração florestal no IFC

    Apremavi ministra palestras sobre restauração florestal no IFC

    Apremavi ministra palestras sobre restauração florestal no IFC

    Na última semana de outubro a Apremavi ministrou palestras sobre restauração florestal para alunos do Instituto Federal de Santa Catarina (IFC) nos Campus de Rio do Sul e Abelardo Luz (SC).

    O tema foi escolhido pelos estudantes e a palestra no Campus de Rio do Sul fez parte da Semana Acadêmica da Agronomia. Já no Campus de Abelardo Luz, a conversa foi ministrada para técnicos em Agropecuária como parte da programação da II Semana da Agropecuária, além disso, foi feita doação de mudas para recuperação de uma mata ciliar no Campus.

    Leandro Casanova, colaborador da Apremavi que ministrou as palestras, percebeu um grande interesse pelo tema por parte dos alunos. “O público foi se encantando com o tema e acredito que isso se dá sobretudo visto que, em alguns casos, a temática pode se tornar campo profissional para futuros técnicos, quer seja pelo domínio das técnicas de restauração ou pela produção de mudas nativas em viveiros florestais”, comenta Leandro.

    Palestra sobre restauração florestal ministrada no IFC Campus Rio do Sul. Foto: Daiana Tânia Barth
    Palestra sobre restauração florestal ministrada no IFC Campus Rio do Sul. Foto: Daiana Tânia Barth

    A restauração florestal deve ser encarada como parte da ciência florestal, considerando que para acontecer o sucesso e o estabelecimento das florestas nativas plantadas há uma série de conhecimentos que devem ser adotados tais como: sucessão ecológica, dispersão de sementes, tratos silviculturais e atratividade à fauna, por exemplo.

    Além disso, é importante que a restauração dos ecossistemas seja também sempre considerada uma aliada da produção. “O agronegócio e a agricultura familiar não podem ser dissociados das questões ambientais; para produzir necessitamos de boas práticas e um meio ambiente saudável”, comenta Leandro.

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    Doação de mudas do viveiro da Apremavi no IFC Campus Abelardo Luz. Foto: Marluci Pozzan
    Doação de mudas do viveiro da Apremavi no IFC Campus Abelardo Luz. Foto: Marluci Pozzan
    Autor: Leandro Casanova.
    Revisão: Thamara Santos de Almeida e Carolina Schäffer.

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